quarta-feira, 24 de junho de 2020

Gizmodo Brasil

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Banco Central para WhatsApp: pediu pra parar, parou

Posted: 23 Jun 2020 04:55 PM PDT

Edifício-sede do Banco Central.

Essa foi rápida: pouco mais de uma semana após o anúncio da chegada dos pagamentos por WhatsApp ao Brasil, o Banco Central pediu que Visa e MasterCard suspendam as transações por meio do app.

Em uma nota intitulada “Nova solução de pagamentos depende de prévia autorização do BC” (mais direto, impossível) publicada no site da autoridade monetária, o Banco Central diz que a medida visa “preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato”.

Não por coincidência, são estes os mesmos princípios que norteiam o Pix, sistema de pagamentos aberto que o Banco Central promete lançar em novembro. A promessa é que o Pix seja uma alternativa interessante a TED, DOC, boletos, cartões de débito e transferências, operando 24 horas por dia, 7 dias por semana e funcionando por meio de smartphones.

Ainda segundo o texto, a medida foi tomada para que o BC possa avaliar os riscos que os pagamentos por WhatsApp representam para o Sistema de Pagamentos Brasileiro, o SPB, e se a empresa segue as normas definidas pela Lei 12.865 de 2013, que regula arranjos e instituições de pagamento. “O eventual início ou continuidade das operações sem a prévia análise do Regulador poderia gerar danos irreparáveis ao SPB notadamente no que se refere à competição, eficiência e privacidade de dados”, diz a publicação.

Consultado pela reportagem, o WhatsApp enviou o seguinte posicionamento por e-mail:

“Ficamos muito animados com a avaliação positiva das pessoas no Brasil com o lançamento de pagamentos no WhatsApp na semana passada. Fornecer opções simples e seguras para que as pessoas realizem transações financeiras é muito importante durante esse período crítico de pandemia e ajudará na recuperação de pequenos negócios. Nosso objetivo é fornecer pagamentos digitais para todos os usuários do WhatsApp no Brasil, com um modelo aberto e trabalhando com parceiros locais e o Banco Central. Além disso, apoiamos o projeto PIX do Banco Central, e junto com nossos parceiros estamos comprometidos em integrar o PIX aos nossos sistemas quando estiver disponível.”

Os pagamentos por WhatsApp foram anunciados na segunda-feira passada (15). Disponível inicialmente para um número pequeno de usuários, o recurso permitia transferir dinheiro para outros usuários do app de mensagens usando cartões de crédito ou débito de Banco do Brasil, Sicredi e Nubank com bandeiras Visa ou MasterCard — demais bancos, aliás, teriam desistido de participar após testes.

Os pagamentos usariam a estrutura do Facebook Pay e seriam processados pela Cielo, parceira do Facebook na empreitada.

No mesmo dia, o Banco Central reagiu à novidade, dizendo estar “vigilante a qualquer desenvolvimento fechado ou que tenha componentes que inibam a interoperabilidade”. A instituição disse ainda que considerava “prematura qualquer iniciativa que possa gerar fragmentação de mercado e concentração em agentes específicos”.

A decisão é mais uma em um longo histórico de embates entre o Facebook e autoridades monetárias ao redor do mundo. A França, por exemplo, já havia dito que proibiria a Libra, projeto da gigante das redes sociais para criar uma criptomoeda global, e o presidente do FED, dos EUA, também havia criticado a ideia.

Os pagamentos por WhatsApp não eram um projeto tão ambicioso quanto a Libra, mas também não empolgaram as autoridades brasileiras. A ver quais serão os próximos capítulos dessa novela.

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As principais novidades de privacidade que estarão no iOS 14

Posted: 23 Jun 2020 02:48 PM PDT

Logo da Apple em loja

A Apple não perde a chance de se colocar como uma empresa de tecnologia que prioriza a privacidade em relação aos seus lucros – e nesta WWDC não foi diferente. A companhia anunciou uma série de tecnologias voltadas para a proteção de privacidade que serão implementadas em seus novos sistemas operacionais.

Sem localizações exatas no iOS

A primeira novidade é a introdução do que a Apple chama de “Localização Aproximada”. Ela está programada para ser lançada com o iOS 14 e o iPadOS 14, no próximo trimestre.

O chefe de software da Apple, Craig Federighi, explicou à Fast Company que essa atualização do software permitirá aos usuários decidirem que um aplicativo veja somente sua “localização aproximada” – com precisão de poucos quilômetros de onde quer que eles estejam em vez de sua latitude e longitude precisas.

Para chegar a essas aproximações, a Apple dividiu o mundo inteiro em um certo número de regiões de aproximadamente 16 quilômetros de diâmetro (o equivalente a 10 milhas) e deu a cada uma delas um certo identificador. Se um usuário quer dizer a um determinado aplicativo qual é a sua localização “aproximada” em vez de “precisa”, este é o identificador que o app vai usar.

