quinta-feira, 11 de junho de 2020

Gizmodo Brasil

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Intel lança novos chips de baixo consumo de energia para brigar com a Qualcomm

Posted: 10 Jun 2020 03:38 PM PDT

Gregory Bryant, vice-presidente sênior da Client Computing Group na Intel, na CES 2019, em Las Vegas.

Há um ano e meio, na CES 2019, a Intel revelou um novo tipo de processador desenhado para PCs menores, do tipo 2-em-1, tablets dobráveis e dispositivos com duas telas. Agora, os primeiros dispositivos com esses novos chips, de codinome “Lakefield”, estão a caminho.

Ao contrário das CPUs comuns de desktop ou laptop, o Lakefield é um processador multi-chip em um único pacote com conexões compartilhadas entre eles. É uma arquitetura única que a Intel diz permitir mais desempenho com o tamanho de um componente de celular.

O Lakefield está chegando ao mercado este mês, começando com o Galaxy Book S da Samsung, antes de chegar ao Lenovo ThinkPad X1 Fold no final deste ano, que pode ser lançado na mesma época do Microsoft Surface Neo.

Utilizando a tecnologia modular Foveros 3D e Hybrid Technology, a Intel criou chiplets, ou processadores minúsculos que são empilhados verticalmente uns em cima dos outros, o que permitiu não só que a companhia diminuísse o tamanho geral do processador, mas também que a CPU ganhasse a capacidade de lidar com múltiplos processos diferentes, como gráficos embarcados e DRAM integrados.

Estes núcleos Lakefield em particular empilham dois circuitos lógicos integrados e duas camadas de DRAM juntas, o que elimina a necessidade de memória externa.

A Intel não é a primeira a usar o empilhamento 3D, mas é a primeira a conseguir fazer isso com produção em massa.

Os mais recentes processadores Core i5 e i3 Lakefield com Foveros e Hybrid Technology usam um núcleo Sunny Cove de 10nm, que deveria suceder o Palm Cove no final de 2017. O Palm Cove deveria ser o verdadeiro sucessor de 10nm dos processadores Skylake de 14nm da Intel para desktop.

Plataforma LakefieldPlataforma móvel da Intel de codinome “Lakefield”. Foto: Intel

Além do núcleo Sunny Cove, há também quatro núcleos Tremont para “equilibrar a otimização de potência e desempenho em segundo plano”, disse a Intel.

Esses núcleos Tremont são a última versão dos processadores Atom de baixo consumo energético da Intel – aqueles que iniciaram a febre dos netbooks há uma década.

De acordo com a empresa, os núcleos Tremont podem executar mais instruções por ciclo, então eles devem ter um desempenho muito melhor do que as arquiteturas Atom de baixa potência. Enquanto os núcleos Sunny Cove mais potentes lidam com todo o trabalho pesado, os núcleos Tremont lidam com as tarefas de fundo.

Além disso, ambos os processadores são compatíveis com aplicativos Windows de 32 e 64 bits, então podem “fornecer compatibilidade total com softwares do Windows 10”.

Ambos suportam conectividade Wi-Fi 6, ou gigabit, e seus gráficos integrados da 11ª geração supostamente têm um desempenho 1,7 vez melhor do que as gerações anteriores de gráficos integrados, conforme uma medição do 3DMark 11 em um Core i5-L16G7 comparado com um Core i7-8500Y.

A Intel também afirma ter melhorado sua taxa de conversão de clipes de vídeo no Handbrake em 54% no Intel Core i5-L16G7 em comparação com o Core i5-8200Y.

Aqui estão as especificações para ambos os modelos que irão chegar ao mercado:

  • Core i5-L16G7
    • 5 núcleos/5 threads
    • placa gráfica Intel UHD
    • cache de 4 MB
    • TDP de 7W
    • clock base de 1.4GHz, boost de 1.8GHz (turbo boost de 3,0Ghz para um único núcleo)
    • até 0,5Ghz de frequência máxima para gráficos
    • memória LPDDR4X4267.
  • Core i3-L13G4
    • 5 núcleos/5-threads
    • placa gráfica Intel UHD
    • cache de 4 MB
    • TDP de 7W
    • clock base de 0.8GHz, boost de 1.3GHz (turbo boost de 3,0Ghz para um único núcleo)
    • até 0,5Ghz de frequência máxima para gráficos
    • memória LPDDR4X4267.

A Samsung confirmou ao Gizmodo que o Galaxy Book S com o processador Intel estará disponível em mercados selecionados na Ásia, Austrália, Europa, América do Norte e América Latina.

Embora o Galaxy Book S da Samsung já tenha sido oficialmente lançado, era a versão com o processador Snapdragon 8cx da Qualcomm, portanto será interessante ver como a CPU Lakefield da Intel se compara, considerando que houve alguns rumores sobre o desempenho multi-core do Core i5-L15G7 superando o Snapdragon 8cx.

O Gizmodo ainda não teve retorno da Lenovo sobre uma data exata de lançamento no ThinkPad X1 Fold. Originalmente, o dispositivo estava previsto para ser lançado em meados de 2020, mas parece ter sido adiado sem muito alarde.

O Microsoft Surface Neo está programado para ser lançado no final de 2020, na época de festas.

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Nova linha de notebooks gamers da Avell tem CPU de 10ª geração da intel e GPU RTX Super

Posted: 10 Jun 2020 02:49 PM PDT

Notebook Avell Liv A65

A brasileira Avell faz laptops para quem tem grana e para quem precisa de bastante desempenho, seja gamer ou profissional que lida com vídeo. Nesta quarta-feira (10), a empresa mostrou a sua nova linha de notebooks Liv, que traz como novidades a 10ª geração de processadores Intel e opções de placas de vídeo da Nvidia, indo da GTX até a RTX Super.

É interessante que a fabricante brasileira é a primeira a ter em produto a 10ª geração de CPUs móveis Comet Lake da Intel no Brasil, além de ser a única, por enquanto, com a GPU RTX Super, que é a mais sofisticada da Nvidia.

O preço dos laptops, como você pode imaginar, são nada baixos, ainda mais em tempos como esses. Os valores começam em R$ 6.600, sendo este o laptop mais simples, o A52 Liv. "Como vocês devem saber, existe uma pressão muito forte do dólar nesses produtos. Conforme for baixando, podemos fazer ajustes", disse Emerson Salomão, CEO da Avell, durante apresentação de produtos para jornalistas.

