sábado, 13 de junho de 2020

Gizmodo Brasil

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Cientistas encontram evidências de que crocodilos bípedes existiram há mais de 100 milhões de anos

Posted: 12 Jun 2020 01:51 PM PDT

Batrachopus grandis, o crocodilo bípede

Os crocodilos modernos são conhecidos pelo andar arrastado em quatro patas, mas este crocodilo da era do Cretáceo caminhou sobre duas pernas enquanto percorria as costas pré-históricas, de acordo com pegadas bem preservadas que ele deixou para trás.

O vestígio do fóssil, chamado Batrachopus grandis, foi descoberto na trilha de Sacheon Jahye-ri, na Coreia do Sul, e data de cerca de 110 milhões a 120 milhões de anos atrás.

Como suas pegadas revelam, o animal apresentava patas traseiras semelhantes a de crocodilos, mas não deixava vestígios de seus membros posteriores ou de uma cauda que se arrastasse, levando uma equipe internacional de pesquisadores a concluir que a criatura que deixou os rastros era um crocodilo bípede. A pesquisa foi publicada nesta semana na Scientific Reports.

Crocodilianos, como o nome sugere, referem-se a um grupo diverso de criaturas semelhantes a crocodilos, dos quais descendem os crocodilos e jacarés de hoje em dia.

O animal que deixou esses rastros, no entanto, tinha muito pouco de crocodilo, pois se assemelhava a dinossauros bípedes terópodes, com suas longas patas traseiras e marcha estreita. Os crocodilos modernos, ao contrário, possuem pernas curtas e deixam para trás trilhas largas quando andam.

Pegadas deixadas pelo Batrachopus grandis, o crocodilo bípedePegadas deixadas por antigos crocodilos bípedes. Imagem: Seul Mi Bae

“Crocodilos tradicionais andam de cócoras e criam rastros largos”, explicou Kyung Soo Kim, principal autor do estudo e paleontólogo da Universidade Nacional de Educação de Chinju, em um comunicado à imprensa.

“Estranhamente, nossas trilhas são muito estreitas – se parecem mais com o equilíbrio de um crocodilo em uma corda bamba. Quando combinado com a falta de marcas de arrasto de cauda, ficou claro que essas criaturas estavam se movendo com duas patas. Elas estavam se movendo da mesma forma que muitos dinossauros, mas as pegadas não eram de dinossauros. Dinossauros e seus descendentes de pássaros caminham sobre os dedos dos pés. Os crocodilos caminham sobre o plano dos pés, deixando claras impressões de calcanhar, como os humanos fazem”, explicou Kim.

A análise das pegadas e da maneira de andar sugere que este crocodilo bípede era bastante grande, medindo quase três metros de comprimento. Em sua postura horizontal, no entanto, ele deveria chegar a altura do quadril de um humano adulto. Os autores do estudo acreditam que o crocodilo frequentava as margens de grandes lagos.

Cerca de cem pegadas de vários locais foram encontradas na trilha de Sacheon Jahye-ri, o que é extraordinário, já que é raro encontrar evidências fósseis de crocodilianos na Ásia.

As pegadas estavam tão bem preservadas que algumas ainda apresentavam padrões de pele. Estes animais andavam apoiando primeiro o calcanhar e depois os dedos, mas não foram encontradas pegadas dos membros superiores, nem qualquer evidência de arrastamento da cauda.

É importante ressaltar que os pesquisadores descartaram a possibilidade de que essas trilhas representassem um híbrido entre nadar e caminhar pela água, já que um comportamento como esse seria representado por marcas que tivessem fincado primeiro os dados e depois os calcanhares.

Batrachopus grandis, o crocodilo bípede, comparado a um humanoA imagem do animal comparado a um humano. Crédito: Anthony Romilio

Curiosamente, a descoberta mostra que as pegadas antigas encontradas em outros lugares da Coreia do Sul não são o que pareciam ser inicialmente.

Rastros encontrados na Formação Haman, que remontam ao período Jurássico anterior, foram atribuídos a um animal muito diferente: os pterossauros.

Os paleontólogos, não sabendo o que fazer com essas trilhas, acharam que os pterossauros aéreos pousavam com dois pés e depois percorriam águas rasas para proteger suas asas. Mas isso não se sustenta, pois os pterossauros são “quadrúpedes obrigatórios”, ou seja, só conseguem andar com os quatro membros apoiados.