Como as regiões são mais amplas, é efetivamente impossível para o aplicativo obter as coordenadas precisas de um determinado usuário, a menos que ele queira dar acesso à localização precisa, que continua sendo útil para aplicativos de GPS, por exemplo.

Indicadores de gravação

Além de mudanças no rastreamento de localização, o iOS 14 também virá com um indicador de gravação de uso da câmera e do microfone. É algo parecido com a luz verde que aparece quando a webcam do MacBook está ligada, por exemplo. O indicador vai aparecer no topo da barra de status do dispositivos iOS e vai permitir que o usuário confira se a câmera frontal, traseira ou o microfone estão ligados.

Informação nutricional de apps

Janela de permissão de localização no iOSImagem: Apple

A nova atualização do iOS também vai reformular a maneira que anunciantes podem rastrear usuários dentro dos aplicativos ou através da web bem como usar esses dados para direcionar propaganda. Os desenvolvedores precisão fazer uma declaração das permissões que seus apps vão solicitar – com isso, não será possível visualizar a localização de um usuário ou seus detalhes de identificação sem que a Apple e o usuário saibam disso.

Isso é parte do que Federighi chamou de “informação nutricional”, algo que todos os aplicativos terão a partir do iOS 14. Como ele explicou durante a apresentação ao vivo, essas informações permitirão aos usuários ler a política de privacidade de um determinado app antes de baixá-lo em seu dispositivo.

Embora saibamos que a maioria das políticas de privacidade não são lidas ou são deliberadamente escritas para serem mal compreendidas, a possibilidade de visualizar esse tipo de detalhe antes de baixar um app é o tipo de coisa que deveria estar disponível há muito tempo.

O tempo dirá se esses pequenos ajustes vão realmente resultar em mudanças substanciais na privacidade das práticas dos desenvolvedores ou na forma como as pessoas usam seus dispositivos iOS.

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Reels é a nova tentativa do Instagram de fazer com o TikTok o mesmo que com o Snapchat

Posted: 23 Jun 2020 02:11 PM PDT

Instagram Reel

O app chinês TikTok é a grande sensação das redes sociais com bilhões de downloads em todo o mundo, e o Facebook notoriamente não gosta de ficar para trás — basta lembrar que os Stories surgiram como resposta ao Snapchat e acabaram se tornando um dos principais recursos do app, enquanto o concorrente perdeu muito espaço. O contra-ataque vem com a liberação do recurso Reels para todos os usuários brasileiros. Ele traz uma série de novas ferramentas de edição de vídeo para dentro do Instagram.

Falamos pela primeira vez do Reels, que na época se chamava Cenas, em novembro de 2019, e a premissa continua a mesma: criar vídeos curtos de até 15 segundos com música de fundo e alguns efeitos de edição. O usuário pode definir onde ele quer exibir os seus Reels: como stories, no feed, via mensagem direta ou numa área com vários Reels, na aba Explorar do Instagram (neste caso, só rola se a pessoa tiver uma conta pública).

A área em que aparecem os Reels em destaque fica dentro da aba Explorar (aquele ícone de lupa na parte inferior do app). Segundo o Instagram, o termo Reels aparecerá, e aí é só tocar nele e assistir aos vídeos. Esta talvez seja a área mais parecida com o TikTok, pois você não tem controle sobre o que vai visualizar: são vídeos escolhidos pelo próprio Instagram.

Instagram Reels 2Após tocar em Reels na aba Explorar, Instagram mostrará vídeos de destaque

Ao tocar em um Reel, o usuário poderá encaminhar o conteúdo para alguma pessoa ou mesmo salvar o efeito utilizado naquele vídeo. Por ora, entre os Reels, tem coisas como receita de bolo, dancinhas, vídeos de blogueiras com dicas de beleza ou gente fazendo exercício.

Como fazer um Reel

Como o Reels está no próprio aplicativo do Instagram, você não precisa baixar outro app. No máximo, atualizar o Instagram para Android ou iOS para achar os Reels na plataforma.

Para fazer um Reel, você deve acessar o recurso de câmera do Instagram, arrastando da esquerda para a direita como se fosse criar um Story, e acessar o item Reel.

Interface Instagram Reels

Você vai se deparar com um app de câmera com algumas opções:

  • Áudio: é possível selecionar uma música a partir da biblioteca do Instagram para incluir no Reel.
  • Velocidade: permite acelerar ou diminuir a velocidade de um vídeo, facilitando na hora de fazer sincronização labial ou criar vídeos em câmera lenta.
  • Temporizador: auxilia na hora de gravar com as mãos livres e sincronizar com a música.
  • Efeitos: possibilita usar quaisquer efeitos salvos no seu Instagram.

