quinta-feira, 7 de maio de 2020

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Facebook anuncia brasileiro entre primeiros membros de conselho independente

Posted: 06 May 2020 03:19 PM PDT

Logotipo do Facebook com a silhueta de um homem

Em 2018, quando enfrentava uma grande crise depois do escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook anunciou planos de criar um conselho de supervisão que fosse independente da empresa. Nesta quarta (6), a companhia revelou os 20 primeiros escolhidos para fazer parte do novo órgão. Entre eles, está o brasileiro Ronaldo Lemos.

A principal atribuição do conselho de supervisão do Facebook é decidir que tipos de conteúdos são permitidos ou proibidos na rede social e também no Instagram. É também uma forma de tirar da empresa a responsabilidade de julgar o que pode e o que não pode ser feito em suas propriedades, evitando, assim, críticas sobre a arbitrariedade no processo.

É uma lógica parecida com a de fazer parcerias com agências de checagem de fatos independentes para o próprio Facebook não ter que decidir o que é verídico e o que é falso em suas redes sociais.

Diz o texto do Facebook sobre os primeiros conselheiros:

Com o nosso tamanho, há uma grande responsabilidade e, embora sempre tenhamos consultado especialistas sobre a melhor forma de manter nossas plataformas seguras, até agora, tomamos as decisões finais sobre o que deve ser permitido em nossas plataformas e o que deve ser removido. E essas decisões geralmente não são fáceis de tomar — a maioria dos julgamentos não tem resultados óbvios ou incontroversos, e muitos deles têm implicações significativas para a liberdade de expressão. Por isso, criamos e capacitamos um novo grupo para exercer um julgamento independente sobre algumas das decisões de conteúdo mais difíceis e significativas.

Como lembra o Recode, além do escândalo da Cambridge Analytica, o Facebook se envolveu em outras polêmicas envolvendo desinformação e teorias da conspiração. A decisão de permitir mentiras em anúncios políticos, por exemplo, foi alvo de muitas críticas.

Como disse no anúncio da criação do conselho, lá em 2018, os participantes seriam “especialistas com experiência em conteúdo, privacidade, liberdade de expressão, direitos humanos, jornalismo, direitos civis, segurança e outras disciplinas relevantes”. Ex-funcionários da empresa não podem fazer parte do órgão.

O Facebook participará da seleção desse primeiro grupo de conselheiros, mas não poderá demiti-los a não ser por quebra no contrato ou infrações legais. Os membros futuros serão escolhidos pelo próprio conselho.

A seleção também prezou por montar um painel diverso, com membros de diferentes regiões do mundo. Dos 20 primeiros membros:

  • 25% são dos EUA e Canadá;
  • 20%, da Europa;
  • 10%, do Oriente Médio e Norte da África;
  • 10%, da América Latina;
  • 10%, da África Subsaariana;
  • 10%, da Ásia Central e Meridional;
  • 15%, da Ásia-Pacífico e Oceania.

Entre os 20 membros, um é brasileiro. É Ronaldo Lemos, professor de Direito da Informática da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e co-fundador do Instituto Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio). Ele é advogado e especialista em mídia, tecnologia e propriedade intelectual e participou das discussões sobre o Marco Civil da Internet no Brasil.

Talvez você se lembre de Lemos no Fantástico e no Esquenta!, da TV Globo. Ele também assina uma coluna semanal na Folha de S.Paulo.

O processo de seleção de membros continuará, e até 40 conselheiros farão parte do grupo. Ainda é possível fazer recomendações por um site exclusivo para isso.

The post Facebook anuncia brasileiro entre primeiros membros de conselho independente appeared first on Gizmodo Brasil.

Google vai dar mais detalhes sobre Android 11 em 3 de junho

Posted: 06 May 2020 01:21 PM PDT

Capa promocional do evento do Android 11

A pandemia do novo coronavírus fez com que o Google cancelasse sua conferência anual de desenvolvedores, mas mesmo assim a companhia tem um grande evento de Android planejado para este trimestre.

Em um novo vídeo no canal oficial do Android Developers no YouTube, o Google postou um teaser para seu Android 11 Beta Launch Show programado para acontecer online no dia 3 de junho.

Depois de uma série de prévias do Android 11 exclusivas para desenvolvedores, o próximo evento do Google pretende celebrar o lançamento da versão beta pública da nova versão do seu sistema, sinalizando que estamos nos aproximando de um lançamento oficial do Android 11, provavelmente no final deste ano.

As duas versões anteriores do Android (Android 9 Pie e Android 10) tiveram lançamentos oficiais em agosto. Os transtornos causados pelo COVID-19 poderia atrasar um pouco essa data, mas parece que a companhia está nos trilhos para repetir a programação dos anos passados.

Baseado no vídeo do Google, parece que o famoso ator do Star Trek, George Takei, pode estar envolvido na organização do evento. A companhia prometeu novidades relacionadas a novos recursos, segurança, conectividade, segurança e um “monte de outras coisas que ainda não estamos prontos para contar”.

A partir do que vimos das prévias atuais do Android 11, alguns dos recursos que devem chegar são a gravação de tela nativa, um histórico de notificações que mostraria alertas descartados, maior sensibilidade ao toque e até mesmo a capacidade de habilitar o modo avião sem desligar o Bluetooth (algo que muitas pessoas pedem há bastante tempo).

Para vermos todas as novidades, teremos que esperar até 3 de junho.

Seguindo o que vimos no atual Android 11 Preview Builds, alguns dos novos recursos que chegam ao Android 11 incluem gravação de tela nativa, um novo log de histórico de notificações que mostra alertas previamente descartados, maior sensibilidade ao toque e até mesmo a capacidade de habilitar o modo avião sem desligar o Bluetooth (algo que muitas pessoas pedem há bastante tempo). Mas, para a descrição completa das novas funcionalidades, teremos que esperar até 3 de junho.

