sexta-feira, 17 de abril de 2020

Gizmodo Brasil

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Facebook vai dizer se você interagiu com notícias falsas sobre coronavírus na rede

Posted: 16 Apr 2020 03:07 PM PDT

Logotipo do Facebook. Crédito: Justin Sullivan/Getty Images

Com praticamente todo assunto grande, sempre surgem notícias falsas. Com a atual pandemia do novo coronavírus não poderia ser diferente: tem uma série de tratamentos loucos ou medicamentos duvidosos sendo sugeridos, e eles não são eficazes. Para tentar reduzir o estrago feito pelas fake news, o Facebook anunciou nesta quinta-feira (16) que vai notificar usuários caso eles tenham interagido com notícias falsas na rede.

O Facebook vai se basear em “mitos” sobre COVID-19 esclarecidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Então, se você, por exemplo, curtiu algum post dizendo que antenas de 5G propagam a doença ou ficar em ambientes quentes mata o vírus, você será notificado.

O interessante é que dessa vez os usuários receberão uma notificação caso elas tenham curtido, reagido ou comentado o post que continha informações falsas, inclusive postagens retroativas.

Diz o Facebook em seu blog post:

"(…) removemos centenas de milhares de conteúdos com desinformação que poderia ter levado a danos físicos no mundo real. Exemplos de desinformação que excluímos incluem alegações perigosas de que beber água sanitária cura o vírus e teorias como a de que o distanciamento social não funciona para prevenir a disseminação do vírus."

É, acho que tomar água sanitária para curar o vírus não precisava nem de fact checking, mas vai saber, né?

O Facebook também tem indicado sites de fontes oficiais sobre a pandemia, como o Ministério da Saúde e a OMS, tanto no Facebook como no Instagram. Além disso, tem trabalhado com checadores de fatos, cujas revisões de conteúdo fazem reduzir o alcance de publicações com informações falsas.

Recentemente, a rede também excluiu posts do presidente do Brasil que inferiam que o distanciamento social não é efetivo contra a doença e indicando um medicamento que precisa de mais testes para ser usado no tratamento de COVID-19.

Facebook exibindo avisos com links de autoridades da área da saúde

Facebook exibindo avisos com links de autoridades da área da saúde. Crédito: Facebook

[Facebook]

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Google vai apertar o cerco contra golpes de assinatura em apps para Android

Posted: 16 Apr 2020 01:52 PM PDT

O Google anunciou novas políticas para compras dentro dos aplicativos, especialmente para assinaturas. O objetivo é que esse tipo de oferta seja mais transparente e que usuários não caiam mais em pegadinhas de períodos gratuitos, por exemplo.

Além de incluir regras para os desenvolvedores, a Google Play Store irá oferecer informações diretas para os usuários, notificando quando os períodos gratuitos estiverem prestes a acabar ou quando assinaturas de longo prazo serão renovadas.

O objetivo do Google com as novas políticas é reduzir a quantidade de aplicativos com serviços de assinatura enganosos. É relativamente comum que aplicativos ofereçam conteúdos extras pagos por meio de assinaturas, mas também deem períodos gratuitos para testar essas ferramentas – no entanto, os termos para o cancelamento ou o período de testes podem ser enganosos.

A partir de agora os desenvolvedores precisarão esclarecer se uma assinatura será necessária para acessar todas as funcionalidades de um aplicativo, evitando que pessoas façam cadastros pensando que terão acesso apenas a funcionalidades básicas. Será preciso incluir mais informações sobre termos e condições de quaisquer períodos de testes gratuitos.

O Google passará a enviar e-mails antes de um período de testes ou de um preço promocional estiver prestes a terminar quando uma assinatura de longo prazo (3, 6 ou 12 meses) estiver prestes a ser renovada automaticamente. A companhia também irá alertar os usuários que somente desinstalar o app não é o suficiente para cancelar uma assinatura.

As medidas passarão a valer a partir de 16 de junho.

[The Verge]

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Amazon Music Unlimited oferece três meses grátis para você testar

Posted: 16 Apr 2020 01:08 PM PDT

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Zoom dará opção para que assinantes escolham por quais servidores suas chamadas vão passar

Posted: 16 Apr 2020 12:46 PM PDT

No início deste mês, a Zoom anunciou que interromperia os lançamentos de novos recursos nos próximos 90 dias para resolver as inúmeras preocupações de segurança e privacidade atualmente enfrentadas pela empresa multibilionária. Evidentemente, porém, a companhia quebrou essa regra: de acordo com um post publicado nesta semana, os clientes pagantes do Zoom em breve poderão decidir em quais datacenters suas chamadas serão roteadas a partir do próximo fim de semana, 18 de abril.

A Zoom disse que o recurso dará a seus clientes “mais controle sobre seus dados e sua interação com nossa rede global”, que inclui datacenters nos EUA, Canadá e Europa, além de Índia, Austrália e China, entre outros.

É um pequeno ajuste com implicações enormes para a segurança nacional. No início deste mês, um relatório do Citizen Lab da Universidade de Toronto revelou que as chaves que o Zoom usa para criptografar suas chamadas foram geradas por servidores na China, independentemente de os participantes da reunião estarem no país.

Os pesquisadores argumentam que, ao usar esses servidores chineses, o Zoom poderia, teoricamente, ser legalmente forçado a entregar essas chaves de criptografia para autoridades chinesas, com base nos mandatos de segurança cibernética do país.

É uma ideia assustadora, com certeza, embora a maioria das pessoas não esteja prestando muita atenção em como suas chamadas são retransmitidas entre os servidores de Zoom.

