quarta-feira, 8 de julho de 2020

Gizmodo Brasil

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Limite para compras por aproximação sem senha aumenta de R$ 50 para R$ 100

Posted: 07 Jul 2020 02:59 PM PDT

Pessoa fazendo pagamento por aproximação

A tecnologia de pagamento por aproximação ainda parece mágica em alguns estabelecimentos, mas com a opção dos cartões contactless, o negócio tem evoluído. Uma preocupação com esse tipo de transação sem senha eram possíveis fraudes, como alguém encostar uma maquininha indevidamente, por exemplo. Por isso, havia um limite de R$ 50. Agora esse valor subiu para R$ 100.

A mudança foi aprovada nesta segunda-feira (6) pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), atendendo a um pedido do setor. Qualquer compra em até R$ 100 paga por NFC poderá ser autorizada sem pedir a autenticação do PIN.

As bandeiras ainda não têm certeza de quando o novo limite passa a valer. O Gizmodo Brasil entrou em contato com a Abecs, que nos disse que “existe um prazo de adequação sistêmica tanto por parte das credenciadoras quando dos emissores de cartões” e que por isso não tem como estimar uma data. Ainda de acordo com a associação, eles acreditam que não demorará muito para que os clientes sejam notificados sobre a mudança.

A Visa ainda não deu data, mas enviou um comunicado para a imprensa informando sobre a novidade. De acordo com a companhia, os pagamentos por aproximação alcançaram 7 milhões de transações mensais em dezembro de 2019 e o número tem crescido nos últimos meses, em parte devido à pandemia de COVID-19.

Muita gente passou a adotar os pagamentos por aproximação, fosse por meio dos cartões contactless ou via smartphone com NFC (com soluções como Apple Pay e Samsung Pay). O crescimento do uso de cartões Visa com pagamento por aproximação no país em março foi cinco vezes maior de um ano para outro, segundo a companhia.

A Mastercard também fez um levantamento que apontou para a tendência de crescimento desse método de pagamento com a pandemia. A companhia disse, em um comunicado, que “as transações Mastercard também passarão a ter esse novo limite sem senha a partir da data que será definida pela Abecs”.

Ou seja, a novidade está aí, mas ainda ninguém sabe quando passa a valer de verdade.

Em alguns casos, o usuário não precisa incluir o PIN do cartão para compras em valores maiores do que o permitido porque há uma camada de autenticação no próprio smartphone, por exemplo – geralmente por meio da digital ou pelo FaceID, no caso dos produtos da Apple.

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Amazon agora tem vendas recorrentes com 10% de desconto em itens de mercado, beleza e pet shop

Posted: 07 Jul 2020 01:27 PM PDT

Aos poucos, quem não gosta, não pode ou não tem tempo de ir ao mercado está ganhando opções de entrega. A mais nova são as compras recorrentes da Amazon, que oferecem 10% de desconto sobre o valor do produto.

O serviço Programe e Poupe, da varejista, chegou ao Brasil nesta terça-feira (7) e vale para produtos selecionados das categorias de higiene pessoal, limpeza, pets, bebês, bebidas e alimentos. Você escolhe um item e programa a entrega em intervalos que vão de um mês a seis meses, mas sempre em um número redondo de meses — não dá para escolher um mês e meio, por exemplo.

Não há taxa de adesão nem custo adicional, e é possível alterar, pular ou cancelar a entrega sempre que for necessário. A Amazon promete enviar um e-mail como lembrete antes de cada entrega para você poder revisar se está tudo certo. O desconto de 10% é sempre aplicado ao valor vigente do item no momento do envio desse lembrete.

Para quem não é cliente do Amazon Prime, a primeira entrega é cobrada, e o frete é gratuito da segunda em diante.

Dando uma olhada na lista de produtos participantes, dá para ver bastante coisa, como vários produtos de limpeza, creme dental, escovas de dentes, cafés em cápsula, biscoitos, macarrão, fraldas e ração para animais. Aparentemente, a preferência é por marcas famosas. “O programa inclui grandes marcas como Pampers, Lysoform, L'Oreal, Veja, Nestlé e Hills e de fabricantes como Procter & Gamble e Reckitt Benckiser”, diz o comunicado da Amazon.

Procurei alguns produtos mais específicos, como leite longa vida e as rações da marca que compro aqui em casa para meus bichos, por exemplo, e vi que não participam do programa. Então, é bom saber: nem tudo que você encontra na Amazon pode ser assinado. Se você pensar que é preciso uma reposição de estoque mais regular para dar conta das assinaturas, faz sentido que produtos com menos saída não estejam disponíveis nesse sistema.

