terça-feira, 30 de junho de 2020

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Índia proíbe TikTok, WeChat e dezenas de outros apps chineses

Posted: 29 Jun 2020 02:17 PM PDT

Logotipo do TikTok

O governo da Índia decidiu banir aplicativos chineses como TikTok e WeChat alegando que eles estariam “engajados em atividades […] prejudiciais à soberania e integridade” do país. No total, 59 aplicativos foram proibidos.

A ordem veio do Ministério de Eletrônicos de Tecnologia da Informação da Índia. Tarun Pathak, analista da empresa de consultoria Counterpoint, disse ao TechCrunch que a decisão afetaria aproximadamente 1 a cada 3 usuários na Índia.

O aplicativo mais popular banido com o TikTok, desenvolvido pela ByteDance. Dados da SensorTower de abril indicam que 30% dos 2 bilhões de downloads do TikTok aconteceram na Índia.

Não é a primeira vez que o TikTok é banido na Índia: em 2019, o governo pediu para que as lojas do iOS e Android removessem o aplicativo por preocupações com a distribuição de pornografia na plataforma. Essa proibição, no entanto, durou cerca de uma semana.

Além do aplicativo de vídeos curtos, apps populares como o WeChat, Club Factory, UC Browser e ES File Explorer também foram proibidos. De acordo com o TechCrunch, 27 dos 59 aplicativos banidos estavam entre os mil mais populares na Play Store em maio.

O comunicado do governo indiano não explica o porquê da proibição de cada aplicativo além de citar coleta indevida de dados, sem mostrar provas.

As tensões entre Índia e China aumentaram depois de um confronto na fronteira entre os dois países na região de Galwan, epicentro de uma disputa territorial. O incidente resultou na morte de pelo menos 20 soldados indianos. Relatos apontam que mais de 40 soldados chineses morreram, mas o governo local não confirmou a informação.

Ainda não está claro se essa disputa está relacionada com as decisões da Índia, mas é possível, dada a quantidade de aplicativos que foram banidos.

O TikTok, especificamente, já sofreu escrutínio de outros países devido a preocupações com segurança. No final de 2019 os desenvolvedores do aplicativo pagaram uma multa aos EUA para encerrar uma ação coletiva que alegava que o app violou as leis de privacidade das crianças no país, coletando seus dados e operando o aplicativo "de maneira imprudente e ilegal para obter ganhos comerciais".

Agências dos EUA também baniram o uso do aplicativo em dispositivos fornecidos pelo governo, citando preocupações com as conexões da ByteDance com o governo chinês.

Na semana passada, usuários da versão beta do iOS 14 perceberam que o TikTok estava acessando os conteúdos da área de transferência de seus smartphones. A ByteDance alegou que acessava a área de transferência para evitar spam e disse que já enviou uma atualização para a App Store.

Apesar desses problemas, isso se refere a apenas um aplicativo da lista banida pela Índia. No comunicado do Ministério da Tecnologia de Informação há menção a “reclamações de diversas fontes que incluíam vários relatos sobre o uso indevido de alguns aplicativos móveis disponíveis nas plataformas Android e iOS para roubar e transmitir furtivamente dados dos usuários de forma não autorizada para servidores que estão fora da Índia”.

“A compilação desses dados, sua mineração e perfilação por elementos hostis à segurança nacional e à defesa da Índia, que em última instância afetam a soberania e a integridade da Índia, são uma questão de preocupação muito profunda e imediata que requer medidas de emergência”, completa o Ministério na justificativa da ação.

Os aplicativos ainda não foram removidos da Google Play Store e da Apple App Store na Índia. Smartphones fabricados por marcas chinesas dominam o mercado indiano, com uma fatia de 80%.

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Nova ferramenta da Microsoft recupera arquivos apagados no Windows

Posted: 29 Jun 2020 01:01 PM PDT

Microsoft Surface 4 rodando Winndows 10

Praticamente todo mundo já apagou sem querer um arquivo que não podia. Se você usa Windows, vai ficar mais fácil de recuperá-lo, já que a própria Microsoft lançou uma ferramenta para recuperar itens deletados.

O Windows File Recovery funciona em linha de comando e recupera arquivos de discos locais, pen drives, cartões de memória e câmeras, e também pode ser útil em caso de discos corrompidos ou formatados. A ferramenta tem dois modos: o modo padrão, que funciona com sistemas de arquivos NTFS, e o modo signature, que funciona também com FAT, exFAT e ReFS.

Para garantir que você vai conseguir recuperar os arquivos perdidos, é melhor usar o Windows File Recovery o mais rápido possível depois de apagar ou formatar o disco, antes que outros arquivos sejam escritos por cima do que foi apagado. Também dá para usá-lo para recuperar todos os arquivos com as extensões MP3, MP4, JPEG, PDF, bem como documentos de Word, PowerPoint e Excel, entre outros.

O Windows File Recovery já está disponível na Microsoft Store e, segundo os requisitos de sistema, é compatível apenas com versões a partir da última atualização do Windows 10, a build 19041.0.

Como lembra o Verge, essa não é a única alternativa da Microsoft para recuperar arquivos. O Windows 10 também conta com o recurso Histórico de Arquivos. Com ele, é possível tanto resgatar itens deletados quanto voltar para versões anteriores de um arquivo modificado.

Infelizmente, o Histórico de Arquivos vem desativado por padrão. Portanto, se você já apagou, não vai conseguir usá-lo. Se você quer ter mais uma garantia, é só seguir estes passos e ativá-lo no seu computador.

