segunda-feira, 20 de abril de 2020

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Países europeus apoiam iniciativas de plataforma de rastreio de contato de pessoas com COVID-19

Posted: 19 Apr 2020 02:00 PM PDT

Pessoa com luvas mexendo no celular

Diversos países importantes da União Europeia estão apoiando a tecnologia de rastreio de contatos com pessoas infectadas pelo novo coronavírus via Bluetooth. A ideia dessa tecnologia é mapear a propagação de surtos por meio de apps para smartphones.

A notícia de que a ideia tem sido apoiada pelos governos europeus vem do empresário alemão Chris Boos, um dos principais coordenadores do projeto batizado como Iniciativa Pan-Europeia de Rastreio de Proximidade com Preservação de Privacidade (PEPP-PT, na sigla em inglês).

Sete países – Áustria, Alemanha, França, Itália, Malta, Espanha e Suíça – manifestaram apoio ou começaram a incorporar essa tecnologia em aplicativos que estão sendo desenvolvidos internamente. Outros 40 países foram registrados e estão em processo de integração.

“Muitos países de maior dimensão dedicaram as suas equipes de tecnologia para desenvolver algo em cima do que estamos fornecendo”, disse Boos em uma entrevista à agência de notícias Reuters.

O PEPP-PT é a criação de mais de 200 cientistas e tecnólogos. A iniciativa quer permitir que Estados europeus “falem” uns com os outros sobre a propagação do vírus por meio de uma avaliação de riscos automática – um esforço particularmente difícil, tendo em conta os rigorosos mandatos da União Europeia quando se trata de privacidade de dados pessoais.

Colocado como um projeto que “preserva a privacidade”, o PEPP-PT não depende de dados de localização, mas utiliza o rastreamento de proximidade baseado no Bluetooth para compartilhar IDs com pseudônimos com dispositivos fisicamente próximos uns dos outros.

Quando alguém registra que foi diagnosticado com COVID-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, o sistema utiliza essa informação para enviar notificações a qualquer pessoa que tenha entrado em contato com o indivíduo infectado.

Esses apps também forneceriam orientações adicionais sobre medidas de precaução, como a realização de testes para o coronavírus e a auto-quarentena.

No início deste mês, Boos disse ao TechCrunch que o projeto apoiará tanto abordagens centralizadas como descentralizadas.

No primeiro caso, enviaria as identificações para um servidor oficial, como algum que seja supervisionado por uma autoridade sanitária nacional, que pessoas preocupadas com a privacidade e com a forma como esses dados sensíveis poderiam ser tratados de forma imprópria.

Em contrapartida, uma abordagem descentralizada implicaria o armazenamento dessas identificações localmente nos próprios dispositivos, com um servidor back-end apenas para enviar os alertas.

“Ambos os modelos têm os seus prós e contras”, disse Boos à Reuters. “Um país tem que escolher que sistema precisa.”

Por sua vez, o Parlamento Europeu se pronunciou na sexta-feira (17) a favor de uma abordagem descentralizada que ajude a conter a propagação do surto. Até agora, o novo coronavírus infectou mais de 2 milhões de pessoas em todo o mundo e matou mais de 150.000, segundo os pesquisadores da Universidade de Johns Hopkins.

De acordo com a reportagem da Reuters, a Itália anunciou uma parceria com uma startup de Milão e membro da iniciativa PEPP-PT, chamada Bending Spoons, para desenvolver um aplicativo de rastreio de contatos. Já a Alemanha entrou em contato com outra afiliada da PEPP-PT, o Fraunhofer Heinrich Hertz Institute, para o desenvolvimento do app. A França está apoiando o instituto de pesquisa digital INRIA, cujo o presidente e CEO, Bruno Sportisse, disse à Reuters que estão “totalmente empenhados em fazer desta iniciativa pan-europeia um sucesso.”

A Apple e o Google se uniram para lançar uma tecnologia similar de rastreio de contatos nos EUA e outros países interessados.

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Os 50 anos da Apollo 13 servem para lembrar que apressar uma nova viagem para a Lua é um erro

Posted: 19 Apr 2020 11:42 AM PDT

O programa Apollo foi uma façanha tecnológica impressionante, mas, no 50º aniversário da Apollo 13, lembramos os tremendos riscos envolvidos e por que os EUA não devem mandar novamente humanos à Lua às pressas.

