sexta-feira, 31 de julho de 2020

Gizmodo Brasil

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Telegram segue os passos do Spotify e reclama de “imposto da Apple” na App Store

Posted: 30 Jul 2020 02:48 PM PDT

Logotipo do Telegram. Crédito: Getty Images

Enquanto nos Estados Unidos as autoridades estão ouvindo os CEOs das principais empresas de tecnologia para avaliar se elas constituem monopólios em suas áreas de atuação, é na União Europeia que o bicho costuma pegar, seja pelo histórico de multas já aplicadas por lá ou pela comissão que analisa reclamações sobre as companhias. A última do tipo foi registrada nesta quinta-feira (30) pelo Telegram.

O motivo da reclamação do app de mensagens é contra o "imposto da Apple", um valor que a empresa cobra para quaisquer transações feitas em sua App Store. Isso significa que se você faz alguma transação em um app de terceiros que custe R$ 10, pelo menos 30% do valor (portanto, R$ 3) fica com a companhia — alguns desenvolvedores conseguem taxas menores ou isenção completa, como a Uber.

O curioso é que o Telegram reclama dos problemas, mas o app necessariamente não é prejudicado pela medida, já que não vende itens e não precisa pagar o tal imposto.

Esta não é uma reclamação nova. Um dos maiores críticos do "imposto da Apple" é o Spotify. Além de reclamar da taxa, a plataforma ressalta que a Apple tem seu próprio produto, o Apple Music, que não precisa "pagar este imposto" para a própria companhia, colocando-o em vantagem em relação aos concorrentes.

Em comunicado intitulado "7 mitos que a Apple usa para justificar a taxa de 30% em apps", Pavel Durov, CEO do Telegram, escreveu uma série de argumentos contra a tal taxa da empresa. Ele cita, por exemplo, que este "imposto" obriga os desenvolvedores colocarem mais propagandas em seus apps e que a "comissão torna os apps e itens digitais mais caros" para o consumidor.

Durov ainda critica que, apesar da taxa, a Apple demora para aprovar atualizações, que a empresa censura alguns conteúdos e ainda cita que este "modelo de imposto" torna o trabalho dos desenvolvedores insustentável. “Muitos apps seriam lucrativos se não fosse a comissão de 30% da Apple, mas ser forçado a dar 30% da receita para a companhia torna a atividade insustentável”, escreveu. Como resultado, continua, "muitos declaram falência e muitos apps que você poderia gostar nem chegam a existir".

Como já falamos anteriormente, várias companhias não curtem pagar o "imposto da Apple", e isso fez com que a Comissão Europeia abrisse uma investigação para averiguar se a empresa usa práticas anticompetitivas em sua plataforma.

Em sua defesa, a Apple costuma dizer que foi pioneira neste sistema de loja de apps e que sua existência possibilitou de uma série de serviços e plataformas que usamos hoje em dia, como apps de transporte ou redes sociais voltadas para ambientes móveis, como o Instagram e o WhatsApp.

Além disso, a empresa da maçã argumentou com o pessoal do TechCrunch, citando um estudo da consultoria IDC, que o iOS tem 15% de divisão de mercado de smartphones no mundo, enquanto o Android tem 85%. Além disso, a empresa também compartilhou um estudo dizendo que a taxa de 30% costuma ser o padrão da indústria.

Para não ser injusto, o Android também tem este comissão, mas a plataforma móvel do Google permite que você baixe apps da fonte que você quiser; no iPhone, só fazendo jailbreak.

A reclamação do Telegram vai se somar à feita pelo Spotify e devemos esperar para ver como as autoridades europeias vão se posicionar. Amazon, Google e Facebook também são alvos de investigação de autoridades europeias.

[TechCrunch]

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União Europeia pode abrir investigação sobre compra da Fitbit pelo Google

Posted: 30 Jul 2020 02:12 PM PDT

No final do ano passado, o Google decidiu investir US$ 2,1 bilhões para comprar a Fitbit. Quase imediatamente depois, houve dúvidas sobre se o acordo podia ser enquadrado como monopólio de dados. Agora, segundo a Reuters, a União Europeia está pronta para iniciar na próxima semana uma investigação antitruste em larga escala sobre o acordo.

Há meses a UE manifesta preocupação com uma possível fusão entre Google e Fitbit. Em fevereiro, o Conselho Europeu de Proteção de Dados alertou que o acordo apresentava um grande risco à privacidade. No início deste mês, o Google fez um esforço de última hora para salvar o negócio do escrutínio da UE: uma promessa legal de que não usaria os dados de saúde do Fitbit para a segmentação de anúncios.