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Como transferir o Auxílio Emergencial para o PicPay

Posted: 29 Jun 2020 12:13 PM PDT

Tela do aplicativo do Auxílio Emergencial

O Auxílio Emergencial está sendo liberado com algumas restrições. Apesar de o dinheiro cair na poupança digital Caixa Tem, o beneficiário não consegue sacar ou transferir o dinheiro para outros brancos até a data definida pelo calendário do governo federal. No entanto, é possível utilizar carteiras digitais como o PicPay para contornar esse problema e enviar o auxílio usando o cartão digital.

Para fazer a transferência, é necessário criar um cartão de débito virtual da bandeira Elo no Caixa Tem e adicionar o dinheiro pela carteira digital do PicPay. Neste texto, mostramos o passo a passo:

Criando o cartão de débito virtual no Caixa Tem

O primeiro passo para conseguir utilizar o dinheiro do auxílio emergencial sem precisar esperar o calendário de saques e transferências bancárias é criar o cartão de débito virtual no app do Caixa Tem.

Isso permitirá que você pague contas e transfira o dinheiro para carteiras digitais, como o PicPay – a partir dessas carteiras digitais, você pode fazer transferências para qualquer banco.

  1. Abra o aplicativo Caixa Tem;
  2. Toque na opção Cartão de Débito Virtual para gerar o seu cartão;
  3. Copie as informações para cadastrá-las no PicPay.

Transferindo o dinheiro para o PicPay

  1. Abra o aplicativo do PicPay;
  2. Toque em Carteira;
  3. Depois acesse a opção Adicionar e escolha Cartão de débito virtual Caixa;
  4. Em seguida, toque em Já tenho o cartão virtual e insira as informações que copiou no app do Caixa Tem;
  5. Depois, escolha o valor que deseja transferir do Caixa Tem ao PicPay, insira o código de segurança (CVV) e confirme a operação.

Passo a passo para transferir o Auxílio Emergencial para o PicPay

Pode ser que a transferência demore algum tempo, principalmente devido às instabilidades no app do Caixa Tem. Depois que o dinheiro cair no seu PicPay, você pode transferi-lo para qualquer outra conta bancária sem tarifas adicionais ou usar o app para efetuar outras transações.

Importante: o saque do dinheiro pelo PicPay ainda segue o calendário definido pelo governo federal.

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Como transferir o Auxílio Emergencial para o Mercado Pago

Posted: 29 Jun 2020 12:12 PM PDT

Tela do aplicativo do Auxílio Emergencial da Caixa

O governo federal está liberando o Auxílio Emergencial com restrições: há um calendário para o dinheiro cair no aplicativo do Caixa Tem e outro calendário para sacar ou transferir o dinheiro para outros brancos – dependendo do mês do seu aniversário, isso pode demorar bastante. Apesar disso, é possível utilizar carteiras digitais como o Mercado Pago para contornar esse problema e enviar o auxílio usando o cartão digital.

Para fazer a transferência, é necessário criar um cartão de débito virtual da bandeira Elo no Caixa Tem e adicionar o dinheiro pela carteira digital do Mercado Pago. Neste post, mostramos o passo a passo:

Criando o cartão de débito virtual no Caixa Tem

O primeiro passo para conseguir utilizar o dinheiro do auxílio emergencial sem precisar esperar o calendário de saques e transferências bancárias é criar o cartão de débito virtual no app do Caixa Tem.

Isso permitirá que você pague contas e transfira o dinheiro para carteiras digitais, como o Mercado Pago – a partir dessas carteiras digitais, você pode fazer transferências para qualquer banco.

  1. Abra o aplicativo Caixa Tem;
  2. Toque na opção Cartão de Débito Virtual para gerar o seu cartão;
  3. Copie as informações para cadastrá-las no Mercado Pago.

Transferindo o dinheiro para o Mercado Pago

  1. Abra o aplicativo do Mercado Pago;
  2. Toque em Adicionar dinheiro;
  3. Depois selecione a opção Cartão Virtual Caixa e toque em Continuar;
  4. Depois, escolha o valor que deseja transferir do Caixa Tem ao Mercado Pago;
  5. Insira as informações do cartão que você copiou e aperte Continuar.

Passo a passo para transferir o Auxílio Emergencial para o Mercado Pago

Pode ser que a transferência demore algum tempo, principalmente devido às instabilidades no app do Caixa Tem. Depois que o dinheiro cair no seu Mercado Pago, você pode transferi-lo para qualquer outra conta bancária sem tarifas adicionais ou usar o app para efetuar outras transações.

Importante: o saque do dinheiro por carteiras digitais ainda segue o calendário definido pelo governo federal.

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Como transferir o Auxílio Emergencial para o Nubank

Posted: 29 Jun 2020 12:10 PM PDT

Tela do aplicativo do Auxílio Emergencial

O Auxílio Emergencial é liberado gradualmente para as pessoas de acordo com a data de nascimento. Além disso, governo federal criou um outro calendário para que as pessoas possam fazer transferências bancárias e saques, mas é possível utilizar carteiras digitais como o Nubank para contornar esse problema e enviar o auxílio pagando um boleto, como se fosse uma conta.

Isso é possível porque, embora o governo tenha anunciado restrições para saques e transferências, o cidadão pode pagar contas e realizar pagamentos com seu cartão de débito virtual assim que o depósito é feito no Caixa Tem.

Neste texto, mostramos o passo a passo para enviar o dinheiro para a NuConta, do Nubank:

Gerando um boleto na NuConta

  1. Abra o aplicativo do Nubank;
  2. Toque em Depositar;
  3. Depois toque em Gerar um boleto de depósito;
  4. Em seguida, digite o valor do boleto com a quantia que você quer transferir;
  5. Copie o código de barras;

Passo a passo para criar um boleto para depósito no Nubank

Pagando o boleto no Caixa Tem

Depois de gerar o boleto para a Nuconta, é preciso fazer o pagamento no aplicativo do Auxílio Emergencial.

