quinta-feira, 25 de junho de 2020

Gizmodo Brasil

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Cientistas criaram uma lista com todos os lugares em que poderia existir vida alienígena

Posted: 24 Jun 2020 02:52 PM PDT

Representação artística de um pulsar, que se pensava ser parecido com um farol alienígena quando descoberto nos anos 1960

Uma equipe que busca por sinais de inteligência extraterrestre elaborou o Exotica Catalog, uma lista de todos os tipos de objetos celestiais conhecidos, mesmo que ainda não totalmente compreendidos pela ciência.

O Exotica Catalog foi elaborado por pesquisadores do Breakthrough Listen, um programa com duração prevista de uma década que procura sinais de vida inteligente no universo. O projeto ambiciosamente inclui “um pouco de tudo” na astronomia.

O que faz parte do catálogo

O catálogo tem mais de 700 alvos diferentes, que vão de asteroides, cometas e planetas a pulsares, galáxias, nebulosas e nuvens estelares. O objetivo dele é “expandir a diversidade de alvos pesquisados na Busca de Inteligência Extraterrestre (SETI)”, segundo o artigo da equipe, mas o compêndio poderia ser alavancado para outros fins.

“No futuro, pode também beneficiar estudantes ou o público em geral, pessoas que estejam tentando obter uma visão geral da astronomia ou que estejam tentando decidir o que estudar”, explicou Brian Lacki, pesquisador do Departamento de Astronomia da Universidade da Califórnia em Berkeley e autor principal do trabalho, em um e-mail para o Gizmodo. “Alguns dos objetos das listas eram coisas que eu não sabia o que era até a graduação ou até mesmo até estarmos compilando o catálogo.”

Lacki espera que o catálogo inspire os cientistas a explorar alguns dos aspectos mais esotéricos ou misteriosos da astronomia, mas seu objetivo principal é auxiliar pesquisadores e astrobiólogos do SETI.

Vários esquemas de classificação já foram tentados antes, mas nada nesta escala. No total, Lacki e seus colegas identificaram 737 objetos astronômicos distintos, alguns muito bem compreendidos e outros que ainda precisam de atenção científica. Enquanto o catálogo estava sendo compilado, e à medida que o número de alvos crescia e crescia, Lacki se preocupava com o número cada vez maior, simplesmente para fins de praticidade.

“Felizmente, a equipe tem apoiado muito o projeto, mesmo com o crescimento desse número”, disse ele. “O que acontece é que à medida que você lê mais e mais literatura, e aprende mais sobre todas essas coisas diferentes, você encontra mais e mais objetos que se destacam o suficiente. Então, às vezes havia um sentimento de vamos ‘só mais um’.”

Lacki comparou o processo à biologia, na qual “você tem alguns grandes agrupamentos, mas pode continuar a ser mais detalhado até que você tenha milhões de espécies.” Veja, por exemplo, os planetas, dos quais existem vários tipos conhecidos, incluindo Jupiteres quentes, mini-Netunos, super-Terras e anões sub-anãs-marrons, só para citar alguns.

O novo catálogo também inclui alguns objetos tecnológicos no espaço, todos eles pertencentes a nós. Entre eles estão as sondas Voyager, a nave espacial New Horizons, satélites meteorológicos e até mesmo o Tesla Roadster vermelho de Elon Musk. Isso faz você se perguntar sobre as coisas estranhas que alienígenas podem ter jogado no espaço, algumas das quais podem até entrar neste catálogo algum dia.

Estratégia para buscar vida alienígena

O Exotica Catalog significa ainda a contínua mudança das estratégias do SETI. Tradicionalmente, os cientistas buscam sinais alienígenas “familiares” (como as emissões de rádio). Porém, há essa mudança para o Dysonian SETI, no qual os cientistas buscam assinaturas técnicas extraterrestres, ou seja, sinais de tecnologia alienígena: coisas como conchas Dyson (uma estrela cercada por painéis solares), resíduos industriais, habitats espaciais gigantescos, faróis, e coisas que nem podemos imaginar.

Uma motivação para Lacki ao compilar o catálogo foi a ideia de que algumas inteligências alienígenas poderiam ser excepcionalmente diferentes de nós, e por consequência, estarmos procurando por elas nos lugares errados.

“Há décadas que as pessoas se perguntam: e se elas são máquinas, ou não usam água, ou são baseadas em silício ou plasma ou matéria estelar de nêutrons? Claro, esse é um tema comum na ficção científica, mas essas ideias têm se espalhado um pouco pelo SETI também. É animador que possamos começar a responder a essa pergunta”, disse Lacki. “Pode até ser possível que haja coisas por aí que sejam ambíguas, se forem ‘inteligentes’, mas que, de alguma forma, sejam igualmente interessantes.”

Este catálogo deve ajudar nesse sentido, pois poderia sinalizar potenciais alvos de interesse entre os caçadores alienígenas. Além disso, o compêndio também poderia desempenhar a função oposta, fornecendo uma explicação natural para algo que parece ser artificial.

Lacki e seus colegas encaixaram objetos astronômicos em quatro categorias principais: Protótipos, Superlativos, Anomalias e Controles (basicamente, pontos de referência enfadonhos que não se espera que produzam resultados positivos).

Protótipos são coisas com que estamos bem familiarizados, como planetas, galáxias, aglomerados de estrelas, estrelas de nêutrons, buracos negros, e assim por diante. De forma impressionante, a cada item individual foi atribuído um exemplo arquetípico para referência.

Os superlativos servem como uma espécie de Guinness Book of World Records, fornecendo uma lista de objetos com as características mais extremas, como o maior planeta, a estrela mais quente, ou o pulsar mais rápido.

Anomalias são exatamente o que o nome diz: objetos que não entendemos completamente – coisas como estrelas variáveis (por exemplo, a Estrela de Boyajian), estrelas em extinção, rajadas rápidas de rádio e outros fenômenos ainda sem explicação.

Dentre as várias anomalias listadas, Lacki disse que a NGC 247 está entre as suas favoritas. Este objeto é uma galáxia espiral relativamente próxima que parece ter um buraco em um lado de seu disco, com menos estrelas que o normal. Agora, uma ideia apresentada no SETI é que alguns alienígenas avançados podem saltar de estrela em estrela dentro de sua galáxia hospedeira e construir esferas de Dyson ao redor de cada estrela para colher o máximo de energia possível.

“É uma concha gigante ou enxame que envolve completamente um sol, o que o esconderia da nossa vista. Então se nós pegamos uma galáxia no meio desse processo, ou se eles pararam antes de cobrir a galáxia inteira, o esperado seria encontrar uma galáxia com um buraco nela”, disse Lacki ao Gizmodo. “Provavelmente não é isso que está acontecendo com o NGC 247 – esperamos que a luz do sol aqueça a esfera de Dyson até que ela brilhe em luz infravermelha, e não vemos isso neste ‘buraco’, até onde eu sei.”

Mesmo assim, é definitivamente estranho, e Lacki diz que pouco trabalho foi feito para explicar completamente este estranho buraco.

Com este catálogo, cientistas e astrobiólogos do SETI finalmente têm um útil guia de referência para cruzar suas descobertas e, espera-se, inspirar novos caminhos de pesquisa. Talvez, em breve, possamos finalmente saber se alguém está por aí.