Após gravar os vídeos, o usuário tem a opção de editar os trechos e, finalmente, postar na rede.

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Pix do Banco Central será gratuito para pessoas físicas e terá saque em lojas

Posted: 23 Jun 2020 12:55 PM PDT

O Pix, nova forma de pagamentos do Banco Central que tem lançamento marcado para novembro, será gratuito para pessoas físicas e permitirá saques em lojas, segundo o presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Campos Neto deu essas informações no discurso de abertura da 9ª reunião plenária do Fórum Pagamentos Instantâneos, grupo que engloba representantes de diversos participantes do sistema de pagamentos para discutir as medidas a serem tomadas pelo BC nesse tipo de serviço. O discurso está disponível em PDF no site do BC.

A preocupação com o custo das transações existia pois TED e DOC hoje podem chegar a custar quase R$ 20 por operação em grandes bancos. Em seu discurso, Campos Neto destacou que desde 2018 já estava definido que o BC funcionaria como “provedor da infraestrutura centralizada de liquidação” como forma de fornecer um sistema neutro, sem objetivo de lucro e aberto a uma participação ampla, incentivando a concorrência no setor.

O presidente do BC também disse confiar que as instituições participantes vão desenvolver modelos de negócios atrativos para oferecer o Pix a baixo custo para as empresas. Em abril, a autoridade monetária já havia declarado que não queria que houvesse cobrança de tarifas para prestadores de serviços.

Campos Neto também adiantou pela primeira vez que será possível realizar saques em lojas com o Pix. A ideia, segundo ele, é reutilizar o dinheiro do varejo no sistema como forma de aumentar as opções e a capilaridade.

A ideia parece ser a seguinte: ao fazer um saque, o cliente pega o dinheiro que estava na loja e a loja recebe a quantia em sua conta. Assim, o lojista não precisa ir fazer o depósito desse valor e o banco não precisa depender tanto de caixas eletrônicos e da reposição de valores. Além disso, mais gente circulando nas lojas (depois da pandemia, claro) pode ajudar a vender mais.

O Pix foi anunciado em fevereiro como potencial sucessor da TED e do DOC, além de boletos e cartões. O sistema promete dar mais agilidade e disponibilidade aos pagamentos e às transferências. No começo do mês, 140 instituições financeiras já haviam se cadastrado para participar da iniciativa — empresas com mais de 500 mil correntistas são obrigadas a oferecer o Pix.

As quantias seriam compensadas em questão de segundos e as transações poderiam ser feitas 24 horas por dia, sete dias por semana. TED e DOC, em comparação, só funcionam em dias úteis e em horários determinados, enquanto boletos e cartões de débito demoram para pagar os vendedores ou prestadores de serviços.

O Pix também promete praticidade, podendo funcionar com QR codes, CPF ou até mesmo com o número de telefone de quem vai receber o dinheiro.

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WhatsApp testa figurinhas animadas na versão beta

Posted: 23 Jun 2020 11:15 AM PDT

Figurinhas do WhatsApp

Nem parece que faz tanto tempo, mas as figurinhas (ou stickers) já estão no WhatsApp desde outubro de 2018. O aplicativo nunca mexeu muito com a funcionalidade e todos os dias eu penso que poderiam criar uma opção de pastas, para organizar aquela bagunça. Em vez disso, o aplicativo de mensagens deve adicionar figurinhas animadas em breve.

Pelo menos é o que indica a versão beta do WhatsApp no Android (2.20.194.7) e iOS (2.20.70.26). O pessoal do WABetaInfo, que sempre antecipa os recursos, apontou a novidade nesta semana.

As primeiras opções disponíveis são as mesmas que encontramos nos pacotes disponíveis no Facebook Messenger – que já tem figurinhas animadas há tempos. Mas os usuários também poderão criar suas figurinhas animadas por aplicativos de terceiros e importá-los para o mensageiro, como acontece com os stickers convencionais.

Atualmente, o WhatsApp está liberando para alguns usuários a possibilidade de visualizar as figurinhas animadas. Isso ainda não está disponível para todos, nem outras duas partes da funcionalidade: a possibilidade de importar e baixar os stickers.

Quem recebe figurinhas animadas pode visualizá-las, salvá-las, enviá-las e encaminhá-las. Por enquanto, é difícil saber se você é um desses privilegiados, afinal, são pouquíssimas pessoas enviando esses stickers. Parece pacote raro de álbum de figurinha.

Por enquanto, o jeito é esperar. Em algum momento essa opção será disponibilizada, mas eu ainda espero por uma ferramenta de organização das minhas figurinhas.

