quarta-feira, 29 de julho de 2020

Gizmodo Brasil

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HP Neverstop Laser 1200W: uma multifuncional laser para o home office


Posted: 28 Jul 2020 03:05 PM PDT

HP Neverstop Laser 1200W. Crédito: Guilherme Tagiaroli/Gizmodo Brasil

As impressoras, de modo geral, têm uma característica muito peculiar: geralmente quem usa pouco vai ter problema quando precisar. É uma lei não escrita deste tipo de equipamento, infelizmente, mas que acomete usuários no mundo todo, sobretudo se a impressora for de tinta a jato. A HP quer, de alguma forma, solucionar a vida de quem tem ódio de impressora com a linha de multifuncionais Neverstop 1200W Series.

Como multifuncional, ela escaneia e tira cópia, e a impressora utiliza tecnologia a laser. De modo simples, você tem um pó (toner) que é esquentado com a ajuda de um fusor para que ele grude na folha.

Este tipo de tecnologia costuma ser melhor que a presente em jatos de tinta, porém essas impressoras são mais caras, sendo a opção de boa parte das empresas. Porém, para pessoas em home office (como estamos agora durante esta epidemia), pode ser uma opção, sobretudo para quem tem que lidar muito com documentos ou imprimir um monte de coisas para as atividades escolares das crianças.

Para você ter noção, ela imprime até 21 ppm (páginas por minuto) em preto e branco — o que, honestamente, só seria útil para mim no tempo de faculdade para imprimir apostilas (legalizadas, óbvio!) — e sua bandeja tem capacidade para até 150 folhas.

Ela faz cópias com resolução 600×600 dpi (ponto por polegada), o que proporciona cópias mais do que satisfatórias, e ainda tem uma função boa para quem precisa fazer cópia de documentos.

Chamada de Copy ID, você coloca uma face do documento no escâner e seleciona a função de mesmo nome. Após um tempo, ele pedirá para virar. Na sequência, ela imprimirá as duas faces do documento numa folha.

Algo que pode ser diferente, mesmo se você já mexeu em uma impressora a laser, é que aqui você não precisa trocar o toner. A HP tem o que eles chamam de tanque de toner. Então, você compra uma garrafinha cheia de pó, deposita em um mecanismo da impressora e já era. Segundo a companhia, leva uns 15 segundos para encher completamente o tanque.

Não precisei trocar o toner, pois a impressora já vem com uma carga de 5.000 páginas e não consegui usar tudo isso tudo no tempo em que utilizei a Neverstop 1200W

Começando a usar

Desembalar uma impressora multifuncional é praticamente como abrir uma matrioska, aquelas bonecas russas que contam com várias camadas internas. Ao abrir a caixa, tirei o plástico, um monte de adesivos e liguei. Porém, o mostrador exibia uma luz vermelha dizendo que havia algo errado.

Após um tempo, descobri que perto do fusor, por trás da tampa onde tem o logotipo da HP, tinha um lacre do tambor de imagem que impedia a impressora de funcionar. Confesso que só descobri depois de pesquisar no YouTube da empresa — o que mostra que a própria HP reconhece que é difícil preparar a impressora para uso.

Durante um tempo da minha vida, trabalhei com impressoras e havia uma (outra) prática neste mercado que me irritava: você compra um equipamento, relativamente caro, e simplesmente não vinha a merda do cabo USB. Pelo menos nesta veio, o que impede que você xingue a fabricante e consiga usá-la assim que a tirar da caixa.

Outro ponto interessante é que as coisas estão menos chatas para instalação. A HP tem o programa HP Smart para macOS e Windows 10 que faz todo o serviço. Só baixar na loja e ir clicando em próximo — infelizmente, sou da época de que tinha que ficar buscando driver específico de impressoras e costumava ser um saco para fazer uma simples impressora fazer seu trabalho.

Se não quiser usar com cabo, a HP Neverstop 1200W vem com suporte à rede sem fio. Para conectá-la no Wi-Fi, você pode fazê-lo por meio do botão WPS do seu roteador, que fornecerá um endereço IP a ela. Uma vez na rede, é fácil também imprimir itens que estejam em seu smartphone. Basta ter o app HP Smart, disponível para Android e iOS.

Conclusão

Claramente, a HP Neverstop Laser 1200W é uma boa escolha para quem tem um pequeno escritório: ela imprime rápido, tem scanner e faz cópias. Por tudo isso, você vai encontrá-la no varejo por cerca de R$ 1.500, portanto não é uma grana que um trabalhador liberal, que precisa imprimir algo de tempos em tempos, está disposto a gastar.