Comprando qualquer item pelos links desta página, o Gizmodo Brasil pode ganhar uma comissão do programa de afiliados da Amazon.

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Conheça todos os sensores do seu smartphone e como eles funcionam

Posted: 07 Jul 2020 01:01 PM PDT

O seu smartphone é um grande feito da engenharia: ele reúne meia dúzia de dispositivos em um só. A maioria das suas características mais interessantes só podem ser realizadas graças a uma ampla gama de sensores – mas o que são eles e o que fazem?

Como o seu telefone consegue contar quantos passos você dá e substituir um monitor de atividades físicas? O GPS consome dados móveis? Quais sensores você deveria se assegurar que estão no seu próximo aparelho?

Tudo o que você precisa saber está aqui.

Acelerômetro

acelerometroO melhor uso para um acelerômetro – um carro em bitmoji no Snapchat. (Imagem: Captura de Tela)

Os acelerômetros controlam a detecção de movimento baseada em eixos e podem ser encontrados em monitores fitness, bem como em telefones – é por causa deles que seu smartphone consegue registrar seus passos, mesmo que você não tenha comprado um dispositivo vestível.

Eles também dizem ao software do smartphone em qual direção o aparelho está apontando, algo que está se tornando cada vez mais importante com a chegada dos aplicativos de realidade aumentada.

Como o nome já indica, o acelerômetro mede a aceleração, então o mapa dentro do Snapchat consegue colocar um carro ao redor do seu bitmoji quando você está dirigindo, além de ser necessário para várias outras aplicações úteis.

O sensor em si é feito de outros sensores, incluindo estruturas microscópicas de cristal que se estressam por causa das forças de aceleração. O acelerômetro então interpreta a tensão que vem desses cristais para descobrir o quão rápido seu smartphone está se movimentando e para qual direção está apontando.

Ele é o responsável por trocar do modo retrato para o modo paisagem na interface e exibir sua velocidade atual em um aplicativo de mapas. O acelerômetro é um dos sensores mais importantes.

Giroscópio

giroscopioA precisão extra do giroscópio é útil para jogos e fotos em 360 graus. Imagem: Captura de Tela

O giroscópio ajuda o acelerômetro a entender de que forma o celular está orientado – ele adiciona uma camada extra de precisão, para que aquelas fotos esféricas em 360 graus fiquem realmente impressionantes.

Quando você joga um joguinho de corrida no seu celular e inclina a tela para pilotar o carro, é o giroscópio que está sentindo o que você está fazendo, em vez de ser o acelerômetro. Isso porque você está aplicando uma leve inclinação no smartphone e não está se movendo.

Os giroscópios não são exclusivos dos telefones. Eles são utilizados em altímetros dentro de aeronaves para determinar a altitude e a posição, por exemplo, e para manter câmeras estáveis enquanto estão em movimento.

Os giroscópios dentro dos celulares não utilizam rodas e suspensões como os dispositivos mecânicos tradicionais que você pode encontrar em um avião antigo – em vez disso, eles são giroscópios Micro-Eletro-Mecânicos (MEMS, na sigla em inglês), uma versão menor do conceito embutido em uma placa eletrônica, para que caiba em um celular.

A primeira vez que os giroscópios MEMS realmente fizeram sucesso foi no iPhone 4, em 2010. Naquela época, era incrivelmente inovador conseguir fazer com que o celular detectasse a orientação no espaço físico com tanta precisão – hoje em dia, é algo normal.

Magnetômetro

magnometroA bússola do seu smartphone funciona graças ao magnetômetro. Imagem: Captura de Tela

Completando o triumvirato dos sensores responsáveis por identificar onde o seu smartphone está no espaço físico, temos o magnetômetro. Novamente, o nome dá uma dica do que ele faz: mede os campos magnéticos e assim consegue dizer para qual lado está o norte, ao diferenciar sua tensão de saída para o celular.

Quando você entra e sai do modo bússola no Google Maps ou Apple Maps, é o magnetômetro que faz o trabalho de mostrar o mapa na direção certa. Ele também permite o funcionamento dos aplicativos de bússola.

Magnetômetros também são encontrados em detectores de metal, já que eles conseguem detectar metais magnéticos. É por isso que existem alguns aplicativos de detecção de metais para smartphones.

No entanto, o sensor não funciona só para o seu propósito principal, que seria permitir o bom uso de apps de mapas – ele opera em conjunto com os dados que vêm do acelerômetro e da unidade do GPS para descobrir onde você está no mundo e para qual direção você está apontando (muito útil para aquelas rota de navegação detalhadas).

