sexta-feira, 29 de maio de 2020

Gizmodo Brasil

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Este pendrive falso diz que protege as pessoas dos perigos inexistentes do 5G

Posted: 28 May 2020 03:04 PM PDT

Pessoa sentada envolta de uma bolha protetora

Muita besteira tem circulado a respeito do 5G nos últimos tempos – há, inclusive, pessoas que fazem uma ligação entre a tecnologia e o novo coronavírus. Para ser muito clara: não há nenhuma evidência de que o 5G esteja ligado à origem ou propagação da COVID-19. Mas isso não impediu dezenas de ataques às torres de celulares, a proliferação de teorias de conspiração e, é claro, golpistas vendendo produtos falsos anti-5G.

O USB 5G BioShield é um desses produtos idiotas. Em seu site, há afirmações de que ele cria um “catalisador vestível holográfico de nano-camadas” que pode ser utilizado para “o equilíbrio e harmonização dos efeitos prejudiciais da radiação elétrica desequilibrada”.

Basicamente, o dispositivo supostamente criaria uma bolha holográfica que de alguma forma protegeria você das assustadoras ondas de 5G em um alcance que varia de 8 a 40 metros.

O produto é, na verdade, um simples pendrive USB de 128MB, com palavras de ficção científica vagamente escritas para o marketing. A Pen Test Partners, uma empresa de cibersegurança sediada no Reino Unido, publicou um post feito depois de desmontar o dispositivo – como você poderia imaginar, o suposto transmissor “catalisador vestível holográfico de nano-camadas” do pendrive não era nada mais do que um adesivo. Nenhum outro componente eletrônico foi encontrado.

Uma das coisas mais malucas desse pendrive – além de custar £300, ou aproximadamente R$ 1.900 – é que ele foi recomendado pelo Comitê Consultivo de 5G da Prefeitura de Glastonbury, que pediu um inquérito sobre a tecnologia 5G, de acordo com a BBC. Você pode encontrar a recomendação e um link para esse dispositivo falso na página 30 do relatório final do comitê.

O relatório também está cheio de afirmações falaciosas sobre o 5G, afirmando que aves podem “cair mortas quando o 5G está ligado” e que as pessoas podem sangrar pelo nariz ou ter mais propensão a cometer suicídio. O pessoal do Snopes desmascarou a questão das mortes de aves supostamente relacionados com o 5G, além de os receios relação a radiação também serem infundados.

A BBC descobriu que os fundadores do BioShield Distribution estavam envolvidos em um negócio duvidoso chamado Immortalis, que vendia um suplemento dietético com um “procedimento proprietário que leva à dilatação relativista do tempo e ao entrelaçamento quântico biológico ao nível do DNA.”

Pois é.

Mas o pendrive anti-5G não é o único produto falso que existe por aí. Na Amazon americana, é possível encontrar até cuecas anti-5G. Digitar o termo “proteção 5G” na barra de busca da Amazon traz 9.000 resultados com produtos como pílulas, adesivos, caixas telefônicas, chapéus e pulseiras de cristal.

Ao consultar o “escudo 5G”, são aproximadamente 1.000 resultados, incluindo uma cinta para gestantes que supostamente protegeria um feto dos “perigos” do 5G. É surpreendente que a Amazon não tenha retirado esses produtos? Não. Mas nem preciso dizer que eles deveriam.

À luz dos charlatões que capitalizam sobre as mentiras sobre o coronavírus e o 5G, é preciso repetir que as frequências de 5G não apresentam um risco maior do que outros tipos de radiação eletromagnética. Esses produtos falsos anti-5G são, na melhor das hipóteses, placebos caros.

De acordo com o New York Times, a pele do seu corpo é uma barreira muito boa contra ondas de rádio de alta frequência, incluindo 5G. Então, não, ninguém está pegando COVID-19 das torres 5G.

