sábado, 25 de abril de 2020

Gizmodo Brasil

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Sua conta Nintendo pode ter sido exposta, então é melhor ativar a autenticação em dois fatores

Posted: 24 Apr 2020 02:53 PM PDT

Após um número crescente de relatos de usuários da Nintendo alegando que suas contas foram invadidas, a empresa confirmou que cerca de 160 mil podem ser tido acessadas, expondo informações de identificação pessoal deste jogadores.

Em um comunicado, publicado no site de suporte em japonês, a Nintendo informou nesta sexta-feira (24) que agora está impedindo que os usuários acessem suas contas com iDs da Nintendo Network depois de saber que as credenciais foram "obtidas ilegalmente por outros meios que não nosso serviço". Anteriormente, os usuários haviam relatado que suas contas tinham sido usadas para comprar itens de lojas, incluindo a moeda do jogo para Fortnite.

Para contextualizar, os NNIDs eram usados para Nintendo 3DS e Wii U e são diferentes das contas Nintendo.

Segundo a Nintendo, as informações que podem ter sido expostas no vazamento incluem nome de usuário, sexo, data de nascimento, local e endereço de e-mail. Apesar de as contas terem sido usada para fazer compras, a Nintendo afirmou que nenhuma informação de cartão de crédito armazenada em arquivo poderia ser visualizada.

A Nintendo informou que tomou conhecimento do problemas no início de abril. A Nintendo informou que está notificando os usuários afetados por e-mail e que já começou a redefinir os NNIDs.

Os usuários que usam a mesma senha para suas contas NNID e Nintendo estão recebendo solicitações para alterar suas senhas e habilitar autenticação de dois fatores para impedir que pessoas mal-intencionadas acessem qualquer informação de pagamento armazenada em arquivo.

A Nintendo não retornou imediatamente um pedido de comentário. No entanto, em uma versão traduzida de seu aviso em seu site de suporte em japonês, a empresa afirmou que "fará mais esforços para fortalecer e garantir a segurança para que eventos semelhantes não ocorram".

É uma boa ideia usar o 2FA (autenticação em dois fatores) em qualquer lugar em que ela esteja disponível — e sim, isso também significa para suas credenciais de jogos.

Como ativar a autenticação em dois fatores em sua conta Nintendo

Para fazer isso, acesse a página da sua conta de usuário Nintendo, clique em Configurações de login e segurança e selecione Configurações de verificação em dois fatores na parte inferior da página. A partir daí, a Nintendo enviará um código de verificação e fornecerá instruções para o uso do Google Authenticator, além de links para acessar o aplicativo, se você ainda não o tiver.

E, pelo amor de Deus, use um gerenciador de senhas e uma senha forte e exclusiva para cada uma de suas contas. Não fazer isso só vai causar problemas para você no longo prazo.

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WhatsApp vai permitir conversa em vídeo com até oito pessoas ao mesmo tempo

Posted: 24 Apr 2020 01:13 PM PDT

Em tempos de pandemia, as chamadas de vídeo têm sido estão sendo mais usadas que nunca, fazendo até com que plataformas mais corporativas, como Zoom, se tornassem populares. Em meio a tudo isso, por onde será que estava o Facebook, hein? Pois bem, a rede fez alguns anúncios quanto a isto nesta sexta-feira (24), e o principal é que o WhatsApp passará a aceitar mais pessoas em chamadas de vídeo.

Se você nunca tentou o WhatsApp só permitia até quatro pessoas em vídeo chamadas. Agora, a dona da plataforma informou que será possível reunir até oito pessoas em uma mesma conversa. A atualização começará a ser liberada a partir da próxima semana.

O processo para fazer videochamadas é relativamente simples. Após iniciar uma conversa em vídeo, você poderá adicionar outras pessoas à chamada, como mostra o vídeo abaixo:

Messenger Rooms

Em outro esforço da rede sobre transmissões, o Facebook anunciou a criação do que eles chamam de Messenger Rooms.

Como o nome sugere, são salas de conferência com a possibilidade de ter até 50 pessoas que podem participar de uma chamada de vídeo apenas acessando um link, sem a necessidade de instalar um programa no computador ou no celular. No entanto, a empresa ressalta que quem tiver o Messenger instalado poderá usar filtros de realidade aumentada

Por ora, o Messenger Rooms ainda não está disponível, mas o Facebook diz que o recurso será liberado aos poucos nas próximas semanas. Mesmo assim, nada impede o usuário de fazer videochamada usando o Messenger, só não dá para colocar um monte de gente como o prometido pelo Messenger Rooms.

Messenger Rooms

[Facebook]

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Um giro pelo mundo através dos principais diretores de cinema

Posted: 24 Apr 2020 01:07 PM PDT

No seu aspecto mais irredutível, o cinema pode ser considerado uma fonte primordial e inesgotável para o trabalho de registro. A partir da análise dos discursos e símbolos cinematográficos relacionados aos diversos contextos ao redor do mundo, as pessoas partem de uma nova perspectiva e absorvem a própria história que lhes seria renegada sem o acesso a esse tipo de cultura. Por isso é obrigatório expandir seu repertório para além de Hollywood. Há diversidade de valores nas produções internacionais, o que agrega em abundância na sua bagagem da vida, pouca das coisas que carregamos conosco ao longo de toda nossa trajetória. Tem muito o que ver, tem muito o que descobrir.

Pensando nisso, em parceria com o Telecine, separamos algumas indicações para você que gosta de expandir suas fronteiras e consumir conteúdo de todo o mundo, através das lentes de alguns dos diretores mais renomados da história do cinema. Confira!

