domingo, 28 de junho de 2020

Gizmodo Brasil

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Brasil faz parceria com Oxford para produzir vacina contra o novo coronavirus

Posted: 27 Jun 2020 01:44 PM PDT

Pessoa sendo vacina. Crédito: Pexels

No início do mês de junho, foram anunciados testes em São Paulo e no Rio de Janeiro de uma vacina produzida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica Astrazeneca contra o novo coronavírus. Neste sábado (27), o Ministério da Saúde entrou na parada, anunciando uma parceria com as entidades, que compreende a compra de lotes de vacina e transferência de tecnologia. Caso a eficácia da vacina seja comprovada, o Brasil terá ao todo 100 milhões de doses.

A tal vacina de Oxford e da Astrazeneca usa um vírus vírus (ChAdOx1) criado a partir do adenovírus que causa resfriado em chimpanzés. Ele foi modificado geneticamente para produzir a proteína spike que o SARS-CoV-2 usa para se ligar e infectar às células humanas. Por ora, esta é uma das vacinas mais promissoras.

Após testes em macacos, estão feitos testes em humanos no Reino Unido e no Brasil, com essa iniciativa em São Paulo e no Rio de Janeiro, administrado pela Unifesp, com financiamento da Fundação Lemann, e pela rede de hospitais D'Or São Luiz, no Rio de Janeiro

Entendendo a parceria

A parceria do governo brasileiro com a universidade e o laboratório consiste em duas fases.

Na primeira, o País paga por 30,4 milhões de doses de vacina, com valor total de US$ 127 milhões, mesmo sem ter certeza da eficácia. Virão dois lotes de doses com 15,2 milhões cada, previstos para serem entregues em dezembro de 2020 e janeiro de 2021, respectivamente.

"O governo federal considera que esse risco de pesquisa e produção é necessário devido a urgência pela busca de uma solução efetiva para manutenção da saúde pública e segurança para a retomada do crescimento brasileiro", diz a nota do Ministério da Saúde, justificando a tomada de risco de se usar uma vacina que ainda não tem eficácia comprovada.

Na segunda, caso a vacina tenha eficácia comprovada, o governo brasileiro comprará outros 70 milhões de doses, com o preço unitário de US$ 2,30, totalizando um gasto de US$ 161 milhões.

O acordo envolve transferência de tecnologia para a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), que vai desenvolver a tecnologia localmente. A ideia é ter uma campanha de vacinação no início de 2021, priorizando públicos mais vulneráveis, como idosos, profissionais de saúde, além de pessoas com comorbidades. Óbvio, isso só ocorrerá se a vacina for eficaz.

Após um início errático no enfrentamento da epidemia, com autoridades dizendo que se tratava de uma "gripezinha", finalmente o governo brasileiro começa a se mobilizar para tentar achar soluções e tratamentos para o coronavírus, que já matou mais de 50 mil pessoas no País.

Além dessa iniciativa, o governo brasileiro no início de junho passou a fazer parte de um grupo coordenado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para fazer vacinas, testes e tratamentos para combater o coronavírus

[Ministério da Saúde]

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Agora dá para pagar refeições no iFood com o cartão Ticket Restaurante

Posted: 27 Jun 2020 10:46 AM PDT

Celular com aplicativo do iFood

Os apps de entregas começaram apenas com a opção de pagamento em débito, com o entregador tendo que trazer uma maquininha, depois passaram a aceitar pagamento dentro do app com cartão de crédito. O mais recente passo foi aceitar cartões de benefícios para compra no próprio aplicativo. A última pareceria do tipo é entre a Ticket e o iFood.

Desde 22 de junho, beneficiários da Ticket podem registrar o seu cartão Ticket Restaurante no iFood para efetuar compras. Assim, diz a empresa, eles passaram a ser aceitos nos principais aplicativos de entrega: além do iFood, eles também estão presentes no Rappi e no UberEats.

A nova opção pode ser uma boa para trabalhadores que estão fazendo home office, possibilitando que comprem comida direto pelo app.

Como cadastrar o Ticket Restaurante no iFood

  • Com o iFood aberto, vá em Perfil (lado direito inferior); 
  • Selecione Pagamento e escolha a opção de Vale Refeição (no caso, Ticket Restaurante);
  • Entre com seu login e senha do site Ticket Restaurante na janela que aparecer;
  • Selecione o cartão Ticket Restaurante, valide o CVV (que fica na parte de trás do cartão) e autorize o iFood a acessar sua conta Ticket;
  • Por fim, o cartão será selecionado como uma fonte de pagamento. Aí, basta selecionar Ticket Restaurante quando for pagar por algum pedido.Passo a passo para cadastrar Ticket Restaurante no iFood

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Quanto tempo dura a imunidade ao coronavírus? A resposta pode ir além dos anticorpos

Posted: 27 Jun 2020 08:04 AM PDT

Um estudo que teve repercussão recentemente é assustador: ele teria constatado que pessoas infectadas anteriormente podem perder quase todo tipo de anticorpo contra o coronavírus em três meses. Mas as descobertas do estudo são muito limitadas para supor que a imunidade ao vírus seja tão curta.