Dito isso, parte da base de clientes pagantes da plataforma — que inclui várias agências federais e contratadas nos EUA, além de outras agências governamentais no exterior — tem muito a perder ao ter suas chamadas interceptadas por uma superpotência estrangeira.

Na semana passada, Taiwan anunciou uma ordem parlamentar impedindo que organizações federais usem o software. No dia seguinte, as autoridades alemãs anunciaram medidas semelhantes. O Senado dos EUA fez o mesmo. No Brasil, a Anvisa proibiu o uso do app nos computadores da agência, e o Ministério da Justiça abriu investigação contra a ferramenta.

Embora outras agências federais dos EUA tenham manifestado preocupações, sete delas ainda usam o serviço, de acordo com dados federais. Os Centros de Controle de Doenças (CDC) e o Departamento de Segurança Interna (DHS) estão listados como clientes atuais do Zoom. Somente em 2020, essas agências e outras pessoas arrecadaram mais de US$ 215.000 para pagar suas assinaturas Zoom, com essas duas em específico pagando mais de US$ 22.000 pelo acesso.

Embora o comunicado da Zoom sobre a atualização do data center seja mínima, pouco firme e não faça menção à segurança nacional dos EUA, é difícil ignorar que o desconforto federal foi o que levou ao anúncio. A empresa se vangloriava de sua autorização federal desde a sua obtenção, há cerca de um ano, e, sem dúvida, muita gente que entrou no serviço em 2019 está questionando essa escolha. Esperamos que não seja tarde demais para nenhum deles.

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iPhone SE aparentemente tem 3 GB de RAM e mesma bateria de 1.821 mAh do iPhone 8

Posted: 16 Apr 2020 11:57 AM PDT

Apple iPhone SE (2020). Crédito: Apple

A ideia da Apple com o iPhone SE é atender uma camada de consumidores que estão dispostos a comprar um smartphone da marca mas que não querem gastar tanta grana – ainda que o modelo seja relativamente caro. Em termos de especificações técnicas, a companhia não costuma revelar detalhes, mas uma operadora chinesa deu a letra e já dá para ter uma boa noção dos componentes.

O que é confirmado: o chip A13 Bionic, o mesmo utilizado no iPhone 11 que custa muito mais caro, tela retina de 4,7 polegadas HD, câmera traseira de 12 megapixels e botão home com TouchID.

O que surgiu no site da operadora chinesa China Telecom: 3 GB de RAM e bateria de 1.821mAh.

Em comparação ao modelos já disponíveis, é 1 GB a menos de RAM do que os iPhones 11, 11 Pro e 11 Pro Max que possuem 4 GB.

A bateria, por sua vez, é do mesmo tamanho da que foi utilizada no iPhone 8 – que foi descontinuado de vez com o lançamento do novo iPhone SE, mas você pode achar ainda em alguns varejistas online. Isso provavelmente significa que o aparelho terá uma autonomia de bateria consideravelmente menor do que os outros modelos disponíveis atualmente.

A Apple já foi bastante contestada pelo tamanho da bateria dos seus aparelhos, mas a verdade é que nos últimos lançamentos, além de ter aumentado a capacidade, conseguiu oferecer autonomia muito boa. O iPhone XR, por exemplo, tem autonomia de sobra.

A própria Apple disse, no entanto, que o novo iPhone SE deve ter autonomia similar à do iPhone 8 – que, honestamente, é decepcionante. A informação da companhia pelo menos corrobora as informações da operadora chinesa.

O pessoal do 9to5Mac organizou uma tabela com a suposta duração de bateria de iPhones por testes da própria Apple ao reproduzir vídeos – o iPhone SE está consideravelmente abaixo do iPhone XR, 11, 11 Pro e 11 Pro Max.

Tabela de autonomia de bateria de iPhones

Ainda sobre os componentes, há uma especulação de as fotos tiradas pelo iPhone SE devem ser melhores do que àquelas capturadas em iPhone 8 ou iPhone XR, mesmo que o sensor seja o mesmo ou muito similar. Isso devido aos chips que fazem o pós-processamento da imagem e oferecem a opção de HDR inteligente, por exemplo.

O novo iPhone SE é feito de vidro e alumínio, e suporta carregamento sem fio via padrão Qi. Ele também vem com diversas opções de armazenamento — 64 GB, 128 GB e 256 GB — e conta com resistência à água.

Estes são os preços do novo iPhone SE no Brasil, que ainda não tem data para início de venda:

  • Novo iPhone SE (64 GB) – R$ 3.699
  • Novo iPhone SE (128 GB) – R$ 3.999
  • Novo iPhone SE (256 GB) – R$ 4.499

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Derretimento do gelo expõe passagem em montanha utilizada por Vikings

Posted: 16 Apr 2020 11:04 AM PDT

Arqueólogos realizam trabalho de campo em Lendbreen, Noruega

Arqueólogos na Noruega descobriram evidências de uma passagem em uma montanha que foi muito utilizada durante a Era Viking. Centenas de itens muito bem preservados foram encontrados no topo de uma geleira derretida, numa descoberta que, infelizmente, foi possível graças ao aquecimento global.

A nova pesquisa publicada nesta quarta-feira (15) na Antiquity descreve uma passagem de montanha esquecida em Lendbreen, Noruega, que esteve em uso desde a Idade do Ferro até o período medieval europeu.

Localizada em Lomseggen Ridge, a passagem está repleta de artefatos bem preservados, incluindo luvas, sapatos, ferraduras de cavalo, pedaços de trenós e até mesmo os restos de um cão ainda preso à sua coleira e trela. A datação por radiocarbono desses artefatos pinta um quadro de como e quando a passagem de montanha foi usada, e sua importância tanto para as comunidades locais quanto para as externas.

