quarta-feira, 15 de abril de 2020

Gizmodo Brasil

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Fitbit Charge 4 é uma pulseira de exercícios físicos ótima em uma época bem esquisita

Posted: 15 Apr 2020 03:34 PM PDT

Fitbit Charge 4

Como fazer a análise de uma pulseira que monitora exercícios físicos — algo destinado a fazer você se exercitar e medir seu progresso atlético — em um momento em que a maioria de nós ficamos à força presos dentro de casa, esparramados em nossos sofás? Este é o enigma com o qual estou lidando desde que tirei da caixa a minha nova pulseira Fitbit Charge 4.

As circunstâncias surreais em que nos encontramos devido à pandemia atual afetaram todos os lançamentos recentes de gadgets, o que também acontece com a Charge 4. A grande novidade aqui é que é a primeira pulseira de atividades físicas a trazer GPS e NFC. No entanto, com o distanciamento social em vigor, é difícil não sentir que essas adições não serão tão úteis nos próximos meses.

Sim, ainda podemos correr, caminhar, andar de bicicleta e passear lá fora, mas sempre há a chance de que as autoridades possam proibir ou impor restrições aos exercícios ao ar livre, como já ocorreu em Paris. Adicionar o Fitbit Pay (disponível nos EUA) é conveniente, pois elimina a necessidade de você tocar superfícies, mas também depende que lojas tenham suporte ao sistema de pagamento sem contato. Eu não consegui achar nenhum local na minha vizinhança.

Fitbit Charge 4

Fitbit Charge 4

O que é?
A mais recente pulseira de monitoramento de exercícios físicos da série Charge, da Fitbit

Preço
US$ 150 (cerca de R$ 788) o modelo convencional; US$ 170 (cerca de R$ 893) pela edição especial. A Fitbit não vende seus produtos oficialmente no Brasil.

Curti
Finamente tem GPS! Pagamento NFC padrão em todas as Charge 4. Minutos de zona ativa e zonas de calor são ótimas novidades

Não curti
Não dá para alternar entre apps de exercício. Mapas do GPS são esquisitos, e a tela não é das melhores.

Usando a Fitbit Charge 4

Mas deixando de lado por um minuto a estranheza do distanciamento social, a pulseira Charge 4 tem basicamente tudo o que você poderia querer em um rastreador de atividades físicas. Além dos pagamentos por NFC e GPS, ela tem duração de bateria de sete dias, monitoramento contínuo de frequência cardíaca, um aplicativo abrangente com uma comunidade integrada e, ao longo dos anos, o design evoluiu para ser mais elegante e durável. Bacana, né? Na verdade, se você já possui uma pulseira Charge 3 ou um rastreador básico semelhante, não é muito bacana.

Porém, se você está usando uma pulseira antiga há algum tempo e os relógios inteligentes são demais para suas necessidades (e seu orçamento), mudar para a Charge 4 é uma escolha interessante por várias razões.

A Fitbit adicionou algumas atualizações espertas ao software e à interface do usuário da Charge 4. Embora a adição do GPS embutido tenha sido um passo bem-vindo por si só, ele foi aprimorado pela adição de mapas de calor no app da Fitbit. Existem dois tipos: um para frequência cardíaca e outro para o ritmo.

Não é o tipo de coisa com que você se importa no meio do caminho, mas adiciona algum contexto útil na avaliação do seu desempenho. Por exemplo, em uma corrida de 5 km, eu podia ver não apenas quando meu coração estava batendo mais forte, mas também onde eu estava correndo mais rápido.

Da mesma forma, o dispositivo também vibra toda vez que você entra em uma nova zona de frequência cardíaca. Isso é útil se você estiver fazendo um treino HIIT (treino intervalado de alta intensidade) ou acelerar a prática de exercícios, pois diminui sua necessidade de verificar seu pulso para chegar a frequência cardíaca.

Desde que a Fitbit lançou seu último vestível, o Versa 2, em setembro, o próprio aplicativo Fitbit também passou por algumas mudanças. O grande problema é que, com a Charge 4, a Fitbit se livrou do seu bloco Active Minutes (Minutos Ativos) e o atualizou para uma métrica mais nova chamada Zone Minutes.

Essa é uma mudança bem-vinda e há muito esperada — a métrica de contar passos tem suas origens no marketing, não na ciência. Minutos de Zona Ativa (Active Zone Minutes), no entanto, é uma forma mais amigável para as pessoas monitorarem se estão fazendo a quantidade recomendada de atividades por semana.

As organizações de saúde mais conceituadas, incluindo a American Heart Association e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana. Isso pode ser difícil de analisar por conta própria. A caminhada até a cafeteria conta? Como você mede uma caminhada de 8 km ou uma corrida intervalada?

O Active Zone Minutes elimina as suposições, concedendo crédito por cada minuto gasto na zona de queima de gordura e dobrando o crédito pelo tempo gasto nas zonas cardio ou de pico. Também é muito melhor do que a métrica Active Minutes usada anteriormente, que achei confusa porque só dava "crédito" com uma frequência cardíaca elevada com duração superior a dez minutos.

Traseira da pulseira Fitbit Charge 4

A Fitbit também lançou recentemente outra métrica relacionada ao sono, chamada Variação Estimada de Oxigênio, que usa o sensor de SpO2 que está incluído nos dispositivos Fitbit desde o lançamento do Ionic em 2017.

É uma métrica certa que pode ser útil se você estiver tentando obter uma ótima noite de sono — mas as informações mais úteis sobre o sono agora precisam de uma assinatura Fitbit Premium. A empresa está oferecendo um teste gratuito de 90 dias para seu serviço pago, agora que mais pessoas estão procurando maneiras de manter a forma com as academias fechadas devido ao COVID-19. É um bom momento e também uma estratégia de marketing muito boa.