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Facebook vai barrar anúncios políticos que não sejam oficiais no Brasil

Posted: 24 Jun 2020 01:21 PM PDT

Ícone do Facebook

Ainda não sabemos qual será a programação das eleições municipais que deveriam acontecer em outubro de 2020, mas as campanhas já estão começando. O Facebook, por sua vez, anunciou que a partir de agosto todo anunciante que quiser criar anúncios no Brasil sobre temas políticos ou eleições no Facebook e Instagram deverá passar por um processo de autorização e acrescentar um rótulo para indicar anúncios políticos.

Esses rótulos já estão disponíveis desde 2018, mas passaram por algumas mudanças. A partir de agosto de 2020, os anúncios sobre temas políticos que não forem identificados pelos anunciantes com um dos rótulos serão rejeitados.

Além disso, as publicações com o rótulo “Pago por” ou “Propaganda Eleitoral” ficarão disponíveis por sete anos na Biblioteca de Anúncios, também disponível desde 2018 no Brasil. A partir desta ferramenta os usuários podem ter detalhes sobre as peças publicitárias e verificar informações como estimativa de gastos e o número de vezes que a publicação foi visualizada.

Para anunciantes, começa nesta quarta-feira (24) a verificação de identidade, que também será obrigatória a partir de agosto. As pessoas ou empresas precisão fornecer dados que confirmem a identidade, além de comprovarem que tem uma residência no país. Dados como telefone, e-mail e um website, número do CNPJ ou CPF também estão inclusos nessa checagem

O Facebook esclarece, em comunicado, o que é considerado um anúncio político:

  • For preparado por, encomendado em nome de ou relacionado a um candidato atual ou ex-candidato a um cargo público, a uma figura política, a um partido político ou que defende o resultado de uma eleição a um cargo público; ou
  • Sobre eleições, referendos ou iniciativas de votação, incluindo campanhas de incentivo ao voto ou eleitorais.

As informações sobre quem fez o anúncio ficarão disponíveis no topo de cada publicação ao clicar no ícone “i” e na Biblioteca de Anúncios por sete anos. Os rótulos “Pago por” ou “Propaganda Eleitoral” ficam no topo do post, perto das informações de horário de publicação.

Recentemente, o Twitter e Spotify decidiram banir anúncios políticos em suas plataformas, de olho nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, que também acontecem neste ano. Por lá, o Google anunciou restrições para a microsegmentação de campanhas políticas. Já o Facebook continua permitindo esse tipo de publicidade – pelo menos nos EUA, a rede social anunciou que as pessoas poderiam bloquear anúncios políticos.

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B2W passará a utilizar shopping centers para fazer entregas de produtos em até 24 horas

Posted: 24 Jun 2020 12:39 PM PDT

Shopping Plaza Niteroi, no Rio de Janeiro. Crédito: BRMalls

A concorrência no varejo brasileiro está cada vez mais acirrada, com cada uma das grandes empresas oferecendo vantagens distintas para os clientes. A Amazon tem o Prime e uma série de benefícios, a B2W tem a carteira digital Ame oferecendo cashback para clientes, enquanto a Magazine Luiza tem uma grande capilaridade, graças às suas lojas físicas que acabaram se tornando pequenos centros de distribuição.

A B2W, ao que parece, vai adotar uma estratégia parecida com a do Magazine Luiza. O grupo por trás de Americanas.com, Submarino e Shoptime anunciou nesta quarta-feira (24) uma parceria com a BRMalls para ter centros de distribuição em shoppings da rede. Dessa forma, consumidores dessas lojas virtuais podem ter entrega de produtos em até 24 horas após a compra.

Num primeiro momento, o projeto funcionará apenas em shoppings da BRMalls do Rio de Janeiro. São eles: Tijuca, NorteShopping e Plaza Niterói.

A Delivery Center será a empresa responsável pelo operacional. Assim, ela receberá o registro da compra, fará a coleta do produto e a roteirização de pedidos e a entrega para o cliente em um raio de até 6 km do shopping.

A tendência é que a iniciativa seja expandida para outras localidades até por uma questão de conveniência, já que a Delivery Center atua em outros shoppings da BRMalls no Paraná, no Rio de Janeiro e em São Paulo. A companhia, aliás, já faz este tipo de serviço de ter um centro de distribuição para empresas como Mercado Livre, Zap Commerce, iFood e Rappi.

Para o consumidor tentar receber sua entrega de até um dia em compras nos sites da B2W, o processo é relativamente simples. Ao pesquisar um item, o cliente poderá optar pela entrega em até 24 horas — um filtro na busca indicará a disponibilidade do item no estoque de lojas do shopping mais próximo. Se a compra for feita até às 16h, há a chance de o produto chegar no mesmo dia.

A prática da B2W é importante pois os serviços de logística podem ser bem complicados devido à extensão continental do Brasil. Por mais que num primeiro momento isso seja reservado para grandes centros urbanos, que acabam concentrando a presença de shopping centers, isso já deve melhorar consideravelmente os prazos de entrega de produtos adquiridos.

Além do Magazine Luiza, que já tem uma grande rede de lojas, esta foi também a estratégia da Amazon nos EUA. Após comprar o Whole Foods, uma rede de supermercados com produtos naturais e orgânicos, a gigante do varejo passou a utilizar as lojas como pequenos centros de distribuição.

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Como converter formatos de vídeo de maneira fácil e acessível

Posted: 24 Jun 2020 12:01 PM PDT

Quem nunca se deparou com a situação de ter um vídeo gerado em um determinado formato e precisar abri-lo em outro? Principalmente hoje, em que as opções de produção são inúmeras – e consequentemente suas configurações também.

É um vídeo do celular que exporta como MP4, um vídeo de câmera que exporta como MOV, você precisa converter de MOV para MP4, converter de MP4 para MOV. Um vai e vem sem fim.

Foi-se o tempo em que você tinha um único aparelho que gerava todo seu conteúdo, uma única configuração para se atentar. Em um mundo com diversas redes sociais, cada uma suportando um formato diferente, tem coisa que é mais fácil produzir direto do seu smartphone, tem coisa que requer uma câmera mais parruda.

Nesse contexto, é necessário ter um software que integre bem seus aparelhos e consiga fazer backups e transferências de arquivos sem complicações desnecessárias, além de conseguir fazer a conversão para um mesmo formato.

Pensando nisso, o Gizmodo Brasil, em parceria com a WonderShare, criou esse artigo para facilitar sua vida e propor uma solução definitiva: o Wondershare UniConverter.

Principais recursos

  • Converter vídeos: converter vídeos de alta qualidade e alta velocidade para qualquer formato;
  • Editar vídeos: montar vídeos, cortar vídeos, aplicar efeitos, adicionar legendas, adicionar uma marca d'água, etc;
  • Baixar vídeos: salvar vídeos em mais de 10.000 sites como o YouTube, o Dailymotion e mais, para assistir posteriormente sem conexão com a internet; ou convertê-los em formatos compatíveis para reprodução em TV’s, smartphone ou outros dispositivos;
  • Gravar DVD:criar e editar arquivos de DVD de forma fácil, gravar vídeos em discos de DVD e Blu-ray, converter qualquer formato para DVD, fornecer modelos de DVD gratuitos;
  • Transferir vídeos:transferir vídeos para dispositivos e discos rígidos externos. Todos os formatos não suportados serão inteligentemente convertidos em compatíveis durante a transferência;
  • Mais ferramentas:corrigir metadados de vídeos; conversor de imagem; conversor de RV; reprodução na TV; video compress; gravador da tela; gravador de CD; conversor de CD.

