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- Netflix vai notificar e até cancelar assinatura de quem não usa o serviço há mais de um ano
- Facebook Messenger vai avisar sobre gente estranha e tentativas de golpe via chat
- Cientistas brasileiros criam projeto de teste barato com app para diagnosticar COVID-19
- As imagens mais esquisitas já captadas em Marte
- Atualização do Chrome promete privacidade, mas coloca Google em posição privilegiada
- Pesquisadores conseguiram controlar decisões de macacos usando ondas ultrassônicas
- Twitter começa a testar opção para limitar quem pode responder a um tuíte
- Qual é a comida mais saudável?
Netflix vai notificar e até cancelar assinatura de quem não usa o serviço há mais de um ano Posted: 21 May 2020 02:30 PM PDT Tem gente que faz assinaturas e esquece que está pagando por um serviço que nem está lá sem ninguém usar. É o caso de “cerca de 0,5% de toda a base de usuários” da Netflix, seguindo a própria companhia. O serviço de streaming anunciou nesta quinta-feira (21) que vai dar uma mãozinha para os usuários que estão pagando pela assinatura e não estão aproveitando o streaming. A medida vai valer para quem assinou a Netflix e não utiliza o serviço há pelo menos um ano. Esses usuários receberão notificações e e-mails perguntando se querem manter a assinatura. As pessoas que não enviarem uma confirmação terão as assinaturas automaticamente canceladas. “Se alguém mudar de ideia depois, é muito fácil reiniciar a assinatura da Netflix”, diz a companhia. A empresa também diz que o serviço foi sempre pensado para ser fácil de assinar e de cancelar. Se uma pessoa decidir voltar à Netflix em até 10 meses, a conta é mantida intacta – com a lista de favoritos, perfis configurados, preferências e todo o resto. A medida parece bem válida e honesta, ainda que um ano pagando pelo serviço sem usar seja bastante tempo (e dinheiro). Outra possibilidade para ter mais controle sobre os streamings que você assina é pagar com cartões pré-pagos. The post Netflix vai notificar e até cancelar assinatura de quem não usa o serviço há mais de um ano appeared first on Gizmodo Brasil. |
Facebook Messenger vai avisar sobre gente estranha e tentativas de golpe via chat Posted: 21 May 2020 12:32 PM PDT Gente esquisita e golpes abundam no Facebook Messenger. Para combatê-los, o Facebook agora está se voltando para a inteligência artificial. Um novo recurso de segurança para o Messenger ajudará as pessoas, principalmente crianças, a identificar gente mal-intencionada e notificá-los sobre contas suspeitas — tudo sem ler as próprias mensagens. O recurso, lançado para Android em março e que chegará ao iOS na próxima semana, funciona monitorando o comportamento de um potencial fraudador. Em um blog post, um exemplo que o Facebook forneceu é um cenário em que um adulto envia muitas mensagens e solicitações de amizade a usuários menores de 18 anos. Também pode notificar um usuário se uma conta estiver se passando por um amigo usando sua foto ao iniciar uma conversa. Além dos sinais comportamentais, o Facebook diz que também pode usar relatórios e conteúdos relatados para ajudar a treinar a inteligência artificial. E, como a ferramenta baseia suas notificações de segurança no comportamento, e não no conteúdo da mensagem, seria compatível com a criptografia de ponta a ponta, sempre que finalmente chegar ao Messenger (o Facebook fala isso há um tempo, mas no início deste ano disse que pode levar anos até que o Messenger seja criptografado por padrão). As notificações de segurança não bloqueiam automaticamente contas falsas ou fraudulentas — o Facebook está deixando isso para o usuário. São mais como pop-ups embutidos que aparecem quando alguém pode entrar em uma interação prejudicial. As notificações também oferecem dicas sobre como reconhecer golpes e um lembrete para recusar solicitação para enviar dinheiro para estranhos. A nova ferramenta também lembrará a menores de 18 anos que sejam cautelosos em conversar com adultos que eles realmente não conhecem. O novo recurso de inteligência artificial é um tipo de “barreira adicional” para o app Messenger kids. Este aplicativo foi criado para manter as crianças seguras, limitando com que elas pudessem conversar apenas com usuários autorizados. Mas, surpreendendo ninguém, um bug permitia que menores conversem com estranhos por meio de bate-papos em grupo — ou a coisa exata para a qual o aplicativo foi projetado para impedir. Moderação e privacidade nunca foram os pontos fortes do Facebook. Dito isto, a empresa