O fato de a UE parecer determinada a prosseguir com um inquérito provavelmente indica que os reguladores não compraram essa história. De acordo com a Reuters, a Comissão Europeia deve anunciar oficialmente sua investigação em 4 de agosto e provavelmente terá quatro meses para analisar como os dados são usados ​​em relação aos cuidados de saúde.

Este pode ser um momento ruim para o Google. O prazo para fechar o acordo é 1º de novembro. Se você fizer as contas, uma investigação de quatro meses começando em 4 de agosto passará além dessa data. Esse prazo, de acordo com a Motley Fool, poderia ser estendido para 1º de maio de 2021, mas, a essa altura, o Google teria que desembolsar US$ 250 milhões a mais por causa de uma comissão de desmembramento.

E a União Europeia não é a única que não acredita que essa compra é uma boa ideia. O Departamento de Justiça dos EUA e as autoridades australianas também estão analisando o acordo.

Do ponto de vista de aparelhos vestíveis, os chamados wearables, faz sentido que o Google interesse em comprar o Fitbit. Vamos falar a verdade: o Wear OS é uma porcaria, tem sido assim há muito tempo e não mostra sinais de que ele vai deixar de ser em um futuro próximo.

A Fitbit também tem tido dificuldades nos últimos anos. Depois de comprar a Pebble, seu smartwatch Ionic não foi um sucesso e, apesar de ter tido mais sucesso com o Versa, isso não impediu que continuassem a sair reportagens de que a Fitbit estava procurando um comprador após as vendas do Versa Lite decepecionarem.

Juntando isso com o interesse do Google no que ele chama de “computação ambiental” e um investimento recente na tecnologia vestível da Fossil, dá para entender que a compra do Fitbit seria a maneira mais rápida de competir com a Apple, Samsung, Huawei e Xiaomi.

Além disso, você sabe, a Fitbit tem esses dados de saúde saborosos e suculentos. Os rastreadores e relógios inteligentes podem monitorar tudo, desde batimentos cardíacos, sono, atividades e saúde reprodutiva (e sim, isso pode incluir quando você faz sexo). E, desde o início da pandemia, a Fitbit está até tentando ver se seus dispositivos podem detectar o COVID-19 com antecedência.

Grupos de privacidade e proteção ao consumidor têm manifestado desde o início que o acordo apenas fortaleceria o domínio do Google sobre coisas como pesquisa, publicidade e dados do consumidor. Os dados de saúde, em particular, são valiosos e altamente sensíveis.

Não inspira confiança o fato de que, logo após o anúncio do acordo, o Google tenha acumulado milhões de dados de saúde das pessoas sem seu consentimento ou conhecimento por meio de um programa chamado “Project Nightingale”. (Embora, para ser justo, seja necessário lembrar que o Fitbit também lucra com seus dados de saúde desde muito antes do acordo do Google.)

Sinceramente, se esse acordo fracassar, não vai ser um grande problema para o Google. No máximo, isso vai atrasar seu plano para wearables, seja ele qual for. Para a Fitbit, a situação é mais delicada. De qualquer forma, pode levar meses até que saibamos o que vai acontecer. Enquanto isso, é melhor não ficar na expectativa por um Pixel Watch.

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Apesar de treta nos EUA, Huawei tira a liderança da Samsung em smartphones no 2º trimestre

Posted: 30 Jul 2020 01:45 PM PDT

Samsung Galaxy S10 e Huawei P30 Pro

A Huawei foi a fabricante que mais enviou smartphones ao redor do mundo no segundo trimestre de 2020. É a primeira vez que a companhia atinge a liderança do mercado e a notícia chega em um momento surpreendente, já que os Estados Unidos têm colocado uma série de restrições sobre a fabricante chinesa nos últimos meses.

Os números são da Canalys, empresa de análise de mercado, que destaca que é a primeira vez em 9 anos que essa liderança não fica com Samsung ou Apple. Os números dizem respeito aos envios de aparelhos, ou seja abastecimento de estoques.

A Huawei enviou 55,8 milhões de dispositivos no 2º trimestre de 2020, com uma queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O que aconteceu foi que a demanda pelos aparelhos da Samsung despencou 30% de um ano para outro, alcançando 53,7 milhões de aparelhos enviados.

Gráfico mostra comparativo entre Huawei e Samsung no envio de smartphonesCrédito: Canalys

A liderança da Huawei só aconteceu porque a demanda por seus produtos aumentou no mercado chinês. A exportação de smartphones da empresa chinesa caiu 27% no 2º trimestre, sempre em comparação com o mesmo período de 2019. Por outro lado, os envios dentro da China subiram 8%, abocanhando mais de 70% da fatia local.