Em um rumor relacionado ao Android que poderia ser um tópico importante durante o evento, o pessoal do 9to5Google afirma que o Google está planejando rebatizar o Android TV como Google TV. A ideia seria ampliar o apelo da plataforma para aqueles menos familiarizados com o ecossistema Android.

É uma decisão bastante lógica, e ecoa a estratégia que o Google tem usado em outros produtos como o Android Messages (que agora é apenas Messages), Android Pay (que se tornou o Google Pay), e o Android Market (que se tornou a Google Play Store).

E, de certa forma, o rebranding do Android TV como a Google TV é um retorno às origens, pois esse era o nome da plataforma original de 2010, quando o Google fez uma parceria com empresas como Sony e Logitech.

De qualquer forma, com o Google I/O cancelado para 2020, é bom ter pelo menos algo no calendário reservado para o Android 11, e com o evento a menos de um mês de distância, não vai demorar muito até termos novidades.

The post Google vai dar mais detalhes sobre Android 11 em 3 de junho appeared first on Gizmodo Brasil.

Microsoft anuncia Surface Go 2, Surface Book 3 e novos fones de ouvido

Posted: 06 May 2020 12:19 PM PDT

Há dois anos, a Microsoft fez um de seus melhores laptops e meu computador barato favorito, o Surface Go. Ele é um tablet com Windows 10 que custa US$ 400 (não chegou oficialmente ao mercado brasileiro). Não era o computador mais rápido em sua faixa de preço e tem uma tela muito menor que a da concorrência, mas também parecia o tipo de dispositivo perfeito para qualquer pessoa com orçamento limitado. Ele também era o 2-em-1 que a Apple tentou fazer diversas vezes com o iPad.

Agora, a Microsoft lançou o Surface Go 2, além de um Surface Book 3 atualizado e novos fones de ouvido. Se os novos componentes realmente melhoraram sua velocidade, esse poderá ser o melhor computador econômico.

O problema é que, quando dizemos que barato, normalmente queremos dizer dispositivos que custam US$ 500 ou menos. Embora o Go 2 saia por a partir de US$ 400, você ainda terá que gastar outros US$ 130 em uma capa de teclado. Portanto, seu preço é, na verdade, US$ 530, se você estiver procurando por um laptop econômico. Os mesmos problemas são os mesmos do antecessor: ele ainda é pouco potente e possui uma tela menor do que os melhores laptops nessa faixa de preço.

Mas a tela é maior que a do primeiro modelo. A Microsoft manteve exatamente o mesmo chassi, o que será útil para quem já possui uma capa de teclado, mas reduziu as molduras para fazer caber uma tela de 10,5 polegadas com resolução de 1920 por 1280 polegadas. O Go tinha uma tela de apenas 10 polegadas.

A Microsoft também aumentou o tamanho da bateria. Agora, segundo a empresa, independentemente do processador selecionado, você deve ter 10 horas de duração — no Go original, eram nove horas.

Isso é muito bom, já que, no nosso teste de bateria — em que definimos o brilho da tela para 200 nits e reproduzimos um vídeo do YouTube de 24 horas de duração até o dispositivo desligar — o Go conseguiu apenas 8 horas e 5 horas com uma carga.

As molduras do Go 2 devem ser muito menores que as do Go original, o da foto acima. Foto: Alex Cranz/Gizmodo

Outra novidade do Go 2 são os processadores. Em vez do processador Pentium Kaby Lake 4415Y de 2017, ele usará o Amber Lake 4425Y lançado em 2019. Normalmente, você obtém um aumento de 10% a 15% na velocidade de geração em geração.

Se você gosta do design pequeno, mas odeia os processadores Pentium, como eu, a Microsoft também oferece um com um processador Core m3 de 8ª geração. Nenhuma palavra sobre preço para essa versão, mas dá para esperar que ela seja tão cara quanto um iPad Pro, que custa US$ 800 na versão de 11 polegadas — o Magic Keyboard com retroiluminação custa US$ 300 adicionais.

Além de uma força a mais no processador, bateria maior e tela maior, existem poucas mudanças importantes. A Microsoft adicionou suporte a eSIM aos modelos com 4G. O híbrido também ganhou microfones de estúdio de alta fidelidade, como os encontrados no Surface Pro do ano passado. Isso significa que fazer videoconferências por Skype ou Zoom devem ser muito mais agradáveis, com os microfones cortando sons estranhos.

Além disso, ele ainda possui os recursos que eu adorei no Go. Há um slot para cartão MicroSD, porta USB-C (com capacidade de carregamento), slot Surface Connect e suporte ao Windows Hello. Ele também tem algumas coisas que eu não gosto tanto assim, como apenas 64 GB de armazenamento (com opção de 128 GB) e 4 GB de RAM (com opção de 8 GB).

Nossa unidade de teste ainda está a caminho. Então, não dá para dizer se será tão bom quanto o Go ou se vale a pena gastar suas economias com ele e não com ótimos laptops completos como o HP Envy 13. Mas, em termos específicos, ele tem o potencial de ser um ótimo dispositivo, principalmente porque muitos de nós nos encontramos presos em casa e precisando de mais telas capazes de chamadas de vídeo, Microsoft Office e navegação geral.

O Surface Go 2 estará disponível nos EUA a partir de 12 de maio — infelizmente, nenhum dispositivo Surface foi lançado oficialmente no Brasil até agora.

Surface Book 3

Se você quiser fazer mais do que isso, o Go 2, como a maioria dos laptops nessa faixa de preço, pode não dar o que você deseja. Mas a Microsoft também anunciou um Surface Book 3 atualizado, com um aumento de velocidade muito bem-vindo.

Agora, os modelos de 13,5 e 15 polegadas virão com os excelentes CPUs Ice Lake de 10ª geração da Intel como padrão. Você poderá escolher entre o i5-1035G7 e o i7-1065G7 na versão de 13,5 polegadas. A versão de 15 polegadas oferece apenas o i7-1065G7.

O Surface Book 3. Imagem: Microsoft

O i5 será claramente o modelo mais barato e virá de fábrica apenas com a GPU integrada da Intel. Mas um processador menos potente também significa que ele é 2 mm mais fino (na parte de espessura mínima) e pesará cerca de 100 gramas a menos que a versão i7.