Este é um argumento tentador: por US$ 150 a US$ 170, você recebe atualizações regulares de software, um longo período de teste gratuito de um serviço premium e uma ferramenta útil para ajudá-lo a permanecer ativo enquanto está trancado em casa. Admito que, quando a Charge 4 chegou, eu estava animada porque pensei que seria a semana em que eu atingiria meus objetivos fitness em casa. Uma semana se passou e eu tive que moderar as minhas expectativas prévias.

Pulseira Fitbit Charge 4 de lado
A Fitbit Charge 4 tem o mesmo botão lateral da Charge 3 — perdão, pelos pelos de gato. Crédito: Victoria Song/Gizmodo

Questões com os apps e o GPS da Charge 4

Em minha empolgação com o GPS, mapas de calor e Minutos de Zona Ativa, me esqueci que sempre tive problemas com as telas de dispositivos Charge. A navegação entre notificações e aplicativos nem sempre é tão simples quanto eu gostaria.

Os toques no display são confiáveis, mas às vezes há um pequeno atraso. A tela da Charge 4 também pode ser um pouco difícil de ler sob luz solar direta. Entendo o apelo do aparelho que rastreia sua atividades físicas e fornece notificações básicas, mas uma coisa que prefiro na Versa e em outros smartwatches completos é a tela mais brilhante, que facilita bastante a leitura.

Outra questão: mudar de menu no meio do exercício é impossível. Um amigo meu observou que não conseguia controlar o Spotify pelo pulso enquanto treinava. Também tentei alternar entre aplicativos durante um exercício e posso confirmar que você não pode fazê-lo sem encerrar sua atividade.

Não é grande coisa se você não usa o Spotify, pois usá-lo na Charge 4 exige uma conta Premium. Mas se você é um usuário do serviço de streaming, isso é meio idiota. Não é o ponto principal de tornar mais fácil de pular faixas no meio da atividade?

A falta de listas de reprodução offline do Spotify significa que, a menos que você gosta de se exercitar com o som de seus pensamentos, não dá para sair sem o celular e só com a pulseira para praticar suas atividades.

Comparativo de GPS: Fitbit 4 e Apple Watch Series 5
Da esquerda para a direita: Fitbit Charge 4 na corrida de 4,8 km, seguidos dos mapas da mesma corrida no app MapMyRun e Apple Watch Series 5. A captura de tela da direita é referente à minha caminhada em que não houve uma mudança drástica de trajeto. Crédito: Victoria Song/Gizmodo

Testei a Charge 4 em duas corridas e uma longa caminhada com GPS. Embora cada um dos resultados da distância geral estivesse em pé de igualdade com o Apple Watch Series 5 e o aplicativo MapMyRun, os mapas em si foram bem diferentes.

Em uma corrida de 4,87 km, a pulseira registrou uma precisão de 4,7 km. Esta foi exatamente a mesma distância registrada no Series 5. Exceto quando fui olhar meus mapas, a pulseira Fitbit me fez correr no meio do rio Hudson, em Nova York.

Eu verifiquei o MapMyRun e o Apple Watch Series 5, e os mapas gerados apontavam que eu corri alguns trechos no meio do rio, mas não muito. Tive resultados quase idênticos na minha segunda corrida de 5 km.

O mesmo aconteceu em uma caminhada mais longa de 6,4 km. Embora boa parte do meu mapa do GPS na Charge fosse precisa, havia um pedaço em que dizia que eu não havia feito um desvio de vários quarteirões em direção à estação The Oculus, no centro de Manhattan. A realidade é que eu andei em linha reta ao longo do trajeto.

Tela da pulseira Fitbit Charge 4
Em locais fechados, a tela da Charge 4 é super visível. Crédito: Victoria Song/Gizmodo

Além disso, também notei que a Charge 4 leva alguns segundos para encontrar uma conexão GPS. Não foi um problema depois que percebi essa peculiaridade, mas na minha primeira corrida, isso levou a alguns resultados distorcidos.

A pulseira registrou uma divisão muito mais lenta no meu primeiro km (11 minutos e 7 segundos) em comparação com 10 minutos e 36 segundos com o Apple Watch Series 5, e com tempo registrado no meu telefone, de 10 minutos e 12 segundos. A discrepância se igualou nos quilômetros restantes, mas me fez questionar a confiabilidade do meu mapa de calor.

É perfeitamente possível que morar na cidade de Nova York seja o problema. É notoriamente difícil obter um GPS confiável em Manhattan, principalmente em áreas com prédios altos à beira de rios — que, por acaso, é onde eu moro. É muito possível que isso não seja tão problemático para as pessoas que vivem em áreas rurais e suburbanas ou em qualquer outro lugar fora de Manhattan.

Dito isto, embora eu tenha passado pelo mesmo problema com vários outros dispositivos portáteis de GPS, muitos outros smartwatches e pulseiras não têm este problema. Se você me perguntar qual o melhor GPS embutido, minha resposta é o Suunto 7, da Garmin, e até o Apple Watch Series 5.

Os problemas da Charge 4 não são muito importantes se tudo o que você deseja é um dispositivo simples com uma boa plataforma para ajudá-lo a obter a quantidade recomendada de atividade por semana. Você pode querer considerar outra coisa se gosta de ter detalhes sobre tempo por quilômetro, melhorar o ritmo e revisar mapas com seu trajeto.

Fitbit Charge 4
A pulseira Fitbit Charge 4 é ótima se você precisa monitorar seus exercícios, só tem um problema chamado coronavírus. Crédito: Victoria Song/Gizmodo

Esta pulseira em específico ajudará você a permanecer ativo durante a pandemia? Provavelmente, mas qualquer rastreador faria. O lembrete para se movimentar a cada hora é útil, mas também não é algo exclusivo da Fitbit.

Se você está tentando dormir melhor apesar de tudo que está acontecendo, sim, a Fitbit pode ajudar, mas é principalmente o rastreamento passivo com algumas dicas de bom senso sobre melhores horas de dormir.