O estudo foi publicado na semana passada na Nature Medicine. Usando amostras de sangue, pesquisadores da China estudaram a resposta imune de 37 pessoas que apresentaram resultado positivo para o coronavírus, mas nunca desenvolveram nenhum sintoma. Eles foram comparados a 37 pessoas que ficaram levemente doentes, bem como a um grupo de controle de pessoas que testaram negativo para o vírus.

Ambos os grupos que pegaram o vírus tiveram respostas imunes relativamente semelhantes no início. Mas dois a três meses depois, mais de 90% de ambos os grupos experimentaram uma redução significativa nos anticorpos IgG específicos para COVID-19. A maioria dos dois grupos também experimentou uma queda nos anticorpos que impedem o vírus de infectar as células, chamadas anticorpos neutralizantes.

Esse declínio na IgG (Imunoglobina G) e anticorpos neutralizantes foi mais grave em pessoas assintomáticas, com cerca de 40% se tornando soronegativos para IgG, o que significa que seus níveis caíram além do ponto de detecção. Do grupo sintomático, 12% também se tornaram soronegativos.

As descobertas “podem indicar os riscos do uso de passaportes de imunidade de COVID-19”, escreveram os cientistas. Mas, como eles admitem, ainda precisamos de muito mais pesquisas para confirmar esses resultados e saber se a imunidade é mesmo tão pouco duradoura.

“No geral, é um estudo muito bem feito”, disse Otto Yang, professor de medicina e chefe associado de doenças infecciosas da Escola de Medicina David Geffen da UCLA. “Mas há pelo menos duas grandes advertências que ainda não foram discutidas e precisam ser lembradas.”

Uma questão é que os anticorpos nem sempre são a coisa mais importante quando se trata de combater uma doença que já tivemos antes, disse Yang.

Existem outras células imunológicas que nosso corpo cria quando um vírus ou germe que encontramos antes aparece novamente, particularmente certos tipos de células T. Como anticorpos, essas células são codificadas especificamente para reconhecer um patógeno pela segunda vez. E até agora, as evidências sugerem que a infecção pelo coronavírus tende a criar uma forte resposta das células T.

Com alguns vírus, observou Otto, é a imunidade celular que oferece a maior proteção contra reinfecção ou doença, e não anticorpos.

“A segunda ressalva é que, se os anticorpos se correlacionam com a imunidade, não está claro qual seria o ponto de corte”, disse Yang.

Temos evidências de estudos de outros coronavírus humanos de que os níveis de anticorpos tendem a diminuir significativamente após um ano ou dois após a infecção, e as pessoas podem ser reinfectadas. Mesmo um ano de proteção seria mais útil do que alguns meses, dados os esforços contínuos para criar uma vacina eficaz o mais rápido possível.

Por exemplo, um estudo recentemente publicado na Nature Medicine analisou amostras de sangue coletadas de 149 pacientes recuperados em média 39 dias após a doença. Embora a maioria desses pacientes parecesse ter níveis relativamente baixos de anticorpos neutralizantes, os pesquisadores ainda descobriram que eles forneciam “atividade antiviral potente” em todos os pacientes testados.

Outra consideração são as células B de memória, que ajudam a acelerar o sistema imunológico, incluindo a produção de anticorpos, em resposta à reinfecção. Mesmo que os níveis de anticorpos ativos de alguém contra o vírus desapareçam rapidamente, é possível que seus corpos ainda mobilizem uma defesa potente e rápida contra o vírus assim que ele tentar infectá-los novamente. Essa resposta pode não impedir a reinfecção, mas deve facilitar o enfrentamento da reincidência.

“Eu acho muito razoável supor que a reinfecção seria mais suave”, disse Yang. "Qualquer que seja o equilíbrio de fatores genéticos ou subjacentes que determinaram sua doença pela primeira vez, provavelmente será o mesmo. E eles também terão uma vantagem em termos de quaisquer respostas imunes usadas para limpar a infecção em primeiro lugar, seja por anticorpos ou células T."

Por mais encorajadoras que sejam, as descobertas definitivamente trazem implicações importantes se forem válidas. Se as pessoas realmente experimentam quedas drásticas nos níveis de anticorpos alguns meses após a infecção, o uso de testes de anticorpos como forma de identificar pessoas supostamente “seguras” contra o vírus será uma falha enorme.