Essas trilhas, como mostra a nova pesquisa, são mais apropriadamente atribuídas ao crocodilo Batrachopus. As pegadas encontradas em Sacheon Jahye-ri são duas vezes maiores do que as encontradas em Haman, medindo mais de 24 centímetros de comprimento – um tamanho muito mais consistente com uma origem crocodiliana.

“As pegadas estão muito bem preservadas e a estrutura é muito boa para acreditarmos que são crocodilos”, escreveu Martin Lockley, co-autor do novo trabalho e pesquisador da Universidade do Colorado em Denver, em um e-mail para o Gizmodo.

As novas pesquisas mostram que os crocodilos bípedes podem ter surgido há cerca de 200 milhões de anos, durante o período Jurássico. Eles teriam durado pelo menos até o Cretáceo. “O projeto deles foi um sucesso”, disse Lockley.

Vale ressaltar que essas interpretações são baseadas em pegadas, ao contrário de ossos fossilizados. O Batrachopus grandis continua sendo uma icnoespécie, no linguajar dos paleontólogos, por ser uma “espécie” descrita apenas por vestígios de fósseis, que neste caso são uma série de pegadas bem preservadas.

Idealmente, os cientistas encontrarão alguns ossos reforçar ainda mais a existência desses extraordinários crocodilos bípedes.

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Sucessor do Hubble sofre mais um atraso e não será lançado em março de 2021

Posted: 12 Jun 2020 11:47 AM PDT

Telescópio espacial James Webb na Northrop Grumman no sul da Califórnia. Crédito: Northrop Grumman

Vamos ter de esperar ainda mais para ver o telescópio espacial James Webb (JWST na sigla em inglês), da NASA, deixar a Terra, devido a atrasos causados pela pandemia de COVID-19. Thomas Zurbuchen, chefe da diretoria de ciências da NASA, deu as más notícias nesta quarta-feira (10), durante uma reunião virtual com o Conselho de Estudos Espaciais das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA.

"Não lançaremos em março, absolutamente não será em março", disse Zurbuchen em referência ao lançamento programado anteriormente para 2021. "Isso não está nos planos agora", disse ele, em uma transcrição preparada pelo Space Policy Online.

Para a NASA e a Northrop Grumman (o principal contratado da agência especial para o projeto), é mais um contratempo para um projeto cheio de dificuldades. O último adiamento é o mais recente de uma série aparentemente interminável de excedentes de custos e atrasos na programação. Desta vez, no entanto, o dedo da culpa está sendo apontado diretamente para o COVID-19 e a pandemia.

"Não é porque [a NASA e a Northrop Grumman] tenham feito algo errado", disse Zurbuchen. "Isso simplesmente não vai acontecer, e não é uma falha ou má administração de algum tipo", disse ele, acrescentando que o programa fez grandes progressos recentemente e que o JWST estava a caminho do lançamento em março de 2021 a bordo do foguete Ariane 5. E, de fato, os engenheiros recentemente realizaram um teste bem sucedido do conjunto da torre implantável do sistema.

“Eu estou muito otimista em ver essa coisa decolar da base de lançamento em 2021, pelos resultados que estou vendo, [mas] ainda tem muito chão pela frente”, disse Zurbuchen. Ele ainda acrescentou que a NASA e seus parceiros precisarão aprender uma “nova eficiência” para trabalhar em condições de pandemia e que um cronograma revisado de lançamento não será avaliado até julho.

Uma possível data de lançamento em 2021, considerando tudo o que está acontecendo, é realmente bastante animadora, e mal podemos esperar para ver este telescópio decolar.

O JWST é o observatório sucessor do Hubble, que está em atividade há 30 anos. Uma vez no espaço, o telescópio infravermelho "olhará muito mais de perto o início dos tempos e buscará a formação não observada das primeiras galáxias, além de observar as nuvens de poeira onde estrelas e sistemas planetários estão se formando hoje", segundo a NASA.

O telescópio também será capaz de escanear as atmosferas de exoplanetas distantes, representando um salto potencialmente enorme para os cientistas em busca de mundos habitáveis.

Mas o JWST está provando ser uma máquina excepcionalmente complexa de se construir e testar, pois apresenta nada menos que 300 pontos únicos de falha, como publicado no Space Policy Online no início do ano.