“Este é um resultado surpreendente que poucas pessoas teriam previsto há um ano. Se não fosse pelo COVID-19, não teria acontecido. A Huawei tirou vantagem da recuperação econômica chinesa para reacender seu mercado de smartphones. A Samsung tem uma presença muito pequena na China, com menos de 1% do mercado, e tem visto seus principais mercados como Brasil, Índia, Estados Unidos e Europa, assolados por surtos e subsequentes lockdowns”, disse o analista sênior da Canalys, Ben Stanton.

É difícil dizer se a companhia vai conseguir manter a liderança, mas parece ser uma tarefa difícil. A Huawei não pode mais vender novos smartphones com a Play Store e outros aplicativos do Google pré-instalados, justamente por causa da uma proibição do governo dos EUA.

A Samsung, por outro lado, disse que espera que seus números melhorem após o lançamento de novos modelos topo de linha, que devem ser anunciados 5 de agosto. A expectativa é que sejam lançados o Galaxy Note 20 e Galaxy Z Fold 2.

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Uma intrigante nuvem alongada volta a aparecer em Marte

Posted: 30 Jul 2020 12:19 PM PDT

A AMEC (ou nuvem alongada Arsia Mons), em Marte. Crédito: ESA/GCP/UPV/EHU Bilbao

Como se tivesse hora marcada, uma estranha nuvem voltou a aparecer acima da superfície marciana.

Esta longa e fina nuvem foi avistada entre 17 e 19 de julho pela Câmera de Monitoramento Visual (VMC) da Mars Express, um satélite que tem estado na órbita de Marte desde 2004. Estas imagens foram possíveis devido à órbita elíptica da Mars Express e à ampla visão de campo da VMC, como foi notado num comunicado de imprensa da ESA (Agência Espacial Europeia).

Esta nuvem é recorrente em Marte, aparecendo anualmente acima do Arsia Mons, um vulcão de quase 20 km de altitude localizado perto do equador marciano. A nuvem assemelha-se a uma pluma vulcânica, mas não está associada a qualquer tipo de atividade do vulcão.

Composta de gelo de água, ela surge ao longo da encosta de sotavento do vulcão, ou seja, o lado não voltado para os ventos predominantes.

A Nuvem Alongada Arsia Mons (ou AMEC, na sigla em inglês) pode atingir cerca de 1.800 km de comprimento. Por incrível que pareça, ela pode se tornar grande o suficiente para ser avistada por telescópios na Terra, de acordo com a ESA.

"Temos investigado este fenômeno intrigante e esperávamos ver agora justamente a formação desta nuvem", disse Jorge Hernandez-Bernal, candidato a doutorado na Universidade do País Basco na Espanha, em comunicado da ESA.

Registro na nuvem AMEC em 2018. Crédito: ESA/GCP/UPV/EHU BilbaoRegistro na nuvem AMEC em 2018. Crédito: ESA/GCP/UPV/EHU Bilbao

A AMEC se forma todos os anos na época do solstício de verão do sul do planeta, quando o hemisfério sul de Marte recebe a maior quantidade de luz do dia. A nuvem se forma no início da manhã, acumula-se nas próximas horas e depois se dissipa rapidamente. Esse ciclo meteorológico de nascimento e morte normalmente dura cerca de 80 dias.

Hernandez-Bernal disse que "ainda não sabemos se as nuvens são sempre tão impressionantes", pois as observações em close da AMEC começaram há 11 anos.

O último ciclo da AMEC aconteceu há dois anos. Observações anteriores foram conduzidas pela Mars Express em 2015, 2012 e 2009. As estações em Marte duram o dobro do tempo na Terra, pois um ano em Marte dura 687 dias terrestres, daí os longos “atrasos” entre os ciclos anuais da AMEC.

A formação dessas nuvens de gelo de água pode ter algo a ver com a quantidade de poeira presente na atmosfera marciana, mas os cientistas têm muito a aprender sobre essas gigantescas nuvens alongadas, como quando apareceram pela primeira vez e por que se formam tão cedo pela manhã.

Marte não é o único planeta com nuvens intrigantes. As formações atmosféricas de Júpiter são ainda mais impressionantes, com redemoinhos e torções hipnotizantes.