Sem contar que é um equipamento relativamente grande e pesado. Suas dimensões são 38,05 x 38,5 x 5,21 cm, pesando 8,73 kg. Portanto, é necessário um espaço de uma mesa relativamente grande.

Lógico, existem impressoras (sem essas funcionais de scanner e copiadora) a laser mais baratas — você consegue achar modelos com valor na casa dos R$ 800 — e que possibilitam usar um app de smartphone para escanear documentos. Aí vai do bolso e disposição do freguês.

HP Neverstop Laser 1200W
Impressora Multifuncional Neverstop 1200W Imp/copia/Dig Wifi
R$ 1.750,00
O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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Sony A7SIII quer dominar o mercado mirrorless full frame com seus recursos de vídeo

Posted: 28 Jul 2020 02:29 PM PDT

Câmera mirroless Sony A7SIII

No ano passado, a Sony ficou com a maior fatia do mercado de câmeras full frame mirrorless no Japão. A Canon e a Nikon tentam acompanhar, mas hoje a Sony parece estar prestes a acabar com a concorrência. A marca está anunciando sua mais recente câmera mirrorless de última geração: a A7SIII.

Se você não está acostumado com os termos técnicos, ela é full frame, o que significa que tem um sensor de 35 mm (a regra é que quanto maior o sensor, maior a captação de luz). O termo mirrorless vem pelo fato de a câmera não ter os espelhos e prismas das DSLR; a grande vantagem disso é a possibilidade de se criar equipamentos mais leves e compactos.

Voltando aos detalhes da câmera, admito que usar o termo "acabar" dessa maneira é um pouco exagerado e, como a câmera não estará disponível nas lojas até setembro, as coisas podem mudar até lá, né? Mas se você olhar para as especificações e os novos recursos da A7SIII, a mais recente câmera full-frame mirrorless da Sony parece uma junção de tudo que a empresa tem de última geração, principalmente com um investimento maior na parte de vídeo.

A A7SIII tem um sensor de 12 MP que a Sony diz ter sido planejado para maximizar o desempenho com pouca luz e fornecer tempo de leitura de sensor super-rápidos, o que ajuda a reduzir o efeito rolling shutter (quando, ao gravar algo em movimento, os itens ficam "tortos", com o movimento na imagem aparecendo de forma não uniforme, como você você pode ver no vídeo abaixo).

Além disso, a Sony combinou esse sensor de 12 MP com seu novo processador de imagem Bionz XR. A empresa afirma que ele é oito vezes mais poderoso que seu chip Bionz anterior e oferece detecção de rostos e olhos ainda mais rápida, melhor reprodução de cores e suporte para velocidades de dados significativamente mais altas, tanto ao gravar em cartões de memória internos quanto ao enviar as imagens por HDMI (via porta HDMI tipo A em tamanho normal) ou Wi-Fi.

Traseira da câmera SonyA7SIII. Crédito: Sony

As coisas boas não param por aí, porque a A7SIII possui um novo visor eletrônico OLED de 9,44 milhões de pontos. Isso é quase o dobro da resolução de seus concorrentes mais próximos, como o OLED EVF de 5,76 milhões de pontos usado na Panasonic S1.

Como alternativa, para aqueles que preferem enquadrar fotos usando o visor traseiro de uma câmera, a A7SIII também vem com uma tela sensível ao toque totalmente articulada (outra novidade nas câmeras da série A da Sony) que pode ser girada em torno de 180 graus, para que você possa compor facilmente as fotos enquanto está na frente da câmera. Dito isto, devido à posição da porta HDMI da A7SIII, se você tiver um monitor ou gravador externo conectado, poderá ser necessário lidar com os cabos, que vão atrapalhar um pouco o monitor.

Quanto ao armazenamento, a Sony incluiu dois novos leitores de cartão CF Express que suportam cartões SD padrão e novos cartões CF Express Tipo A. A A7SII é, inclusive, a primeira câmera projetada para tirar proveito dos novos cartões.

A Sony diz que uma vantagem imediata do novo leitor de cartão é que, quando combinado com seu processador de imagem mais veloz, o A7SIII agora possui um buffer de imagem de até 1.000 fotos, mesmo quando a câmera está fotografando a 10 fps no modo raw+jpeg.

