sábado, 27 de junho de 2020

Gizmodo Brasil

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Facebook vai marcar posts de políticos que violam regras da rede social

Posted: 26 Jun 2020 03:21 PM PDT

Ícone do Facebook

Durante esta semana, surgiu uma campanha entre grandes empresas nos EUA para deixarem de anunciar no Facebook por considerarem fracas as políticas da rede social contra desinformação e discurso de ódio. Unilever, Verizon e Ben & Jerry's são algumas das que se pronunciaram publicamente — a Unilever, um conglomerado com dezenas de marcas, também disse que deixará de anunciar no Twitter.

Por coincidência ou não, durante a tarde desta sexta-feira (26), Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse que a plataforma marcaria postagens de políticos que violem as regras da rede social.

O curioso é que há algumas semanas Mark Zuckerberg criticou a postura do Twitter, que adicionou checagem de fatos em um tuíte do presidente dos EUA, Donald Trump, que incitava violência contra manifestantes. De forma resumida, o argumento de Zuckerberg era de que as plataformas não deveriam arbitrar a verdade, ainda mais por se tratar de um discurso político.

Com a mudança anunciada por Zuckerberg, o Facebook continuará a permitir que políticos e figuras públicas disseminem discurso de ódio, porém haverá uma sinalização de que ele só continuará na plataforma por ter interesse público.

Como descreveu o TechCrunch, a medida do Facebook parece ser uma versão mais leve do que o Twitter fez com Trump.

No caso do microblog, eles marcaram o conteúdo dizendo que ele "violava as regras do Twitter", limitaram sua disseminação (não é possível retuitar a publicação), adicionaram um link de checagem de fatos, mas não apagaram, pois é de interesse público.

Em um vídeo, Zuckerberg justificou a medida da seguinte forma:

"Algumas vezes neste ano, nós deixamos conteúdos que violavam nossas políticas se o interesse público fosse maior que o risco de causar danos. Frequentemente, ver o discurso de políticos é de interesse público e, da mesma forma que os veículos de comunicação relatam o que um político diz, achamos que as pessoas geralmente deveriam vê-lo por si mesmas em nossas plataformas.

Em breve, começaremos a rotular parte do conteúdo que deixamos de lado por ser considerado de interesse público, de modo que que as pessoas saibam quando for o caso. Permitiremos que as pessoas compartilhem esse conteúdo para condená-lo, assim como fazemos com outros conteúdos problemáticos, porque é uma parte importante de como discutimos o que é aceitável em nossa sociedade — mas adicionaremos um aviso para informar às pessoas que o conteúdo que elas estão compartilhando pode violar nossas políticas."

Apesar dessa defesa do "interesse público", o cofundador do Facebook fez questão de afirmar que mensagens com ameaças de violência ou que incentivem a supressão de votos, tendo ou não interesse público, não serão exibidas na rede, independente de o autor ser político ou não.

Além disso, Mark Zuckerberg afirmou que a rede passará a banir propagandas com a mensagem de que certos grupos raciais ou etnias são uma ameaça à segurança das pessoas, além de proibir anúncios que expressam desprezo ou repulsa a imigrantes e refugiados.

Não dá para dizer com certeza que Zuckerberg agiu apenas por saber que perderia receita de publicidade. No entanto, o tempo da manifestação das empresas e o pronunciamento do CEO do Facebook indicam que a rede está, no mínimo, preocupada com o que pode acontecer caso não lidem de forma apropriada com os problemas de discurso de ódio e disseminação de notícias falsas na rede.

[Cnet e TechCrunch]

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Programa do Google para pagar jornais é bom, mas não resolve problema do jornalismo

Posted: 26 Jun 2020 01:39 PM PDT

Logo do Google aberto em um computador

Diante da crítica cada vez mais vocal de que o seu produto fragiliza as receitas dos jornais, o Google anunciou um programa de licenciamento que vai pagar alguns veículos pelo conteúdo quando lançar “uma nova experiência para notícias” até o final deste ano.

Em um blog post, Brad Bender, vice-presidente de produtos de notícias do Google, escreveu que esse programa irá ajudar veículos a “monetizar seus conteúdos” por meio de algo descrito pagamento como uma “experiência de narrativa melhorada”.