Você terá mais suporte com o plano Premium, mas depende se você está disposto a pagar por esse serviço quando o período de teste terminar. E, como mencionei anteriormente, os novos recursos de GPS, minutos de zona ativa e pagamento por NFC são bons — adições que seriam mais interessantes se não fosse a situação atual.

Queria ficar mais animada com o que considero boas atualizações. Mas, sinceramente, não posso deixar de sentir que, se eu pudesse sair mais e viver minha vida como de costume, termia me divertido mais com essa pulseira.

Isso não culpa da Fitbit. É apenas um grande azar. Por US$ 150, você está obtendo uma boa variedade de recursos — parece que, na série Charge, a filosofia da Fitbit é não mexer em uma fórmula vencedora. A pulseira Charge 4 faz quase tudo certo, mas não é a novidade que o Versa original era.

Isso, mais a tristeza que domina as manchetes, dificulta a divulgação da Charge 4, ainda que seja um ótimo dispositivo.

Leia-me

  • Tem pagamento via NFC e GPS. Ambos são bons, mas com atualizações iterativas.
  • Substitui minutos ativos por minutos de zona ativa — um passo na direção certa.
  • Os mapas de calor são úteis, embora o GPS da Charge 4 não tenha sido tão preciso quanto outros dispositivos nos testes até agora.
  • A tela ainda não é a melhor; pode rolar alguns atrasos na transição de menus. Também é impossível de controlar as músicas do Spotify durante o treino.
  • Como os pagamentos NFC são padrão em todos os modelos da Charge 4, pulseira de tecido é a única razão para pagar os US$ 20 extras pela edição especial.

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Relógios com Wear OS, do Google, vão lembrar usuários de lavar as mãos

Posted: 15 Apr 2020 02:03 PM PDT

Smartwatch Wear OS com o temporizador para lavar as mãos

Lavar as mãos é a defesa primária contra não somente o novo coronavírus mas, você sabe, todos os tipos de germes que existem por aí. E, aparentemente, um grande número de pessoas não lavam as mãos tanto quanto deveriam. Para ajudar as pessoas a se lembrarem de fazer isso, o Google atualizou os smartwatches com Wear OS e incluiu um temporizador para lavar as mãos.

O temporizador faz parte da atualização v5.4.0 e é simplesmente um alerta que surge periodicamente ao longo do dia. Embora esteja relacionado com o app Relógio do Google, você também pode acessá-lo separadamente por meio de atalho na gaveta de apps.

Depois abrir o app, você verá uma contagem decrescente de 3 segundos antes de ser iniciado um temporizador de 40 segundos. Após esse período, o relógio faz um sinal sonoro e dá os parabéns por você ter se comprometido com a higiene básica; e avisa também que receberá outro alerta dentro de três horas.

Os Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC) recomendam lavar as mãos por 20 segundos. Essa também é a recomendação de outros especialistas de saúde, mas é a recomendação mínima. E, especialmente nesse momento, não irá fazer mal exagerar um pouco e esfregar as mãos por mais tempo.

É preciso tocar na tela do seu relógio para iniciar a nova função, por isso também é uma boa ideia limpá-lo de vez em quando.

Eu usei o temporizador durante algumas pausas e enquanto preparava o café da manhã. Em geral, os 40 segundos passam mais rápido do que você imagina. Em todo o caso, caso queira desativar os lembretes, é preciso pressionar a área de notificações. Mas sabe, não custa nada lavar as mãos oito vezes por dia.

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Google está desenvolvendo um chip próprio para seus futuros aparelhos

Posted: 15 Apr 2020 01:03 PM PDT

Depois de comprar US$ 1,1 bilhão em propriedade intelectual e recursos da HTC em 2017, parece que o próximo grande passo para a divisão de hardware do Google é criar seu próprio chip de computador.

As notícias sobre o mais recente desenvolvimento de hardware do Google vêm de uma reportagem da Axios, que afirma que o Google recebeu recentemente os primeiros protótipos funcionais de um processador projetado com o codinome Whitechapel.

O Axios relata que o chip foi criado graças a uma parceria com a Samsung, usando o processo avançado de fabricação de 5 nanômetros da gigante coreana em eletrônica.

Diz-se que o chip em si é uma plataforma octa-core baseada em ARM, destinada a equipar smartphones e, no futuro, potencialmente outros dispositivos móveis, como os Chromebooks.

Além das tarefas padrão de computação e processamento, relata o Axios, o Whitechapel está sendo ajustado para oferecer melhor suporte às funções relacionadas a aprendizado de máquina e inteligência artificial, como o Google Assistente e outros serviços do Google que ficam sempre ativos, como o recurso de identificação de música “Now Playing” do Pixel. A Axios diz que Whitechapel não deve chegar a dispositivos de varejo até 2021, no mínimo.

O Gizmodo procurou o Google para uma declaração oficial sobre o assunto, mas a empresa se recusou a comentar.

Mesmo sem confirmação oficial, há um interesse óbvio do Google para criar chips personalizados para seus dispositivos móveis. Muitas das maiores fabricantes de telefones do mundo já estão projetando seus próprios processadores, como os chips da série A da Apple, os chips Exynos da Samsung e os chips Kirin da Huawei.

Ao criar um hardware personalizado, as empresas obtêm maior controle sobre os recursos e o poder de computação embarcado em seus dispositivos. Levando em consideração o quanto o Google tem se dedicado à IA e ao aprendizado de máquina para fornecer uma ampla gama de softwares e experiências, parece natural buscar a liberdade de adicionar núcleos tensores extras ou unidades de processamento neural em um processador.

O Google já tentou criar processadores menores e de uso único, como o chip de segurança Titan M ou o Pixel Visual Core, que o Pixel 4 usa para oferecer suporte ao processamento de fotos aprimorado.