está enfrentando um escrutínio cada vez maior à medida que os golpistas tentam usar sua plataforma para capitalizar a pandemia global. O Better Business Bureau (entidade de proteção a consumidores da América do Norte) emitiu recentemente um aviso de que os golpistas estão se passando por amigos e conhecidos do Messenger para oferecer curas milagrosas ou se passando por instituições de caridade falsas. É um problema do qual o Facebook está ciente e, desde então, lançou uma campanha contra desinformação relacionada ao COVID-19 em todas suas plataformas. Embora o Facebook não esteja vinculando diretamente essa nova ferramenta de segurança ao aumento de golpes sobre o novo coronavírus, com certeza os novos recursos ajudarão a rede neste sentido. The post Facebook Messenger vai avisar sobre gente estranha e tentativas de golpe via chat appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cientistas brasileiros criam projeto de teste barato com app para diagnosticar COVID-19 Posted: 21 May 2020 11:01 AM PDT Uma equipe de pesquisadores brasileiros foi premiada em um hackathon pela criação do projeto de um teste rápido para o novo coronavírus que seria cinco vezes mais barato do que os atuais, além de um aplicativo com visão computacional que identifica o resultado e notifica as autoridades. A ideia, que parece pouco usual em uma primeira olhada, utiliza o zebrafish (peixe paulistinha) para gerar os testes com uma fita diagnóstica. O projeto ficou com a terceira posição no Global Virtual Hackathon COVID19, uma competição internacional que buscava soluções inovadoras que pudessem ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus. A equipe, liderada pelo pesquisador Ives Charlie, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, desenvolveu o projeto de um teste rápido e barato que utiliza o peixe paulistinha, também conhecido como peixe-zebra (ou zebrafish). Em entrevista ao Gizmodo Brasil, os pesquisadores Ives Charlie e Ilo Rivero, da PUC-MG, que participou do desenvolvimento do app, explicou que o grupo está em fase de “validação e testes”. “Em uma primeira análise, o método desenvolvido pela equipe está evitando o falso negativo. Como ainda estamos na fase de validação, estamos levantando possíveis apoiadores para fazer com que possamos fazer os testes em larga escala, mas só poderemos estimar os recursos necessários após essa validação”, explicou. Como funciona o teste?Para identificar a presença do coronavírus em uma pessoa, os testes rápidos tentam encontrar vestígios do vírus. A equipe pegou uma proteína do novo coronavírus chamada spike, injetou em peixes paulistinha fêmeas que produziram anticorpos. Ao se reproduzirem, os peixes passam os anticorpos para os ovos, que então foram isolados. Esses anticorpos isolados foram usados para fazer uma fita diagnóstica, que reage com a saliva de um paciente – se for negativo, a fita mostra uma linha; se for positivo, duas. A espécie, que mede até 5cm de comprimento, pode ser criada facilmente, facilitando a produção do teste em larga escala. O método é o mesmo utilizado em outros testes rápidos, mas que geralmente utilizam os anticorpos obtidos em outros animais – como em ovos de galinha, por exemplo. A inovação do grupo é utilizar peixes. “As proteínas têm pesos moleculares diferentes, a gente faz uma técnica de separação por peso e carga (eletroforese) e consegue digerir e transferir para fita de nitrocelulose, um material específico para receber proteína. A gente tá estudando para não para perder a qualidade do produto, porque a armazenagem não pode ser em qualquer lugar, tem que ser na geladeira, entre outras questões. Tem que passar em todos os testes. A gente desenvolveu e validou a primeira etapa”, explicou Ives Charlie, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, ao Gizmodo Brasil. Modelo da fita diagnóstica para coronavírus. Crédito: Jornal da USP Charlie explica que a ideia da equipe era produzir testes que pudessem ser adquiridos em farmácias e que a própria pessoa poderia realizar. "A pessoa utilizaria um swab (haste flexível) para coletar saliva e colocaria na fita diagnóstica para reagir com os anticorpos de COVID-19. Para obter o resultado, ela abriria o aplicativo e leria o QR code da fita", explicou o cientista ao Jornal da USP. Em entrevista ao Gizmodo Brasil, Ilo Rivero, mestre em Ciência da Computação pela PUC-MG e professor da pós de IOT da PUC-MG, contou que o projeto tem avançado de forma positiva. “A gente provou no laboratório que é viável e estamos partindo para validar o teste