Para começar, Bender diz que o Google já firmou acordos com veículos locais e nacionais na Alemanha, Austrália e Brasil. Alguns dos grupos de mídia que tão participar incluem um dos maiores sites de notícias da Alemanha, o Der Spiegel, e o conglomerado Diários Associados do Brasil, que entre seus veículos conta com Correio Braziliense, Diário de Pernambuco e Estado de Minas. De acordo com o Financial Times, a australiana Schwartz Media também já firmou parceria.

Bender escreveu que o Google está com negociações em andamento “com muito mais parceiros”.

Parece que o Google está procurando criar uma espécie de Apple News+ dentro de suas plataformas Google News e Discover, embora seja muito cedo para dizer exatamente como será o produto final. Os detalhes sobre a experiência, bem como quanto o Google pagará aos editores participantes, são escassos.

Dito isto, o Financial Times relata que os leitores poderão contornar os paywalls desses jornais graças a esse produto do Google. Bender afirmou que o programa de licenciamento iria “muito além” do investimento de US$ 300 milhões da iniciativa Google News.

A iniciativa parece bem intencionada, mas ainda não é hora de dar tapinhas nas costas do Google. Esses tipos de acordos de licenciamento não são a solução mágica para uma indústria que tem sido encurralada por grandes empresas de tecnologia em seus impérios construídos em receitas publicitárias e magnatas de private equity.

Para começar, estes programas só ajudam certos veículos – neste caso, qualquer que seja o grupo de mídia que o Google decida constituir “conteúdo de alta qualidade”. Veja o próprio programa de licenciamento do Facebook, lançado em outubro de 2019. A tentativa foi criticada por dizer que só utilizaria “fontes de notícias confiáveis” para a aba Notícias do Facebook, mas incluía veículos de credibilidade duvidosa. Outra crítica é que as bigtechs, como são chamadas as grandes empresas de tecnologia, pagam aos veículos valores insuficientes para compensar anos de danos.

Também não é reconfortante que o Google tenha recentemente decidido alterar a forma como os artigos de notícias aparecem nos resultados da pesquisa na França, para evitar ter que pagar aos veículos pela exibição de trechos de conteúdo. Em vez disso, o Google disse que só exibiria manchetes no país europeu. Na época, os veículos esperavam que uma nova diretriz de direitos autorais da União Europeia ajudasse a colocar mais dinheiro em seus cofres, pois ela permite que a imprensa solicite pagamento de plataformas como Google e Facebook para exibir seu conteúdo na internet.

“Não aceitamos pagamento de ninguém para ser incluído nos resultados da busca. Vendemos anúncios, não resultados de pesquisa, e cada anúncio no Google é claramente marcado”, escreveu Richard Gingras, vice-presidente de notícias do Google, em um blog post. “É também por isso que não pagamos aos veículos quando as pessoas clicam em seus links em um resultado de busca.”

Isto é risível quando se considera que o mesmo blog post diz que a Pesquisa do Google e o Google Notícias ajuda os editores ao enviar “grandes quantidades de tráfego para os veículos”. Essa justificativa não leva em consideração o fato de que o Google muda periodicamente seu algoritmo de busca, mas não revela os detalhes das mudanças feitas, deixando as empresas de mídia se perguntando se cada atualização irá derrubar o tráfego da noite para o dia, como uma atualização recente em novembro de 2019 que prejudicou muitos sites.

Ou o fato de que o Google (e o Facebook) abocanha um pedaço das receitas quando a mídia digital coloca anúncios em sites, e depois abocanha outro pedaço dos anunciantes que usam a tecnologia de anúncios do Google (e do Facebook) para veicular essas publicidades.

O resultado final é o Google e o Facebook levando para casa cerca de 60-70% de cada dólar gasto em publicidade digital que supostamente ajuda as redações a se manterem, enquanto pinta a si mesmo como um serviço que ajuda os veículos. E, mesmo se os veículos quisessem ir a outro lugar, eles não têm escolhas. Um relatório da News Media Alliance diz que o Google é responsável por 90% do tráfego vindo de pesquisas web e quase 70% do mercado de tecnologia de anúncios online.

Ainda assim, pagar aos veículos é um passo em uma direção melhor. Mesmo assim, isso não deveria ficar a cargo da “generosidade” arbitrária de uma bigtech que, no fim das contas, pode estar querendo apenas dar uma mãozinha para empresas jornalísticas que estão passando por dificuldades como forma de afastar sua reputação ruim.