As centenas de itens encontrados em Lendbreen foram largados acidentalmente ou intencionalmente enquanto as pessoas atravessavam a montanha. Esses itens, alguns feitos de materiais orgânicos, ficaram presos em gelo glacial, preservando os materiais por 1.200 anos. A passagem foi descoberta em 2011, e o trabalho de campo tem continuado desde então, à medida que a geleira continua a diminuir e a expor mais itens.

Os restos não datados de um cão, juntamente com a sua coleira e trelaOs restos não datados de um cão, juntamente com a sua coleira e trela. Imagem: Espen Finstad

“O aquecimento global está causando o derretimento do gelo das montanhas em todo o mundo, e as descobertas no gelo são resultado disso”, disse Lars Pilø, principal autor do estudo e co-diretor do Programa de Arqueologia Glacial da Noruega, ao Gizmodo.

“Tentar salvar os restos de um mundo em derretimento é um trabalho muito emocionante – as descobertas são o sonho de um arqueólogo – mas, ao mesmo tempo, também é um trabalho que você não consegue fazer sem um profundo senso de presságio.”

A população local usava o desfiladeiro da montanha para viajar para suas casas de verão, mas também era usado por viajantes de longa distância e comerciantes, de acordo com a nova pesquisa. O caminho mede apenas 700 metros de comprimento, alcançando uma altura máxima de 1.920 metros ao longo da Serra de Lomseggen, em Lendbreen.

Descobertas relacionados a um cavaloDescobertas relacionados a um cavalo: uma mandíbula (superior esquerda), ferradura (superior direita), crânio (inferior esquerda) e esterco (inferior direita). Imagem: L. Pilø et al., 2020/Antiquity

Ao procurar através do gelo derretido, os arqueólogos encontraram ferraduras de neve para cavalos, restos enterrados de cavalos de carga e suas pilhas de esterco, partes de trenós, uma bengala adornada com uma inscrição rúnica, uma faca com cabo de madeira bem conservado e um roca de fiar de madeira usada para segurar a lã durante a fiação manual.

Outros artigos incluíam luvas, sapatos e restos de roupa, além de uma túnica da Idade do Ferro. Alguns itens não tiveram descrição, sem análogos arqueológicos.

“Essas descobertas nos contam uma rica história da comunidade agrícola local, da qual, de outra forma, só existem em fontes escassas”, disse Pilø.

(A) ferramenta de perfuração feita com chifre de cabra ou de cordeiro, (B) faca com cabo de madeira, (C) sapato, (D) luva, (E) galho seco, (F) ferramenta de madeira, e (G) uma roca de fiar(A) ferramenta de perfuração feita com chifre de cabra ou de cordeiro, (B) faca com cabo de madeira, (C) sapato, (D) luva, (E) galho seco, (F) ferramenta de madeira, e (G) uma roca de fiar. Imagem: L. Pilø et al., 2020/Antiquidade

O elevado número de pedras destinadas a ajudar na caminhada – e até mesmo um abrigo – “sugere a necessidade de marcar a rota para não-locais”, disse Pilø, explicando que isso foi utilizado pela equipe como evidência de viagens de longa distância.

Outras evidências, como chifres de rena e peles, apontam para o comércio exterior da Noruega, enquanto os restos de resíduos de leite dentro de panelas sugerem a evidência de viagens locais.

Curiosamente, e talvez de forma contraintuitiva, a passagem foi provavelmente usada durante o final do inverno e da primavera. Isso porque o caminho só funciona realmente para cavalos quando o terreno áspero está coberto de neve.

Pilø disse que a sua equipe encontrou uma ferradura de neve de cavalo preservada saindo do gelo no desfiladeiro durante a temporada de derretimento de 2019, “o que apoia bem essa hipótese”. Ao que ele acrescentou: “a quantidade de cobertura de neve varia muito de ano para ano, por isso a rota pode, por vezes, pode sido utilizada durante mais tempo em um ano”.

Pedras encontradas ao longo da passagem na montanhaPedras encontradas ao longo da passagem na montanha. Imagem: L. Pilø et al., 2020/Antiquity

A datação por radiocarbono foi utilizada para determinar a idade de 60 dos itens recuperados, permitindo aos pesquisadores entender quando o caminho foi utilizado e identificar os tempos de tráfego intenso.

As primeiras evidências da passagem datam de 300 d.C. durante a Idade do Ferro Romano, quando os assentamentos locais estavam em ascensão. O tráfego ao longo do caminho atingiu um pico de cerca de 1000 d.C. durante a Idade dos Vikings – uma época de maior mobilidade, centralização política, aumento do comércio e maior urbanismo no norte da Europa.

Por volta de 1500 d.C., no entanto, a passagem foi abandonada e eventualmente esquecida. Vários fatores foram citados como possíveis razões para isso, incluindo as mudanças climáticas, as mudanças econômicas e as pandemias medievais, especificamente a Peste Negra, que atingiu seu auge na Europa entre 1347 e 1351.

O aquecimento global tornou essa descoberta possível, mas não se iluda pensando que isso é algo bom para a arqueologia. Em 2017, pesquisadores alertaram que a elevação do nível do mar poderia ameaçar cerca de 32.000 sítios arqueológicos pré-históricos e históricos na América do Norte.

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O fundo para jornalismo do Google não vai ajudar o ramo que a empresa ajudou a prejudicar

Posted: 16 Apr 2020 10:25 AM PDT

Logotipos do Facebook e do Google

Apesar do aumento do tráfego e de leitores nos sites — uma vez que o coronavírus mantém as pessoas em suas casas e na internet — as demissões na mídia e os cortes nos salários continuam acontecendo. Agora, para salvar o jornalismo em sua hora de necessidade, o Google lançou o Fundo de Emergência para Jornalismo para "fornecer ajuda urgente a milhares de publishers pequenos, médios e editores locais de notícias do mundo todo".