Usando o recurso principal: como converter vídeos

Passo 1 – Adicionar os vídeos

O 1º passo, segundo o Guia do Usuário, é adicionar ao Wondershare UniConverter os vídeos que você quer converter. Para isso, entre na aba "Conversão", na seção Converter, e clique no botão "Adicionar Arquivos", que aparece no canto superior esquerdo. É só selecionar o arquivo desejado e ir para o próximo passo.

Passo 2 – Escolha o formato de saída

Tem um íconezinho no canto superior direito que irá te abrir a lista de opções dos formatos de saída. Na sequência, é só clicar na aba "Vídeo" para abrir a interface que contém todos os formatos para conversão. como por exemplo MOV ou MP4. Aqui você pode converter com a resolução original como padrão, ou pode clicar duas vezes para selecionar uma resolução diferente para os arquivos. Feito isso, você está pronto para ir ao próximo passo e converter seu arquivo.

Passo 3 – Converter os arquivos de mídia.

Se você estiver convertendo mais de um vídeo, tem um botão "Converter Tudo", no canto inferior direito. Se você quiser converter um determinado vídeo individualmente, tem um botão "Converter", à direita de cada arquivo.

Passo 4 – Localizar os arquivos de mídia convertidos.

Assim que a conversão terminar, para localizar os vídeos convertidos, vá na aba "Convertidos". Lá, é só clicar no ícone da pasta, que o software te mostrará onde tudo está salvo direitinho.

Prático, não? Saiba tudo sobre o Wondershare UniConverter. Acesse!

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ATENÇÃO: Este conteúdo é patrocinado. Portanto, o Gizmodo Brasil não se responsabiliza pelas informações passadas ou compras realizadas através dos links. Os produtos e as promoções são inteiramente responsabilidade da Wondershare UniConverter .

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Credicard Beta: cartão que quer ouvir clientes convidados antes de chegar ao mercado

Posted: 24 Jun 2020 10:52 AM PDT

Mais um cartão de crédito sem anuidade e com foco em controle por app vai chegar ao mercado nos próximos meses. É o Credicard Beta. Aparentemente, ele não é beta só no nome: a ideia da administradora é liberá-lo apenas para convidados e desenvolver o produto a partir dos comentários desses clientes.

Para fazer o cadastro, o cliente precisa ser convidado e se cadastrar no app, que está disponível para Android e iOS. Você pode baixar o app e ver se há um convite disponível para o seu CPF. Se não tiver, não tem como pedir e não há fila de espera — só aguardando o lançamento para o público geral mesmo, que ainda não tem data marcada.

Atualização [24/6 às 14h52]: A Credicard vai abrir o cadastro para quem estiver interessado em testar o cartão e contribuir com o desenvolvimento do produto. Basta baixar o app e preencher com seus dados até terça que vem, dia 30 de junho. A aprovação está sujeito a análise de crédito.

Caso você seja um dos convidados, terá acesso ao cartão virtual logo após a aprovação do cadastro, enquanto o cartão de plástico não chega. O app, inclusive, tem dois tipos de cartões virtuais, sendo um com validade de 24 horas (que pode ser útil para compras) e outro para uso recorrente (que deve servir melhor para assinaturas).

O cartão de plástico, aliás, não terá o número impresso para dar mais segurança e evitar fraudes. Ele conta também com a tecnologia de pagamento por aproximação usando NFC e usa a bandeira Visa.

De resto, o aplicativo parece ter todos os recursos que você poderia esperar: bloqueio temporário, consulta de saldo e limite disponível, ajuste de limite e linha do tempo de compras com busca de estabelecimentos. Além disso, há também uma comunidade para deixar comentários sobre o que a empresa pode fazer para melhorar o cartão.

Assim como outros cartões sem anuidade, o Credicard Beta não terá acesso a nenhum programa de fidelidade. A empresa promete, porém, “descontos e outros benefícios nas compras com mais de 40 parceiros na loja de benefícios da Credicard”, de acordo com um comunicado.

Este não é o primeiro cartão sem anuidade da Credicard. Desde 2017, a empresa tem o Credicard Zero, que foi ganhando recursos com o tempo, como aceitação internacional, isenção de tarifa emergencial de crédito e pagamento por aproximação.

"Entendemos que, mesmo tendo o Credicard Zero, precisávamos evoluir a médio prazo, trazendo mais customização e personalização, além de maior agilidade para integração de parceiros que pudessem contribuir com o nosso modelo de construção colaborativa", afirma Priscilla Ciolli, superintendente da Credicard, em comunicado.

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Depois de três anos no vermelho, Olympus vende divisão de câmeras

Posted: 24 Jun 2020 10:43 AM PDT

Os últimos anos foram difíceis para a Olympus. Os smartphones canibalizaram as vendas de câmeras de bolso, e a Sony dominou o mercado de câmeras mirrorless de última geração. Por isso, a marca decidiu vender sua divisão de câmeras e sair completamente do jogo.

Em um comunicado divulgado nesta quarta (24), a Olympus diz que, após a devida diligência, venderá seus negócios de imagens para a Japan Industrial Partners até 30 de setembro de 2020.

Com a saída da Olympus do mercado de câmeras, a empresa concentrará seus esforços nos equipamentos médicos e industriais, enquanto a JIP (que é a mesma empresa que assumiu a marca Vaio da Sony em 2014) vai procurar reestruturar a divisão de câmeras da Olympus em uma nova empresa “eficiente e ágil” que pode “realizar seu crescimento auto-sustentável e contínuo”.

No entanto, embora a Olympus esteja se retirando das operações diárias de seu antigo negócio de câmeras, sua influência talvez não desapareça completamente, pois a marca diz que ajudará a operar a nova empresa de câmeras com o JIP. A nova proprietária quer preservar coisas como o "OM-D” e o “Zuiko”.

Essa transição pode ser especialmente importante para qualquer pessoa com uma câmera Micro Four Thirds, um formato de câmera gerenciado em conjunto pela Olympus e Panasonic desde sua criação em 2008. No entanto, a Olympus está saindo do mercado, e a Panasonic obteve sucesso com sua recente linha de câmeras mirrorless full-frame. Por isso, é bem possível que a saída da Olympus do mundo das câmeras também possa resultar na morte desse padrão em algum momento não muito distante.

Para os proprietários de outras câmeras Olympus, o comunicado à imprensa informa que a nova empresa "continuará e manterá as funções de pesquisa e desenvolvimento e também de fabricação", além de fornecer suporte para câmeras distribuídas anteriormente pela Olympus. Entretanto, não se sabe até quando isso vai valer.

Embora a saída da Olympus do mercado de câmeras seja certamente uma coisa triste para os aficionados por câmeras de longa data, após três anos consecutivos de prejuízos, incluindo uma perda de US$ 157 milhões em 2019, ela provavelmente não tinha muitas opções.

Sua primeira câmera, a Semi-Olympus 1, é de 1936. Depois de mais de 80 anos no jogo, a marca finalmente diz adeus.

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Reconhecimento facial no Metrô de SP não tem garantias de privacidade, dizem entidades

Posted: 24 Jun 2020 10:02 AM PDT

Câmeras de vigilância

O sistema de reconhecimento facial que será implementado no Metrô de São Paulo não tem garantias de privacidade e segurança dos bancos de dados, de acordo com o entendimento de grupos de defesa dos direitos dos cidadãos após a obtenção de documentos apresentados em uma ação judicial.

A conclusão é do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Defensoria Pública da União (DPU), Intervozes e ARTIGO 19, com apoio do Coletivo de Advocacia em Direitos Humanos (CADHu).