O grande salto para a humanidade de Neil Armstrong continua sendo o auge das conquistas espaciais, mas ele teve um custo. Em 27 de janeiro de 1967, um incêndio na cabine durante um ensaio de lançamento resultou na morte dos astronautas da NASA Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee. A sessão de treinamento fracassada foi postumamente apelidada de Apollo 1, no que foi um começo terrível para o programa lunar.

Olhando para trás, dá para dizer que foi um milagre que essas três tenham sido as únicas mortes atribuídas diretamente ao programa Apollo. A NASA dançou no fio da navalha perpétua.

A Apollo 11 — a primeira de seis missões bem-sucedidas à Lua — quase terminou em desastre quando o módulo lunar Eagle da tripulação quase ficou sem combustível durante sua descida. Durante o lançamento da Apollo 12, o foguete Saturn V foi atingido por um raio, não uma, mas duas vezes, fazendo com que o sistema de orientação, navegação e controle a bordo ficasse temporariamente inoperante.

E, claro, teve a Apollo 13.

Em 13 de abril de 1970, quando os tripulantes da Apollo 13, Jim Lovell, Fred Haise e Jack Swigert, se aventuraram em direção à Lua, um tanque de oxigênio no Módulo de Serviço explodiu. Esse era um “problema”, como Lovell apontou com indiferença. Mas logo ficou evidente que a missão havia perdido sua principal fonte de oxigênio, água e energia elétrica. Graças à improvisação heroica da tripulação, ao apoio de equipes de solo e a uma boa dose de sorte, os astronautas retornaram à Terra com segurança em 17 de abril.

Por que a pressa?

As missões da Apollo foram feitas aos trancos e barrancos, mas a mentalidade era diferente na época. Os Estados Unidos se envolveram em uma corrida espacial com a União Soviética. Havia um verdadeiro senso de urgência no programa Apollo, e a próxima fronteira importante se tornou subitamente acessível.

A tripulação da Apollo 13 de volta à Terra. Imagem: NASA

O que nos leva a hoje. A corrida espacial certamente não é mais o que costumava ser, com empresas privadas agora integradas e robôs fazendo grande parte das viagens espaciais por nós.

Mesmo assim, a NASA atualmente está tendo que lidar com uma linha do tempo irracionalmente agressiva para o retorno de seres humanos à Lua. Em março de 2019, o vice-presidente Mike Pence, em nome do presidente Donald Trump, disse à agência espacial que tinha que colocar astronautas americanos no regolito lunar até 2024, e não 2028, como planejado inicialmente.

Artemis, como esse programa é chamado, certamente será um trabalho urgente se o atual governo seguir em frente neste objetivo (por motivos que parecem totalmente egoístas: Trump quer crédito por um pouso na Lua). Embora viagens espaciais sejam inerentemente arriscadas, a Artemis não deveria sofrer a perda de vidas que a Apollo sofreu. Um prazo de 2028 permitiria à NASA tornar a missão o mais segura possível, e também poderia fazer a viagem valer a pena.

A linha do tempo acelerada torna mais provável que soluções mais simples e não necessariamente mais seguras sejam elaboradas, juntamente com uma janela limitada para testes e aprimoramentos.

A pseudo-urgência de Trump colocará vidas em risco. Os críticos podem argumentar que uma missão lunar prepara o terreno para uma viagem tripulada a Marte, o que certamente aconteceria, mas também precisamos nos perguntar seriamente por que precisamos enviar humanos para Marte em primeiro lugar.

Novas tecnologias, nova tolerância a riscos

Não há dúvida de que a Artemis será mais segura que as Apollo, mas isso não significa que nossa próxima estadia na Lua não será perigosa. Grande parte das tecnologias previstas para a próxima missão ainda não existe. Muitas outras serão utilizadas pela primeira vez. O mesmo para protocolos de missão, procedimentos e similares. De certa forma, os EUA estão tendo que reinventar o caminho para voltar à Lua, pois nenhum humano esteve lá desde a Apollo 17 em 1972.

Imagem conceitual da espaçonave Orion, que levará astronautas à Lua. Imagem: NASA

Felizmente, parece que a NASA e seus parceiros do setor privado adquiriram uma baixa tolerância a riscos.