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Tipo sanguíneo aumenta o risco de contrair COVID-19? Não é bem assim

Posted: 23 Jun 2020 10:21 AM PDT

Amostras de sangue em dois tubos. Crédito: Getty Images

Um estudo intrigante publicado na semana passada encontrou uma ligação entre a gravidade de COVID-19 e o sangue tipo A; o sangue tipo O, por outro lado, estava associado a uma menor chance de doença grave. Mas é improvável que qualquer conexão potencial entre COVID-19 e o tipo sanguíneo seja muito relevante para a pessoa comum.

O estudo, publicado no NEJM (New England Journal of Medicine), envolveu quase 2.000 pacientes graves de COVID-19 na Espanha e na Itália. Os pesquisadores analisaram o código genético dessas pessoas, no que é conhecido como estudo de associação genômica ou GWAS. Eles compararam sua genética à genética de um grupo de controle semelhante, procurando diferenças que pudessem influenciar plausivelmente o risco de alguém pegar a infecção ou ter um caso mais sério.

Eles finalmente encontraram duas regiões possíveis de genes e muitas variações genéticas associadas ao COVID-19. Uma região parece desempenhar um papel importante na nossa resposta imune à infecção e também está conectada à proteína da enzima conversora de angiotensina 2 (ACES2), produzida pela superfície de muitas células. Isso faz muito sentido, uma vez que o coronavírus infecta nossas células através dos receptores da ACES2.

Os pesquisadores também encontraram uma associação entre COVID-19 e uma região de genes que influencia nosso tipo sanguíneo. E quando eles olharam para os próprios pacientes, encontraram uma ligação clara também. Verificou-se que pessoas com sangue tipo A tinha um risco 45% maior de contrair COVID-19 grave em comparação com pacientes não-tipo A, enquanto pessoas com sangue tipo O pareciam ter um risco 35% menor de infecção grave com não-tipo O. Embora essas porcentagens possam parecer enormes, continua sendo verdade que a maioria das pessoas que contrai o coronavírus não fica doente o suficiente para precisar de hospitalização, independentemente do tipo sanguíneo.

Por que este estudo deve ser visto com cuidado

As descobertas não são implausíveis, pois já se suspeita que o tipo sanguíneo e a genética afetam nosso risco de sofrer todos os tipos de condições médicas. Os pesquisadores expuseram várias hipóteses sobre como o tipo sanguíneo poderia afetar nossa vulnerabilidade à infecção, incluindo seus efeitos nas proteínas que ajudam a regular a coagulação (COVID-19 grave é conhecido por causar forte coagulação no sangue).

Mas existem algumas limitações importantes aqui, de acordo com Eric Gehrie, professor assistente de patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, que também é diretor médico do banco de sangue do Hospital Johns Hopkins.

Logo de cara, é que nenhuma das conclusões de um estudo deve ser tomada como a palavra final sobre um assunto. Esta parece ser a primeira grande pesquisa publicada sobre estudo de associação genômica, e estudos semelhantes em diferentes grupos de pessoas teriam que confirmar as ligações genéticas encontradas aqui.

Gehrie observou que os autores não foram capazes de explicar outros fatores que podem explicar a ligação entre o tipo sanguíneo e a gravidade de COVID-19, como eles admitem prontamente.

"Se descobrisse que mais pessoas do tipo A no estudo tinham algum outro fator de risco para o coronavírus, como se fossem imunocomprometidas, essa metodologia não seria capaz de extrair essa informação", disse Gehrie ao Gizmodo. "E não estou criticando o estudo — eles fizeram um excelente trabalho na coleta de todos esses dados em tão pouco tempo. Mas a natureza desse tipo de pesquisa não é definitiva; ela gera hipóteses".

Há também o histórico de pesquisas médicas envolvendo tipos sanguíneos a serem consideradas, disse Gehrie. Estudos associaram certos tipos sanguíneos a um risco maior de desenvolver dezenas de doenças e condições médicas, que vão desde as mais graves, como ataques cardíacos, até as mundanas, como picadas de mosquito. Mas quando você olha mais profundamente para essas conexões, elas não importam muito no grande esquema de outras coisas que tornam alguém propenso a ficar doente.

"Todo mundo sabe que, independentemente do seu tipo sanguíneo, qualquer pessoa pode desenvolver doença arterial coronariana. E, independentemente do seu tipo sanguíneo, qualquer pessoas pode ser picada por um mosquito", disse Gehrie. "Agora temos essas informações dizendo que, com base no seu tipo sanguíneo, você pode ter uma diferença no risco de coronavírus. Diria apenas para ir com calma com este tipo de afirmação".

No momento, nós não sabemos quanto o tipo sanguíneo de uma pessoa contribui para o risco de doenças graves causadas por coronavírus. Outros fatores de risco conhecidos, como idade e problemas de saúde pré-existentes, como diabetes tipo 2, provavelmente, continuarão a ser muito mais importantes que o tipo sanguíneo, inclusive para médicos que tratam esses pacientes.