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Samsung Care+ é o seguro oficial da empresa para toda sua linha de smartphones

Posted: 28 May 2020 01:18 PM PDT

Galaxy S20

Cada vez mais as fabricantes têm diversificado suas fontes de receitas além da venda de telefones. Nesta quinta-feira (28), a Samsung anunciou um programa de seguro em parceria com a Assurant para smartphones que compreende toda a linha da companhia. Os valores variam de R$ 119 a R$ 1.199, conforme o aparelho e o tipo de seguro.

São quatro tipos de seguro:

  • Garantia estendida – que estende por um ano a mais a garantia de fábrica.
  • Dano Acidental – reparo em caso de dano acidental, como oxidação e queda de líquido.
  • Roubo e Furto Qualificado – seguro contra furto mediante arrombamento.
  • Combo Dano Acidental + Furto Qualificado – inclui a cobertura por dano acidental e furto qualificado.

Perguntamos para a Samsung em qual categoria o acidente "tela quebrada" se encaixaria, e eles disseram que "é coberto pelo plano Dano Acidental, caso esteja de acordo com os termos e condições do produto".

Se você tem curiosidade para saber a cobertura, dê uma busca por "O QUE NÃO ESTÁ COBERTO" no documento que detalha as condições do seguro. Lá você verá, por exemplo, que se seu aparelho recebeu peças de terceiros, o seguro não serve para você. Ah, e furto simples, que é quando alguém pega seu aparelho e você nem nota, também não está entre os itens cobertos pela empresa.

Toda a linha de produtos conta com algum plano de seguro. Elas são divididas em quatro categorias:

  • Galaxy Z Flip, linha Galaxy S e Galaxy Note;
  • Galaxy A80, A71, A70, A9, A8 e A8+;
  • Galaxy A51, A50, A31, A30, A30s e A6+;
  • Galaxy A20s, A20, A10s, A10, A01, A5, A7 e demais modelos da linha Galaxy M e J.

Clientes que queiram contratar o Samsung Care+ poderão fazer pelo site da empresa até 30 dias após a compra. O único detalhe é que a pessoa deverá ter a nota fiscal e o IMEI do aparelho para poder dar início no processo (para saber o IMEI basta digitar #09# no aparelho). Quem não atender a condição deverá procurar uma das 300 lojas físicas da Samsung pelo Brasil.

De acordo com a Samsung, os valores podem ser divididos em 12 vezes para quem contratar pelo site, e até 10 vezes para quem contratar o seguro em uma loja física da empresa sul-coreana.

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Hacker de Uberlândia é descoberto após invadir 5 mil sites ao redor do mundo

Posted: 28 May 2020 12:18 PM PDT

Ilustração de pessoa mexendo em um computador

Um hacker brasileiro anunciou no Twitter: depois que chegasse a marca de 5.000 invasões de sites, pretendia interromper a prática. Ele quase conseguiu, chegando a 4.820 páginas hackeadas em 40 países. Nesse processo, os pesquisadores da empresa de cibersegurança Check Point conseguiram identificá-lo.

Ativo desde 2013, o hacker se identificava como “VandaTheGod” e costuma incluir mensagens de ativismo em suas invasões – centrado, principalmente, em temas de injustiças sociais e sentimentos antigovernamentais, segundo a CheckPoint.

Apesar desse verniz, o hacker também vendia algumas informações que conseguia coletar: ele alegou ter acesso aos registros médicos de 1 milhão de pacientes da Nova Zelândia e cobrava US$ 200 por cada um deles. A empresa de cibersegurança diz que ele também coletou dados de cartões de créditos e credenciais pessoais.

Os pesquisadores da Check Point vincularam 4.820 sites invadidos desde 2013 ao hacker. Em uma janela de invasões que foi monitorada mais de perto pela companhia, entre maio de 2019 e maio de 2020, a maioria dos sites atingindo foram dos Estados Unidos – incluindo o site oficial do estado de Rhode Island e da cidade da Filadélfia.

VandaTheGod costuma divulgar seus feitos no Twitter, com alguns pseudônimos. Foi justamente essa publicidade que ajudou os pesquisadores a identificar sua identidade: os pesquisadores da Check Point perceberam a atividade do hacker e depois seguiram as pistas para identificar e revelar sua identidade.