A versão de 13,5 polegadas com i7 incluirá uma GPU Nvidia GTX 1650 com 4 GB VRAM. A de 15 polegadas incluirá uma GPU GTX 1660 Ti com 6 GB VRAM. Essas são GPUs robustas e boas atualizações em relação às GTX 1050 e 1060, mesmo sem ter ray tracing.

O Surface Book 2. O 3 é praticamente idêntico na aparência. Foto: Alex Cranz/Gizmodo

No entanto, a Microsoft também oferece às pessoas a opção de usar uma GPU Quadro RTX 3000 com 6 GB de RAM. Embora suporte ray tracing, é uma GPU destinada mais a artistas digitais 3D do que a gamers. A linha de GPUs Quadro da Nvidia normalmente não é encontrada em laptops de topo de linha voltados ao público geral, como é o caso do Surface Book 3.

Apesar de todo esse poder, a Microsoft ainda diz que as duas versões do laptop duram 17,5 horas longe da tomada. Só que GPUs maiores significam fontes de alimentação maiores. O i5 terá um carregador de 65 watts, enquanto a versão i7 do Book 3 de 13,5 polegadas terá um de 102W. Por fim, o de 15 polegadas virá com um carregador de 127W.

O Surface Book 3 custará a partir de US$ 1.600 e estará à venda em 21 de maio.

Surface Earbuds e Surface Headphones

Os Buds foram anunciados no evento da Microsoft em outubro passado. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Além de novos componentes para alguns de seus laptops mais divertidos, a Microsoft também está finalmente entregando seus fones de ouvido totalmente sem fio, os Surface Earbuds.

Anunciados em outubro passado, os Earbuds finalmente chegarão às lojas. Eles permitem que você dite o que quer escrever para os aplicativos do Office 365 e coloque o Spotify para tocar sem precisar pegar o celular.

A Microsoft afirma que eles duram até 8 horas sem retornar ao estojo, com um total de 24 horas incluindo as recargas. Os preços começam em US$ 200, e os fones estarão disponíveis em 12 de maio.

A Microsoft também atualizou os Surface Headphones com os Headphones 2, o que é excelente, porque não éramos grandes fãs dos originais, embora gostássemos do estilo deles.

Eles têm duas opções de cor, platina ou preto, e a Microsoft diz ter melhorado a qualidade do som e a função de cancelamento de ruído. Você pode até ajustar o nível de barulho desejado girando botões virtuais nos próprios fones. Além disso, a Microsoft afirma que eles duram até 20 horas com uma recarga.

Nada mal, principalmente porque eles também custam US$ 100 a menos que seus antecessores e estarão disponíveis a partir de 12 de maio por US$ 250.

The post Microsoft anuncia Surface Go 2, Surface Book 3 e novos fones de ouvido appeared first on Gizmodo Brasil.

Astrônomos podem ter encontrado o buraco negro mais próximo da Terra

Posted: 06 May 2020 11:26 AM PDT

Impressão artística do sistema de estrelas, com o buraco negro na área em vermelho. Crédito: ESO/L. Calçada

Astrônomos do ESO (Observatório Europeu do Sul) junto com pesquisadores de outras instituições descobriram que aparentemente não estamos tão longe quanto se pensava de um buraco negro. Mas também não é tipo ali do lado, pelo menos em termos terráqueos. Para ser mais específico, os especialistas identificaram um buraco negro a 1.000 anos-luz de distância da Terra.

O que chama a atenção, segundo o comunicado do ESO, é que o buraco negro faz parte de um sistema triplo de estrelas que pode ser visto a olho nu da Terra. O estudo com detalhes da descoberta foi publicado no periódico Astronomy & Astrophysics nesta quarta-feira (6).

Ainda que 1.000 anos luz seja distante para caramba, quando consideramos a Via Láctea, é praticamente em nosso quintal, como definiu Dietrich Baade, astrônomo emérito do ESO ao Gizmodo US.

Este buraco negro próximo de nós foi descoberto após observarem duas estrelas usando o telescópio do observatório La Silla, no deserto do Atacama, no Chile. Mais especificamente, os pesquisadores estavam interessados em um sistema de duas estrelas chamado HR 6819, que fica na constelação Telescópio.

No entanto, durante as observações com o espectógrafo FEROS montado no telescópio de 2,2 metros MPG, eles repararam que uma das estrelas visíveis orbitava um objeto a cada 40 dias que eles não conseguiam ver, enquanto a segunda estrela está a uma grande distância desse par interno.

O tal objeto é, segundo os pesquisadores, um buraco-negro, só que ele é um dos poucos que não "interagem violentamente com o seu ambiente", diferente de outros que espalham raios-X por aí. Baseado na órbita das estrelas, eles puderam calcular a massa deste "buraco negro silencioso" que é quatro vezes maior que a do Sol.

"Achamos que a maioria dos buracos negro da Via Láctea são buracos negros silenciosos, e que tenha quase um milhão deles. Nós achamos cerca de 100", disse Marianne Heida, que é bolsista de pós-doutorado no ESO, ao Gizmodo US por e-mail. "Este [que achamos] é apenas a ponta do iceberg neste sentido".

O fato é que esta descoberta do ESO fará com que os astrônomos observem melhor sistemas de estrelas de nossa galáxia em busca de outros possíveis buracos negro deste tipo.

Dúvidas sobre se é um buraco negro ou não

O Gizmodo US nota que o sistema HR 6819 começou a ser observado em 2004 e que, até então, era apenas um típico par de estrelas que era orbitado por uma terceira estrela. No entanto, ao tentar desembaraçar as luzes das estrelas, descobriram que não havia uma estrela interior.

Os cientistas, então, descobriram que uma estrela normal não conseguiria ficar escondida na luz de uma segunda e que com uma massa 4,2 vezes maior que o Sol, este objeto seria muito grande para ser uma estrela de nêutron (que geralmente tem cerca de 2 vezes a massa do Sol). Logo, a nova pesquisa concluiu que trata-se de um buraco negro.