Isso significa que os usuários que tinham câmeras mais antigas não precisarão comprar um novo conjunto de cartões para armazenamento, pelo menos por ora. No entanto, se você quiser tirar proveito dos formatos avançados de gravação da A7SIII, precisará atualizar seus acessórios em algum momento. Os cartões CF express Tipo A custam US$ 200 por um cartão de 80 GB ou US$ 400 por um cartão de 160 GB, então talvez você precise economizar um pouco antes de realizar a mudança.

E como a linha A7S é historicamente uma das principais opções de câmera para vídeo, a Sony também incluiu suporte para gravação de vídeo 4K usando a leitura de pixel completo em até 120 fps (frames por segundo) ou até 240 fps a 1080p. A A7SIII também suporta gravação cores em 10 bit 4:2:2, quatro canais de gravação de áudio, e graças às melhorias na velocidade de gravação e dissipação de calor, a A7SIII não possui mais um tempo máximo de gravação de 30 minutos.

A Sony chegou a ouvir uma das queixas mais antigas sobre suas câmeras em geral, redesenhando completamente o sistema de menus da A7SIII. A marca diz que ele agora está melhor organizado, trabalha com comandos por toque e ficou mais fácil de ver várias camadas de configurações sem precisar ir três ou quatro níveis nas opções. E, como outras câmeras da série A, a A7SIII também possui estabilização de imagem no corpo (até 5,5 pontos) e compatibilidade com a enorme linha de lentes de montagem tipo E da Sony.

Sony A7SIII

No entanto, ao contrário da nova Canon EOS R5, a A7SIII não vem com suporte para gravação de vídeo 8K. Isso foi uma escolha intencional da Sony, pois a empresa queria se concentrar estritamente em criar a melhor câmera de vídeo 4K possível. É uma jogada interessante. Embora o vídeo 8K deva se tornar um recurso mais importante no futuro, considerando os fluxos de trabalho da maioria dos cinegrafistas de hoje, acho que a Sony tomou uma decisão prudente de realmente concentrar seus esforços em 4K.

A Sony A7SIII deve chegar às lojas em setembro por US$ 3.500 (apenas o corpo). Em comparação com outros concorrentes mirrorless full frame, a A7SIII custa US$ 400 a menos que a EOS R5 da Canon, e US$ 500 a menos que a S1H, da Panasonic, mas cerca de US$ 700 a mais que uma Nikon Z7.

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App da Alexa no smartphone ganha nova tela inicial e passa a escutar comandos sem nenhum botão

Posted: 28 Jul 2020 12:42 PM PDT

Pessoa segura um Amazon Echo, alto-falante com assistente Alexa, da Amazon

A Alexa é mais famosa por ser a assistente digital dos alto-falantes inteligentes Echo, da Amazon, mas ela também está disponível como aplicativo para Android e iOS. O app ganhou uma nova tela inicial com sugestões personalizadas. Além disso, agora basta dizer “Alexa” com o app aberto que a assistente responde aos comandos.

A nova tela inicial, que aparece ao abrir o app, tem sugestões baseadas nos recursos usados com mais frequência, como horário de despertadores, músicas ouvidas recentemente, volume de dispositivos Echo e muito mais. Para quem comprou um alto-falante recentemente e não sabe bem como usar, pode ajudar.

Imagem: Amazon

No meu aplicativo, por exemplo, aparecem sugestões de skills e de rotinas. Após fazer um Drop In — como a Amazon chama uma ligação que é atendida automaticamente — com meu Echo Show 8, este recurso também passou a aparecer na tela logo no topo da lista, o que mostra que o app está esperto com o que ando fazendo. Por outro lado, a previsão do tempo que costumava ficar ali não aparece mais.

Os recursos do antigo menu lateral do app agora ficam na barra inferior da tela e podem ser acessados pelo botão “Mais”. Por lá, você encontra listas de anotações, lembretes, alarmes, rotinas, skills, configurações e outras coisas, como um atalho para adicionar dispositivos.

Já o botão para ativar a Alexa e dar comandos saiu da barra inferior e agora fica no topo dessa tela inicial. Ele, no entanto, não é mais tão necessário: é possível configurar o app para ativar a assistente sem tocar em nenhum botão, apenas dizendo “Alexa” quando o aplicativo está aberto.

Ainda não é um recurso de always listening como o do Google Assistente ou da Siri, que funciona de qualquer tela do aparelho ao ouvir o comando de voz. Isso pode ser ruim para quem quer mais praticidade e prefere e Alexa aos assistentes nativos, mas também pode ser bom para quem não quer que a Amazon tenha permissão de estar sempre ouvindo o que você fala.