"É uma manchete ótima, mas cientificamente, se um dos meus colegas da sala de emergência me telefonasse e dissesse: 'Ei, estávamos preste a entubar alguém, mas depois percebemos que o grupo sanguíneo era O. Deveríamos continuar?', eu responderia, 'Você está louco'", disse Gehrie.

A mesma lógica se aplica aos achados genéticos na nova pesquisa. O risco genético de uma pessoa para qualquer doença é absolutamente importante para se estudar, mas, na maioria das vezes, ele reduz em comparação com outros fatores de risco não genéticos. Por exemplo, algumas pessoas são mais geneticamente predispostas a desenvolver diabetes, mas o componente genético de seu risco é pequeno se comparado a coisas como dieta e exercício. No caso de COVID-19, ser geneticamente "sortudo" provavelmente importará muito menos do que simplesmente evitar espaços lotados, se você espera evitar uma infecção grave.

Os autores deste novo estudo não parecem incluir estimativas de risco absolutas. Mas as conclusões preliminares de um estudo no início deste ano, usando dados da 23andMe, oferecem algum contexto relacionado. Dentro da amostra, 1,3% das pessoas com sangue tipo O apresentaram resultado positivo para COVID-19 — uma mera diferença de 0,2% em relação às pessoas com sangue tipo B ou AB. Das pessoas sangue tipo A, 1,4% tiveram resultado positivo, o que parece entrar em conflito com os dados do estudo publicado no NEJM, mas também pode não significar nada.

Nada disso significa que o tipo sanguíneo ou a genética não serão áreas importantes da pesquisa de COVID-19. Significa apenas que você não deve se considerar amaldiçoado porque possui o sangue tipo A e definitivamente não deve pensar que nunca pegará o novo coronavírus por ter sangue tipo O.

Por sua parte, Gehrie deseja que as pessoas estejam mais preocupadas com um problema urgente real envolvendo tipos de sangue que foi agravado pela pandemia: a doação de sangue.

"O maior problema que temos com os tipos sanguíneos agora é que estamos com falta de sangue e estamos literalmente raspando o fundo do barril em termos de estoque", disse ele. "Então, espero que as pessoas qualificadas considerem doar, porque câncer, doença falciforme, transplante de medula óssea, etc — essas coisas não se importam com o que está acontecendo com o novo coronavírus. E as pessoas que têm essas doenças ainda as têm".

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Desenvolvedores poderão recorrer quando apps forem rejeitados na App Store

Posted: 23 Jun 2020 07:56 AM PDT

Ícone da App Store, da Apple

A Apple anunciou que os desenvolvedores que não concordarem com rejeições na App Store poderão recorrer das decisões e contestarem diretrizes. Além disso, atualizações que corrijam pequenos problemas não serão atrasadas por esse processo. A iniciativa está relacionada com o entrevero entre a empresa da maçã e a Basecamp, que desenvolve o app de e-mail Hey.

O clima entre desenvolvedores e a Apple esquentou nas últimas semanas, principalmente devido ao “imposto” que a companhia cobra em aquisições e assinaturas feitas em sua plataforma. Dando um pouco de contexto, a App Store, como você deve saber, é um ambiente em que a Apple oferece para que desenvolvedores publiquem seus aplicativos e os usuários façam download.

A empresa exige uma taxa em transações na lojinha: 30% ficam com a Apple, enquanto 70% vão para o desenvolvedor. Para alguns poucos parceiros especiais, a taxa da Apple é de 15%.

Estão inclusas nessas transações até mesmo compras feitas dentro dos apps e assinaturas. Os desenvolvedores do Hey tentaram lançar uma atualização que “burlava” o imposto ao direcionar o usuário para uma assinatura via web, da mesma forma que serviços como Netflix e Spotify fazem, mas a Apple barrou.

Em entrevista ao TechCrunch, Phil Schiller, da Apple, explicou que o problema do Hey é que o usuário baixa o app e o aplicativo não fazia nada. Só passa a ter utilidade depois de uma assinatura feita. Schiller argumentou que a empresa tem várias formas de trabalhar, mas que como está "não é o que queremos apresentar em nossa loja".

O aplicativo passou a oferecer um teste gratuito de duas semanas para cumprir com a exigência de que o app funcione imediatamente após ser instalado.