Em maio de 2019, por exemplo, um teste de paraquedas da cápsula SpaceX Crew Dragon (que será usada para entregar astronautas à ISS, e não à Lua) resultou em uma maquete do veículo colidindo com o solo "a uma velocidade mais alta que o esperado“. O interessante dessa falha é que o exercício foi projetado para testar o comportamento em um cenário que já não é o ideal, no qual um dos quatro paraquedas teria falhado na hora de disparar.

Não se ouvia falar de tolerâncias de risco como estas durante a era Apollo. Elas são uma das principais razões pelas quais agora leva tanto tempo para desenvolver sistemas que têm o espaço como destino.

Orion, a espaçonave que transportará os astronautas para a Lua, também está passando por testes extensos. Mais recentemente, a sonda foi colocada dentro de uma câmara a vácuo e exposta a todo tipo de sofrimento, incluindo exposição a temperaturas extremamente baixas, oscilando entre -156°C e -128°C, junto com explosões de interferência eletromagnética. A Orion como conceito existe desde 2004. Várias versões foram testadas ao longo de uma década. Portanto, ela não foi feita no calor do momento.

O software também pode ser um problema

Astronautas e desenvolvedores de tecnologia também têm acesso a ferramentas que só existiam nos sonhos das equipes da Apollo. A Agência Espacial Européia, por exemplo, está usando simulações altamente detalhadas da missão Apollo 15 para fins de treinamento e para fornecer uma plataforma de teste para tecnologias recém-desenvolvidas.

Ao mesmo tempo, dados coletados pelo Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA e outros satélites estão sendo usados ​​para criar mapas detalhados da superfície do satélite natural. Isso tornará possível sistemas autônomos capazes de evitar terrenos acidentados quando ela for buscar pontos de aterrissagem adequados, por exemplo.

O que traz um problema interessante: nossa crescente dependência de sistemas autônomos executados por computador. Como o repórter de ciência do New York Times Kenneth Chang apontou recentemente:

“Nossa maior vantagem e minha maior preocupação estão todas centradas na mesma área”, disse Joseph W. Dyer, vice-almirante aposentado da Marinha dos Estados Unidos, que presidiu o Painel Consultivo de Segurança Aeroespacial da NASA de 2003 a 2016.

Agora, as naves espaciais podem executar muitas tarefas de forma autônoma, mas no código complexo do software, “os erros podem estar presentes, e às vezes eles são catastróficos”, disse Dyer. “O ponto principal é que, com grande capacidade, vem grande complexidade.”

Essa armadilha surgiu durante o teste sem tripulação, em dezembro passado, da sonda Starliner da Boeing, projetada para levar os astronautas da NASA para a Estação Espacial Internacional e trazê-los de volta à Terra. Testes inadequados deixaram passar pelo menos dois erros sérios de software que levaram a missão a ser encerrada mais cedo e a não atingir seu objetivo principal: atracar na estação espacial.

Além do acidente da Boeing Starliner, houve também o caso do módulo de pouso ExoMars Schiaparelli, que colidiu com a superfície marciana em 2016 devido a uma falha no software. A informática é vital, mas também frágil.

Ainda falta muita coisa, e muita coisa vai precisar ser simplificada

A Artemis envolverá dois componentes principais: a já mencionada espaçonave Orion, que já existe, e o Space Launch System (SLS) da NASA, que não existe.

Não ter o foguete que levará você à Lua é uma limitação bastante significativa, para dizer o mínimo. O primeiro teste do SLS não acontecerá antes do primeiro semestre de 2021, o que é bem perto de um pouso na Lua em 2024. Este foguete deveria estar pronto em 2017, e seus muitos atrasos representam um sério constrangimento para a agência espacial dos EUA.

Como contexto, vale dizer que os EUA não foram capazes de lançar astronautas de solo americano de forma independente desde a aposentadoria do Programa Space Shuttle em 2011. No entanto, estamos aqui, a menos de quatro anos de uma aparente missão lunar.

Representação artística do lançamento do SLS. Imagem: NASA

Orion e SLS representam as peças conhecidas de Artemis, mas ainda não sabemos de outros componentes importantes. Um dos principais é o módulo lunar, que a NASA está terceirizando para parceiros privados. A Boeing e a Blue Origin estão atualmente trabalhando em seus projetos, mas qualquer solução para um módulo de aterrissagem lunar nesta fase será conhecida em um prazo bem apertado.