O grupo moveu uma ação em fevereiro para cobrar provas (como documentos, relatórios e atas) do Metrô de São Paulo, logo depois de serem anunciados os vencedores de uma licitação de R$ 58,6 milhões para a instalação de câmeras e sistemas de reconhecimento facial que pode atingir cerca de 3,7 milhões de passageiros diariamente.

Quando o edital foi anunciado, o metrô disse que o sistema contaria com reconhecimento facial, identificação e rastreamento de objetos e detecção de invasão de áreas para as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha. O vencedor do edital foi o consórcio Engie Ineo Johnson, formado por empresas da França e Irlanda.

Em 28 de abril, o o Metrô apresentou apenas os documentos que nortearam a licitação. De acordo com um comunicado das instituições, os papéis revelam que não foram atendidos “requisitos básicos para garantir a segurança na governança dos dados a serem coletados e armazenados, a privacidade dos usuários e a proteção de crianças e adolescentes”.

Além disso, a licitação não realizou um estudo para levar em consideração o impacto financeiro em caso de vazamentos.

Para as signatárias da ação, ficou provado que o Metrô pode implementar um sistema ineficiente e perigoso, sem ter adotado precauções necessárias para evitar violações ao direito à privacidade. O grupo disse que vai defender na Justiça os interesses de todos usuários do Metrô.

O Metrô de São Paulo disse, em nota ao Gizmodo Brasil, que “esclareceu todos os questionamentos e obedeceu aos requisitos legais para a implantação do Sistema de Monitoramento Eletrônico, que tem o objetivo claro de modernizar o atual circuito interno.”

“O sistema foi contratado para o monitoramento com câmeras que têm recursos de inteligência para apoio as ações operacionais e não para o reconhecimento de dados pessoais. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi o molde desse projeto que não utilizará banco de dados com informações pessoais e nem registrará informações personificadas, tendo como prioridade o aumento da segurança dos 4 milhões de passageiros do Metrô”, completa a nota.

Uso de reconhecimento facial pelo Estado

Neste mês, grandes empresas americanas que pesquisam e desenvolvem sistemas de reconhecimento facial anunciaram a saída do mercado ou a paralisação do fornecimento das tecnologias para entidades governamentais.

A IBM explicou a saída alertando para os riscos de violações à privacidade e destacou os riscos da aplicação da tecnologia pela polícia e outros órgãos de aplicação da lei. Já a Amazon anunciou uma moratória de um ano para o uso do seu sistema Rekognition – tempo que a empresa considera o suficiente para que entidades dos EUA regulem o uso da tecnologia por forças policiais e de aplicação da lei. A Microsoft também anunciou medidas similares às da Amazon.

A medida das grandes empresas servem mais como um alerta sobre os potenciais riscos relacionados ao uso de sistemas de reconhecimento facial, principalmente por entidades do Estado. Elas podem servir como exemplo, mas existem pequenas e médias empresas dedicadas somente ao desenvolvimento de sistemas como esse. Além disso, a China já emprega a tecnologia amplamente, e companhias do país a vendem ao redor do mundo.

As principais preocupações em relação ao uso da tecnologia está no reforço de injustiças. Sistemas de reconhecimento facial são treinados para identificar rostos com o uso de inteligência artificial e machine learning – basicamente, para que a máquina aprenda a identificar um rosto, é preciso incluir milhares de imagens e "ensiná-la" a distinguir características faciais, como distância entre os olhos ou tamanho do nariz. Estudos mostram que os algoritmos podem apresentar taxas de falsos positivos ou falsos negativos, em grande parte com números exagerados para determinados grupos mal representados no treinamento da máquina, como negros ou asiáticos – dependendo da empresa que os desenvolve.

A noção de que as máquinas são "neutras" e "não erram" também abre espaço para abusos no uso do reconhecimento facial. Se sistemas forem utilizados como evidência, é menos provável que uma pessoa inocente consiga provar que não é ela naquelas imagens.

A linha entre o uso dos sistemas de reconhecimento facial para segurança pública e para a vigilância permanente da população e a perseguição de determinados grupos étnicos é tênue.

O metrô não seria o primeiro ente governamental de São Paulo a utilizar sistemas de reconhecimento facial. Em janeiro deste ano, o governador João Doria (PSDB) anunciou que a Polícia Civil de São Paulo passaria a utilizar a tecnologia, por exemplo. Há várias cidades e estados no Brasil que já empregam os sistemas.

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Quase 20 anos depois de prometer revolução nos transportes, o Segway original vai sair de linha

Posted: 24 Jun 2020 08:32 AM PDT

Inventado por Dean Kamen e revelado ao mundo em dezembro de 2001, o Segway prometia revolucionar a mobilidade urbana. Mas com o preço altíssimo e as proibições em várias cidades, ele nunca chegou perto de realizar esse sonho. Dezenove anos depois, em 15 de julho, o Segway original sairá de linha oficialmente.

Nunca houve dúvida de que a tecnologia do Segway era revolucionária. Usando sensores e motores elétricos inteligentes, ele executou a tarefa aparentemente impossível de permanecer em pé sobre duas rodas dispostas lado a lado e fazer o trabalho de se equilibrar pelo motorista, que só precisava fazer movimentos sutis de inclinação para acelerar ou desacelerar o veículo.

Andar de um lado para o outro exigia apenas alguns minutos de treinamento, o que tornou o transporte pessoal uma alternativa popular às bicicletas para turistas ou seguranças de shopping.

Mas o Segway PT (a versão Personal Transporter, que apresentava o guidão na posição vertical) nunca realmente atraiu o consumidor em geral, exceto por bilionários que moravam no Vale do Silício e queriam uma nova maneira de jogar polo.

Dean Kamen, seu criador, acabou vendendo a Segway para a Ninebot, uma startup de robótica com sede em Pequim, em 2015. A Ninebot continuou a criar e vender equipamentos que se equilibravam sozinhos com a marca Segway, além de patinetes e outras alternativas elétricas para caros para se locomover e driblar o trânsito.

Na CES 2020, a empresa revelou sua mais recente criação usando a tecnologia de equilíbrio automático: um carrinho de duas rodas com lugar para sentar confortavelmente.

Mas fazia anos que a Ninebot não promovia o Segway Personal Transporter original. Segundo a empresa, ele representou apenas 1,5% de sua receita no ano passado. Os veículos mais acessíveis da empresa, como patinetes e hoverboards, são os carros-chefes em vendas.

Como resultado, a Ninebot decidiu se aposentar o Segway PT, bem como o Segway SE-3 Patroller (uma versão maior de três rodas, geralmente usada por seguranças nos aeroportos) e o Segway Robotics Mobility Platform (RMP).

A decisão também resulta na demissão de 21 pessoas da fábrica da empresa em Bedford, New Hampshire, e marca o fim de uma das abordagens mais ambiciosas e promissoras para finalmente substituir carros.

Sim, o veículo de duas rodas era infinitamente ridicularizado. Era difícil parecer legal percorrendo a cidade em um negócio desses, com suas caricatas rodas enormes — sem contar os tombos.

Se a Segway tivesse conseguido colocar esses veículos nas mãos dos consumidores pelo preço de uma bicicleta legal e não de um carro pequeno, podia ter tido uma chance décadas atrás. Mas pelo menos a tecnologia permanecerá em outros produtos da Ninebot no futuro.