[TechCrunch]

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A CES 2021 vai ser um evento online

Posted: 28 Jul 2020 10:21 AM PDT

Logo da CES

A Consumer Electronics Show, mais conhecida como CES, será um evento online em 2021 por causa da pandemia de COVID-19. A maior feira de eletrônicos do mundo costuma reunir milhares de jornalistas, curiosos e expositores para mostrar as novidades do ano e, pela primeira vez, será totalmente digital.

Na última edição, por exemplo, mais de 170 mil pessoas de vários lugares do mundo participaram do evento. Juntar milhares de pessoas em pavilhões de exposições não é seguro no contexto em que vivemos, mesmo que a organização decidisse limitar o número de participantes ou aumentar os espaços, conforme vinham planejando para a realização do evento em 2021.

De acordo com um comunicado enviado à imprensa, a CTA, empresa que organiza a CES, disse que a edição de 2021 irá oferecer experiências personalizadas para eventos de mídia, exibição de produtos, palestras, conferências, além de oportunidades de encontros e networking.

O CEO da CTA, Gary Saphiro, disse em comunicado que “em meio à pandemia e às preocupações crescentes de saúde sobre a propagação de COVID-19, não será possível reunir com segurança dezenas de milhares de pessoas em Las Vegas no começo de janeiro de 2021 para se encontrar a fazer negócios pessoalmente. A tecnologia ajuda a todos a trabalhar, aprender e nos conectarmos durante a pandemia – e a inovação também nos ajudará a reimaginar a CES 2021 e reunir a comunidade de tecnologia em uma maneira significativa”.

Ainda não foram definidas datas específicas para a CES 2021, mas a garantia é de que teremos eventos online em janeiro, como é de costume para a feira. Resta saber se as novidades estarão mais frias do que o de costume, já que muitas companhias estão lidando com atrasos de lançamentos por causa da pandemia.

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Fungos de Chernobyl podem proteger astronautas de radiação cósmica

Posted: 28 Jul 2020 09:40 AM PDT

O reator nº 4 arruinado da usina nuclear de Chernobyl em 1987, cerca de 14 meses após o desastre.

Uma experiência feita a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) demonstra o potencial de um fungo resistente para proteger os astronautas da radiação cósmica. Este fungo já provou sua força dentro de um dos lugares mais hostis da Terra: a usina nuclear de Chernobyl.

A radiação cósmica galática continua sendo um impedimento preocupante para uma presença humana sustentada no espaço.

Este problema está começando a ficar um pouco urgente, com o planejamento da missão Artemis da NASA para a Lua programado para 2024, juntamente com as promessas de missões tripuladas a Marte e o estabelecimento de colônias marcianas.

Uma viagem de ida e volta de 360 dias ao Planeta Vermelho, por exemplo, exporia os astronautas a dois terços de sua exposição permissível por toda a vida, ou 662 mSv (milésimos de Sievert, unidade que mede os efeitos biológicos da radiação), tornando-os vulneráveis a inúmeros riscos à saúde, incluindo cânceres fatais.

Cientistas e engenheiros propuseram várias soluções para resolver o problema, incluindo um escudo defletor do tipo Star Trek e uma proposta para fabricar tijolos de proteção contra radiação do regolito marciano.

Mas como novas pesquisas carregadas no servidor de pré-impressão bioRxiv apontam, uma solução pode já existir na forma de um fungo extremófilo conhecido como Cladosporium sphaerospermum.

Os cientistas descobriram este organismo em 1886, e ele foi encontrado em ambientes radioativos, incluindo as piscinas de resfriamento da usina nuclear danificada de Chernobyl, onde os níveis de radiação tem três a cinco ordens de magnitude maiores do que os níveis normais.

C. sphaerospermum é um fungo melanizado e radiotrófico – um organismo capaz de converter energia radioativa em energia química, o que faz usando pigmentos de melanina dentro de suas paredes celulares. Parece estranho, mas é análogo à fotossíntese, na qual as plantas convertem energia da luz visível em energia útil.

“A melanina pode ser também como o fungo se protege dos efeitos nocivos da radiação, com o ‘efeito colateral’ de uma energia plus, que provavelmente levou o fungo a encontrar habitats ideais em ambientes radioativos”, explicou Nils Averesch, co-autor do estudo e cientista do Centro de Pesquisa NASA Ames, em um e-mail.

Dado o apetite incomum por radiação deste fungo, os co-autores Graham Shunk e Xavier Gomez, ex-alunos do ensino médio que participaram do “Go for Launch!” da Higher Orbits (um programa sem fins lucrativos que promove os campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática), e outros, conceberam uma experiência para determinar quanta radiação este organismo poderia absorver no espaço. Eles também procuraram avaliar sua adequação como um meio para um escudo de radiação.