Os pesquisadores da Check Point usaram as contas do “VandaTheGod” no Twitter e no Facebook para coletar informações. Eles chegaram a uma pessoa que vive em Uberlândia, Minas Gerais, e alertaram as autoridades competentes.

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Uber cria centro de higienização em São Paulo para limpar carros de motoristas e mochilas de entregadores

Posted: 28 May 2020 10:29 AM PDT

Pessoa segurando celular com app do Uber aberto

A Uber anunciou mais uma iniciativa para ajudar motoristas e entregadores que trabalham para a empresa a se proteger do novo coronavírus. A companhia criou um centro de higienização em São Paulo para desinfetar carros e mochilas. Além disso, o local distribui kits de proteção e higiene e instala proteções de acrílico no interior dos veículos.

O centro de higienização fica próximo à Avenida Paulista, em São Paulo. Para evitar filas e aglomerações, ele só atende com hora marcada — é possível agendar o serviço neste link.

O processo de desinfecção é feito com o uso de uma névoa de quaternário de amônia e peróxido de hidrogênio, chamada Peroxy 4D. Segundo a empresa, o processo leva dez minutos em carros e menos de três minutos em mochilas.

Placa que carros higienizados da Uber receberão. Crédito: Uber
Placa que carros higienizados da Uber receberão. Crédito: Uber

Além do serviço, a Uber também vai distribuir kits com máscara, luvas e desinfetante à base de amônia para conservar a limpeza do veículo. “A utilização de um método de desinfecção como esse promove uma proteção prolongada, especialmente em bancos e teto, devendo ocorrer reaplicações nos assentos após cada viagem, prolongando o efeito protetor”, diz Jean Gorinchteyn, médico infectologista do Instituto Emílio Ribas e do Hospital Israelita Albert Einstein, em comunicado da Uber.

A Uber já vinha oferecendo reembolso do valor gasto por motoristas na compra de materiais de proteção. “Mas tempos excepcionais exigem medidas extraordinárias, e percebemos que era preciso ir além do que já vínhamos oferecendo”, diz Claudia Woods, diretora-geral da companhia no Brasil.

No centro de higienização, motoristas também poderão comprar e instalar no interior do veículo uma proteção de PET para separar o banco de trás dos bancos da frente e diminuir o contato com os passageiros.

A Uber não é a primeira empresa a oferecer este tipo de serviço a seus motoristas. A 99 também criou centros de desinfecção de veículos, que usa o mesmo tipo de produto na limpeza, no aeroporto de Guarulhos, no shopping Metrô Santa Cruz e no Aeroporto de Congonhas, este último para taxistas. Em comunicado, a 99 disse que já desinfectou 70 mil carros em 18 cidades brasileiras.

Esta é mais uma iniciativa da Uber para tentar diminuir a disseminação do novo coronavírus. A empresa já exige que motoristas tirem uma selfie usando máscara para começar a aceitar viagens. O uso do item de proteção também é obrigatório para passageiros.

Centro de higienização da Uber em São Paulo

Rua Luis Coelho, 371 — Consolação — São Paulo/SP
Funcionamento a partir de 2 de junho, das 8h às 18h
Atendimento somente com hora marcada — agende pelo link

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Nova câmera da Sony tem recursos de vídeo para quem quer se tornar um youtuber

Posted: 28 May 2020 08:57 AM PDT

Câmeras DSLR e mirrorless se tornaram ferramentas populares para os youtubers que querem vídeos mais profissionais. Quem não tem muita experiência com elas, no entanto, pode acabar se complicando com tantas funções e recursos. A nova ZV-1 da Sony quer achatar a curva de aprendizado. Ela tem recursos simplificados e intuitivos, que prometem facilitar a vida de quem quer virar uma estrela do YouTube.

A ZV-1 foi construída com base na linha compacta RX100 da empresa, que, por sua vez, foi atualizada com recursos aprimorados de gravação de vídeo no ano passado. A nova câmera inclui o sensor de imagem CMOS de 20,1 megapixels da RX100 VII e uma lente de zoom 24-70mm f/1.8-2.8, que não pode ser substituída.