Em abril, o governo australiano revelou que pretendia obrigar o Google e o Facebook a compartilhar parte de sua receita publicitária com os veículos de imprensa australianos – um movimento que desagradou a ambas as empresas. No passado, a companhia retirou o Google Notícias da Espanha após ser cobrado por taxas de direitos autorais e, no início deste ano, recebeu ordens das autoridades francesas para começar a pagar aos veículos.

O Google gosta de lembrar a todos que criou um Fundo de Auxílio Jornalístico de Emergência, abriu mão de uma taxa de veiculação de anúncios no Google Ad Manager e contribuiu com US$ 15 milhões em uma campanha de Apoio às Notícias Locais para aliviar o golpe financeiro que as redações sofreriam devido à pandemia do novo coronavírus.

Mas as centenas de milhões que o Google diz estar dedicando a ajudar as redações é só uma gota no oceano quando consideramos que o Google arrecadou cerca de US$135 bilhões em receitas de anúncios somente em 2019.

Se essas medidas fossem remotamente suficientes, talvez a News Media Alliance não tivesse sentido a necessidade de enviar um artigo técnico intitulado “How Google Abuses Its Position as Market Dominant Platform to Strong-Arm News Publishers and Hurt Journalism” (Como o Google abusa de sua posição como plataforma dominante no mercado para forçar veículos de notícias e prejudicar o jornalismo, em tradução livre) na semana passada ao Departamento de Justiça dos EUA, pedindo uma investigação sobre seu comportamento anticompetitivo.

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Leitor do Gizmodo tem (muito) desconto na compra de Pacote Office e Licenças para Windows 10

Posted: 26 Jun 2020 12:47 PM PDT

Não tem jeito: se você trabalha em casa ou usa muito o seu computador pessoal, é preciso investir em segurança, softwares de qualidade para aumentar sua produtividade e, claro, num bom e atualizado sistema operacional. Estes, com certeza, são fatores muito importantes – principalmente nos dias de hoje.

Visando essa eficiência, não tem como escapar, você precisa adquirir softwares como o Windows 10 e o já conhecido Microsoft Office, indispensável para qualquer um que deseja organizar sua vida. É isso mesmo, não há atalhos.

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Google Fotos ganha nova interface com mapa para organizar e visualizar imagens e vídeos

Posted: 26 Jun 2020 11:41 AM PDT

O Google Fotos passou por uma grande reforma em sua interface. O serviço de backup e organização do Google para fotos e vídeos agora conta com um mapa para você visualizar seus cliques e destaca imagens antigas que ficaram boas (de acordo com a inteligência artificial, pelo menos). A nova interface do app agora tem apenas três abas: Fotos, Busca e Biblioteca.

Fotos, como o nome já diz, mostra todas as suas fotos e vídeos. A diferença é que, agora, a parte de cima da lista tem alguns destaques, como imagens que estão fazendo aniversário e fotos recentes.

Também aparecem ali as Memórias — são aquelas bolinhas com imagens antigas, parecidas com os Stories do Instagram. As colagens e vídeos criados automaticamente, que antes apareciam como sugestões na aba Para Você (que foi removida) agora são exibidos nas Memórias também.

Na lista de imagens, fotos que a inteligência artificial acha mais interessantes aparecem em um tamanho maior.

A aba de Busca, como o nome sugere, ajuda você a encontrar as fotos que procura. E além de poder digitar um termo e ver o que ele traz de volta, há vários recursos de organização automática, como pessoas e animais de estimação.

A grande novidade é que agora os lugares são exibidos em um mapa. Assim, fica mais fácil encontrar fotos daquela viagem que você fez, por exemplo, ou mesmo tiradas em um restaurante ou na casa de um amigo. O recurso de localização da câmera precisa estar ativado, porém, para que os arquivos tenham os metadados dos lugares onde foram capturados.

Além disso, o Google também colocou uma seção Coisas, que mostra itens como comida, animais, aniversários, etc. Se você embarcou na culinária durante a quarentena, por exemplo, é possível que todas as suas fotos de pão estejam ali.