Kareem El-Badry, que é estudante de doutorado do departamento de astronomia da UC Berkeley e não estava envolvido no estudo do ESO, disse que é impressionante o feito de eles terem achado um possível buraco negro em uma estrela que já foi bastante estudada. No entanto, disse ele, os autores precisaram usar suposições para calcular a massa da estrela visível, e se isso estiver errado, o objeto invisível pode não ser um buraco negro, mas apenas uma estrela de nêutron.

A astrônoma JJ Eldrige, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, disse ao Gizmodo US por e-mail que ela não achou a análise o suficiente para dizer que se tratava de um buraco negro. Ela, inclusive citou o sistema LB-1 que foi notícia recentemente e semelhante ao HR 6819. No início acreditava-se que ele tinha um buraco negro com 70 vezes a massa do Sol. No entanto, estudos posteriores passaram a duvidar se havia uma massa tão grande presente nele. Particularmente, Eldrige acredita que este sistema também não conta com um buraco negro, enquanto os pesquisadores do ESO acham que sim.

Independente das dúvidas, a descoberta do ESO pode ser o primeiro buraco negro descoberto na Via Láctea, que deve contar ainda com milhões de outros que ainda não foram detectados. Os pesquisadores procurarão agora vários sistemas destes para saber quem são os próximos candidatos.

Como falamos no início, o sistema que contém um buraco negro pode ser visto a olho nu. Então, para nós, privilegiados, que moramos no hemisfério sul, basta procurar por HR 6819 na constelação telescópio (ou Telescopium, pois costuma-se usar o latim para descrever constelações) com algum app (como o SkyView). Talvez, você esteja olhando para um buraco negro.

[Gizmodo US e ESO]

The post Astrônomos podem ter encontrado o buraco negro mais próximo da Terra appeared first on Gizmodo Brasil.

Herdeiro da Samsung se compromete a acabar com a sucessão familiar na companhia

Posted: 06 May 2020 11:14 AM PDT

Lee Jae-yong, herdeiro da Samsung

Antes de mais nada, é preciso esclarecer algumas coisas sobre o herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, e como sua família dirige a empresa: ele não faz aparições frequentes na mídia, desculpas são raras, e a sucessão familiar é certa. Mas em uma entrevista coletiva na quarta-feira (6), Lee não só pediu desculpas publicamente pelo seu papel em um escândalo de suborno envolvendo planos de sucessão, como também anunciou que decidiu não entregar a empresa para seus filhos.

O pedido de desculpas foi a primeira declaração pública de Lee em cinco anos; a última foi quando ele se desculpou publicamente pelo tratamento inadequado à Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) no Samsung Medical Center, um hospital em Seul. Na quarta-feira, ele também pediu desculpas pela recente quebra sindical da empresa e se comprometeu a garantir os direitos trabalhistas no futuro.

“Falhamos, às vezes, em atender às expectativas da sociedade. Nós até decepcionamos as pessoas e causamos preocupação porque não respeitamos estritamente a lei e os padrões éticos”, disse Lee na coletiva de imprensa, de acordo com a Reuters.

O escândalo em questão se iniciou em 2017, quando Lee foi acusado e preso por suborno, apropriação indébita e perjúrio. Lee e alguns outros executivos da Samsung foram considerados culpados por subornar a ex-presidente sul-coreana Park Geun-hye e sua confidente Choi Soon-sil em uma trama para assegurar que ele sucederia seu pai, Lee Kun-hee, que sofreu um ataque cardíaco em 2014 e não podia mais comandar a empresa.

Lee foi condenado a cinco anos de prisão. Ele cumpriu um ano de sua sentença, mas foi libertado em 2018 após um recurso para reduzir a sentença original e suspendê-la por três anos. No entanto, esse recurso foi anulado em agosto de 2019, o que significa que ele pode retornar à prisão. Tanto a Reuters quanto o The Korea Herald relatam que o pedido de desculpas de Lee foi aconselhado por um comitê interno de monitoramento de compliance, que recomendou que ele reconhecesse a culpa pelos erros da empresa.

Mas o que realmente importa é a questão da sucessão. A Samsung  é uma chaebol – um tipo de conglomerado empresarial familiar que se assemelha às dinastias empresariais. O chaebol é predominante na economia da Coreia do Sul e muitas marcas de grande porte como Hyundai e LG operam sob esse regime.

Muitas vezes, essas empresas são creditadas como responsáveis pelo “milagre econômico” sul-coreano. No entanto, alguns questionam se o chaebol está ultrapassado e mal adaptado para o século 21, já que concentram uma enorme parcela da riqueza do país em um pequeno número de famílias.

Na coletiva de imprensa, a Reuters aponta que Lee atribuiu as controvérsias em torno dele decorrentes da questão da sucessão.

“Não vou passar os direitos de gerência da empresa para meus filhos”, disse Lee, de acordo com o Korea Herald. “Pensei nisso por muito tempo, mas hesitei em tornar isso público.”

Romper com a tradição tem grandes implicações, não apenas para a Samsung Electronics – a empresa mais premiada do Grupo Samsung – mas também para as 59 afiliadas sob o guarda-chuva do aglomerado e para a economia sul-coreana em geral.

The post Herdeiro da Samsung se compromete a acabar com a sucessão familiar na companhia appeared first on Gizmodo Brasil.

Experimento mostra que alguns tipos de vida podem sobreviver na atmosfera de exoplanetas

Posted: 06 May 2020 08:11 AM PDT

Ilustração de exoplaneta rochoso. Crédito: NASA/JPL-Caltech/R. Hurt (IPAC

Organismos unicelulares como Escherichia coli e levedura podem crescer e sobreviver em uma atmosfera como a que teoricamente existe em muitos exoplanetas rochosos, segundo um novo artigo.