corretamente. Algumas amostras produzidas foram enviadas para pesquisadores para ser checado por pares e ser questionado a respeito da efetividade do teste. O resultado que a gente teve é bem promissor”, disse. Rivero participa de uma outra etapa do projeto, que também foi desenvolvida no hackathon: o aplicativo que faz a leitura do teste e informa autoridades de saúde. A fita diagnóstica tem um QR-Code que pode ser lido para notificar as autoridades e utiliza um algoritmo de visão computacional para identificar se o teste deu uma linha (negativo) ou duas linhas (positivo). O app permite fazer o monitoramento das pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus a partir da localização, além de fazer um acompanhamento, por meio de perguntas, dos principais sinais clínicos da doença, como tosse e febre, por 14 dias. “A ideia é que ele seja cinco vezes mais barato que o teste que é feito hoje, que custa às vezes entre R$ 200 e R$ 280 e tem muito problema de falso positivo e falso negativo. Pelos resultados iniciais, conseguimos evitar essas situações, o que significa que o paciente não precisa fazer um segundo teste”, diz Rivero. O vídeo abaixo, em inglês, é da apresentação do projeto no hackathon. Hackathon e futuro do projetoComo é comum em hackathons, o desenvolvimento de todo o projeto é acelerado – Ives Charlie teve 24 horas para montar uma equipe multidisciplinar e avançar o projeto. Agora, o teste está em fase de validação e a equipe de pesquisadores trabalha para quantificar a concentração de anticorpos necessária para mapearem quantos peixes seriam necessários para produção em escala global. Apesar do otimismo do grupo, eles estão cautelosos, já que as soluções relacionadas ao coronavírus costumam causar furor e ansiedade. “Estamos indo passo a passo, não queremos soltar um produto inacabado. Ninguém está usando essa metodologia de trabalho e existem muitos fatores envolvidos: a assertividade do teste, tem que ser feito com calma. Tem o trâmite legal de aprovação da Anvisa. E existe também muita pressão das pessoas que querem teste, então temos que assegurar um produto de qualidade. Agora é focar no trabalho”, resumiu O Global Virtual Hackathon COVID-19 foi organizado pelo Ministério dos Transportes, Comunicações e Alta Tecnologia do Azerbaijão em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e reuniu 600 projetos de 45 países. A lista completa dos pesquisadores envolvidos foi reproduzida pelo Jornal da USP. The post Cientistas brasileiros criam projeto de teste barato com app para diagnosticar COVID-19 appeared first on Gizmodo Brasil. |
As imagens mais esquisitas já captadas em Marte Posted: 21 May 2020 09:24 AM PDT No século 19, o astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli pensou ter visto canais em Marte por meio do seu telescópio. Desde então, encontramos muitas coisas no Planeta Vermelho que, na verdade, não estão lá. De colheres e esquilos a fogueiras e mulheres usando vestidos, apresentamos as mais notórias aparições falsas em Marte. Queremos muito, muito, encontrar vida em Marte, tornando o planeta um gigantesco teste de Rorschach, no qual podemos projetar nossas esperanças e sonhos. Não ajuda que essas imagens tiradas por satélites e veículos espaciais, geralmente sejam granuladas, ambíguas e sem senso de escala. Quando nossos olhos cheios de desejo miram esta paisagem alienígena, nossas mentes pregam peças, fazendo-nos substituir o conhecido pelo desconhecido. Abaixo, algumas das nossas imagens favoritas de Marte que mostram itens ou objetos graças à ilusão de ótica. Rosto em Marte
Uma das ilusões mais emblemáticas ocorreu em 1976, quando a sonda Viking 1 da NASA capturou um rosto em Marte na região de Cydonia. A NASA descreveu a imagem como uma "enorme formação rochosa (…) que se assemelha a uma cabeça humana…formada por sombras que dão a ilusão de olhos, nariz e boca." Naturalmente, algumas pessoas interpretam esse aparente rosto, que mede quase 3 km, como um monumento de uma civilização marciana perdida há muito tempo. As fotos subsequentes do local revelaram que se tratava da uma mesa — basicamente uma colina de topo plano e sem notações. O rosto de Marte é agora usado como um exemplo clássico de pareidolia, um fenômeno psicológico no qual projetamos rostos e outras coisas familiares em objetos mundanos e inanimados. A colherCrédito: NASA/JPL-Caltech Ei, tem uma colher em Marte. Ou o rover Curiosity caiu em um piquenique marciano ou é uma formação rochosa de formato curioso. E estranhamente não é a primeira colher