Quer conhecer o trabalho de Bergman? Aqui vai uma recomendação: Fanny & Alexander (1983).

Após um alegre Natal da família Ekdahl, o pai de Alexander e Fanny vem a falecer. Pouco tempo depois, a mãe se casa com um homem rígido e religioso, mudando radicalmente a vida das duas crianças que se veem obrigadas a viver com o cruel padrasto.

Quer conhecer o trabalho de Cuarón? Aqui vai uma recomendação: Roma (2018).

Cidade do México, 1970. A rotina de uma família de classe média é controlada de maneira silenciosa por uma mulher que trabalha como babá e empregada doméstica. Durante um ano, diversos acontecimentos inesperados começam a afetar a vida de todos os moradores da casa, dando origem a uma série de mudanças, coletivas e pessoais.

Quer conhecer o trabalho de Almodóvar? Aqui vai uma recomendação: Tudo Sobre Minha Mãe (1999).

No dia do aniversário de Esteban, Manuela decide presenteá-lo com um ingresso da nova peça da atriz Huma Rojo. Após o espetáculo, Esteban tenta pegar um autógrafo da estrela, mas é atropelado e morre. Manuela então resolve procurar o pai do menino em Barcelona para lhe dar a notícia.

Quer conhecer o trabalho de Varda? Aqui vai uma recomendação: Cléo das 5 às 7 (1962).

 Em Paris, a cantora Cléo faz um exame para descobrir se está com câncer. O resultado sai em duas horas, então ela decide andar pelas ruas da cidade enquanto aguarda. Cheia de dúvidas sobre como deve agir diante da doença, ela acaba cruzando com Antoine, um jovem militar que está prestes a partir.

Quer conhecer o trabalho de Wong Kar-Wai? Aqui vai uma recomendação: O Grande Mestre (2013).

Na China dos anos 1930, o grande mestre Gong Yutian é derrotado por aquele que seria conhecido futuramente como o mentor de Bruce Lee, o lutador de kung fu Ip Man. Para vingar a honra de seu pai, Gong Er, a bela filha de Yutian, desafia Ip Man para uma luta.

Quer conhecer o trabalho de Hong Sang-Soo? Aqui vai uma recomendação: "Hahaha" (2010).

O diretor de cinema Jo Moon-Kyeong faz uma viagem para uma pequena cidade costeira de Tongyeong, na Coreia do Sul. Lá ele encontra um amigo, o crítico de cinema Jong-sik Bang, e os dois se sentam para conversar e tomar algo. Durante a conversa, eles falam sobre uma viagem que fizeram para o mesmo lugar e acabam por descobrir que conheceram as mesmas pessoas: um poeta e guia cultural e uma encantadora mulher.

Quer conhecer o trabalho de Lucrecia Martel? Aqui vai uma recomendação: Zama (2017).

Don Diego de Zama é um colonizador espanhol na América do Sul que está aguardando uma transferência para Lerma, na Espanha. Quando recebe a notícia de que um criminoso chamado Vicuña está por perto, Zama se junta a um grupo de soldados para caçá-lo e acaba desbravando as terras selvagens da colônia.

Quer conhecer o trabalho de Taika Waititi? Aqui vai uma recomendação: A Aventura de Rick Baker (2016).

Ninguém queria saber de Rick Baker. Para a assistência social da Nova Zelândia, ele era apenas um marginalzinho, condenado por furtos, roubos de carro e outras delinquências. Prestes a seguir para as mãos do poder judiciário, a sua única salvação é a mata neozelandesa, na casa da gentil Bella e do bruto Hec.

Quer conhecer o trabalho de Kléber Mendonça Filho? Aqui vai uma recomendação: Bacurau (2019).

Os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez com uma aura suspeita. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, Teresa, Domingas, Acácio, Plínio, Lunga e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

Quer conhecer o trabalho de Kiarostami? Aqui vai uma recomendação: Gosto de Cereja (1997).

No Teerã, Sr. Badii é um homem de meia-idade que, cansado da vida, deseja suicidar-se. Ele então cava sua própria cova aos pés de uma cerejeira e parte em busca de alguém para enterrá-lo. Mas, sua busca não será fácil, já que está num lugar onde tal ato é visto como algo extremamente detestável.

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Google vai exigir que todos os anunciantes nos EUA comprovem identidade

Posted: 24 Apr 2020 12:00 PM PDT

Em breve, o Google começará a verificar todos os anunciantes com os mesmos requisitos de verificação de identidade que anteriormente se aplicavam a anunciantes políticos. O anúncio foi feito por John Canfield, diretor de gerenciamento de produtos do Google para a integridade dos anúncios, em um post na quinta-feira (24) e valerá para os EUA.

Com tantos teóricos da conspiração online, golpistas e trapaceiros que tentam ganhar uma grana no meio dessa pandemia de coronavírus, esse aumento de transparência visa ajudar a filtrar pessoas mal-intencionadas e impedir que as empresas se detenham, permitindo que os consumidores descubram facilmente quem está por trás dos anúncios que eles estou vendo.

“Essa mudança tornará mais fácil para as pessoas entenderem quem é o anunciante por trás das propagandas que elas que veem no Google e as ajudará a tomar decisões com base em mais informações ao usar nossos controles de publicidade”, escreveu Canfield.