Por fim, a Biblioteca é uma abordagem mais tradicional do que você poderia esperar de um app de galeria de fotos. Tem o Arquivo, a Lixeira, os álbuns e pastas, imagens que você marcou como favoritas, etc. Também tem algumas utilidades, como um recurso para escanear fotos impressas e uma ferramenta para criar animações.

O app também ganhou, na lateral esquerda, um botão de conversa para você ver imagens que compartilhou. Vamos fazer de conta que isso é realmente útil e que você não vai preferir mandar as fotos para seus amigos pelo WhatsApp mesmo ou então compartilhar no Instagram.

Além de tudo isso, o Google Fotos agora tem um novo ícone. O catavento da marca ganhou contornos mais simples e arredondados, que combinam melhor com o resto do design que o Google adotou nos últimos anos.

As novas funções do Google Fotos serão disponibilizadas para usuários de Android e iOS nas próximas semanas.

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Samsung Book: nova linha de notebooks tem de configurações simples a modelos com GPU dedicada

Posted: 26 Jun 2020 09:30 AM PDT

Novos Samsung Book têm opções na cor branca ou cinza. Crédito: Samsung

As linhas de notebooks Essentials e Expert, da Samsung, contavam com modelos que eram para a maioria das pessoas: tinham desde portáteis simples para acesso à internet até opções com placa de vídeo dedicada para rodar aplicações mais complexas. Neste ano, a marca sul-coreana resolveu juntar essas duas linhas em uma só chamada Samsung Books.

Anunciada nesta quinta-feira (25) pela Samsung, junto com novos modelos, a mudança de nome torna mais simples a linha, porém é interessante notar que ainda há certa inspiração dos nomes passados, pois você tem os notebooks Samsung Book E20 e E30 (onde “E” claramente significa Essentials), e os Samsung Book X20, X30, X40, X45 e X55 (onde “X” aqui claramente é uma pista para Expert).

Os notebooks têm preço sugerido que variam de R$ 2.889 e R$ 7.199, e eles estarão disponíveis em breve no varejo. Infelizmente, a Samsung não detalhou o preço dos aparelhos — a página de compra mostra só algumas configurações, mas não tem detalhes do valor. No entanto, é possível inferir, dando uma olhada nas configurações, que quanto maior o número do modelo, mais caro ele é.

Em comum, os modelos têm o Samsung Flow, que possibilita acessar uma série de recursos de smartphones da marca na tela do computador. Então, você consegue responder mensagens e checar notificações facilmente.

Em tempos de pandemia e de lives acontecendo a todo momento, a Samsung tem uma nova forma de transmitir a tela do computador para uma SmartTV da marca. Com o computador e a televisão estejam na mesma rede Wi-Fi, basta acionar o comando FN+F4 e escolher "Conectar a um dispositivo sem fio". Lá, você seleciona a TV e corre para o abraço para ver transmissões ao vivo ou simplesmente transmitir uma videoconferência numa tela maior.

A Samsung também implementou um sistema adicional curioso para senhas. É praticamente aquele desenho para desbloquear smartphones Android só que executado no touchpad do notebook para destravá-lo. Lógico que o sistema tradicional de senha com números e letras continua funcionando, mas é interessante ver novas formas nos computadores. Tem que ver se funciona bem na prática.

Samsung Book E20 e E30

Notebook Samsung Book E20

Estamos falando aqui de computadores simples com CPU Intel Celeron Dual-Core (Book E20) ou Intel Core i3-10110U (Book E30). Estes modelos, que têm tela HD de 15,6 polegadas,  são uma boa para quem quer consumir conteúdo e fazer tarefas escolares, por exemplo. O Book E20 tem HD de 500 GB e 4 GB de memória RAM. Enquanto o Book E30 tem HD de 1 TB e os mesmos 4 GB de RAM.

Apesar de não ter especificações avançadas, o usuário tem a opção de trocar memória RAM e armazenamento sem perder a garantia do notebook graças ao programa Easy Upgrade.

Samsung facilita upgrade de hardware com tampas específicas para este fimSamsung facilita upgrade de hardware com tampas específicas para este fim

Samsung Book X20, Book X30, Book X40 e Book X45

Todos notebooks desta linha têm tela de 15,6 polegadas Full HD, CPU Intel Core i5-10210U, e elas se diferenciam pela presença de GPU dedicada ou integrada e opções de armazenamento e RAM.