A decisão da Apple não cede completamente aos pedidos dos desenvolvedores, mas é uma trégua – principalmente no ponto que diz que diretrizes poderão ser contestadas. No comunicado sobre novidades a companhia disse:

Adicionalmente, duas possibilidades estão chegando para o processo de revisão de aplicativo e serão implementadas neste trimestre. Primeiro, desenvolvedores não apenas poderão apelar de decisões sobre se um aplicativo viola uma determinada diretriz das Regras de Revisão da App Store, mas também terão um mecanismo para desafiar a diretriz em si. Em segundo lugar, para aplicativos que já estão na App Store, correções de bugs não serão mais atrasados por violações de diretrizes, exceto aquelas relacionadas a questões legais. Desenvolvedores poderão, em vez disso, corrigir o problema na próxima submissão.

Essas mudanças podem aliviar um pouco a barra da Apple com a Comissão Europeia, que está investigando os termos da App Store sobre possíveis violações antitruste.

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Microsoft vai fechar o Mixer e transferir tudo para o Facebook Gaming

Posted: 23 Jun 2020 06:50 AM PDT

Logotipos do Facebook Gaming e do Mixer

Apesar de ter contratado streamers famosos, como Ninja e Shroud, o Mixer, plataforma de transmissão ao vivo da Microsoft, não vingou. Então, a partir desta segunda-feira (22), a companhia vai transferir todo seu conteúdo para o Facebook Gaming antes de desligar o serviço completamente em 22 de julho.

Em um post no blog do Mixer, a Microsoft disse que, mesmo com numerosos e significativos investimentos, "ficou claro que o tempo necessário para aumentar a escala da nossa comunidade de transmissão ao vivo estava fora de medida com a visão e com as experiências que a Microsoft e o Xbox desejam entregar para os jogadores, então decidimos fechar as operações do Mixer e ajudar a comunidade a fazer a transição para uma nova plataforma".

No futuro, a Microsoft se unirá ao Facebook para fazer a transição dos atuais usuários do Mixer para o Facebook Gaming. O Facebook diz que vai honrar os acordos de parceria existentes da melhor maneira possível. Os streamers que participavam do programa de monetização aberta do Mixer também receberão a elegibilidade para o programa Level Up do Facebook Gaming, e a rede social está trabalhando para "acelerar" a transição para streamers qualificados.

Enquanto isso, a Microsoft está incentivando os espectadores a gastar os Embers ou Sparks que ainda tiverem, pois os parceiros receberão pagamento duplo em todos os ganhos em junho. E para qualquer pessoa que tenha dinheiro restante na plataforma depois disso, devido a itens como assinaturas de canais, assinaturas do Mixer Pro ou quaisquer sobras de Embers, a Microsoft diz que "este dinheiro" será convertido em créditos de vale-presente para Xbox.

Finalmente, em 22 de julho, o Mixer será desligado e direcionará automaticamente os usuários de desktop para o Facebook Gaming. No Xbox One, a transmissão do Mixer será desativada e substituída por um redirecionamento ou notificação, solicitando que os usuários procurem seus streamers favoritos na plataforma do Facebook.

Tradução: Fontes: Facebook ofereceu uma quantia insana, quase o dobro, pelos contratos do Mixer do Ninja e do Shroud, mas Loaded/Ninja/Shroud disseram não e forçaram o Mixer a pagar o valor restante de seus contratos. Ninja ganhou cerca de US$ 30 milhões, e Shroud, cerca de US$ 10 milhões. Ninja e Shroud agora estão sem contrato.

A principal desvantagem de tudo isso é que, embora muitos streamers pequenos e médios do Mixer possam fazer a transição para o Facebook Gaming, isso não vai acontecer com duas das maiores estrelas do Mixer. Rod "Slasher" Breslau diz que Ninja e Shroud forçaram a plataforma a pagar o valor restante de seus contratos em vez de aceitar ofertas muito maiores do Facebook.

Portanto, embora o Facebook tenha atraído recentemente streamers de outros serviços para o Facebook Gaming, incluindo Disguised Toast e Zero, parece que a morte iminente do Mixer resultará em outra dança das cadeiras de plataforma para alguns dos maiores streamers da atualidade.

No fim das contas, embora a Microsoft tenha feito um grande esforço para criar seu próprio serviço e comunidade de streaming, mesmo com os enormes recursos da Microsoft, o Mixer foi superado pelo Twitch e outras gigantes do ramo. Descanse em paz, Mixer.

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Fugaku agora é o supercomputador mais rápido do mundo com 415 petaflops

Posted: 23 Jun 2020 06:02 AM PDT

Supercomputador Fugaku no Riken Center for Computational Science, em Kobe, em junho de 2020

O supercomputador Fugaku, do instituto japonês Riken, bateu recordes de velocidade de computação no ranking bi-anual mantido pela Top500. A máquina realiza 2,8 vezes mais cálculos por segundo do que o recordista anterior, um sistema da IBM no Laboratório Nacional Oak Ridge.