O corpo do RX100 também foi modificado para incluir uma pegador maior de um lado, uma tela de três polegadas que também pode ser virada para o lado, facilitando quem quer ver sua própria imagem. A câmera também tem um LED que mostra quando o equipamento está gravando e um botão de gravação maior na parte superior da câmera para facilitar o acesso.

O equipamento também conta com estabilização óptica e eletrônica de imagem e um corpo mais leve, o que deve dissipar melhor o calor. Mesmo ao gravar vídeo em 4K, o único limite da câmera é o tamanho do seu cartão SD.

Não há visor nem flash pop-up na Sony ZV-1; eles foram substituídos por um microfone estéreo direcional de três cápsulas com redução de ruído, o que deve ser mais útil para os videomakers. Também há protetor contra o vento opcional. Microfones externos podem ser conectados através de uma entrada de 3,5 milímetros.

O que parece não estar incluído é a opção de conectar microfones sem fio via Bluetooth, que estão se tornando cada vez mais populares como uma maneira mais barata e fácil de gravar alguém em um ambiente barulhento, como caminhar por um centro de convenções lotado.

No entanto, o maior apelo da nova Sony ZV-1 para amadores são suas habilidades de captura automática. Um botão personalizável vem pré-programado como atalho para bokeh: uma maneira fácil de desfocar o fundo, abrindo a abertura da lente e compensando automaticamente a exposição, além de ajustar outras configurações, como ISO, ou ativar um filtro de densidade neutra por software.

O foco automático em tempo real, algo que a Sony vem fazendo muito bem há algum tempo, usa o rastreamento ocular para garantir não apenas as pessoas na câmera sempre focadas, mas também tenham uma iluminação adequada.

Um algoritmo de exposição com prioridade ao rosto garante que, ao passar de áreas claras para escuras, como entrar em um prédio, o rosto do sujeito não desapareça nas sombras ou fique estourado quando a iluminação é muito intensa.

A ZV-1 tem apelo até os influenciadores que passam seu tempo no YouTube fazendo análises de unboxing ou de produtos. Esse pessoal geralmente tem problemas com o foco automático das câmeras, que é programado para priorizar rostos. A câmera da Sony tem um botão que ativa a "Configuração da Exibição de Produto", que muda a prioridade do foco para o objeto que está diante da lente, mesmo se um rosto ainda estiver visível no fundo. Quando o botão é solto, a câmera muda rapidamente o foco de volta para a pessoa.

A câmera está prevista para chegar às lojas em meados de junho, com um preço de US$ 800, que é US$ 400 mais barato que o Sony RX100 VII. Por um valor extra de US$ 150, o Sony ZV-1 também pode ser atualizado com cartão de memória de 64 GB e um pegador/mini-tripé que se conecta à câmera via Bluetooth e inclui um conjunto extra de controles de disparo.

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Executiva da Huawei está mais perto de ser extraditada para os EUA

Posted: 28 May 2020 07:29 AM PDT

Meng Wanzhou na Suprema Corte da Columbia Britânica, em 27 de maio de 2020.

A diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, tem muito mais chances de ser presa nos EUA após sua estratégia legal para evitar a extradição no Canadá sofrer um duro golpe.

Meng enfrenta múltiplas acusações nos EUA, onde procuradores a consideram como a mentora de uma trama complicada para escapar das sanções impostas ao Irã, fraudando instituições financeiras nesse processo.

No entanto, as autoridades americanas precisam de sua extradição do Canadá, onde foi detida em 2018 e mantida em prisão domiciliar. A defesa de Meng alegava que a tentativa de extradição não cumpria os padrões legais canadenses de “dupla criminalização” – que exige que procuradores demonstrem que as supostas ações seriam um crime tanto nos EUA quanto no Canadá.