Samsung Book X40Book X40: o pessoal que trabalha com números agradece pela presença do teclado numérico. Crédito: Samsung

Aqui temos máquinas com especificações mais caprichadas com opção de placa dedicada Nvidia GeForce MX110 e até um modelo com armazenamento SSD, o que deve fazer apps e sistema operacional abrirem mais rapidamente.

  • Book X20 – HD de 1 TB, 4 GB de RAM, placa integrada
  • Book X30 – HD de 1 TB, 8 GB de RAM, placa integrada
  • Book X40 – HD de 1 TB, 8 GB de RAM, placa dedicada
  • Book X45 – SSD de 256 GB, 8 GB de RAM, placa dedicada

Samsung Book X50 e Book X55

Os modelos mais sofisticados da linha Samsung Book contam com tela Full HD de 15,6 polegadas, processador Intel Core i7-10510U de 10ª geração e placa dedicada Nvidia GeForce MX110.

Detalhe da tampa do Samsung Book X55
Detalhe da tampa do Samsung Book X55

  • Book X50 – HD de 1 TB, 8 GB de RAM e placa dedicada
  • Book X55 – SSD de 128 GB + 1 TB de HD, 16 GB de RAM e placa dedicada

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Órgão dos EUA atualiza lista de condições de vulnerabilidade ao COVID-19

Posted: 26 Jun 2020 08:41 AM PDT

Estrutura do novo coronavírus COVID-19

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) expandiu a lista de condições que pode deixar as pessoas mais vulneráveis a sofrer de formas mais graves de COVID-19. As novas diretrizes, publicadas nesta quinta-feira (25), reforçam algumas das comorbidades que especialistas já indicavam como fatores de risco e adicionam detalhes.

O órgão americano (considerado equivalente à Anvisa no Brasil) destaca que pessoas com condições crônicas, doenças renais e anemia falciforme são mais propensas a desenvolver um caso grave de doença causada pelo novo coronavírus, além de outras considerações como a idade.

Anteriormente, a orientação dos CDC sobre riscos graves de COVID-19 se concentrava em grande parte em idosos, que de fato têm um risco maior de doenças que ameaçam a vida, hospitalização e morte por causa do coronavírus.

No entanto, pessoas de qualquer idade podem contrair o coronavírus e ficar gravemente doentes ou morrer, especialmente se tiverem outras condições de saúde subjacentes. As novas diretrizes do CDC pretendem refletir esses riscos adicionais, com base no nível de evidência que temos para seu papel na gravidade da doença.

No topo da lista estão as condições para as quais existem fortes evidências de aumentar o risco de formas graves de COVID-19. Estas incluem doenças cardíacas graves, como insuficiência cardíaca prévia; doença renal crônica; doença pulmonar obstrutiva crônica; obesidade; e diabetes tipo 2.

A seguir estão as condições e situações em que há provas mistas de que podem piorar o COVID-19. Incluem asma; hipertensão arterial; gravidez; tabagismo; e uso de drogas que suprimem o sistema imunológico.

Finalmente, há condições em que existem algumas evidências limitadas de que elas afetam a gravidade do COVID-19. Estas incluem o HIV; diabetes tipo 1; doenças hepáticas; e a talassemia do distúrbio sanguíneo herdado.

Algumas dessas condições já haviam sido mencionadas publicamente pelos CDC como potenciais fatores de risco para uma pessoa com coronavírus. Mas esta parece ser a primeira vez que a agência estabeleceu estas condições pelo nível de evidências científicas disponíveis.

Condições adicionais incluem ser um receptor de transplante de órgãos sólidos, e entre as crianças, nascer com certas condições metabólicas e ter condições neurológicas.

Anteriormente, o CDC dizia que as pessoas com “obesidade severa”, ou seja, com um índice de massa corporal maior que 40, corriam um risco maior de COVID-19 severa. A atualização de hoje reduz esse limiar para incluir pessoas com obesidade, significando um índice de massa corporal maior do que 30.

A idade avançada continua sendo um fator importante para a gravidade do COVID-19, um fator que aumentaria ainda mais o risco para as pessoas com essas condições médicas. Mas existem amplas faixas da população que ainda são vulneráveis ao COVID-19, mesmo que sejam relativamente jovens. Estima-se que 13% dos americanos entre 45 e 64 anos de idade, por exemplo, têm diabetes tipo 2. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões vivem com algum tipo de diabetes no Brasil.