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Chrome OS pode ganhar integração mais abrangente com celulares Android

Posted: 30 Jul 2020 10:27 AM PDT

Quem usa Chrome OS pode conectar seu Android ao notebook para enviar mensagens de texto ou usá-lo como um ponto de acesso Wi-Fi automático. Mesmo assim, faltam alguns recursos. Comparado ao aplicativo Your Phone (ou Seu Telefone) do Windows 10, a integração não é tão profunda e não conta com recursos como gerenciamento de fotos e reprodução de música.

Alguns telefones Samsung também contam com recursos como integração do processo de copiar/colar em vários dispositivos, além de permitirem que você exiba a tela do seu dispositivo no seu PC. O meu Samsung Galaxy Note 9 faz isso perfeitamente.

Mas isso deve mudar em breve. O 9to5Google relata que o Chrome OS pode receber um recurso chamado Android Phone Hub — uma versão aprimorada do que eles já oferecem, com recursos muito semelhantes ao aplicativo Your Phone do Windows 10. Uma alteração de código parece apontar para isso, com uma referência a um novo “hub de celular”.

Enable Phone Hub

Provides a UI for users to view information about their Android phone and perform phone-side actions within Chrome OS.

#enable-phone-hub

(Tradução: Ativar Hub do Celular. Fornece uma interface de usuário para visualizar informações sobre seu celular Android e executar ações no telefone usando Chrome OS.)

Indo mais fundo, essa alteração de código também faz referência a novas notificações, um contador de notificações e continuação de tarefas. Como o Your Phone do Windows, parece que você poderá gerenciar as notificações do seu telefone no Chrome OS e receber um alerta na tela do computador sempre que alguém enviar uma mensagem de texto, no Facebook ou algo semelhante. Com o Your Phone, você pode selecionar quais aplicativos deseja notificá-lo no seu PC. No entanto, não está claro onde o contador de notificações aparecerá no Chrome OS.

Quanto à continuação de tarefas, isso pode permitir que o Chrome OS e o Android iniciem uma tarefa em um dispositivo e continuem de onde pararam no outro. Já dá para fazer isso com coisas como o Google Docs, mas como este Phone Hub se concentrará em uma melhor integração entre o Chrome OS e o Android, imagino que será possível algo como iniciar uma mensagem de texto no celular, finalizá-la e enviá-la no seu computador. Isso é, inclusive, algo que não dá para fazer no app do Windows 10.

Obviamente, o Google não falou de nada disso. No entanto, ele já permite compartilhar páginas da web entre o Chrome do seu PC e o Android e vice-versa. Por isso, seria bom ter recursos mais integrados, que funcionam como o Your Phone. Como o 9to5Google aponta, chega a ser estranho que o Google esteja atrasado em relação ao Windows, mas parece que ele vai correr atrás.

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Uber terá opção para chamar táxis em São Paulo

Posted: 30 Jul 2020 08:20 AM PDT

Pessoa segura celular com app da Uber em frente a um táxi

Quando o Uber chegou no Brasil, rolou uma desavença e tanto com os taxistas – não foi uma exclusividade do País, inclusive. Muita coisa rolou de lá para cá, algumas cidades adotaram regulamentações e agora o aplicativo e os táxis poderão fazer as pazes. A empresa anunciou que permitirá o cadastramento de táxis como uma das modalidades de corrida na cidade de São Paulo.

São Paulo será a segunda cidade da América Latina com essa opção; a primeira foi Santiago do Chile no mês passado. Outras 22 cidades ao redor do mundo também contam com a modalidade, que na capital paulista pode oferecer algumas vantagens como circulação nas faixas de ônibus – o que pode agilizar bastante um trajeto na região central.

O cadastro de taxistas começa na semana que vem e a expectativa é que a modalidade apareça para os usuários “no próximo mês”.

O preço do Uber Taxi vai seguir a tabela de tarifas determinada pela legislação municipal. O usuário verá uma estimativa de valores ao pedir o táxi, que podem mudar ao decorrer da viagem.

No final da corrida, o taxista precisará incluir o valor calculado pelo taxímetro no aplicativo para que a cobrança seja realizada. O Uber explica que, neste primeiro momento, serão aceitos somente pagamentos digitais (cartão de crédito cadastrado no app ou saldo no app, por exemplo).

Tela do aplicativo do Uber na opção táxiCrédito: Uber

O comunicado da companhia diz que as viagens com taxistas contarão com todos os recursos de segurança oferecidos pela plataforma da Uber nas demais modalidades, como informações com nome do motorista, modelo e placa do carro e até o código de verificação que foi implementado recentemente.