Os cientistas adorariam saber se há vida em outro lugar do universo, e parte da resposta a essa pergunta é determinar como um exoplaneta habitado seria percebido por nossos telescópios aqui na Terra. Esses planetas têm atmosferas como a nossa? Como a presença da vida mudaria essas atmosferas? Se a vida pode sobreviver em uma atmosfera rica em hidrogênio, como a que se espera encontrar em muitos exoplanetas, os cientistas podem ampliar sua definição de como seria um planeta que sustenta a vida.

"Isso deveria abrir a perspectiva de astrônomos (e continuar os incentivando a saber) sobre quais tipos de planetas podem ser habitáveis", disse a principal autora do estudo, Sara Seager, que é professora do MIT. Ela conversou com o Gizmodo por e-mail. "Teremos tão poucos planetas para procurar vida, mesmo com nossos próximos telescópios sofisticados, que queremos manter as opções em aberto."

A equipe de pesquisadores do MIT iniciou colônias das bactérias E. coli e levedura de cerveja. Eles incubaram os micro-organismos em quatro garrafas com diferentes concentrações de gás: uma com ar comum, uma com 100% hidrogênio, uma com 100% hélio e outra com 20% de dióxido de carbono e 80% de nitrogênio.

Os micro-organismos foram capazes de se reproduzir nas quatro garrafas, mas o fizeram pelo menos duas vezes mais rápido no ar que nos outros gases, de acordo com o artigo publicado na Nature Astronomy.

Não é um surpresa que um micro-organismo possa sobreviver sem oxigênio — existem muitos organismos chamados anaeróbicos que vivem aqui na Terra. Alguns podem sobreviver nos ambientes mais extremos do planeta, como em torno das fontes hidrotermais do fundo do mar. Mas, explicam os pesquisadores, se os micróbios puderem sobreviver a um ambiente de 100% de hidrogênio, poderão sobreviver às atmosferas encontradas em exoplanetas rochosos.

Os astrônomos ainda não observaram um exoplaneta rochoso com atmosfera de hidrogênio, mas acreditam que planetas rochosos com atmosfera de hidrogênio seriam mais fáceis de detectar e estudar do que aqueles com atmosfera de gases mais pesados, como dióxido de carbono e nitrogênio. Eles têm certeza de que serão capazes de ver suas atmosferas com os próximos telescópios, incluindo o telescópio espacial James Webb.

Talvez, com base neste estudo mais recente, os cientistas sejam capazes de ver sinais de vida nesses exoplanetas dominados por hidrogênio, na forma de traços de gases emitidos por micro-organismos.

Isso não significa que a vida definitivamente exista em tais planetas, e as experiências de laboratório não recriam exatamente o que acontece na natureza. Essas células de E. coli e levedura começaram suas vidas (e evoluíram) na atmosfera rica de nitrogênio e oxigênio da Terra. E as condições no laboratório não são as mesmas do exoplaneta.

As atmosferas de exoplanetas reais conteriam uma mistura de gases devido à química em sua superfície. Para manter uma atmosfera apenas de hidrogênio, esses exoplanetas teriam de ser mais frios que a Terra, ter uma gravidade mais forte em sua superfície ou ter uma maneira de reabastecer o hidrogênio em sua atmosfera — e é difícil dizer quais efeitos essas mudanças teriam na vida.

Mas esse estudo ainda oferece a esperança de que a vida possa ser mais diversa do que a que vemos na Terra e, nesse caso, talvez a próxima geração de telescópios seja capaz de encontrá-la.

The post Experimento mostra que alguns tipos de vida podem sobreviver na atmosfera de exoplanetas appeared first on Gizmodo Brasil.

Philco Hit PCS01 é a estreia da marca no mercado de smartphones

Posted: 06 May 2020 07:09 AM PDT

Philco PCS01

A Philco não é marca estranha para os brasileiros. Conhecida por eletrodomésticos e TVs, a empresa decidiu se aventurar também com smartphones – a estreia vem com o Hit PCS01, um celular de entrada com preço sugerido de R$ 999.

O modelo, que roda o Android 9, pode chamar a atenção de consumidores que preferem modelos mais compactos: ele tem tela IPS LCD de 5,45 polegadas em resolução HD, processador de oito núcleos (ARM A55 de 1,6 GHz + 1,2 GHz), 4 GB de RAM, 64 GB de armazenamento (com entrada para cartão microSD de até 128 GB), bateria de 4.000 mAh e leitor de impressões digitais.

Há ainda um conjunto com duas câmeras na traseira, o sensor principal de 13 megapixels (f/2.0) e o de profundidade de 2 megapixels (f/2.2). A câmera frontal tem 5 MP (f/2.2).

Traseira do Philco PCS01

Números à parte, esse é mesmo um smartphone de entrada. Em uma rápida mexida, deu para perceber que é um smartphone ágil, mas que não vai atender as necessidades de quem precisa de muito desempenho – o que não dá para esperar de um modelo de entrada mesmo.

A qualidade da câmera, por exemplo, é apenas satisfatória para um aparelho de R$ 999 – espere por ruídos em ambientes com iluminação artificial e ausência de detalhes em cenas complexas. Em termos de software, pelo menos há funções como HDR (que pode atrasar um pouquinho a captura de algumas cenas), efeito de embelezamento e o modo retrato que permite controlar o nível de desfoque – que, no final das contas, é feito via software mesmo.

Duas coisas chamam a atenção, de forma positiva: o Android 9 não tem alterações da fabricante, nem mesmo aplicativos pré-instalados. Tem um tapa ali ou aqui, como nos ícones da tela inicial, mas no geral, a experiência é de um Android sem modificações. Além disso, o leitor de impressões digitais parece bem competente: o sensor é grande o suficiente para ser encontrado com facilidade e responde rápido.

Parte de baixo do Philco PCS01

O desbloqueio por impressões digitais é uma característica incomum em smartphones baratinhos (ausente no Nokia 2.3, por exemplo). Por outro lado, o modelo tem entrada microUSB, já defasada em relação ao USB-C – assim como o aparelho de reestreia da Nokia.