Ok, Google, não deixa de ser uma boa iniciativa, apesar de ser uma gota no oceano comparado ao dinheiro que a empresa arrecadou ao longo dos anos, ajudando a estragar publicações de todo o espectro, à esquerda e à direita.

Em seu blog post, o Google diz que até 29 de abril, qualquer publicação pode solicitar ajuda desde que produza "notícias originais para as comunidades locais". Mas o fundo fornecerá apenas ajuda para "milhares" de redações "hiper locais pequenas" e "dezenas de milhares" para grandes redações.

As diretrizes de inscrição também observam que o fundo é direcionado para redações com algo entre 2 e 100 jornalistas em período integral — deixando de fora aqueles que dependem de trabalhadores de meio período e terceirizados — e limitado ao tipo de cobertura que seja digna de resgate. Por exemplo, os candidatos devem ter um "foco em notícias importantes", descontando áreas como estilo de vida, esportes e publicações voltadas para negócios. Lógico, é melhor que nada, mas com certeza a iniciativa faz muito pouco e muito tarde.

O Google fica com grande parte das receitas de publicidade

A pandemia de COVID-19 não criou a desconexão entre alto tráfego e uma indústria de mídia cada vez mais insustentável; apenas destacamos quanto dano já foi causado.

Google e Facebook reduzem a receita de publicidade que fica com as empresas editoriais há anos. Em 2010, o Google revelou em um blog post do AdSense que ele fica com 32% nos anúncios de conteúdo e 49% nos anúncios de pesquisa.

Embora possa parecer que os editores recebam a maior parte dos ganhos em ambos os cenários, um editorial da News Alliance notou que "o Google AdSense se tornou menos relevante para os editores que vendem através do Google Ad Manager", que possui regras menos transparentes de divisão de receita, "e o Google se beneficia significativamente mais desse relacionamento do que os editores".

É difícil encontrar números concretos, mas os números pintam uma imagem sombria de quanto os editores ganham com os anúncios. Um relatório de 2017 da Digital Content Next descobriu que o editor premium médio levou para casa apenas US$ 7,7 milhões nos EUA ao colocar seu conteúdo em plataformas de distribuição de terceiros, como as propriedades do Facebook, Google e Snapchat — apenas 14% da receita total.

Juntos, o Facebook e o Google representam 60% da indústria de anúncios digitais nos EUA, e em 2019 tiveram US$ 65 bilhões de receita.

O próprio Google tem uma participação de 90% em pesquisa e detém quase 70% do mercado de tecnologia de anúncios online nos EUA, de acordo com a News Media Alliance. Isso se traduz em 37% de toda a receita de publicidade online dos EUA. E, de maneira vampírica, o Google se beneficia não apenas da mídia digital colocando anúncios em seus sites, mas também dos anunciantes que usam sua tecnologia de publicidade ao colocar esses anúncios.

Tentar mapear tudo isso é uma grande dor de cabeça, mas a lição que fica é que quantidade de dinheiro que Google (e o Facebook) recebe é grande, enquanto as publicações ficam apenas com uma pequena parte.

Em 2016, o Guardian disse que levou para casa entre 30 e 40 centavos para cada libra que os anunciantes gastaram no site. É quase uma relação vista por motoristas de aplicativo e as plataformas, só que neste caso, a empresa de tecnologia fica com 70%, enquanto o condutor recebe 30%.

Não é por acaso que o Guardian, apesar do aumento recorde de assinaturas, tenha anunciado nesta semana que 100 funcionários não editoriais ficariam de licença por causa do coronavírus.

O Google concentra informações e atenção, mas não é ele quem produz conteúdo

Para dar algum contexto, o jornalismo é bancado majoritariamente por publicidade, e as principais plataformas de anúncio online são de gigantes da tecnologia. Elas têm noção de seu impacto negativo no mercado jornalístico — tanto é que Google e Facebook já doaram grandes quantias para este ramo.

Peter Kafka, do Recode, resumiu um pouco esta questão em um post de 2018 intitulado "Google and Facebook can't help publishers because they're built to defeat publishers" ("Google e Facebook não podem ajudar publicações, pois estas empresas foram construídas para derrotá-los").

No texto, ele ressalta que essas gigantes da tecnologia são muito melhores em agregar informações para obter a atenção das pessoas que, por sua vez, é vendida para anunciantes. Obviamente, é mais interessante para um anunciante bater na porta de quem alcança um público maior do que em um único site ou publicação. A questão é que essas empresas de tecnologia não produzem o conteúdo que agregam e que recebe essa atenção.

É impossível concorrer com um serviço gratuito

Kafka ainda aponta para o que ele vê como uma contradição. As gigantes de tecnologia têm criado formas de ajudar publicações digitais a desenvolverem sistemas de assinatura para depender menos do dinheiro de anúncios. No entanto, estas mesmas companhias, por exemplo, não tentam fazer isso com seus produtos — você não vê por aí um "Facebook Premium" ou uma "busca do Google Premium" para quem pagar uma grana por mês.

É óbvio que um produto gratuito vai ter mais público que um pago. E nunca é demais dizer que, quando o serviço é gratuito, o produto é o usuário — são os dados e a privacidade do usuário que são ofertados e, no fim das contas, comprados pelas empresas anunciantes.

Voltando à iniciativa do Google, perdoe esta blogueira por olhar o Fundo de Emergência para Jornalismo e ver apenas uma estratégia de marketing.