Para comprar anúncios na plataforma, os anunciantes agora precisam enviar documentos de identificação pessoal ou de incorporação comercial que comprovem quem são eles e em que país estão operando. O Google começou a exigir essas formas de identificação de anunciantes políticos a partir de 2018, em meio a preocupações constantes sobre como os anúncios políticos falsos ou enganosos que vemos na internet podem influenciar os resultados das eleições.

“Desde a introdução deste programa, verificamos anunciantes políticos em 30 países”, continuou Canfield. “E agora, para proporcionar maior transparência e equipar os usuários com mais informações sobre quem os anuncia, estamos estendendo a verificação de identidade a todos os anunciantes em nossas plataformas.”

Quanto aos anunciantes existentes, eles terão que passar por um processo de verificação em duas etapas para que o Google continue hospedando seus anúncios em sua plataforma. Após serem notificados pelo Google, os anunciantes terão 30 dias para enviar os documentos solicitados. Depois disso, eles terão mais 30 dias para concluir uma “verificação de identidade na conta” e enviar informações legais pessoais adicionais para provar que são legítimas. Você pode ler mais sobre o processo na Ajuda do Google aqui.

Canfield disse que a empresa começará a incorporar esses novos requisitos nos EUA, com planos de lançá-los em todo o mundo em “alguns anos”. Neste verão, usuários americanos devem começar a ver a opção pop-up “Sobre o anunciante” nos anúncios para saber mais sobre quem é o anunciante e onde ele está localizado.

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Leitor do Gizmodo, adquira licenças para Windows 10 (R$57) e Microsoft Office (R$48) com descontos especiais

Posted: 24 Apr 2020 11:52 AM PDT

licenças

O trabalho remoto já é uma realidade, principalmente devido ao momento atípico que estamos vivendo. Diante deste cenário, a segurança cibernética e a eficiência completa da sua máquina se tornam ainda mais importante para o seu dia a dia.

E para atingir este objetivo, não tem como escapar: você precisa adquirir o software original, que acompanhe tudo que está sendo desenvolvido e que te ofereça a melhor experiência do usuário possível. Além, é claro, de obter os programas básicos de organização de planilhas, apresentações, editor de texto e imagens, para, caso necessite, usar pessoal e profissionalmente isso como um ativo. O exemplo mais básico é o já conhecido Microsoft Office, indispensável para qualquer um que deseja organizar sua vida. É isso mesmo, não há atalhos.

Pensando nesse contexto, o Gizmodo Brasil, em parceria com a Cdkeysales, separou algumas ofertas exclusivas, para você, nosso leitor, ficar em dia com licenças originais do Microsoft Office e do Windows. E, se você utilizar o código de desconto "GIZMODO"  ganha mais 20%. Confira:

Windows 10

Windows 10 Pro OEM – R$ 57

Windows 10 Home OEM – R$ 48

Windows 10 Home Scan – R$ 78

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Microsoft Office

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ATENÇÃO: Este conteúdo é patrocinado. Portanto, o Gizmodo Brasil não se responsabiliza pelas informações passadas ou compras realizadas através dos links. Os produtos e as promoções são inteiramente responsabilidade da Cdkeysales.

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Um novo bug com caractere está travando iPhones e iPads

Posted: 24 Apr 2020 11:00 AM PDT

iPhone

Já faz uns dois anos desde que as pessoas conseguiam travar iPhones e iPad enviando caractere específico da língua indiana telugo. Agora, a Apple tem outro bug similar que está causando alguns problemas em dispositivos iOS.

O novo problema surge a partir de alguns caracteres a língua sindi, falada na Índia e no Paquistão, combinada com alguns emojis. Quando essa combinação é enviada para um iPhone ou iPad, o dispositivo fica travado até que seja reiniciado a força (aperte volume para cima, volume para baixo e depois o botão liga/desliga) ou o sistema operacional realize um processo automático de recuperação – que pode levar alguns minutos.

Parece que o bug é causado pela maneira com a qual o iOS lida com notificações, o que significa que é possível proteger o seu dispositivo indo até os Ajustes e desabilitando as notificações.

Esse erro é mais irritante porque o problema não está limitado ao Apple Mensagens, como das outras vezes. Se a mensagem for enviada por outros aplicativos, como apps de chat como Telegram, Discord ou até mesmo Twitter, ele pode afetar o celular – e tem um monte de gente espalhando esses caracteres.

Embora o novo bug de texto do iOS seja irritante, ele não parece causar danos permanentes ou perdas de dados. Além disso, parece que a Apple já está ciente do problema e trabalhando em uma solução; de acordo com um leitor do MacRumors, o bug não afeta dispositivos que estão no iOS 13.4.5 beta 2.

Com base no histórico da Apple com bugs similares, uma correção deve ser liberada em algum momento das próximas duas semanas. Até lá, se você não quiser desabilitar totalmente as suas notificações, talvez valha a pena evitar conversar com estranhos.

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Astrônomos podem ter encontrado população de asteroides vindas de fora do Sistema Solar

Posted: 24 Apr 2020 10:03 AM PDT

Conceito artístico do Centauro Chariklo

Astrônomos pensam ter encontrado uma população inteira de asteroides originários de fora do nosso sistema solar, de acordo com um novo artigo.

Os objetos no centro da pesquisa não foram recém-descobertos. Chamados de Centauros, são misteriosos asteroides que orbitam a região de Júpiter e além. Esses objetos possuem órbitas altamente inclinadas em relação ao plano do resto dos planetas, e em pelo menos um caso, orbitam da forma “errada” em relação ao resto dos objetos do sistema solar.