O telescópio está atualmente na fase de integração e teste de seu desenvolvimento, mas a pandemia forçou a NASA e a Northrop Grumman a desacelerar as coisas. Como relata o SpaceNews, o trabalho não parou completamente nas instalações da Northrop, no sul da Califórnia; a empresa agora opera cinco turno de oito horas por semana, em oposição aos 12 turnos habituais de 10 horas.

O JWST deveria ser lançado há cerca de 10 anos atras, a um preço inicial de US$ 1 bilhão. Mas como Eric Berger relata no Ars Technica, a estimativa de custou atual para seu desenvolvimento chegou a US$ 9,7 bilhões. Infelizmente, o projeto JWST colocou em dúvida a capacidade da NASA de gerenciar missões emblemáticas — uma preocupação que Zurbuchen quis abordar durante a reunião.

"A NASA precisa fazer missões emblemáticas. Precisamos aprender como fazer missões emblemáticas", disse ele. "Sendo franco, parte de ser líder no espaço significa que precisamos fazer coisas que ninguém jamais havia feito antes. Especialmente na astrofísica, e também em algumas das ciências planetárias, mas há outros campos em que algumas dessas missões emblemáticas são as únicas ferramentas para levar as coisas adiante."

Ao que ele acrescentou: "O desafio das missões emblemáticas, e estamos gastando muito esforço e tendo muito aprendizado com isso, tem sido gerenciá-las de maneira que não canibalize outras iniciativas."

Em notícias mais positivas, a NASA ainda espera lançar o rover Perseverance para Marte em julho, embora a data tenha sido atrasada em três dias devido a um problema não revelado. Estamos de dedos cruzados por aqui.

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Twitter apaga mais de 170 mil contas ligadas à campanha de desinformação chinesa

Posted: 12 Jun 2020 10:12 AM PDT

Pessoa com o logotipo do Twitter ao fundo. Crédito: Leon Neal/Getty Images

O Twitter anunciou nesta quinta-feira (11) que encerrou mais de 170 mil contas vinculadas a uma campanha apoiada por Pequim para espalhar propaganda sobre o governo chinês, particularmente em relação à sua resposta à pandemia de coronavírus e protestos pró-Democracia em Hong Kong.

No total, foram removidas 23.750 contas que faziam parte de uma "rede principal altamente engajada", além de 150 mil contas amplificadoras encarregadas de colocar esse conteúdo em contato com mais pessoas, informou a empresa em um blog post. No entanto, mesmo com um exército de bots tão grande, a operação acabou sendo um fracasso, disse o Twitter, e pesquisadores que analisaram as contas supunham que a rede só conseguiu se sua própria "câmera de eco".

"Em geral, toda essa rede estava envolvida em uma série de atividades coordenadas e manipulativas", escreveu o Twitter. "Eles estavam tuitando predominantemente nas línguas chinesas e espalhando narrativas geopolíticas favoráveis o Partido Comunista da China, enquanto continuavam a promover narrativas enganosas sobre a dinâmica política em Hong Kong".

Embora esta última campanha de propaganda tenha se concentrado principalmente em semear discórdia política entre os manifestantes de Hong Kong, a atividade entre as contas falsas disparou no final de janeiro, quando o surto de coronavírus começou a se espalhar para além das fronteiras da China, para elogiar a resposta de emergência do governo à pademia e, depois, tirar um barato dos esforços americanos.

O Twitter também encontrou evidências de que essa operação tinha ligações com várias plataformas de mídia social em agosto passado, voltada para Hong Kong. O Twitter é uma das muitas plataformas de mídia social bloqueadas na China sob o rigoroso regime de censura do país.

Na quinta-feira, o Twitter também anunciou que havia excluído as campanha apoiadas pelo Estado, originárias da Rússia e da Turquia, que estavam em uma escala muito menor e focadas no público doméstico. Ele removeu mais de 1.000 contas que promoviam o partido United Russia (Russia Unida) e 7.340 contas usadas para apoiar o partido político conservador do presidente turco Recep Tayip Erdogan.

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Google irá ampliar recursos do Assistente para mais dispositivos inteligentes

Posted: 12 Jun 2020 08:40 AM PDT

Google Home

O Google Assistente pode ser muito útil, mas dependendo de qual dispositivo você estiver usando, nem todos os comandos e funcionalidades estão disponíveis. O Google pretende mudar isso. Em uma atualização anunciada nesta quinta-feira (11), a companhia se comprometeu a disponibilizar mais habilidades do Assistente no maior número possível de dispositivos inteligentes, começando com três importantes adições.