De acordo com Salomão, profissionais poderão, inclusive, fazer leasing dos produtos por meio de consultores da marca. Futuramente, a Avell pretende também disponibilizar esta modalidade por meio do seu website.

De modo geral, são cinco linhas, sendo três com tela de 15,6 polegadas (A52, A62, A65) e dois com tela de 17 polegadas (C62 e C65). Os que terminam em 5 são premium, enquanto os modelos de final 2 são mais básicos. O valor deles varia conforme a configuração que o usuário escolher no site da empresa; abaixo, o preço da configuração mais simples de cada uma das séries.

A52 Liv

Avell A52 Liv

É o modelo de entrada da linha, mas não é fraco, não. Ele aguenta bem cargas para quem trabalha com Photoshop, além de suportar vários jogos.

Ele conta com a CPU Intel Core i5 10300H e com a GPU GTX 1060 com 4 GB de memória dedicada.

O laptop vem com uma tela de 120 Hz e conta com as portas clássicas, como USB 2.0, USB 3.0, porta tipo C, leitor de cartão e HDMI. Tudo isso em um conjunto que pesa 2,1 kg e com 2,58 cm de espessura.

  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1650
  • Processador: Intel Core i5-10300H
  • Cor: preto ou prata
  • Tela: 15.6" 120Hz
  • Teclado: Membrana RGB
  • Câmera: HD
  • Touchpad: Mylar
  • Thunderbolt: Não
  • RAM: 16 GB
  • SSD: 256 GB
  • Preço: a partir de R$ 6.599,70

A62 Liv

Estamos aqui falando de um laptop com CPU Intel Core i7 10750H que podem ir até 5 GHz com Turbo Boost. Aqui a Avell permite que o consumidor escolha entre ter uma tela de 120 Hz ou uma tela com 100% sRGB que, de forma simplificada, exibe cores mais fidedignas, sendo uma boa opção para quem trabalha com imagem.

A GPU dele é a GTX 1650Ti com 4 GB de memória dedicada. Quanto às portas, ele tem as mesmas do A52, porém conta com três saídas para monitor.

  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1650Ti e NVIDIA GeForce RTX 2060
  • Processador: Intel Core i7-10750H
  • Cor: preto
  • Tela: 15.6" 120Hz ou 100% sRGB
  • Teclado: Membrana RGB
  • Câmera: HD
  • Touchpad: Mylar
  • Thunderbolt: Não
  • RAM: 16 GB
  • SSD: 500 GB
  • Preço: a partir de R$ 7.999,20

A65 Liv

O A65 tem um acabamento de alumínio e conta com a mesma CPU do A62, uma Intel Core i7 10750H. Quanto a GPU, ele pode vir com uma RTX 2060 (6 GB) ou uma RTX 2080 (8 GB).

A bateria é de 7.900 mAh, o que, segundo a marca, possibilita três horas seguidas de uso intenso. Para a tela, o usuário terá a opção de um display de 144 Hz ou um display 100% sRGB.

Dois diferenciais deste modelo são a porta Thunderbolt, que pode transferir até 40 GB por segundo, e o teclado mecânico.

  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce RTX 2060 ou 2070
  • Processador: Intel Core i7-10750H
  • Cor: preto
  • Material: acabamento em alumínio
  • Bateria: 6 células
  • Tela: 15.6" 144Hz 100% sRGB
  • Teclado: Mecânico RGB
  • Câmera: Infravermelho
  • Touchpad: Vidro
  • Thunderbolt: Sim
  • RAM: 16 GB
  • SSD: 500 GB
  • Preço: a partir de R$ 12.999.60

C62 Liv

É a linha de entrada de 17 polegadas. O display pode ser de 120 Hz, o que pode ser uma boa adição para a galera gamer, ou 100% sRGB. A CPU é Intel Core i7 10750H, e a GPU, GTX 1650Ti. Tudo isso pesando 2,5 kg e com espessura de 3 cm.

  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 1650Ti
  • Processador: Intel Core i7-10750H
  • Cor: preto
  • Tela: 17.3" 60Hz 94% sRGB
  • Teclado: Membrana RGB
  • Câmera: HD
  • Touchpad: Mylar
  • Thunderbolt: Não
  • RAM: 16 GB
  • SDD: 500 GB
  • Preço: a partir de R$ 8.599,50

C65 Liv

Avell Liv c65

O laptop mais sofisticado da marca. O monitor de 17 polegadas tem taxa de atualização de 240 Hz, além de ter opção de GPU entre RTX 2070 Super (8 GB) ou RTX 2080 Super (8 GB). A bateria é de 7.900 mAh.

  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce RTX 2070 Super ou 2080 Super maxQ
  • Processador: Intel Core i7-10750H
  • Cor: preto
  • Material: Liga de magnésio
  • Bateria: 6 células
  • Tela: 17.3" 240Hz 100% sRGB
  • Teclado: Membrana RGB
  • Câmera: Infravermelho
  • Touchpad: Vidro
  • Thunderbolt: Sim
  • RAM: 16 GB
  • SDD: 500 GB
  • Preço: a partir de R$14.999 (RTX 2070) ou R$19.999 (RTX 2080)

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Fotógrafo só queria capturar um belo pôr do sol, mas acabou travando um monte de Androids

Posted: 10 Jun 2020 01:06 PM PDT

Durante uma viagem ao Parque Nacional Glacier, em Montana (EUA), no ano passado, o cientista e fotógrafo amador Gaurav Agrawal simplesmente queria capturar um belo pôr do sol. Infelizmente, depois de compartilhar sua foto no Flickr, as pessoas descobriram que o trabalho de Agrawal estava travando certos telefones com Android 10.

Sem o conhecimento de Agrawal, mesmo que sua linda foto tenha tenha sido exibida perfeitamente em seu computador e na web, ao editar a foto no Lightroom, ele exportou a foto usando um esquema amplo de cores HDR.

Normalmente, isso não seria um grande problema. No entanto, como o mecanismo de renderização em cores embutido no Android 10 não era capaz de exibir as cores da foto, definir a foto de Agrawal como papel de parede em alguns telefones Android (sobretudo modelos da Samsung e aparelhos Google Pixel) podia fazer com que eles ficassem reinicializando repetidamente. Para interromper isso, só voltando para as configurações de fábrica do aparelho.

Em uma entrevista recente à BBC, Agrawal, cujo trabalho foi publicado na National Geographic, disse que não fazia ideia de que o formato de exportação causaria tanto estrago. "Esperava que minha foto se tornasse 'viral' por um bom motivo, mas talvez isso fique para uma próxima vez."