Ao fazer uma espécie de engenharia reversa com as leis da física, os cientistas Fathi Namouni, da Université Côte d’Azur, na França, e Helena Morais, da UNESP, no Brasil, descobriram que 19 desses objetos provavelmente tiveram origem em torno de outra estrela.

Os astrônomos avistaram pela primeira vez o objeto (514107) 2015 BZ509, agora chamado Ka’epaoka’awela, na pesquisa Pan-STARRS em 2015. A análise desse asteroide revelou algo surpreendente: ele estava orbitando de forma errada em torno do sistema solar em uma órbita estável mas excêntrica perto de Júpiter, em uma inclinação em relação ao resto dos planetas.

Morais e Namouni estudaram a órbita desse objeto, construíram uma simulação e fizeram uma engenharia reversa com o comportamento de um milhão de objetos imaginários que se encaixam nos parâmetros orbitais de Ka’epaoka’awela, cada um com propriedades ligeiramente diferentes dentro da margem de erro das observações originais.

A maioria dos objetos simulados ou chocou com o Sol e outros planetas ou foram ejetados do sistema solar, mas ambos os casos não produziram histórias de origem lógicas para os asteroides quando realizaram as simulações sem a reversão do tempo, explicou Namouni.

Os objetos que obedeceram às leis da física ficaram estáveis desde a fundação do sistema solar, há 4,5 bilhões de anos. Os pesquisadores interpretaram suas observações como se os objetos tivessem sido capturados de outros lugares.

Enquanto alguns cientistas duvidavam dessa conclusão, já que outras explicações não haviam sido totalmente descartadas, Namouni e Morais continuaram em sua busca. Fizeram simulações semelhantes com o tempo inverso para outros Centauros e alguns objetos além de Netuno, especificamente aqueles que formam um ângulo de mais de 60 graus entre o plano planetário e sua órbita.

Para 19 desses objetos, não só as órbitas estáveis permaneceram no final das simulações, mas também assumiram orientações relativas aos planetas que não poderiam ser explicadas se esses objetos fossem formados em nosso sistema solar.

A dupla concluiu que tinham encontrado uma população inteira de objetos capturados de fora do sistema solar e publicou seus resultados esta semana no Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Namouni disse ao Gizmodo que, apesar do recuo inicial, ele não viu artigos revisados por pares que contradisseram os resultados de 2018. Mas é sempre possível que alguma outra explicação se encaixe corretamente no mais novo conjunto de cálculos da equipe – uma origem interestelar é apenas uma forma potencial de explicar os dados que eles vêem.

Por outro lado, este é apenas um estudo de outliers – de valores aberrantes ou atípicos. Quem sabe se outras rochas de fora do sistema solar estão à espreita entre as entidades mais familiares? Afinal, fomos recentemente visitados por dois cometas de fora do sistema solar, um dos quais não parecia muito diferente dos cometas que se originam dentro do sistema solar.

Objetos interestelares em órbita estável dentro do nosso próprio sistema solar seria um achado animador, é claro. E se esses Centauros são realmente originários de outra estrela, então os astrônomos poderiam aprender sobre a composição desses sistemas distantes estudando os Centauros mais de perto.

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Facebook remove categoria de anúncios de pseudociência, que tinha mais de 78 mi de usuários

Posted: 24 Apr 2020 08:53 AM PDT

Logotipo do Facebook com ilustração do coronavírus em segundo plano

O Facebook removeu uma categoria de direcionamento de publicidade para usuários que tinham interesse em "pseudociência". A ação veio após uma reportagem do site Markup destacar como ela estava sendo usada para divulgar teorias da conspiração.

A empresa removeu a categoria depois que o Markup encontrou o portal de anúncios listando 78 milhões de usuários na categoria, segundo a Reuters.

A categoria de pseudociência é especialmente ruim para o Facebook, que falha nos seus esforços de impedir que a plataforma se torne um veículo para as teorias da conspiração e alegou estar reprimindo os anunciantes que buscam lucrar com informações erradas durante a pandemia de coronavírus.

Uma reportagem divulgada no início deste mês pela Consumer Reports descobriu que não era difícil fazer com que o Facebook aprovasse anúncios falsos com informações incorretas relacionadas ao coronavírus, incluindo um que aconselhava a beber "pequenas doses diárias" de água sanitária.

De acordo com o Markup, não está claro quantos anúncios foram colocados na categoria "pseudociência", mas o repórter Aaron Sankin descobriu que ele foi marcado como "interessado em 'pseudociência'" depois de receber uma promoção de um gorro que protege a pessoa da radiação.

Sankin disse ao Gizmodo via mensagem direta no Twitter que, embora fosse óbvio que o anúncio do gorro tenha aparecido em seu feed após o Facebook tê-lo considerado um fã de pseudociência, o que é menos claro é como a empresa fez essa determinação.

"Pode ser porque, no início deste mês, fiquei interessado em entender como as teorias de conspiração de COVID-19 estavam sendo divulgadas no Facebook e entrei para alguns grupos dedicados explicitamente a divulgar as teorias de conspiração sobre o vírus", disse Sankin ao Gizmodo. "Ou poderia ser um problema de alguns anos atrás, quando passei alguns meses pesquisando a teoria da conspiração PizzaGate para uma reportagem que fiz no Center for Investigative Reporting. Ou talvez tenha sido porque eu tinha acessado a algum site pseudocientífico em algum momento no passado em que o Facebook tinha um rastreador ativo e que inseriu 'pseudociência' no meu perfil."