Só nesta semana, tivemos o anúncio de dois smartphones mais baratos no Brasil: o Philco Hit PCS01 e o Nokia 2.3 – há pouco mais de um mês, a Motorola também trouxe o Moto e6s. São modelos que atendem o público que não exigem tanta performance, nem fotos incríveis, mas que cumprem um papel importante para quem quer ter acesso a funções mais básicas, como o WhatsApp, redes sociais e web.

O Philco Hit PCS01 já está à venda no varejo brasileiro há alguns dias, com preço sugerido de R$ 999. Na maioria das lojas já é possível encontrá-lo por um preço menor, principalmente com pagamento à vista. Na caixa, vem uma capinha de silicone e uma película simples.

A Philco diz que prepara novos lançamentos de smartphones, com modelos mais avançados, em breve.

The post Philco Hit PCS01 é a estreia da marca no mercado de smartphones appeared first on Gizmodo Brasil.

Coronavírus pode ter chegado na Europa em dezembro, sugerem novas evidências

Posted: 06 May 2020 06:21 AM PDT

Uma estação de metrô em Paris, na França

No final de dezembro de 2019, um homem de 42 anos com sintomas de pneumonia foi internado em um hospital de Paris. Uma amostra de muco do paciente que foi armazenada passou por novos testes e deu positivo para COVID-19, sugerindo que o novo coronavírus já estava na Europa muito antes do que se pensava.

Os três primeiros casos oficiais de COVID-19 na França foram registrados em 24 de janeiro de 2020. Esses também foram os primeiros casos confirmados em toda a Europa. Os três pacientes tinham viajado de Wuhan, China, o epicentro em que surgiu a pandemia de COVID-19, que registrou seu primeiro caso oficial em 31 de dezembro de 2019.

O provável é que o novo coronavírus estava circulando sem ser detectado há semanas. Novas pesquisas publicadas no International Journal of Antimicrobial Agents sugerem que o COVID-19 já tinha chegado à Europa no final de dezembro, como evidenciado por essa amostra de um paciente hospitalizado que foi mantida em uma câmara fria e reanalisada.

“Identificar o primeiro paciente infectado é de grande interesse epidemiológico, pois muda drasticamente nosso conhecimento sobre o SARS-CoV-2 e sua disseminação no país”, de acordo com os autores do estudo, que incluiu Yves Cohen do Instituto Nacional Francês de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM). “Além disso, a ausência de uma ligação com a China e a ausências de viagens recentes sugerem que a doença já estava se espalhando entre a população francesa no final de dezembro de 2019.”

Até o momento, a França tem quase 170 mil casos confirmados de COVID-19 e 25.204 mortes, segundo o mapa da Universidade Johns Hopkins.

É plausível que o vírus estivesse na Europa antes mesmo de ganhar um nome e ser identificado, dadas as evidências de sua existência já em novembro de 2019 – possivelmente até antes. A resposta inadequada da China ao início do surto, que incluiu a contenção de informações de alerta de um novo coronavírus em Wuhan, contribuiu para que a doença se tornasse uma espiral fora de controle e uma pandemia global.

Em 27 de dezembro de 2019, um homem chegou ao hospital em Paris tossindo sangue, com febre e reclamando de dores de cabeça – sintomas agora associadas ao vírus SARS-CoV-2. O homem de 42 anos disse que seus sintomas tinham piorado nos últimos 4 dias, de acordo com o estudo. Dado que o COVID-19 tem um período de incubação de cerca de 6 a 11 dias, o paciente provavelmente foi infectado em algum momento entre 16 e 21 de dezembro.

Após fazer exames, seus médicos não conseguiram conferir um diagnóstico formal ou detectar patógenos, então eles o medicaram com antibióticos. O paciente foi levado para casa dois dias após a internação e se recuperou, mas o hospital manteve sua amostra respiratória.

Autoridades de saúde na França revisaram recentemente todas as amostras de pacientes internados em UTIs entre 2 de dezembro de 2019 e 16 de janeiro de 2020, para determinar se o COVID-19 tinha entrado no país mais cedo do que o imaginado. Todos os exames deram negativo, exceto um.

Para se certificarem que não foi um falso positivo, duas equipes independentes foram trazidas para analisar a amostra com testes diferentes para COVID-19, mas os resultados foram os mesmos: positivos para o SARS-CoV-2. Ou seja, para que esse seja um falso positivo, seriam três falsos positivos distintos, com base nas precauções extras utilizadas durante o estudo.

Não está totalmente claro como o paciente contraiu o COVID-19, supondo que os exames estejam corretos. O homem não viajava para o exterior desde uma visita à Argélia, em agosto de 2019, e não tem histórico de viagens ou vínculo com a China, explicaram os autores.

Dito isso, o filho do paciente estava doente antes de ele apresentar os sintomas. Além disso, sua esposa trabalha em uma loja de conveniência perto do aeroporto de Roissy-Charles-de-Gaulle, e frequentemente atende clientes vindos diretamente do aeroporto, de acordo com a emissora francesa BFMTV. É possível, portanto, que ela tenha contraído o vírus de passageiros que desembarcaram em Pais e se tornou uma transportadora assintomática do vírus, espalhando-o para sua família. Mas isso é apenas especulação.

“Essa notícia esclarece que há uma propagação significativa do vírus que desconhecemos e que o vírus está circulando há muito mais tempo do que sabemos”, disse Brandon Brown, professor associado da Faculdade de Medicina da UC Riverside, ao Gizmodo.

Com esse resultado, é possível que outros países que realizarem testes em retrospectiva apresentem resultados semelhantes. Evidências recentes da Califórnia sugerem que o COVID-19 também estava na região em dezembro de 2019. Esses resultados são alarmantes, apontando para a difusão rápida do novo coronavírus durante seus estágios iniciais.

The post Coronavírus pode ter chegado na Europa em dezembro, sugerem novas evidências appeared first on Gizmodo Brasil.