Deu para sentir? É o mesmo ritmo apressado que a Apollo enfrentou — e sem nenhuma razão para justificar. A linha do tempo acelerada torna mais provável que soluções mais simples e não necessariamente mais seguras sejam elaboradas para a Artemis, juntamente com uma janela limitada para testes e aprimoramentos.

Ah, caso você esteja se perguntando sobre o sistema Lunar Gateway, ele foi adiado, então não estará disponível para a primeira missão Artemis. Um posto avançado permanente em órbita ao redor da Lua seria útil, mas o conceito apresentava uma série de complicações e riscos à missão, incluindo cenários delicados e perigosos de atracação e implantação.

Uma das razões pelas quais o Lunar Gateway foi adiado tinha a ver com o custo, o que traz outra questão importante, se não a principal: dinheiro.

No ano passado, a NASA disse que precisaria de US$ 25 bilhões adicionais nos próximos 5 anos para fazer a Artemis acontecer até 2024, o que representa um acréscimo de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões ao seu orçamento anual. Não está claro se o Congresso cederá esses fundos, especialmente se não houver uma razão racional para o cronograma acelerado.

E isso foi antes da pandemia de COVID-19, que está prestes a mergulhar o mundo em uma grande recessão, se não em uma depressão. Independentemente disso, o Congresso já disse que prefere ver a Artemis acontecer em 2028 e que os humanos cheguem a Marte até 2033.

Uma missão à Lua em 2024 parece cada vez mais improvável a cada dia que passa. Caso isso aconteça até essa data prevista, a NASA voltará a passar pelo mesmo tipo de situação que resultou na Apollo 13.

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Apple Music agora está disponível na web, mas é chato de configurar

Posted: 19 Apr 2020 10:03 AM PDT

Tela inicial do Apple Music

O Apple Music agora está disponível na versão web – você pode ouvir música a partir de qualquer navegador em um Mac ou PC. Se você já assina o serviço da empresa da maça e tem usado o iTunes para ouvir suas músicas, a transição será super tranquila – basta acessar music.apple.com, entrar com o seu Apple ID e a versão web estará sincronizada com o iTunes. Se você tem procurado um motivo para deixar de usar o iTunes mas ainda quer manter o seu histórico musical, aqui está.

Mas se você está pensando em trocar de serviço de streaming e passar a usar o Apple Music, principalmente agora que há uma versão web… Vai ser um pouco complicado.

Se já tem uma Apple ID, mas não se inscreveu no Apple Music e não tem o iTunes instalado no seu computador, não poderá simplesmente se registrar a partir do site. Se tentar entrar com o seu Apple ID, receberá esta maravilhosa mensagem:

Página de erro do Apple Music“Não é possível criar um Apple ID neste dispositivo. Tente usar um iPhone, iPad, Mac ou PC”. Captura de tela: Sam Rutherford/Gizmodo

Isso irá acontecer caso você esteja tentando acessar o site a partir de um PC com Windows pelo Chrome, Firefox ou Edge. Essa mensagem de erro não aparece se estiver usando um Mac com Safari ou Chrome. De qualquer modo, você precisará da assinatura do Apple Music para usar o web player, o que me leva ao segundo ponto dessa equação.

Você precisa do iTunes instalado para se registrar no Apple Music e transmitir as faixas pelo web player. É por isso que aparece uma mensagem de erro: não há o importar para o web player se o iTunes não estiver instalado.

A Apple exige uma assinatura – mesmo que seja o teste gratuito – para utilizar o serviço de música. Mas não é possível simplesmente acessar o site do Apple Music para se inscrever. Ainda é preciso ter o iTunes instalado. Neste caso, você verá um pop-up pedindo para abrir o iTunes, se já tiver o software instalado no seu PC.

Se estiver num computador Windows, precisará baixar o iTunes da Windows Store para se inscrever na assinatura do Apple Music. Os usuários de Mac não têm de se preocupar – o iTunes vem pré-instalado com macOS em todas as versões, mas a mais recente, Catalina, inclui um app separado de música.

Com essa grande chatice para os usuários de Windows, não há muito incentivo para as pessoas que não assinam o Apple Music mudarem de um serviço rival como o Spotify.

Tenho usado Spotify há anos e os algoritmos possuem dados suficientes para compreender os meus gostos com uma precisão assustadora – além disso, o web player funciona em todas as plataformas.