Os taxistas interessados em aparecer na plataforma da Uber precisarão se cadastrar, assim como os motoristas de outras modalidades. Entre os documentos necessários estão CNH com a observação de atividade remunerada, documento do carro, Alvará, Condutax e a verificação de segurança com checagem de antecedentes.

A companhia informou ainda que a nova categoria terá acesso ao programa de assistência financeira implementado por causa da pandemia de COVID-19 e poderão pedir reembolso pela compra de máscaras e álcool em gel, caso cumpram os requisitos do app.

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Bezos não garante que Amazon siga regras da própria empresa para proteger vendedores

Posted: 30 Jul 2020 07:49 AM PDT

Jeff Bezos durante audiência no Congresso dos EUA. Crédito: Graeme Jennings/Pool (Getty Images)

Nesta quarta-feira (29), durante a grande audiência antitruste de empresas de tecnologia no Comitê Judiciário da Câmara dos EUA, o CEO da Amazon, Jeff Bezos, disse que não podia garantir que a empresa não tenha violado suas próprias políticas de concorrência justa para proteger vendedores independentes em sua plataforma de comércio online.

Antes de ir para os detalhes, vale contextualizar um pouco a situação. Há várias formas pelas quais os clientes comprar pela Amazon. Em alguns casos, a empresa compra produtos no atacado de fornecedores e os revende para os clientes — essas são "vendas primárias", feitas pela própria Amazon, que atua como varejista neste caso.

É comum também que comerciantes usem a Amazon como loja digital; alguns enviam os produtos por conta própria, enquanto outros mandam os itens para os armazéns da Amazon, permitindo que a companhia cuide da logística e do atendimento ao cliente.

Além disso, existem marcas próprias da Amazon, como a Amazon Basics (ainda não disponível no Brasil), que são produtos feitos sob encomenda da própria marca.

Bezos ressaltou a proliferação de vendedores independentes na Amazon como evidência de que a empresa não está tentando suprimir a concorrência no mercado eletrônico.

Isso pode ser um fator importante em qualquer processo antitruste, já que a Amazon controla cerca de 38% das vendas de comércio eletrônico nos EUA. Em abril de 2019, ele disse que as vendas próprias haviam caído para 42% das vendas brutas de mercadorias, enquanto as vendas de terceiros eram 58% e aumentavam a cada ano.

No entanto, essa defesa só funciona se a Amazon estiver jogando limpo com vendedores independentes em vez de, digamos, usar táticas secretas para minar seus negócios.

A empresa diz que tem uma regra interna que a proíbe de coletar qualquer coisa, exceto dados agregados de vendas de terceiros, mas entrevistas com mais de 20 ex-funcionários feitas pelo Wall Street Journal e publicadas em abril de 2020 sugeriram que era comum que colaboradores violassem ou quebrassem essas regras para obter uma vantagem competitiva em produtos da linha própria.

O Wall Street Journal também informou que, ao juntar dados de apenas dois vendedores, a Amazon já passa a considerá-los como “agregados”, e que esses dados foram usados pela empresa para planejar lançamentos de novos produtos ou marcas próprias.

Embora a empresa tenha dito ao WSJ que as marcas próprias representavam apenas 1% dos seus US$ 158 bilhões em vendas anuais no varejo (sem contar os dispositivos da Amazon, como alto-falantes Echo, Kindles e câmeras Ring), ex-executivos da Amazon afirmaram que receberam metas incrivelmente ambiciosas para aumentar as vendas internas da marca para 10% das vendas no varejo até 2022.

À época, a Amazon disse ao Wall Street Journal que acessar tais dados era contra suas políticas e que uma investigação estava em andamento. Durante a audiência desta quarta-feira, Bezos disse à congresssta Pramila Jayapal que ele "não podia garantir que essa política nunca foi violada".

"Continuamos a analisar isso com muito cuidado", acrescentou. "Ainda não estou convencido de que chegamos ao fim [dessa investigação] e continuaremos analisando. Não é tão fácil como parece, porque algumas das fontes da reportagem são anônimas."

Bezos também confirmou à congressista Kelly Armstrong que a Amazon considera apenas dois produtos em uma categoria como o suficiente para mineração de dados "agregados" — apesar do fato de que, para os executivos da Amazon, seria fácil separá-los, especialmente se uma dessas empresas dominasse a categoria.

Como observou o Wall Street Journal, os membros do Congresso também perguntaram a Bezos sobre o fundo de capital de risco da Amazon, que supostamente investiu em concorrentes e obteve acesso a dados proprietários para lançar produtos concorrentes.