"Tenho um iPhone, e meu papel de parede sempre é uma foto da minha esposa", disse ele à agência, portanto nunca foi um problema para ele.

À medida que a foto se espalhava pela internet, até grandes nomes do mundo tecnológico, como o vazador Ice Universe, começaram a emitir avisos para evitar que as pessoas tivessem problemas com a imagem. Sabe o que mais é interessante? Quando Ice Universe carregou a imagem no Weibo, o perfil de cores da foto foi alterado o suficiente para que ela não apresentasse mais problemas. Isso não aconteceu ao subir a foto no Twitter.

Enquanto isso, muitos dispositivos Android mais antigos e alguns mais recentes não foram afetados. É o caso dos aparelhos Nokia, pois a maioria deles não usa o mecanismo de renderização em cores padrão do Google. De qualquer forma, a menos que você queira resetar seu celular, recomendamos que você não faça o download da foto muito menos a defina como plano de fundo ou papel de parede.

Desde que o bug começou a se espalhar, os desenvolvedores do Android identificaram o problema e enviaram patches do Android Open Source Project para ajudar a evitar que o bug causasse problemas no futuro.

Além disso, quem já está com o Android 11 Beta diz que seus dispositivos também são imunes devido a uma mudança na maneira como o sistema converte imagens que possuem um esquema de cores não suportado. Se você quiser ainda mais detalhes sobre como esse bug realmente funciona, consulte a análise detalhada do pessoal do XDA Developers aqui.

Para Agrawal, que estava visitando o Parque Nacional Glacier pela terceira vez, é um pouco triste que uma foto tão incrível tenha causado alguns efeitos colaterais indesejados sérios, especialmente porque, antes de capturar a imagem, ele estava prestes a desistir de tirar fotos naquele dia.

"Estava escuro e nublado, e pensamos que não haveria um ótimo pôr do sol. Estávamos prestes a sair quando as coisas começaram a mudar", disse.

Quanto a fotos futuras, Agrawal disse: "Vou usar outro formato a partir de agora".

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LG lança três smartphones da série K com câmera quádrupla e preços a partir de R$ 1.299

Posted: 10 Jun 2020 12:21 PM PDT

Lembra quando os conjuntos com mais de uma lente e sensor começaram a aparecer nos smartphones? Pois agora até os aparelhos intermediários têm câmeras quádruplas. É o caso dos três novos aparelhos da série K que a LG lançou nesta quarta-feira: K41S, K51S e K61. Os preços começam em R$ 1.199 pelo modelo mais simples e chegam a R$ 1.899 no mais avançado.

O arsenal de câmeras na traseira dos três modelos segue um esquema parecido: uma câmera principal, com a maior resolução, uma ultrawide, uma de profundidade para ajudar no modo retrato e uma macro para captar detalhes bem de pertinho.

Além disso, os três têm vários outros aspectos em comum. Eles têm tela de 6,5 polegadas na diagonal, mas as proporções e as resoluções variam. Também contam com processadores octa-core da MediaTek e baterias de 4.000 mAh de capacidade sem carregador rápido. O design dos três também é muito parecido, e pequenos detalhes separam um do outro. Como já virou tradição da marca coreana, eles também têm certificações militares de resistência.

Infelizmente, eles ainda rodam Android 9, mesmo com o beta do 11 já disponibilizado. Em coletiva na manhã desta quarta-feira, Fabrício Habib, chefe de produtos móveis da LG Brasil, disse que as atualizações de segurança do aparelho serão disponibilizadas, mas a mudança de versão do Android só será disponibilizada quando a marca entender que há ganhos de recursos e usabilidade para o usuário sem que isso comprometa a performance dos aparelhos.

Já o modelo de processador varia, e as quantidades de RAM ficam entre 3 GB e 4 GB e a memória para armazenamento vai de 32 GB a 128 GB. Vamos detalhar os três aparelhos.

LG K41S

O K41S é o aparelho mais barato dos três lançados hoje. Ele têm as menores quantidades de RAM e memória para armazenamento: 3 GB e 32 GB respectivamente. O processador também tem um clock um pouco mais baixo, com 2 GHz.

LG K41S. Imagem: LG

Dos três, é o único que tem um recorte na tela para abrigar a câmera frontal — centralizado, em formato de “V”. A tela, aliás, tem resolução HD+, com 1600 x 720 pixels e proporção 20:9.

Por falar em câmera, ele tem as menores resoluções:

  • Principal: 13 megapixels
  • Ultrawide: 5 megapixels
  • Profundidade: 2 megapixels
  • Macro: 2 megapixels
  • Frontal: 8 megapixels

No visual, ele é muito parecido com os outros dois, mas tem acabamento mais simples e laterais menos arredondadas.

O LG K41S está disponível nas cores preto e titânio e tem preço sugerido de R$ 1.299.

LG K51S

O LG K51S é o irmão do meio entre os três. Ele tem um visual mais bem acabado, o dobro de armazenamento (64 GB) e um processador mais potente, de 2,3 GHz. A câmera frontal fica em um buraquinho no canto superior esquerdo da tela. O display, aliás, conta com a mesma resolução HD+ e a mesma proporção 20:9 do K41S.

LG K51S. Imagem: LG

O processador é mais potente, com 2,3 GHz, mas a quantidade de RAM é a mesma: 3 GB. O armazenamento é o dobro do K41S, com 64 GB.

Nas câmeras, a principal diferença é a resolução do sensor principal: 32 megapixels. As outras três da parte traseira têm especificações idênticas ao do modelo mais barato. Na selfie, resolução melhor também: 13 megapixels.

O LG K51S está disponível nas cores vermelho e titânio e tem preço sugerido de R$ 1.499.

LG K61

O LG K61 é o aparelho mais avançado dos três lançados hoje pela marca. Ele conta com acabamento mais detalhado, imitando metal na borda e nos botões laterais (mas é tudo plástico mesmo). O processador é o mesmo do K51S, mas são 4 GB de RAM e 128 GB para armazenamento.

LG K61. Imagem: LG

A tela tem as mesmas 6,5 polegadas na diagonal, mas a proporção é um pouco menos alongada (19,5:9) e a resolução é FHD+ (2340 x 1080 pixels).

O LG K61 tem as câmeras de maior qualidade entre os três, como era de se esperar.

  • Principal: 48 megapixels
  • Ultrawide: 8 megapixels
  • Profundidade: 5 megapixels
  • Macro: 2 megapixels
  • Frontal: 16 megapixels

O LG K61 está disponível nas cores branco e titânio e tem preço sugerido de R$ 1.899.