"Honestamente, não faço ideia porque o Facebook não divulga publicamente as informações sobre por que um usuário está ligado a um interesse ou em que momento ocorreu a ligação", acrescentou Sankin.

Uma teoria da conspiração sem mérito, mas generalizada, que circula durante a pandemia de coronavírus é que a doença não é resultado de um vírus, mas a radiação das torres de celulares construídas como parte do lançamento de redes 5G.

A polícia do Reino Unido ligou dezenas de incêndios criminosos nas torres de telefonia celular de todo o país à teoria da conspiração, dizendo que essa era a motivação mais provável para os autores dos crimes. Fotos e vídeos dos ataques que circulavam online costumavam ser acompanhados por um texto alegando que as torres estão deixando as pessoas ao seu redor doentes.

Art Menard de Calenge, CEO da fabricante de gorros Lambs, disse ao Markup que a posição oficial de sua empresa é que o 5G não causa a pandemia, e eles nunca disseram isso. Mas a categoria de pseudociência é vaga o suficiente para envolver qualquer coisa que possa ser de interesse potencial para os teóricos da conspiração — incluindo chapéus que bloqueiam a radiação.

Foi o Facebook quem determinou que o chapéu era pseudocientífico e acrescentou a própria tag, disse o CEO ao Markup: "Este é o Facebook pensando que esse conjunto de anúncios em particular seria interessante para esse grupo demográfico, não para nós."

O principal parecer científico, apoiado pela Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não-Ionizante (ICNIRP), é que as torres de telefones celulares e os smartphones não emitem níveis de radiação 5G considerados perigosos para a saúde humana. Um grande corpo de pesquisa encontrou poucas evidências em casa, e qualquer teoria que associe 5G e coronavírus é evidentemente falsa.

"Há pessoas preocupadas com o 5G há anos", disse Sankin ao Gizmodo. "Portanto, faz sentido que as pessoas, que estão assustadas e confusas e apenas tentando entender o mundo devastado pela pandemia que foram forçadas a habitar repentinamente, procurem freneticamente uma explicação."

"Em alguns casos, essa explicação é o 5G", acrescentou. "Em outros casos, é que 'Bill Gates fez isso'… A outra explicação, a principal com apoio científico, é que um vírus fatal evoluiu para fazer um bom trabalho de se espalhar pelo mundo. Para muitas pessoas, essa última explicação é provavelmente muito mais assustadora e difícil de aceitar do que uma cabala secreta operando em algum lugar nas sombras, porque uma cabala secreta pode teoricamente ser interrompida."

A ProPublica descobriu várias categorias semelhantes no final de 2016, incluindo aquelas para os usuários que o Facebook identificou como interessadas em "Nova Ordem Mundial (teoria da conspiração)", "Teoria da conspiração Chemtrail" e "Controvérsias sobre vacinas".

Embora essas tenham sido removidas, a categoria de pseudociência permaneceu o tempo todo. Além disso, a marcação identificou pelo menos 67 grupos de usuários cujos nomes "indicam diretamente que eles são especificamente dedicados à propagação de teorias da conspiração por coronavírus".

A especialista em teoria da conspiração da Universidade de Washington, Kate Starbird, disse ao Markup que as pessoas que acreditam em uma teoria da conspiração são particularmente propensas a acreditar em outras. (Esse fenômeno às vezes é conhecido pelo termo pejorativo de "magnetismo de manivela".)

Starbird disse ao site que o marketing do Facebook para os teóricos da conspiração tira "vantagem desse tipo de vulnerabilidade que uma pessoa tem quando desce a 'toca do coelho'[quando o algoritmo recomenda coisas cada vez mais extremas], fazendo com que elas se aprofundem no assunto enquanto a rede monetiza isso".

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Boston Dynamics adapta cão-robô para telemedicina, mas não é a solução ideal

Posted: 24 Apr 2020 06:47 AM PDT

Robô Spot com um iPad

Neste momento, a telemedicina pode exercer um papel importante para manter seguros trabalhadores da saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. . Em alguns lugares, robôs começaram a ser utilizados para ajudar hospitais a monitorar pacientes remotamente, desinfetar superfícies, fazer entregas e levar alimentos para as pessoas em quarentena. Agora, a Boston Dynamics está entrando nessa onda com seu cão robô, Spot.

Nesta quinta-feira (23), a empresa que é conhecida por seus robôs assustadores anunciou em seu blog que está trabalhando com o Brigham and Women’s Hospital em Boston para ver se o robô Spot pode ajudar a reduzir a exposição dos profissionais de saúde ao COVID-19.

“Hoje se completa a segunda semana da presença de Spot em uma instalação local em Boston, o Brigham and Women’s Hospital, onde a equipe médica usa o robô como uma plataforma de telemedicina móvel, permitindo que prestadores de serviços de saúde façam triagem remota de pacientes”, disse a empresa em um comunicado. “Estamos ouvindo o feedback deles sobre como o Spot pode ajudar mais, mas estamos motivados pelos relatos de que o uso do robô tem ajudado a equipe de enfermagem a minimizar o tempo exposto a pacientes potencialmente contagiosos.”

Essa é uma maneira sofisticada de dizer que o robô-cão foi modificado com um iPad e um rádio.

Não que isso seja ruim. O Spot está sendo usado para ajudar médicos fazer videoconferências com pacientes de COVID-19 em avaliações iniciais. Objetivamente, isso é bom: o Spot está finalmente contribuindo com algo para o mundo além de me causar pesadelos.