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Pelo menos alguns pinguins se beneficiaram da perda de gelo recorde do mar da Antártica

Posted: 26 Jun 2020 06:46 AM PDT

Pinguins Adélie na baía Lützow-Holm, na Antártica. Crédito: Yuuki Watanabe/Instituto Nacional de Pesquisa Polar do Japão

O gelo do mar da Antártica caiu nos últimos anos. Não é algo para ser comemorado, mas aparentemente alguns pinguins de lá estão adorando. Um novo estudo publicado nesta semana descobriu que um grupo de pinguins-de-adélia realmente prosperou durante um período de perda de gelo no mar. Mas não fique muito animado. Essa perda de gelo não afeta todos os pinguins da mesma forma.

O estudo, publicado na Science Advances, analisou a época de reprodução de 2016 a 2017 ao longo da Baía Lützow-Holm, na Antártica Oriental. Naquele ano, a região sofreu uma tremenda perda de gelo no mar. De fato, o continente estabeleceu um recorde baixo em 2017. Os pesquisadores descobriram que, para surpresa deles, os pinguins tiveram aumento de massa corporal, taxas de crescimento de filhotes e sucesso reprodutivo nessa temporada, em comparação com outras três, de 2010 a 2013.

"Acontece que esses pinguins estão mais felizes com menos gelo marinho", disse o pesquisador Yuuki Watanabe, do Instituto Nacional de Pesquisa Polar, em Tóquio, em comunicado. "Isso pode parecer contra-intuitivo, mas o mecanismo por trás disso é bastante simples".

O grupo de 175 aves foi capaz de procurar mais facilmente comida nadando do que andando. Como resultado, os pinguins foram capazes de passar mais tempo procurando comida e gastando menos energia. Durante anos de maior cobertura de gelo, os pinguins foram forçados a andar mais longe em busca de rachaduras de gelo, onde pudessem mergulhar em busca de crustáceos e peixes.

Sem o gelo, as aves estavam livres para mergulhar na água diante de seus ninhos. Os pinguins acabaram economizando de 3,2 horas a 7,9 horas nas viagens de menor duração, cobrindo até 4,9 km a mais do que teriam com mais gelo.

Tudo isso fez uma diferença mensurável na saúde dos pinguins. As fêmeas tiveram uma massa corporal de 5% a 16% maior, enquanto os machos ficaram com massa corporal de 7% a 17% a mais. Os filhotes, por outro lado, cresceram de 34% a 52% a mais em comparação às estações com maior cobertura de gelo. Estudos anteriores descobriram impactos variados da perda de gelo do mar para os pinguins, mas nenhum deles usou os tipos de tecnologias — GPS, câmeras e acelerômetros — no novo estudo para expor os mecanismos que estão causando a diferença de comportamento.

"O bônus neste artigo é que os avanços tecnológicos (tags de GPS, gravadores de profundidade de mergulho, etc), nos mostram quais aspectos da ecolologia dos pinguins-de-adélia são afetados por condições mais ideais de gelo marinho", disse Bill Fraser, presidente e pesquisador principal do grupo de Pesquisa Polar Oceans, que também estudou essa dinâmica nesta espécie, mas não como parte deste estudo, ao Gizmodo. "Este é realmente o aspecto mais original/inovador deste artigo; em outras palavras, os dados gerados por instrumentos que mostram como pinguins-de-adélia respondem ao gelo marinho".

Família de pinguins Adélie. Crédito: Yuuki Watanabe/Instituto Nacional de Pesquisa Polar do JapãoCrédito: Yuuki Watanabe/Instituto Nacional de Pesquisa Polar do Japão

Por meio dessas tecnologias, a equipe de cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa Polar em Tóquio pôde rastrear viagens de forrageamento (busca por comida), categorizar comportamentos de natação versus caminhada e estimar quantas presas os pinguins pegaram durante seus mergulhos. No entanto, o artigo não explica por que as populações de pinguins-de-adélia em partes mais quentes da Península Antártica não se saem tão bem com menos gelo. Os autores levantam a hipótese no artigo de que a disponibilidade de presas e o gasto de energia podem ter a ver com isso. Do ponto de vista de Fraser, este artigo não oferece boas notícias. De fato, mostra o quão sensíveis essas criaturas são às mudanças climáticas.