Da esquerda para a direita: K41S, K51S e K61. Imagem: Giovanni Santa Rosa/Gizmodo Brasil

A LG enviou os três aparelhos para teste. Em alguns dias usando o K61, ele pareceu ligeiramente mais rápido que o Moto G8 Power que estou testando, e a bateria parece ter capacidade para aguentar um dia inteiro com bastante folga. A câmera, por outro lado, não parece traduzir nas imagens os 48 megapixels, mas só em testes detalhados para saber. O Android ainda estar na versão 9 também é desapontante, e a skin da LG não é uma das melhores no quesito usabilidade.

Já o LG K51S e o K41S parecem bons aparelhos, com desempenho bastante aceitável, tirando algumas animações de tela. A resolução menor do display não parece ser um problema no uso diário, mas a do modelo mais barato deixa a desejar em saturação, com cores bastante pálidas.

Os três modelos chegam às lojas a partir desta quarta-feira (10).

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A lua Titã de Saturno está se afastando do planeta a um ritmo mais rápido do que o imaginado

Posted: 10 Jun 2020 11:06 AM PDT

Titã em órbita à volta de Saturno

A lua Titã está se afastando de seu planeta a um ritmo 100 vezes maior do que as estimativas anteriores. Essa descoberta está abalando o entendimento sobre Saturno e as origens de seus satélites naturais.

De acordo com uma nova pesquisa publicada esta semana na revista Nature, Titã, a única lua do nosso sistema solar com atmosfera, está se afastando de Saturno a uma taxa de 11 centímetros por ano. A estimativa anterior era de 0,1 cm por ano – 100 vezes mais lento do que a nova estimativa.

Uma taxa de migração tão pequena pode parecer trivial na imensidão do espaço, mas, tal como os nossos continentes que se deslocam lentamente, estes pequenos passos se somam em vastas escalas de tempo.

Para Titã, isso significa um repensar completo da sua história astrofísica e provavelmente de todo o próprio sistema de Saturno. Além disso, a estimativa atualizada está validando uma teoria recentemente proposta que tem a ver exatamente com este fenômeno: a migração das luas planetárias.

Luas com massa suficiente exercem um pequeno puxão gravitacional em seus planetas hospedeiros, causando uma protuberância temporária. Estes fluxos e refluxos incessantes distorcem o campo gravitacional do planeta, fazendo com que a lua seja empurrada para a frente ao longo da sua órbita e para longe do seu hospedeiro.

É o caso da Terra, pois a nossa Lua se afasta lentamente do planeta a uma velocidade de 3,8 cm por ano. Mas não entre em pânico; não corremos o risco de perder nossa Lua para as profundezas do espaço, pois a taxa de fuga da Lua é tão lenta que nosso Sol destruirá tanto a Terra quanto a Lua antes que isso possa acontecer.

A nova estimativa para Titã foi possível por meio da análise dos dados recolhidos pela nave espacial Cassini da NASA, que passou 13 anos explorando Saturno antes do seu heróico mergulho de morte em 2017.

Utilizando um método conhecido como astrometria, os cientistas mapearam estrelas no fundo das imagens Cassini para estabelecer um quadro estático de referência. Isto permitiu seguir com precisão a posição de Cassini ao longo do tempo, incluindo a sua proximidade com Titã.

A outra técnica, chamada radiometria, mediu a velocidade da nave espacial, que foi influenciada pela atração gravitacional de Titã. Usando dados destas duas técnicas independentes, os pesquisadores chegaram à mesma estimativa para a taxa de deriva externa de Titã.

A nova estimativa está levantando questões importantes sobre Saturno e quando seus satélites naturais se formaram originalmente. Saturno surgiu há cerca de 4,6 bilhões de anos, durante os estágios iniciais de desenvolvimento do nosso sistema solar, mas sabe-se menos sobre a origem dos seus anéis icônicos e das muitas luas, que são mais de 80.

Titã está atualmente a 1,2 milhão de quilômetros de Saturno, mas ao aplicar a nova taxa de afastamento, isso significa que a lua surgiu em estreita proximidade com o gigante gasoso. Todo o sistema Saturniano deve ter se expandido mais rapidamente do que convencionalmente se acredita, de acordo com essas descobertas.

“Esse resultado traz uma nova peça importante do quebra-cabeças sobre a questão altamente debatida da era do sistema de Saturno e de como se formaram as suas luas”, explicou Valery Lainey, principal autor do estudo, em um comunicado de imprensa da NASA. Lainey trabalha atualmente no Observatório de Paris da Universidade PSL, mas conduziu essa pesquisa no JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA, no sul da Califórnia.

O novo artigo também valida uma teoria proposta há quatro anos pelo físico teórico Jim Fuller, co-autor do novo artigo e astrofísico da Caltech. Ao contrário das teorias convencionais, que assumem um ritmo lento de deriva para as luas exteriores devido à menor influência da gravidade, a teoria de Fuller sugere que as luas exteriores podem ter um padrão orbital especial, como explicado no comunicado de imprensa da Caltech:

Sua teoria observa que se espera que Titã pressione gravitacionalmente Saturno com uma frequência particular que faz o planeta oscilar fortemente, de forma similar a balançar as pernas em um balanço no tempo certo faz com que você consiga ir cada vez mais alto. Este processo de forçar a maré é chamado de bloqueio por ressonância. Fuller propôs que a alta amplitude da oscilação de Saturno dissiparia muita energia, o que, por sua vez, faria com que Titã migrasse para fora do planeta a uma velocidade mais rápida do que se pensava anteriormente.

Os novos cálculos vão de acordo com essa ideia, pois os modelos de Fuller estão concordância com os cálculos feitos a partir dos dados da Cassini. O modelo de Fuller poderia se aplicar a diferentes tipos de contextos astrofísicos, incluindo sistemas estelares binários e sistemas de exoplanetas.

Uma outra lua apareceu nas manchetes da semana passada, quando cientistas encontraram mais evidências de que Fobos, uma das luas de Marte, está presa em um ciclo de morte e renascimento – o que pode resultar ocasionalmente em um anel ao redor do Planeta Vermelho.

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As novidades da versão beta do Android 11

Posted: 10 Jun 2020 10:00 AM PDT

Tela do Android 11

Algumas funcionalidades da versão beta do Android 11 foram reveladas nesta quarta-feira (10), em um formato diferente: em vez de transmissão ao vivo, a companhia decidiu compartilhar uma série de vídeos e recursos online.