No entanto, a Boston Dynamics admite que o Spot não está equipado para fazer muito mais do que isso. Afinal, este é um robô com potencial mais claro para aplicações militares do que para o trabalho hospitalar.

Para ajudar melhor os profissionais de saúde, a empresa ainda precisa descobrir como e se o Spot pode completar tarefas médicas como medição da temperatura corporal, frequência respiratória, frequência de pulso e saturação de oxigênio.

A empresa também está procurando formas de desinfetar superfícies por meio de uma luz ultravioleta (UV-C). São ótimas ideias. Apesar disso, há muitos outros robôs disponíveis que já fazem isso e estão sendo implantados ao redor do mundo.

Na Itália, o Tommy trabalha como um enfermeiro robô e tem sido usado em seis hospitais da região Lombardia, o epicentro do surto por lá. Esse robô, além de parecer um pouco mais amigável, tem monitores, tablets e microfones embutidos – e já é capaz de medir a pressão arterial e a saturação de oxigênio para pacientes em UTI, inclusive aqueles que estão em ventiladores.

A China implantou robôs UVD da Dinamarca para desinfetar salas de pacientes – e esses robôs já estavam em desenvolvimento há quatro anos, até que começaram a ser vendidos em 2018. Eles não só são autônomos, mas também podem desinfetar uma sala em 10-15 minutos e foram projetados especificamente para ajudar a reduzir os índices de infecção em hospitais. Um hospital em Shenyang, China, também usou robôs enfermeiros para entregar alimentos a pacientes em enfermarias de isolamento.

Existem muitos robôs para teleconferências, medicina e desinfecção de ambientes – e que já passaram por rigorosos testes e desenvolvimento.

Até a Boston Dynamics admite que talvez o Spot não seja o robô ideal para essa aplicação específica. “Em muitos casos, imaginamos que robôs com rodas ou rastreados possam ser uma solução melhor para essas aplicações”, escreve a empresa em sua declaração, que aponta ainda que “os usuários não devem se preocupar com os detalhes da mobilidade do robô.”

O Spot montado com uma iPad rende uma ótima foto, porém o mais útil no anúncio da Boston Dynamics é que ela está abrindo o seu código-fonte e trabalhando com a Clearpath Robotics, uma empresa canadense de robótica de campo, para ajudar os trabalhadores da linha de frente. Outra vantagem é que nenhuma das tecnologias desenvolvidas seria dependente do hardware ou software da empresa.

Esse tipo de esforço colaborativo é realmente animador. Também seria ótimo se a Boston Dynamics e sua nova líder, Softbank, colocasse suas consideráveis habilidades de engenharia e recursos para o desenvolvimento de um futuro robô para saúde – mas sugiro que mudem o design se forem mesmo fazer isso.

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Dermatologistas reportam sintomas esquisitos nos dedos potencialmente ligados ao COVID-19

Posted: 24 Apr 2020 05:58 AM PDT

Dermatologistas estão começando a relatar alguns sintomas peculiares relacionados ao COVID-19: manchas de pele descoloridas e/ou ásperas, geralmente ao longo dos dedos das mãos e dos pés. Nesse ponto, porém, não está claro com que frequência esses sintomas ocorrem nos pacientes ou o quê exatamente os causa.

Os primeiros relatos de uma possível conexão entre COVID-19 e a pele surgiram a partir de médicos que trataram pacientes da pandemia no início do surto, como na Itália. Eles documentaram pacientes com suspeita ou confirmação de COVID-19 que também desenvolveram erupções cutâneas. Mais recentemente, esses relatos envolveram uma manifestação específica de problemas relacionados à pele, denominados "dedos de COVID".

"No nosso grupo pediátrico, essas discussões começaram cerca de duas semanas atrás, onde ouvimos nossos colegas italianos e espanhóis sobre ver cada vez mais essas descolorações nos dedos dos pés. Então, começamos a procurar e começamos a notar isso também", disse Amy Paller, diretora de dermatologia da Faculdade de Medicina Feinberg da Northwestern University e dermatologia pediátrica no hospital infantil Ann & Robert H. Lurie, em Chicago, ao Gizmodo, por telefone. "Agora, provavelmente já recebi cerca de 40 imagens que parecem quase idênticas".

Condição nos dedos é potencialmente ligada a sintomas de COVID-19
Pé de uma adolescente um pouco antes depois que começou os sintomas nela. Crédito: Amy Paller/Northwestern University

Estes relatos levaram a organizações como a Academia Americana de Dermatologia (AAD, na sigla em inglês) a criar um registro no qual os médicos podem relatar qualquer condição de pele possivelmente relacionada ao COVID-19 em seus pacientes. De acordo com Esther Freeman, que gerencia o registro e também é diretora do programa Global Health Dermatology do hospital geral de Massachussetts, houve cerca de 200 relatos enviados à AAD até agora. Cerca da metade deles envolvem os "dedos de COVID".

"A maioria desses pacientes está em regime ambulatorial e, de outra forma, é relativamente jovem e saudável. Então, esses são pacientes que estão indo muito bem. Acho que é importante saber disso", disse Freeman ao Gizmodo.

Casos envolvendo erupções cutâneas ou urticária provavelmente não são tão incomuns. Freeman observou que muitas infecções virais causam problemas de pele distintos, como o sarampo, também são principalmente infecções respiratórias como a causada pelo novo coronavírus. Os dedos afetados, no entanto, são outra história. Eles se assemelham mais a uma condição específica conhecida como pérnio, que não é comumente ligada a infecções virais.