O supercomputador em Oak Ridge, chamado Summit, agora ocupa o segundo lugar. Outro sistema da IBM, este no Laboratório Nacional Lawrence Livermore, assim como dois supercomputadores chineses, também perderam lugares no ranking graças a Fugaku.

Segundo o New York Times, a conta total do plano de seis anos do Instituto Riken para Fugaku foi de cerca de US$ 1 bilhão. Ele é baseado na arquitetura ARM, mais comumente utilizada em smartphones e outros dispositivos móveis – e que agora vai chegar aos computadores da Apple.

Essa é a primeira vez que um sistema derivado da arquitetura ARM atingiu o primeiro lugar, marcando uma diferenciação importante para os supercomputadores anteriores que se basearam principalmente em chips derivados de projetos Intel ou AMD.

Segundo a Anandtech, o Fugaku tem 7,3 milhões de núcleos, consome 28 megawatts de energia e foi capaz de executar a 415 petaflops, a unidade de medida para um quadrilhão de operações de ponto flutuante por segundo. Fugaku, porém, tem um desempenho máximo teórico máximo de quase 514 petaflops.

O supercomputador domina a velocidade bruta de computação, mas também levou os três primeiros lugares em testes destinados a classificar suas aplicações de capacidade para tarefas industriais, inteligência artificial e análise de big data, de acordo com a Kyodo News.

Esse é outro recorde, já que nenhum sistema anterior ocupou os quatro lugares ao mesmo tempo. Espera-se que o computador comece a operar até abril de 2021, embora já esteja auxiliando algumas pesquisas médicas sobre a pandemia do novo coronavírus, conforme aponta a reportagem da Kyodo News.

Fugaku “é o resultado de quase 10 anos de investimento e trabalho”, disse ao NYT o vice-presidente sênior da ARM, Christopher Bergey. “É um momento muito animador.”

Fugaku pode não dominar o ranking por muito tempo, no entanto. O Departamento de Energia dos EUA está construindo outro supercomputador chamado Frontier, em parceria com a Cray Inc.. A agência diz que ele será capaz de processar 1,5 exaflops.

Considerando os dados de maio de 2019, isso o tornaria tão poderoso quanto os próximos 160 supercomputadores combinados – um número que pode estar defasado, já que a Top500 diz que Fugaku foi responsável pela maior parte de um aumento de cerca de 35% na capacidade global de supercomputação nos últimos seis meses por si só.

Frontier está programado para entrar em operação em 2021. O Departamento de Energia também está construindo outro supercomputador, chamado Aurora, em parceria com a Intel. A ideia é que essa máquina supere o Frontier e seja a primeira unidade de “exaescala”, ou seja, que opere no nível de exaflops.

A China tem três projetos próprios de exaescala. Jack Dongarra, professor de engenharia elétrica e informática da Universidade do Tennessee, disse ao IEEE Spectrum que não espera que os projetos de exaescala americanos ou chineses comecem a funcionar de fato em 2021, mas que os rivais chineses poderiam acirrar essa corrida.

“A China é muito agressiva em computação de alto desempenho”, disse Dongarra à revista. “Em 2001, a lista Top 500 não tinha máquinas chinesas. Hoje eles são dominantes”.

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Homem vê formas parecidas com espaguete no lugar de algarismos entre 2 e 9

Posted: 23 Jun 2020 04:28 AM PDT

A incapacidade desconcertante de um paciente para enxergar determinados dígitos numéricos pode fornecer informações sobre como o cérebro funciona. De acordo com os cientistas que o estudaram, a natureza de sua condição — o que o faz ver formas parecidas com espaguetes no lugar dos números 2 a 9 — sugere que nosso cérebro pode reconhecer conceitos complexos, como números, antes de estarmos conscientes em relação a eles.

O homem, identificado apenas como RFS, começou a ter de dores de cabeça, perda de memória e outros sintomas neurológicos no final de 2010. No início de 2011, ele foi diagnosticado com um raro distúrbio cerebral degenerativo chamado síndrome corticobasal. A síndrome tende a afetar pessoas mais velhas (o homem tinha mais de 60 anos) e causa principalmente sintomas como espasmos musculares, incapacidade de mover os membros e outros problemas sensoriais, que pioram com o tempo.

Além desses sintomas, RFS também começou a relatar que ele não conseguia ver os números de 2 a 9. Quando ele olhava para esses números, tudo o que conseguia ver eram linhas pretas rabiscadas. Se os dígitos foram impressos em uma cor, ela se torna o plano de fundo dos rabiscos pretos. E toda vez que ele desviava o olhar e depois voltava para o número, as linhas mudavam de forma, tornando impossível identificá-lo por inferência.