A congressista Jamie Raskin questionou Bezos se a empresa vende alto-falantes Echo abaixo do custo; ele respondeu que às vezes, durante ocasiões especiais. Já a congressista Mary Scanlon interrogou Bezos sobre uma guerra de preços com o site diapers.com, que fez o CEO da varejista responder que isso ocorreu há 11 anos, "então você está pedindo muito da minha memória".

Outra discussão sobre o "conflito de interesse inerente" da Amazon, desta vez com o presidente da subcomissão antitruste do Judiciário da Câmara, David Cicilline, não foi muito bem. De acordo com a transcrição do TechCrunch:

Cicilline: Não é um conflito de interesse inerente à Amazon produzir e vender produtos em sua plataforma que competem diretamente com itens de terceiros, principalmente quando vocês, da Amazon, definem as regras do jogo?

Bezos: Obrigado…não, não acredito nisso. Nós temos…o consumidor é quem toma as decisões sobre o que comprar, a que preço e com quem comprá-lo.

Cicilline: Não foi esta a pergunta, senhor Bezos. A questão é se existe um conflito de interesses inerente…você disse que não pode garantir que a política de não compartilhar dados de terceiros com a própria linha da Amazon tenha sido violada. Você poderia, por favor listar exemplos de quando essa política foi violada? Terceiros não devem ter certeza de que os dados não estão sendo compartilhados com sua própria linha de concorrentes?

Bezos: O que é importante entender é que temos uma política contra o uso de dados individuais de vendedores para competir com nossos produtos de marca própria.

Cicilline: Você não pôde garantir à senhora Jayapal que a política não é violada rotineiramente!

Bezos: Bem, quero dizer, estamos investigando isso. Não quero ir além do que sei agora, mas como consequência desta reportagem do Wall Street Journal, estamos analisando isso com muito cuidado.

A Amazon já foi acusada de outras práticas comerciais injustas ou anticompetitivas relativas a vendas próprias e de terceiros para alavancar e aumentar suas margens, como impor termos arbitrários e resoluções de disputas aos vendedores do marketplace.

Em outros casos, a Amazon supostamente encerrou as contas de vendedores e as colocou em um relacionamento de vendas diretas em que a Amazon pode controlar os preços. Houve também casos em que houve o contrário: determinou que comerciantes de vendas diretas fossem para o marketplace. Reguladores europeus lançaram sua própria investigação para verificar se a Amazon abusa do seu duplo papel como operadora de mercado e varejista online para aumentar rapidamente suas marcas internas.

"Estamos muito preocupados com essa zona de assassinato de inovação que parece estar surgindo", disse o congressista Joe Neguse durante a audiência.

"O que você tem a dizer às pequenas empresas que estão conversando com o Congresso simplesmente porque vocês não estão ouvindo elas?", perguntou a representante Lucy McBath durante a audiência. "Não acho que seja isso esteja acontecendo sistematicamente", respondeu Bezos. "Os vendedores terceirizados em geral estão indo muito bem na Amazon."

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Conceito maluco de smartphone da Xiaomi tem um espaço para guardar fones de ouvido

Posted: 30 Jul 2020 06:26 AM PDT

Conceito baseado em patente da Xiaomi para celular com espaço para guardar fones de ouvido

Com smartphones como o MiMix Alpha e seu misterioso protótipo de dobrável com três dobras, a Xiaomi é conhecida pelos conceitos meio malucos. Em uma patente recentemente descoberta, a fabricante chinesa surgiu com uma ideia que eu acho que é melhor deixar no papel.

Em uma patente apresentada ao sistema de Desenho Internacional de Haia (que faz parte do Escritório Mundial de Propriedade Intelectual), a Xiaomi descreve um smartphone que vem com fones de ouvido dobráveis que são projetados para serem guardados dentro do aparelho quando não estiverem em uso. Não há necessidade de ficar levando por aí o case para carregar.

Em teoria, a ideia é interessante. Com tantas pessoas usando fones de ouvido sem fio como o AirPods da Apple ou o Galaxy Buds da Samsung, conseguir guardá-los dentro do celular significaria que você poderia deixar a caixinha deles em casa.

E quando os fones ficarem com pouca bateria, você poderia simplesmente colocá-los de volta no aparelho onde eles poderiam ser recarregados, sugando um pouquinho da bateria do smartphone.

A ideia ganhou um pouco mais de vida com renderizações feitas com base nas patentes da Xiaomi, criadas pelo site holandês LetsGoDigital. Trata-se somente de um conceito, mas dá uma noção de como se pareceria no mundo real.