O Apple Music tem funcionalidades avançadas em comparação com o Spotify, como descrições de álbuns escritos por humanos. Porém, o Spotify é mais direto para assinar ou simplesmente começar a ouvir música. Você também não precisa pagar pelo Spotify se não se importar em ouvir os anúncios – o Apple Music não tem uma opção gratuita.

Há um lado positivo em toda essa provação: depois de ter a sua assinatura do Apple Music configurada e o iTunes sincronizado com o player web, é possível desinstalar o iTunes sem que isso a versão do navegador. É uma boa notícia para quem prefere morrer ou usar o Winamp do que manter o iTunes instalado.

Entramos em contato com a Apple para obter esclarecimentos sobre as nossas dificuldades na criação de uma conta do Apple Music pela web e atualizaremos quando ou se a empresa responder.

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Ajude a NASA a salvar os corais do mundo jogando este game

Posted: 19 Apr 2020 07:21 AM PDT

Jogo da NASA

A NASA criou um novo jogo com um propósito. No Nemo-NET, os jogadores usam seus iPhone, iPad ou computador para viajar virtualmente nas profundezas do oceano, identificando e classificando todos os corais que encontram.

As imagens são tiradas de expedições marítimas da vida real, e jogar o game ajudará os cientistas a criar um mapa melhor dos corais do mundo que podem ajudar nos esforços de conservação antes que os recifes sejam eliminados.

Nos últimos anos, os cientistas do Centro de Pesquisa Ames, da NASA, no Vale do Silício, observaram os oceanos do mundo, usando novas ferramentas que corrigem a distorção óptica da água para exibir um olhar mais claro e detalhado abaixo da superfície do oceano.

Ao montar os novos instrumentos em drones e aeronaves, os cientistas obtiveram imagens em 3D de corais, algas e ervas marinhas no fundo do oceano ao longo das expedições a Porto Rico, Guam e Samoa Americana. Mas agora, os pesquisadores precisam examinar todos esses dados, que é onde o jogo entra.

No game NeMO-Net, você pode explorar as imagens dessas expedições, aprendendo sobre os diferentes tipos de corais e destacando onde elas aparecem. Ao longo do caminho, você pode ganhar distintivos e acompanhar seu progresso. O jogo possui trilha sonora ambiente e gráficos nítidos, o que é bom em um momento em que todos nós podemos usar um pouco de tempo de inatividade calmante. E também é útil para a conservação: todos os dados que os usuários geram durante o jogo ajudam a treinar um supercomputador da NASA para identificar corais por conta própria.

"O NeMO-Net aproveita a força mais poderosa do planeta: não uma câmera sofisticada ou um supercomputador, mas pessoas", disse o investigador principal da NASA Ved Chirayath, que desenvolveu a rede neural por trás do jogo, em um comunicado. "Qualquer pessoa, mesmo a primeira série, pode jogar esse jogo e classificar esses dados para nos ajudar a mapear uma das mais formas de vida que conhecemos".

O jogo vem em um momento importante. Os oceanos abrigam tantas espécies quanto as florestas tropicais. Eles também são cruciais para a saúde das pessoas e do planeta, porque são uma importante fonte de alimento e ajudam a regular o carbono na atmosfera, entre outras opções importantes.

Jogo NeMO, da NASA, para iPad
Crédito: NASA/Ames Research Center/Ved Chirayath

No entanto, eles também estão ameaçados por poluição, pesca excessiva e aumento da temperatura do oceano e acidificação. E os recifes de coral são alguns dos ecossistemas mais ameaçados. Apenas neste mês, os pesquisadores descobriram que toda a Grande Barreira de Corais está no meio de um evento de branqueamento sem precedentes que está acabado com os corais em todos os cantos de ecossistema.

Embora saibamos que os oceanos do mundo estão em perigo, não temos um mapa detalhado deles. O trabalho que a NASA está fazendo pode ajudar a criar um que funcione como base para a saúde dos corais. Isso, por sua vez, poderia nos ajudar a entender quais partes do oceano precisam de mais ajuda, tanto em prol da conservação da biodiversidade quanto dos bilhões de pessoas que vivem perto da costa e dependem do mar.

"Os recifes de coral são uma parte crítica do nosso sistema de suporte à vida", disse Sylvia Earle, conservadora e colaboradora lendária do projeto, em comunicado. "Eles nos definem, definem o oceano, definem o nosso planeta".

Você pode baixar o jogo gratuitamente para seu Mac, iPhone ou iPad. Infelizmente, não tem versão para Windows ou Android.

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