Ah, importante dizer que o Google está doando US$ 1 milhão coletivamente para o Centro Internacional de Jornalistas (ICFJ) e o Centro Dart de Jornalismo e Trauma da Escola de Jornalismo de Columbia.

O Facebook também disse que estava comprometido em doar US$ 100 milhões para organizações de notícias locais afetadas pelo COVID-19. Mas algumas doações não são suficientes para manter essas publicações por muito tempo, e não está claro quando as coisas voltarão ao normal.

Outros já sugeriram isso, mas talvez simplesmente dar dinheiro para as empresas jornalísticas fora do contexto de pandemia já seria um bom início. Até então, as gigantes de tecnologia deveriam manter seu discurso sobre "quão vital o jornalismo é agora" para elas mesmas.

(Colaboraram Guilherme Tagiaroli e Giovanni Santa Rosa)

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Engenheiros da NASA usam óculos 3D básicos para controlar sonda em Marte via home office

Posted: 16 Apr 2020 08:30 AM PDT

Rover curiosity ao fundo em montagem com óculos 3D

Da próxima vez que você reclamar de ter que vestir uma camisa limpa para fazer uma videochamada, lembre-se que alguns trabalhadores em home office estão enfrentando alguns desafios maiores. Sem o acesso aos computadores poderosos na NASA, o time responsável por pilotar remotamente a rover Curiosity em Marte precisou voltar a usar a tecnologia 3D que já tem quase 100 anos de idade.

Para navegar a rover Curiosity com segurança na superfície de Marte, que está a mais de 190 milhões de quilômetros de distância, os engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA em Pasadena, Califórnia, utilizam as imagens 3D do terreno circundante captadas pelas câmeras da sonda que são transmitidas à Terra.

Utilizando computadores com potentes GPUs, os cientistas da JPL utilizam óculos especiais com obturadores eletrônicos cintilantes que permitem explorar as imagens da superfície de Marte e do seu terreno único em 3D realista. Isso facilita o planejamento dos movimentos e missões do rover para reduzir o risco de ficar preso, e melhora a precisão para apontar o braço robótico e os equipamentos da sonda.

Quando o estado da Califórnia emitiu as suas ordens de quarentena, tal como outros serviços não essenciais no estado, os engenheiros e cientistas da JPL tiveram de pegar os seus laptops e passar a trabalhar de casa. O problema é que esses laptops não possuem o poder gráfico e de processamento dos desktops que o pessoal da NASA precisou deixar para trás – e o acesso remoto a essas máquinas não era uma opção viável.

A quarentena também significava que já não tinham acesso aos óculos 3D especiais, mas a NASA tem uma longa história de engenhosidade. A equipe de pilotagem do JPL Curiosity recorreu a uma tecnologia antiquada que ajudou a lotar os cinemas no final dos anos 1950.

Pelos padrões 3D atuais, o efeito criado pelos óculos de acetato vermelho e azul é primitivo, mas por mais grosseiros que pareçam agora, é essencialmente a mesma tecnologia 3D anaglífica que é utilizada pelos óculos 3D sofisticados com obturadores eletrônicos. Cada olho vê uma versão ligeiramente deslocada da mesma imagem, que o cérebro interpreta como uma imagem tridimensional.

Os resultados podem não ser tão imersivos (ou confortáveis) como aquele experimentado ao usar um headset de realidade virtual, mas o efeito é suficientemente convincente para que a NASA consiga planejar e executar missões da Curiosity enquanto seus funcionários estão em quarentena.

Dois dias após a transferência da equipe da Curiosity para o home office, o rover realizou com sucesso a primeira missão que tinha sido planejada fora das instalações do JPL, perfurando uma amostra de rocha num local em Marte conhecido como “Edimburgo”.

O trabalho à distância acrescenta complicações adicionais ao planejamento das missões da Curiosity, e a equipe do JPL estima que lidar com videoconferências e apps de mensagens acrescenta algumas horas no processo, o que limita quantos comandos podem ser enviados diariamente para a sonda. Mas a missão tem sido capaz de continuar e, segundo a NASA, “a Curiosity é tão produtiva cientificamente como sempre foi.”

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Cientistas alertam sobre possibilidade de condições psicológicas e neurológicas ligadas ao coronavírus

Posted: 16 Apr 2020 07:06 AM PDT

Trabalhador da área da saúde manuseia exames de coronavírus. Crédito: Getty Images

Os danos causados pelo novo coronavírus podem ir além dos pulmões, afetando o cérebro e a parte psicológica de pacientes, alertam cientistas. A doença pode afetar diretamente o sistema nervoso de alguns pacientes, tanto durante como após a infecção, e o estresse da pandemia e as suas consequências econômicas provavelmente estão provocando picos de ansiedade mesmo entre aqueles que não estão infectados.

Em novo artigo pré-impresso lançado esta semana na revista Brain, Behavior and Immunity, os pesquisadores Emily Troyer, Jordan Kohn, e Suzi Hong, todos da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), EUA, argumentam que o mundo está prestes a enfrentar uma “onda de choque” de doenças neurológicas e psicológicas causadas pelo COVID-19.

Alguns desses danos podem ser atribuídos às mudanças óbvias que a pandemia provocou na nossa vida cotidiana, mesmo entre aqueles que não foram infectados pelo novo coronavírus. Mas há uma percepção crescente entre médicos e cientistas de que o próprio coronavírus pode afetar diretamente a saúde do nosso cérebro.