  1. Abra o aplicativo Caixa Tem e selecione a opção Realizar pagamentos;
  2. Toque em Digitar código de barras e cole o número do boleto;
  3. Após a identificação do boleto, digite o valor para confirmar;
  4. Confira os dados e confirme a transação no botão Sim, realizar pagamento! e digite a senha de acesso ao app Caixa Tem para finalizar a operação;

O prazo para que boletos sejam creditados é de até 3 dias úteis.

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Como transferir o Auxílio Emergencial para o PagBank

Posted: 29 Jun 2020 12:08 PM PDT

Tela do aplicativo do Auxílio Emergencial da Caixa

O governo federal está liberando o Auxílio Emergencial com restrições. O valor é liberado gradualmente para as pessoas de acordo com a data de nascimento. Há outro calendário para que as pessoas fazer transferências bancárias e saques – dependendo do mês do seu aniversário, isso pode demorar bastante. Mas é possível utilizar carteiras digitais como o PagBank para contornar esse problema e enviar o auxílio pagando um boleto, como se fosse uma conta.

Isso é possível porque, embora o governo tenha anunciado restrições para saques e transferências bancárias, o cidadão pode pagar contas e realizar pagamentos com seu cartão de débito virtual assim que o auxílio cai no Caixa Tem.

Neste texto, mostramos o passo a passo para enviar o dinheiro para o PagBank:

Gerando um boleto na PagBank

  1. Abra o aplicativo do PagBank;
  2. Toque em Adicionar Dinheiro;
  3. Depois toque em Boleto bancário;
  4. Em seguida, digite o valor do boleto com a quantia que você quer transferir;
  5. Copie o código de barras;

Passo a passo para transferir o Auxílio Emergencial para o PagBank

Pagando o boleto no Caixa Tem

Depois de gerar o boleto para o PagBank, é preciso fazer o pagamento no aplicativo do Auxílio Emergencial.

  1. Abra o aplicativo Caixa Tem e selecione a opção Realizar pagamentos;
  2. Toque em Digitar código de barras e cole o número do boleto;
  3. Após a identificação do boleto, digite o valor para confirmar;
  4. Confira os dados e confirme a transação no botão Sim, realizar pagamento! e digite a senha de acesso ao app Caixa Tem para finalizar a operação;

O prazo para que boletos sejam creditados é de até 3 dias úteis.

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NASA quer ajuda para criar banheiro que será usado por astronautas na Lua

Posted: 29 Jun 2020 10:33 AM PDT

Quando os astronautas da Apollo foram para a Lua nos anos 1960, eles chegaram lá em uma espaçonave com exatamente zero banheiro. Para fazer o número um, a NASA dava um tubo de borracha que a equipe colocava como um preservativo. Ele levava o xixi para um recipiente de armazenamento ou para o espaço. Para o número dois, a agência apresentou uma solução de ponta e de alta tecnologia: sacos de cocô.

Para sua próxima viagem à Lua, prevista para 2024, a NASA está tentando impedir que isso aconteça novamente.

“Era uma bagunça”, disse Mike Interbartolo, uma das pessoas que trabalha no Human Lunar Lander System da NASA, em entrevista ao Verge. “Você não tinha nenhum controle de odor. A equipe odiava isso. Não foi fácil conseguir uma boa vedação na bolsa sem que seu amigo tivesse que ajudar. E não é assim que queremos voltar para a Lua mais de 50 anos depois.”

Esse foi o ímpeto por trás do Lunar Loo Challenge, uma chamada para novos projetos inovadores de banheiros espaciais que a NASA lançou esta semana. Embora vários já estejam em funcionamento na Estação Espacial Internacional, esses modelos foram projetados exclusivamente para uso em microgravidade, também conhecido como a “gravidade zero” que você vê nos filmes.

Para os astronautas lunares em seu programa Artemis, a NASA está em busca de um banheiro que também funcione na superfície da Lua, onde a gravidade é aproximadamente um sexto da exercida na Terra.

“Projetar e desenvolver novos banheiros lunares pode não ser tão empolgante ou intrigante quanto o desenvolvimento de ferramentas para apoiar a exploração da superfície lunar, mas a necessidade é igualmente importante”, disse a NASA em um post descrevendo o concurso.

"Esses astronautas vão comer e beber e, posteriormente, urinar e defecar em microgravidade e na gravidade lunar. Enquanto os astronautas estiverem na cabine e fora de seus trajes espaciais, eles precisarão de um banheiro com as mesmas capacidades que as aqui na Terra."

O concurso (que você pode participar aqui) tem prazo até 17 de agosto e um prêmio total de US$ 35.000 será dividido entre as equipes por trás dos três principais projetos, conforme decidido por um painel de engenheiros da NASA. Há também uma categoria júnior para a molecada com menos de 18 anos enviar projetos.

Compreensivelmente, a NASA apresentou uma longa lista de especificações exigidas para os projetos vencedores. Além de ter um certo tamanho e peso, o banheiro deve ser eficiente em termos energéticos, não muito demorado de usar e acomodar mulheres e homens, já que o programa Artemis da NASA visa enviar a primeira mulher à Lua junto com o próximo homem. Esse trono lunar também deve ser capaz de conter vários tipos de excreções corporais, incluindo “urina, fezes, vômitos, diarreia e menstruação”.

“Fazer cocô na Lua não é uma prioridade, mas não queremos que seja uma experiência péssima para a equipe”, disse Interbartolo, que também é o gerente de projetos do desafio, ao Verge. “Queremos torná-lo o mais confortável e o mais próximo possível da vida doméstica.”

Como parte do programa Artemis, os astronautas podem passar seis dias e meio na superfície da Lua. Portanto, segurar não é uma opção. Para garantir, as diretrizes da NASA para o desafio Lunar Loo especificam que os projetos vencedores devem ser capazes de suportar uma tripulação de dois astronautas por pelo menos 14 dias.

Embora eu esteja empolgada em ver o que as pessoas vão inventar, o patamar é muito baixo quando você se lembra de como a equipe da Apollo 11 fazia isso. Basicamente, desde que a solução não envolva amarrar uma bolsa na bunda de um astronauta, será uma grande evolução.

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Twitter pede desculpas por sinalizar como desinformação tuítes mencionando oxigênio e 5G

Posted: 29 Jun 2020 08:55 AM PDT

Logotipo do Twitter em smartphone. Crédito:Alastair Pike (AFP via Getty Images)

Nem sempre é fácil fazer a coisa certa em tecnologia e isso pode levar a alguns erros constrangedores (ou engraçados). Basta perguntar para o Twitter.

Como você deve saber, o Twitter tem tentado parar a disseminação de informações falsas sobre COVID-19, a doença que causa do novo coronavírus, na plataforma. Uma forma de fazer isso é incluir um link que diz "Conheça os fatos da COVID-19" em tuítes com informações falsas sobre a condição, como postagens falando sobre uma cura para a doença (infelizmente, ainda não há cura, embora cientistas de todo o mundo estejam trabalhando em uma vacina).

Nas últimas semanas, o Twitter começou a adicionar essa marcações em tuítes que vinculam o lançamento de redes 5G à disseminação de COVID-19, um tópico que suscitou várias teorias da conspiração. Alguns teóricos da conspiração, por exemplo, afirmam que a radiação das torres 5G enfraquece o sistema imunológico e torna as pessoas mais suscetíveis a ficarem com COVID-19. Não há evidência científica que embase esta ideia. No entanto, a desinformação sobre as torres 5G levou as pessoas a queimarem torres de celular no Reino Unido.

Sinalizar tuítes que expõem teorias da conspiração envolvendo 5G e coronavírus parece uma coisa boa, certo? Sem dúvida, exceto quando o sistema de filtragem que você usa fica confuso.

Muitos usuários do Twitter perceberam na última sexta-feira (26) que a rede estava aparentemente marcando qualquer tuíte que mencionasse "5G", "oxigênio" e "frequência" por algum motivo estranho, mesmo que esses tuítes não fossem sobre teorias da conspiração nocivas sobre 5G. A sinalização está vinculado a um Moments intitulado "Não, o 5G não está causando coronavírus" e inclui informações de fontes respeitáveis que denunciam as reivindicações.



Tradução: "Este é um novo meme divertido. Poste qualquer coisa aleatória sobre oxigênio e frequência e o Twitter insere uma nota editorial no seu post. Por exemplo: estava mergulhando e a frequência da minha respiração fez eu usar muito oxigênio, e eu tive que emergir antes. Veja se funciona!"

O resultado final, é claro, foram os usuários do Twitter postando infinitas combinações com as palavras para ver se seus tuítes seriam sinalizados. Obviamente, esses tipos de tuítes não pretendiam ser prejudiciais e eram apenas uma tentativa de diversão, mas o filtro do Twitter não tinha como saber disso.



Tradução: "5G pode ser usado para transmitir Oxygen, o canal para mulheres"

Quando se trata de por que o Twitter destacou "oxigênio" e "frequência", o pessoal do The Week teoriza que é provavelmente por causa da teoria da conspiração que afirma que o 5G opera em uma frequência perigosa que limita o oxigênio da atmosfera, interrompendo assim nossas funções normais do corpo. É claro que isso é falso. O Twitter não confirmou que esse é o motivo pelo qual o sistema começou a siinalizar os tuítes.

No entanto, é importante observar que esse tipo de "moderação por algoritmo" pode levar a outros problemas.

"Uma das falhas da tentativa de moderação em escala por algoritmo, um problema que não tem influência no 5G, é que permite que as empresas de tecnologia suguem o oxigênio dos esforços de reforma e regulamentação à medida que dão de ombros e argumentam: 'tentamos algo usando código e não funcionou, não pode ser feito'", escreveu o jornalista especializado em segurança Kelsey D. Atherton em um tuíte, que também foi alvo da sinalização de desinformação do Twitter.

No decorrer do dia, o Twitter parou de rotular os tuítes com as palavras-chave mencionadas. Um porta-voz do Twitter disse ao Motherboard neste fim de semana que o algoritmo da empresa é "imperfeito e muda constantemente" com base no que está acontecendo no Twitter. A porta-voz acrescentou que o Twitter priorizou a rotulagem excessiva para errar por precaução e reduzir os danos, fornecendo o contexto necessário.

"Nas últimas semanas, você pode ter visto tuítes com rótulos com links para informações adicionais sobre COVID-19. Nem todos esses tuítes tinham conteúdo potencialmente enganoso associando COVID-19 ao 5G. Pedimos desculpas por qualquer confusão e estamos trabalhando para melhorar nosso processo de identificação", tuitou o Suporte do Twitter no sábado. "À medida que aprimoramos esse processo para ser mais preciso, nosso objetivo é mostrar menos rótulos em tuítes não relacionados".

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Manchas gigantes na estrela Betelgeuse podem explicar as quedas esquisitas de seu brilho

Posted: 29 Jun 2020 07:32 AM PDT

Conceito artístico de Betelgeuse e suas hipotéticas manchas superficiais

Betelgeuse, uma estrela gigantesca que já está na fase final de sua vida, tem agido de forma estranha ultimamente, exibindo quedas dramáticas em seu brilho. Novas pesquisas atribuem essas enormes manchas estelares à aparência escamosa do Betelgeuse, embora em uma escala nunca vista antes.

A nova pesquisa que deve ser publicada no Astrophysical Journal Letters (a pré-impressão está disponível aqui) conecta as dramáticas quedas de luminosidade em Betelgeuse a manchas gigantescas dentro de sua fotosfera, a porção da superfície de uma estrela que brilha intensamente.

Estas manchas mais foscas em Betelgeuse lembram manchas solares, mas cobrem até 50% a 70% da superfície da estrela. A nova pesquisa foi liderada pela astrônoma Thavisha Dharmawardena, do Instituto Max Planck de Astronomia.

Betelgeuse é uma estrela supergiante vermelha localizada a cerca de 650 anos-luz da Terra. Situada na constelação de Orion, é facilmente visível a olho nu. Trata-se de uma estrela de grande porte, com a massa de 11 Sóis e um diâmetro de cerca de 1.700 Sóis alinhados em fila). Se você colocasse Betelgeuse no centro de nosso sistema solar, ela se estenderia até a órbita de Júpiter.

Betelgeuse está no final de sua vida e pode explodir gerando uma supernova a qualquer momento. Ela é classificada como uma estrela variável semi-regular porque sua luminosidade flutua com o tempo, o que não é incomum para os gigantes vermelhos.

“No final de suas vidas, as estrelas se tornam gigantes vermelhas”, disse Dharmawardena em um comunicado à imprensa. “À medida que seu abastecimento de combustível se esgota, os processos mudam, e as estrelas liberam energia. Como resultado, elas incham, tornam-se instáveis e pulsam com períodos de centenas ou até milhares de dias, o que vemos como uma flutuação no brilho.”

O que é incomum, no entanto, é o grau em que essas flutuações de luminosidade são vistos em Betelgeuse. Recentemente, de outubro de 2019 a abril de 2020, os cientistas observaram uma queda de até 40% na luminosidade normal da estrela.

Supergigantes vermelhas lançam com facilidade suas camadas gasosas externas no espaço devido a sua imensa área de superfície e densidade relativamente baixa. Esse material se transforma em pó após resfriar. Este processo levou o astrônomo Daniel Cotton, da Universidade Nacional Australiana, a concluir que quantidades copiosas de poeira nas proximidades de Betelgeuse podem ser responsáveis por estas estranhas quedas de luminosidade, como explicaram em um trabalho recente.

O artigo de Dharmawardena desafia esta teoria usando dados coletados pela Experiência Pathfinder do Atacama (APEX) e pelo telescópio James Clerk Maxwell (JCMT), que mede a radiação em comprimentos de onda sub-milímetros.

“O que nos surpreendeu foi que a Betelgeuse ficou 20% mais escura mesmo na faixa de ondas de sub-milímetros”, explicou Steve Mairs, co-autor do estudo e pesquisador do Observatório do Leste Asiático.

Com base em observações anteriores, os pesquisadores concluíram que este comportamento não é consistente com a presença de poeira. Cálculos subsequentes dentro desta faixa espectral afirmaram estas suspeitas – que as quedas de luminosidade dentro da faixa de ondas sub-milimétricas não podem ser contabilizadas pela presença de poeira. Em vez disso, algo deve estar acontecendo dentro da própria estrela, de acordo com a nova pesquisa.

Usando uma abordagem mais básica, os astrônomos reconheceram que o brilho de uma estrela depende de seu diâmetro e temperatura superficial. Assim, o escurecimento observado à luz visível e dentro dos comprimentos de onda sub-milímetros deve causar uma redução na temperatura média da superfície da Betelgeuse.

Imagens de alta resolução de Betelgeuse mostram a distribuição do brilho na luz visível em sua superfície antes e durante seu escurecimentoImagens de alta resolução de Betelgeuse mostram a distribuição do brilho na luz visível em sua superfície antes e durante seu escurecimento. Devido à assimetria, os autores atribuíram o escurecimento a enormes manchas estelares. Imagem: ESO/M. Montargès et al.

“Entretanto, é mais provável uma distribuição assimétrica de temperatura”, explicou o co-autor do estudo Peter Scicluna do Observatório Europeu do Sul (ESO). “Imagens correspondentes de alta resolução de Betelgeuse de dezembro de 2019 mostram áreas de luminosidade variável.”

Em conjunto, estes dados apontam para a presença de enormes manchas estelares cobrindo mais de 50% a 70% da superfície visível em Betelgeuse, a temperaturas mais baixas do que a fotosfera altamente luminosa.

Emily Levesque, professora de astronomia na Universidade de Washington e autora do livro popular de ciência The Last Stargazers, ficou feliz em ver dados sobre Betelgeuse deste novo estudo.

“As observações destes pesquisadores mostram que a Betelgeuse tem sido variável nestes longos comprimentos de onda por um tempo, então compreender como isto se conecta com a opacidade visivelmente dramática que vimos no inverno passado é definitivamente uma peça importante do quebra-cabeça”, disse Levesque, que não estava envolvida na nova pesquisa, ao Gizmodo.

“Este resultado é extremamente interessante, pois fornece evidências que contradizem as suposições anteriores, afirmando que o escurecimento histórico da Betelgeuse poderia ser causado pela poeira. Parece que estamos diante de observações conflitantes entre Dharmawardena e Cotton”, escreveu Miguel Montargès do Instituto de Astronomia de Ku Leuven em um e-mail para o Gizmodo. “Isto é muito animador: parece que quanto mais temos dados sobre a Betelgeuse, mais complexa ela fica.”