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O adeus ao Boot Camp e outras novidades que a Apple não mostrou na WWDC

Posted: 24 Jun 2020 07:13 AM PDT

macOS Big Sur. Crédito: Apple

É bastante compreensível se perder com as várias das mudanças no iOS, macOS e outros sistemas anunciadas pelos executivos da Apple durante a abertura da WWDC 2020 na última segunda-feira (22). Porém, mesmo depois de acompanhar a abertura da conferência, há mais recursos úteis para iPhones, Macs, Apple Watches e muito mais — e algumas mudanças importantes a Apple nem mencionou.

Os desenvolvedores já estão descobrindo pequenas mudanças nas versões beta dos sistemas liberadas na segunda-feira, e nós também demos uma olhada na documentação oficial da Apple para checar quais mudanças a empresa não destacou, mas farão uma diferença significativa na maneira como você usa seus dispositivos.

Boot Camp vai morrer no chip da Apple

Boot Camp no Mac

A Apple está criando uma família de processadores personalizados baseados em ARM para Macs, o que é uma grande mudança, e isso terá grandes consequências. Uma mudança que pode deixar muita gente insatisfeita é que o Boot Camp, o utilitário gratuito que permite dual boot do Windows e do macOS, vai desaparecer nos novos Macs equipados com o Apple Silicon.

Os Macs com processador Intel vão continuar com o Boot Camp mesmo no Big Sur, e os chips da Apple ainda permitem executar tecnologias de virtualização como o Parallels para usar o Windows e o macOS, mas o Parallels não é gratuito e é executado dentro do sistema operacional, enquanto o Boot Camp permitia inicialização dupla e até tripla em um Mac. Descanse em paz, Boot Camp.

HomePod vai oferecer suporte a outros serviços de streaming

Em um movimento que pode afastar acusações de reguladores de práticas anticompetição e tornar o HomePod mais atraente, a Apple vai abrir seu alto-falante inteligente para outros serviços de streaming de música, como o Spotify, com uma atualização que deve ser liberada até novembro.

O HomePod era basicamente limitado a assinantes do Apple Music, o que inibia um pouco sua utilidade. O Spotify e outros serviços precisarão optar por oferecer suporte ao HomePod, e não está claro se eles o farão, mas pelo menos a opção existe.

Escolher navegador padrão para iPhone e iPad

Até novembro, você finalmente será capaz de escolher o seu navegador e cliente de e-mail padrão, possibilitando escolher apps que não são da Apple, como o Safari e o Mail. Esse anúncio quase passou despercebido durante a WWDC já que apareceu apenas no slide que concluiu a apresentação do iPadOS 14.

Mais tarde, a Apple observou no preview do iOS 14 que o recurso também está chegando aos iPhones; portanto, quando você clica em um link para escrever um e-mail ou abre um link, entra no aplicativo de sua escolha.

Apple TV 4K vai transmitir vídeos do YouTube em 4K

Uma boa razão para comprar a Apple TV 4K é transmitir conteúdo 4K. O tvOS 14 terá suporte para vídeos em 4K do YouTube para a Apple TV. Não está claro se a mudança ocorreu do lado da Apple ou por parte do YouTube. De qualquer forma, agora você terá mais vídeos para transmitir com resolução 4K.

Back Tap para iOS é um recurso útil com um nome ótimo

Gosto tudo que envolve o Back Tap, um recurso do iOS 14 que age como um atalho para um conjunto personalizado de ações quando você toca na parte traseira do seu iPhone.

Você não tem muitas opções, apenas um toque duplo e um toque triplo, mas pode defini-las como atalhos para, por exemplo, abrir um app ou até mesmo como atalho para o app Atalhos. Segundo os desenvolvedores, o recurso ainda funciona mesmo que o telefone tenha uma capa.

FaceTime reconhece língua de sinais

Em uma grande mudança pela acessibilidade, o FaceTime agora reconhecerá quando uma pessoa em uma videochamada em grupo estiver fazendo língua de sinais americana (ASL, na sigla em inglês) e enfatizará a janela de quem estiver na chamada para prestar atenção.

Seria interessante se o FaceTime pudesse traduzir ASL para texto como parte deste recurso para torná-lo ainda mais acessível, mas este primeiro passo já é bem importante.

Force Touch não estará mais no Apple Watch

De acordo com a documentação da Apple, o watchOS 7 não oferecerá mais suporte ao Force Touch, um mecanismo da Apple usado para descartar notificações, desbloquear itens de menu em um aplicativo e outras tarefas.

Isso significa que o Watch Series 6, que deve ser lançado em setembro, abandonará o Force Touch, o que é meio estranho. É um recurso presente desde o primeiro modelo do smartwatch, e eu o uso para interagir com o dispositivo várias vezes ao dia. Estou curiosa para ver se um toque firme será simplesmente substituído por um toque longo.

Jogos do iPad terão suporte a mouse e teclados

Era só uma questão de tempo antes do suporte do iPad a trackpads e mouse fosse estendido a games, e isso está chegando no iPadOS 14. Você não estará mais limitado ao uso de controles na própria tela ou joysticks Bluetooth para jogos no iPad, tornando o tablet cada vez mais próximo de um Mac — pelo menos quando se trata de jogos.

Carregamento otimizado de AirPods

A Apple apresentou várias funcionalidades para os AirPods, incluindo áudio espacial para os AirPods Pro e troca inteligente de dispositivos para todos os modelos, mas não mencionou que, até novembro, começará a otimizar a bateria dos AirPods, como ocorre com o iPhone.

Os seus AirPods aprenderão sua rotina de carregamento e aguardarão para carregar até 80% para evitar que a bateria se desgate muito rápido.

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Brasil, Rússia e EUA podem ser banidos de viagens para União Europeia por tempo indefinido

Posted: 24 Jun 2020 06:27 AM PDT

Bandeira da União Europeia em vários mastros

Estados membros da União Europeia estão ponderando se devem incluir viajantes do Brasil, Rússia e Estados Unidos na lista de restrições de chegada após a reabertura de fronteiras que começa no mês que vem.

Citando minutas de listas que estão sendo consideradas, bem como múltiplas autoridades envolvidas nas discussões, o New York Times informou na terça-feira (23) que na semana que vem a União Europeia fará um anúncio sobre conselhos de restrições aos viajantes relacionados com a pandemia de coronavírus. Brasil, Rússia e Estados Unidos podem figurar como indesejáveis em países que esperam reabrir suas economias.

A União Europeia proibiu viagens não essenciais de países fora do bloco em março. A recomendação de não permitir que viajantes desses países entrem nas fronteiras dos estados membros sinaliza a preocupação em relação ao número de casos e mortes crescentes nos três países.

De acordo com o NYT, a União Europeia não poderá forçar os estados membros a cumprir a lista final. Mas isso pode ter implicações no fechamento de fronteiras dentro da própria UE, o que significa que muitos membros terão motivos de sobra para aderir às recomendações.

Por uma perspectiva de saúde global, tal movimento certamente seria sem precedentes, mas não surpreendente. As medidas tomadas especialmente no Brasil e nos Estados Unidos não foram o suficiente para conter os surtos de COVID-19 e há pressa dos líderes dos dois países para reabrir a economia, mesmo contra a recomendação dos epidemiologistas e especialistas.

Atualmente, o Brasil tem mais de 1,1 milhão de casos e 52 mil mortes por COVID-19, de acordo com o mapa da Universidade John Hopkins. O País está atrás somente dos EUA, com mais de 2,3 milhões de casos e 120 mil mortes. A Rússia, por sua vez, é a terceira colocada em número de casos, com mais de 600 mil confirmados – são 8,5 mil mortes registradas.