Até a Microsoft se aventurou na criação de seus próprios chips personalizados baseados em ARM. O Surface Pro X tem um chip SQ1, que é essencialmente uma versão aprimorada do processador Snapdragon 8cx de oito núcleos da Qualcomm.

Projetar seu próprio chip também pode ajudar o Google a alcançar a Apple, que nos últimos anos desfrutou de uma vantagem de desempenho, enquanto a maioria de seus colegas do Android contava com os processadores Qualcomm e Mediatek.

É difícil dizer qual o impacto que o Whitechapel em si terá, ou mesmo se ele realmente chegará aos dispositivos de consumo, já que 2021 está longe. Mas, no futuro, devemos esperar ainda mais gigantes desse setor explorando a criação de processadores personalizados.

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Os incêndios florestais perto da usina de Chernobyl foram controlados

Posted: 15 Apr 2020 12:02 PM PDT

Incêndios se aproximaram da central de Chernobyl na sexta-feira, 10 de abril de 2020

Mais de uma semana passou desde que dois grandes incêndios começaram dentro da zona de exclusão de Chernobyl. Eles estavam se aproximando da usina nuclear e agora os resíduos radioativos foram eliminados no local, à medida que centenas de bombeiros lutavam contra as chamas. Nesta terça-feira (14), o fogo aparentemente cessou.

Com a ajuda de algumas chuvas, bombeiros em aviões e helicópteros conseguiram extinguir os incêndios. Embora não haja fogo aberto, o chão da floresta ainda está sofrendo um “ligeiro ardor”, de acordo com uma declaração do Ministério do Interior da Ucrânia.

Qualquer tipo de incêndio perto de Chernobyl é preocupante. A área melhorou drasticamente nas últimas décadas, com o regresso da vida selvagem e a visita de turistas ao local, incluindo a sala de controle do reator que foi recentemente aberta.

Porém, os incêndios são capazes de perturbar as partículas radioativas que se escondem nas zonas contaminadas. Um estudo de 2016 publicado na Scientific Reports revelou que os incêndios de 2015 enviaram partículas radioativas para a Europa Oriental, embora os níveis fossem “muito inferiores a uma dose de um raio-x médico.”

Os incêndios recentes também provocaram uma fuga de resíduos radioativos armazenados nas proximidades da usina. De acordo com uma análise por satélite realizada pela Aspectum, uma empresa de análise geoespacial com um escritório na Ucrânia, as chamas ficaram a 36 metros de uma instalação de resíduos nucleares. Os incêndios atuais por pouco não causaram grandes estragos e o controle governamental indica que os níveis de radiação são normais na capital vizinha Kiev.

As autoridades ucranianas afirmaram que o incêndio se propagou por cerca de 20 hectares a partir do domingo passado. O Greenpeace Rússia, no entanto, analisou dados de satélite que mostram “os maiores incêndios da história da zona de exclusão”. A análise da imagem do grupo, que foi tirada na segunda-feira, indica que o maior dos dois incêndios tinha cerca de 3.400 hectares, enquanto o menor tinha cerca de 1.100 hectares. Será necessária uma análise mais aprofundada para finalizar a estimativa da área queimada.

Quando os incêndios começaram na semana passada, as autoridades tinham registado níveis de radiação 16 vezes superiores ao normal na zona de exclusão.

Embora a crescente ameaça de incêndios constitua uma preocupação genuína para Chernobyl à medida que a região se torna mais quente e seca devido às alterações climáticas, a faísca dessas chamas parecem estar diretamente ligadas à atividade humana.

A polícia identificou um homem de 37 anos como supostamente responsável pelo início de um dos incêndios. Ainda assim, os ventos e as condições de seca contribuíram para a forma como o fogo se deslocou pela paisagem. Infelizmente, o calor e a seca estão se tornando normais à medida que a crise climática se desenrola.

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Simulador realista da Apollo 15 está ajudando cientistas em missões à Lua

Posted: 15 Apr 2020 10:43 AM PDT

simulação SPICE do Módulo de Comando e Serviço da Apollo 15 em órbita à volta da Lua

Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) estão utilizando um novo e poderoso simulador para reviver a missão Apollo 15 com um altíssimo nível de detalhes. Ao reverem essa e outras missões, os pesquisadores querem analisar dados antigos com novos olhos, e o exercício ajudará também no planejamento de futuras missões.

Desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, o sistema se chama SPICE e permite aos pesquisadores da Agência Espacial Europeia recriar missões históricas em alta definição e realidade virtual em 360 graus.

É um exercício informativo por si só, mas o SPICE também oferece novas formas de demonstração e validação de dados científicos. Ao mesmo tempo, fornece uma nova plataforma para testar sistemas que devem ser utilizados durante as próximas missões lunares.

A plataforma SPICE utilizada pela ESA está situada no seu centro astronômico ESAC, na Espanha. O software pode interpretar e processar dados recolhidos em missões anteriores, tais como a missão Apollo 15, que aconteceu em 1971, e que tinha muitos instrumentos científicos. Os dados antigos encontram uma nova vida.

Isto permitiu à equipe simular a vista da superfície lunar vista a partir do módulo de serviço de comando (CSM) da Apollo 15, à medida que ele orbitava a Lua, por exemplo.

“Ao combinar dados de posicionamento com um modelo de elevação digital da superfície lunar altamente detalhado, podemos saber exatamente para onde apontavam os instrumentos à medida que [registavam] os seus resultados”, explicou o cientista do projeto da ESA, Erik Kuulkers, em um comunicado de imprensa.

Para recolher informações como a altitude, orientação e velocidade do orbitador, os pesquisadores retiraram informações do Espectrômetro de Raios Gama e do Espectrômetro de Fluorescência de Raios-X do CMS. Os dados recolhidos por estas ferramentas não se destinavam para esse fim (estavam sendo utilizados para medir a composição da superfície da Lua, entre outras coisas), mas agora serão aproveitados de uma nova maneira.