Muitos casos de pérnio não têm causa conhecida, mas alguns são associados à exposição a baixas temperaturas.

Os dermatologistas geralmente pensam que o pérnio é causado por uma resposta inflamatória rebelde do sistema imunológico que obstrui os vasos sanguíneos, com consequências nos dedos dos pés e das mãos. Algo semelhante pode estar acontecendo com pacientes de COVID-19, de acordo com Paller, que também faz parte de um registro dos EUA de dermatologia pediátrica para COVID-19. Mas, neste ponto, ela acrescentou, há muitas incógnitas para ter certeza de alguma coisa.

Por um lado, os sintomas em si são bastante variados. Algumas pessoas têm apenas descoloração dos dedos, o que pode ou não envolver todos os dedos. Outros também relatam dor ou sensibilidade ato toque. Outros ainda têm pés que coçam e podem se tornar dolorosos, disse Paller. Às vezes, as pessoas também podem desenvolver lesões na parte inferior dos pés ou dedos podem ficar descoloridos da mesma forma.

Embora algumas pessoas também tenham relatado sintomas respiratórios superiores juntamente com os problemas dos dedos dos pés, muitos não o fizeram. Felizmente, esses sintomas parecem desaparecer por conta própria. "Então, ainda estamos aprendendo sobre as várias características da condição", disse Paller.

De fato, enquanto Paller e seus colegas certamente viram um aumento nesses casos de pérnio, é possível que eles não estejam realmente conectados ao COVID-19. O medo e o estresse da pandemia podem tornas as pessoas mais consciente de qualquer coisa errada seus corpos e mais propensas a relatar sintomas a seus médicos, independentemente de terem tido COVID-19 ou não. Pelo menos em alguns casos, disse Paller, pessoas com supostos dedos de COVID não deram positivo para o vírus.

No entanto, ainda existe uma grande lacuna no acesso a testes nos EUA e em outros países. Muitas pessoas, especialmente com sintomas leves ou sem sintomas, nunca farão o teste do swab (em que há coleta de material do nariz para testar se a pessoa foi infectada ou não).

Os testes de anticorpos, que teoricamente podem dizer a alguém se eles já tiveram a infecção no passado, também ainda estão indisponíveis e muitos são afetados por problemas de precisão. O teste de anticorpos em larga escala da população, disse Freeman, resolveria se esses sintomas são realmente causados pela infecção por COVID-19, bem como com que frequência e quando isso ocorre durante o curso da doença. Ela espera que demore meses para que esse tipo de pesquisa esteja disponível.

Paciente adolescente quatro meses após os sintomas. Crédito:  Amy Paller/Northwestern University
Paciente adolescente quatro meses após os sintomas. Crédito:  Amy Paller/Northwestern University

Curiosamente, Paller e outros notaram que os pacientes com dedos de COVID às vezes relatam ter um resfriado leve uma semana ou mais antes da infecção. Isso pode significar que esses sintomas estão ocorrendo após a infecção ter desaparecido e a pessoa não ser mais contagiosa (também pode ser responsável por pessoas com dedos feridos e com resultados negativos para o vírus). Mas Freeman não descarta a possibilidade de alguém com esses sintomas ainda estar infectado.

Por mais estranho que seja acordar com os dedos esquisitos, Freeman espera que as pessoas não se assustem muito com esses casos.

"Um dos meus conselhos para o público seria: não entre em pânico. Porque minha preocupação é que as pessoas vejam esses tipos de relatos e digam: 'ah, meu Deus, meus dedos estão roxos, eu vou ficar muito, muito doente'. E eu diria que isso ainda não foi provado com os dados disponíveis", disse ela.

As pessoas com esses sintomas devem conversar com seus médicos, se possível, acrescentou Freeman, que pode fazer com que sejam testadas ou tratadas. Aqueles cujos dedos também ficaram com coceira ou erupção cutânea podem se beneficiar de tratamentos como cremes com esteróides, disse Paller. Mas se o teste não estiver disponível, isolar-se temporariamente dos outros pode ser a coisa mais inteligente a fazer.

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Assinatura magnética em rochas australianas sugerem que tectonismo começou há mais de 3 bilhões de anos

Posted: 24 Apr 2020 04:20 AM PDT

Sem placas tectônicas, nosso planeta não teria continentes, montanhas e possivelmente até a própria vida. Novas evidências sugerem que esse processo geológico começou há pelo menos 3,2 bilhões de anos atrás, uma origem surpreendentemente precoce.

Os geólogos discutem sobre quando exatamente as placas tectônicas do nosso planeta começaram a se mover. As estimativas variam muito, entre 4 bilhões e 1 bilhão de anos atrás. O consenso geral é de que tudo começou há cerca de 2,8 bilhões de anos.

Novas pesquisas publicadas nesta quarta (22) na Science Advances sugerem que placas bem abaixo da superfície já estavam se movendo 3,2 bilhões de anos atrás. Descobriu-se que rochas antigas da Austrália tinham assinaturas magnéticas que podem ser correlacionadas com movimentos laterais durante o éon Arqueano (de 4 bilhões a 2,5 bilhões de anos atrás).

“Basicamente, essa é uma evidência geológica para empurrar o registro de placas tectônicas para mais longe na história da Terra”, disse Alec Brenner, co-autor do estudo e geólogo do Paleomagnetics Lab de Harvard University, em comunicado à imprensa. “Com base nas evidências que encontramos, parece muito mais provável que as placas tectônicas tenham ocorrido no início da Terra. Isso indica [que existia] uma Terra muito mais parecida com a de hoje do que muitas pessoas pensam.”