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Novo notebook da Acer é um dos primeiros com XE, a nova placa de vídeo integrada da Intel

Posted: 24 Jun 2020 05:14 AM PDT

Na semana passada, o chefe de estratégia de desempenho da Intel publicou um vídeo de um notebook com a nova placa gráfica integrada da Intel, a XE, rodando Battlefield 5 surpreendentemente sem problemas. Nesta terça (23), a Acer embarcou na onda e anunciou um dos primeiros laptops com o novo componente.

Com apenas 1,5 centímetro de espessura e pesando apenas 1 quilograma, o Swift 5 de 14 polegadas da Acer parece bastante portátil para um computador que oferece como opções a placa de vídeo integrada XE, da Intel, ou a dedicada Mx350, da Nvidia. E com um preço inicial de US$ 1.000, o Swift 5 também não deve ser um rombo no seu orçamento.

Mas a grande questão é que, se a placa XE cumprir as promessas que a Intel vem fazendo, isso pode significar você poderá jogar games AAA em um notebook leve e fino, sem precisar de uma placa de vídeo dedicada, que é cara e acaba com a bateria.

De certa forma, essa é uma busca antiga das placas integradas, mas até agora, empresas como Intel e AMD (e, futuramente, pode ser que a Apple também se junte à lista) nunca foram capazes de fazer isso acontecer.

Foto: Acer

Deixando um pouco de lado a placa de vídeo, o Swift 5 parece um ser pacote bem projetado. Ele também oferece várias opções de CPUs Intel de 10ª geração, até 16GB de RAM e uma seleção de SSDs M.2 PCIe.

O Swift 5 também conta com uma seleção saudável de portas, incluindo duas USB-A, uma USB-C e até uma HDMI de tamanho normal. Isso significa que você poderá levar o notebook para outros lugares sem precisar se preocupar com um dongle para ligar em projetores, TVs ou monitores.

O Swift 5 também possui um pequeno leitor de impressão digital que fica próximo às teclas de seta e funciona com o Windows Hello.

A esse preço, a única especificação que fica devendo é o brilho da touchscreen FullHD de 14 polegadas, que atinge apenas 300 nits. Embora isso seja mais do que suficiente para o uso interno normal, significa que você pode ter problemas para enxergar ao ar livre, o que é uma pena para um notebook pensado para ser usado em qualquer lugar.

Felizmente, o Swift 5 apresenta molduras relativamente finas, que oferecem uma proporção de tela para corpo de cerca de 90%. Assim fica mais fácil de perdoar o brilho medíocre um pouco.

Foto: Acer

Portanto, embora o Swift 5 possa não ser o novo laptop mais emocionante ou poderoso do mercado, ele parece ter um custo-benefício muito bom. Se essa nova GPU integrada XE realmente tiver o mesmo desempenho que a Intel diz, ele pode ser uma máquina portátil e poderosa.

O Acer Swift 5 deve chegar às lojas dos EUA em outubro. Não há previsão para venda no Brasil.

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Por que os placebos “funcionam”?

Posted: 24 Jun 2020 04:23 AM PDT

Arte com frascos com pílulas de placebo. Crédito: Benjamin Currie/Gizmodo

Todos nós sabemos que o efeito placebo é uma coisa poderosa – ele pode aliviar a dor, a depressão, transformar o canabidiol em um setor de bilhões de dólares e muito mais. Menos compreendido é o porquê de ele funcionar – como o cérebro humano, em conjunto com vários outros órgãos, pode transformar uma simples pílula de açúcar em algo que, em alguns casos e para certas doenças, funciona tão bem quanto os remédios reais, caros, patenteados que contém ingredientes ativos.

Para o Giz Pergunta desta semana, pedimos aos principais especialistas no efeito placebo que iluminassem esse processo para nós.

Luana Colloca

Professora Associada de Ciência da Dor e Tradução de Sintomas Pain and, Escola de Enfermagem da Universidade de Maryland, e co-editora de Placebo and Pain: From Bench to Bedside [Placebo e Dor: Do Laboratório ao Leito]

Um placebo refere-se a uma substância como uma pílula, que seja fisiologicamente inerte, que produz um efeito terapêutico. A pílula placebo em si não tem nenhum efeito. Pelo contrário, é a ação de tomar uma pílula ou passar por um procedimento que produz o efeito benéfico. O que o placebo alavanca é a expectativa de alívio, baseada nas sugestões verbais de benefício, nas memórias de uma experiência benéfica passada e em outros fatores cognitivos. Essas expectativas são o que dá origem ao efeito placebo.

Além disso, o aprendizado social, o processo de observar alguém ter um efeito terapêutico a partir de uma intervenção, demonstrou provocar o efeito placebo. Além disso, verificou-se que os placebos envolvem vários sistemas corporais, incluindo sistemas opioidérgicos, dopaminérgicos e endocanabinóides na produção de seus efeitos moduladores. Portanto, os placebos funcionam através da criação de expectativas e da ativação desses mecanismos moduladores endógenos para produzir efeitos que imitam os de um tratamento farmacológico. Especificamente, as expectativas de um resultado terapêutico facilitam a ativação de sistemas moduladores que controlam sintomas e processos de recuperação.

Demonstramos que a violação de expectativas, como quando uma discrepância entre o que é esperado e o que é realmente recebido, causa uma extinção dos efeitos do placebo. Vários estudos documentaram a liberação de neuropeptídeos endógenos crucialmente envolvidos nos benefícios induzidos por placebo na dor, na doença de Parkinson e na depressão. Os efeitos do placebo podem ser desencadeados em pacientes que sofrem de distúrbios crônicos, mesmo quando os pacientes parecem não responder a intervenções farmacológicas.

O desafio é entender por que algumas pessoas respondem a placebos com efeitos clinicamente relevantes, algumas respondem minimamente a placebos e outras nem sequer respondem a placebos. Por exemplo, o uso da combinação de variantes genéticas específicas em alguns genes e a avaliação cuidadosa dos fenótipos dos pacientes, integrados à prática clínica para avaliar o potencial do indivíduo em se beneficiar dos efeitos do placebo.

Conseguir um entendimento mais profundo dos preditores biológicos e comportamentais dos processos de cura relacionados aos efeitos do placebo tem implicações importantes para a precisão e a medicina personalizada e pode orientar estratégias terapêuticas mais eficazes, orientadas por mecanicismo.

“O desafio é entender por que algumas pessoas respondem a placebos com efeitos clinicamente relevantes, algumas respondem minimamente a placebos e outras nem sequer respondem a placebos”.

John Kelly

Professor Distinto de Psicologia na Endicott College e Diretor Adjunto do Programa de Estudos em Placebo da Harvard Medical School

Na verdade, os placebos não "funcionam". Por serem inertes, os placebos não podem ter efeitos diretos nos resultados da assistência médica. Em vez disso, as melhorias nos sintomas do paciente atribuídas ao efeito placebo são devidas aos componentes psicológicos associados ao ritual de tratamento e ao contexto em que ele ocorre. Por exemplo, as expectativas positivas que resultam de um relacionamento terapêutico empático e agradável entre paciente e médico. Isso não quer dizer que os efeitos do placebo estejam "todos na cabeça do paciente" ou que não sejam "reais". Existem evidências abundantes de estudos farmacológicos e de neuroimagem de que o efeito placebo está associado a respostas neurobiológicas genuínas em pacientes. O ponto é que esses efeitos são atribuíveis aos componentes psicológicos do contexto do tratamento, e não ao próprio tratamento com placebo.

