sexta-feira, 26 de junho de 2020

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NASA batiza sede em Washington com nome de primeira engenheira negra da agência

Posted: 25 Jun 2020 02:50 PM PDT

NASA batiza sede em Washington com nome de primeira engenheira negra da agência. Crédito: NASA

O filme Estrelas além do tempo (Hidden Figures), de 2016, baseado no livro de mesmo nome, teve grande impacto por trazer à luz a história até então desconhecida das matemáticas e engenheiras negras que trabalharam na NASA e ajudaram a fazer os cálculos matemáticos para levar astronautas para o espaço.

Aos poucos, a NASA tem prestado homenagem a essas mulheres. A primeira foi Katherine G. Johnson, que passou a dar nome ao antigo Centro de Pesquisa Langley da NASA. Nesta quinta-feira (25), a agência norte-americana batizou a sua sede em Washington D.C., na capital do país, com o nome de Mary W. Jackson, a primeira engenheira negra da instituição.

"Hoje, orgulhosamente anunciamos a sede Mary W. Jackson, da NASA. O local fica apropriadamente na avenida Hidden Figures, um lembrete de que Mary foi uma das profissionais mais incríveis e talentosas da história da NASA e que contribuiu para o sucesso da agência", disse Jim Bridestine, administrador da NASA, em um comunicado de imprensa.

"Mary era parte de um grupo de mulheres muito importantes que ajudaram a NASA a levar astronautas para o espaço. Mary nunca aceitou o status quo, ajudou a quebrar barreiras e abriu oportunidades para mulheres e afro-americanos no campo de engenharia e tecnologia."

Sede Mary W. Jackson, da NASA, em Washington. Crédito: NASASede Mary W. Jackson, da NASA, em Washington. Crédito: NASA

Mary W. Jackson trabalhou em uma unidade segregada da NASA no Centro de Pesquisa Langley, em Hampton, Virgínia (EUA). Sua formação original era matemática e física. Ela começou a trabalhar em 1951 no Comitê Nacional para Aconselhamento sobre Aeronáutica (NACA, na sigla em inglês) que, posteriormente, se tornou a agência espacial norte-americana.

No início, Jackson trabalhava como pesquisadora na área de matemática e, posteriormente, ficou conhecida como um dos "computadores humanos", ao lado de Dorothy Vaughan, outra matemática negra, também retratada no filme Estrelas além do tempo.

Após dois anos na área de cálculos, foi sugerido que Jackson fizesse um treinamento para ser promovida de matemática para engenheira. Ela o fez; porém, como a instituição de ensino era segregada, precisou de permissão especial para participar das aulas com colegas brancos.

Jackson, então, foi promovida e, em 1958, se tornou a primeira engenheira negra da NASA. Durante o tempo na agência, ela foi co-autora de diversos artigos científicos, a maioria focado na camada limite ao redor de aviões. Em 1979, ela passou a fazer parte de um programa com o objetivo de contratar e promover a próxima geração de engenheiras, matemáticas e cientistas da agência espacial. Ela se aposentou em 1985.

Infelizmente, ela faleceu em 2005 e não pôde aproveitar de todo o reconhecimento, que foi só chegou ao grande público com o livro e o filme. Após sua morte, ela ainda foi premiada em 2019 com uma medalha de ouro do Congresso dos EUA, a maior honraria civil do país, pela contribuição ao serviço espacial dos EUA. Wanda Jackson, neta de Mary W. Jackson, recebeu a homenagem pela avó.

Antes tarde do que nunca a NASA fazer isso, mas imagine só quão legal seria se Mary W. Jackson pudesse ter aproveitado tudo isso em vida.

[NASA]

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O que é uma nuvem de gafanhotos e por que ela se forma?

Posted: 25 Jun 2020 02:17 PM PDT

No começo desta semana, como se não houvesse com o que se preocupar em 2020, surgiram notícias de que uma nuvem de gafanhotos está na Argentina e pode vir para o sul do Brasil. Afinal de contas, o que é este fenômeno e por que ele ocorre?

Os gafanhotos geralmente são animais solitários, mas se tornam gregários sob determinadas circunstâncias, como a falta de alimento ou o aumento de população. Quando isso ocorre, eles formam as chamadas nuvens, grupos que podem chegar a milhões de insetos que se deslocam sem direção ordenada e comem o que encontram pelo caminho.

Estes insetos não transmitem doenças e não atacam animais ou seres humanos. Eles atacam material vegetal para se alimentar, e é aí que mora o perigo: o deslocamento da nuvem pode trazer graves consequências para a agricultura e, indiretamente, para a pecuária, já que pode prejudicar os recursos usados para a criação de animais. Por isso, eles são considerados um risco para a segurança alimentar.

De cerca de 400 espécies de gafanhoto conhecidas, algo em torno de 50 são nômades — isto é, se deslocam quando há um aumento populacional — e apenas pouco mais de dez causam prejuízos à agricultura. A única espécie nômade que vive regularmente no Brasil e causa problemas é a Rhammatocerus schistocercoides, encontrada no Mato Grosso.

A nuvem que está atualmente na Argentina é da espécie Schistocerca cancellata, uma velha conhecida do país vizinho. De acordo com um artigo publicado em 2017 por pesquisadores argentinos e norte-americanos, há registros de S. cancellata nas plantações desde 1538, e a presença do gafanhoto moldou os programas de combate de pragas do país desde o fim do século 19.

O que causa a nuvem de gafanhotos

O problema não é exclusivo da região, aliás. No começo do ano, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertou para o crescimento rápido da população de gafanhotos no leste da África e no Oriente Médio, podendo formar nuvens “sem precedentes” e comprometer a segurança alimentar da região. Nos meses seguintes, houve até notícias falsas de que a China colocaria um exército de patos para combater os insetos na fronteira com o Paquistão.

Tanto na África e no Oriente Médio quanto aqui na América do Sul, existe a suspeita de que as mudanças climáticas estejam por trás do crescimento da população de gafanhotos, com o aumento das temperaturas acelerando a reprodução dos insetos.

Nuvens de gafanhotos voam acima das plantações na vila de Katitika, no Quênia, em 24 de janeiro de 2020. Imagem: APNuvens de gafanhotos voam acima das plantações na vila de Katitika, no Quênia, em 24 de janeiro de 2020. Crédito: AP

Na Argentina, os insetos permaneceram controlados por cerca de seis décadas, com presença pequena no noroeste do país, mas, entre 2015 e 2017, três novos surtos ocorreram, chegando a áreas do Paraguai, da Bolívia e do sul do Brasil.

Acredita-se que estes surtos estejam ligados a invernos mais quentes, que adiantaram o ciclo de reprodução dos gafanhotos. Como eles começaram a se reproduzir mais cedo, pode ter havido a chance de três gerações surgirem em vez das duas habituais.

Como se combate a nuvem de gafanhotos

O controle dos gafanhotos geralmente é feito quando eles ainda não formaram a nuvem, como forma de prevenção. Quando estão nesse estágio gregário, a situação fica muito mais difícil, porque, de acordo com o Serviço Nacional de Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), o grupo só se assenta tarde da noite, quando a visibilidade é muito baixa.