Novo estudo diz que coronavírus se tornou mais contagioso, mas especialistas discordam

Posted: 06 May 2020 05:05 AM PDT

Um artigo científico preliminar sobre a COVID-19 — repercutido pelo Los Angeles Times na terça-feira (5) — certamente deixará algumas pessoas nervosas. Ele argumenta que o mundo agora está lidando com uma forma do coronavírus mais contagiosa do a versão originada na China, pois ele teria passado por uma mutação. Mas os cientistas com quem conversamos são céticos em relação às conclusões do artigo.

O artigo, publicado no site de pré-impressão bioRxiv em 30 de abril, foi escrito por pesquisadores do Laboratório Nacional Los Alamos, no Novo México.

Por dois meses, de acordo com o artigo, os autores estudam a evolução do SARS-CoV-2, o coronavírus por trás da COVID-19. Para fazer isso, eles analisaram diferentes sequências genéticas do vírus retiradas de pacientes à medida que a pandemia se espalhava pelo mundo. Eles se concentraram amplamente em uma parte essencial do vírus que permite infectar células, conhecida como proteína spike.

A equipe notou que amostras da cepa original em Wuhan, China, às vezes carregavam uma certa mutação na proteína spike, chamada D614. Muitos dos primeiros casos na Europa, nos EUA e em outros lugares também levavam D614. No início de fevereiro, no entanto, outra forma da mutação, chamada G614 (ou D614G), começou a surgir. E em quase todas as regiões, começando na Europa, a equipe viu um padrão familiar nas amostras estudadas: a forma G614 do vírus aparecia e rapidamente substituía a forma D614, às vezes em questão de semanas.

Partículas de SARS-CoV-2 em um paciente humano, mostradas em azul. Imagem: Getty Images

Os autores argumentaram que essa rápida disseminação da versão do vírus G614 demonstra “o surgimento de uma forma mais transmissível de SARS-CoV-2”.

A possibilidade de um coronavírus mais contagioso é certamente plausível. Mas o caso do artigo é circunstancial, de acordo com Bill Hanage, epidemiologista da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, da Universidade Harvard.

Em geral, concorda-se que os surtos de COVID-19 que se espalharam pelo mundo se originaram em grande parte de cepas do vírus que surgiram na Europa, depois do surgimento na China no ano passado. Mas isso não indica necessariamente que o vírus mudou significativamente para realizar esse feito.

"A grande maioria dos isolados sequenciados agora descende do surto europeu, que se espalhou mais amplamente do que o chinês. Isso pode ser porque é mais transmissível, mas também porque as intervenções relativamente tardias permitiram que ela se espalhasse mais", disse Hanage ao Gizmodo.

Em outras palavras, a mutação G614 pode não ter efeito sobre o quão contagioso é o vírus; ela pode apenas ter pegado carona nas cepas do vírus que foram espalhadas da Europa para qualquer outro lugar. E, embora Hanage pense que os autores têm alguma evidência interessante sugerindo que a mutação poderia melhorar plausivelmente a capacidade do vírus se espalhar, isso não é conclusivo.

Angela Rasmussen, virologista da Universidade de Columbia, é ainda mais cética em relação às conclusões da equipe do que Hanage.

“Eles não fizeram um único experimento, e tudo isso é conjectura”, disse ela ao Gizmodo. “Não há indicação de que essa mutação torne o vírus mais transmissível, e eles não fizeram nada para mostrar que essa mutação é funcionalmente significativa.”

A pesquisa sobre a COVID-19 progrediu com mais velocidade do que o normal na ciência. Pesquisadores (e jornalistas) tiveram que equilibrar a necessidade de precisão com os riscos à saúde pública. Ao divulgar seu trabalho, os autores disseram que sentiam a necessidade urgente de um canal de “alerta rápido” para rastrear as mudanças na evolução da proteína spike do vírus. Ela é o que os cientistas pretendem atingir com possíveis vacinas e tratamentos. Quaisquer mutações verdadeiramente relevantes podem impactar seriamente esses esforços e podem até tornar os sobreviventes vulneráveis ​​a uma segunda infecção.

Mas os vírus sofrem mutações o tempo todo, e a maioria das mutações acaba não afetando a forma como o vírus se espalha ou adoece as pessoas. Por enquanto, o júri ainda está em dúvida se essas descobertas preliminares da equipe de Los Alamos significam alguma coisa. Dito isto, a atual pandemia é bastante assustadora, tenha o vírus sofrido alguma mutação relevante ou não.

“É preciso ficar atendo, mas também é preciso ser cético”, disse Hanage.

The post Novo estudo diz que coronavírus se tornou mais contagioso, mas especialistas discordam appeared first on Gizmodo Brasil.

6 alternativas ao Zoom para fazer videoconferência

Posted: 06 May 2020 04:19 AM PDT

Material promocional do Zoom

Estamos nos ajustando a uma nova maneira de viver, com muito mais conversas em vídeo. O app Zoom tem surfado nessa onda, ele é rápido, simples e consegue colocar muitas pessoas em uma chamada, mesmo que elas não tenham uma conta – apesar disso, as chamadas duram, no máximo, 40 minutos. O aplicativo, no entanto, não é a única opção.

Mesmo que você acabe optando pelo Zoom para reuniões virtuais de trabalho ou para falar com amigos, é uma boa ideia conhecer algumas alternativas, pois elas podem se adequar melhor às suas necessidades – todas permitem que você realize reuniões gratuitas por mais de 40 minutos de duração, por exemplo. A seguir, apresentamos seis das nossas opções favoritas.

Você não precisa, necessariamente, abandonar o Zoom – especialmente agora que eles ajustaram algumas práticas de cibersegurança. Existem razões para que o Zoom tenha se tornado tão popular: ele realmente é simples de usar, é fácil gerenciar ligações com muitos participantes e tem funcionalidades avançadas (como compartilhamento de tela e reuniões agendadas).

Google Duo

  • Máximo de participantes: 12
  • Criptografia de ponta-a-ponta: Yes
  • Download: Android, iOS, web

O Duo tem sido um aplicativo confiável para videoconferência há algum tempo, embora esteja atrás do Zoom em termos de funcionalidade para conversas em grupo. Além disso, ele é mais exigente com os usuários: é preciso cadastrar o seu número de telefone para começar a usá-lo no celular (embora você possa usar a versão web sem cadastrar o seu número).