“Penso que todos nós vimos recentemente uma mudança significativa na nossa sociedade e economia, que tem estado associada à angústia e ao medo”, disse ao Gizmodo a autora principal da pesquisa, Emily Troyer, psiquiatra da UCSD. “Não queremos minimizar isso, mas os meus colegas e eu também estávamos curiosos para saber se os indivíduos que tiveram COVID-19 iriam experimentar não só o estresse psicológico associado a uma pandemia, mas também outros sintomas neuropsiquiátricos relacionados com os efeitos do vírus ou da resposta imunológica do hospedeiro no sistema nervoso.”

Pandemias passadas causadas por doenças respiratórias virais, como a gripe, estavam estreitamente ligadas a picos relatados de sintomas neurológicos ou psiquiátricos, como danos cerebrais, alterações de humor ou disfunções musculares, segundo os autores dessa pesquisa.

Em muitos casos, esses sintomas apareceram durante a infecção inicial; outras vezes, acontecem após a infecção. Estamos começando a ver o mesmo padrão com o COVID-19 emergir.

Em poucos casos, pacientes confirmados com o novo coronavírus tiveram inchaço cerebral, derrames ou convulsões. Muito mais pacientes relataram perda de olfato ou paladar, que podem ser causados por danos neurológicos.

Os autores apresentam algumas teorias sobre a forma como isso está acontecendo. Algumas evidências sugerem, por exemplo, que o coronavírus pode escapar à barreira hematoencefálica e infectar diretamente as células nervosas. Outra teoria é a de que o sistema imunológico ultrapassa a sua resposta ao vírus, causando danos sistémicos em todo o corpo, incluindo no cérebro.

Também há teorias de que certas células imunológicas podem ser infectadas, migrar para o cérebro e depois desencadear uma inflamação perigosa. Outra teoria menos apoiada, mas ainda plausível, é a de que o coronavírus danifica o microbioma intestinal, que depois afeta o cérebro.

Todas essas explicações poderiam, até certo ponto, ser verdadeiras. Mas mesmo que uma pessoa esteja relativamente saudável durante o período de infecção inicial, isso não quer dizer que não haverá problemas futuros.

Algumas infecções virais, incluindo a gripe, podem desencadear posteriormente perturbações autoimunes que afetam o cérebro e o sistema nervoso, o que pode causar fraqueza muscular, dores crônicas e até mesmo paralisia. São casos raros, no entanto.

Além dessas preocupações diretas relacionadas ao coronavírus, a pandemia está também afetando a saúde mental das pessoas no geral. Milhões viram o COVID-19 adoecer ou matar familiares e amigos, e muitas nem conseguiram estar com os seus entes queridos nos últimos momentos ou durante os funerais, devido às medidas restritivas necessárias para retardar a transmissão entre as pessoas.

Essas mesmas medidas fizeram com que algumas empresas fechassem ou diminuíssem o seu efetivo, alterando dramaticamente a vida cotidiana da maioria das pessoas e causando danos financeiros graves. Em países como os EUA, as restrições fizeram com que as taxas de desemprego fossem as mais elevadas desde o período da Grande Depressão.

Os autores escrevem no artigo alguns relatos de suicídios entre pessoas preocupadas em ter a doença ou em pegá-la. Trabalhadores essenciais, incluindo aqueles de cuidados de saúde, também relatam elevados níveis de estresse e burnout relacionados com o COVID-19, uma vez que muitos recebem salários baixos e estão em condições de trabalho arriscadas que os deixam expostos ao vírus.

“Esta pandemia é uma fonte potencial de traumatização direta e vicária para todos”, escreveram os autores.

Como ainda estamos na fase inicial da pandemia, pode demorar muito tempo até que possamos saber o quão comum são os efeitos neurológicos entre aqueles que tiveram COVID-19, especialmente os que se encontram em fase pós-infecciosa.

Uma pergunta sem resposta é se estas complicações acontecem mais em pessoas infectadas com o novo coronavírus, chamado oficialmente de SARS-CoV-2, do que em pessoas com outros vírus de resfriado e da gripe. Mas em comparação com outros surtos recentes de coronavírus fatais como a SARS e o MERS, a escala dessa pandemia é significativamente maior, disse Troyer.

Ao chamar a atenção para esses problemas, os autores esperam que a comunidade médica se mantenha atenta à saúde cerebral dos pacientes de COVID-19.

“Queremos que as pessoas também tenham consciência de que o sistema nervoso pode estar envolvido no COVID-19, por isso esperamos que as pessoas falem com os seus médicos sobre quaisquer sintomas emocionais, comportamentais, cognitivos ou sensório-motores que possam ter durante a sua recuperação”, disse Troyer. “Não queremos causar mais preocupações às pessoas – apenas queremos que elas saibam que devem falar com os seus médicos sobre esse tipo de sintomas, caso surjam, e juntos superem isso.”

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NASA financia proposta para construir um telescópio gigante no lado oculto da Lua

Posted: 16 Apr 2020 06:50 AM PDT

Projeto do telescópio lunar LCRT

Parece o canhão de laser da Estrela da Morte, mas esta proposta de telescópio lunar — construído dentro de uma cratera natural no lado oposto da Lua — poderia ser usado para espiar os primeiros dias do cosmos.

No início deste mês, a NASA concedeu financiamento adicional a uma série de projetos em seu programa Innovative Advanced Concepts (NIAC), no qual os colaboradores são incentivados a apresentar ideias "fora da caixa" para "mudar o que é possível no espaço".

Algumas das propostas mais interessantes incluíam uma solução para explorar o oceano subterrâneo da lua Europa, de Júpiter, plataformas de pouso instantâneas para a próxima missão Artemis à Lua e um projeto fascinante para usar antimatéria como uma maneira de desacelerar naves interestelares a caminho do exoplaneta Proxima Centauri b. Como eu disse, as ideias são bem ousadas.