O primeiro recurso que ficará disponível em mais aparelhos é o Voice Match, que permite ao Google Assistente reconhecer quem está fazendo uma pergunta ao identificar a voz. Isso é importante porque o Assistente usa sua identidade para transmitir informações relevantes sobre a sua agenda, o seu deslocamento e assim por diante – detalhes que podem não se aplicar para todos em sua casa.

Além disso, cada smart speaker ou smart display suportará o Voice Match para até seis pessoas. A menos que você tenha uma família realmente grande, todos devem conseguir respostas individualizadas.

O segundo recurso que ficará disponível em mais dispositivos é a sensibilidade às palavras de ativação, que permite que você personalize o quão responsivo o Assistente é quando você diz “Ei, Google” ou “OK, Google”.

Para muitos falantes nativos de inglês nos EUA, o Google Assistente já é muito bom em responder de forma oportuna quando você o chama. No entanto, para pessoas com sotaque, ajustar a sensibilidade da palavra de ativação pode tornar os comandos mais fáceis de serem utilizados.

Por fim, a terceira característica que terá um suporte mais amplo é a capacidade de escolher qual é o seu alto-falante padrão para reproduzir música ou outro áudio. Configurar o speaker padrão será bem simples: bastará abrir o Google Home e depois selecionar o alto-falante de sua escolha.

Se em algum momento você queira tocar música em um alto-falante diferente em sua casa, poderá especificar isso no final de um comando: “OK, Google, toque Daft Punk no alto-falante da cozinha”.

Alguns alto-falantes inteligentes como o Sonos levaram anos para ter as funcionalidades mais básicas do Google Assistente. Com essas mudanças, é bom ver que a companhia está se comprometendo a levar os recursos para uma maior variedade de dispositivos.

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Novo app de câmera do Photoshop fará seus filtros do Instagram parecerem desatualizados

Posted: 12 Jun 2020 06:21 AM PDT

Adobe Photoshop Camera

Agora que publicar fotos próprias nas redes sociais se tornou uma carreira para muita gente, a Adobe colocou alguns dos poderosos recursos de edição do Photoshop em seu novo app de câmera que usa inteligência artificial para fazer todo o trabalho duro para você. Mas o aplicativo não só aplica filtros que você pode visualizar antes de tirar uma foto — o Photoshop Camera pode até substituir partes indesejadas de uma foto enquanto você ainda a enquadra.

O novo aplicativo, disponível gratuitamente para Android e iOS (não precisa de assinatura paga do Adobe Creative Cloud), faz parte dos esforços recentes da empresa para tornar suas poderosas ferramentas de edição e criação de imagens disponíveis e acessíveis a uma base de usuários mais ampla.

É uma abordagem que, na maioria das vezes, não compromete recursos avançados das ferramentas de edição de imagens da Adobe. Isso se deve ao sistema de inteligência artificial da empresa, chamado Sensei, que automatiza o processo de edição para usuários iniciantes que não têm horas para gastar em uma foto ou anos para aprender e dominar um software tão completo quanto o Photoshop.

Com o uso inteligente de várias lentes e inteligência de software, os smartphones agora são capazes de criar fotos que rivalizam com fotos de câmeras digitais caras, mas isso pressupõe que você gastou uma grana a mais em um modelo atual de celular.

Um dos maiores apelos do Adobe Photoshop Camera é que o app apresenta recursos como desfocar o segundo plano para smartphones mais antigos, aproveitando os recursos de processamento de imagem do Sensei. Ele pode separar objetos de forma automática e inteligente, permitindo que os fundos fiquem embaçados, sejam aprimorados e e tenham correção de cores ou mesmo sejam completamente trocados.

Quando você abre o aplicativo, o Adobe Photoshop Camera começa imediatamente a analisar o feed da câmera do seu smartphone e a aplicar aprimoramentos em tempo real antes mesmo de pressionar o botão para disparar o obturador. Também sugere quais filtros podem ser melhor utilizados para melhorar a foto.

Se você estiver tirando uma selfie, por exemplo, ele irá sugerir o uso de um dos vários filtros de iluminação de retrato para aprimorar seu rosto, alterando sutilmente a maneira como ele fica iluminado.

Se você estiver enquadrando uma foto que inclua o céu, como esta abaixo, o app sugerirá um dos vários filtros de substituição do céu. Era um dia escuro e nublado quando capturei esta imagem num céu azul com nuvens brancas e só foi necessário o esforço de um clique — embora reposicionar e ajustar a escala das nuvens também fosse uma opção. O aplicativo se inclina a automatizar todos os ajustes de fotos que faz, mas alguns ajustes manuais podem ser feitos (que variam de filtro para filtro) e também oferece integração com a versão móvel do Adobe Lightroom, se você não estiver completamente satisfeito com os resultados.

Foto original (à esquerda) e as outras são de filtros do app Photoshop CameraFoto original (à esquerda superior) e as outras são de filtros do app Photoshop Camera. Crédito: Andrew Liszewski/Gizmodo

Se um dia nublado não é a estética que você está procurando, o Adobe Photoshop Camera pode realizar transformações do dia para a noite, trocando um céu iluminado pelo sol por um cheio de estrelas e, em seguida corrigindo automaticamente as outras partes da cena para que a foto pareça que foi tirada à noite. As edições automatizadas nem sempre são perfeitas, mas os resultados geralmente são impressionantes, pois não exigem nenhum esforço do usuário.

Foto original do Thanos ao lado de várias opções com filtros do Photoshop CameraFoto original do Thanos ao lado de várias opções com filtros do Photoshop Camera

Uma pequena variedade de filtros está disponível no aplicativo quando você baixe e abre ele pela primeira vez, mas filtros adicionais podem ser baixados dependendo do seu gosto. Provavelmente, havia vários filtros que eu nunca usaria, como os de história em quadrinhos ou que substituem os planos de fundo por ilustrações de desenhos animados, mas você pode removê-los conforme necessário, para que nem sempre esteja percorrendo uma longa lista procurando seus favoritos.

A Adobe prometeu que novos filtros, incluindo muitos criados por artistas associados à empresa, serão enviados regularmente. No lançamento, os filtros disponíveis tendem a serem mais de efeitos artísticos, presumivelmente para exibir o app e os recursos do Sensei, mas há alguns que oferecem ajustes mais sutis, como falsificar a iluminação da fotografia de retrato ou melhorar fotos de comida.

A empresa também afirma que o app funcionará em dispositivos tão antigos quanto o iPhone SE original de quatro anos atrás, além de todos iPhones a partir do iPhone 6S que estejam com o iOS 12 ou iOS 13, enquanto o suporte para Android inclui o Pixel 3/XL, Samsung Galaxy S9/9+, Samsung Galaxy S10/S10+, Galaxy Note 9/Note 10/10+, Galaxy S20/S20+, One Plus 6/6T e superior, desde que estejam executando o Android 9 ou Android 10.

Importante notar que nos meus testes houve lentidão no iPhone 8 com interrupção ocasional na visualização de filtros mais complexos em tempo real. Quanto mais potência você conseguir, mais suave será a experiência que você terá, mas mesmo na sua forma atual, não demorará muito para que você passe a achar chatos os filtros do Instagram os quais você sempre confiou.

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Vacina da pólio pode mobilizar sistema imune, e cientistas querem testar este efeito contra o coronavírus

Posted: 12 Jun 2020 04:17 AM PDT

Um grupo de cientistas tem uma proposta inusitada para proteger as pessoas da COVID-19. Em um novo artigo publicado quinta-feira (11), eles argumentam que podemos usar vacinas existentes, como a vacina oral contra a poliomielite, para fornecer algum grau de imunidade temporária contra o coronavírus.

Entre os autores, está Robert Gallo, cientista da FDA (Food and Drug Administration) dos EUA e um dos pesquisadores que descobriram o HIV. Como explicam na revista Science, o conceito teórico de redirecionar vacinas para outras doenças é muito antigo. Ele remonta a quando a vacina oral contra a poliomielite foi amplamente utilizada nas décadas de 1960 e 1970.

Eles citam estudos de campanhas de vacinação em massa sugerindo que a vacina — que pode induzir imunidade a três tipos de vírus da poliomielite — reduziu a mortalidade ou acelerou a recuperação de outras doenças virais, como gripe e herpes genital. A vacinação contra a poliomielite em crianças também tem sido associada a taxas mais baixas de infecções que podem ser causadas por bactérias e vírus, como as do ouvido e respiratórias, além de diarreia.