“Eles postularam que se um organismo utiliza radiação, ele também deve ser resistente a ela e capaz de reduzi-la, também no espaço”, disse Averesch. “Eles desenvolveram um conceito para uma experiência que testaria isso com radiação no espaço (já que a radiação espacial é bastante diferente dos ambientes radioativos na Terra) e foram premiados por meio da fundação Higher Orbits”.

O local escolhido para esta experiência foi a Estação Espacial Internacional, que apresenta um ambiente de radiação único, não muito diferente da superfície de Marte.

Para realizar o teste, uma placa de Petri foi dividida ao meio, com um lado tendo o C. sphaerospermum e um lado vazio servindo como controle negativo. Os fungos podiam crescer por 30 dias, enquanto os níveis de radiação eram monitorados a cada 110 segundos com um contador Geiger.

Os resultados mostraram que os fungos eram capazes de se adaptar ao ambiente de microgravidade da baixa órbita terrestre e viver da radiação daquele ambiente. Além disso, a experiência mostrou que uma camada de 1,7 milímetros de espessura de crescimento, ou um “gramado fúngico” como os pesquisadores descreveram, bloqueou a radiação de entrada entre 1,82% a 5,04% em comparação com o controle negativo.

“A margem de erro é devido à incerteza na determinação matemática deste valor”, disse a Averesch. “Embora isto não seja suficiente para proteger os astronautas, é um ponto de partida para o futuro desenvolvimento de um escudo de radiação viva.”

Crescimento fúngico (no lado esquerdo da placa de petri) observado durante as primeiras 48 horas da experiênciaCrescimento fúngico (no lado esquerdo da placa de petri) observado durante as primeiras 48 horas da experiência. Imagem: G. K. Shunk et al., 2020

“Na experiência, pudemos provar que o fungo não prospera apenas na radiação ionizante na Terra, mas também no espaço”, disse Averesch. “Além de não ser destruído pela radiação […] o fungo, de fato, reduz a radiação do espectro medido”.

Os pesquisadores supõem que um gramado fúngico de 21 centímetros de espessura “poderia em grande parte negar o equivalente de dose anual do ambiente de radiação na superfície de Marte”, como eles escreveram no estudo.

C. sphaerospermum foi classificado como “um dos atenuadores de radiação mais eficazes”, tornando-o um candidato promissor para proteger os astronautas contra a radiação cósmica galática, de acordo com a pesquisa.

Como um benefício adicional, o fungo é um substrato auto-sustentável e auto-replicativo capaz de viver mesmo com as menores doses de radiação e biomassa. Ele também pode ser cultivado em muitas fontes diferentes de carbono, tais como resíduos orgânicos.

Como um benefício adicional, o fungo é um substrato auto-sustentável e auto-replicativo capaz de viver mesmo com as menores doses de radiação e biomassa. Ele também pode ser cultivado em muitas fontes diferentes de carbono, tais como resíduos orgânicos.

“Isto reduz significativamente a quantidade de material de proteção que se teria que trazer para Marte, o que talvez seja o que o torne mais animador, já que a massa ascendente é muito restritiva em qualquer cenário de missão em Marte”, explicou Averesch.

Averesch disse que nenhuma solução única deve resolver o problema que é a radiação espacial, mas o fungo poderia ser usado como parte de um sistema multicomponente. O fungo não é prejudicial aos humanos, disse ele, mas a exposição provavelmente seria mínima, em todo caso, porque o microorganismo poderia ser cultivado dentro de uma parede dupla.

Portanto, um começo promissor para esta solução potencial, mas são necessários mais experimentos e dados. Olhando para o futuro, Averesch gostaria de realizar mais testes com crescimento fúngico “para fortalecer os dados e descobertas do estudo” em preparação para submeter o artigo a uma revista científica revisada por pares.

Caso esta solução realmente funcione, os futuros exploradores do espaço seriam sensatos em reconhecer seus companheiros fúngicos – criaturas capazes de suportar a intensa radiação encontrada dentro da usina nuclear de Chernobyl. Há algo de estranhamente tranquilizador nisso.

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Pesquisadores criam sensor para monitorar saúde usando papel e lápis

Posted: 28 Jul 2020 07:29 AM PDT

pessoa com um pedaço de papel colado ao antebraço. três fios estão presos entre o papel e a pele.

Smartwatches e pulseiras fitness provavelmente são os produtos mais conhecidos para monitorar aspectos da saúde. No entanto, pesquisadores da Universidade do Missouri publicaram um estudo mostrando que eles podem fazer a mesma coisa… com papel e lápis.

O estudo, publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences no início deste mês, detalhou como um lápis comum e papel branco podem monitorar métricas como frequência cardíaca, frequência respiratória, níveis de glicose, temperatura corporal e até mesmo a composição do suor. O truque aqui é a grafite, um ingrediente comum no lápis: ele é muito bom em captar sinais elétricos também.

Segundo o pesquisador da Universidade do Missouri Zheng Yan, os dispositivos biomédicos que se conectam à pele geralmente são compostos por algum tipo de elemento de rastreamento biomédico e um material flexível. Os pesquisadores criaram eletrodos desenhando-os a lápis em papel branco do tipo que é vendido em qualquer papelaria, copiando desenhos usados ​​por eletrodos comuns de metal. Em seguida, eles pulverizaram cola no papel, conectaram os eletrodos artesanais através de cabos a um computador e registraram os resultados.

Os pesquisadores descobriram que os melhores resultados vieram de lápis contendo 93% de grafite, que são relativamente baratos quando comparados a um smartwatch ou a dispositivos médicos. O outro benefício é que o papel é facilmente dissolvido em água e se decompõe em cerca de uma semana, o que significa que há menos lixo eletrônico em comparação com outros gadgets.

Não é a primeira vez que um grupo de pesquisadores percebe que lápis e papel podem ser usados ​​para mais do que apenas escrever ou desenhar. Em 2015, outra equipe de pesquisadores descobriu que linhas de lápis poderiam ser usadas para medir como um objeto se deforma. Nesse caso, o objetivo era verificar se era possível medir com precisão até que ponto um livro foi aberto ou como um tipo de régua para esta finalidade.

Enquanto isso, os pesquisadores da Universidade de Missouri estão visualizando coisas como acompanhamento médico personalizado em casa. No entanto, os aplicativos não se limitam apenas ao monitoramento da saúde. Segundo o St. Louis Post-Dispatch, os pesquisadores dizem que a combinação de papel e lápis também pode ser usada para coletar eletricidade da umidade do ar. Como o projeto é simples e os materiais são amplamente disponíveis, pode haver um monte de outros usos em potencial.

“Por exemplo, se uma pessoa tem um problema de sono, podemos desenhar um dispositivo biomédico que ajude a monitorar os níveis de sono dessa pessoa”, disse Yan em comunicado. "Ou na sala de aula, um professor pode estimular a participação dos alunos incorporando a criação de um dispositivo vestível usando lápis e papel em um plano de aula. Além disso, essa abordagem de baixo custo e facilmente personalizável pode permitir que os cientistas realizem pesquisas em casa, em casos como durante uma pandemia. "

Apesar disso, vale dizer que os médicos provavelmente não começarão a desenhar coisas e sair colando folhas de papel na pele no curto prazo. Esta pesquisa é mais uma prova de conceito e pode levar anos até que alguém encontre uma maneira de disponibilizar um sistema desse tipo. Para começar, os pesquisadores dizem que o próximo passo é desenvolver e testar como esse método funciona com sensores biomédicos.

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Claro, TIM e Vivo agora oferecem R$ 16,5 bilhões por operação móvel da Oi

Posted: 28 Jul 2020 06:30 AM PDT

Orelhão da operadora Oi. Crédito: Barbara Eckstein/Flickr

Claro, TIM e Vivo anunciaram via fato relevante o aumento na oferta para a aquisição de ativos relativos à operação móvel da Oi. As três companhias informaram que agora estão oferecendo R$ 16,5 bilhões, além de quererem a possibilidade de um contrato para uso de infraestrutura de rede da companhia.

A Oi está em recuperação judicial desde 2016 e, desde então, a empresa tem encontrado formas de liquidar suas dívidas com a venda de ativos. Há duas semanas, as mesmas três operadoras fizeram uma proposta pela companhia, mas não houve divulgação oficial do valor.

Na semana passada, foi revelado que a Highline, uma companhia que atua no ramo de infraestrutura de telecomunicações, tinha feito a maior proposta pela divisão móvel da Oi e que isso conferiu a ela uma preferência pela compra até 3 de agosto. Segundo o Teletime à época, a Highline não tem planos de virar uma operadora. Com a eventual concretização da operação, eles transfeririam clientes para as concorrentes.

Em comunicação de fato relevante, a Telefônica, dona da Vivo, explica por que houve interesse em aumentar a oferta:

A revisão da oferta vinculante reafirma o interesse da Companhia [Telefônica] em relação à aquisição dos ativos móveis do Grupo Oi, bem como em contribuir com a continuidade do desenvolvimento da telefonia móvel no país, considerando a larga experiência global que possui no setor de telecomunicações e o profundo conhecimento do mercado brasileiro.

A Claro, por sua vez, informa que a oferta "é a que melhor atende aos interesses dos atuais clientes da Oi, por conferir experiência de longos anos de atuação no Brasil, capacidade de investimento e inovação técnica ao setor como um todo".

Por fim, a TIM "considera que a oferta atende às necessidades financeiras do Grupo Oi, amplamente conhecidas pelo mercado, de modo que possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores".

Apesar da oferta pela divisão móvel, a Oi também recebeu oferta pelo seu negócio de torres de telecomunicações. Segundo a Folha, a ideia da companhia é vender alguns dos ativos para se se tornar uma fornecedora de infraestrutura fixa para as concorrentes.

Ainda de acordo com a Folha, a Oi deve escolher não só o maior valor, mas a oferta que garantir a aprovação mais rápida possível dos órgãos reguladores.

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Funcionários do Twitter abusaram de acesso a contas para espionar celebridades

Posted: 28 Jul 2020 05:59 AM PDT

Logo do Twitter (um ícone de passarinho azul) na fachada de um prédio, possivelmente a sede da empresa.

Funcionários do Twitter com acesso administrativo de alto nível às contas abusaram regularmente de seus privilégios para espionar celebridades, incluindo a aproximação de suas localizações por meio de endereços de IP, de acordo com uma reportagem da Bloomberg. A matéria vai na mesma direção de uma apuração recente feita pela Reuters.

Mais de 1.500 funcionários e terceirizados no Twitter que lidam com pedidos de suporte interno e gerenciam contas têm privilégios de alto nível que permitem anular as configurações de segurança dos usuários e redefinir suas contas via backend do Twitter, bem como visualizar certos detalhes de contas como endereços IP, números de telefone e endereços de e-mail. Apenas uma conta foi destacada pela reportagem: a da cantora Beyoncé.

Pelo menos uma dessas credenciais foi usada em uma invasão no site no início deste mês, quando hackers publicaram um golpe de bitcoin em mais de 130 contas pertencentes a celebridades, políticos e líderes corporativos.

Posteriormente surgiram informações de que os atacantes também roubaram informações como o conteúdo de mensagens diretas de dezenas desses indivíduos, levantando a possibilidade de que os hackers pudessem realmente estar atrás de dados confidenciais em vez do esquema de bitcoin que renderia muito menos dinheiro do que outros ataques.

De acordo com a Bloomberg, investigadores federais e internos acreditam que os atacantes obtiveram acesso ao backend do Twitter ligando para pelo menos um dos mais de 1.500 trabalhadores por telefone e obtendo “informações de segurança”, sugerindo um ataque de phishing. Esta é a questão central – cada uma dessas mais de 1.500 pessoas com esse acesso é um ponto fraco em potencial, especialmente se a supervisão de como eles utilizam esse acesso for negligente.

E parece ser esse o caso, conforme a reportagem da Bloomberg que conversou com quatro ex-funcionários de segurança do Twitter e meia dúzia de pessoas “próximas ao Twitter” dizendo que a gerência ignorou avisos sobre um número desnecessariamente alto de trabalhadores com ferramentas poderosas, pois se concentrava no desenvolvimento de produtos e recursos para consumidores e anunciantes.

Dois dos ex-funcionários do Twitter disseram à Bloomberg que projetos como o aumento da segurança “do sistema que abriga os arquivos de backup do Twitter ou o aumento da supervisão do sistema usado para monitorar a atividade dos terceirizados foram, às vezes, engavetados por produtos de engenharia destinados a aumentar a receita”.

Entretanto, alguns dos que tinham acesso (alguns dos quais eram terceirizados da Cognizant em até seis locais de trabalho separados) abusaram do acesso para ver detalhes, incluindo endereços IP dos usuários. Os executivos não priorizaram o policiamento da equipe de suporte interno, segundo dois dos ex-funcionários, e às vezes a segurança do Twitter teve problemas para rastrear a má conduta devido ao grande volume.

Um sistema foi criado para criar logs de acesso, mas poderia ser enganado pela simples criação de tickets de suporte que faziam a espionagem parecer legítima; dois dos ex-funcionários disseram à Bloomberg que de 2017 a 2018 os membros da equipe de suporte interno “fizeram uma espécie de jogo” para burlar os esquemas de segurança. Os riscos de segurança inerentes à concessão de acesso a tantas pessoas foram alegadamente trazidos à diretoria da empresa repetidamente de 2015 a 2019, mas pouco mudou.