As equipes responsáveis pelo combate aplicam pesticidas para matar os insetos e diminuir a população. Entretanto, é preciso ter cuidado pois, como lembra esta matéria da Super de 2011, há o risco de esses produtos contaminarem o ambiente.

Nuvem de gafanhotos. Crédito: Getty ImagesCrédito: Getty Images

Por enquanto, a nuvem não chegou ao Brasil. Existe a possibilidade de que ela se desfaça com a chuva e a queda nas temperaturas, como diz um especialista ouvido pelo Canal Rural. O Ministério da Agricultura também disse ter tomado medidas para monitoramento da nuvem de gafanhotos:

Segundo a Coordenação-Geral de Proteção de Plantas do Mapa, as autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os seus pares argentinos, bolivianos e paraguaios por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal – COSAVE, o que tem permitido um acompanhamento do assunto em tempo real, com o objetivo de adotar as medidas cabíveis para minimizar os efeitos de um eventual surto da praga no Brasil.

[Super, Canal Rural, BBC Brasil, Metaleptea]

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Como sacar dinheiro do PicPay no Banco24Horas

Posted: 25 Jun 2020 01:18 PM PDT

Quem tem conta no PicPay pode sacar o dinheiro da carteira digital em caixas eletrônicos da rede Banco24Horas, sem cobrança de taxas. A opção está disponível desde o final de 2019, mas passou a ser mais procurada depois da pandemia do novo coronavírus.

Quem tem uma conta do PicPay pode fazer saques nos 23 mil terminais da rede Banco24Horas em todo o Brasil. A transação é fácil: basta usar a opção de saque digital com QR code, no caixa eletrônico, e escanear o código na tela com o smartphone.

Como fazer saque do PicPay no Banco24Horas

  1. Abra o app do PicPay e toque em Carteira;
  2. Depois acesse o menu Retirar e selecione Banco24Horas;
  3. Escolha o valor que quer sacar (a partir de R$ 20);
  4. No caixa eletrônico do Banco24Horas selecione a opção Saque digital;
  5. Depois selecione a opção QR Code (o código ficará disponível na tela por 50 segundos);
  6. Com o PicPay, aponte o celular e escaneie o código;
  7. Em seguida, autentique o app com sua digital ou senha.

Passo a passo para sacar dinheiro no PicPay

Limites de saque

O PicPay só permite saques a partir de R$ 20 e o valor máximo é de R$ 1.000.

Além disso, você pode fazer mais de um saque no mesmo dia, mas eles não podem ultrapassar o total de R$ 1.000.

Existem também alguns limites específicos durante a madrugada e os finais de semana. Se você tentar retirar dinheiro entre 22h até 06h, o valor máximo é de R$ 300. Aos finais de semana o limite é de R$ 1.000 para os dois dias.

Pode ser que o caixa eletrônico não tenha cédulas para o valor que você queira sacar. Pode acontecer, por exemplo, de tentar tirar R$ 30 mas o terminal ter somente cédulas de R$ 50. Nestes casos, o saque não será realizado.

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Ex-engenheiro da Intel diz que falta de qualidade fez Apple fabricar CPUs próprias

Posted: 25 Jun 2020 12:53 PM PDT

Imagem de divulgação da plataforma Skylake, da Intel

No início desta semana, após anos de rumores, a Apple finalmente anunciou sua terceira grande transição de CPUs na linha Mac. A companhia vai deixar de lado a Intel e passará a projetar os seus próprios chips para computadores. Agora que a poeira baixou, muitas pessoas estão se perguntando por quê.

Em um nível mais amplo, as razões são claras: a mudança para CPUs personalizadas e projetadas internamente dá à Apple mais controle sobre as especificações e recursos que entram nos chips. Além disso, cortar outro fornecedor terceirizado significa que a Apple está abocanhando uma parcela maior da receita de vendas.

No entanto, a justificativa real muito provavelmente não tem relação só com grana. Então, o que será que aconteceu para a Apple querer se afastar da Intel?

De acordo com o ex-engenheiro sênior da Intel François Piednoël, parece que a linha de processadores Skylake da Intel é a culpada. Comercializadas na linha de processadores Intel Core de 6ª geração, as CPUs Skylake eram “mais que um problema, eram excepcionalmente ruins”, segundo um vídeo publicado no YouTube por Piednoël.

Ele disse ainda que “basicamente nossos amigos da Apple se tornaram os principais responsáveis por queixas sobre problemas na arquitetura”. Ele ainda acrescenta que “quando o seu cliente começa a encontrar tantos bugs quanto você, as coisas não estão indo na direção certa”.

Embora a Apple tivesse internamente alguns defensores de que deveriam fabricar seus próprios chips, foi só depois que a companhia enfrentou problemas com os processadores Skylake que os planos de design interno avançaram.

“Para mim, este é o ponto de inflexão. Foi aqui que os caras da Apple que pensavam em trocar olharam e disseram: ‘bem, provavelmente temos que fazer isso.'”

Piednoël concluiu dizendo que “basicamente a má garantia de qualidade do Skylake foi a responsável por forçar [a Apple] a se afastar da plataforma [da Intel]. Se a Apple não tivesse este motivo, que fazia com que eles duvidassem da qualidade da entrega, a companhia teria prosseguido sem problemas.”

Quanto à causa da má garantia de qualidade do Skylake, Piednoël atribuiu o problema a um abalo na liderança e má administração geral, que levou a engenheiros críticos a abandonarem a equipe, e ao mau planejamento durante esse período.

Embora o relato de Piednoël soe prejudicial, uma das principais razões pelas quais ele compartilhou a história é por que ele acredita que a Intel ainda é uma grande empresa e que os acionistas devem saber o que aconteceu para que a companhia possa aprender e evitar erros como este no futuro. Com a Apple planejando uma transição completa e a AMD pisando cada vez mais nos calcanhares da Intel, a empresa provavelmente pode se beneficiar de bons conselhos.

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Facebook alertará usuário quando ele for compartilhar link de notícia antiga

Posted: 25 Jun 2020 10:59 AM PDT

Aviso em inglês do Facebook que link de notícia é velho

Um dos problemas clássicos de rede sociais é o compartilhamento de artigos noticiosos fora do contexto. O Facebook anunciou nesta quinta-feira (25) uma medida para tentar reduzir isso ao perguntar para o sujeito se ele tem ciência que a notícia ou reportagem que ele está tentando compartilhar é velha.

Sendo mais exato, o Facebook mostrará uma mensagem toda vez que alguém tentar compartilhar um link de notícia publicada há mais de 90 dias. A pessoa vai ter a opção de dar ok e seguir adiante na publicação ou não publicar.