a ser vista no Planeta Vermelho. Se é uma colher de fato, no entanto, os marcianos provavelmente a usaram para comer este donut de geleia. Uma luz à distânciaCrédito: NASA/JPL-Caltech/Gizmodo Em 2016, a Curiosity tirou uma boa foto do Kimberley Waypoint na cratera Gale, mas várias pessoas notaram uma luz estranha a distância. Isso levou a teorias estranhas, como a de que uma civilização alienígena que viveria sob a superfície. Na realidade, a mancha de luz provavelmente foi causada por um raio cósmico, que criou um artefato visual na fotografia. Pessoalmente, eu gostaria de pensar que é Marvin, o Marciano, assando alguns s'mores em volta de uma fogueira. Como ele conseguiu acender uma fogueira nesse ambiente sem oxigênio é uma pergunta que deixo para vocês. Ouro em Marte
Existe ouro nas colinas marcianas! Ou pelo menos era o que parecia quando a Curiosity se deparou com essa rocha brilhante em novembro de 2018. O veículo espacial estava explorando um afloramento ao longo de um cume na Cordilheira Vera Rubin quando fez a descoberta. O objeto é provavelmente um meteorito de níquel e ferro. A sonda já viu esse tipo de coisa antes, incluindo um grande meteorito de metal em 2015 e um pequeno meteorito semelhante a este em 2016. "Mirtilos" marcianosCrédito:NASA/JPL-Caltech/Cornell/USGS Em 2004, o rover Opportunity da NASA explorou uma área no Meridiani Planum, onde a superfície estava coberta com seixos cinzentos redondos de forma incomum. Os cientistas da NASA viram "objetos redondos estranhos que chamamos de esférulas embutidas no afloramento [uma massa rochosa que passou por processo naturais ou artificiais], como se fossem mirtilos em um muffin", disse Steve Squyres, membro da Mars Exploration Team (Equipe de Exploração de Marte), na época. As esferas variavam em tamanho, indo de 100 micrômetros a 602 milímetros de diâmetro.
Cerca de 16 anos depois, os cientistas continuam em desacordo sobre os chamados "mirtilos", mas eles provavelmente não são de natureza biológica. As teorias prevalecentes incluem concreções de hematita formadas a partir de água, esferas produzidas por impactos de meteoritos (isto é, bagacina de acréscimos) e bolas formadas a partir de minerais de calcita. Ossos
Nada demais para ver aqui, exceto um osso de coxa humana. Ou uma pedra. Você decide. Um esquilo marciano camufladoCrédito: NASA/JPL-Caltech/Gizmodo Em 28 de setembro de 2012, a Curiosity fotografou um aglomerado de rochas escuras chamado Rocknest. Não demorou muito para o cientista ufológico Scott C. Waring, com seus olhos de águia, identificar um aparente esquilo na foto, dizendo que é "um roedor fofo em Marte", com sua “pálpebra superior e inferior de cor mais clara, áreas de nariz e bochecha, ouvido, perna dianteira e estômago” claramente visíveis. No entanto, é claro que o suposto esquilo é uma rocha minúscula entre muitas outras. Um pedaço de plásticoLogo após chegar ao Planeta Vermelho, a Curiosity encontrou um aparente pedaço de filme plástico na superfície, que acabou sendo… um filme plástico mesmo. Após alguns momentos que fizeram a NASA coçar a cabeça, a equipe da Curiosity concluiu que o fragmento de plástico veio do próprio veículo espacial, especificamente um pedaço de embrulho de um cabo que provavelmente se soltou durante o pouso. Em 2018, outro objeto parecido com plástico foi visto em Marte, mas acabou sendo um fino floco de rocha. A mulher de MarteCrédito:NASA/JPL-Caltech/Cornell University/Gizmodo O rover Spirit, da NASA, capturou uma vista panorâmica deslumbrante dentro da cratera Gusev em 5 de setembro de 2007, resultando na aparência assustadora de uma figura feminina usando um vestido, com o braço estendido horizontalmente. Como o esquilo em Marte, no entanto, uma visão em contexto revela que é, na verdade, uma rocha posicionada de modo a parecer com uma mulher. Dito isto, é uma ilusão bem legal — e assustadora. Uma imagem parecida foi captada em 2015 pela sonda Curiosity. Estátua de uma divindade neo-assíria
Uma foto capturada pelo rover Opportunity em 2010 na cratera Concepción tinha uma semelhança impressionante com uma escultura antiga da Mesopotâmia, especialmente um deus assistente neo-assírio dedicado a Nabu por Adad-Nirari III e Sammuramat. Ou pelo menos é o que parecia para os ufologistas. The post As imagens mais esquisitas já captadas em Marte appeared first on Gizmodo Brasil. |