“Esses dois instrumentos foram montados em conjunto no Módulo de Instrumentos Científicos (SIM) do CSM”, disse Alfredo Escalante López, engenheiro de serviço do ESA SPICE. “Para verificar a precisão da nossa recriação passamos a comparar as imagens recolhidas pela Câmera de Mapeamento à luz visível, também no SIM, com as nossas vistas geradas artificialmente”.

Utilizando dados topográficos recolhidos por instrumentos modernos, tais como o altímetro laser no Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA, os cientistas conseguiram alcançar resoluções de 5 metros por pixel.

Além da passagem aérea lunar, os pesquisadores simularam e subsequentemente estudaram o pouso do Módulo Lunar da Apollo 15 e um passeio à volta do local de pouso a bordo do Lunar Rover. Os cientistas também simularam a missão SMART-1 da ESA 2003, que testou a propulsão elétrica solar e fez observações da superfície lunar.

As futuras aplicações do SPICE permitirão a várias equipas da ESA se preparem para futuras missões, tais como a Mars Express, Venus Express, Rosetta, ExoMars Trace Gas Orbiter, BepiColombo (Mercúrio), e a Luna-27 da Rússia, que deverá explorar a superfície lunar à procura de água congelada e outros minerais já em 2025.

Por meio da simulação de futuras missões à Lua, os pesquisadores podem desenvolver e testar sistemas capazes de evitar terrenos perigosos, entre outras possíveis complicações.

Outro aspecto interessante do SPICE é que a ESA está disponibilizando todos esses dados ao público. Por isso, se você tiver um headset de realidade virtual, aperte o cinto e reviva alguns dos momentos mais icônicos da história do espaço.

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Novo iPhone SE tem o mesmo jeitão do iPhone 8 e custa a partir de R$ 3699 no Brasil

Posted: 15 Apr 2020 08:44 AM PDT

Novo iPhone SE

Agora é um momento esquisito para lançar um telefone novo. Milhões de pessoas perderam o emprego, e aqueles que são capazes de trabalhar de casa são incentivados a ficar no recanto do lar, onde um smartphone não é tão importante assim. Empresas como Samsung e OnePlus lançaram recentemente dispositivos topo de linha muito bons, mas que são muito caros. No entanto, um smartphone ainda é uma necessidade, e agora os compradores têm uma nova opção: um novo iPhone SE, que não é tão caro e tem boas configurações.

A Apple está "revivendo" o iPhone SE para 2020, embora ele não se pareça com o SE pequeno que era amado por usuários com mãos pequenas.

O iPhone SE de US$ 399 (no Brasil, custa R$ 3.699) tem o mesmo jeitão do iPhone 8, de três anos atrás, com uma tela retina de 4,7 polegadas HD, molduras grossas e um botão home com TouchID. Mas a aparência não é tudo. Ao adicionar o processador A13 Bionic, o novo iPhone SE, provavelmente, terá desempenho igual ao do iPhone 11, muito mais caro, que foi o primeiro aparelho da marca a ter este chip.

Como o iPhone 8 e o iPhone SE original, o SE atualizado possui uma única câmera na frente e atrás. A lente traseira é uma grande angular de 12 MP e recebe um impulso do chip A13 Bionic, com suporte ao Smart HDR de última geração do iPhone 11 para fotos mais detalhadas, além do modo retrato para pessoas e efeitos de iluminação no modo retrato. A câmera selfie também permite fotos no modo retrato. O SE de segunda geração também pode gravar vídeos 4K a 60 fps, timelapse e conta com estabilização cinematográfica nas lentes frontal e traseira.

Diferente do SE original, o novo iPhone é feito de vidro e alumínio, e suporta carregamento sem fio via padrão Qi. Ele também vem com diversas opções de armazenamento — 64 GB, 128 GB e 256 GB — e conta com resistência à água.

Preços do novo iPhone SE no Brasil

Novo iPhone SE (64 GB) – R$ 3.699
Novo iPhone SE (128 GB) – R$ 3.999
Novo iPhone SE (256 GB) – R$ 4.499

Aqueles que esperavam ter todos esses recursos em um telefone com menos de 5 polegadas estão sem sorte. O primeiro SE tinha uma tela de 4 polegadas dentro de um corpo de 4,87 polegadas. O iPhone 8, o gêmeo do novo SE, tem um corpo mais longo de 5,45 polegadas.

Quando ouvi pela primeira vez os rumores sobre o iPhone SE, admito que não estava impressionada. Por que revisitar o iPhone 8? Ele não é tão pequeno quanto algumas pessoas querem e não possui as impressionantes câmeras da linha iPhone 11 Pro, da Apple. Mas agora parece que o novo iPhone SE foi projetado para esse período específico.

Normalmente, prefiro o FaceID ao TouchID, mas agora que uso uma máscara quando saio, tenho que digitar minha senha para desbloquear meu iPhone e para usar o Apple Pay no mercado. Confesso que eu gostaria de ter o TouchID de volta, pelo menos neste momento.

Touch ID no iPhone SE 2020
TouchID no iPhone SE (2020). Crédito: Apple

O novo iPhone SE está disponível nas cores preto, branca e Product(RED) e começam a ser enviados para clientes nos EUA em 24 de abril. No Brasil, ainda não há data para envio.

(Colaborou Guilherme Tagiaroli)

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Bretões antigos veneraram galinhas e lebres até descobrirem que estes animais eram um bom alimento

Posted: 15 Apr 2020 08:06 AM PDT

Arqueólogos na Grã-Bretanha descobriram evidências de galinhas e lebres marrons que foram enterradas totalmente intactas e com muito cuidado nos séculos. Esses restos mortais antecedem o período romano. É mais uma evidência de que esses animais, que acabariam se tornando alimentos básicos importantes, já foram associados a deuses.