Em um blog post, John Hegeman, vice-presidente de feed e stories do Facebook, explica o motivo da inclusão desta caixa de diálogo:

"Nossa pesquisa interna descobriu que a atualidade de uma notícia é uma parte importante do contexto que ajuda as pessoas a decidir o que ler, confiar e compartilhar. Os veículos de notícias, em particular, expressaram preocupação com o fato de histórias mais antigas serem compartilhadas nas mídias sociais como notícias atuais, o que pode gerar más interpretações sobre o estado dos eventos em curso"

A medida tende a inibir compartilhamento de conteúdo antigo, mas obviamente que não acabará, já que é possível postar o link. Talvez, para resolver isso, o Facebook poderia exibir algum aviso de que aquele é um artigo antigo, no caso do usuário insistir em postá-lo.

Em tempo: não há nenhum problema em repostar links antigos, mas, penso, que dificilmente alguém abrirá para conferir a data original de publicação.

O jornal britânico Guardian teve uma boa atitude no ano passado após link antigos passarem a circular nas redes sociais. Basicamente, eles incluíram uma atualização nos textos em amarelo destacando que aquele artigo é de” mais de 3 anos atrás”, por exemplo.

Aviso de notícia antiga do jornal britânico Guardian

Em postagens em rede sociais, eles também mudavam a imagem de exibição para uma informando que o post é antigo.

Postagem do Twitter do Guardian indicando que notícia é originalmente de 2015

No Brasil, o médico Drauzio Varella passou a usar tática parecida com a utilizada pelo jornal britânico, após alguns vídeos seus terem sido tirados de contexto.

Vídeo do médico Drauzio Varella sempre conta com data estampadaVídeo do médico Drauzio Varella sempre conta com data estampada

Além deste aviso aos compartilhadores de link, o Facebook informou que incluirá um botão de contexto, que fornecerá informações sobre as fontes de artigos no Feed de Notícias. Assim, a pessoa conseguirá saber mais sobre o veículo de imprensa responsável por aquela notícia.

O Facebook deve fazer outros testes de notificação para usuários. Por ora, a rede já tem colocado um link para a Central de Informações sobre o Coronavírus em notícias sobre o tema.

Aos poucos, a rede social já está se preparando para o clima de eleições tanto no Brasil como nos Estados Unidos que se aproxima. Recentemente, o Facebook informou que solicitará uma validação com identidade de perfis que queiram fazer propagandas políticas na plataforma e que essas publicidades ganharão um rótulo distinto para que as pessoas saibam que se trata de conteúdo pago relacionado à política.

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O perigoso PL das fake news pode ser votado hoje; entidades pedem adiamento

Posted: 25 Jun 2020 09:37 AM PDT

Senado brasileiro

O Projeto de Lei 2630/2020, apelidado de “PL das fake news”, pode ir a votação nesta quinta-feira (25) no Senado, mas levantou uma onda de alertas de especialistas sobre seus perigos. Por mais bem intencionado que seja, o texto é mais veneno do que remédio, e ele pode atingir a liberdade de expressão e direitos de privacidade.

O relator do PL, senador Ângelo Coronel (PSD/BA), protocolou o relatório na quarta-feira. A versão atual do texto mantém pontos sensíveis como a obrigação de identificação em massa dos usuários ao vincular contas em redes sociais a um documento e número de celular ativo, além da obrigatoriedade de armazenamento de dados de rastreio de mensagens trocadas por aplicativos de mensagens, como aponta a Coalizão Direitos na Rede.

O projeto, proposto pelo Senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), tramita no Senado Federal há pouco mais de um mês e recebeu pelo menos 87 emendas.

O relatório afirma que a lei “estabelece normas, diretrizes e mecanismos de transparência para provedores de redes sociais e de serviços de comunicação interpessoal a fim de garantir segurança, ampla liberdade de expressão, comunicação e manifestação do pensamento”. Na prática, isso pode ser muito diferente, ao criar técnicas de vigilância em massa e retenção de dados.

Identificação em massa dos usuários de redes sociais

Um dos pontos mais sensíveis do PL está no artigo 5º, que diz que o “cadastro de contas em redes sociais e nos serviços de comunicação interpessoal deverá exigir do usuário documento de identidade válido, número de celular registrado no Brasil e, em caso de número de celular estrangeiro, o passaporte”.

É como precisar ter um crachá para se cadastrar em qualquer rede social ou em aplicativo de trocas de mensagens como o WhatsApp, Telegram e outros. É algo sem precedentes no mundo e problemático pelo ponto de vista da privacidade, do tratamento dos dados e pela exclusão de pessoas que não tenham um celular.

Uma nota técnica do grupo Data Privacy Brasil aponta que essa obrigação se choca com regulamentações estabelecidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O cadastro obrigatório faria com que empresas de tecnologia coletassem e tratassem mais dados pessoais do que é realmente necessário para sua operações, rompendo o princípio da ​necessidade​, segundo o grupo.

Além disso, com a ampliação dos dados armazenados, os riscos envolvidos com vazamentos crescem – sem contar que essas companhias precisariam tratar dados sensíveis, já que o RG contém a foto do cidadão e pode ser considerado um dado biométrico.

A verificação da identidade, segundo o PL, se daria via SMS. Isso abriria um caminho para hackeamentos e fraudes, principalmente porque o SMS está vulnerável a ataques como o SIM Swap.

A PL das fake news também cria dificuldades para pessoas que trocam de número de celular ou que têm o seu número inativo durante algum período. O artigo 6º prevê a suspensão de contas de usuários cujos números forem desabilitados pelas operadoras de telefonia. Especialistas apontam ainda que esse trecho exclui cidadãos do acesso aos apps de mensagens e redes sociais.

O artigo 8º, por sua vez, dá às plataformas a responsabilidade de identificar possíveis fraudes se o usuário fornecer informações cadastrais com número de celular inválido. A Coalizão Direitos na Rede aponta que tal medida atribui poder de polícia a empresas privadas.

Rastreando mensagens

O artigo 10º do PL prevê que "os serviços de mensageria privada devem guardar os registros dos envios de mensagens veiculadas em encaminhamentos em massa, pelo prazo de 3 (três) meses, resguardada a privacidade do conteúdo das mensagens".

O que seria o encaminhamento em massa? De acordo com o texto, “[…] o envio de uma mesma mensagem ​por mais de cinco usuários​, em intervalo de até 15 dias, para grupos de conversas, listas de transmissão ou mecanismos similares de agrupamento de múltiplos destinatários".

Além de tratar os dados pessoais e sensíveis dos usuários, aplicativos de mensagens precisariam passar a fazer um monitoramento de tudo o que é compartilhado, identificando individualmente quem envia esses conteúdos, além de indicar o número de pessoas que receberam a mensagem. Esse monitoramento incluiria data e horário do encaminhamento.

O projeto menciona que essas informações só seriam acessadas por meio de ordem judicial, mas na prática cria um aparato de vigilância. Além disso, as pessoas envolvidas teriam que provar posteriormente que não possuem relações com indústrias de disseminação de desinformação.