"Os pinguins-de-adélia não estão seguros em lugar nenhum enquanto a Terra continuar aquecendo", afirmou ao Gizmodo.

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Astrônomos detectam luz vinda de uma colisão de buracos negros pela primeira vez

Posted: 26 Jun 2020 06:38 AM PDT

Imagem conceitual de dois buracos negros a beira de uma fusão, situados dentro do disco gasoso de um buraco negro supermassivo vizinho

Os buracos negros não deveriam emitir nenhuma luz quando se chocam uns com os outros – ou pelo menos era isso que os físicos pensavam.

Em 21 de maio de 2019, astrônomos detectaram um sinal de onda gravitacional consistente com uma fusão de buracos negros, a partir do uso do interferômetro Virgo e do Interferômetro a Laser da National Science Foundation (LIGO). Este evento, chamado S190521g, a princípio parecia não produzir luz visível.

Uma revisão posterior dos dados coletados em um observatório separado, o Zwicky Transient Facility (ZTF) da Universidade Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia), produziu evidência de luz proveniente deste mesmo evento, que, se confirmada, seria algo inédito para a astronomia. A pesquisa, liderada pelo astrônomo Matthew Graham, da Caltech, foi publicada na Physical Review Letters.

Estrelas de nêutrons que colidem, os restos super-densos de estrelas explodidas, produzem todos os tipos de espectros de emissão, incluindo infravermelho, ultravioleta, luz visível, raios-x, raios gama e ondas de rádio. Por outro lado, a fusão de buracos negros emite radiação detectável na forma de ondas gravitacionais, que são ondulações no próprio espaço-tempo. Para a fusão de buracos negros produzir luz, algo bastante extraordinário deve ter acontecido e, como a nova pesquisa sugere, foi o que rolou.

O evento S190521g aconteceu perto do buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia. Este buraco negro é cercado por um gigantesco disco cheio de todo tipo de coisas, desde gás, poeira e asteroides até estrelas, estrelas de nêutrons e buracos negros menores.

“Estes objetos se aglomeram como abelhas raivosas ao redor da monstruosa abelha rainha no centro. Elas podem encontrar brevemente parceiros gravitacionais e formar pares, mas geralmente perdem seus parceiros rapidamente para essa dança maluca”, explicou K. E. Saavik Ford, astrônomo da Universidade da Cidade de Nova York (CUNY) e co-autor do novo artigo, em um comunicado à imprensa. “Mas no disco de um buraco negro supermassivo, o gás que flui converte a poga em um minueto clássico, organizando os buracos negros para que eles possam se emparelhar.”

No caso do S190521g, o buraco negro recém-fundido descarrilhou , em um evento astrofísico conhecido como “chute”. Este chute fez com que o buraco negro se precipitasse através do disco em velocidades de ruptura, provocando uma reação com o gás ao redor que produziu uma chama excepcionalmente brilhante e relativamente duradoura.

“Este buraco negro supermassivo estava borbulhando durante anos antes desta chama mais abrupta”, disse Graham. “A chama ocorreu na escala de tempo certa, e no local certo, para ser coincidente com o evento da onda gravitacional. Em nosso estudo, concluímos que a chama é provavelmente o resultado de uma fusão de buracos negros, mas não podemos descartar completamente outras possibilidades.”

Essas outras possibilidades incluem uma supernova ou um evento de ruptura da maré, no qual uma estrela se choca em um buraco negro.

Dito isto, o momento, duração, tamanho e localização do evento da emissão de luz não é uma ocorrência comum perto de buracos negros supermassivos e dentro de seu disco adjacente, de acordo com a análise dos dados coletados ao longo dos últimos 15 anos.

Além disso, e como previsto anteriormente pela mesma equipe, a emissão de luz só deve ocorrer nos dias ou semanas após a fusão do buraco negro. E de fato, foi exatamente isso que eles observaram com o S190521g, pois a chama apareceu alguns dias após os cientistas detectarem o evento da onda gravitacional. Curiosamente, a chama desvaneceu-se lentamente no decorrer de um mês.