Montargès, que não estava envolvido com a nova pesquisa, identificou um problema, no entanto, dizendo que temos observado a Betelgeuse a partir de diferentes comprimentos de onda, com diferentes resoluções angulares e com observações de referência tomadas em datas diferentes.

“Compreender este escurecimento – que parecia um simples evento – pode nos fazer pensar por um tempo”, explicou Montargès. “Existem muitas coisas que não sabemos sobre estrelas vermelhas supergigantes e progenitores de supernovas.”

Levesque disse que é importante lembrar que a Betelgeuse é apenas uma supergigante vermelha, e tivemos a sorte de estudá-la em detalhes devido à sua luminosidade e proximidade.

“Ainda não sabemos muito sobre como a maioria dos supergigantes vermelhas variam com o tempo nesse espectro de sub-milímetros, ou mesmo o quão comuns são essas diminuições repentinas na luz visível”, disse ela. “Queremos ficar de olho na Betelgeuse em tantos comprimentos de onda quanto possível, e estudar mais estrelas como ela, a fim de explicar completamente a física destas estrelas gigantes que estão morrendo.”

De fato, a presença de manchas em Betelgeuse ainda precisa ser confirmada por linhas complementares de evidência, mas se for verdade, elas representariam uma classe inteiramente nova de fenômenos estelares. Pesquisas futuras devem investigar a duração dessas manchas estelares, determinar as causas potenciais e identificar possíveis ciclos. Nosso Sol, por exemplo, exibe manchas solares em ciclos de 11 anos. O novo estudo apresenta um resultado intrigante, mas que requer dados mais convincentes.

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Apple pode baratear iPhone 12, mas carregador será vendido separadamente

Posted: 29 Jun 2020 05:38 AM PDT

Caixas de iPhone empilhadas

Os fãs da Apple precisam se preparar mentalmente para uma nova possibilidade: o conteúdo da caixa do iPhone 12, que deve ser lançado no final deste ano, talvez seja consideravelmente diferente se comparado com os modelos anteriores. Por quê? Bem, há rumores de que a companhia não incluirá um carregador com o iPhone 12 e venderá o item separadamente.

A informação surgiu em uma nota de pesquisa do analista Ming-Chi Kuo, considerado por alguns um profeta quando se trata de Apple. De acordo com a reportagem do MacRumors, Kuo disse que a companhia vai lançar um novo adaptador de tomada de 20W como acessório opcional e irá encerrar a produção dos adaptadores atuais de 5W e 18W até o final deste ano.

De acordo com uma foto vazada no início da semana passada, o carregador de 20W será semelhante à versão de 18W e contará com um adaptador de energia USB-C para carregamento rápido. A Apple incluiu pela primeira vez um adaptador com carregamento rápido nos iPhone 11 Pro do ano passado.

Além de retirar o carregador da caixa do iPhone 12, a Apple também não vai incluir, segundo informações, seus fones de ouvido com fio, conhecidos como EarPods. Em uma nota de pesquisa enviada em maio para investidores, Kuo disse que esperava que a Apple deixasse de fora os Earbuds, que faziam parte do pacote desde o lançamento do iPhone original há mais de uma década. A ideia da companhia seria impulsionar a demanda pelos AirPods, os fones sem fio.

Os AirPods são vendidos separadamente.

Uma das razões pelas quais a Kuo acredita que a Apple não incluirá um carregador e fones de ouvido com o iPhone 12 é o aumento dos custos de produção devido ao suporte para 5G. No entanto, o analista acredita que a Apple venderá o iPhone 12 a um preço semelhante ao iPhone 11.

Mesmo se o iPhone 12 fosse vendido um pouco mais barato, provavelmente seria um desconto bastante superficial. As pessoas que não têm um carregador extra ou fones de ouvido teriam que comprar produtos da Apple ou de outro revendedor.

O adaptador de 18W e seus fones de ouvido com fio são vendidos por US$ 29 cada um no site da Apple americana. No Brasil, o adaptador custa R$ 219 e os EarPods saem por R$ 249.

Eu não sei como foi para vocês, mas meus fones de ouvido da Apple nunca duraram um ano. Eles normalmente quebram cerca de quatro meses após eu começar a usá-los pela. Talvez eu não tenha sorte.

Kuo não está sozinho nessas previsões. Analistas da Barclays também acreditam que a Apple não incluirá carregador ou fones de ouvido na caixa do iPhone 12. Segundo eles, a companhia ainda irá deixar um cabo USB-C para Lightning no pacote.

Ainda não temos certeza se a Apple lançará a linha de iPhone 12 em setembro. A companhia tem a tradição fazer esse anúncio sempre na mesma época do ano, mas a pandemia do novo coronavírus pode mudar o calendário.

A Barclays especula que a produção do iPhone 12 está cerca de quatro a seis semanas atrasada em relação à sua linha de tempo habitual. Apesar disso, os analistas antecipam que a Apple anunciará a nova linha de iPhones em setembro, mas anunciará as vendas para um pouco depois do habitual.

[MacRumors]

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Documentos vazados apontam para a existência de uma versão barata do Xbox Series X

Posted: 29 Jun 2020 05:11 AM PDT

Xbox Series X. Crédito: Microsoft

Os documentos de desenvolvimento do Xbox Series X, distribuídos por cortesia de um vazador no Twitter, apontam para um segundo Xbox Series X, alvo de rumores há um tempão. Como observa Tom Warren, do Verge, o segundo console, com o codinome Lockhart, tem sido alvo de rumores há algum tempo. Isso apenas adiciona mais combustível para o incêndio que aponta que o "Lockhart é real". Se estiver de fato em desenvolvimento, isso significará uma alternativa mais barata ao Xbox Series X, que deve ser lançado no final do ano.

Espera-se que o Xbox Series X seja um baita console capaz de jogar games em 4K a 60 quadros por segundo. Espera-se que tenha um SSD NVMe de 1 TB, 16 GB de RAM GDDR6 (13,5 GB utilizável), CPU AMD Zen 2 de 8 núcleos e uma GPU RDNA 2 de próxima geração da AMD capaz de entregar 12.155 teraflops. O console deve competir com o PS5 em termos de desempenho. Embora a Microsoft não tenha dito nada sobre preço, espera-se que o Xbox Series X seja bem caro.

Dado o fato de que muitas pessoas ainda não têm televisores 4K e a Microsoft possuir uma plataforma robusta de jogos na nuvem na forma do projeto XCloud, faz sentido que ela libere um console menos poderoso para pessoas que não precisam de todo o poder do Series X. É aí que entra o Lockhart.

O console é alvo de rumores há algum tempo e frequentemente mencionado no mesmo ritmo que o "Project Scarlett". Havia dois codinomes no Project Scarlett: Anaconda e Lockhart. Como notou Warren no Twitter em março, o Xbox Series X tem uma cobra gravada em sua placa principal, quase confirmando que se trata de Anaconda.

Mas o Lockhart não foi anunciado nem confirmado pela Microsoft. Em vez disso, foi só assunto de rumores. O vazamento do usuário @XB1_HexDecimal parece ser do documento do kit de desenvolvimento do jogos de junho de 2020 para a próxima geração de consoles Xbox. Parece sugerir que os desenvolvedores Xbox Series terão acesso aos perfis de desenvolvimento para o Anaconda e o Lockhart. No mesmo documento, há uma referência ao Xbox Series X e Xbox Series X (isso mesmo: duas vezes).

O Verge diz que, quando o Lockhart for lançado, ele será chamado Xbox Series S. Isso está de acordo com a atual linha do Xbox, que conta com o Xbox One X, de US$ 500, que tem vídeo 4K e HDR, e o Xbox One S, de US$ 300, que pode executar um ou outro, mas não ambos, e o Xbox One S All Digital Edition, de US$ 250, que descarta a unidade de disco Blu-Ray encontrada no Xbox One S.

De acordo com o Verge, o Lockhart/Xbox Series S apresentará uma CPU com clock menor, consumirá menos energia e exigirá soluções térmicas menos caras, apenas 7,5 GB de RAM utilizável e capacidade de apenas 4 teraflops. Um terço dos teraflops não produz 60 frames por segundo em 4K. Espera-se que ele tenha resolução limitada a 1080p ou 1440p. Isso é menos que o atual Xbox One X é capaz, e resoluções mais comuns para monitores de jogos populares do que TVs.

Dado que a Sony já anunciou uma edição totalmente digital do PS5, é lógico que a Microsoft faria algo muito semelhante, mas uma versão com clock menos poderoso que Xbox One X é certamente uma surpresa. Anteriormente, ouvimos rumores de um Xbox Series X "acessível" sendo anunciado em maio, mas isso não aconteceu.

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Por que as minhas selfies saem tão estranhas?

Posted: 29 Jun 2020 04:12 AM PDT

Mulher segurando smartphone. Ilustração por Elena Scotti baseada em imagens Getty Images e Shutterstock

É uma coisa preocupante, tirar uma selfie. Em um momento, você se vê mais ou menos com aparência humana e em seguida percebe que deu tudo errado e que os estranhos na rua provavelmente têm pena de você, por causa de seus olhos mortos e cabeça esquisita. Ou você vê, no seu telefone, uma pessoa perfeitamente normal que simplesmente não se parece com você.

Os espelhos são muito mais amigáveis ​​a esse respeito: você tende a saber o que está acontecendo. Para descobrir por que com tanta frequência as selfies parecem tão estranhas – para o Giz Pergunta desta semana, contatamos vários especialistas em psicologia e fotografia digital.

Scott Klinger

Professor Associado de Fotografia, Palomar College

As selfies geralmente são tiradas com lentes grande angulares, que expandem o espaço, distorcendo a imagem para abarcar tudo. Isso funciona muito bem para paisagens, mas não tanto para rostos – você acaba ficando com um nariz ou uma testa maiores. É por isso que as selfies são geralmente tiradas com os braços estendidos o mais longe possível ou com bastões de selfie – quanto o mais próxima a câmera estiver do seu rosto, mais pronunciado será o efeito de distorção. A distância a minimiza, mas o efeito de distorção ainda existe e faz com que nossos rostos pareçam irreconhecíveis, o que pode ser perturbador.

Depois, há o fato de que as pessoas, quando estão vendo fotos de si mesmas, geralmente estão muito sintonizadas com seus defeitos. Eles olham para as coisas que não gostam, em vez de se verem como alguma outra pessoa veria.

A iluminação também é importante. A maioria dos influenciadores do Instagram tem um bom senso de iluminação intuitivo, porque eles andam constantemente com a câmera vendo como parece ficar bom. Mas há realmente uma espécie de ciência nisso. Você deve procurar luz suave e difusa. É por isso que os fotógrafos usam grandes caixas de luz – luz difusa minimiza textura e volume, e luz forte enfatiza isso. Textura e volume, no rosto, significam rugas, espinhas e poros. É por isso que quando as pessoas tiram a câmera em um dia ensolarado na praia, os resultados costumam ser um desastre – você tem luz direta e uma lente grande angular e tudo o que você consegue ver é uma verruga no seu rosto.

"As pessoas, quando estão vendo fotos de si mesmas, geralmente estão muito sintonizadas com seus defeitos. Eles olham para as coisas que não gostam, em vez de se verem como alguma outra pessoa veria".

Rachel Fein-Smolinski

Palestrante de Fotografia na Escola de Arte + Design em Illinois

Uma selfie é uma fantasia da sua imagem espectral aos olhos de outra pessoa. Basicamente, suas selfies podem parecer estranhas, porque quando você está olhando para uma selfie, não está apenas olhando para você mesmo, você está olhando para você mesmo enquanto olha para você mesmo. Isso pode ser um pouco inquietante, porque essa selfie dá acesso à nossa cópia. Ela permite que você veja uma versão de si mesmo que geralmente é reservada para outras pessoas, o eu "real" re-invertido.

A compulsão de se ver da maneira que as outras pessoas vêem é a definição da vaidade. Fatores sociais informam como as imagens se parecem tanto quanto as limitações dos aparelhos tecnológicos que as produzem. Ninguém quer ser pego tirando uma selfie. É vaidoso e a vaidade é vergonhosa. O desprezo social pela vaidade empurra a captação da selfie para a esfera do prazer culpado (uma frase suave para tabu), o que a torna, por sua vez, mais desejável. Assim, a noção de tabu faz com que olhar para as selfies pareça "estranho", na medida em que faz com que olhar para as imagens pareça algo proibido. Dessa forma, as selfies se tornam grandes compulsões. Pessoalmente, tenho 7.937 selfies no meu iCloud que são efetivamente inúteis, mas esse espaço é insignificante, pois o sensor frontal do meu iPhone 6s produz um arquivo de apenas 1 MB. Portanto, meu colossal arquivo de afirmações de existência equivale a apenas 8 GB de dados.

A comunidade fotográfica geralmente se envolve em uma conversa dicotomizante sobre o que distingue uma selfie de um autorretrato. Eu ouvi pessoas falarem poeticamente sobre a intenção e como se isso pertence ao mundo da arte e se pertence ao mundo real. Não acho essa discussão particularmente produtiva. Uma selfie é um subconjunto do autorretrato em que o sujeito segura fisicamente a câmera na mão enquanto o obturador é pressionado. Isso significa que o que quer que termine na foto é limitado pelo comprimento do membro em que a pessoa está segurando a câmera (geralmente a mão, às vezes os pés, se forem flexíveis o suficiente).

Estou falando mais de psicologia e influência social do que a aspectos tecnológicos reais da câmera do telefone porque a percepção visual é enormemente informada pela imaginação, e a imaginação é uma amálgama de fatores físico-psicossociais. Acho que a resposta mais interessante para essa pergunta não é sobre a distorção da lente grande angular da câmera frontal ou o espaço de cores em que sua tela reproduz os dados de pixel ou a reversão de imagem que algumas empresas constroem em seu software , mas como as selfies funcionam na sua vida.

“Suas selfies podem parecer estranhas, porque quando você está olhando para uma selfie, não está apenas olhando para você mesmo, mas também para você olhando para você mesmo”.

Liz Cohen

Artista e Professora Associada de Arte da Universidade Estadual do Arizona

Há muita pressão com as selfies, supondo que estamos falando de algo tirado com um smartphone com a intenção de ser compartilhado nas mídias sociais.

As mídias sociais são tão aspiracionais, de certa forma, e mesmo quando são negativas, são positivas, em termos de projetar algo sobre si mesmo que é desejável – mesmo que seja repulsivo, é  um repulsivo-desejável. Eu acho que a pressão dificulta a satisfação. Continuamos tirando cada vez mais delas porque queremos melhorar. Elas são tão aspiracionais que nunca podemos alcançar um patamar ótimo, por isso temos que continuar a tirar mais fotos. Enquanto isso, as convenções continuam mudando, e os filtros e ferramentas continuam melhorando ou simplesmente ficando mais complicados.

Acho que nosso isolamento atual apenas intensificou essa pressão – a mídia social é a maneira como nos vemos. Eu acho que as pessoas estão se engajando mais ou ficando totalmente de fora. Quanto mais isolados estamos, mais ela se torna a nossa única forma de estar no mundo, gerando mais pressão. Queremos parecer melhor, nos tornar melhores, ser mais desejáveis, promovendo a nós mesmos como seres humanos, promovendo a nós mesmos como entidades de negócios, fazendo com que mais pessoas nos amem, etc.

Dito isto, quanto mais estranho, melhor, eu diria, porque há muitas convenções para selfies agora – sabemos que devemos inclinar a cabeça de uma certa maneira, segurar a câmera em um determinado ângulo para ter uma boa aparência, e também temos o FaceTune e todas essas outras coisas. Então eu acho que quando elas ficam estranhas, na verdade, talvez sejam um pouco mais autênticas.

"Quanto mais isolados estamos, mais ela se torna a nossa única forma de estar no mundo, gerando mais pressão. Queremos parecer melhor, nos tornar melhores, ser mais desejáveis, promovendo a nós mesmos como seres humanos, promovendo a nós mesmos como entidades de negócios, fazendo com que mais pessoas nos amem, etc".

Chris Barry

Professor de psicologia da Universidade Estadual de Washington

Ao contrário das fotos mais tradicionais, as selfies geralmente envolvem ângulos ou centralizações mais desagradáveis, e a pessoa que tira a foto pode estar vendo coisas diferentes (o ângulo, a câmera no dispositivo, outras coisas no ambiente).

Portanto, as selfies não são particularmente naturais da maneira que pensamos em nossa imagem ou nas fotos tradicionais. Algumas das minhas pesquisas também indicam que as pessoas que postam selfies no Instagram são vistas de maneira menos favorável do que aquelas que postam fotos mais tradicionais. Uma de nossas teorias sobre isso é que as selfies parecem mais artificiais e menos naturais aos olhos de quem vê também.

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