Isso também pode significar que precisamos rastrear as pessoas mais cedo em busca de anticorpos se quisermos medir a extensão do vírus em uma área. Também quer dizer que a triagem posterior não deve ser considerada confiável.

Isso também põe em questão a noção de usar a imunidade de rebanho — a ideia de que um número suficiente de pessoas imunes em uma população impedirá que o vírus se espalhe para segmentos vulneráveis ​​ainda não infectados — para superar essa pandemia, segundo Bruce Walker, imunologista e diretor do Centro de Pesquisa da AIDS da Universidade de Harvard.

"Isso sugere que um número significativo de pessoas que geram anticorpos perderá esses anticorpos. E então nos resta especular. Isso significa que essas pessoas agora são infectáveis? Isso significa que ainda pode haver algum nível de imunidade que faça com que uma infecção repetida seja atenuada e talvez nem notada?” Walker disse ao Gizmodo. “Nós simplesmente não sabemos neste momento.”

Ao mesmo tempo, acrescentou Walker, este estudo só pode nos dizer algo sobre imunidade natural, não o tipo de imunidade que esperamos obter de uma potencial vacina algum dia. Algumas vacinas fornecem uma resposta imune mais robusta e duradoura do que uma infecção natural.

A questão da reinfecção e imunidade é um ponto discutível agora, já que a grande maioria das pessoas no mundo e nos EUA ainda não contraiu o vírus. Nesta semana, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) estimou que 5% a 8% dos americanos já tiveram COVID-19 até agora. Os que ainda não estão infectados incluem os milhões de pessoas com mais de 65 anos ou que vivem com condições crônicas como diabetes, que os tornam mais vulneráveis ​​a uma infecção grave ou com risco de vida.

Para a maioria de nós, é com a primeira rodada do vírus que devemos nos preocupar. Mas para as pessoas que sobreviveram a uma infecção, os resultados dos estudos podem enfatizar a necessidade de continuar a seguir as medidas de segurança.

“Uma mensagem que você deve levar é que, se você já foi infectado, não presuma que não está mais suscetível“, disse Walker. “Use máscaras, pratique o distanciamento social e desinfete suas mãos.

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Relâmpago bateu recorde ao iluminar céu da Argentina por 17 segundos

Posted: 27 Jun 2020 05:53 AM PDT

Relâmpago. Crédito: Getty Images

Relâmpagos geralmente duram alguns poucos segundos. Exceto quando tem alguma anormalidade. Em 4 de março de 2019, rolou um relâmpago na Argentina que durou 16,73 segundos. Repetindo: um relâmpago iluminou um local por quase 17 segundos! É coisa pra caramba.

Um novo relatório, divulgado pela OMN (Organização Meteorológica Mundial) na quinta-feira (25), confirma que este relâmpago absurdo foi o mais longo já registrado. O recordista anterior foi um relâmpago de 7,74 segundos no sul da França em 30 de agosto de 2012, que a OMN observa que é "insignificante" em comparação, mas ainda realmente muito assustador.

A OMN confirmou esses registros com uma nova forma de tecnologia de satélite. O relatório também lança luz (perdão, pelo trocadilho) sobre a distância recorde que um único raio percorreu. O flash de 17 segundos em 2019 alcançou mais de 640 km. Mas esta nem é a maior distância: em 31 de outubro de 2019, um relâmpago atingiu o sul do Brasil e iluminou o céu a uma distância de mais de 700 km ao leste da Argentina até o Atlântico.

"Esses são registros extraordinários de eventos únicos de relâmpagos. Os extremos ambientais são medidas vivas que a natureza é capaz [de], bem como o progresso científico em poder fazer essas avaliações", afirmou Randall Cerveny, relator-chefe de extremos climáticos da OMN, em comunicado.

Relâmpagos ocorrem quando duas regiões eletricamente carregadas na atmosfera ou no solo se igualam temporariamente. Quando nuvens de tempestade se formam, elas se enchem de cargas elétricas. Partículas mais leves e com carga negativa se formam na parte inferior. E quando essas cobranças são grandes o suficiente, elas produzem raios.

Normalmente, esses flashes têm apenas alguns quilômetros de comprimento. Mas, às vezes, durante uma tempestade particularmente forte como as que são vistas na América do Sul no verão, essas faíscas atingem uma mesoescala", diz a OMN. Então, eles formam "megaflashes" que alcançam centenas de quilômetros.

Ao mesmo tempo que os raios causam efeitos impressionantes, eles também podem ser muito perigosos. Nos últimos dias, mais de 100 pessoas na Índia morreram por serem atingidas por raios.

A OMN espera que seu novo método de observação de raios por satélite ajude a detectar os próximos grandes flashes e também avise as pessoas sobre eles, para que possam ficar em locais seguros.

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