Quando as primeiras galinhas e lebres marrons chegaram à Grã-Bretanha, entre 2.300 e 2.200 anos atrás, elas não foram trazidas como alimento. Pelo contrário: elas eram tratadas como objetos espirituais, de acordo com uma pesquisa liderada por Naomi Sykes, da Universidade de Exeter. Este projeto de pesquisa, que também envolve cientistas das Universidades de Leicester e Oxford, é uma investigação sobre como os animais, incluindo galinhas e coelhos, eram associados às festividades da Páscoa.

Inicialmente, “eles não eram liberados na natureza ou criados em fazendas, pelo menos não por várias centenas de anos”, disse Sykes ao Gizmodo, acrescentando que galinhas e lebres marrons foram introduzidas como “espécies exóticas especiais”. Somente mais tarde, durante o período romano que se seguiu, o caráter de novidade destes animais tinha se esgotado e eles foram vistos como refeições saborosas para serem servidas no jantar.

As datas de radiocarbono recém-coletadas de espécimes enterrados mostram que lebres marrons e galinhas foram inicialmente trazidas para a Grã-Bretanha durante a Idade do Ferro, entre os séculos 5 e 3 a.C. Mais tarde, durante o período romano (43 d.C. a 410 d.C), coelhos foram introduzidos na Grã-Bretanha e galinhas e lebres marrons começaram a ser criados e comidos, disse Sykes.

A análise de vários espécimes encontrados nas fortalezas de colinas e nos centros de grandes colônias da Idade do Ferro mostrou que os britânicos enterravam suas galinhas e lebres com cuidado.

“Acreditamos que eles foram enterrados com cuidado porque, na Idade do Ferro, encontramos esqueletos completos — isso é incomum, a menos que os animais tenham sido cuidadosamente enterrados”, disse Sykes ao Gizmodo. “Normalmente encontramos ossos desarticulados.”

É um bom caso em que as evidências arqueológicas combinam com registros históricos.

Em seu relato das Guerras Gálicas, o imperador romano Júlio César fez uma anotação sobre esse comportamento, escrevendo que os "bretões consideram contrário à lei divina comer lebre, galinha ou ganso. Eles os criam, no entanto, para sua própria diversão e prazer. " Anos mais tarde, o historiador romano Dião Cássio descreveu as ações da rainha Boadiceia, que liderou uma revolta contra os invasores romanos em 60/61 dC. Apelando a Andraste, a deusa guerreira da Grã-Bretanha celta, Boadiceia soltou uma lebre viva na esperança de obter uma vitória divinamente ordenada.

Em um comunicado da Universidade de Exeter, Sykes descreveu o fascínio dos primeiros britânicos por esses animais agora mundanos:

A ideia de que galinhas e lebres inicialmente tinham associações religiosas não é surpreendente, pois estudos transculturais mostraram que coisas e animais exóticos geralmente recebem status sobrenatural. Relatos históricos sugerem que galinhas e lebres eram muito especiais para serem comidas e, em vez disso, foram associadas a divindades — galinhas com um deus da Idade do Ferro semelhante a Mercúrio e lebres com uma deusa lebre desconhecida. A associação religiosa de lebres e galinhas resistiu a todo o período romano.

No fim das contas, no entanto, à medida que o período romano progredia, os bretões começaram a se deliciar com esses animais. Como Sykes explicou ao Gizmodo, muito disso tinha a ver com o grande tamanho do rebanho de gado.

“Quando uma espécie é rara, é vista como especial, mas à medida que o número cresce, elas se tornam mais comuns e mundanas. Como diz o ditado, ‘familiaridade gera desprezo'”, disse ela.

Mas esses novos hábitos alimentares foram interrompidos quando os romanos saíram da Grã-Bretanha em 410 d.C. — um movimento que causou uma turbulência econômica substancial. As populações de galinhas e lebres marrons despencaram, enquanto os coelhos desapareceram completamente, segundo os pesquisadores.

Mais uma vez, tornou-se tabu comer esses animais, mas as coisas mudaram devido a São Bento, que no século 6 tornou ilegal consumir animais de quatro patas durante períodos de jejum, incluindo a Quaresma. Com o tempo, essa prática tornaria comum o consumo de galinhas e ovos na época medieval. Quanto aos coelhos, eles voltaram à moda durante o século 13, mas sua associação com a Páscoa não aconteceu até o século 19 e o período vitoriano.

Esta pesquisa é interessante porque fornece insights sobre as mentes dos bretões antigos, que tiveram uma resposta aparentemente razoável à introdução de novas criaturas. Optar por não comer um organismo desconhecido parece uma abordagem perfeitamente sensata.

Sykes e seus colegas publicarão esta pesquisa em uma revista e ela será revisada por pares nos próximos meses.

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Trump anuncia congelamento do financiamento dos EUA para a OMS em meio à pandemia

Posted: 15 Apr 2020 06:14 AM PDT

Donald Trump

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (14) que a Casa Branca vai suspender imediatamente o financiamento destinado à Organização Mundial de Saúde (OMS). A notícia do congelamento surge em meio ao crescimento de casos confirmados de coronavírus nos EUA e no mundo – atualmente em mais de 608.000 e 2 milhões, respectivamente.

Trump afirmou que a OMS é tendenciosa a favor da China, que supostamente teria abafado as notícias da propagação do vírus na província de Wuhan antes de passar a adotar as táticas mais pesadas de combate à doença, como a quarentena obrigatória, à medida que a escala da ameaça se tornava clara.

Para o mandatário dos EUA, a OMS cedeu à pressão do governo chinês, não desafiando a narrativa de que a situação estava sob controle. Os EUA financiaram a OMS com US$ 453 milhões no ano fiscal de 2019. Um importante funcionário da administração Trump disse ao Wall Street Journal que a Casa Branca está discutindo para onde esse dinheiro pode ir agora.