“Todas as pessoas que, por razões legítimas ou involuntárias, se insiram nas cadeias de compartilhamento de conteúdos, como jornalistas, pesquisadores, parlamentares e até cidadãos que, eventualmente, repassem determinada postagem para denunciá-la, terão seus dados guardados obrigatoriamente pelos aplicativos”, aponta a Coalizão Diretos na Rede.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, a diretora do Internet Lab, Mariana Valente, ilustrou bem como isso pode afetar a sociedade:

“Tecnicamente é viável, mas o que vai acontecer é que será possível saber com quem todo mundo está falando em suas conversas privadas. Por exemplo, alguém faz uma piada em um grupo de amigos, privadamente, e essa mensagem, tirada do contexto, é reencaminhada, vista como uma ameaça, e aí podem rastreá-la até essa pessoa. Isso pode ser usado para perseguir politicamente. Essa medida também ameaça sigilo das fontes jornalísticas —sob pedido judicial, rastrear de onde veio determinada mensagem encaminhada por um jornalista, por exemplo”, disse ela.

Regras como essa não fazem sentido técnico, também. A maioria dos aplicativos de mensagens utilizam criptografia de ponta-a-ponta, que não permite que o provedor tenha conhecimento do conteúdo das mensagens – embora alguns mantenham metadados. Uma decisão parcial do Supremo Tribunal Federal reconheceu os metadados como passíveis da mesma proteção constitucional que o conteúdo das mensagens.

Organizações pedem adiamento

A Coalizão Direitos na Rede, o Data Privacy Brasil, além de empresas como Facebook, Google, Instagram, Twitter e WhatsApp e organizações da sociedade civil defendem o adiamento da votação do PL das fake news por meio de uma nota conjunta. O entendimento é de que não houve tempo para um debate amplo sobre um tema sensível e que pode afetar direitos fundamentais dos brasileiros.

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Polícia dos EUA prende injustamente homem negro identificado por tecnologia de reconhecimento facial

Posted: 25 Jun 2020 09:01 AM PDT

Carro da polícia de Detroit, nos EUA. Crédito: Bill Pugliano/Getty

Em uma rara admissão de culpa, a polícia dos EUA confessou ter prendido a pessoa errada após usar um sistema de reconhecimento facial, segundo a ACLU (American Civil Liberties Union), uma ONG dos EUA que milita para defender e preservar direitos dos cidadãos do país. Isso confirma uma suspeita de muito tempo e quase impossível de provar na prática.

Nesta quarta-feira (24), o grupo de direitos civis apresentou uma queixa contra o Departamento de Polícia de Detroit por prender Robert Williams no início de janeiro deste ano e admitir, somente depois de mantê-lo em uma cela lotada durante a noite, que "o computador deve ter entendido errado". Williams é negro, e os sistemas de reconhecimento facial notoriamente erram ao identificar pessoas de pele escura.

Uma reportagem do New York Times relata como a polícia prendeu Willians no gramado de sua casa e em frente à sua família por supostamente roubar cinco relógios avaliados em US$ 3.800 de uma loja em outubro de 2018.

De acordo com a denúncia, a polícia de Detroit usou imagens de segurança de má qualidade do local do crime e as combinou com a foto de carteira de motorista de Williams, que eles mostraram a um segurança que não testemunhou o incidente.

A polícia não indicou a razão pela qual ele estava sendo preso. Ao ser questionada pela detenção, apenas disse à esposa de Williams que pesquisasse no Google. Depois de uma noite na prisão, a polícia interrogou Williams, mostrou a ele uma imagem da cena do crime e perguntou se era ele. O acusado negou, e o detetive então disse: "Acho que o computador entendeu errado". Segundo o jornal norte-americano, Williams foi mantido por várias horas após o interrogatório.

Um porta-voz da polícia de Detroit disse ao New York Times que o departamento "não realiza prisões com base apenas no sistema de reconhecimento facial" e que houve entrevistas com testemunhas, reconhecimento de suspeitos por meio de fotos e que o "investigador analisou o vídeo".

Isso não coincide com uma resposta subsequente da promotoria do condado de Wayne, confirmando que o Departamento de Polícia de Detroit usou o reconhecimento facial para identificar Williams com base nas imagens de segurança e que uma testemunha ocular do crime não recebeu as imagens para reconhecimento de suspeitos — baseadas na correspondência de reconhecimento facial.

A procuradoria do condado de Wayne adiciona que Williams pode ter o caso extinto e suas impressões digitais podem ser removidas do registro do departamento.

No comunicado, a promotora Kym L. Worthy disse que, em 2019, o Departamento de Polícia de Detroit havia solicitado a ela que adotasse sua “política” de reconhecimento facial. Ela diz ter recusado devido ao fato de a tecnologia ser problemática e conter enviesamento racial.

"Este caso não deveria ter sido emitido com base na investigação do Departamento de Polícia de Detroit e, por isso, pedimos desculpas", escreveu Worthy. "Isso não compensa as horas que Williams passou na prisão".

A agência de notícias Reuters diz ter analisado documentos do governo que mostram que a polícia fez a correspondência usando a seção de identificação digital da polícia do estado de Michigan, que supostamente usa a tecnologia de reconhecimento facial da Rank One Computing.

O site da polícia do estado de Michigan informa que extrai informações da Rede Estadual de Fotos de Agência. Em uma área de perguntas e respostas, uma mensagem diz que o reconhecimento facial "nunca deve ser considerado uma forma de identificação positiva".

Como aponta a ACLU, esse exemplo é excepcional em parte porque a polícia nunca admite usar reconhecimento facial. "Se Robert não tivesse ouvido um comentário do policial que o estava interrogando, ele provavelmente nunca saberia que sua prisão ocorreu pela falsa correspondência de um sistema de reconhecimento facial", escreveram os dois advogados da ACLU familiarizados com o caso de Williams.

"De fato, as pessoas quase nunca são informadas quando o reconhecimento facial as identifica como suspeitas. Relatos dão conta de que o FBI pode ter usado essa tecnologia centenas de milhares de vezes — e o órgão ainda não conseguiu responder com clareza se notificou as pessoas presas como resultado da tecnologia". A polícia obstruiu inúmeras tentativas do advogado de Williams de obter a documentação sobre a prisão.

Sabemos que a polícia americana usou o reconhecimento facial para fazer prisões no passado. Em 2016, a ACLU descobriu um documento de marketing interno da empresa de rastreamento de localização e mídia sociais Geofeedia, que se gabava de que sua tecnologia permitia que a polícia usasse reconhecimento facial para identificar "arruaceiros" que protestavam pela morte de Freedie Gray e prendê-los.

As implicações são ilimitadas. Logo após o início dos protestos pela morte de George Floyd, no mês passado, a ACLU entrou com uma ação contra a empresa de reconhecimento facial Clearview AI, que fornece às agências policiais e empresas privadas a capacidade de combinar impressões faciais retiradas de mídias sociais.

A Rank One disse ao Gizmodo que uso do reconhecimento facial no caso de Williams "contraria as melhores práticas estabelecidas para o reconhecimento forense da face" e que a empresa "se opõe sem reservas" à ideia de usar o reconhecimento facial como a única base para a prisão.