Atualização do Chrome promete privacidade, mas coloca Google em posição privilegiada Posted: 21 May 2020 08:40 AM PDT Quando falamos do Google, o respeito à privacidade pessoal é geralmente a última coisa que nos vem à mente. Nesta semana, a companhia anunciou a atualização do seu navegador Chrome e disse que essa versão tem diversas novidades destinadas a reforçar a privacidade e segurança do browser. Quando li isso, confesso que fiquei cética em relação às afirmações. De certa forma, fiquei surpresa (de maneira positiva) – especialmente sobre as novidades relacionadas à segurança do navegador. Um exemplo é a “verificação de segurança” que agora vem ativada por padrão no navegador – uma funcionalidade que permite aos usuários verificar se alguma senha que eles armazenaram gerenciador de senhas do próprio Chrome foi comprometida, ou se baixaram alguma extensão que possa ser maliciosa ou mal-intencionada. Outra atualização importante se chama “Navegação Segura Aprimorada“, uma ferramenta que orienta os usuários sobre a segurança dos sites que eles estão visitando. A ideia é evitar uma potencial tentativa de phishing, por exemplo. Com o Chrome 83, a empresa também se preocupou em criptografar algumas comunicações entre o browser e os servidores que hospedam um determinado site – um passo extra que poderia impedir que atores maliciosos bisbilhotassem os sites que você possa estar navegando. Não estou desconsiderando as novas medidas de segurança do Chrome. É uma ótima notícia saber que a companhia está tentando ter uma linha mais dura para lidar com sites fraudulentos e extensões que, até agora, poderiam coletar dados pessoais e informações sensíveis dos usuários. Porém, no final das contas, a postura da empresa em relação à segurança não é grande questão. Cibersegurança é algo que todos da indústria precisam lidar e o Google é bastante ciente sobre ameaças, além de fazer bons trabalhos para a comunidade. São as práticas de privacidade da companhia que podem preocupar, algo que chegou a chamar a atenção até mesmo de Procuradores Gerais dos EUA e do Departamento de Justiça dos EUA (entre outros). E com essa atualização do Chrome, essas práticas não sofreram grandes alterações técnicas. É verdade que o Google fez alguns pequenos ajustes para facilitar a compreensão das arcanas políticas de privacidade do navegador, incluindo “linguagem e visuais simplificados”, de acordo com o post no blog oficial. Eles também remodelaram algumas de suas configurações pré-existentes específicas para sites para torná-las mais fáceis de acessar:
Pequenos ajustes à parte, houve uma grande mudança que vale a pena esmiuçar. Com a última atualização, o Google anunciou que finalmente bloquearia todos os cookies de terceiros por padrão para navegação em modo anônimo, com a opção de bloqueá-los também durante uma sessão de navegação regular. Isso acontece depois de meses de discussões sobre os planos de limitar métodos de rastreamento em nome da criação de uma web mais privada e segura, livre de anunciantes que poderiam bisbilhotar cada site que você visitar. Mas só porque esses terceiros não estão coletando dados da sua navegação, não significa que o Google também não esteja fazendo isso. Como foi apontado várias vezes, o Google continua coletando dossiês de informações a cada site que você navega e a cada pesquisa que você faz – e está usando essas informações para alimentar o seu império de tecnologias de anúncios publicitários. Estes dados coletados em nome do Google, juntamente com os do Facebook e da Amazon, não estão indo a lugar algum. Colocando de outra forma, com sua própria tecnologia de rastreamento se tornando inútil nesse novo ambiente, os anunciantes não vão parar de tentar impactar os cerca de 70% de pessoas que usam o Chrome para navegar no desktop. Em vez disso, essas empresas precisarão usar dados coletados pelo Google para conseguir mostrar os anúncios para o seu público-alvo – gastando bilhões de dólares nesse processo. Nossas vidas digitais não se tornam mais privadas ao bloquear esses cookies, e sim mais monopolizados. Tudo isso significa que o Google está em um beco sem saída. Ao interromper o suporte a cookies de terceiros, a companhia pode tentar parecer defensora da privacidade, mas acabar se colocando numa posição de comportamento anticompetitivo. Se a companhia mantiver os rastreadores, terá uma fatia menor do mercado, mas será cúmplice na vigilância pela web. Seja qual for a opção escolhida pelo Google, ainda teremos nossos comportamentos na web rastreados e a companhia vai continuar recebendo bilhões de dólares – como sempre aconteceu. The post Atualização do Chrome promete privacidade, mas coloca Google em posição privilegiada appeared first on Gizmodo Brasil. |