Um próximo passo importante será a documentação de um evento igual em outras fusões de buracos negros. Isso não deve ser muito difícil, pois espera-se que mais desses eventos sejam detectados no futuro, dado o equipamento cada vez mais sofisticado.

É possível que um evento futuro envolva o mesmo buraco negro, que pode voltar ao disco e possivelmente encontrar outro buraco negro insuspeito.

Os cientistas documentaram recentemente uma colisão envolvendo um buraco negro e um objeto muito menor, seja uma estrela de nêutrons excepcionalmente pesada ou um buraco negro excepcionalmente pequeno. Nenhuma emissão de luz foi detectada a partir deste evento – portanto, ou estes tipos de colisões não produzem nenhuma luz, ou estes dois objetos não estavam em um ambiente propício à produção de luz. Outra possibilidade é que esta colisão tenha produzido uma chama, mas os cientistas simplesmente não a viram nos dados. É interessante que vários observatórios registraram as consequências desta colisão, portanto é possível que mais pistas surjam no futuro.

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Segundo maior surto de ebola já registrado chega ao fim

Posted: 26 Jun 2020 04:14 AM PDT

As autoridades locais de saúde e a Organização Mundial da Saúde finalmente declararam o fim de um surto de ebola que atormentou a República Democrática do Congo por quase dois anos. Foi o segundo maior surto do vírus mortal registrado na história, infectando mais de 3.400 pessoas e matando 2.280. As boas notícias foram atrasadas em alguns meses. Em março e abril, a OMS quase declarou o fim do surto, mas novos casos prolongaram a situação.

A epidemia começou em agosto de 2018, no Kivu do Norte, que fica no nordeste da RDC. Em meados de 2019, os números superaram todas as ocorrências anteriores, com exceção do surto na África Ocidental de 2014 a 2016, que infectou quase 30 mil pessoas e matou mais de 11 mil. Embora não seja o surto mais mortal de ebola já visto em termos de taxa de mortalidade (algumas cepas chegaram a matar 90% das pessoas infectadas), o surto do Kivu do Norte ainda matou duas em cada três vítimas da doença.

Pela primeira vez desde que a doença foi descoberta na década de 1970, os profissionais de saúde puderam contar com uma vacina confiável, eficaz e disponível para uso. Cerca de 300 mil pessoas foram vacinadas, segundo a OMS, inclusive em regiões próximas e países onde os casos ameaçavam transbordar.

Infelizmente, o conflito armado na região e uma desconfiança de longa data da população em relação aos trabalhadores da saúde atrapalharam os esforços para controlar a propagação da doença, que é transmitida pelo sangue. Em várias ocasiões, os centros médicos e os funcionários de resposta ao Ebola foram alvo de agressores geralmente desconhecidos, às vezes com resultados fatais.

Durante grande parte de 2020, no entanto, o surto finalmente pareceu estar contido, e era amplamente esperado que a OMS declarasse seu término no início de abril, mais de 50 dias após a confirmação do último caso conhecido. Porém, dias antes do prazo final, representantes da OMS anunciaram que havia sido encontrado um novo caso relacionado ao surto existente. Vários outros casos apareceram, o último deles em 27 de abril.

No entanto, agora parece que o país finalmente está livre, uma vez que não houve mais relatos desde o último caso relatado, sendo que este intervalo já é o dobro do período de incubação da doença. O ministro da Saúde da República Democrática do Congo anunciou o fim do surto durante uma conferência de imprensa na quinta-feira (25), que também contou com o apoio do escritório africano da OMS.

Infelizmente, não é o fim do ebola na África. Já existe outro surto não relacionado em outras partes da RDC. Ele começou há alguns meses na região noroeste da província de Équateur. Até agora, pelo menos 17 pessoas pegaram o vírus e 11 morreram.

O ebola ainda é amplamente zoonótico, o que significa que os surtos começam com a transmissão de animais para humanos (presumivelmente de morcegos). A transmissão requer contato próximo com fluidos corporais, como o sangue, para que o vírus se espalhe de pessoa para pessoa. Mas novos surtos parecem estar ocorrendo muito mais rapidamente do que no passado, quando havia frequentemente anos ou décadas entre novos casos. Embora possamos estar mais bem equipados para lidar com o ebola agora, é provável que o vírus continue a ser um pesadelo no futuro próximo.

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