Tela do Google DuoCaptura de tela: Google Duo

O Google aumentou recentemente o número máximo de participantes em um chat Duo para 12 pessoas. Se isso for o suficiente para você, ele passa a ser uma opção interessante: funciona de forma simples e fácil, a conexão é confiável (auxiliada pelo gerenciamento de banda com inteligência artificial do Google) e tem a possibilidade de deixar mensagens de vídeo pré-gravadas. Ele ainda está atrás do Zoom em áreas como o compartilhamento de tela, no entanto.

Houseparty

  • Máximo de participantes: 8
  • Criptografia de ponta-a-ponta: Não
  • Download: Android, iOS, desktop (somente macOS), web

Se você quer algo que funcione de forma diferente de praticamente todos os outros aplicativos de bate-papo de vídeo por aí, escolha o Houseparty. Parte do sucesso dele se deve à maneira informal e casual que você pode simplesmente entrar em videoconferências caso seus amigos estiverem online, – daí o nome do aplicativo. Você recebe um alerta quando seus contatos estão ativos e disponíveis, e pode pular entre diferentes salas o quanto quiser.

Tela do HousepartyCaptura de tela: Houseparty

Muito prático para estes tempos de distanciamento social, o aplicativo oferece alguns jogos e outros recursos divertidos que você pode usar para passar o tempo com amigos e familiares. Ele é menos formal e organizado do o Zoom ou Skype, por exemplo, e não tem todos os recursos que você precisará para reuniões de trabalho (como senhas), mas é divertido de usar.

Skype

  • Máximo de participantes: 50
  • Criptografia de ponta-a-ponta: Não
  • Download: Android, iOS, desktop, web

O recurso Meet Now, ou Reunir Agora, tornou o Skype bastante parecido com o Zoom (a função foi lançada em dezembro). Ela permite que você crie reuniões com apenas um link de convite, sem necessidade de criação de contas. Outra funcionalidade que é relativamente nova do Skype e que vale apenas mencionar é a tradução em tempo real: tem suporte para 10 idiomas (incluindo português) e torna a comunicação um pouco mais fácil se comunicar com pessoas de outros países.

Tela do SkypeCaptura de tela: Skype

O Skype sempre foi um aplicativo competente para videoconferência, confiável e repleto de recursos, e é provável que ele cubra tudo que você precisa: compartilhamento de tela, mensagens de texto, compartilhamento de arquivos e assim por diante, sem mencionar a opção de fazer ligações para telefones celulares e telefones fixos também. Além disso, ele se integra perfeitamente com outros aplicativos da Microsoft.

Cisco Webex

  • Máximo de participantes: 100
  • Criptografia de ponta-a-ponta: Sim
  • Download: Android, iOS, desktop, web

Assim como o Zoom e o Skype, o Webex parece ter foco em negócios e reuniões de trabalho, mas não é bem assim. Isso significa que ele tem recursos pagos, embora o plano gratuito lhe dê um generoso limite de 100 pessoas e reuniões por tempo ilimitado.

Também significa muitos recursos mais avançados, como quadros brancos, integrações de calendário, pesquisas de opinião, opções de mensagens de texto privadas, e assim por diante… Tudo que seus colegas de trabalho possam querer, mas seus amigos e familiares provavelmente não precisam.

Tela do Cisco WebexCaptura de tela: Cisco Webex

Assim como no Zoom, você pode pagar um plano mensal (a partir de US$ 13,50) para obter funções extras, como gravação de reuniões, armazenamento na nuvem, transcrições automáticas, gerenciamento de usuários para sua equipe de trabalho, e assim por diante. Talvez seja o concorrente mais próximo do Zoom em termos de aparência e características, mas ainda não alcançou a mesma popularidade entre usuários que buscam opções de lazer.

Facebook Messenger

  • Máximo de participantes: 50
  • Criptografia de ponta-a-ponta: Não
  • Download: Android, iOS, desktop, web

O Facebook nunca perde uma tendência de redes sociais – até por isso incluiu o formato de Stories inspirados no Snapchat em vários de seus apps. O Messenger Rooms é mais uma dessas tentativas de surfar numa onda que está em alta – ele pode ser acessado por meio do app do Facebook e do Messenger e permite convidar até 50 pessoas para uma chamada, mesmo que não tenham uma conta no Facebook.

Tela do Messenger RoomsCaptura de tela: Messenger Rooms

A função se junta ao recém reformulado app do desktop do Messenger para Windows e macOS. Aparentemente, em um futuro breve será possível iniciar um Messenger Rooms a partir do Instagram e do WhatsApp também. As chamadas são simples e fáceis de navegar entre as pessoas, todas na mesma sala de vídeo, seja pelo celular ou pelo desktop, o que nos lembra muito de outro aplicativo de videoconferência que começa com Z.

Apple FaceTime

  • Máximo de participantes: 32
  • Criptografia de ponta-a-ponta: Sim
  • Download: Incorporado no iOS e macOS

A insistência da Apple em seguir seu próprio caminho com mensagens tem seus benefícios, mas eles não contam muito quando se trata de chats por vídeo com todos do seu círculo social e profissional. A menos que absolutamente todas as pessoas que você conheça um iPhone ou um Mac, o FaceTime não será uma opção viável para chats de vídeo em grupo, apesar de ter muitos recursos.

Tela do do Apple FaceTimeCaptura de tela: Apple FaceTime

Ele é simples e direto de se usar e há até alguns filtros e efeitos para se brincar (incluindo o suporte ao Memoji). Os chats de vídeo são criptografados de ponta-a-ponta, o que não é o caso de todos os apps que citamos aqui. Além disso, há integração entre o seu celular e o seu computador – desde que você use iPhone e Mac.

The post 6 alternativas ao Zoom para fazer videoconferência appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário