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- Vazamentos do Galaxy Tab S7+ sugerem que tablet da Samsung será grande rival do iPad Pro
- Coronavírus pode afetar nosso olfato de maneira inesperada
- OLX Pay é a carteira virtual para facilitar compras parceladas na plataforma de classificados
- Funcionários do Google só voltarão para escritório em julho de 2021
- Servidores da Garmin foram sequestrados e serviço volta aos poucos
- Você pagaria R$ 1.299 num cabo de computador? A Apple acha que sim
- Um smartwatch pode detectar COVID-19? Empresas e pesquisadores tentam encontrar uma resposta
- O que um surto de tifo na 2ª Guerra Mundial pode nos ensinar sobre parar o coronavírus
- QuickCharge 5: nova tecnologia da Qualcomm promete carregamento de 0 a 100% em 15 minutos
- Tudo sobre o Perseverance, veículo da NASA que será lançado rumo a Marte esta semana
Vazamentos do Galaxy Tab S7+ sugerem que tablet da Samsung será grande rival do iPad Pro Posted: 27 Jul 2020 03:31 PM PDT Se tirarmos o iPad Pro da corrida, os tablets – especialmente os que rodam Android – estão numa posição esquisita neste momento. Alguns fabricantes de hardware como o Google abandonaram por completo a categoria, enquanto outros continuam lançando dispositivos entediantes mas funcionais no que parece ser mais uma obrigação do que um desejo que fazer um produto realmente inovador. No entanto, se um vazamento recente se provar verdadeiro, o Galaxy Tab S7+ que a Samsung deve lançar no dia 5 de agosto pode quebrar essa monotonia. Ele pode ser o primeiro verdadeiro rival do iPad Pro. Pouco antes do evento Galaxy Unpacked, a Samsung já deixou claro que planeja lançar 5 novos dispositivos, incluindo um tablet, como você pode ver na imagem do último teaser que a empresa publicou (acima). O tablet está logo atrás da silhueta de fones de ouvido e relógio. E com base em diversas reportagens, parece que a marca quer anunciar dois tablets: o Galaxy Tab S7 e o Galaxy Tab S7+. De acordo com o Winfuture.de, que recentemente revelou um monte de informações sobre os novos tablets da Samsung, o Tab S7 padrão parece ser uma versão ligeiramente maior e mais rápida do Tab S6 do ano passado, com uma tela LCD de 11 polegadas, 6GB de RAM e processador Snapdragon 865+. Mas é com o Tab S7+ que as coisas ficam interessantes. Imagem vazada do Tab S7 via @Evleaks. Photo: Samsung/via @Evleaks O Tab S7+ teria uma tela AMOLED de 12,4 polegadas com uma taxa de atualização de 120Hz, o que fará dele o maior tablet da Samsung, sem contar a monstruosidade que é Galaxy Tab View de 18 polegadas (se é que podemos chamar isso de tablet). Esse tamanho faz do Tab S7+ um concorrente natural do iPad Pro de 12,9 polegadas, o que é super importante, porque embora as telas menores como as do Tab S6 ou Tab S7 sejam ótimas para assistir filmes ou para trabalhar em algo simples, a maioria das pessoas prefere telas ligeiramente maiores quando se trata de dispositivos híbridos projetados para servir tanto como um tablet quanto como um substituto de laptop. A taxa de atualização de 120Hz seria outra novidade para um tablet da Samsung, e combinada com as cores vibrantes que podemos esperar dos painéis AMOLED da Samsung, o Tab S7+ deve oferecer uma experiência muito boa (ou talvez até melhor) do que a do iPad Pro, pelo menos em se tratando de telas. Além disso, de acordo com o Winfuture.de, tanto o Tab S7 como a Tab S7+ virão com latência de entrada reduzida para apenas nove milissegundos, o que é semelhante ao que se obtém em um iPad Pro – algo que deve ser uma grande vantagem para os artistas digitais. Esse número afeta a velocidade com que você consegue visualizar desenhos feitos com uma stylus, por exemplo. Falando em stylus, parece que a Samsung vai incluir a caneta de forma gratuita com o Tab S7 e S7+, ao contrário do iPad Pro que vende o acessório separadamente. Ambas as versões do Galaxy Tab S7 também devem incluir baterias relativamente grandes (7.040 mAh e 10.090 mAh), juntamente com outras características premium como carregamento magnético sem fio para a caneta stylus, quatro alto-falantes e algum tipo de sistema de desbloqueio facial. No entanto, uma das coisas mais fortes dos tablets da Apple é ter um sistema operacional mais capaz de acomodar melhor a mudança entre trabalho e diversão. O Android, por outro lado, ainda se sente bastante desajeitado quando se trata de produtividade, apesar de muitos dos pequenos ajustes feitos no sistema operacional por outros fabricantes de tablets. Mas o que separa os tablets da Samsung de outros tablets Android é o DeX, que depois de começar a vida como uma base um pouco estranha para transformar seu smartphone em um PC, evoluiu para algo que torna o trabalho e o multitarefa em um tablet Android significativamente mais tolerável. E se a Samsung tiver alguma atualização significativa para a próxima versão do DeX, o Tab S7+ poderá finalmente ser o verdadeiro Android equivalente ao iPad Pro. Estas devem ser as postas do Tab S7/S7+, que infelizmente não parece incluir uma entrada de fone de ouvido. Crédito: Samsung via Winfuture.de Uma preocupação que tenho com os próximos tablets da Samsung é que, segundo o Winfuture.de, nem o Tab S7 nem o S7+ virão com uma entrada de fone de ouvido – tudo o que teremos será uma única porta USB-C. Para um dispositivo que parece ter sido projetado para ser um substituto de laptop, é um pouco desanimador ver uma conectividade tão limitada. Nos celulares, a explicação típica é que incluir um conector de 3,5 mm ocupa muito espaço, mas quando se trata de tablets, essa linha de raciocínio não faz muito sentido. Você pode resolver a falta de portas com dongles, mas ainda assim parece ser um problema que poderia ter sido evitado. Ainda assim, para os fãs do Android, o Tab S7+ é algo pelo qual muitas pessoas têm esperado enquanto a Apple e a Microsoft continuam a dar grandes passos na criação de dispositivos híbridos poderosos, mas também muito adaptáveis. E embora ainda existam variáveis desconhecidas, como preço e disponibilidade, é animador ver pelo menos um tablet Android tentar acompanhar o ritmo de iPad Pro e Surface Pro – especialmente numa época em que muitos outros fabricantes de tablets Android sequer parecem tentar. The post Vazamentos do Galaxy Tab S7+ sugerem que tablet da Samsung será grande rival do iPad Pro appeared first on Gizmodo Brasil. |
Coronavírus pode afetar nosso olfato de maneira inesperada Posted: 27 Jul 2020 02:06 PM PDT Os cientistas podem estar mais próximos de entender um dos sintomas mais comuns de COVID-19: a perda do olfato e do paladar. Um novo estudo sugere que a infecção pelo novo coronavírus pode danificar células importantes que dão suporte para as células nervosas responsáveis pela transmissão do cheiro para o cérebro. A perda parcial ou total do olfato, também conhecida como anosmia, é ocasionalmente causada por muitas infecções respiratórias, incluindo o COVID-19. Há até mesmo algumas evidências de que a anosmia é um indicador mais preciso de infecção por COVID-19 do que outros sintomas bem conhecidos, como febre ou tosse seca. Um mistério que tem persistido, no entanto, é como exatamente o COVID-19 leva à anosmia. Este novo estudo, publicado na Science Advances neste final de semana, é uma das primeiras tentativas de descobrir isso. Os pesquisadores observaram as células que revestem nossa cavidade nasal, inclusive as da região superior do nariz, que abriga o nervo olfativo. O nervo olfativo é o feixe de fibras nervosas que são as primeiras a receber informações sobre odores do mundo externo, por meio de receptores que reagem aos vários compostos químicos que conhecemos como aromas. Essas fibras então enviam essa informação ao cérebro, onde ela é processada em nossa percepção do olfato. Na área de tecido onde se encontra o nervo olfativo, os pesquisadores descobriram que as células expressaram duas proteínas chave para o coronavírus, ACE2 e TMPRSS2. O vírus sequestra os receptores destas proteínas como uma forma de entrar e infectar novas células. Mas outras experiências mostraram que, surpreendentemente, não eram as células nervosas que estavam expressando ACE2 — era seu suporte. Especificamente, eram dois tipos de células não nervosas: as células sustentaculares, que dão suporte e fornecem energia ao nervo olfativo, e as células basais, células-tronco que substituem as células danificadas naquela área. “Nossas descobertas indicam que o novo coronavírus muda o olfato dos pacientes não infectando diretamente os neurônios, mas afetando a função das células de suporte”, disse o autor do estudo Sandeep Robert Datta, neurobiólogo da Harvard Medical School, em uma declaração divulgada pela universidade. Isso é algo surpreendente, já que outros vírus que causam anosmia, incluindo outros coronavírus, tendem a infectar diretamente as células nervosas olfativas. Teoricamente, isso também poderia ser uma boa notícia para os sobreviventes de COVID-19, uma vez que os danos indiretos ao nosso processo de sentir cheiros deveriam ser menos prováveis de resultar em uma perda de cheiro a longo prazo, disseram os autores. As descobertas também endossam outras evidências que sugerem que o cérebro raramente é atacado diretamente pelo coronavírus. Mas ainda é muito cedo para descartar que nosso nervo olfativo não possa ser permanentemente prejudicado pelo COVID-19. Uma das várias teorias dos autores é que o dano a estas células de suporte ainda é suficiente para matar as células nervosas olfativas. E tem havido relatos de pessoas que não conseguem sentir cheiros muito tempo depois que sua infecção inicial ter passado ou diminuído. Mesmo que apenas algumas pessoas que tiveram COVID-19 sofram anosmia por um longo período, isso ainda deixa muitos sobreviventes potencialmente em risco de um déficit trágico, conforme os autores observaram. Segundo algumas estimativas, de um terço a dois terços das pessoas com sintomas de COVID-19 sofrem de anosmia. “Anosmia parece ser um fenômeno curioso, mas pode ser devastador para a pequena fração de pessoas em que ele se torna mais persistente”, disse Datta. “Pode ter sérias consequências psicológicas e pode ser um grande problema de saúde pública se tivermos uma população cada vez maior com perda permanente do olfato.” The post Coronavírus pode afetar nosso olfato de maneira inesperada appeared first on Gizmodo Brasil. |
OLX Pay é a carteira virtual para facilitar compras parceladas na plataforma de classificados Posted: 27 Jul 2020 12:48 PM PDT Comprar coisas pela internet em sites de classificados pode ser enrolado, pois por ser uma venda direta, nem sempre o vendedor pode oferecer parcelamento. Na última semana, a OLX anunciou a disponibilização de seu sistema de pagamento digital chamado OLX Pay após um tempo de testes em Campinas. Por ora, a opção está disponível apenas na versão para Android — nos próximos meses, será disponibilizada no app para iPhone e em transações feitos pela web. De forma simples, ele é bem parecido com o Mercado Pago. Então, você pode escolher comprar algo via OLX Pay, e o pagamento é feito via cartão de crédito à vista ou parcelado em até 12x — por ser uma carteira digital, também é possível inserir créditos nela por meio do pagamento de um boleto. O vendedor, por sua vez, recebe a quantia em sua conta em até 24 horas após a transação. Dentro da nova solução há o que a OLX chama de Compra Segura. No caso, é uma garantia que o vendedor receberá o pagamento, e que o comprador, por sua vez, pode devolver o produto e ser ressarcido. Todo o processo é mediado pela própria plataforma, e isso não deixa de ser uma camada a mais para evitar possíveis golpes dentro do serviço. Outra novidade anunciada pela OLX é um sistema de entrega integrado à plataforma. No caso, explica a empresa, "o responsável pelo anúncio receberá as instruções para enviar o item via Correios", de modo que facilite o rastreio. O cadastro do OLX Pay é gratuito, porém uma parcela da do item vendido fica com a empresa, como também ocorre na solução do Mercado Livre (se você tiver curiosidade para saber as tarifas, basta ver aqui). A empresa não deu detalhes, porém disse que não será cobrada tarifa de vendas até o dia 15 de agosto. Como já falamos, o OLX Pay está sendo lançado aos poucos. Tentei fazer um cadastro instalando o app da companhia para obter mais detalhes, mas não apareceu a opção. De qualquer jeito, se você curte compras em sites de anúncios, finalmente chegou a vez da OLX de oferecer opções mais seguras de compra online. The post OLX Pay é a carteira virtual para facilitar compras parceladas na plataforma de classificados appeared first on Gizmodo Brasil. |
Funcionários do Google só voltarão para escritório em julho de 2021 Posted: 27 Jul 2020 12:29 PM PDT O Google anunciou que seus funcionários continuarão a trabalhar de casa até pelo menos julho de 2021, em resposta à pandemia de COVID-19. A companhia é a primeira grande empresa de tecnologia a confirmar a extensão do prazo para que seus trabalhadores voltem aos escritórios. De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, a medida afeta aproximadamente 200 mil funcionários contratados e terceirizados que estão sob o guarda-chuva da Alphabet, empresa que controle o Google e outras subsidiárias. A decisão foi tomada pelo CEO Sundar Pichai durante uma reunião com outros executivos e se aplica à maioria dos grandes escritórios da companhia, incluindo nos Estados Unidos, Reino Unido, Índia e Brasil. Anteriormente, a previsão para o retorno era em janeiro de 2021. Alguns escritórios da companhia reabriram parcialmente em países em que a pandemia está controlada, como Austrália, Grécia e Tailândia, segundo o WSJ. Outras empresas de tecnologia como Twitter e Facebook esperam que parte de sua força de trabalho passe a ser remota permanentemente. Já a Microsoft tem planos separados para diferentes cidades e pelo menos em Nova York espera que o retorno aconteça neste trimestre. A Apple também espera que seus trabalhadores possam voltar a trabalhar presencialmente, mas já chegou a abrir e fechar novamente algumas de suas lojas nos EUA. The post Funcionários do Google só voltarão para escritório em julho de 2021 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Servidores da Garmin foram sequestrados e serviço volta aos poucos Posted: 27 Jul 2020 11:11 AM PDT Todos os serviços da Garmin, que fabrica smartwatches, foram desligados na semana passada causados por um suposto ataque de ransomware. A boa notícia é que parece que as plataformas da companhia estão voltando aos poucos. Usuários no Twitter comentam que suas atividades físicas estão voltando a sincronizar desde quarta-feira (22) e o site da Garmin também lista os serviços que estão online. Nem tudo está rodando 100%. O site da empresa ainda mostra a mesma mensagem que apareceu no final de semana, apontando que a interrupção de serviço está impactando todos os call centers e a capacidade da companhia receber ligações, e-mails ou mensagens. Por exemplo, enquanto plataformas como a Garmin Dive, Garmin Golf e LiveTrack estão listadas como online, a Garmin Connect, ConnectIQ e vivofit Jr aparecem como conexão “limitada”. Nem todas as funcionalidades da Garmin estão totalmente online. Enquanto escrevo este post, detalhes de atividades, uploads, o painel de controle, registro de dispositivos, detecção de incidentes e assistência, relatórios e segmentos estão aparentemente funcionando. Entretanto, parece que, de modo geral, características mais avançadas e sincronização com plataformas de terceiros – incluindo Strava – podem estar sofrendo atrasos. No domingo à noite, a Strava publicou uma atualização em sua página de suporte, observando que a interrupção de atividades de três dias serão automaticamente carregadas, mas que “dado o volume, isto pode levar uma semana ou mais”. (A página de suporte da Strava também detalha como você pode carregar manualmente os exercícios da Garmin, caso você não queira esperar tanto tempo). Reportagens do ZDNet e TechCrunch afirmam que a interrupção de serviço foi causada por um ransomware chamado WastedLocker, mas isso ainda não foi confirmado pela Garmin. Uma matéria do BleepingComputer cita uma fonte que afirma que as pessoas por trás do ataque, que pode ter começado em Taiwan, estão exigindo um resgate de US$ 10 milhões. É importante notar, no entanto, que o BleepingComputer não conseguiu confirmar essa quantia com outras fontes. Os e-mails do Gizmodo à Garmin voltaram e não recebemos respostas. Dito isto, a Garmin também publicou um breve FAQ sobre a interrupção. Na página, a companhia observa que a atividade de um usuário durante a interrupção é armazenada localmente no dispositivo e futuramente será enviada pelo Garmin Connect. Também diz que os clientes da Garmin inReach SOS não foram afetados pela interrupção, e que a empresa não tem “nenhuma indicação de que esta interrupção tenha afetado seus dados, incluindo atividade, pagamento, ou outras informações pessoais”. Mesmo que nenhum dado de consumidor tenha sido vazado, provavelmente é uma boa ideia mudar a sua senha da Garmin o mais rápido possível. The post Servidores da Garmin foram sequestrados e serviço volta aos poucos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Você pagaria R$ 1.299 num cabo de computador? A Apple acha que sim Posted: 27 Jul 2020 08:22 AM PDT Ficamos de olho nos textos do Gizmodo US que possam ser relevantes para o público brasileiro e este post do novo editor chamou a atenção: a Apple lançou um cabo Thunderbolt 3 Pro por US$ 129, preço salgado até para os padrões americanos, mas que para o autor não é algo “completamente maluco”. Pois bem, a gente foi ver quanto o acessório custaria em terras brasileiras. A Apple basicamente colocou um nove no final: R$ 1.299, o que dá aproximadamente R$ 6,50 por centímetro. É, um cabo de dois metros que custa mais de mil reais. O texto do Giz US justifica o preço afirmando que é um cabo trançado, com um acabamento diferenciado que não enrosca. O autor continua dizendo que é um cabo grande, de 2 metros, que pode ser utilizado para conectar um MacBook Pro a um monitor Pro Display XDR ou qualquer outro periférico que exija muita capacidade de transferência. O cabo é compatível com DisplayPort e USB 3.1 e atinge uma velocidade de até 40 Gbps em transferência de dados, mesmo sendo comprido. É tecnologia de ponta mesmo e mesmo que seja um preço exagerado na gringa, há quem veja utilidade. Para um Brasil com dólar na casa dos R$ 5, parece loucura. Pelo menos, se você pagar à vista ainda tem um descontinho de 10%, sai por R$ 1.169,10. Se quiser economizar, o cabo menor de 0,8 metro sai por R$ 269 e tem ainda a opção de 2 metros da Belkin, também vendida na Apple Store, sai por R$ 589. O finalzinho do texto do Giz US é ótimo: Por fim, por ser tão longo, você pode facilmente e ostensivamente usá-lo como um chicote em seu escritório, como um Indiana Jones, mostrando a todos que você possui um longo e mortal cordão de dados puros. Baita utilidade, não? The post Você pagaria R$ 1.299 num cabo de computador? A Apple acha que sim appeared first on Gizmodo Brasil. |
Um smartwatch pode detectar COVID-19? Empresas e pesquisadores tentam encontrar uma resposta Posted: 27 Jul 2020 07:43 AM PDT A notificação apareceu sem aviso no momento em que eu sincronizava o rastreador Whoop que eu estava testando: o rastreador mostrou uma nova métrica, a frequência respiratória. Na verdade, eu quase o ignorei. Mas a notificação usou o termo COVID-19, e meus olhos se arregalaram. Às 7 horas da manhã, eu estava com os olhos turvos, sem cafeína e ainda me adaptando à minha nova realidade de não poder sair de casa. Mas, pelo que pude perceber, esse rastreador estava me dizendo que havia uma possível correlação entre a frequência respiratória do meu sono e as novas manchetes sobre o coronavírus. Isso era real ou baboseira de marketing? A Whoop pode ter sido a primeira empresa de tecnologia vestível a me alertar sobre a relação entre métricas em um dispositivo e o COVID-19, mas certamente não foi a última. Parecia que as empresas de vestíveis, grandes e pequenas, tiveram a mesma ideia: que seus dispositivos pudessem ser úteis na luta contra a doença. Parecia promissor — uma progressão lógica de como os wearables nos últimos anos obscureceram cada vez mais a fronteira entre a tecnologia de bem-estar e os dispositivos médicos. Apple Watches e alguns outros relógios inteligentes agora podem fazer eletrocardiogramas — um teste que pode medir a atividade elétrica do batimento cardíaco — diretamente do pulso. Mas os vestíveis se concentraram principalmente em coisas como sono, saúde reprodutiva e doenças cardíacas. Detectar doenças infecciosas é um território novo e, sem dúvida, não é algo para o qual esses dispositivos foram realmente projetados. Para cada história emocionante de um Apple Watch ou Fitbit salvando a vida de alguém, existe outra história oculta sobre a tecnologia da saúde vendendo promessas falsas e marketing obscuro que se passa por ciência. Com as apostas sobre o COVID-19 tão altas, quanto disso é um desejo genuíno das empresas de vestíveis de emprestar seus conhecimentos durante uma crise sem precedentes? Quanto uma ação de relações públicas visa aumentar a boa vontade no momento em que os consumidores são mais cuidadosos com suas carteiras? E será que existe um futuro em que o seu smartwatch o avise antes que você fique doente? Pode parecer ficção científica, mas há motivos para acreditar que os vestíveis podem ser úteis na detecção de infecções. Se os pesquisadores conseguem descobrir como, a tempo de fazer a diferença contra o COVID-19, aí já é outra história. Tentando entender padrões nos dados de pulseirasMinha conversa pelo Zoom com Michael Snyder foi a primeira entrevista que já fiz em que alguém que não fosse eu estava usando vários relógios inteligentes — três relógios e um anel inteligente Oura, para ser mais precisa. Não há muito motivo para isso tudo, a não ser que você seja um crítico de tecnologia ou esteja pesquisando possíveis aplicações sobre o que esses dispositivos podem fazer. Snyder, diretor de genômica e medicina personalizada da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, se encaixa neste último caso. Snyder lidera um dos dois estudos relacionados ao coronavírus nos quais a Fitbit está envolvida, o Estudo de Dados de Vestíveis, que busca estudar se vestíveis podem prever o COVID-19. (O outro é o estudo DETECT do Scripps Research Translational Institute, que visa melhorar a detecção e a contenção de surtos). Ele me disse que há realmente evidências clínicas de que os vestíveis podem ser capazes de detectar doenças infecciosas precocemente com base em um estudo pela Stanford publicado em 2017 que descobriu que esses dispositivos podem ser úteis para identificar quando você fica doente detectando anormalidades fisiológicas. Michael Snyder, diretor de genômica e medicina personalizada de Stanford, usa muitos dispositivos vestíveis em sua busca para ver se eles podem ajudar a detectar doenças infecciosas precocemente. Imagem: Steve Fisch/Stanford As métricas exatas que os pesquisadores estão estudando variam, dependendo o que os sensores que o smartwatch ou rastreador de fitness de um participante podem rastrear. De maneira geral, enquanto os fabricantes de dispositivos móveis fornecem acesso ao hardware, uma população para os pesquisadores estudarem (sua base de usuários) e dados para aqueles que optam por participar, os pesquisadores médicos são os que tentam encontrar padrões nos dados. Existem diferenças, dependendo do estudo, mas os pesquisadores com quem conversei estão examinando uma ampla gama de métricas que incluem frequência cardíaca, variabilidade da frequência cardíaca, sono, níveis de saturação de oxigênio no sangue, frequência respiratória, temperatura da pele e até atividade geral para encontrar um ligação entre os sintomas de COVID-19 e os dados rastreados por dispositivos vestíveis. Se isso parece muita coisa, é porque ainda não sabemos muito sobre o novo coronavírus, e os pesquisadores estão procurando algo que possa se destacar. Uma métrica significativa é a frequência cardíaca. O estudo de Stanford de 2017 e um estudo mais recente de 2020 da Scripps Research observam uma correlação entre as infecções e a frequência cardíaca em repouso elevada. Mas enquanto o estudo da Scripps se concentrou em saber se os dados dos dispositivos vestíveis poderiam ajudar a detectar surtos em tempo real, o estudo anterior de Stanford focou na possibilidade de detectar infecções antes que os sintomas externos apareçam. Snyder participou do estudo de Stanford, que envolveu o monitoramento de métricas, incluindo frequência cardíaca e níveis de SpO2 (saturação de oxigênio), em vários dispositivos. Em uma ocasião durante o desenvolvimento do estudo, Snyder visitou seu irmão na zona rural de Massachusetts. Duas semanas depois, ele estava voando para a Noruega com escala em Frankfurt e, na última etapa do voo, ele notou que os níveis de oxigênio no sangue informados em seu rastreador de fitness pareciam anormalmente baixos e sua frequência cardíaca anormalmente alta. Mais tarde, Snyder teve uma febre baixa e suspeitou que a doença de Lyme pudesse ser a culpada — uma suspeita que foi confirmada posteriormente por um teste de anticorpos. Como Snyder havia coletado sangue antes de visitar seu irmão, esse era um caso bem claro — essas amostras haviam dado negativo para a doença. A experiência levou sua equipe a examinar mais de dois anos de dados de Snyder. Eles descobriram que, além do episódio de Lyme, ele esteve doente outras três vezes — e em uma dessas vezes, Snyder havia sido assintomático. Durante uma infecção, explicou Snyder, seu sistema imunológico produz algo chamado proteína C-reativa. Uma infecção grave, como a doença de Lyme, resultaria em níveis extremamente elevados desta proteína específica, algo que Snyder notou em exames de sangue subsequentes, mesmo que no momento ele não tivesse realmente se sentido mal. A equipe então descobriu que todas as vezes que seus níveis de proteína C-reativa aumentavam, a frequência cardíaca e a temperatura da pele de Snyder aumentavam antes que os sintomas aparecessem. Esses resultados foram iguais para outras três pessoas envolvidas no estudo. Todas as vezes foram observados batimentos cardíacos elevados antes das pessoas adoecerem. “Estamos falando de dezenas de milhões de pessoas com smartwatches que podem ser protetores de saúde para doenças infecciosas como o COVID-19.”Reportagens, mídias sociais e conferências de imprensa do governo enfatizaram que portadores assintomáticos podem transmitir o COVID-19 sem nem mesmo saber. As pessoas infectadas também podem espalhar o vírus nos dias que antecedem a tosse e a febre. Dito isto, ser "assintomático" pode ser um nome impróprio se métricas invisíveis como frequência cardíaca, frequência respiratória ou até temperatura da pele puderem indicar uma infecção. Se uma empresa de vestíveis pudesse criar um algoritmo que alertasse todas as pessoas potencialmente doentes com um rastreador ou smartwatch antes que os sintomas externos aparecessem, os benefícios seriam imensos. As pessoas saberiam quando se autoisolar. Os trabalhadores da linha de frente receberiam um aviso, e os profissionais de saúde poderiam ter uma imagem mais precisa das taxas de infecção. Você poderia fazer uma triagem para cuidar de populações vulneráveis com mais eficiência. O mais importante, você poderia reduzir drasticamente a taxa de infecção. Esse é o objetivo final. No momento, o Estudo de Dados de Vestíveis de Stanford está procurando participantes — especificamente, pessoas que tiveram um caso confirmado ou suspeito de COVID-19, foram expostas a alguém que teve ou pode ter COVID-19 ou pessoas que estão em situação de maior risco de exposição, como trabalhadores essenciais. Quando um número suficiente de pessoas entrar no site de Stanford e fornecer os seus dados, a segunda fase envolverá a construção de um painel pessoal que pode informar as pessoas quando elas estão ficando doentes. E embora o algoritmo do estudo original de Stanford tenha sido desenvolvido usando um relógio Basis e alguns outros dispositivos descontinuados, este novo estudo pretende ser independente do dispositivo. Fitbits, Apple Watches e anéis Oura são apenas alguns dos acessórios incluídos. "Muitas pessoas que têm um smartwatch e estão doentes têm se inscrito", diz Snyder. "Há muitos usuários de relógios inteligentes por aí. Existem 30 milhões de usuários ativos da Fitbit nos EUA, milhões da Apple Watch. Estamos falando de dezenas de milhões de pessoas com relógios inteligentes que podem ser protetores de saúde para doenças infecciosas como o COVID-19." Parece bom demais para ser verdade e, sinceramente, existem muitos obstáculos no caminho. Snyder me disse que eles estão trabalhando a todo vapor em Stanford e acredita que a primeira fase do estudo será realizada em questão de semanas. Ainda assim, as empresas de vestíveis terão que obter autorização da Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) dos EUA antes de lançar os recursos preditivos de COVID-19, que é um processo totalmente diferente. Veja o Withings Move ECG, um relógio que oferece capacidade de eletrocardiograma assim como o Apple Watch, anunciado na CES 2019. Apesar de solicitar a liberação do FDA e receber uma marcação CE (o equivalente europeu), ele ainda não está disponível nos EUA. Além do mais, existe o simples fato de que a medicina não se move tão rapidamente quanto a tecnologia — por um bom motivo. É verdade que os testes em humanos para uma vacina contra o COVID-19 já estão em andamento, mas ainda estamos a vários meses ou anos de uma vacina viável produzida em massa. Os pesquisadores podem ter encontrado uma relação potencial entre os dados biométricos e o COVID-19, mas isso não significa que, no próximo ano, estaremos verificando nossos pulsos para ver se estamos infectados. Embora a FDA tenha um programa piloto para acelerar os recursos médicos baseados em software, não está claro se o software relacionado ao COVID-19 seria incluso como parte deste programa. "Esse software precisa antes ser lançado como um estudo de pesquisa, porque esses não são dispositivos medicamente aprovados", admite Snyder. "Assim que você começa a entrar no lado médico da coisa, tudo fica muito, muito regulamentado." Monitorando sinais vitais como temperatura e frequência respiratóriaVocê provavelmente nunca ouviu falar da Ava, um rastreador de saúde reprodutiva, a menos que você ou seu parceiro tenham tido problemas para ter filhos. Mas em Lichtenstein, o governo já equipou cerca de 2.000 cidadãos — mesmo aqueles que não estavam tentando ter um bebê — com uma pulseira Ava para ver se a detecção precoce do COVID-19 é possível. Entre as empresas de vestíveis, a Ava se destaca como uma das poucas que se envolve de maneira proativa em pesquisas clínicas e publica estudos em revistas médicas revisadas por pares. A pulseira é um produto médico licenciado, que recebeu a aprovação da FDA como dispositivo médico de Classe Um em 2016. À medida que a pandemia global piorava, a fundadora da Ava, Lea von Bidder, estava disposta a divulgar que a empresa estava procurando parceiros de pesquisa para ver se seus dispositivos e conhecimentos clínicos poderiam ser utilizados. O compromisso da Ava com a pesquisa científica faz com que pareça o candidato ideal para o desenvolvimento rápido de uma solução vestível para o COVID-19. A empresa tem experiência na obtenção de aprovação regulatória, emprega uma equipe clínica além de uma equipe de dados e já possuía as permissões necessárias para acelerar o processo. E, como Stanford, a Ava já havia investigado infecções — no caso, durante a gravidez — e já possuía alguns dados. O resultado é o estudo COVI-GAPP, que tentará verificar se os cinco parâmetros medidos por Ava — temperatura da pele, frequência de pulso em repouso, perfusão, frequência respiratória e variabilidade da frequência cardíaca — podem ser usados para criar um algoritmo que identificaria o COVID-19 em um estágio inicial, "mesmo quando não há sintomas típicos da doença". 2.000 cidadãos de Lichtenstein estão usando o rastreador Ava em um grande estudo para ver se ele consegue detectar o COVID-19 cedo. Foto: Victoria Song/Gizmodo Em termos de objetivos, este estudo COVI-GAPP e o Estudo de Dados de Vestíveis da Stanford não são muito diferentes. Ambos coletarão dados, procurarão padrões e, espera-se, construirão um algoritmo capaz de detectar o COVID-19 antes que os sintomas apareçam. Há uma diferença notável, no entanto, em termos de expectativas. Apesar dos esforços, estudos ainda são inconclusivosAo telefone, von Bidder parecia determinada, mas também realista ao discutir o que o estudo espera alcançar. Por exemplo, enquanto Snyder espera desenvolver um algoritmo viável — ou pelo menos um protótipo de um — para ajudar a crise nos próximos meses, von Bidder tem como alvo uma segunda onda potencial de infecções por COVID-19. De fato, os primeiros "resultados tangíveis" do estudo COVI-GAPP não são esperados até o último trimestre de 2020. Depois disso, o estudo passará para uma segunda fase, que incluiria toda a população de Lichtenstein — e isso pressupõe que os pesquisadores encontrem alguma coisa a princípio. "Ainda nem sabemos como esses parâmetros interagem com o COVID-19", von Bidder me disse. "Vamos começar por aí. Essa coisa toda pode nunca funcionar. Acho que há motivos suficientes para acreditar que vai funcionar, mas ainda não sabemos se funcionará rápido o suficiente. Minha suposição é que chegaremos lá, caso contrário, eu não investiria todo esse tempo e dinheiro na tentativa de descobrir, mas não é tão simples assim". “Você poderia dizer às pessoas que elas estão com COVID-19 quando não têm e dizer a outras pessoas que não têm, quando elas estão doentes.”Mesmo que os pesquisadores encontrem uma relação entre as métricas que a Ava pode rastrear e o COVID-19, ainda há uma questão de sensibilidade e especificidade. Não é muito útil se um dispositivo vestível puder detectar que você está com febre quando você já sabe que está. Há também a questão de como notificar alguém sobre um diagnóstico potencialmente traumático. "É melhor dizer para você: 'Você definitivamente tem COVID-19' , ou dizer: 'Ei, você pode ter COVID-19, faça o teste'?", perguntou von Bidder. "Essa é uma aplicação altamente médica, porque você realmente interfere e precisa ter muita certeza do que está fazendo. Você poderia dizer às pessoas que elas estão com COVID-19 quando elas não estão e dizer a outras pessoas que não estão quando elas estão doentes." Snyder também foi franco quanto a possíveis limitações. A temperatura da pele, embora seja uma métrica lógica para determinar se uma pessoa pode ter COVID-19, não é algo que todos os rastreadores podem medir. Além disso, muitas pessoas infectadas com o novo coronavírus podem nunca ter febre. A precisão das leituras de temperatura da pele também depende de quão frequentemente, ou não, uma pessoa usa seu dispositivo. Por fim, ainda não está claro se algum algoritmo poderia distinguir entre tipos de infecções virais — como o dispositivo poderia diferenciar entre uma gripe ou resfriado comum e o COVID-19? Além do mais, há a questão de saber se os vestíveis seriam capazes de detectar a infecção com rapidez suficiente. O problema com os dados é que eles podem ser muito ruidosos."Minha única preocupação é que, mesmo considerando indivíduos sintomáticos, o grau mais alto de transmissão e difusão viral realmente está no período pré-sintomático", disse Thomas Tsai, professor assistente do Departamento de Política e Gerenciamento de Saúde da Harvard TH Chan School of Public Health, ao Gizmodo por telefone. "Então, na verdade, é improvável que os vestíveis possam prever o período mais infeccioso." Tsai continuou observando que é bom que esse tipo de pesquisa esteja acontecendo. Quanto mais aprendermos sobre o COVID-19, melhores as autoridades de saúde pública poderão enfrentar a pandemia de maneira eficaz. O problema com os dados é que eles podem ser muito ruidosos. Sua frequência cardíaca pode se elevar porque você está assistindo a um filme de terror, e talvez sua frequência respiratória adormecida não seja ideal porque seu gato mia muito alto todas as noites às 4 da manhã. Voltando ao estudo de Stanford de 2017, Tsai é um pouco cético sobre a relação entre proteínas C-reativas e frequência cardíaca. Uma rápida atualização: o estudo identificou altos níveis de proteína C-reativa com frequência cardíaca elevada como sinal de doença. No entanto, os vestíveis disponíveis comercialmente podem nem ter os sensores apropriados para medir de forma consistente e precisa os níveis de proteína C-reativa. Mesmo que essa correlação seja confirmada no atual estudo em andamento, não é garantido que tenha um impacto na forma como os médicos tratam a COVID-19. "A proteína C-reativa é um marcador muito inespecífico para a inflamação", explica Tsai. "Minha preocupação é quando olhamos para trás e tentamos encontrar padrões entre a frequência cardíaca e alguns marcadores que vemos, retrospectivamente, em padrões baseados em dados ruidosos. Eles podem realmente não mudar o curso clínico." O problema da burocracia e questões de privacidadeMas mesmo que o sinal seja encontrado, a burocracia não foi a lugar algum. O estudo COVI-GAPP é um ponto fora da curva. O dispositivo Ava não apenas tem experiência em superar obstáculos regulatórios, mas o governo de Lichtenstein também foi rápido, proativo e pronto para abrir a carteira para financiar esse tipo de pesquisa em dispositivos médicos. Lichtenstein também tem uma população pequena e confinada. Mas os EUA são uma nação grande e extensa, que foi lenta e mal preparada para impedir a disseminação de COVID-19. Em fevereiro, a FDA emitiu uma Autorização de Uso de Emergência para dispositivos médicos à luz da pandemia. Se ele for útil permanece um mistério. No entanto, isso levou as pessoas a serem criativas em encontrar novas maneiras de usar a tecnologia para ajudar na falta de equipamentos que salvam vidas, como ventiladores e equipamentos de proteção individual. A Fitbit também está trabalhando com pesquisadores para encontrar maneiras de detectar a COVID-19 mais cedo. Foto: Victoria Song/Gizmodo Também poderia teoricamente ser usado por empresas de vestíveis que implementam algoritmos de detecção. Pedi à FDA que esclarecesse se consideraria aprovações de rastreamento rápido para um algoritmo para detectar precocemente o COVID-19 usando o software para vestíveis existentes. Em resposta, a FDA me enviou sua política de saúde digital para o COVID-19. De acordo com a política, a maioria dos aplicativos e sistemas de software para "vigilância e comunicação em saúde pública" não exige autorização ou aprovação, pois não são dispositivos médicos. A política também declara que a FDA "não pretende impor os requisitos da Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos no momento para determinados softwares de menor risco" — mas não está claro se os algoritmos de detecção precoce se enquadram nessa categoria. Provavelmente não. Para softwares de alto risco — qualquer tipo de recurso de diagnóstico, por exemplo — a política se refere ao processo da Autorização de Uso de Emergência. Isso significa que, mesmo com processos acelerados, verificar esse tipo de tecnologia experimental provavelmente levará mais tempo do que qualquer um gostaria. Dito isto, uma orientação clara da FDA é absolutamente necessária do ponto de vista de segurança. Para o consumidor médio, as linhas entre os recursos educacionais e os dispositivos de diagnóstico às vezes podem ser muito tênues. Pegue o Whoop, por exemplo, o rastreador do sono que eu estava testando quando vi uma notificação sobre COVID-19. A política de saúde digital da FDA explica por que o Whoop pode implementar rapidamente uma métrica da frequência respiratória: enquanto o próprio aplicativo Whoop explica a possível relação entre a frequência respiratória e COVID-19, a empresa fornece a métrica para monitoramento passivo ou registro no diário do usuário. O Whoop não vai dizer se você tem COVID-19 ou o que fazer se sua frequência respiratória mudar drasticamente da noite para o dia. Emily Capodilupo, vice-presidente de ciência e pesquisa de dados do Whoop, disse em um recente podcast que o rastreador “não é um dispositivo médico” e que o objetivo não é “diagnosticar qualquer doença ou condição, especialmente que não seja COVID-19 ou gripe”. A ideia é conscientizar os usuários de suas linhas de base, com o conhecimento de que uma mudança repentina e drástica pode sinalizar… alguma coisa. Dito isto, o Whoop também está participando de um estudo com a Cleveland Clinic e Universidade Central de Queensland, na Austrália, para ver se há uma ligação potencial entre a taxa respiratória e COVID-19. Vale a pena repetir: nenhum dispositivo vestível no mercado pode diagnosticar o COVID-19. Mas a parte da pesquisa não é exatamente o problema. É o que vem depois.E não há indicação de que o Whoop (ou Fitbit, Oura, Apple ou outros grandes fabricantes de vestuário) estejam anunciando que podem fazer isso. Mas isso não impediu as pessoas de comprarem em pânico qualquer coisa que lhes desse uma chance maior de prevenir (ou sobreviver) a doenças. De acordo com a American Lung Association, as pessoas também estão adquirindo oxímetros de pulso — e impedindo que eles possam ser vendidos para hospitais e pessoas que realmente precisam deles — porque podem detectar ou quantificar precocemente a falta de ar, um sintoma bem conhecido de COVID-19. “A fixação nas leituras do oxímetro de pulso pode fornecer uma falsa sensação de segurança”, afirmou Albert Rizzo, diretor médico da American Lung Association, em comunicado. "Em alguns casos, eles pegam problemas nos pulmões antes que você tenha problemas com a falta de ar. No entanto, também é possível que o dispositivo mostre níveis saudáveis de saturação de oxigênio mesmo com problemas respiratórios, o que pode levar alguns indivíduos a adiar a procura de cuidados urgentemente necessários." Não é absurdo se preocupar que os consumidores possam analisar todos esses estudos e desenvolver expectativas irreais que possam causar mais danos do que o pretendido, ou deixar os profissionais de saúde limpando a bagunça das grandes empresas de tecnologia. “Eu não diria às pessoas para comprar uma pulseira Ava para esse propósito amanhã”, diz von Bidder, da Ava. “Nós claramente dizemos às pessoas para não fazer isso”. Caso um algoritmo preciso, implementado de maneira bem pensada, liberado pela FDA, que funcione em qualquer dispositivo seja desenvolvido e distribuído para rastreadores de atividade física e smartwatches em todo o mundo, a privacidade é um grande asterisco. Afinal, as empresas de tecnologia treinam seus algoritmos com muitos e valiosos dados de saúde. Tecnicamente, a Lei de Portabilidade e Responsabilidade do Seguro de Saúde (HIPAA) existe para proteger suas informações médicas, mas especialistas vêm dizendo há anos que a legislação precisa evoluir com o tempo, principalmente no que diz respeito à tecnologia vestível. Conversei com Whoop, Fitbit, Stanford e Ava sobre como eles estão abordando a privacidade de dados em relação aos estudos de COVID-19. As respostas gerais foram as seguintes: todos os padrões éticos estão sendo respeitados, todos os dados são agregados, nenhum deles está sendo compartilhado com os anunciantes e todos os estudos são totalmente aceitos. Capodilupo, do Whoop, me disse que o Whoop só começou a investigar COVID-19 quando os usuários que testaram positivo os contataram e ofereceram seus dados. Dito isso, Snyder mencionou que um grande atrativo da colaboração com a Fitbit é a experiência da empresa em gerenciar muitos dados em tempo real. Quando perguntei à Fitbit sobre isso, a empresa reiterou seu compromisso com a privacidade e disse que nenhum dado coletado é pessoalmente identificável. E, novamente, todo mundo precisa optar por compartilhar seus dados ao se inscrever no estudo de Stanford. Mas a parte da pesquisa não é exatamente o problema. É o que vem depois. Quem tem a propriedade sobre algum algoritmo em potencial que é criado? Como convencer as empresas de dispositivo vestíveis a implementar tecnologias que não possuem em seus dispositivos (especialmente se não está claro como será monetizado)? Quem consegue ver com que frequência você fica doente e quem é o proprietário desses dados? O HIPAA (legislação de informações do ramo da saúde dos EUA) protege essas informações se elas não estiverem sendo compartilhadas diretamente com os profissionais de saúde, mas enviadas aos usuários como uma notificação? Se a FDA agilizar aprovações para recursos de diagnóstico vestíveis durante a pandemia, isso cria um novo precedente quando tudo acabar? Enquanto a Stanford está trabalhando em um algoritmo independente de dispositivo, é menos claro se um potencial algoritmo do estudo COVI-GAPP funcionará universalmente. A Whoop afirma que começou a investigar a relação entre os dados que reúne e a COVID-19 depois que os usuários entraram em contato. Foto: Victoria Song/Gizmodo Fabricantes de vestíveis estão colaborando com os pesquisadores e deixando que eles assumam a liderança agora. No entanto, depois que a pesquisa for concluída, esses fabricantes poderão criar seus próprios algoritmos de detecção de COVID-19 proprietários. Idealmente, como a a futura tecnologia de rastreamento de contatos da Apple e do Google, qualquer algoritmo de detecção de COVID-19 para wearables funcionaria em qualquer dispositivo disponível para adoção rápida e generalizada, e não apenas em uma marca específica. No caso de algoritmos proprietários, todos devemos ser um pouco cautelosos. Fitbit e Withings são duas empresas de wearables que já divulgaram tendências de como seus usuários foram impactados pelo COVID-19. Todos os dados são agregados, mas você tem uma ideia do quanto essas empresas sabem sobre nós. A Withings, por exemplo, publicou um blog post que inclui uma discriminação por país de quanto peso as pessoas ganharam (ou não) desde que as políticas de bloqueio começaram, que tipos de exercícios as pessoas estão fazendo e quanto as pessoas dormem. A Fitbit publicou vários blog posts, completos com gráficos, mapas e tabelas sobre atividade física, padrões de sono e se as pessoas ao redor do mundo estão cumprindo ordens de lockdown com base na contagem de passos. A Fitbit usa seus dados agregados para produzir gráficos chamativos. Imagem: Fitbit Estes dados, embora valiosos, não estão exatamente no mesmo nível que os dados em seus registros médicos. Mas previsões precoces de infecção? Isso é mais uma área cinzenta e não está claro se as pessoas trocarão seus dados de saúde pelo que poderia ser um diagnóstico para salvar vidas. "A preocupação com a privacidade é justificada. É uma das principais razões pelas quais as pessoas não compram um rastreador de fitness ou um smartwatch", disse Ramon Llamas, diretor de pesquisa da IDC que é especialista em tecnologia vestíveis, ao Gizmodo. "Mas se adicionarmos o COVID-19 à mistura e surgir uma solução viável, algumas pessoas podem mudar de ideia. Algumas dessas fabricantes talvez façam as coisas do jeito certo." Llamas disse que toda a pesquisa aponta para um fato simples: a conveniência supera tudo. Embora existam desvantagens potenciais para a maioria das novas tecnologias, um aplicativo ou uma função matadora facilita as compensações de privacidade — especialmente aquelas que poderiam salvar sua vida. Por exemplo, o primeiro Apple Watch foi caracterizado como um luxo desnecessário, mas milhões já se acostumaram com a ideia de possuir um — ou dar um de presente — com base na premissa de que isso poderia melhorar sua saúde. Se um smartwatch puder dizer com segurança quando você está doente — ou prestes a ficar –, isso pode deixar a questão da privacidade de lado para algumas pessoas. Também é possível que os recursos de detecção precoce possam não ser convenientes o suficiente para suprimir as preocupações com a privacidade. Em vez de provocar excitação ou alívio, as ferramentas de diagnóstico de COVID-19 podem, em vez disso, evocar imagens distópicas do Minority Report e do Black Mirror. É impossível julgar de qualquer maneira até que a tecnologia esteja totalmente desenvolvida e pronta para o mercado de massa. “Algumas pessoas podem pensar em dizer, tudo bem, do que tenho que desistir para ter esse pouco de conveniência e tranquilidade?” Llamas disse. “É uma questão ainda a ser resolvida, mas se alguma coisa for suficiente para dar às pessoas uma pausa.” Trabalho com relógios inteligentes está evoluindoEntão, é possível que os relógios inteligentes possam ajudar a mitigar a disseminação de COVID-19? A resposta é insatisfatória. Nem tudo é conversa de marketing — há evidências confiáveis de que os wearables podem nos ajudar a entender melhor e, na melhor das hipóteses, detectar precocemente doenças infecciosas. Mas também existem muitas perguntas não respondidas e variáveis desconhecidas que dificultam a afirmação com certeza de que os wearables serão úteis no momento. Mesmo que seja encontrada uma inovação, não é evidente que isso mude a maneira como as autoridades de saúde pública abordam essa pandemia, disse Tsai. O que é necessário são mais testes — o que as autoridades de saúde vêm repetindo ad nauseum desde que tudo isso começou. O impulso de, pelo menos, tentar resolver os problemas causados pelo COVID-19 com tecnologia vestível é compreensível. Mas também é importante lembrar que quaisquer algoritmos, softwares ou dispositivos que eventualmente cheguem ao mercado, eles não restaurarão magicamente o mundo de volta ao que era. Afinal, não há como colocar o novo coronavírus de volta em uma caixa. Os cientistas dizem que a pandemia provavelmente permanecerá até que uma vacina seja desenvolvida ou que a imunidade natural seja disseminada. Há muito potencial para uma solução baseada em wearables — e muitos obstáculos regulatórios que existem para proteger o público de todas as esquinas. Se um dia, em breve, seu pulso tocar e seu smartwatch perguntar se você gostaria de participar de um estudo secreto de 19, talvez valha a pena considerar oferecer seus dados para a ciência. Talvez fazer isso ajude a tornar uma futura pandemia menos tenebrosa. The post Um smartwatch pode detectar COVID-19? Empresas e pesquisadores tentam encontrar uma resposta appeared first on Gizmodo Brasil. |
O que um surto de tifo na 2ª Guerra Mundial pode nos ensinar sobre parar o coronavírus Posted: 27 Jul 2020 06:59 AM PDT Há mais de 70 anos, uma comunidade prisional na Polônia ocupada pelos nazistas se uniu para conter uma epidemia mortal de tifo, em grande parte sem a ajuda de vacinas ou medicamentos eficazes. Em vez disso, de acordo com novas pesquisas publicadas na semana passada, eles provavelmente dependiam de medidas como educação, melhoria do saneamento e até mesmo distanciamento social. Algumas das lições extraídas dessa epidemia podem muito bem se aplicar à nossa atual pandemia, dizem os autores. O autor do estudo Lewi Stone, matemático da Universidade RMIT em Melbourne, Austrália, vem estudando epidemias passadas e recentes há mais de 30 anos, confiando em modelos matemáticos para traçar como as epidemias se espalham em uma comunidade. Há três anos, ele encontrou relatos de um surto de tifo no Gueto de Varsóvia da Polônia ocupada – o maior dos acampamentos que a Alemanha nazista estabeleceu durante a Segunda Guerra Mundial como forma de segregar a população judaica local e outros grupos, com até 450.000 pessoas vivendo em um espaço precário, com mais de sete pessoas em média por quarto. De acordo com o pesquisador, pouco trabalho havia sido feito por outros para descobrir como foi realmente este surto. “Comecei a verificar os relatos históricos e fiquei surpreso que isto tivesse sido perdido. Havia uma pequena quantidade de dados, e ao plotá-los, percebi que isto era incrivelmente importante”, disse Stone ao Gizmodo. As descobertas de sua equipe, publicadas na Science Advances, produziram muitas surpresas. O tifo epidêmico é uma doença bacteriana conhecida por afligir a humanidade em tempos difíceis. É transmitida por piolhos do corpo que se alimentam do sangue de pessoas infectadas. Quando os piolhos chegam a outro hospedeiro por contato direto ou por meio das roupas, suas fezes contaminadas ou às vezes até mesmo seus corpos mortos entram em contato com o corpo depois de coceiras. Tanto os piolhos quanto o tifo se espalham mais facilmente durante guerras, períodos de fome ou outras situações em que as pessoas estão compartilhando pequenos espaços e que há pouco cuidado com a saúde, até pelas condições dadas (embora raras hoje em dia, algumas formas de tifo ainda ocasionalmente causam surtos nas prisões, por exemplo). Sem tratamento, a doença que causa sintomas parecidos com o da gripe é rotineiramente fatal, matando até 40% das vítimas. Tifo havia devastado os moradores do Gueto de Varsóvia já em outubro de 1941, descobriu Stone. Mas então, parecia que a doença apresentava um declínio misterioso logo no final do ano nesta região, pouco antes do inverno, quando os surtos de tifo historicamente pioravam. Inicialmente, Stone se preocupou com o fato de que os registros de mortes por volta desse período de tempo pudessem estar incompletos, mas acabou encontrando a confirmação do declínio a partir dos relatos diários de um historiador do gueto. As cidades próximas não experimentaram uma queda semelhante no tifo naquele inverno, indicando que algo diferente estava acontecendo em Varsóvia. Embora uma vacina contra o tifo tenha sido inventada pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial e possa até ter sido contrabandeada para o Gueto de Varsóvia, acredita-se que poucas pessoas tenham tido acesso a ela. E passariam décadas até que antibióticos eficazes para o tifo estivessem amplamente disponíveis. Por isso, o melhor que os registros históricos e a pesquisa de Stone podem dizer é que provavelmente membros da comunidade e médicos tenham utilizado medidas de saúde pública mais antiquadas para deter o surto. Estas medidas incluíram melhores práticas sanitárias e de higiene por parte dos residentes, reforçadas por palestras educativas que centenas de pessoas podem ter assistido, de acordo com Stone. Houve também relatos de universidades secretas, onde jovens estudantes de medicina receberam treinamento sobre como melhor responder a doenças epidêmicas como o tifo. E provavelmente houve algum distanciamento social, embora não teria sido considerado uma coisa muito nova na época. “Era um conhecimento comum: ‘não se aproxime de alguém com tifo, porque você não quer ser a próxima pessoa a pegar os piolhos'”, disse Stone.Essas medidas só atenuaram a devastação causada pelo tifo naquele ano, e os nazistas sabotaram ativamente os esforços para fornecer mais alimentos e outros recursos às pessoas, piorando a mortandade do surto. O modelo de Stone sugere que cerca de 100.000 pessoas contraíram tifo durante esse tempo, muitas não relatadas, e teve um grande papel nas 80.000 a 100.000 mortes que sua equipe também suspeita que ocorreram em 1941, juntamente com a fome. Mas eles provavelmente evitaram um surto muito pior, que poderia ter sido duas a três vezes maior, disse Stone. Infelizmente, em 1942, muitos moradores do gueto começaram a ser enviados para os campos de extermínio nazistas que acabaram por matar milhões de pessoas. O trabalho de Stone começou antes da pandemia de COVID-19, e as duas doenças são diferentes de formas muito importantes (entre outras coisas, o COVID-19 é muito menos fatal do que o tifo, e se espalha pela respiração, não pelos piolhos). Mas ele acha que as descobertas de sua equipe são especialmente oportunas. “Uma conclusão seria a de que as medidas de saúde pública durante uma epidemia podem ser eficazes – mesmo que você não perceba que elas estão funcionando. Em Varsóvia, a maioria das pessoas estava passando fome e provavelmente não sabia o que estava acontecendo ao seu redor ou que o que eles estavam fazendo estava realmente ajudando”, disse Stone. Ao estudar a evolução do surto de Varsóvia, Stone também observou o papel que a estigmatização das comunidades minoritárias desempenhou. Os nazistas citaram o tifo como motivo para isolar os moradores judeus em guetos, e os guardas atiraram em pessoas que tentaram fugir, às vezes sob o pretexto de evitar surtos. O COVID-19 afetou de forma semelhante os grupos minoritários nos Estados Unidos desproporcionalmente mais do que outros – situação que se repetiu no Brasil. Além disso, administração Trump tem culpado rotineiramente os estrangeiros pela disseminação do coronavírus e alimentado a xenofobia. Como o tifo, o COVID-19 tem um talento para explorar as divisões do mundo. Mas isso não precisa ser o fim da história. Os detalhes podem ter sido diferentes durante a Segunda Guerra Mundial, mas os mesmos princípios se aplicam hoje: uma doença propagada pelas pessoas também pode ser detida pelas pessoas, mesmo na ausência de uma cura milagrosa ou vacina. The post O que um surto de tifo na 2ª Guerra Mundial pode nos ensinar sobre parar o coronavírus appeared first on Gizmodo Brasil. |
QuickCharge 5: nova tecnologia da Qualcomm promete carregamento de 0 a 100% em 15 minutos Posted: 27 Jul 2020 06:00 AM PDT Infelizmente, não existe nenhuma grande evolução recente no mundo das baterias de smartphone, então as marcas têm colocado células cada vez maiores para que os usuários fiquem mais tempo longe da tomada. A boa notícia é que as tecnologias de carregamento têm evoluído, e a Qualcomm anunciou nesta segunda-feira (27) a tecnologia QuickCharge 5.0, que, segundo a empresa, possibilitará carregar um smartphone de 0 a 100% em 15 minutos. Antes de tudo, é importante dizer que o anúncio da Qualcomm significa que a tecnologia Quick Charge 5.0 estará disponível em breve. Isso se materializará em smartphones compatíveis e carregadores de até 100 W com a tecnologia. Mesmo assim, carregadores com a nova tecnologia serão compatíveis com boa parte dos smartphones antigos, só que oferecendo uma carga menor. Segundo a Qualcomm, os carregadores com tecnologia QuickCharge 5.0 analisam o dispositivo a ser carregado e enviam a potência que o smartphone suportar. Comparado com a tecnologia anterior QuickCharge 4.0, o QuickCharge 5.0 é 70% mais eficiente, porém, segundo a empresa, isso não deve representar um grande problema para a vida útil dos smartphones. Se você já utilizou algum carregador desses que se dizem super-rápidos, sabe que o telefone pode esquentar bem e que isso não é nada bom para o aparelho, já que submeter aparelho a tal estresse pode reduzir a vida útil do dispositivo. Em conversa com jornalistas, George Paparrizos, diretor de produto da Qualcomm, reforçou que o QuickCharge 5.0 entrega apenas a potência suportada pelo telefone e informou que os carregadores com a tecnologia esquentam 10 graus Celsius menos que a tecnologia anterior. Segundo ele, a durabilidade de bateria é praticamente a mesma, porém, isso só pode ser comprovado na prática mesmo. Durante a apresentação, a empresa também comentou que este novo padrão suportará dispositivos com duas células de bateria em série. Recentemente, a Lenovo anunciou o smartphone gamer Legion Phone Duel com duas células de 2.500 mAh, somando 5.000 mAh. Apesar de não ter tantos telefones com tal tecnologia, a compatibilidade indica que veremos mais modelos deste tipo. De modo geral, essa distribuição ajuda a tornar o telefone menos quente Como a Qualcomm desenvolve a tecnologia, e não os produtos em si, a companhia diz que ainda no terceiro trimestre deste ano teremos QuickCharge 5 em diversos tipos de aparelhos, como smartphones e carregadores. Dentre as fabricantes, a Xiaomi é uma das poucas citadas no comunicado oficial da Qualcomm, falando do seu "compromisso de adotar novas tecnologias", porém eu não descartaria que os novos Galaxy Note, previstos para ser apresentados em 5 de agosto, também ja tragam a tecnologia embarcada. The post QuickCharge 5: nova tecnologia da Qualcomm promete carregamento de 0 a 100% em 15 minutos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Tudo sobre o Perseverance, veículo da NASA que será lançado rumo a Marte esta semana Posted: 27 Jul 2020 04:20 AM PDT A NASA deve lançar seu próximo veículo espacial para Marte em 30 de julho. Vem aí uma nova e empolgante fase na exploração humana do Planeta Vermelho. Aqui está o que você precisa saber sobre o veículo espacial Perseverance e por que é a nossa melhor aposta até o momento para encontrar evidências de vida em Marte. Quando o Perseverance pousar em Marte em fevereiro de 2021, supondo que tudo corra bem com a viagem, o veículo espacial será o quinto a chegar ao Planeta Vermelho, depois de seus predecessores Sojourner, Spirit, Opportunity e Curiosity. O Perseverance é o rover mais avançado da NASA até agora, mas, para ser justo, ele é fortemente inspirado no Curiosity, que está dando um rolê por Marte desde 2011. “O Perseverance é essencialmente a versão 2.0 do Curiosity”, disse Kenneth Farley, cientista do projeto Mars 2020 e geoquímico da Caltech, ao Gizmodo. O lançamento do Perseverance no topo de um foguete Atlas V da Base da Força Aérea de Cabo Canaveral está marcado para 30 de julho às 7h50 na hora local (8h50 no horário de Brasília). A NASA está conseguindo realizar a missão Mars 2020 apesar da pandemia de COVID-19 (o mesmo não pode ser dito em relação à ExoMars, infelizmente). Esta é uma ótima notícia, dada a janela de lançamento limitada para Marte, que acontece uma vez a cada 26 meses. Instrumentos científicos no Perseverance. Imagem: NASA / JPL-Caltech Após sua viagem de sete meses ao Planeta Vermelho, o veículo espacial pousará na cratera Jezero — o local de um antigo lago e de um antigo delta de rio. O veículo espacial de US$ 2,7 bilhões passará os próximos dois anos procurando por sinais de vida microbiana antiga, analisando a geologia e o clima do planeta, estudando rochas e sedimentos, lançando um helicóptero (sim, um helicóptero!), fazendo demonstrações de tecnologia para futuras missões e coletando e armazenando amostras para uma futura missão de recuperação, entre outros objetivos da missão. Mas, como demonstraram os rovers anteriores, essa missão, gerenciada pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, provavelmente durará mais do que os dois anos planejados. Um veículo para todo tipo de terreno marcianoO Perseverance tem aproximadamente o mesmo tamanho do Curiosity, medindo 3 metros de comprimento, 2,7 m de largura e 2,2 m de altura. Com 1.025 kg, ele é 126 kg mais pesado que o Curiosity. Para energia, o rover está equipado com um Gerador Termoelétrico por Radioisótopos Multi-Missão (MMRTG), que produz energia elétrica térmica a partir do decaimento natural do plutônio-238. O rover é equipado com seis rodas, cada uma com seu próprio motor, e 48 travas, o que deve proporcionar excelente tração. Os pares de rodas dianteiro e traseiro têm seus próprios motores de direção, permitindo que o Perseverance rode 360 graus sem precisar ir para frente ou para trás. As pernas “permitirão que o rover dirija sobre rochas na altura dos joelhos, com 40 centímetros de altura”, de acordo com a NASA. O design da roda do Curiosity em comparação com a do Perseverance. Além de serem um pouco maiores, as rodas Perseverance têm o dobro de ranhuras, que são levemente curvadas, em vez de seguirem o padrão chevron. Imagem: NASA / JPL-Caltech "Uma mudança aparentemente pequena, mas importante, é um novo design de roda, que deve evitar ‘furos’ como os encontrados pelo Curiosity ao atravessar terrenos com pequenas rochas pontiagudas e pontiagudas", escreveu Morten Bo Madsen, cientista do projeto Mars 2020 e astrofísico do Niels Bohr Institute, em um e-mail para o Gizmodo. “As novas rodas têm uma largura ligeiramente reduzida, e a ‘ranhura’ é mais grossa e robusta.” A missão Perseverance também incluirá um "processador adicional para permitir que o rover se locomova de modo autônomo para mais longe e mais rápido e adote um recurso que permita à sonda navegar até um ponto seguro de aterrissagem durante o pouso", disse Farley. Essa última habilidade é importante, disse ele, porque significa que a NASA pode pousar ao lado de afloramentos rochosos perigosos. Ao chegar, o Perseverance já estará localizado próximo a alvos científicos interessantes, “sem ter que fazer uma longa jornada até eles saindo de uma zona de pouso sem perigo”, disse Farley. O Perseverance também será mais eficiente que seus antecessores. “Coletar amostras da superfície e analisá-las dentro do veículo espacial leva tempo”, explicou Svein-Erik Hamran, cientista do projeto Mars 2020 e pesquisador da Universidade de Oslo, em um e-mail para o Gizmodo. “O Perseverance possui instrumentos de sensoriamento remoto e de proximidade que aceleram a coleta de dados e aumentam a velocidade do rover”, disse Hamran, acrescentando que “o Perseverance cobrirá uma área maior do que a percorrida pelos rovers anteriores”. Na velocidade máxima, espera-se que o rover viaje a 4,2 cm por segundo, ou 152 metros por hora. Para os “padrões de veículos terrestres, o Perseverance é lento”, disse a NASA. “Para os padrões de veículos marcianos, no entanto, ele tem um desempenho fora de série.” O sistema de suspensão do rover, chamado de “rocker-bogie”, permitirá atravessar terrenos irregulares. O veículo espacial foi projetado para suportar inclinações de 45 graus sem cair, o que é impressionante, mas a NASA não planeja deixá-lo ir além de um ângulo de 30 graus. Câmeras, radar e até um helicópteroUma seleção das 23 câmeras do rover Mars da NASA em 2020. Imagem: NASA / JPL-Caltech Um total de 23 câmeras diferentes foram incluídas na missão Mars 2020, incluindo nove câmeras de engenharia, sete câmeras científicas e sete câmeras para a fase de entrada, descida e aterrissagem. Esta missão tem uma variedade impressionante de olhos e ouvidos, incluindo um par de microfones. A Mastcam-Z tira fotos panorâmicas, estereoscópicas e com zoom do Planeta Vermelho (a Mastcam do Curiosity não tinha zoom, daí o “Z” no nome desta versão). Esta câmera ajudará na navegação do veículo espacial, mas também será usada pelos cientistas da missão para, por exemplo, identificar a mineralogia da superfície. A SuperCam do veículo espacial, além da imagem normal, será usada para “identificar a composição química de rochas e solos, incluindo sua composição atômica e molecular”, de acordo com a NASA. Representação do rover Perseverance usando seu Instrumento Planetário para Litoquímica por Raios-X (PIXL) para analisar uma rocha na superfície de Marte. Imagem: NASA / JPL-Caltech Usando o Analisador da Dinâmica Ambiental de Marte (MEDA), o rover medirá a velocidade e a direção dos ventos, a pressão do ar, a umidade e o tamanho das partículas de poeira. Um espectrômetro de fluorescência de raios- X chamado PIXL analisará elementos químicos em escalas finas, enquanto um espectrômetro a laser ultravioleta chamado SHERLOC fornecerá imagens microscópicas da superfície marciana. O RIMFAX — um radar de penetração no solo — permitirá aos cientistas analisar a área imediatamente abaixo do veículo espacial e estudar sua composição geológica. “Pela primeira vez, um veículo espacial de Marte terá a capacidade de olhar para o subsolo de Marte”, disse Hamran. “A superfície de Marte está obscurecida por uma camada de poeira, e agora poderemos olhar e ver o que está por baixo.” Impressão artística do Perseverance e do Ingenuity (frente). Imagem: NASA / JPL-Caltech O Perseverance também levará um helicóptero chamado Ingenuity, no que deve ser o primeiro voo controlado de uma aeronave em outro planeta. O Ingenuity é um tipo de projeto de prova de conceito, e espera-se que apenas faça um pequeno número de testes de voo curtos. Se tudo correr bem, no entanto, ele pode abrir caminho para projetos aéreos mais ambiciosos em Marte. O veículo também tentará produzir oxigênio a partir do dióxido de carbono atmosférico, como parte do Experimento de Utilização de Recursos In-Situ de Oxigênio de Marte (MOXIE). O sucesso desse experimento seria um bom sinal para exploradores futuros, como a NASA explicou em um comunicado recente: “É um gerador de oxigênio chamado MOXIE, projetado para converter dióxido de carbono — que constitui cerca de 96% da atmosfera marciana — em oxigênio respirável. Essa tecnologia pode evoluir para geradores de oxigênio maiores e mais eficientes no futuro, que permitiriam aos astronautas criar seu próprio ar para respirar e fornecer oxigênio para queimar o combustível de foguete necessário para levar os seres humanos de volta à Terra." Embalando amostras para viagemUm dos aspectos mais intrigantes e cientificamente promissores do Mars 2020 é o Sistema de Armazenamento de Amostras (SCS). Para esta parte da missão, o Perseverance vai coletar amostras de rocha e solo dentro da cratera Jezero, colocá-las em vários pequenos recipientes e jogá-las na superfície marciana para uma missão futura de recuperar e trazer de volta à Terra. "As amostras marcianas trazidas para a Terra seriam investigadas por uma enorme diversidade de tópicos e esclarecerão a possibilidade de vida em tempos remotos em Marte, o intrigante clima mais quente e úmido do planeta quando era jovem e a evolução geoquímica de um planeta amplamente semelhante à Terra que permaneceu pouco alterado desde 3,5 bilhões de anos atrás", disse Farley. “Para mim, responder a essas perguntas com a certeza que poderemos obter com laboratórios terrestres é o aspecto mais empolgante da missão.” Como Madsen explicou ao Gizmodo, os primeiros vestígios de vida na Terra parecem ter sido apagados por processos geológicos e pela propagação da própria vida, mas isso pode não ser o caso em Marte. Consequentemente, ele está “particularmente intrigado com a perspectiva de que as amostras sejam trazidas de volta potencialmente com traços de vida muito mais antigos e talvez mais primitivos do que qualquer coisa que conhecemos na Terra e que possam nos dizer sobre como a vida se origina quando o ambiente permite.” Representação artística do Perseverance e os armazenamentos de amostras deixados na superfície. Imagem: NASA / JPL-Caltech O SCS é um dos principais objetivos da missão Perseverance, e é por isso que os instrumentos do rover são voltados para o reconhecimento. Como Madsen disse ao Gizmodo, suas ferramentas ajudarão a equipe científica a encontrar amostras em potencial no contexto em que se formaram originalmente. "Em vez de um ‘Laboratório de Ciências’ embutido como no Curiosity, o Perseverance possui um sistema de aquisição e manuseio de amostras intrincado e extremamente complexo, que pode selecionar núcleos de perfuração, colocá-los em recipientes adequados, capturar imagens deles, selá-los e prepará-los para serem deixados em grupos na superfície para que um outro rover os colete”, disse Madsen ao Gizmodo. O que nos leva à própria cratera Jezero — um local aparentemente perfeito para o Perseverance desempenhar suas funções. Localizada ao norte do equador marciano, essa depressão de aproximadamente 48 km de largura já foi preenchida com água, alimentada por um delta do rio. Se a vida primitiva existisse em Marte alguns bilhões de anos atrás, ela poderia muito bem estar em um lugar como este. Consequentemente, o Perseverance buscará restos orgânicos fossilizados e outras assinaturas biológicas em potencial que datam de 3 bilhões a 4 bilhões de anos atrás. Mas teremos que esperar até fevereiro de 2021 e passar pelos terríveis “7 minutos de terror” durante a entrada atmosférica antes que esta missão comece. Boa sorte e boa viagem, Perseverance. The post Tudo sobre o Perseverance, veículo da NASA que será lançado rumo a Marte esta semana appeared first on Gizmodo Brasil. |
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