Isto teve consequências além da invasão mais recente. No ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) anunciou acusações contra dois ex-empregados (um norte-americano e um cidadão saudita) de espionagem em nome de um indivíduo próximo ao príncipe herdeiro da Coroa Saudita, Mohammed bin Salman. O DOJ alegou que a intenção da operação era obter acesso a informações privadas sobre dissidentes políticos.

Um porta-voz do Twitter disse à Bloomberg que a empresa “[fica] à frente das ameaças à medida que elas evoluem” e qualquer pessoa com acesso ao backend passa por “treinamento extensivo de segurança e supervisão gerencial”. O porta-voz acrescentou: “Não temos nenhuma indicação de que os parceiros com quem trabalhamos no atendimento ao cliente e na gestão de contas tenham desempenhado um papel nisso.”

[Bloomberg]

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Loihi, o chip da Intel que reconhece odores, agora também é sensível ao toque

Posted: 28 Jul 2020 04:21 AM PDT

Robô com uma mão composta de duas placas segunrando uma garrafa de água de plástico. O robô também tem uma câmera apontada para sua mão.

Pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) criaram uma pele robótica artificial que pode processar o toque mil vezes mais rápido que os humanos. Ela usa o chip de pesquisa neuromórfica da Intel, o Loihi, o mesmo que os pesquisadores da Universidade de Cornell foram capazes de programar para reconhecer o cheiro de produtos químicos perigosos há alguns meses. Sim, parece coisa de ficção científica.

De acordo com o Engadget, os pesquisadores da NUS foram capazes de programar a pele do robô para reconhecer a forma, a textura e a dureza de objetos dez vezes mais rápido que um "piscar de olhos", o que também exigia o uso de uma câmera baseada em eventos.

Além disso, os pesquisadores ensinaram uma segunda mão robótica equipada com a pele, que tinha um aspecto mais semelhante à de um humano, a ler Braille. O sistema de escrita foi traduzido pelo chip Loihi com mais de 92% de precisão.

Esses pesquisadores apresentaram os resultados de seus experimentos na conferência virtual Robotics: Science and Systems, na semana passada. O trabalho de pesquisa pode ser encontrado aqui.

No vídeo da apresentação, eles exibiram o robô no centro de sua pesquisa. A câmera de eventos, que é parte integrante da capacidade do robô de processar o toque, apenas capta diferenças na iluminação e em cada pixel de forma assíncrona. Basicamente, as informações são transferidas apenas da pele artificial e da câmera para o chip Loihi conforme necessário, quando a câmera e os sensores táteis capturam o mesmo objeto ao mesmo tempo.

Um dos benefícios de transferir informações dessa maneira é a menor latência, como é chamado o tempo necessário para que os sensores táteis e a câmera do robô transfiram as informações para o chip Loihi, explicaram os pesquisadores. Isso explica em parte por que o braço do robô conseguiu reconhecer objetos via toque com tanta rapidez.

O uso de uma câmera baseada em eventos e sensores táteis também torna o sistema mais preciso no reconhecimento de objetos do que os dados visuais ou dados táteis sozinhos, segundo os pesquisadores — a precisão fica cerca de 10% melhor.

Em um post em seu blog, a Intel observa que permitir uma sensibilidade ao toque semelhante à de humanos em um robô poderia permitir que autômatos nas fábricas "se adaptassem facilmente às mudanças […] usando o sensor tátil para identificar e segurar objetos desconhecidos com a quantidade certa de pressão para evitar que eles escorreguem”. Tais avanços também podem levar a interações homem-robô mais seguras em cuidados médicos ou operações.

Ao contrário de outras mãos robóticas que vimos no passado (como a BionicSoftHand, com sua quantidade insana de habilidades motoras finas), a apresentada no vídeo da conferência duas placas sob a pele artificial que podem se espremer para pegar objetos. É bem diferente da BionicSoftHand, mas imagine esses dois tipos de mãos robóticas combinadas — uma mão robótica que não só poderia sentir a textura de, digamos, uma laranja, mas também poderia girá-la em sua mão ou talvez até jogá-la no ar e pegá-la. E, claro, também tem o cachorro robótico da Boston Dynamics, o Spot. Parece que estamos vendo o início da nossa substituição por robôs sofisticadíssimos — talvez isso seja justamente o que o mundo precisa.

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