"No futuro, adicionaremos meios legais para impedir o uso de nosso software que viole nosso Código de Ética", disseram eles. A companhia acrescentou que fará uma revisão tecnológica das salvaguardas de software para evitar usos indevidos.

A ACLU exige em sua queixa que o Departamento de Polícia de Detroit pare de usar o reconhecimento facial em suas investigações, "como os fatos do caso Williams demonstram que a tecnologia é falha e que os investigadores da polícia não são competentes para fazer o uso dessa tecnologia".

Uso de reconhecimento facial pelo Estado

Neste mês, grandes empresas americanas que pesquisam e desenvolvem sistemas de reconhecimento facial anunciaram a saída do mercado ou a paralisação do fornecimento das tecnologias para entidades governamentais.

IBM explicou a saída alertando para os riscos de violações à privacidade e destacou os riscos da aplicação da tecnologia pela polícia e outros órgãos de aplicação da lei. Já a Amazon anunciou uma moratória de um ano para o uso do seu sistema Rekognition – tempo que a empresa considera o suficiente para que entidades dos EUA regulem o uso da tecnologia por forças policiais e de aplicação da lei. A Microsoft também anunciou medidas similares às da Amazon.

A medida das grandes empresas serve mais como um alerta sobre os potenciais riscos relacionados ao uso de sistemas de reconhecimento facial, principalmente por entidades do Estado. Elas podem servir como exemplo, mas existem pequenas e médias empresas dedicadas somente ao desenvolvimento de sistemas como esse. Além disso, a China já emprega a tecnologia amplamente, e companhias do país a vendem ao redor do mundo.

As principais preocupações em relação ao uso da tecnologia estão no reforço de injustiças. Sistemas de reconhecimento facial são treinados para identificar rostos com o uso de inteligência artificial e machine learning – basicamente, para que a máquina aprenda a identificar um rosto, é preciso incluir milhares de imagens e "ensiná-la" a distinguir características faciais, como distância entre os olhos ou tamanho do nariz.

Estudos mostram que os algoritmos podem apresentar taxas de falsos positivos ou falsos negativos, em grande parte com números exagerados para determinados grupos mal representados no treinamento da máquina, como negros ou asiáticos – dependendo da empresa que os desenvolve.

A noção de que as máquinas são "neutras" e "não erram" também abre espaço para abusos no uso do reconhecimento facial. Se sistemas forem utilizados como evidência, é menos provável que uma pessoa inocente consiga provar que não é ela naquelas imagens.

A linha entre o uso dos sistemas de reconhecimento facial para segurança pública e para a vigilância permanente da população e perseguição de determinados grupos étnicos é tênue.

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Google vai apagar dados de localização e atividade de usuários a cada 18 meses

Posted: 25 Jun 2020 06:53 AM PDT

Logo do Google

Não é segredo que o Google coleta toda a sorte de dados relacionados aos usos de seus produtos. Embora a companhia não seja conhecida por ser pró-privacidade, a pressão dos usuários e as legislações recentes de proteção de dados fizeram a companhia se mexer. A partir de agora, por exemplo, a janela de tempo para que o Google apague dados de localização e atividade será padrão para todos usuários.

Esse recurso tinha sido anunciado há um ano, mas mudou a forma que a companhia aplica a iniciativa. Antes, o usuário precisava proativamente definir de quantos em quantos meses suas informações seriam deletadas. A partir de agora, a exclusão automática a cada 18 meses será o padrão nas configurações de atividades para a maioria dos serviços.

De hoje em diante, quando o usuário habilitar o Histórico de Localização, a opção de exclusão automática estará definida para 18 meses. A exclusão automática de Atividades da Web e de Apps também será padronizada para 18 meses para novas contas.

Isso significa que o Google irá continuamente deletar informações que têm 18 meses de idade. Ainda é possível entrar nas configurações do Histórico de Localização e Atividades da Web e de Apps para definir períodos entre 18 e 3 meses, ou desativar a opção.

A medida vale para todos os usuários e não somente quem criar novas contas. O Google afirma ainda que irá lembrar as pessoas de que existe opção de usar o controle de exclusão automática de dados, enviando alertas e e-mails.

O único período de exclusão automática que não entra nessa janela de 18 meses é a do YouTube. A companhia vai manter os registros de vídeos assistidos e outras atividades por 36 meses por padrão, isto em caso de contas novas ou de quem ativar o Histórico do YouTube pela primeira vez. Os usuários que já possuem conta ainda podem escolher pela exclusão automática de 3 ou 18 meses.

O Google lembra a exclusão de informações de atividade não valem para Gmail, Drive e Fotos, já que são apps criados para armazenar o conteúdo pessoal e não são usados para para fins publicitários.

Em um blog post, a companhia também disse que está facilitando o acesso a essas ferramentas de controle de privacidade. O novo aplicativo de Buscas irá oferecer acesso simplificado aos menus "Check-up de privacidade do Google" e "Minha Conta Google está segura?" ao tocar na sua foto do perfil.

O acesso ao modo Anônimo também ficará mais simples: basta apertar e segurar sobre a foto do perfil nos aplicativos de Busca, Mapas e YouTube. A novidade chega primeiro no iOS, mas deve aparecer no Android em breve.

Por fim, a companhia disse que o Check-up de Privacidade terá recomendações pró-ativas e dicas para ajudar você a administrar suas configurações de privacidade.

O Android 11, que ainda não foi lançado, também conta com uma série de novidades específicas para a privacidade. As principais se concentram nas informações que apps de terceiros podem coletar, como a possibilidade de conceder permissões para somente um uso ou revogar essas permissões de tempos em tempos.

Isso não significa que o Google deixará de coletar uma tonelada de informações sobre o uso que você faz dos produtos digitais, mas é um passo que aproxima a empresa do discurso de concorrentes como a Apple.

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Satélite da NASA revela nuvem de poeira gigante do Saara sobre o oceano Atlântico

Posted: 25 Jun 2020 06:10 AM PDT

Foto de satélite da NASA mostra poeira do Saara em imagem de 18 de junho. Crédito: NASA Worldview

Uma nuvem de poeira começou a deslizar pelo oceano Atlântico na semana passada. É um desenvolvimento que pode impedir a formação de tempestades tropicais perigosas no que se espera ser uma estação do ano bem ativa na América do Norte, pelo menos por enquanto, mas também pode trazer consequências à saúde dos moradores de áreas afetadas.

Uma nova animação da NASA rastreia o movimento da grande nuvem de poeira do Saara pouco comum sobre o oceano Atlântico de 13 a 18 de junho. A certa altura, a nuvem se estendeu da costa oeste da África até as margens das Pequenas Antilhas, no leste do Atlântico Norte — uma distância de mais de 3.219 quilômetros.