O Google tinha programado um anúncio com novidades do Android 11 para 3 de junho, mas adiou o evento à luz dos protestos que tomaram os Estados Unidos e algumas partes do mundo pela morte de George Floyd.

Notificações para aplicativos de mensagens

O Android 11 vai agrupar os aplicativos de mensagens na barra de notificações, facilitando que você separe avisos de apps em geral e de apps de conversas. Segundo o Google, “isso tornará mais fácil visualizar, responder e gerenciar suas conversas num só lugar”.

Será possível também marcar conversas como prioridade, o que fará com que elas sejam destacadas e exibidas no tela de bloqueio mesmo quando a opção "Não Perturbe" estiver ativada.

Outra modificação em relação aos aplicativos de mensagens são os chamados Bubbles. Na barra de notificações você poderá abrir um Bubble para acessar a conversa sem ter que alternar entre a tarefa atual e o aplicativo de mensagens. A descrição do recurso se parece bastante com os ícones de conversa do Messenger, do Facebook, que ficam flutuando nos cantos da tela.

Botão liga/desliga como atalho

O Android 11 também terá recursos específicos para dispositivos conectados como lâmpadas, termostatos ou fechaduras inteligentes. Ao pressionar o botão liga/desliga de forma prolongada, serão abertos controles para esses aparelhos.

A companhia quer transformar esse menu do botão liga/desliga em uma espécie de “bolso”, com carteira digital, chaves e outros recursos. Por isso, ele também apresentará outras informações como métodos de pagamento com o Google Pay ou cartões de embarque.

Controles de mídia

Ainda em dispositivos conectados, a companhia anunciou que os controles de mídia do Android 11 serão refinados para que você consiga controlar o dispositivo em que o conteúdo de áudio ou vídeo está sendo reproduzido. A ideia é alternar a mídia reproduzida entre os dispositivos rapidamente, trocando do fone de ouvido para alto-falantes ou para a TV (com Chromecast ou Android TV), por exemplo.

Privacidade

O Google redesenhou parte dos controles de privacidade do Android, oferecendo mais opções para os usuários. Será possível autorizar acesso a determinados recursos para uma única utilização – aplicativos poderão acessar sensores como microfone, câmera ou local somente uma vez e depois precisarão pedir uma nova autorização.

Se você ficar sem abrir um app por um bom tempo, as permissões associadas serão redefinidas e você receberá uma notificação sobre isso. A próxima vez que utilizar o aplicativo, poderá conceder as permissões novamente.

A versão beta do Android 11 estará disponível nos smartphones Pixel 2 em diante a partir de hoje. Nas próximas semanas, o programa beta incluirá outros aparelhos.

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Operadora dos EUA pode reduzir internet de todo bairro se uma pessoa usar muitos dados

Posted: 10 Jun 2020 07:33 AM PDT

Cabos de rede ligados em roteador. Crédito: Mandel Ngan/AFP (Getty Images)

Se ter um plano de internet fixa limitado irrita, imagine a velocidade da internet ser reduzida, especialmente se você paga por um plano ultra-rápido e sem limites. De acordo como Ars Technica, a operadora norte-americana Cox Communications não apenas quer que certos clientes parem de usar tantos dados, como também está punindo bairros inteiros para esses assinantes consumirem menos.

Mike, que é assinante do plano de internet gigabit da Cox em Gainesville, na Flórida (EUA), paga US$ 150 por mês por dados ilimitados com velocidades de download de 1 Gbps e upload de 35 Mbps. Ele disse ao Ars Technica que começou a receber avisos da Cox em maio de 2020, alertando-o de que seu uso de dados de upload era "extraordinariamente alto" e, se ele não fizesse reduções, seu contrato poderia ser encerrado.

No entanto, a política de uso da Cox não especifica explicitamente a quantidade de dados que considera extraordinariamente alta, especialmente para alguém que paga US$ 50 a mais especificamente para se livrar do limite de dados.

Segundo o Ars Technica, Mike disse que só usa bastante a internet entre 1:00 e às 8:00, no momento em que o tráfego de internet é mais baixo, como parte de seu trabalho que exige backups de dispositivos agendados e compartilhamento de dados em vários canais criptografados. Ele também observou que usou entre 8 TB e 12 TB de dados no mesmo plano nos últimos quatro anos, mas seu tráfego de dados durante o horário regular está alinhado com o que a maioria das pessoas normalmente usaria.

"A Cox deveria atualizar sua infraestrutura em vez de congestionar os pontos de rede e embolsar uma receita recorde", disse Mike ao Ars Technica.

Como notado pelo Ars Technica, uma rede grande de banda larga, como a da Cox, deveria ser capaz de lidar com esse tráfego de upload, especialmente nas primeiras horas da manhã, e estamos falando aqui de uma taxa de 35 Mbps. Mas, de acordo com um e-mail que Mike recebeu da Cox, seu uso de banda larga estava "causando um impacto negativo" na rede da operadora e para os seus outros clientes da área.

A Cox também disse a Mike que a empresa estava reduzindo sua velocidade de upload de 35 Mbps para 10 Mbps — para todo o bairro — até 15 de julho. O Gizmodo procurou a Cox para esclarecer se isso era apenas o resultado do uso de internet do Mike e se os clientes teriam redução da mensalidade como resultado, mas a Cox ainda não respondeu o pedido do Gizmodo.

No entanto, a Cox confirmou ao Ars Technica que estava diminuindo a velocidade de upload — de seus 35 Mbps habituais no plano para 10 Mbps — em certos bairros onde eles acreditavam que "o desempenho pode ser melhorado para todos os clientes daquela região, aumentando ou mantendo temporariamente velocidades de download e alterações na velocidade de upload de alguns de nossos serviços".

A empresa considera 10 Mbps como "bastante velocidade para a grande maioria dos clientes" (Por exemplo, se você estivesse tentando fazer upload de um arquivo de 50 GB, levaria pouco mais de 12 horas a 10 Mbps). Mas também dizia que usuários como Mike "estão causando problemas de congestionamento em um pequeno número de bairros, utilizando mais de 100 a 200 vezes a largura de banda de upload do que clientes médios".

Alguns usuários do Reddit estão passando pela mesma situação, vendo o tráfego diminuir ou recebendo pedidos similares para reduzir o uso de internet. A Cox foi uma das muitas companhias que se comprometeu a não rescindir planos de internet até 20 de junho devido à pandemia de COVID-19. A empresa também disse que abriria mão de taxas de atraso, porém não havia nenhuma menção de limitar a internet ou a velocidade dos clientes.