Uma das propostas mais intrigantes é do roboticista do JPL (Laboratório de Propulsão à Jato da NASA) Saptarshi Bandyopadhyay, que quer construir um telescópio dentro de uma cratera natural do lado escuro da Lua. Ele o chama de Telescópio de Rádio da Cratera Lunar (LCRT).

A NASA concedeu ao projeto o status de fase 1 e deu à equipe US$ 120 mil para levar a ideia adiante. Se Bandyopadhyay e seus colegas produzissem uma proposta convincente, a ideia avançaria para a segunda das três fases. Ou seja, esse financiamento está longe de ser um negócio fechado para tornar realidade o projeto.

Diagrama do telescópio lunar LCRT
Diagrama mostrando a posição do LCRT em relação à Terra (sem escala). Crédito: Saptarshi Bandyopadhyay

"O objetivo da fase 1 do NIAC é estudar a viabilidade do conceito LCRT", disse Bandyopadhyay ao Gizmodo. "Durante a fase 1, nos concentraremos principalmente no projeto mecânico do LCRT, buscando crateras adequadas na Lua e comparando o desempenho do LCRT com outras ideias que foram propostas na literatura."

Em termos de quando essa estrutura poderia ser construída, ele disse que sua equipe teria uma ideia melhor assim que a fase 1 fosse concluída. Mas mesmo assim, uau, seria incrível se isso fosse realmente construído.

"Não é possível observar o universo em comprimentos de onda superiores a 10 metros, ou frequências abaixo de 30 MHz, a partir de estações terrestres, porque esses sinais são refletidos pela ionosfera da Terra", disse Bandyopadhyay. "Além disso, os satélites que orbitam a Terra captariam um ruído significativo da ionosfera da Terra", e é por isso que "essas observações são muito difíceis".

Esquema de construção do telescópio lunar
Como o LCRT seria construído. Crédito: Saptarshi Bandyopadhyay

É por este motivo que comprimentos de onda maiores que 10 metros ainda precisam ser explorados pelos cientistas. Consequentemente, esse telescópio ofereceria um tremendo benefício para astrônomos e cosmólogos, que o usariam para estudar o universo primitivo como ele existia a 13,8 bilhões de anos atrás, incluindo a formação das primeiras estrelas.

Ao colocar o LCRT no lado oculto da Lua, o observatório seria protegido contra interferências de rádio e outros aborrecimentos vindos da Terra, naturais ou artificiais. "A Lua age como um escudo físico que isola o telescópio da superfície lunar de interferências/ruídos de rádio de fontes terrestres, ionosfera, satélites em órbita da Terra e o ruído do rádio do Sol durante a noite lunar", explicou Bandyopadhyay.

Como descrito no resumo da proposta, o telescópio seria construído em uma cratera de 3 a 5 km de diâmetro. Vários robôs DuAxel amarrariam, suspenderiam e ancorariam uma malha de 1 km de diâmetro dentro da cratera, tornando-a o "maior radiotelescópio de abertura cheia do Sistema Solar".

Os robôs DuAxel "são incríveis e já foram testados em campo em cenários desafiadores", disse Bandyopadhyay ao Gizmodo. O roboticista do JPL Issa Nesnas liderou o design desses robôs na última década e ele, junto com o roboticista do JPL Patrick McGarey, também está trabalhando no projeto LCRT.

Quando perguntado sobre quanta tecnologia ainda precisa ser desenvolvida para que essa proposta seja possível, Bandyopadhyay disse "bastante", pois a maior parte da tecnologia necessária para o LCRT está atualmente em um nível de prontidão tecnológica baixo, nos termos da NASA.

"Não quero entrar em detalhes, mas temos um longo caminho pela frente", disse ele. "Portanto, somos muito gratos por esse financiamento da fase 1 do NIAC!"

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Satélite captura imagem impressionante da erupção do vulcão Anak Krakatoa

Posted: 16 Apr 2020 04:54 AM PDT

O vulcão Anak Krakatoa (também conhecido com Anak Krakatau), na Indonésia, entrou em erupção no fim de semana passado. No sábado (11), ele lançou um fluxo de vapor espesso e branco a 500 metros de altura no céu. Na terça-feira (14), ele ainda estava atirando plumas. Nenhuma vítima ou dano foi relatado até o momento.

O Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos da Indonésia emitiu um alerta de nível 2 em uma escala de quatro, indicando que o vulcão está “exibindo agitações intensas ou crescentes com maior potencial de erupção sem previsão de data ou com uma erupção de perigo limitado a caminho”.

Os satélites têm a vista mais segura para erupções. E na segunda-feira, o Landsat 8, do Serviço Geológico dos EUA, e a NASA, registraram uma imagem bárbara da pluma de gás e água que se eleva sobre o pico do Krakatoa. O satélite também viu um sinal infravermelho aparecendo por baixo da pluma, indicando um possível fluxo de lava.

A cor branca da pluma indica que o vulcão está emitindo principalmente vapor de água e gás. Se fossem cinzas, a pluma provavelmente pareceria acinzentada ou marrom em imagens de cores naturais. Isso não quer dizer que não possa haver cinzas escondidas mais perto do chão, entretanto.

“É possível que as partículas mais pesadas de cinzas emitidas permaneçam mais baixas na atmosfera e sejam transportadas para o norte por ventos próximos da superfície”, disse Verity Flower, vulcanologista do Centro de Voo Espacial Goddard, da NASA, em comunicado. “Em contraste, água e gases, que são mais leves, dentro da pluma, eles seriam transportados mais alto e se condensariam rapidamente na atmosfera.”

Uma vista com legendas da erupção de Krakatoa. Imagem: NASA Earth Observatory

Como não há cinzas atingindo o alto da estratosfera, é improvável que haja qualquer alívio das mudanças climáticas por causa dessa erupção. Quando há cinzas, elas podem bloquear o sol e esfriar a Terra. Ainda assim, é a erupção mais longa desde 2018, quando a atividade vulcânica causou um deslizamento de terra que desabou parte da ilha. Essa erupção também provocou um tsunami que inicialmente subiu cerca de 100 metros e acabou por atingir a costa, matando 437 pessoas.

Embora a erupção atual seja maior que o normal, ainda é relativamente pequena em comparação com as erupções mais antigas da história de Krakatoa. Em 1883, uma erupção enorme matou cerca de 36 mil pessoas entre a explosão e os tsunamis resultantes provocados por terremotos.

Autoridades indonésias estão de olho em possíveis perigos futuros, incluindo jatos e correntes de lava e chuva de cinzas em um raio de pouco mais de um quilômetro ao redor da cratera do vulcão.

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O iPhone SE parece bom, mas a Apple poderia ter feito um trabalho melhor

Posted: 16 Apr 2020 04:14 AM PDT

Após meses de rumores e vazamentos, o novo iPhone SE finalmente chegou. Com preços a partir de US$ 400 nos EUA, ele é um bom negócio por lá. Por aqui, custando a partir de R$ 3.700, talvez não muito. Mas, no fundo, não posso deixar de sentir que a Apple poderia ter feito mais com seu novo iPhone econômico.

Se começarmos a olhar para as especificações e o design do iPhone SE, é essencialmente um iPhone 8 com um chip mais novo, o A13 Bionic, o mesmo que vem no iPhone 11. Claro, a Apple incluiu alguns outros pequenos toques, como um "processo de cores de sete camadas", que oferece uma "rica profundidade de cores" para a parte externa do dispositivo. Porém, há apenas três cores para escolher (preto, branco e vermelho) em vez de seis como no iPhone 11 (que inclui tons mais atraentes como verde, amarelo e roxo). Assim, fica difícil ficar super empolgado com o visual do iPhone SE.

Em outros aspectos, a Apple diz que o iPhone SE traz o “melhor sistema de câmera única já feito” pela empresa, além de suporte ao modo Retrato e ao Smart HDR. E embora isso pareça legal, o que você realmente está levando é a mesma câmera do iPhone 8, mas com um processamento aprimorado graças ao chip A13 Bionic.

Além disso, ao chamar de melhor “câmera única”, parece que a Apple está tentando evitar comparações com o iPhone 11 e o iPhone 11 Pro, ambos com duas ou três câmeras traseiras e provavelmente com melhor qualidade de imagem.

Mais importante, o que me chateia são algumas das coisas que a Apple não fez. Um bom exemplo é a tela LCD de 4,7 polegadas do iPhone SE. Ao continuar com o que parece ser o mesmo display usado no iPhone 8, a Apple provavelmente conseguiu economizar um pouco de dinheiro.

No entanto, você deve compará-lo a outros telefones de entrada e intermediários, como o Pixel 3a, o Galaxy A50 e o OnePlus 7T (que reduziram teve um corte de preço para apenas US$ 500), todos com telas OLED mais coloridas (que Apple também usa no iPhone 11 Pro). A decisão da Apple de ficar com os painéis LCD parece uma oportunidade perdida.

Sem mudar o design, a Apple deixou muito espaço desperdiçado em torno da tela do iPhone SE. Foto: Apple

Além disso, incluir apenas uma única câmera traseira é um pouco decepcionante. Ter várias câmeras traseiras costumava ser um luxo disponível apenas em aparelhos caros, mas agora uma tonelada de telefones acessíveis, incluindo o Moto G8 Power, o Galaxy A50 e o futuro TCL 10L têm duas ou mais câmeras traseiras, mesmo custando US$ 350 ou menos.

Mas talvez a maior decepção seja que a Apple realmente não fez nada para maximizar o tamanho da tela do iPhone SE. No ano passado, quando a Apple anunciou o iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max, parecia que a Apple estava finalmente pronta para avançar corajosamente para um mundo centrado em Face ID e molduras mais finas. Ver o iPhone SE ainda com molduras grandes e o Touch ID é um pouco confuso (mesmo que seja útil durante um período em que todos nós temos que usar máscaras fora de nossas casas).

Embora essa seja certamente uma decisão bem-vinda para as pessoas que não desejam abrir mão de seus sensores de impressão digital, também coloca algumas sérias limitações de design no iPhone SE. Se a Apple tivesse optado por remover o sensor Touch ID do telefone, poderia ter aumentado significativamente o tamanho da tela do SE, mantendo as dimensões compactas do telefone e também unificando a aparência da linha de iPhone moderna de hoje.

Apesar de tudo isso, não acho que o iPhone SE seja um erro ou um fracasso — ainda não vimos um pessoalmente! No entanto, considerando o tamanho e a influência da Apple na indústria de smartphones, eu esperava que, como uma das três maiores fabricantes do mundo, a Apple pudesse liderar pelo exemplo. A Apple poderia até criar um iPhone SE mais premium com alguns dos recursos mencionados acima, ao preço de US$ 500 e depois usar esse modelo para substituir o iPhone XR.

Em um momento em que o Galaxy S20 Ultra de US$ 1.400 da Samsung faz com que até o iPhone mais caro pareça um bom negócio, um novo iPhone que custa a partir de US$ 400 tem bastante coisa para se tornar uma boa opção. E talvez nenhuma dessas reclamações realmente importe, porque a Apple vai vender um caminhão desse iPhone. Mas, mesmo assim, eu não vou conseguir parar de pensar que ele poderia ser um pouco melhor.

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