“Existem evidências abundantes de estudos farmacológicos e de neuroimagem de que o efeito placebo está associado a respostas neurobiológicas genuínas em pacientes”.

Magne Arve Flaten

Professor de Psicologia Biológica, Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e co-editor de Placebo and Pain: From Bench to Bedside [Placebo e Dor: Do Laboratório ao Leito]

Placebos funcionam porque as pessoas esperam que eles funcionem, o que inicia mudanças no cérebro que têm consequências para, por exemplo, a experiência da dor.

Em primeiro lugar, a pessoa deve acreditar que o placebo é um tratamento eficaz. Em segundo lugar, a pessoa deve receber esse tratamento (uma pílula, acupuntura ou outro tratamento) contra algum sintoma (por exemplo, dor). Em terceiro lugar, isso induzirá uma expectativa na pessoa de que o sintoma será reduzido. Essa expectativa também é um processo no cérebro. Em quarto lugar, essa expectativa no cérebro leva a alterações em outras partes do cérebro, portanto, por exemplo, o impacto da dor no cérebro é reduzido. Essa redução no sintoma é a resposta ao placebo.

“A expectativa no cérebro leva a alterações em outras partes do cérebro, portanto, por exemplo, o impacto da dor no cérebro é reduzido”.

Michael Thase

Professor de Psiquiatria na Escola de Medicina Perelman (Universidade da Pensilvânia)

No contexto de pesquisas em andamento sobre cuidados ou tratamentos, o efeito placebo representa todos os aspectos do processo de tratamento, exceto o efeito específico da intervenção (por exemplo, a passagem do tempo, a expectativa de benefício, a sensação de ser ajudado, conversar com pessoas que cuidam, melhora do ânimo, etc.). Em tais situações, quanto mais fácil tratar a doença e melhor o prognóstico do paciente/participante, maior a probabilidade de uma resposta ao placebo.

Parte da resposta ao placebo real da pílula é sem dúvida o condicionamento clássico (popularizado pela imagem dos cães de Pavlov, mas os humanos também têm respostas condicionadas). Estudos de analgésicos, por exemplo, demonstram que as respostas positivas ao placebo são mediadas pela ativação do sistema de opiáceos endógenos (também conhecido como endorfina).

A expectativa provavelmente desempenha um papel maior nas respostas ao placebo do que o condicionamento clássico e, com isso em mente, os efeitos colaterais e o tempo dos placebos imitam seus medicamentos de ação combinados (por exemplo, pílulas para dor de cabeça levam minutos a horas para funcionar e placebos antidepressivos levam semanas, etc).

Também existem efeitos negativos do placebo, às vezes chamados de nocebos, onde a expectativa ou o condicionamento clássico provocam uma piora.

“Há também efeitos negativos do placebo, às vezes chamados de nocebos, onde a expectativa ou o condicionamento clássico provocam piora”.

Fabrizio Benedetti

Professor de Fisiologia e Neurociência da Faculdade de Medicina da Universidade de Turn e autor de Efeitos placebo: compreendendo os mecanismos de saúde e doença, entre outros livros

Um placebo é um tratamento, farmacológico ou não, que não possui propriedades terapêuticas específicas para a condição a ser tratada, por exemplo, água doce, farinha, uma seringa vazia. Em outras palavras, é uma terapia falsa que o paciente acredita ser verdadeira. O efeito placebo é o efeito que se segue à administração de uma terapia falsa. No entanto, é importante ressaltar que o que importa não é tanto a terapia falsa em si, a saber, água ou farinha, mas o contexto psicossocial em torno do paciente e do tratamento ou, em outras palavras, todo o ritual do ato terapêutico. Portanto, o efeito placebo é um efeito psicológico derivado das expectativas, confiança, esperança, crenças do paciente. O paciente passa por um ritual terapêutico, digamos uma injeção, acredita ser verdade, espera um benefício e, às vezes, isso é suficiente para produzir uma melhora.

Os placebos, ou seja, terapias falsas, funcionam porque expectativas, esperança, confiança, crenças são capazes de desencadear no cérebro do paciente os mesmos mecanismos que são ativados por remédios. Portanto, placebos e remédios compartilham um mecanismo de ação comum. É importante ressaltar que isso é válido apenas para algumas condições médicas, como dor, desempenho motor, ansiedade, depressão, que são todas as condições pelas quais os fatores psicológicos são importantes no curso da doença. Por outro lado, os placebos não podem matar as bactérias da pneumonia, nem podem parar o crescimento do câncer ou impedir a gravidez.

Embora possa parecer estranho, algumas vezes os placebos funcionam mesmo que os pacientes saibam o que estão recebendo é um tratamento falso. Afinal, isso não é surpreendente, pois estamos condicionados a muitos rituais em nossa vida. Não é diferente de assistir a um filme de terror. Você sabe que tudo é falso: a vítima é um ator, a faca é feita de plástico, o sangue é na verdade suco de tomate. No entanto, você está com medo e tem reações fisiológicas: aumento de batimentos cardíacos, suor, arrepios e afins.

Em conclusão, os placebos funcionam porque fatores psicológicos são cruciais em muitas circunstâncias. As palavras do médico às vezes são tão importantes quanto as drogas, e hoje a neurociência nos diz que as palavras atingem os mesmos lugares no cérebro que as drogas. Na verdade, seria melhor dizer que são as drogas que atingem os mesmos alvos das palavras, pois as palavras e a interação social surgiram durante a evolução muito antes das drogas.

"O efeito placebo é um efeito psicológico derivado das expectativas, confiança, esperança, crenças do paciente. O paciente passa por um ritual terapêutico, digamos uma injeção, acredita que é verdade, espera um benefício, e às vezes isso é suficiente para produzir uma melhora."

Charlotte Blease

PhD em Estudos Placebo, Harvard Medical School

Há muitos sentidos em que um placebo pode "funcionar". Portanto, estritamente falando, não podemos responder, a menos que saibamos que sentido do placebo estamos falando.

Existem duas maneiras diferentes de usar o termo placebo atualmente. Primeiro, durante séculos os médicos adotaram uma espécie de vernáculo médico quando falam em dar placebos aos pacientes. Em contextos clínicos, os médicos prescrevem pílulas (ou pesquisas mostram que ainda o fazem) ou sugerem tratamentos que médicos não acreditam que realmente funcionem. Em vez disso, eles querem incutir alguma esperança em nós pacientes (ou se livrar de nós). Por exemplo, os médicos podem prescrever antibióticos para uma infecção viral recorrente – mesmo sabendo que os 'ingredientes' não afetarão a doença. Obviamente, isso levanta muitas questões éticas. Não obstante, nesse sentido, um placebo funciona, se ele nos livra de pacientes incômodos, nos acalma ou nos faz nos sentirmos um pouco melhor (sobre o que falarei mais tarde).

Segundo, os placebos na pesquisa significam algo bastante diferente. Aqui os placebos são 'controles' – ou um tipo de ferramenta de medição – usados ​​para testar a eficácia de novas intervenções na área da saúde, como medicamentos. Em ensaios clínicos randomizados, normalmente existem três grupos de participantes: um grupo de pacientes é alocado aleatoriamente para o novo tratamento; outro grupo recebe um 'placebo'; e um terceiro grupo fica em uma lista de espera. Idealmente, os tratamentos com placebo devem ser idênticos ao tratamento real, exceto nos componentes que os pesquisadores médicos consideram cruciais para o seu funcionamento. Por exemplo, se você estiver testando um novo antibiótico, o ideal é que o placebo tenha a mesma aparência física (mas não deve ser um antibiótico). Os participantes e os profissionais que dão os tratamentos também devem estar cegos para a alocação. Isso serve para controlar todas as inúmeras maneiras pelas quais a psicologia humana pode interferir nos relatórios de ensaios clínicos. Por exemplo, respondemos de maneira diferente quando estamos sendo observados, estimulados e analisados ​​(chamados efeitos de Hawthorne). Nós também tentamos agradar as pessoas (chamadas de "vieses de resposta") – por exemplo, podemos informar ao nosso médico que nos sentimos melhor quando, de fato, não nos sentimos (como dizer a um garçom que a refeição foi ótima, quando era medíocre). E às vezes, quando esperamos melhorar, na verdade nos sentimos melhor. Estes são chamados efeitos placebo: os efeitos psicobiológicos genuínos e salubres que são estudados por cientistas da saúde. Então, em conjunto, para que um placebo funcione em um ensaio clínico, ele precisa controlar todo esse barulho. Dessa forma, os pesquisadores podem se concentrar nos efeitos reais do tratamento.

Agora, se estamos realmente perguntando: "Por que os medicamentos que não têm ingredientes ativos nos ajudam a melhorar?" a resposta honesta é que depende de: (a) nossos sintomas; e (b) as coisas que acontecem em torno da prescrição dos comprimidos de placebo. Os efeitos do placebo não combatem tumores, mas são eficazes para dor, depressão, fadiga e outros sintomas. Para complicar ainda mais, os placebos não fazem sua mágica – ou seja, dão origem a efeitos placebo – a menos que acreditemos que eles funcionem, e isso, por sua vez, pode ser modificado pela empatia do profissional ou quão competente acreditemos que seja o médico que nos deu o placebo. Para confundir ainda mais, talvez não precisemos de um 'placebo' ou de um médico para conseguir esses efeitos benéficos. Podemos precisar apenas de alguém que se preocupe, que exala a quantidade certa de cuidado e atenção.

"Os placebos não fazem sua mágica – ou seja, dão origem a efeitos placebo – a menos que acreditemos que eles funcionem, e isso, por sua vez, pode ser modificado pela empatia do profissional ou quão competente acreditemos que seja o médico que nos deu o placebo”.

Ted Kaptchuk

Professor de medicina e professor de saúde global e medicina social da Harvard Medical School, e diretor do programa de estudos de Harvard de placebo e percepções terapêuticas (PiPS)

Percepções e respostas a placebo são "inferências bayesianas". Pessoas/pacientes têm dor crônica em todos os tipos de situações: eles têm fisiopatologia, mas não apresentam sintomas; eles apresentam sintomas e não têm a fisiopatologia, e por aí vai. Isso significa que percepções/sensações (incluindo sintomas como dor e fadiga) não são apenas informações que o corpo sente e registra como um computador. As vias aferentes estão recebendo sinais o tempo todo. Os nervos apenas enviam os sinais mais diferentes. A maioria dos sinais não sobe. Se subissem, o cérebro estaria sobrecarregado e fritaria.

A decisão de qual é essa diferença no final é feita usando uma arquitetura de inferência bayesiana. Esse sintoma é real ou estou recebendo um sinal falso? Quando os pacientes entram no ritual/drama da cura/tomam placebos… essa negociação às vezes (nem sempre) favorece o encontro da cura… Os nervos permitem que a cura aconteça… Ou seja, começa a sentir menos dor ou fadiga porque a cura que está acontecendo é permitida ser registrada.

Beth Darnall

Professora Associada de Anestesiologia, Medicina Perioperatória e Dor e, por cortesia, de Psiquiatria e Ciências do Comportamento (Psiquiatria Geral e Psicologia (Adulto)) no Centro Médico da Universidade de Stanford

As pessoas costumam pensar que placebo significa tratamento falso. Na realidade, os efeitos do placebo são compostos de fatores contextuais não específicos, crenças de um indivíduo sobre um tratamento e fatores históricos. Existem vários mecanismos que explicam por que os placebos funcionam.

Considere o exemplo da dor. Se acreditarmos que um tratamento reduzirá nossa dor, é mais provável que nos envolvamos com o tratamento. Da mesma forma, se gostamos do nosso médico e acreditamos que eles defendem nossos melhores interesses, é mais provável que nos envolvamos em um tratamento.

É mais provável que estejamos sintonizados com as reduções de dor se as estivermos esperando (viés de confirmação). Ter expectativas em relação ao alívio da dor pode reduzir a atenção à dor e a ansiedade em relação à dor, ambas associadas ao processamento reduzido da dor no cérebro. Os pesquisadores que estudam a analgesia com placebo mostram que ela está associada a alterações hormonais, responsividade autonômica e atividade cerebral, ressaltando que o placebo exerce múltiplos efeitos psicobiológicos e é multifatorial.

Por outro lado, se achamos que algo aumentará nossa dor, podemos experimentar o efeito nocebo – aumento real da dor.

Um estudo interessante conduzido por Bingle, Tracey e colegas examinou o efeito das expectativas na resposta ao teste de dor pelo calor e na administração intravenosa de opioides em indivíduos saudáveis.

Todos que participaram do experimento experimentaram dor pelo calor (eletrodo colocado na mão) e uma solução intravenosa sob três condições diferentes. Na primeira condição, enquanto os participantes recebiam dor pelo calor, eles foram informados de que estavam recebendo um poderoso analgésico intravenoso. Na segunda condição, enquanto recebiam dor pelo calor, foram informados de que estavam recebendo uma solução inerte intravenosa. Na terceira condição, enquanto recebiam dor pelo calor, disseram a eles que estavam recebendo uma solução que aumentaria sua dor. Eles foram enganados neste estudo. Na realidade, nas três condições os participantes estavam recebendo remifentanil, um medicamento opióide.

Todos os participantes foram submetidos a cada uma das três condições experimentais descritas, e a única coisa diferente foi a expectativa dos participantes quanto ao que experimentariam – mais ou menos dor.

Os pesquisadores descobriram que quando os participantes foram informados de que estavam recebendo um analgésico poderoso, o benefício analgésico do remifentanil foi duplicado em relação a quando os participantes acreditavam estar recebendo a solução inerte.

Quando os participantes acreditaram que estavam recebendo um medicamento que aumentaria sua dor (nocebo), o benefício analgésico do remifentanil foi completamente abolido. Os pesquisadores correlacionaram os relatórios de dor dos participantes com os achados de neuroimagem mostrando aumento ou redução do processamento da dor com base em suas expectativas e experiência da dor real. Este estudo não significa que a dor não é real ou que está tudo em nossas mentes. Pelo contrário, ilustra o poder da nossa mente. Esses resultados são especialmente importantes a serem considerados diante do clima médico de hoje, em que pacientes que tomam opióides sob prescrição a longo prazo têm subitamente acesso negado ao medicamento. É compreensível que essas circunstâncias façam com que as pessoas experimentem respostas nocebo, e isso demonstrou contribuir para a redução da analgesia opióide enquanto os opióides estão diminuindo. Esta é uma receita para o sofrimento do paciente. É meu desejo que usemos a ciência placebo/nocebo para informar um atendimento mais compassivo ao paciente.

"Este estudo não significa que a dor não é real ou que está tudo em nossas mentes. Pelo contrário, ilustra o poder da nossa mente".

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