Trump disse que o nível atual de financiamento será retido enquanto os EUA completam um relatório sobre o que ele chamou de “má gestão e cobertura da propagação do coronavírus” por parte da OMS, acrescentando que se os seus especialistas tivessem repreendido o governo chinês por reter informações, o vírus “poderia ter sido contido na sua fonte com muito pouca morte.”

Na realidade, reportagens indicaram que Trump resistiu aos esforços iniciais para pressionar a China sobre o assunto, a fim de evitar antagonizá-los durante as negociações comerciais. Embora a deferência da OMS para as nações que depende de financiamento e acesso seja de fato uma falha importante no sistema multilateral de saúde, isso de forma alguma desculpa a falta de preparação da Casa Branca quando o vírus se espalhou pelos Estados Unidos.

A ideia de que os EUA não tinham ideia de que o vírus poderia se tornar uma crise por culpa da OMS é risível – havia relatórios e relatórios indicando que o governo sabia que o coronavírus representava um risco grave, mesmo quando Trump o ignorou e subestimou em público.

Retirar o financiamento da OMS, que atualmente está fazendo desde a distribuição de centenas de milhares de kits de teste até a coordenação de pesquisas médicas críticas em meio a pandemia, só deve piorar a situação. É possível que se o governo chinês tivesse reconhecido a extensão do problema mais rapidamente, a propagação inicial fosse reduzida significativamente – porém, não é possível saber se isso faria com que os outros países se preparassem melhor.

“Neste momento, há um esforço muito coordenado entre a Casa Branca e os seus aliados para tentar encontrar bodes expiatórios para os erros fatais que o presidente cometeu durante as primeiras fases deste vírus”, disse à CNN o senador democrata Chris Murphy. “É extremamente irônico que o presidente e os seus aliados estejam criticando a China, ou a OMS por ter sido branda com a China, quando na realidade foi o presidente que foi o principal apologista da China durante as fases iniciais desta crise.”

Democratas no Senado já afirmaram que a Casa Branca não tem o poder de suspender arbitrariamente o financiamento da OMS, mas o presidente afirmou que tem “total” autoridade para ordenar o que quiser durante a emergência. Segundo o WSJ, a administração está discutindo possíveis métodos para contornar o Congresso, reencaminhando o dinheiro para “outros programas de saúde”.

O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, denunciou o congelamento, segundo o WSJ, afirmando que “não é o momento de reduzir os recursos para as operações da Organização Mundial de Saúde ou de qualquer outra organização humanitária na luta contra o vírus.”

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Computadores baratos Raspberry Pi podem ajudar a sanar a escassez de respiradores

Posted: 15 Apr 2020 06:13 AM PDT

Raspberry Pi Zero

A Fundação Raspberry Pi tem registado um aumento recente na demanda de placas devido à pandemia de COVID-19. Parte dessa demanda vem de pessoas que experimentam computadores baratos para matar o tempo em casa, mas a fundação está reservando parte de seu estoque do Pi Zero para respiradores de hospitais.

Esses computadores de placa única, que custam US$ 5, não são apenas ideais para uso como placas de controle, como também a Fundação Raspberry Pi tem capacidade de produzi-los rapidamente para os fabricantes de ventiladores.

Muitas vezes é difícil aumentar a produção para placas de controle, porque existem muitos componentes que fazem parte delas. E, dependendo da disponibilidade desses componentes, os prazos de entrega podem se estender para semanas ou meses.

O CEO e fundador da Raspberry Pi, Eben Upton, disse ao Tom's Hardware que a empresa "constrói para estocar" em vez de "construir por encomenda", para que esteja preparada para lidar com uma demanda repentina, pois possui prazos de entrega mais curtos.

Mas mesmo o Raspberry Pi não está imune à escassez, graças à demanda do setor privado e médico. A empresa produziu 192 mil Pi Zeros durante o primeiro trimestre deste ano, mas Upton disse ao Tom's Hardware que deseja aumentar este número para 250 mil, e o preço e as especificações simples de hardware o tornam ideal para respiradores.

"Acredito que o interesse nos Pi Zero se deve principalmente a oferecer computação suficiente para os requisitos relativamente modestos de um ventilador", disse Upton.

O Pi Zero é o menos robusto de todos os Pis. Ele tem apenas um processador Broadcom BCM2835 de 1 GHz de núcleo único e conta com 512 MB de RAM. Por outro lado, o Raspberry Pi 4B custa US$ 35 e conta com um SoC Broadcom BCM2711 de quatro bits Cortex-A72 de 64 bits e 1 GB de RAM. Como o Pi Zero possuir poder processamento suficiente para os ventiladores, faz sentido usá-los em vez dos Pi 4 do ponto de vista de custos.

Embora os ventiladores baseados em Raspberry Pi não estejam sendo testados nos EUA, uma equipe médica na Colômbia atualmente está testando um com base em um projeto que usa peças fáceis de encontrar, como válvulas de carro.

Se o projeto for um sucesso, a equipe da Colômbia testará o ventilador primeiro em animais e depois em humanos. Enquanto isso, outras empresas do ramo da computação, como a Maingear, estão construindo ventiladores a partir de peças prontas para uso. Os engenheiros também estão trabalhando para transformar bombas para tirar leite materno em ventiladores para ajudar a aliviar a escassez.

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Desmatamento cresce na Amazônia em meio à crise do coronavírus

Posted: 15 Apr 2020 05:07 AM PDT

Desmatamento na Amazônia em agosto de 2019.

A atividade humana desacelerou no mundo todo devido ao surto de coronavírus, mas a extração ilegal de madeira e grilagem de terras na floresta amazônica não mostra sinais de diminuição. Novos dados revelam que o desmatamento tem atingido os piores níveis em mais de uma década.

O site de notícias de conservação Mongabay utilizou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais do Brasil (IPEA) para medir o desmatamento na maior floresta tropical do mundo. Mais de 5.685 quilômetros quadrados foram perdidos nos últimos 12 meses.