Animação mostra aerossol da pluma gigante de poeira do Saara saindo da costa oeste da África entre 13 e 18 de junho. Crédito: Colin Seftor/NASA/NOAA

Estas imagens foram possibilitadas pelo equipamento de mapeamento de ozônio e radiometria de imagem em infravermelho do satélite Suomi NPP. Fortes correntes atmosféricas ao longo do Saara lançaram a poeira fina do deserto no céu, onde os ventos predominantes empurravam as plumas para o oeste. A poeira agora está chegando ao sul da Flórida nos EUA e no Caribe, onde está afetando a qualidade do ar. Em Cuba, o chefe de epidemiologia do ministério da Saúde, Francisco Duran, está preocupado com o "aumento de condições alérgicas e respiratórias".

A meteorologista Ada Monzón tuitou fotos dramáticas do antes e depois da região montanhosa de Cayey, no leste de Porto Rico, no início da semana. A visão normalmente clara na parte sudeste da ilha foi obscurecida por uma névoa empoeirada que desceu sobre a região. Por outro lado, o pôr do sol vívido deve ocorrer em todo o Caribe e Golfo do México.

As plumas saarianas da poeira são uma ocorrência natural. A cada ano, centenas de milhões de toneladas de poeira em aerossol fazem a jornada para as Américas do Norte e do Sul, impulsionadas pelos ventos alísios. Grande parte dessa poeira acaba nas praias tropicais do Caribe, mas também ajuda a fertilizar os solos na floresta amazônica.

É importante ressaltar que essas plumas também influenciam a produção de tempestades tropicais e furacões. Normalmente, a atmosfera a cerca de um quilômetro e meio de distância é bastante úmida, mas essas áreas são acompanhadas por ar seco do deserto, criando um ambiente no qual é difícil formar e fortalecer tempestades.

A temporada de furacões no Atlântico de 2020 já produziu três tempestades — Arthur, Bertha e Cristobal —, mas toda essa poeira pode parar as coisas por um tempo. No entanto, esta poeira de agora não é necessariamente um sinal do que está por vir. Um começo poeirento da temporada de furacões no Atlântico de 2018, por exemplo, foi seguido por uma intensidade incomum, incluindo os furacões Florence e Michael. Com o pico da temporada de furacões faltando meses, infelizmente ainda há tempo para limpar o ar.

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Um buraco negro colidiu com um objeto que não deveria existir

Posted: 25 Jun 2020 05:38 AM PDT

Os astrônomos estão intrigados com observações que mostram um buraco negro colidindo com um objeto misterioso de tamanho incomum.

Uma nova pesquisa publicada no The Astrophysical Journal Letters descreve uma colisão entre um buraco negro e um objeto ainda a ser identificado. No momento deste encontro celestial, o buraco negro tinha uma massa 23 vezes maior que a do nosso Sol, mas o objeto desconhecido tinha apenas 2,6 vezes a massa do Sol, o que, como veremos adiante, é estranho.

Os cientistas por trás do novo artigo, que tem a astrofísica Vicky Kalogera, da Northwestern University, como um das co-autoras, dizem que o objeto menor pode ser um buraco negro ou uma estrela de nêutrons — uma estrela de nêutrons é o remanescente super denso de uma estrela explodida.

Um buraco negro de 2,6 massas solares seria o menor já registrado — o buraco negro mais leve conhecido tem 5 massas solares. Por outro lado, uma estrela de nêutrons com essa massa seria a maior já registrada — as estrelas de nêutrons mais pesadas têm entre 2,3 e 2,4 massas solares.

Seja um ou seja outro, não é nada que os astrônomos já tenham visto antes — e, de fato, poderia representar uma classe inteiramente nova de objetos compactos e densos.

“Essa descoberta é chocante porque encontramos um objeto com uma massa que não era esperada”, explica Imre Bartos, astrofísico da Universidade da Flórida e co-autor do novo estudo, em um e-mail para o Gizmodo. Segundo ele, acreditava-se que esta faixa de objetos compactos entre 2,2 e 5 massas solares era desabitada. Esse intervalo enigmático, aliás, é conhecido como intervalo de massa.

"Na minha opinião, a parte mais intrigante deste estudo é a detecção de um objeto no ‘intevalo de massa’, que é uma espécie de terra de ninguém entre a estrela de nêutrons mais pesadas e os buracos negros mais leves que medimos”, explica Thankful Cromartie, astrofísica da Universidade da Virgínia e do Observatório Nacional de Radioastronomia que não estava envolvida com o novo estudo.

“Infelizmente, é impossível dizer o que é, em parte porque a ‘deformação de marés’ ou o alongamento de estrelas de nêutrons, que geralmente é detectável nas fusões de estrelas de nêutrons, está abafado pela assimetria dessa fusão.”

Dito isto, as evidências observacionais disponíveis e as previsões teóricas de massas estelares de nêutrons aceitáveis ​​”indicam que esse objeto provavelmente é um buraco negro muito leve”, disse ela. Se isso for uma estrela de nêutrons genuína, “teremos que reconsiderar radicalmente o modo como a matéria se comporta em densidades extremamente altas”.

Os astrônomos já haviam testemunhado interações entre dois buracos negros, e até mesmo estrelas de nêutrons colidindo com outras estrelas de nêutrons, mas não um buraco negro colidindo com uma estrela de nêutrons. Se confirmada, essa fusão cósmica, denominada evento GW190814, seria a primeira. O Gizmodo escreveu sobre pesquisas preliminares sobre esse evento no ano passado.

O GW190814 foi descoberto em 14 de agosto de 2019 pelo pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO) da Fundação Nacional da Ciência dos EUA e pelo detector Virgo.

Essa fusão, localizada a 8 milhões de anos-luz da Terra, foi tão importante que criou ondulações no tecido do espaço-tempo. Elas irradiaram na forma de ondas gravitacionais que finalmente alcançaram detectores na Terra (obrigado, Einstein!).

A discrepância na massa dos dois objetos, na proporção de 9:1, representa um novo extremo para um evento de onda gravitacional. O recorde anterior de disparidade de massa pertencia ao GW190412 — uma colisão envolvendo dois buracos negros — que apresentava uma proporção de massa de 4: 1.

Fusões cósmicas anteriores envolvendo estrelas de nêutrons, como o GW170817, de agosto de 2017, produziram ondas de luz detectáveis ​​além de ondas gravitacionais, mas nenhuma luz foi detectada nessa fusão, apesar do fato de vários observatórios ao redor do mundo se voltara para o local após cientistas do LIGO e do Virgo terem enviado um alerta.

É possível, dizem os autores, que a luz do GW170817 estivesse muito fraca, dadas as vastas distâncias envolvidas. Ou então o objeto desconhecido era um buraco negro, embora um buraco negro surpreendentemente abaixo do peso. Os pesquisadores sugerem outra possibilidade: era uma estrela de nêutrons que foi devorada pelo buraco negro em um grande gole, em uma fusão rápida que não produziu luz.