As placas tectônicas são uma característica crítica do nosso planeta. Elas deram origem e moldaram nossos continentes e criaram formações terrestres como cadeias de montanhas.

É importante ressaltar que as placas tectônicas agitaram rochas profundamente abaixo da superfície, empurrando-as para cima e expondo-as à atmosfera. Isso, por sua vez, levou a reações químicas importantes que, por longos períodos de tempo, contribuíram para a estabilização da atmosfera da Terra, o que acabou criando as condições habitáveis ​​que conhecemos e amamos.

Um mapa geológico do Cráton de Pilbara, na Austrália Ocidental, mostrando rochas entre 2,5 bilhões e 3,5 bilhões de anos. As áreas em verde mostram rochas basálticas datadas de 3,2 bilhões de anos atrás. Para fins de escala, a imagem inteira tem mais de 420 quilômetros de largura. Imagem: Alec Brenner, Universidade de Harvard. Dados do mapa de Pesquisa Geológica da Austrália Ocidental.

Para o novo estudo, Brenner e seus colegas visitaram o oeste da Austrália, onde retiraram amostras de rochas do Cráton de Pilbara — uma extensão de crosta antiga e estável, medindo mais de 420 quilômetros de comprimento. Algumas rochas de lá têm 3,5 bilhões de anos, representando algumas das crostas mais antigas da Terra.

Em 2017, a equipe coletou 235 amostras básicas de um segmento conhecido como basalto de Honeyeater. O mais notável dessas rochas vulcânicas é que elas são magneticamente orientadas, o que significa que mantiveram um registro de como era o campo magnético da Terra quando as esfriaram e se solidificaram durante o Arqueano.

No laboratório, essas assinaturas magnéticas, em conjunto com as idades conhecidas do basalto, foram usadas para inferir o movimento das rochas ao longo de milhões de anos. Os pesquisadores foram capazes de mostrar que as rochas estavam em movimento entre 3,35 bilhões e 3,18 bilhões de anos atrás e que elas mudavam na direção horizontal a um ritmo de cerca de 2,5 centímetros por ano, uma "velocidade comparável à das placas modernas", como os autores escreveram em seu artigo.

As técnicas anteriores para detectar o aparecimento de placas tectônicas usavam métodos como medir as posições das rochas ao longo do tempo e identificar assinaturas químicas nas rochas consistentes com o movimento. O novo artigo aplica uma abordagem paleomagnética. Ele estabelece uma data inicial para as placas tectônicas na Terra: cerca de 1,3 bilhão de anos após a formação do nosso planeta. Além disso, o novo artigo reforça a afirmação de que alterações na crosta inicial da Terra se devem a esses movimentos lentos e constantes.

Stephan Sobolev, professor de geodinâmica da Universidade de Potsdam, disse que as novas medidas “parecem convincentes”. Ele disse ao Gizmodo que é grato pelos novos dados sobre a Terra Arqueana, particularmente os dados pertencentes à história paleomagnética do nosso planeta, dizendo: “a esse respeito, é um ótimo trabalho”. Mas ele não acredita que os pesquisadores tenham confirmado a presença de placas tectônicas modernas como as observamos hoje.

“Esta é a primeira indicação de um (…) deslocamento de crosta em larga escala na Terra há mais de 3,2 bilhões de anos”, escreveu Sobolev, que não participou da nova pesquisa, em um e-mail ao Gizmodo. "Esse deslocamento é uma indicação de um tipo de tectônica de placas (mas não necessariamente do tipo global moderno de tectônica de placas) e de subducção em larga escala", em que as placas se movem tanto para os lados quanto para baixo.

É possível, disse Sobolev, que os autores tenham detectado um “tipo regional” especial de tectônica de placas, que pode ter existido em diferentes lugares da Terra na época e potencialmente causado por plumas de manto ou impactos meteóricos. É isso que diz um artigo recente publicado na Nature que tem Sobolev como um dos co-autores.

"Mas qualquer tipo de tectônica de placas requer subducção em larga escala, portanto, para mim, este trabalho fornece novas evidências de uma subducção em larga escala na Terra há mais de 3,1 bilhões de anos atrás", disse Sobolev, acrescentando que "seria ótimo se dados semelhantes fossem coletados" em outras crateras que datam do mesmo período.

Outra ressalva importante é um fenômeno conhecido como True Polar Wander (desvio polar verdadeiro, em tradução livre) — algo que os pesquisadores não foram capazes de descartar como causa do deslocamento observado.

O True Polar Wander descreve a reorientação de um planeta em relação ao seu eixo de rotação. Isso pode acontecer por conta das placas tectônicas, mas outros fatores podem causar alterações na superfície da Terra, como atividade supervulcânica, derretimento de camadas de gelo maciças ou qualquer outra coisa que possa alterar a distribuição da massa do planeta e, portanto, a maneira como ela gira ao longo seu eixo.

“As estimativas típicas do True Polar Wander dos últimos cem milhões de anos na Terra geram movimentos mais rápidos do que seus 2,5 centímetros por ano, mas não sabemos como isso funcionou durante o Arqueano”, disse Sobolev.

Dessa forma, os autores disseram que o True Polar Wander pode explicar seus dados, mas as placas tectônicas são mais adequadas aos intervalos de tempo observados.

Futuramente, os pesquisadores gostariam de estudar mais amostras de Cráton de Pilbara e outros depósitos de rochas antigas.

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