Na época dessa descoberta, o homem recebia atendimento de um neuropsicólogo da Johns Hopkins, em Maryland. Depois de relatar seu problema com os números, o psicólogo consultou uma equipe de colegas pesquisadores da Johns Hopkins que passaram a estudar RFS nos oito anos seguintes. Os frutos dessa pesquisa foram publicados nesta segunda-feira (22) na Proceedings of the National Academies of Science.

“A questão é que ele é muito bom com números. Ele é engenheiro e usa números em seu trabalho o tempo todo. E ele ainda consegue fazer contas e ainda sabe o que são números e entende o que eles são", conta o principal autor do estudo, Michael McCloskey, que é cientista cognitivo da Johns Hopkins e estuda a percepção humana da leitura e da ortografia. “É apenas quando ele olha para os dígitos, como para 8 ou 3. Tudo parece embaralhado — é total espaguete, como ele diz.”

McCloskey disse que essa deficiência fica ainda mais estranha ao levar em consideração que muitos outros símbolos em nossa vida cotidiana se assemelham aos dígitos do 2 a 9, como 8 e a letra maiúscula “B”. No entanto, o RFS não tem problemas para reconhecer essas coisas (ele relatou alguma distorção ao ver as letras M, N, P, R, S, Z, mas não a ponto de não identificá-las). E também não são todos os tipos de números, pois ele ainda pode ler números romanos corretamente, assim como os números 0 e 1.

McCloskey e o trabalho de sua equipe com o RFS indicam que o cérebro pode processar informações além do que entendemos como consciência. Entre outros experimentos, eles mediram sua atividade cerebral através de um eletroencefalograma enquanto ele olhava para os dígitos distorcidos. Os pesquisadores então incorporaram rostos ou palavras que haviam sido mostradas para ele anteriormente. RFS relatou que ele não conseguia ver nada além dos rabiscos, como de costume, mas as imagens do exame revelaram outra coisa.

Existem certas partes do cérebro que acendem quando vemos rostos. E quando os pesquisadores analisaram a atividade cerebral de RFS, eles puderam ver essas partes acenderem. Eles também viram outras partes distintas do cérebro ativadas quando ele olhou para os números embutidos em palavras.

“Ele não tem ideia de que tem qualquer tipo de palavra ou qualquer tipo de rosto [no que mostramos]. No entanto, parece que seu cérebro não está apenas ciente de que há algo lá como também está fazendo muitas análises complicadas", diz David Rothlein, que é co-autor do estudo e trabalhou como estudante no laboratório de McCloskey durante o estudo. Rothlein agora é cientista cognitivo no Laboratório de Atenção e Aprendizagem de Boston. "Esse é o tipo de processamento que, intuitivamente, achamos que você precisa conhecer. Mas isso nos mostra que um processamento muito complexo e sofisticado — o que chamamos de cognição de alto nível — está claramente acontecendo sem consciência aqui."

Em outras palavras, há pelo menos outra etapa (talvez até mais etapas) que ainda precisa ocorrer entre nossos cérebros para identificar um exemplo de um conceito complexo como números e comunicar à nossa superfície consciente.

É possível que essas informações complexas sejam enviadas para um nível mais alto do cérebro antes que cheguem à nossa consciência, diz Rothlein, mas também é possível que as informações de ordem superior precisem ser transferidas de volta aos níveis mais baixos do cérebro antes de serem totalmente compreendidas, como alguns cientistas teorizaram.

Independentemente de como isso acontece, algo deu errado no processo de tradução do cérebro de RFS. Existem outras pessoas com disfunções semelhantes de cegueira de informação, principalmente as que se tornam incapazes de reconhecer rostos. Mas, por mais que tentem, McCloskey e sua equipe ainda não encontraram mais ninguém, no passado ou no presente, com um problema exatamente igual ao de RFS, mesmo entre outras pessoas com sua condição.

A pesquisa foi pelo menos capaz de fornecer à RFS algum conforto. A equipe de McCloskey desenvolveu um sistema numérico separado para o paciente memorizar. Ele conseguiu usá-lo com sucesso em sua rotina diária e até no trabalho antes de se aposentar em 2014.

Infelizmente, a condição da RFS deteriorou-se desde que o estudo terminou, e os pesquisadores dizem que ele está agora com a saúde muito ruim — a expectativa média de vida de alguém com síndrome corticobasal é de oito a 10 anos após o diagnóstico. Por enquanto, conta McCloskey, suas funções cognitivas ainda estão praticamente intactas.

Por mais trágica que seja sua condição, a disposição de RFS de ser estudado durante todos esses anos pode acabar nos fornecendo informações cruciais sobre como nosso cérebro funciona, da mesma forma que os casos de pacientes como Phineas Gage e HM.

“Estudos de caso únicos como esse são uma maneira muito notável de iluminar o funcionamento interno da mente de uma maneira que muitas vezes não podemos fazer com outros métodos”, comenta Rothlein.

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