Uma imagem de uma visualização dos objetos mesclados, representados como dois buracos negros emitindo ondas gravitacionais. Imagem: N. Fischer, S. Ossokine, H. Pfeiffer, A. Buonanno (Instituto Max Planck de Física Gravitacional), Simulating eXtreme Spacetimes (SXS) Collaboration

Isso tudo é intrigante. Como Charlie Hoy, membro da LIGO Scientific Collaboration e estudante de pós-graduação da Universidade de Cardiff, diz em um comunicado: “Este é o primeiro vislumbre do que poderia ser uma população totalmente nova de objetos binários compactos.”

Cromartie disse que é improvável que o objeto mais leve seja uma estrela de nêutrons, “apesar de que este resultado seria emocionante”. Atualmente, não somos capazes de descobrir com certeza o que é o objeto, “mas é importante não gastar muita energia considerando essa possibilidade”, já que equipe do LIGO declarou explicitamente que isso não é provável, diz a astrofísica.

A origem do objeto mais leve, de suas 2,6 massas solares, permanece sendo outro mistério. Tanto as estrelas de nêutrons quanto os buracos negros nascem quando estrelas massivas colapsam sob sua própria gravidade, disse Bartos, mas o novo objeto é “inconsistente com essa evolução, então algo deve ter criado outra coisa senão uma estrela que está morrendo”.

Uma possibilidade interessante, diz Bartos, é que esse objeto tenha emergido da colisão de duas estrelas de nêutrons de “tamanho normal”, que tendem a pesar cerca de 1,3 massa solar. Assim, as duas poderiam se somar e formar a massa observada. Bartos acrescenta:

O fato de tal colisão ter sido seguida pela colisão do objeto remanescente com um buraco negro sugere que existe algum tipo de “linha de montagem” em ação aqui. Isso é realmente esperado no universo, em lugares onde existem muitos buracos negros e estrelas de nêutrons nas proximidades. Este é o caso no centro de todas as galáxias em que esses objetos migram devido à atração do buraco negro supermassivo central, que é encontrado em basicamente todas as galáxias. Também pode ajudar se algo facilitar as colisões, como um grande influxo de gás que se forma um disco ao redor do buraco negro supermassivo, e depois coleta e monta os pequenos buracos negros e estrelas de nêutrons. Na verdade, [esta é] outra grande surpresa sobre esse evento, as massas muito diferentes dos dois objetos em colisão, [isso] também aponta para um encontro violento.

O próximo passo será confirmar e estudar mais fusões cósmicas. A boa notícia é que são esperadas mais detecções nos próximos meses e anos, à medida que nossos instrumentos astronômicos melhoram pouco a pouco.

“A taxa de descobertas está acelerando — essa foi apenas a terceira colisão publicada pelo LIGO e pelo Virgo dentre os mais de 50 candidatos que ainda estamos analisando”, diz Bartos. Nos próximos anos, a taxa de descobertas aumentará ainda mais em uma velocidade considerável, disse ele, “para que possamos esperar detecções mais empolgantes” em uma base praticamente diária. Uau.

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O quão rápido deve ser o novo chip da Apple comparado com processadores Intel e AMD?

Posted: 25 Jun 2020 04:15 AM PDT

Tim Cook, CEO da Apple, anuncia a mudança para arquitetura ARM, na WWDC 2020.

A Apple confirmou oficialmente durante a WWDC 2020 que vai passar a usar seus próprios processadores em laptops e desktops. Não é um anúncio muito surpreendente, considerando que os rumores já consideravam esta ideia há meses.

O que a Apple não revelou, no entanto, foram as especificações e o quão potente seria o A12Z Bionic em computadores. Não há revelação de quantos núcleos o processador teria, nem a velocidade de clock, nem o TDP (Energia Térmica de Projeto).

Tivemos apenas algumas demonstrações rápidas de reprodução de vídeos 4K em softwares de edição de vídeo e uma gameplay do Shadow of the Tomb Raider rodando via Rosetta 2 no macOS Big Sur. Tudo parecia legal, mas nada apontava o quão poderosos serão os Apple silicon, como a companhia batizou seus processadores.

Alguns rumores apontam que a CPU possivelmente terá 12 núcleos, 8 para lidar com tarefas de desempenho intensivo e 4 núcleos de eficiência energética, para as tarefas mais leves, tudo isso em um processo de fabricação de 5nm.

A Apple confirmou ontem que seu processador será baseado no A12Z que está presente no iPad lançados em 2020 (uma CPU híbrida que usa 4 núcleos voltados para alto desempenho e 4 núcleos de eficiência energética), então é razoável supor que seu chip para laptops/desktops também usará a tecnologia de núcleos híbridos. E como o A12Z é um processador ARM, isso significa que o Apple silicon processará informações de forma diferente das CPUs Intel e AMD.

Basicamente, o A12Z é um chip com Conjunto de Instrução Reduzida (RISC). Já as CPUs Intel e AMD que estão presentes em todos os laptops e desktops disponíveis atualmente, utilizam a linha de arquitetura de Conjunto de Instruções Complexas (CISC).

Cada um tem suas vantagens e desvantagens. O RISC, por exemplo, tem melhor eficiência energética e melhor performance com algumas tarefas. Entretanto, exigem mais RAM do que processadores CISC para processar informações, pois executam uma instrução por cada ciclo do clock. Eles precisam de mais memória para carregar cada instrução, pois executam uma instrução de cada vez, caso contrário a CPU ficar com a performance comprometida.

Se você executar as mesmas instruções CISC em uma máquina RISC, pode levar mais tempo também; o CISC foi projetado para processar múltiplas instruções da forma mais eficiente possível de uma só vez.

Mas o que tudo isso tem a ver com a velocidade do processador? Bem, dependendo do tipo de programa que você estiver executando, o processador ARM da Apple pode ser mais rápido ou mais lento que os processadores x86 da Intel e AMD simplesmente por causa da forma como ele lida com as instruções.

Performance de CPU

Por isso eu recorri ao Geekbench 5. É difícil medir efetivamente o desempenho dos processadores da Apple, pois eles foram projetados para o iOS e iPadOS e os aplicativos nesses sistemas operacionais não são desenhados para as mesmas tarefas (ou hardware) que os do macOS ou Windows 10.

Mas o A12Z que está presente no último iPad é o que temos para ter uma ideia de como o Apple silicon irá se comportar contra a Intel e a AMD ao rodar no macOS.

Embora seu desempenho possa nem estar no mesmo nível dos chips ARM destinados ao Mac, podemos ter uma ideia aproximada de como ele se comportará contra o que os componentes presentes nos Macs e seus concorrentes neste momento.

O A12Z do novo iPad Pro faz 1114 pontos em performance single-core (um núcleo) e 4654 em performance multi-core (múltiplos núcleos) – você pode ver outros resultados aqui.

Se você der uma olhada no resultado do Geekbench 5 para um MacBook Pro 13″ de 2020 com Intel Core i7-1068NG7 de 4 núcleos e 16 GB de RAM, você verá que os números não são muito diferentes. O MacBook Pro 13″ marcou 1260 pontos no benchmark single-core e um 4676 no multi-core.

No Geekbench 5, o desempenho do A12Z é similar ao da 10ª geração da CPU Intel, tanto no single-core como no multi-core. Nada mal, embora pareça que são necessários quatro núcleos adicionais para o A12Z correr na mesma velocidade com a Intel.