A última vez que a situação foi tão ruim na Amazônia foi em maio de 2008, quando se perdeu um recorde de 5.709 quilômetros quadrados em um período de 12 meses.

Até agora, em 2020, a Amazônia perdeu 480 quilômetros quadrados de floresta, 55% a mais do no ano passado, durante esse mesmo período. No entanto, a devastação teve início muito antes de o novo coronavírus ter perturbado a vida cotidiana: em 2019, a floresta tropical irrompeu em chamas, por exemplo.

Mas a pandemia de COVID-19 está agravando a situação. Até agora, os grupos indígenas brasileiros confirmaram pelo menos 7 casos do vírus, de acordo com a National Geographic. Um menino Yanomami de 15 anos de idade morreu de coronavírus no Brasil. Portanto, os madeireiros não só ameaçam a sustentabilidade da floresta tropical, como estão ameaçando a saúde e a segurança dos povos indígenas que ali vivem.

Os indígenas já eram vítimas de violência direta desses criminosos, mas o perigo aumentou. Para os povos indígenas, o ataque de doenças faz lembrar o genocídio que começou no século 15, em parte devido a novos microorganismos desconhecidos para os seus sistemas imunológicos.

Para algumas dessas comunidades remotas, o seu único caminho para a exposição ao COVID-19 é por meio daqueles que tentam destruir o seu lar.

A destruição também ajuda a alimentar a propagação dessas doenças, porque destrói habitats-chave em que a vida selvagem depende para sobreviver, como apontam novas pesquisas. Sem ela, é mais provável que algumas espécies interajam com os seres humanos.

A perda florestal afeta pessoas em todos os cantos. A floresta amazônica serve como um grande captador de carbono, ajudando a sugar o dióxido de carbono do ar e a armazená-lo dentro das suas árvores. Infelizmente, quando a floresta tropical queima – o método de destruição escolhido por aqueles que querem limpar a terra para a utilizarem na pecuária ou na agricultura – todo esse carbono é liberado de volta para a atmosfera.

Se esse padrão de desmatamento continuar, a Amazônia se tornará uma fonte de emissões de gases com efeito de estufa, em vez de um local de armazenamento, como já apontam pesquisas. E isso só vai acelerar o processo de aquecimento global.

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Apple e Google vão exigir verificação de testes para rastreio de contato com COVID-19

Posted: 15 Apr 2020 04:17 AM PDT

Pessoa com máscara e um carrinho de bebê sob fachada da Apple

Apple e Google anunciaram na semana passada que se juntariam para desenvolver uma tecnologia de rastreio de contatos que pudesse ajudar a acompanhar a forma como o novo coronavírus se espalha.

A notícia foi imediatamente recebida com perguntas de especialistas em privacidade e segurança, apesar das promessas da Apple de que “a privacidade, transparência e consentimento [seriam] da maior importância neste esforço”. Agora, ambas as empresas afirmam que a próxima ferramenta de rastreio de contatos exigirá uma verificação para diagnósticos positivos de COVID-19, relata a Bloomberg.

Em resumo, a tecnologia de rastreio de contatos proposta utilizará o Bluetooth para determinar a localização de uma pessoa e com quem ela esteve em contato. Se alguém entrou em contato com uma pessoa que teve COVID-19, a tecnologia avisará aos usuários que foram expostos e dará mais informações sobre o que fazer a seguir.

Em mais detalhes fornecidos nesta segunda-feira (13), as empresas afirmaram que o sistema poderia avisar usuários registrados quando estivessem a poucos metros uns dos outros durante um máximo de 10 minutos. As companhias afirmaram que as pessoas que queiram avisar que têm COVID-19 precisarão passar por uma verificação de resultados.

Segundo a Bloomberg, os resultados serão verificados por agências de saúde pública que estão desenvolvendo apps que funcionam com a tecnologia de rastreio de contatos da Apple e do Google. Eles observaram também que o programa seria opt-in (ou seja, os usuários teriam que optar por participar) e que as pessoas teriam que baixar um app oficial separado para introduzir os resultados dos seus testes.

Faz sentido que a Apple e o Google sejam rápidos a abordar as questões de privacidade. Quando o programa foi inicialmente anunciado, alguns especialistas apontaram que falsificações e falsos positivos poderiam involuntariamente sobrecarregar ainda mais os hospitais além da capacidade

Até o presidente dos EUA, Donald Trump, deu o seu pitaco, dizendo que a ferramenta proposta era “espantosa”, ao mesmo tempo que assinalava que tinha “alguns problemas constitucionais muito grandes”. (Não é claro o que é inconstitucional num app de rastreio de contatos optativo).

A verificação dos resultados dos testes ajudaria a evitar que os idiotas abusassem da ferramenta.

Ambas as empresas disseram que nenhum nome de usuário ou localização seria compartilhado ou armazenado. De acordo com o Cult of Mac, a Apple e o Google dizem que os detalhes de localização recolhidos por meio do Bluetooth mudarão a cada poucos dias para proteger o anonimato e que, idealmente, um usuário nunca descobriria de quem exatamente pegou COVID-19.

Dito isso, os especialistas em privacidade alertaram repetidamente que os dados anonimizados não são tão seguros como as empresas gostariam que acreditássemos.

Neste momento, o plano consiste em implantar a tecnologia em duas fases. A primeira fase terá início em meados de maio e envolverá uma API de desenvolvedor concedida a instituições de saúde pública. Nos meses seguintes, será atualizada para que o sistema funcione diretamente no Android e iOS por meio de atualizações de software. De acordo com o TechCrunch, a ferramenta funcionaria a partir do Android 6 e iOS 13.

Isso significa que milhares de pessoas poderiam receber notificações sem nunca baixarem uma app específico. Mas até que a tecnologia proposta tenha sido submetida a uma extensa e pública revisão por especialistas em privacidade, é uma questão de saber se você confia na nas grandes empresas de tecnologia de que irão preservar a privacidade.

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