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Antigo jogo de tabuleiro romano é encontrado em túmulo na Noruega

Posted: 10 Jun 2020 06:43 AM PDT

Jogo de tabuleiro da Idade do Ferro romana

Um jogo de tabuleiro de 1.700 anos e um raro dado alongado, datado da Idade do Ferro romana, foram descobertos na Noruega. Encontrados perto de uma rota marítima importante, o jogo provavelmente era utilizado para criar laços entre comerciantes que vivam longe uns dos outros.

Um total de 18 peças distintas, semelhantes às fichas utilizadas no jogo de damas, foram encontradas em um poço circular no local de Ytre Fosse, no oeste da Noruega, de acordo com um comunicado de imprensa divulgado pela Universidade de Bergen.

A fossa estava preenchida de um carvão preto e gorduroso, dentro do qual os arqueólogos encontraram uma série de peças carbonizadas, incluindo pedaços de osso, potes de cerâmica, uma agulha de bronze e alguns vidros queimados. Em conjunto, são evidências de um poço de cremação, no qual um indivíduo de alto escalão foi cremado em uma fogueira, cercado por seus bens.

Os itens, incluindo as peças do jogo e os dados, datam de cerca de 300 d.C. e da Idade do Ferro romana. Morten Ramstad, do Museu Universitário de Bergen, disse que sua equipe foi capaz de recuperar a maior parte do conjunto, como relatado pela NRK.

Ytre Fosse, na NoruegaO local da descoberta. Imagem: Universidade de Bergen

“As descobertas de peças de jogo do final da Idade do Ferro são muito raras tanto na Noruega como no resto da Escandinávia”, de acordo com o comunicado de imprensa. “As peças e os dados pertencem a um jogo de tabuleiro inspirado no jogo romano Ludus latrunculorum, e o dono era provavelmente uma pessoa de alto nível que pertencia a [uma tribo regional de elite].”

Ludus latrunculorum, como outros jogos romanos antigos, era semelhante ao xadrez e ao gamão. Este jogo se tornou popular entre os povos germânicos, se espalhando mais para o norte da Escandinávia, segundo a NRK. Os dados são marcados com círculos de pontos representando valores de zero, três, quatro, e cinco.

A fossa Ytre está em uma importante localização geográfica perto do estreito de Alverstraumen. Durante a Idade do Ferro, essa foi uma importante rota marítima ligando o norte da Noruega ao sul da Escandinávia e à Europa continental. Como fato curioso, a rota marítima foi chamada Nordvegen, que significa “caminho do norte”, e desde então tornou-se o nome oficial da nação: Noruega.

Ambos os lados de uma peça do jogoAmbos os lados de uma peça do jogo. Imagem: Universidade de Bergen

A presença de um jogo de tabuleiro dentro de um poço de cremação perto do Alverstraumen aponta para o status especial do indivíduo cremado no local.

Ramstad disse à NRK que os bens da sepultura são “objetos de status que atestam o contato com o Império Romano, onde gostam de se divertir com jogos de tabuleiro”. As pessoas que jogavam esse tipo de jogo “eram aristocratas locais ou de classe alta”, e a capacidade de jogar tais jogos “mostrava que você tinha tempo, lucros e capacidade de pensar estrategicamente”, explicou Ramstad.

Os dados alongados, mostrando os quatro ladosOs dados alongados, mostrando os quatro lados. Imagem: Universidade de Bergen

E como observado no comunicado de imprensa da Universidade de Bergen, as pessoas “que controlavam o ponto ao longo da rota de navegação tinham poder e domínio político em suas áreas tribais locais”, acrescentando que “os muitos e grandes túmulos que encontramos ao longo de Alversund são um testemunho de um cenário político, sobre grupos poderosos que poderiam taxar bens e obter tributo daqueles que navegavam pelo estreito.”

Os itens encontrados em Ytre estão sendo preservados e depois provavelmente serão colocados em exposição pública em um museu local.

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[Review] Huawei Watch GT2: ótima autonomia em um relógio que tem de tudo um pouco

Posted: 10 Jun 2020 05:24 AM PDT

Relógio Huawei Watch GT 2

A categoria de relógios inteligentes não tem lá muitas fabricantes tarimbadas no mundo da tecnologia. A gente tem a Samsung e a Apple, que vendem relógios inteligentes há um tempão por aqui, e a Huawei, que reestreou no Brasil no ano passado com a linha de smartwatches GT e trouxe o GT2 agora no início do ano.

Comercializado no Brasil a partir do fim de janeiro, o Watch GT2 é para quem curte o estilo clássico de relógios esportivos, que não precisa ficar carregando a bateria toda hora e com uma série de sensores úteis para quem pratica atividade física — como GPS, batimento cardíaco, barômetro e bússola, além de itens importantes para saúde como monitor de sono e medidor de SpO2, que ficou famoso nos últimos tempos por fornecer a variação estimada de oxigênio no sangue, um dos fatores medidos em triagens de hospital para saber se uma pessoa com COVID-19 deve receber maiores cuidados médicos ou não.

Abaixo, um resumo da minha longa experiência com o Huawei Watch GT2.

Configurando

Como estava usando um iPhone, resolvi parear o relógio com o aparelho da Apple. Para minha surpresa, foi bem tranquilo. Bastou instalar o Huawei Health, disponível na App Store, criar uma conta da Huawei e, na sequência, selecionar o modelo que se quer parear, e o sistema vai cuidando do restante.

Huawei Watch GT2
Smartwatch Huawei Watch GT2
O que é?
Smartwatch da Huawei com sensores como medidor de batimento cardíaco e SpO2 (saturação de oxigênio).
Preço
R$ 1.699 de 46 mm (preço sugerido) e R$ 1.499  de 42 mm (preço sugerido)
Curti
Bateria de longa duração, design, controle fácil de notificações
Não curti
Experiência diferente no Android e no iOS; apenas no Android, ele tem medidor de estresse

A situação dá uma leve complicada para quem tem smartphone Android que não é da Huawei, pois não há uma versão atualizada do Huawei Health no Google Play. Você até vai achar um app lá, instalá-lo e ele dirá que não funciona. A solução é baixar a App Gallery, a loja de aplicativos da Huawei.

Então, você deverá baixar um arquivo APK do site da Huawei, permitir a instalação de apps de fora do Google Play e rodar o programa, que disponibilizará a bendita versão atualizada do Huawei Health, além de outros apps da plataforma.