Pesquisadores conseguiram controlar decisões de macacos usando ondas ultrassônicas Posted: 21 May 2020 07:10 AM PDT Ondas sonoras de alta frequência destinadas a regiões cerebrais específicas podem influenciar o comportamento dos macacos, de acordo com um novo estudo. A descoberta complica nossas concepções de livre-arbítrio, mas essa pesquisa pode gerar novas ideias sobre o cérebro e novos tratamentos para distúrbios, como vícios. Uma nova pesquisa publicada nesta quarta-feira (20) na Science Advances sugere que pulsos de ondas ultrassônicas podem ser usados para controlar parcialmente a tomada de decisões em macacos-rhesus. Especificamente, os tratamentos por ultrassom demonstraram influenciar sua decisão de olhar para a esquerda ou para a direita em um alvo apresentado na tela, apesar do treinamento prévio para preferir um alvo a outro. O novo estudo, em coautoria do neurocientista Jan Kubanek, da Universidade de Utah, destaca o potencial uso dessa técnica não invasiva no tratamento de certos distúrbios em humanos, como vícios, sem a necessidade de cirurgia ou medicação. O procedimento também é completamente indolor. Os cientistas já haviam demonstrado que o ultrassom pode estimular neurônios no cérebro de ratos, incluindo aqueles bem compactados no fundo do cérebro. Ao modular a atividade neuronal em ratos, os pesquisadores podem desencadear vários movimentos musculares em seus corpos. Dito isto, outros estudos têm sido menos conclusivos sobre isso e se as ondas sonoras de alta frequência podem desencadear efeitos neuromodulatórios em animais maiores. A nova pesquisa sugere que eles podem, pelo menos em um par de macacos-rhesus. O experimentoPara o experimento deles, os pesquisadores aplicaram uma técnica experimental comumente usada por cientistas para estudar comportamentos de escolha humanos, como os efeitos de danos cerebrais causados por derrames. Dois macacos, com a cabeça imobilizada e sentados em um quarto escuro, foram ensinados a olhar para um alvo no centro de uma tela. Após alguns instantes, um segundo alvo aparecia na tela, à direita ou à esquerda do alvo inicial, e, em seguida, um terceiro alvo aparecia no lado oposto. Os macacos geralmente escolhem olhar os alvos na ordem em que aparecem, mas foram treinados para resistir a essa tendência natural com recompensas alimentares. Durante a fase experimental, os pesquisadores usaram um transdutor ultrassônico para estimular os campos oculares frontais dos macacos (FEF, na sigla em inglês), a região do cérebro responsável pela atenção visual e pelos movimentos voluntários dos olhos. Todos os procedimentos utilizados no experimento aderiram ao "Guia para o Cuidado e Uso de Animais em Laboratório e foram aprovados pelo Comitê Institucional de Cuidado e Uso de Animais da Universidade de Stanford", de acordo com o artigo.
Quando os pesquisadores estimularam os FEFs (campos oculares focais) esquerdos, os macacos selecionaram o alvo certo com mais frequência, e vice-versa. Esse efeito foi melhor que o acaso, pois os macacos tinham duas vezes mais chances de escolher o alvo apontado pela influência das rajadas ultrassônicas, apesar do treinamento prévio para não fazerem isso. É importante ressaltar que os tratamentos por ultrassom não produziram efeito quando direcionados ao córtex motor — a parte do cérebro responsável pelo movimento — o que sugere que os cientistas não estavam apenas provocando um reflexo físico e que estavam realmente influenciando a escolha perceptiva. "Pulsos breves de ultrassom de baixa intensidade influenciaram de forma forte, controlável e reversível o comportamento de escolha dos sujeitos", escreveram os autores. Wim Vanduffel, neurocientista do Hospital Geral de Massachussetts e professor assistente da Harvard Medical School, descreveu a nova pesquisa como um importante passo adiante nessa área. "A natureza não invasiva do método e o fato de que estruturas cerebrais profundas podem ser direcionadas abrem enormes possibilidades para pesquisas causais em animais e seres humanos e, possivelmente, para tratar pacientes no futuro", disse Vanduffel, que não participou do estudo, via e-mail ao Gizmodo. "Como em qualquer desenvolvimento, será necessário um considerável esforço de pesquisa e tempo até que pacientes sejam ajudados por esta ferramenta de pesquisa em rápido desenvolvimento". Além disso, os efeitos observados no estudo "são inteiramente consistentes com as propriedades conhecidas da área específica do cérebro que foi direcionada", acrescentou Vanduffel, que