De acordo com a patente, um truque com uma chave faria com que os fones de ouvido coubessem dentro do smartphone sem que se tornassem muito grandes ou desajeitados, graças a uma pequena dobradiça que permite que o fone de ouvido gire e fique completamente reto, dependendo da situação.

Esse mecanismo também permitiria ajustá-los corretamente aos seus ouvidos. É uma ideia bastante inteligente, embora existam possíveis falhas neste design.

A primeira questão é que os fones de ouvido, pelo menos nessa forma que foi desenhado pelo LetsGoDigital não parecem ser muito confortáveis.

Adicionar algum tipo de acolchoamento ou diferentes borrachinhas para torná-lo mais agradável de se usar o tornaria mais difícil de “desaparecerem” completamente no corpo do smartphone.

Talvez o maior problema seja simplesmente a quantidade de espaço que você precisaria deixar para os fones de ouvido. Nos últimos anos, as fabricantes culparam o conector de 3,5 mm por ocupar muito espaço e é a razão pela qual muitos telefones novos são lançados com uma única porta (geralmente USB-C ou Lighting).

Mas na patente da Xiaomi, a companhia teria que deixar duas aberturas para abrigar os fones, com ambos auriculares provavelmente ocupando mais espaço do que uma entrada de fone de ouvido.

O modelo provavelmente seria enorme para que houvesse espaço suficiente para os fones e os componentes tradicionais como processador, várias câmeras, uma bateria, entre outros. Pense no Galaxy Note 10+ ou algo ainda maior.

Além disso, um smartphone que vem com um par de fones de ouvido sem fio integrados pode mais afastar clientes do que atraí-los. As pessoas podem ser bastante exigentes com seus fones de ouvido.

Para muitas pessoas, os fones de ouvido intra-auriculares simplesmente não se encaixam corretamente ou são mais propensos a cair e ter um par fixo para o aparelho pode afastar alguns clientes.

Há também o problema do que fazer caso alguém perca um dos fones de ouvido. As fabricantes normalmente não vendem fones de ouvido individuais, portanto, substituir um fone no caso de alguém perdê-lo pode gerar ainda mais custos (como acontece com fones do tipo).

Embora eu curta a ideia, é preciso refiná-la bastante para transformar a patente em algo viável.

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NASA lança com sucesso sonda Perseverance com destino a Marte

Posted: 30 Jul 2020 05:44 AM PDT

Lançamento da sonda Perservarance com destino a Marte. Crédito: NASA/Joel Kowsky

Nesta quinta-feira, às 8h50 (horário de Brasília), o foguete Atlas V partiu com a sonda Perseverance em direção a Marte.

Este era o momento certo para fazer o lançamento, já que órbita de transferência de Hohmann estava livre, mas por um tempo limitado (as condições não se repetirão por outros 26 meses).

Enviar objetos para Marte é ideal nesse cenário porque essa orientação orbital oferece uma jornada relativamente rápida para o Planeta Vermelho. Foi por isso que as missões Hope, dos Emirados Árabes Unidos, e a sonda Tianwen-1, da China, também foram lançadas recentemente.

A sonda Perseverance, da NASA, partiu do Centro Espacial Kennedy em um foguete Atlas V. O objetivo principal desta missão, batizada de Marte 2020, é buscar por sinais de vida passada no Planeta Vermelho. Isso será feito dentro da cratera Jezero, um local que já abrigou a foz de um rio e um lago.

Durante sua missão de quase dois anos, Perseverance analisará a geologia e o clima do planeta, estudará rochas e sedimentos, e conduzirá um experimento no qual tentará produzir oxigênio a partir do dióxido de carbono atmosférico (muito útil se você for um colonizador marciano!).

Perseverance também coletará pedras e amostras de solo, as colocará em pequenos recipientes e as jogará na superfície para uma futura missão de coleta e transporte para a Terra. Ainda hoje foi anunciado que a Airbus construirá a nave espacial responsável pela entrega desta carga à Terra, em uma missão que deverá ser lançada em 2026.

O rover tem um companheiro de viagem na forma de um pequeno helicóptero chamado Ingenuity. Caso funcione, esta aeronave de rotor será a primeira feita pelo homem a conseguir um vôo controlado em outro planeta. O helicóptero pode voar de forma autônoma, mas não vai muito além disso. Por outro lado, o seu sucesso provavelmente levará a projetos mais ambiciosos.