Mas lembre-se, o A12Z é uma CPU híbrida, então é provável que essas pontuações sejam baseadas em seus quatro núcleos dedicados à alta performance, não em todos os oito núcleos.

De primeira, o que essas pontuações me dizem é que o Apple silicon pode acabar sendo um processador poderoso, caso a versão para Mac realmente tiver esses 4 núcleos adicionais que tem aparecido nos rumores (elevando o total para 12 núcleos contra os atuais 4 do MacBook Pro).

O número de seus núcleos dedicados ao desempenho precisará ao menos igualar o que a Intel e a AMD têm para competir de igual para igual.

Tomemos como exemplo o laptop Acer Predator Triton 500 com um Intel Core i7-10785H. Esse é um dos processadores voltados para notebooks de alto desempenho da Intel, e ele tem seis núcleos.

Na classificação para single-core, ele atinge 100 pontos a mais do que iPad, atingindo 1223 pontos (contra 1114 do A12Z). Já na medição multi-core, ele ultrapassa quase 2000 pontos, chegando a 6408 pontos (versus 4654 do A12Z).

Esse resultado deve-se, provavelmente, ao fato de a Intel poder tirar proveito de todos os seis núcleos rodando na maior velocidade de clock possível, enquanto o A12Z do iPad só tem quatro núcleos dedicados à alta performance.

Isso significa que os atuais processadores A12Z encontrados no iPad teriam dificuldades em comparação com o MacBook Pro de 16 polegadas, que compartilha o mesmo processador do Predator Triton 500. Mais núcleos serão absolutamente necessários para competir com e superar os processadores móveis de melhor desempenho da Intel. Por enquanto, eles parecem estar pau a pau em velocidades single-core e multi-core (quando se consideram a mesma quantidade de núcleos).

Apesar desses resultados, não vejo a AMD perdendo a coroa quanto se trata de processamento multi-core, tanto nos laptops quanto nos desktops.

A AMD reina quando se trata de desempenho multi-core. Aqui estão os resultados do Geekbench 5 para minha máquina pessoal (que eu montei no início de 2019) com um AMD Ryzen 7 2700X, uma GTX 1080 Ti e 16 GB de RAM DDR4, rodando Windows 10 versão 1903:

  • Single core: 1064 (contra 1114 do A12Z)
  • Multi-core: 6971 (versus 4654 do A12Z)

O Ryzen 7 2700X é uma CPU de 8 núcleos, e assim como a Intel pode tirar proveito de todos os oito núcleos rodando na maior velocidade de clock possível, enquanto o A12Z ainda não é capaz.

Porém, de acordo com estes números, a Apple pode estar a par ou ligeiramente acima do desempenho da AMD quando se trata de desempenho single-core.

Mas essa é uma CPU de desktop mais antiga. Agora vamos olhar para a A12Z em comparação com uma CPU móvel mais nova da AMD. Aqui estão mais alguns resultados para o Asus ROG Zephyrus G14 com um AMD Ryzen 9 4900HS, um processador móvel de 8 núcleos:

  • Single core: 1104 (contra 1114 do A12Z)
  • Multi-core: 6226 (versus 4654 do A12Z)

E por que não compará-lo com a última CPU desktop baratinha da AMD também. Estes são os números da CPU Ryzen 3 3100 de 4 núcleos da AMD:

  • Single core: 1085 (contra 1114 do A12Z)
  • Multi-core: 4723 (versus 4654 do A12Z)

Novamente, a AMD detém sua superioridade no multi-core, porém o A12Z do iPad tem um desempenho um pouco melhor do que o Ryzen 3 3100 e o Ryzen 9 4900HS.

Comparado aos Macs disponíveis atualmente, como o MacBook Pro de 13″, o A12Z parece tão rápido no processamento single-core e multi-core quanto as opções de baixo a médio orçamento da Intel e da AMD.

Se a Apple conseguir escalar o desempenho no espaço multi-core, o processador poderá, teoricamente, competir pela coroa multi-core da AMD.

Mas escalar núcleos dessa forma pode ser difícil, então a Apple terá um desafio pela frente tanto para aumentar o desempenho no hardware quanto para tirar vantagem desse aumento de contagem de núcleos no software.

O A12Z do novo iPad Pro faz 1114 pontos em performance single-core (um núcleo) e 4654 em performance multi-core (múltiplos núcleos) – você pode ver outros resultados aqui.

Performance de GPU

Agora vamos considerar a performance da GPU – a Apple nos deu uma demonstração razoável durante a apresentação com a demonstração de Shadow of the Tomb Raider. No entanto, a companhia não entrou em muitos detalhes sobre como ela configurou seu dispositivo de demonstração.

Sabemos que o jogo estava rodando com o software de compatibilidade Rosetta 2 e com uma resolução de 1080p. Aparentemente, a taxa de FPS era de 30 quadros por segundo ou um pouco mais, com uma configuração gráfica que parecia estar entre o médio e o alto.

Nessas condições, podemos comparar com a performance da Nvidia GTX 1050 – isto é, se a demonstração da Apple rodou em uma GPU integrada e não em uma GPU dedicada. Mas vamos assumir que era uma GPU integrada.

Para uma GPU integrada, esse tipo de performance é uma loucura. Mesmo a melhor APU do mercado, a Vega 11 da AMD, não consegue atingir esse tipo de performance. Segundo o Tom's Hardware, as APUs Ryzen atuais com gráficos Vega 11 são cerca de 2,5 vezes mais rápidas que a UHD 630 da Intel.

Analisando o Shadow of the Tomb Raider, o Tom's Hardware mostra que a GTX 1050 é 74% mais rápido que a Vega 11 e 150% mais rápido que a UHD 630 (a 720p).

A Vega 11 consegue atingir uma média de 50 fps, o que não só significaria que o jogo está rodando a mais de 30 FPS durante a demonstração da Apple, mas também significaria que a companhia teria a GPU integrada mais rápida do mercado.

Mas sem conhecer todas os detalhes de configurações do jogo, é difícil ter certeza. Se o Apple silicon conseguir obter o tipo de performance de CPU e GPU sugerido pela performance atual do iPad e pela demonstração da Apple (que certamente foi cuidadosamente selecionada), é provável que supere a Intel e a AMD neste campo.

Isso explicaria os rumores de que a companhia planeja para colocar o novo A12Z no MacBook Pro para a estreia. É o tipo de mágica que a Apple vai ter que realizar se espera expandir o chip para todos os laptops e desktops dos próximos anos, substituindo a Intel não apenas nos notebooks, mas até nos Mac Pro que utilizam processadores Xeon.

O desempenho realmente pode ser tão incrível quanto a Apple afirma. Mas não teremos certeza até que possamos colocar o novo processador à prova rodando em um ambiente macOS.

Embora tenhamos uma ideia do quão rápido pode ser chip ARM da Apple em um Mac, não teremos certeza até o final deste ano.

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