A imunidade a um determinado germe pode vir de anticorpos e outras células imunes que se formam logo após uma nova infecção e são criados especificamente para desativá-la. Mas é o nosso sistema imunológico inato que é a primeira linha de defesa.

Os cientistas teorizam que algumas vacinas são capazes de mobilizar o sistema imunológico inato para fornecer uma maior imunidade inespecífica contra a maioria dos invasores, pelo menos por um curto período de tempo. Os autores escrevem que isso pode ser especialmente útil para a COVID-19, pois suspeita-se que a doença possa suprimir a resposta imune inata.

“Isso é algo que foi discutido no passado, mesmo no nível da Organização Mundial de Saúde”, diz Melvin Sanicas, pesquisador de vacinas e doenças infecciosas que trabalhou com a OMS e não esteve envolvido com o novo artigo. Ele observa que, em 2013, a OMS formou um grupo de trabalho que concluiu que várias vacinas (a vacina contra a poliomielite não foi estudada) poderiam teoricamente fornecer um efeito protetor inespecífico contra infecções; a OMS concordou que os resultados mereciam mais pesquisas.

Sanicas acrescenta: "Com relação à poliomielite, foi demonstrado que a vacina oral fornece proteção contra outras infecções que não a poliomielite, portanto há justificativa científica suficiente para avaliá-la para induzir um ‘impulso de mecanismos antivirais’ contra a SARS-CoV-2."

Esse efeito protetor parece vir apenas de vacinas que usam uma versão viva (mas enfraquecida) de seu alvo, como a vacina oral contra a poliomielite. Efeitos semelhantes em infecções não relacionadas foram observados em vacinas vivas contra sarampo e tuberculose, observaram os autores.

Mas a vacina contra a poliomielite pode ser uma opção mais atraente para se transformar em um escudo temporário contra o COVID-19, dada a sua facilidade de uso, baixo custo e infraestrutura existente para produzi-la em massa. Apesar de a poliomielite estar quase extinta, mais de um bilhão de doses são ainda produzidas anualmente como parte de um programa de erradicação em vários países.

Obviamente, nenhuma vacina ou medicamento é livre de possíveis efeitos colaterais. A vacina oral contra a poliomielite, por exemplo, raramente pode causar surtos do vírus enfraquecido da poliomielite em áreas com falta de água e baixa imunidade preexistente — o vírus enfraquecido às vezes pode sobreviver nas fezes de uma pessoa vacinada, sofrer mutações e depois infectar alguém que não foi vacinado. Mas esses casos são geralmente mais leves que a forma clássica de poliomielite e os surtos podem ser interrompidos por meio de campanhas de vacinação. Os benefícios da vacina compensam e muito seus riscos.

A questão mais premente, porém, é se as vacinas vivas existentes podem realmente proteger contra a COVID-19 o suficiente para que sejam úteis durante a pandemia.

“A hipótese de que a vacinação inespecífica poderia aumentar a resistência a qualquer infecção viral por induzir respostas antivirais inatas é plausível, embora não esteja claro quanto tempo isso duraria”, diz Angela Rasmussen, virologista da Universidade de Columbia. “Se a vacina oral contra a poliomielite induzir uma resposta inata transitória que desaparece relativamente rapidamente, não sei dizer se respostas imunes inatas elevadas proporcionariam proteção suficiente para trazer benefícios substanciais à saúde pública.”

Porém, dada a plausibilidade da teoria, os autores estão defendendo ensaios clínicos usando o estoque existente de vacina oral contra a poliomielite. Pelo menos um teste está sendo planejado nos EUA, de acordo com um comunicado divulgado pela Global Polio Eradication Initiative em abril. Também há pelo menos dois ensaios clínicos em andamento, estudando se a vacina do bacilo Calmette-Guérin, mais conhecida como vacina BCG e usada para tuberculose, pode melhorar a imunidade à COVID-19.

Se esses estudos acabarem encontrando um benefício significativo, essa estratégia poderá não apenas se tornar uma medida preventiva para COVID-19, mas também para a inevitável próxima pandemia.

“Se ela for comprovadamente eficaz contra a COVID-19, a imunização de emergência com vacinas vivas atenuadas pode ser usada para proteção contra outros patógenos emergentes não relacionados”, escreveram os autores.

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