disse que os resultados são comparáveis a experimentos envolvendo métodos invasivos. Tudo isso parece mágico e até um pouco impressionante, mas as ondas sonoras agudas, que não são audíveis pelo ouvido humano, na verdade estão induzindo mudanças físicas no cérebro. Especificamente, esses pulsos estão causando vibração das membranas neurológicas, o que impulsiona os neurônios próximos, influenciando assim seus comportamentos associados — nesse caso, os neurônios que controlavam o impulso dos macacos de olhar para o alvo à esquerda ou o alvo à direita. Usando esta técnica, os cientistas "podem mudar a atividade dos neurônios e também a conectividade entre os neurônios estimulados e seus vizinhos, que tem o potencial de retornar os circuitos neurais defeituosos de volta ao seu estado normal", explicou Kubanek em um comunicado à imprensa. De fato, a capacidade de modular a atividade neural em circuitos cerebrais específicos pode ser útil de várias maneiras. Poderia ajudar a identificar regiões cerebrais ligadas a doenças ou sintomas específicos, por exemplo, ou medir os efeitos da neuromodulação no cérebro e como isso afeta nosso comportamento. Também abre a possibilidade de tratamentos não invasivos e não medicamentosos para dependências como álcool e compulsão alimentar, ou para o tratamento de comportamentos compulsivos. "Os distúrbios cerebrais devem ser tratados de maneira direcionada e personalizada, em vez de oferecer aos pacientes coquetéis de medicamentos", disse Kubanek. "Mas, para fazer isso, precisamos de uma ferramenta que ofereça tratamentos não invasivos, precisos e personalizados para abordar a origem do problema em cada indivíduo. Até agora, isso foi apenas um sonho. Tudo isso é ótimo, mas precisamos dar uma segurada nos ânimos. Ainda há um longo caminho pela frenteEstes resultados são muito preliminares, pois os efeitos foram observados apenas em dois macacos. Os cientistas agora precisam replicar esses resultados e ampliar o escopo para ver se outras partes do cérebro estão preparadas para a neuromodulação ultrassônica, entre outras formas de pesquisa. A eficácia a longo prazo desses tratamentos também não é clara; durante os experimentos, os pesquisadores notaram que "o estímulo repetitivo diminui os efeitos neuromodulatórios", como explicaram no estudo. Vandufeel disse que os neurocientistas ainda têm muito a aprender sobre os mecanismos neuronais específicos em jogo, e esses processos precisam ser entendidos mais completamente antes de vermos essa tecnologia usada em seres humanos. Danos não intencionais em áreas cerebrais visadas são uma possibilidade, disse ele. "Além disso, seria interessante saber quanto tecido é afetado, por exemplo, medindo as consequências funcionais locais da estimulação simultaneamente com os efeitos comportamentais", acrescentou. Ainda há muito trabalho a ser feito, mas é um resultado impressionante. A menos, é claro, que você sinta que essa pesquisa diminui seu senso de livre-arbítrio. A ciência ainda está indecisa sobre o assunto, com evidências sugerindo que certos aspectos da tomada de decisão humana são predeterminados, enquanto outros não. Meu conselho é que você não deve se preocupar com isso, pois a resposta não afeta sua vida diária. O fato é que todos vivemos com a impressão avassaladora de que temos livre-arbítrio, seja uma ilusão ou não. The post Pesquisadores conseguiram controlar decisões de macacos usando ondas ultrassônicas appeared first on Gizmodo Brasil. |
Twitter começa a testar opção para limitar quem pode responder a um tuíte Posted: 21 May 2020 05:53 AM PDT Parece que as empresas de mídias sociais estão percebendo que ninguém gosta de trolls aleatórios aparecendo nas interações, nem de discussões inesperadas em algum conteúdo ou de bots pornôs que aparecem em tuítes de cinco anos atrás. Pegando carona com a iniciativa de controle de menções e hashtags do Instagram, o Twitter acaba de começar a testar uma opção que permite escolher quem pode responder a uma publicação feita na plataforma. Por enquanto, o recurso só está disponível para uma pequena porcentagem dos usuários da rede. Aqueles que tiverem acesso à funcionalidade vão conseguir controlar quem pode responder seus tuítes, sem precisar trancar a conta. São três controles disponíveis para os replys: todos podem responder, apenas as pessoas que você segue ou apenas as pessoas que você menciona no seu tuíte. Os outros usuários ainda poderão ler, curtir e retuitar a publicação, mas a ideia é controlar quem pode interagir dentro daquela conversa.
Não está claro se os usuários poderão limitar as respostas de tuítes antigos, da mesma forma que o Facebook permite que você limite em massa quem pode ver suas publicações. Também não está claro se o novo recurso funcionará com uma sequência de tuítes. Por exemplo, eu posso marcar alguém em um tuíte original, mas quando eu adiciono um segundo tuíte, marco uma pessoa diferente. Se eu definir minhas preferências de resposta apenas para as pessoas que eu mencionar, isso se aplica a todo o fio ou apenas aos tuítes individuais? Vamos testar isso quando tivermos acesso para ver o quão granulares essas configurações podem ser. Como qualquer novo recurso nas redes sociais, ele pode ser utilizado tanto para o bem quanto para o mal. Uma figura pública de destaque que faça um tuíte completamente estúpido terá a opção de impedir respostas. Especificamente nos Estados Unidos, especialistas alegam que se o Twitter permitir que autoridades públicas utilizem esse recurso, poderia haver conflito com a Primeira Emenda da Constituição de lá. “Em geral, o investimento do Twitter em controles de usuários é uma coisa boa. Mas as autoridades públicas estariam violando a Primeira Emenda se usassem essa ferramenta para bloquear interlocutores em quaisquer contas que tenham aberto para conversas públicas em seus papéis de atores governamentais. Os funcionários públicos também não deveriam usar essa ferramenta para decidir quem pode ou não responder às contas que foram abertas para pedidos de assistência do governo, que podem estar em ascensão devido ao COVID-19”, disse Vera Eidelman, advogada da equipe do Projeto de Discurso, Privacidade e Tecnologia da ACLU (American Civil Liberties Union), uma ONG dos EUA que milita para defender e preservar direitos dos cidadãos do país. Por outro lado, a ferramenta pode ajudar a prevenir assédios de todos os tipos. Já é possível definir alguns ajustes para as mensagens diretas, permitindo que apenas as pessoas que você segue enviem DMs. Com esses novos controles de resposta, parece que o Twitter está dobrando os esforços para dificultar a vida de quem quer te perturbar. Será que isso vai impedir as pessoas de criar contas descartáveis para esse fim? É improvável. Além disso, ainda será possível citar um tuíte e dar uma resposta dessa forma – mas isso não trará a mesma visibilidade para algumas respostas. The post Twitter começa a testar opção para limitar quem pode responder a um tuíte appeared first on Gizmodo Brasil. |
Qual é a comida mais saudável? Posted: 21 May 2020 04:29 AM PDT A primeira coisa a entender é que as resoluções de ano novo são uma farsa autodestrutiva, inimiga do processo de mudança real e duradoura (como você já deve ter percebido antes ou agora que estamos em maio). A segunda coisa a perceber é que você nunca mudará. Mas você pode, talvez, comer um pouco melhor. Todos nós sabemos, basicamente, o que isso implica – força de vontade, vegetais, talvez algum tipo de suco turbinado -, mas é fácil se perder na internet, onde conselhos contra-intuitivos, contraditórios e simplesmente absurdos proliferam em todas as buscas de 'dieta saudável'. Portanto, para o Giz Pergunta dessa semana, pedimos a vários especialistas que avaliassem qual seria a coisa mais saudável que uma pessoa pode comer. Frank B. HuProfessor de Nutrição e Epidemiologia da Universidade de Harvard
"A variedade em nossa dieta é importante não apenas para obter o benefício de ingerir uma grande variedade de vitaminas e minerais essenciais, mas também para impedir que alguém coma demais (ou muito pouco) de um nutriente específico. Também mantém nossas refeições interessantes e saborosas".Eric B. RimmProfessor de Nutrição e Epidemiologia da Universidade de Harvard.
"Os alimentos não são como um medicamento que possui alvo molecular bem estabelecido com benefício direto no tratamento. Os alimentos são incríveis porque representam centenas de compostos com milhares de efeitos biológicos".Christopher D. GardnerProfessor de Medicina, Stanford Prevention Research Center, cuja pesquisa se concentra em investigar os potenciais benefícios à saúde de vários componentes da dieta ou padrões alimentares
"Meu objetivo aspiracional é que as pessoas… encontrem os alimentos ou pratos que estão na intersecção da saúde humana, muito bom gosto (delícia sem remorso), saúde ambiental e justiça social".Marion NestléProfessora de Nutrição, Estudo Alimentar e da saúde Pública e autor de Food Politics, entre outros livros
Daphne MillerProfessora clínico da Universidade da Califórnia em São Francisco, cientista pesquisadora da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Berkeley e fundadora da Health da Soil Up Initiative, que estuda as conexões entre saúde, cultura e agricultura
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