Confesso que baixar apps fora da loja do Google não é muito legal, mas é a opção que a Huawei dá — muito provavelmente isso deve ter alguma coisa a ver com a briga entre China e EUA. De qualquer jeito, a empresa poderia se comunicar melhor nesse sentido e deixar claro que o comprador deverá fazer esta operação, que deve ser pouco comum para a maioria das pessoas.

Depois tive a oportunidade de parear o relógio em um smartphone Android (mais especificamente o Huawei Nova 5t) e a experiência é outra. Para começar, o visual do app é bem mais bonito, e o relógio tem também a função de medir estresse (ele se baseia no monitoramento cardíaco) e conta com uma forma fácil de copiar arquivos de música para o vestível (tem um item Música em que você simplesmente pode mover arquivos com extensão MP3 para o relógio).

De qualquer jeito, o teste foi feito em sua maioria com um iPhone, onde as principais funções do smartwatch funcionam tranquilamente.

Usando

O Watch GT2 tem duas versões, sendo uma com caixa de 42 mm e outra de 46 mm. Para este teste, utilizei a de 46 mm Sport, porém você consegue achar no mercado uma versão LTE vendido pela operadora Vivo.

Smarwatch Huawei Watch GT2
Huawei Watch GT2. Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Ele é um smartwatch com pinta de relógio esportivo mesmo, mas bem leve (sem pulseira pesa 41 gramas). A pulseira é de fluorelastômero preta, que é um material que lembra borracha.

A caixa do relógio em si conta com uma tela de 1,39 polegadas sensível ao toque com dois botões na lateral. Um deles abre rapidamente as opções de treino (corrida ao ar livre, natação, ciclismo), enquanto o outro dá acesso a outras funções, como configurações, cronômetro, notificações, etc.

Medidor de batimento cardíaco do relógio Huawei Watch GT2Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

A navegação pelo relógio é baseada em deslizes laterais pela tela para checar previsão do tempo, acessar o medidor de batimento cardíaco (que aliás funciona continuamente) e o Registro de Atividades (um painel com quantidade de passos dados, horas de atividade física e outros fatores). Há ainda a possibilidade de deslizar de cima para baixo, para acessar funções rápidas como configurações/alarme/ativar o Não Perturbe, e segurar um tempo o dedo na tela inicial, que permite trocar a face do relógio.

Huawei Watch GT2Dashboard mostra indicadores de atividade física. Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

Algo interessante da interface do app Huawei Health é que ele é bem fácil de se usar. Digo isso, pois ele resolve um problema que já tive com outros relógios: controlar as notificações que o smartwatch recebe do smartphone.

Basta você tocar no relógio pareado no Huawei Health e logo de cara tem um item "Notificações". Você pode tirar todas as notificações ou manter só o que for importante. No caso, só tinha deixado notificações do Twitter, o que fazia o relógio tremer levemente quando havia algum tipo de interação.

Telas do app Huawei HealthInterface do app Huawei Health no iOS

Penso que graças a esse tipo de configuração somado ao hardware do relógio, ele consegue sobreviver tranquilamente 7 dias longe do carregador, ainda que a marca diga que ele possa chegar a até duas semanas.

No meu caso, usava o relógio a todo momento com monitoramento cardíaco ativo e praticava pelo menos uma hora de exercício físico por dia, geralmente uma caminhada em que eu usava o GPS para medir ritmo e registrar o trajeto. Como disse, recebia poucas notificações. Fora os alertas do Twitter, usava o relógio como despertador, para checar hora e para lembretes durante o expediente para me movimentar um pouco.

Uma semana de uso ininterrupto é uma baita autonomia. Nem Apple Watch ou relógios da Samsung chegam a esse tempo todo longe do carregador.

Falando em exercício físico, o relógio é bem independente. Digo isso, pois ele conta já com várias modalidades de atividade para medir e, no caso de ciclismo e corrida/caminhada, ele ativa o GPS para que você analisar posteriormente o trajeto. Mesmo assim, ele já mostra algumas observações na telinha do relógio, como ritmo da corrida, quilometragem, um gráfico com batimentos cardíacos, entre outras coisas.

Capturas de tela do app Huawei HealthHuawei Health mostra trajeto, ritmo, média de passos e até desempenho do treino

Minha única reclamação sobre o GPS é que às vezes ele levava um tempo para pegar as informações atualizadas do satélite. Além disso, quando ia fazer atividade física e o nível da bateria estava baixo (perto de 10%), o GPS ficava louco. Eu andava todos os dias cerca de 6,2 km. Em um dos dias o relógio registrou 9 km, sendo que o trajeto sempre era praticamente o mesmo. Foi a única grande discrepância que eu vi no meu tempo de uso.

Durante as atividades físicas monitoradas, ele tem uma espécie de "velocímetro" que, baseado em sua frequência cardíaca, diz se você está no queimando gordura, se está fazendo um exercício aeróbico, anaeróbico ou se é uma atividade extrema.

Baseado nesses registros, o app Huawei Health consegue medir o desempenho, dizendo se seu treino é de recuperação, manutenção, melhoria ou alavancagem de aptidão aeróbica. Lógico, é sempre importante consultar um educador físico, mas esses indicadores podem dar uma pista sobre sua evolução. Sem contar que ele sugere um tempo de recuperação analisando o esforço durante a atividade.

Para medir o sono, a Huawei diz que usa um sistema próprio chamado TruSleep. Na verdade, são uma série de indicadores que mostram quanto tempo você esteve em sono profundo, sono leve ou sono REM. No Huawei Health, você consegue ter um bom relatório do seu sono, além de levar puxões de orelha como "você não dormiu o suficiente nesta semana e acordou em horários irregulares". Pelo menos não é um alerta passivo-agressivo. Ele só lhe informa se você buscar a informação no app.

Informações de sensor de sono do app Huawei HealthDados de sono coletados pelo smartwartch da Huawei

Por fim e não menos importante, durante o uso do relógio, ele recebeu uma atualização que fez com que ele passasse a medir Sp02, ou a saturação de oxigênio.

De forma resumida, ele mede a quantidade de oxigênio no sangue e isso passou a ser relevante nesses tempos de pandemia, pois o COVID-19 costuma afetar os pulmões, causando falta de ar. No entanto, nem sempre é um sintoma que faz você ofegar de uma hora para outra, é um processo lento.

Então, medir o SpO2 pode dar uma ideia se uma pessoa está ok ou não. Igual ou maior a 90% significa que a saturação de oxigênio está boa, abaixo disso, após repetidas medições, pode ser um indício de que a pessoa precisa procurar um médico.