A estratégia sofreu um golpe nesta quarta-feira (27), graças a uma decisão da juíza Heather Holmes, presidente da Suprema Corte da Colúmbia Britânica, conforme mostra uma reportagem da CNN. Os advogados de Meng haviam argumentado que os promotores não haviam cumprido o padrão de dupla criminalização, pois as sanções são da lei americana, não canadense. Porém, Holmes descobriu que a suposta fraude bancária constituiria de fato um crime no Canadá.

A defesa de Meng “daria à fraude um âmbito artificialmente restrito no contexto da extradição”, escreveu Holmes na sentença, segundo a CNN.

Além das acusações de fraude bancária relacionadas aos supostos esforços de Meng para enganar as instituições financeiras sobre o relacionamento de Huawei com empresas subsidiárias que faziam negócios com o Irã, a denúncia a acusa de roubo e obstrução ao comércio, destruindo provas relacionadas ao caso.

A Huawei, maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo, enfrenta alegações de que poderia estar espionando em favor dos serviços de segurança chineses, roubando segredos comerciais e ignorando sanções comerciais dos EUA.

Detalhes sobre supostos backdoors incorporados aos equipamentos de telecomunicações da Huawei não foram divulgados publicamente e há suspeitas de que a cruzada dos EUA contra a empresa é parcialmente motivada pelo desejo da administração Trump de mantê-la refém durante a guerra comercial em curso entre os EUA e a China.

A empresa está enfrentando uma série crescente de sanções, incluindo a colocação em listas restritivas do Departamento de Comércio. Meng é a filha do fundador e CEO da empresa, Ren Zhengfei.

A imprensa estatal chinesa Global Times advertiu que uma decisão contra Meng na quarta-feira, que “satisfizesse a administração Trump” resultaria em “ressentimento”. O ex-embaixador canadense na China, Guy Saint-Jacques, disse ao New York Times que era provável que as relações entre o Canadá e a China piorassem, com “ambos os lados endurecendo suas posições num momento em que os países já estão questionando o papel da China na pandemia.”

O Departamento de Justiça canadense disse em declaração à CNN que outra audiência “determinará se a conduta alegada fornece ou não prova suficiente da ofensa à fraude para atender ao teste de compromisso sob a Lei de Extradição.”

“Um juiz independente determinará se esse teste será cumprido”, acrescentou a agência. “Isto diz respeito à independência do processo de extradição do Canadá.”

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Hospital da Nova Zelândia dá alta a último paciente internado com COVID-19

Posted: 28 May 2020 06:19 AM PDT

Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia.

A Nova Zelândia continua a ser um dos poucos países com histórias bem-sucedidas em relação à pandemia de COVID-19. Nesta quarta-feira (27), autoridades de saúde do país anunciaram que o último paciente hospitalizado com o novo coronavírus teve alta. Essa boa notícia é mais uma prova que a estratégia agressiva de isolamento para tentar eliminar a doença dentro de suas fronteiras foi bastante efetiva.

Segundo o Ministério da Saúde da Nova Zelândia, o paciente recebeu alta de um hospital local em Auckland na quarta-feira. O país agora tem apenas 21 casos ativos de COVID-19, mas nenhum hospitalizado. Além disso, não há registros de novos casos nos últimos cinco dias. Durante toda a pandemia, o país relatou cerca de 1.500 casos, além de 21 mortes.

Embora a Nova Zelândia possa ter tido vantagens naturais para conter o coronavírus – principalmente por ser uma pequena nação insular com menos de 5 milhões de habitantes – o histórico do país até agora tem sido impressionante, mesmo quando comparado a países de tamanho semelhante (a Dinamarca, com 5 milhões de residentes, relatou mais de 11 mil casos e 500 mortes, por exemplo).

É provável que o sucesso da Nova Zelândia esteja ligado a decisões no início da pandemia. No final de março, quando o país tinha menos de 1.000 casos confirmados de COVID-19, os líderes anunciaram que o país iria realizar um dos lockdowns mais rigorosos do mundo, num esforço para deter toda a transmissão local do vírus.

Foi dito aos residentes que evitassem sair de casa, a menos que fosse absolutamente necessário. As viagens foram severamente restringidas e a maioria das empresas também foram fechadas. Ao mesmo tempo, o país intensificou seus testes e vigilância para encontrar o casos, com o objetivo de tentar isolar e conter qualquer surto de doença.

Muitos outros países, incluindo os Estados Unidos e Brasil, optaram por uma estratégia de conter a doença, tentando achatar a curva de novos casos diários. No entanto, a falta de testes para detectar os casos no início, o bloqueio implantado de forma inconsistente e questões relacionadas à desigualdade social fizeram com que os surtos se espalhassem ainda mais. Atualmente, os dois países lideram o número de casos de COVID-19.

Enquanto a maioria dos países estão começando a suspender os lockdowns, a falta de casos na Nova Zelândia permitiu que se abrissem com menos restrições.

Como disse a primeira-ministra Jacinda Ardern, porém, a pandemia está longe de ter acabado. Novos casos ainda se infiltraram ocasionalmente no país vindos de de outros lugares, o que pode se tornar mais comum à medida que o país começa a se preparar para suspender as restrições de viagem.

Isso significa que a Nova Zelândia terá que continuar monitorando as pessoas que entram no país e suas comunidades em geral num futuro próximo (atualmente, a maioria dos viajantes deve ficar isolado por pelo menos 14 dias). Os efeitos econômicos da pandemia também levarão tempo para se recuperar. Porém, a Nova Zelândia está em boa forma para resistir à pandemia a partir de agora.

“Não há uma transmissão comunitária generalizada e não detectada na Nova Zelândia. Nós ganhamos essa batalha”, disse Ardern no final de abril. “Mas devemos permanecer vigilantes se quisermos mantê-la assim.”

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General Electric simplesmente saiu do ramo de lâmpadas

Posted: 28 May 2020 05:32 AM PDT

Lâmpadas da General Electric. Crédito: Justin Sullivan/Getty Images

A GE (General Electric) simplesmente saiu do ramo de lâmpadas, conforme um anúncio da companhia nesta quarta-feira (27).

A empresa diz que a unidade de lâmpada que existe há 129 anos — foi formada em 1892 da General Electric Company, de Thomas Edison com outras duas companhias — será vendida para a fabricante de itens de casa inteligente Savant System em um acordo com termos não divulgados.

A divisão de iluminação está em busca de comprador desde 2017, e em 2018, ela se tornou a menor divisão da companhia, representando menos de 2% da receita da GE, de US$ 122 bilhões. Baixos preços de lâmpadas, além da rápida ascensão de tecnologias mais eficientes de iluminação comparado com os modelos incandescentes, transformaram a unidade da GE em uma perdedora de dinheiro.

Em particular, os consumidores mudaram para LEDs (diodos emissores de luz), que podem permanecer operacionais por décadas — uma tendência que dificilmente se reverterá, apesar dos esforços de Trump de reverter os padrões de energia das lâmpadas nos EUA. Como observou a CNN, há um efeito bumerangue aqui, pois a GE foi a empresa que inventou a iluminação LED em 1962,

A GE tem lutado para pagar dezenas de bilhões de dólares em dívidas que adquiriu ao longo de décadas e começou a se livrar de unidades com dificuldades e alguns ativos. A empresa finalizou a venda de sua participação remanescente na rede NBC Universal em 2013 e deixou de lado sua atuação no ramo de eletrodomésticos em 2016.

Outras tentativas recentes de redução de tamanho incluíram o fim da participação de US$ 4 bilhões na indústria de petróleo e seus negócios de iluminação comercial em 2018. Além disso, no ano passado, deixou de lado sua participação na divisão ferroviária de 100 anos e a venda de sua unidade BioPharma.

Isso tudo deixou a iluminação como essencialmente a única fatia da GE que restava no mercado voltado ao consumidor final ou com alguma conexão direta com o produto inventado por Thomas Edison.

A GE agora é uma empresa industrial centrada em suas unidades de aviação, saúde, energia e energia renovável. Mas o setor de aviação sofreu cortes devastadores durante a pandemia de coronavírus, incluindo milhares de demissões, segundo o Wall Street Journal. A GE também é uma grande empresa com contratos na área de defesa, que obteve dezenas de bilhões de dólares em receita do complexo militar desde 2003

As lâmpadas de marca GE continuarão a ser feitas sob um contrato de licenciamento com a Savant, no entanto, as empresas disseram à CNN que a fábrica GE Lightning em Clevland, nos EUA, não fechará ou reduzirá sua força de trabalho.

Robert Madonna, fundador e CEO da Savant, disse ao Wall Street Journal que "a iluminação é extremamente importante numa casa inteligente. E você pode fazer isso a um preço acessível para o consumidor".

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Objeto encontrado na órbita de Júpiter era só um cometa disfarçado

Posted: 28 May 2020 04:20 AM PDT

Os astrônomos estavam agitados na semana passada após a descoberta de um asteroide ativo na órbita de Júpiter. Eles pensavam que podia se tratar de um novo tipo de objeto celeste. Investigações posteriores revelaram que é um cometa comum em uma órbita enganosa.

Na semana passada, o objeto 2019 LD2 foi identificado inicialmente como o primeiro asteroide troiano ativo conhecido por causa de sua cauda semelhante a um cometa.

O objeto foi identificado como tal por astrônomos do Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (ATLAS, ou algo como “sistema de último alerta de impacto terrestre por asteroide”, em tradução livre) da Universidade do Havaí e por uma equipe colaborativa da Universidade de Queen’s Belfast.

A Universidade do Havaí emitiu um aviso de correção na terça-feira (26), observando que o objeto foi reclassificado como um verdadeiro cometa, mas “com uma órbita caoticamente mutável que atualmente se assemelha à de um asteroide troiano”.

Os asteroides troianos estão localizados no mesmo caminho orbital de Júpiter, com um grande grupo na frente e outro atrás do gigante gasoso. Eles são asteroides inertes e mortos, sem mostrar sinais de atividade superficial. Por isso, a aparente descoberta de um ativo seria tão importante. Asteroides ativos, embora raros, são semelhantes aos cometas, pois liberam materiais superficiais voláteis, como gás e poeira.

A hipótese de o 2019 LD2 ser um cometa e não um asteroide troiano ativo foi sugerida pelos astrônomos amadores Sam Deen e Tony Dunn no final da semana passada na Lista de Correspondência do Minor Planet, de acordo com o comunicado de imprensa da Universidade do Havaí. A natureza cometária do objeto foi confirmada pelos astrônomos do ATLAS e pelo japonês Shuichi Nanako.

O objeto foi renomeado como cometa P/2019 LD2 (ATLAS), de acordo com o Minor Planet Center da União Astronômica Internacional.

Ele é um cometa da família Júpiter, e não é membro da comunidade troiana, mas ainda está sob a influência gravitacional do gigante gasoso. Os cometas da família Júpiter têm órbitas estendidas que os levam até o sistema solar externo e depois os trazem de volta novamente para perto de Júpiter. Eles são considerados cometas de curto período, com períodos orbitais inferiores a 20 anos.

A órbita do P/2019 LD2 o aproxima de Júpiter numa frequência de algumas dezenas de anos, mas cada vez que passa pelo gigante gasoso, seu caminho orbital passa por um grande reajuste. Por isso falam em “mudança caótica da órbita”. Atualmente, o objeto está em uma posição orbital que se aproxima das órbitas dos asteroides troianos. Daqui a algumas décadas, o caminho orbital do P/2019 LD2 mudará novamente. É quase certeza que ele não vai mais ser confundido com um troiano.

Tudo isso é um pouco decepcionante, é claro, mas é assim que a ciência funciona. O episódio confirma a natureza dos troianos de Júpiter como objetos inertes e chatos. Porém, aprenderemos mais sobre eles daqui a alguns anos. A NASA planeja enviar uma espaçonave chamada Lucy para explorá-los entre 2027 e 2033.

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