A sonda e o helicóptero estão programados para chegar a Marte em 7 de fevereiro de 2021, após uma viagem de sete meses até o Planeta Vermelho. Se tudo der certo, ela se juntará a antecessores como Sojourner, Spirit, Opportunity e Curiosity, esta última que ainda está em operação.

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Aquela orca que carregou seu filhote morto está grávida novamente

Posted: 30 Jul 2020 04:26 AM PDT

À esquerda uma orca em setembro de 2019. À direita, a mesma orca grávida em julho de 2020

Em 2018, o coração coletivo do mundo ficou partido quando Tahlequah, uma baleia orca que tem o nome formal de J35, carregou pelo oceano seu filhote morto por mais de duas semanas. Agora, a Tahlequah está grávida novamente.

Pesquisadores da Southall Environmental Associates (SEA) e da SR3, dois grupos ambientais focados na vida marinha, publicaram fotos no domingo mostrando que algumas das baleias da população de orcas residentes do sul, que estão ameaçadas de extinção, estão grávidas. A Tahlequah está entre elas.

As baleias orcas residentes no sul representam a menor das quatro comunidades residentes na porção nordeste da América do Norte no Oceano Pacífico.

É uma notícia empolgante, uma vez que existem somente 73 orcas residentes no sul desde o final do ano passado. Eles têm enfrentado o que alguns cientistas têm chamado de “evento de extinção” devido à pressão humana. Estas orcas comem exclusivamente rei salmão, uma espécie maior de salmão que também está em perigo de extinção.

A má administração da pesca e a destruição do habitat estão ameaçando os peixes, disse Deborah Giles, bióloga do Centro de Biologia de Conservação da Universidade de Washington, ao Gizmodo.

O declínio da população de salmão, por sua vez, levou à desnutrição e à fome das baleias e causou a morte de algumas orcas bebês no passado. O ruído oceânico causado pelas embarcações e os contaminantes tóxicos também estão ameaçando a sobrevivência das orcas residentes no sul.

Neste ponto, cada nova adição à população poderia contribuir muito para evitar a extinção. As gestações podem durar um ano e meio e a orca bebê se torna uma parceira para toda a vida. Estas longas gestações tornam difícil para a população aumentar substancialmente.

Muitos nascimentos recentes de baleias orcas residentes no sul também não tiveram sucesso devido à desnutrição e à alimentação insuficiente. No caso de Tahlequah, o fracasso parecia ser emocionalmente doloroso. Em 2018, ela carregou ao redor de sua cria morta por um recorde de 17 dias. O estranho comportamento deixou muitos cientistas perplexos. Alguns cientistas viram isto como um sinal de que estas criaturas podem ficar de luto. Ainda assim, há esperança.

“É sempre uma boa notícia quando elas estão grávidas”, disse Giles. “Estou esperançoso pela J35”.

Giles foi clara, porém, que ela está sentindo “otimismo cauteloso”. Infelizmente, a realidade pode ser que estas gravidezes acabem sendo mais perdas dolorosas para a população. Giles disse que muitas das baleias são “frágeis”, o que não é um bom indicador para sua saúde geral.

“É fácil celebrar uma gravidez, mas o fato é que é bem possível que isso não resulte em um nascimento saudável”, disse ela.

A saúde das baleias está ligada ao seu crescimento. É por isso que os cientistas da SEA e SR3 estão usando drones para fotografar e estudar as orcas, um método de observação que também é menos intrusivo do que outros. Por meio desta avaliação, eles já viram mudanças suficientes no tamanho do corpo de algumas das fêmeas do grupo para reconhecer que estão grávidas.

O que as baleias precisam agora é de muita comida e espaço. Alguns ativistas têm convocado governos estaduais e federal para restaurar e proteger os salmões no baixo Rio Snake no Noroeste do Pacífico para ajudar a dar a essas orcas os nutrientes de que precisam.

A crise climática está empurrando espécies em todo o mundo para a beira do abismo. Os cientistas suspeitam que isto possa estar contribuindo para o declínio do rei salmão e, portanto, para o declínio das orcas também. Outras baleias, no entanto, têm visto alguns sinais positivos. No ano passado, as baleias francas do Atlântico Norte estavam dando à luz novamente. Talvez as orcas residentes do sul também possam finalmente ter algumas boas notícias.

“Estamos entusiasmados em saber da gravidez de J35”, disse Robb Krehbiel, o representante dos Defensores da Vida Selvagem em Seattle, ao Gizmodo em um e-mail. “A promessa de uma nova cria é uma grande notícia para estas orcas do sul, criticamente ameaçadas de extinção, e esperamos que seja a primeira de muitas novas gravidezes este ano.”

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