Huawei Health no AndroidInterface do Huawei Health (ou simplesmente Saúde) no Android tem mais detalhes

Óbvio que aqui estamos falando de um relógio com um monte de sensores, então a precisão dele pode não ser tão eficaz quanto um oxímetro de hospital. De qualquer jeito, como já disse, se várias medições indicarem uma baixa oxigenação, vale buscar algum tipo de ajuda.

Conclusão

O Huawei Watch GT2 é um smartwatch casual bonito para quem gosta de medir o nível de atividade física. Ele não tem função de eletrocardiograma, como o Apple Watch mais recente (cuja função ainda passa por regulamentação de atividades locais) e o Galaxy Watch Active 2, mas conta com os principais sensores disponíveis em relógios além de uma ótima autonomia de bateria.

A versão de 46 mm é encontrada no varejo por R$ 1.299 (preço sugerido na estreia no Brasil era R$ 1.699), o que parece ser um preço bem ok comparado com opções de concorrentes — o Apple Watch Series 5 tem preço sugerido de R$ 3.500, enquanto o Galaxy Watch Active 2 é encontrado por R$ 2.700.

Ainda que ele tenha vantagem de funcionar tanto em Android como no iOS, no ecossistema da Apple o relógio acaba tendo menos opções, como inserir música no relógio ou utilizar o medidor de estresse. Porém, o principal, que é medir atividade física, funciona bem tranquilamente.

Se você quer ser mais ativo fisicamente e contar com um acessório estiloso, é uma boa opção. Agora, se sua grana for curta, as pulseiras inteligentes são sempre uma alternativa, pois combinam a função de relógio com análise de sono e contador de passos.

Huawei Watch GT2 46mm
Smartwatch Huawei GT2, 46mm, Latona - Preto
R$1750
O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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Rajada de radiação cósmica se repete em ciclos de 157 dias e intriga cientistas

Posted: 10 Jun 2020 04:11 AM PDT

Desenho mostra um círculo rosa com um ponto de interrogação e um ponto azul disparando raios em direção a um telescópio. O ponto rosa tem uma órbita menor, interna, e o ponto azul tem uma órbita maior, externa.

Rajadas rápidas de rádio, ou FRBs, na sigla em inglês, chamam a atenção de astrônomos há mais de uma década, mas sua origem permanece incerta. Uma pesquisa recém-concluída identificou uma FRB que se repete em um ciclo inesperado e incomumente longo de 157 dias. Esta descoberta que está redefinindo o que sabemos sobre esses misteriosos pulsos intergalácticos.

Alguma coisa — não sabemos o que — está disparando pulsos curtos de rádio de alta energia nas profundezas do espaço. Isso está acontecendo com regularidade, de acordo com uma nova pesquisa publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

A fonte dessas explosões, denominada FRB 121102, está localizada em uma galáxia anã a cerca de 3 bilhões de anos-luz da Terra. O padrão recém-detectado dura 157 dias. FRB 121102 fica ativa por 90 dias, depois completamente silenciosa por 67 dias. E de novo, e de novo, e de novo…

Esse padrão foi detectado por astrônomos da Universidade de Manchester, que usaram o telescópio Lovell para monitorar a FRB nos últimos quatro anos. Esta pesquisa capturou 32 rajadas distintas que, quando combinadas com dados dessa FRB coletados anteriormente, revelaram o padrão.

A FRB 121102 é a primeira de apenas duas FRBs de repetição conhecidas, sendo a outra FRB 180916.J10158+56. O padrão de 157 dias, porém, não era conhecido até agora. A nova pesquisa foi liderada pelo astrofísico Kaustubh Rajwade, da Universidade de Manchester.

Descobertas pela primeira vez em 2007, acreditava-se que as FRBs eram causadas ​​por eventos únicos, como estrelas explosivas, mas a descoberta de FRBs repetitivas obrigou os cientistas a repensar o conceito. As teorias atuais incluem estrelas de nêutrons em rotação rápida com fortes campos magnéticos (conhecidos como magnetares), fusões de objetos super densos, buracos negros supermassivos e até atividades de civilizações extraterrestres.

É importante ressaltar que a FRB 180916.J10158+56 também segue um padrão distinto, como revelaram cientistas canadenses no ano passado. Ela fica ativa por quatro dias e depois quieta por 12. Este ciclo de 16 dias é aproximadamente 10 vezes mais curto que o período observado na FRB 121102. Essa é uma nova e potente pista para os astrônomos que tentam identificar a fonte de essas estranhas emissões celestes.

Avi Loeb, astrônomo da Universidade de Harvard que não participou da nova pesquisa, diz que a “explicação mais natural” para esse ciclo de 157 dias envolveria um objeto fonte como uma jovem estrela de nêutrons em órbita ao redor de um objeto companheiro, em uma configuração que dispararia rajadas radioativas mais ou menos em nossa direção durante uma fração de sua órbita.

Outra possibilidade, Loeb acrescenta, é que o objeto companheiro não seja uma estrela de nêutrons, mas uma estrela normal ou algum tipo de remanescente estelar que pesa aproximadamente tanto quanto o nosso próprio Sol.

“Um período orbital de 0,43 anos corresponderia a uma separação orbital [a distância entre dois corpos] de cerca de metade da separação Terra-Sol”, comenta Loeb. “Se a fonte emitir um par de raios em direções opostas, é possível que 157 dias sejam apenas metade do período orbital — nesse caso, o raio orbital é semelhante ao da Terra ao redor do Sol”.

Uma hipótese possivelmente descartada pela nova pesquisa é de a fonte ser um magnetar oscilante, conforme observado em um comunicado da Universidade de Manchester:

As FRBs repetitivas podem ser explicadas pela precessão, como um topo oscilante, do eixo magnético de uma estrela de nêutrons altamente magnetizada, mas com os dados atuais, os cientistas acreditam que pode ser difícil explicar um período de precessão de 157 dias, dados os grandes campos magnéticos esperados nessas estrelas.

Também é possível que FRB 121102 e FRB 180916.J10158+56, embora repetitivas com períodos fixos, sejam geradas por dois tipos diferentes de fenômenos celestes. Ainda temos muito a aprender sobre essas rajadas. E como Loeb disse ao Gizmodo, “dados adicionais são necessários para ter certeza da periodicidade estatística inferida” para essas duas FRBs.

Podemos não entender o que são essas FRBs, mas elas são muito reais. Tão reais que estão sendo usadas ​​para resolver mistérios científicos de longa data, como a localização da matéria perdida no universo, como revelado em um estudo recente.

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