GPS

gpsSatélites GPS dão ao seu celular uma posição exata. Imagem: Captura de Tela

Ah, GPS! Onde estaríamos sem você? Provavelmente em um lugar remoto, enlameado, amaldiçoando o dia em que abandonamos nossos mapas de papel para os equivalentes eletrônicos.

As unidades de GPS dentro dos celulares recebem um sinal de um satélite que está no espaço para descobrir em que parte do planeta você está. Eles não utilizam nenhum dado móvel, e é por isso que você consegue visualizar sua localização mesmo quando seu aparelho está sem sinal e mesmo que o mapa mostre apenas uma bagunça em baixa resolução, ou aquela tela branca, sem nenhuma informação.

Ele se conecta com múltiplos satélites e então calcula onde você está, baseado nos ângulos das intersecções. Se nenhum satélite for encontrado – se você está no subterrâneo ou o céu está muito, muito nublado – ele não conseguirá dar sua posição.

E embora o GPS não utilize os dados móveis, toda essa comunicação e cálculos podem drenar sua bateria, e é por isso que a maioria dos guias para economizar bateria dizem para desligar os serviços de localização. Aparelhos menores, como smartwatches, não possuem um GPS por essa mesma razão.

O GPS não é a única forma de seu celular descobrir sua posição – a distância para torres de celulares também pode ser utilizada para dar uma aproximação –, mas se você precisa de uma navegação real, ele é essencial. Os GPS atuais que estão dentro dos nossos smartphones combinam os sinais de GPS com outros dados, como a força do sinal de celular, para dar leituras de localização mais precisas.

Sensores biométricos

Sensores biométricos agora são colocados sob a tela. Crédito: QualcommSensores biométricos agora são colocados sob a tela. Crédito: Qualcomm

Quase todos os telefones no mercado vêm com um sensor de impressão digital ou um sistema de reconhecimento facial para ajudá-lo a desbloquear o telefone. Esses sensores biométricos podem ser enganados de certa maneira, mas geralmente são mais seguros — e convenientes — do que usar apenas um código PIN.

Os sensores de impressão digital foram dos botões de hardware para os circuitos na tela. Existem três tipos principais: óptico (varredura com luz), capacitivo (varredura com capacitores eletrônicos) e ultrassônico (varredura com ondas sonoras). Para obter os melhores resultados, os sensores de ultrassom são os melhores, porém as outras duas opções não deixam de ser boas. Elas são predominantemente usadas em aparelhos mais baratos.

Estes sensores não trabalham sozinhos, com os fabricantes implementando uma variedade de truques e algoritmos de software diferentes para tornar o reconhecimento de impressões digitais o mais preciso possível. Os melhores telefones Android premium agora têm sensores de impressão digital na tela quase tão bons quanto os que usam botões físicos de hardware.

Você não encontrará um sensor de impressão digital nos iPhones de primeira linha ou no Pixel 4, é claro: esses telefones e outros como eles usam reconhecimento facial. Novamente, uma variedade de tecnologias é implantada aqui, com aparelhos mais baratos simplesmente usando uma lente da câmera normal e tentando verificar sua identidade como uma foto de alta resolução.

Em dispositivos topo de linha, um sensor infravermelho mapeia seu rosto em três dimensões usando pontos, que são interpretados pelo software do telefone. quanto mais inteligente o software, mais rápido o desbloqueio. Quando o desbloqueio facial funciona bem, pode parecer mágico, mas há muito mais trabalho nos bastidores.

O restante

Pixel 4. Crédito: Sam Rutherford/GizmodoPixel 4. Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Você tem muito mais sensores em seu telefone, embora eles talvez não sejam tão importantes quanto os que já mencionamos. O Pixel 4 e o Pixel 4 XL são únicos a ter um sensor Soli, que é essencialmente um módulo de radar: ele pode detectar movimentos perto do telefone e logo acima dele, para que os alarmes fiquem mais silenciosos enquanto você os move para silenciá-los e o desbloqueio facial pode ser acionado assim que você pegar seu telefone.

No lado da Apple, vimos o LiDAR adicionado aos iPads Pro e pode muito bem chegar ao próximo iPhone. Em resumo, é uma tecnologia de varredura de luz laser que pode analisar a profundidade e mapear uma sala com muita precisão e será mais útil para apps de realidade aumentada nos próximos anos.

Depois, há o chip U1 nos telefones mais novos da Apple. É mais uma antena de comunicação do que um sensor, mas pode ajudar a determinar a localização e a direção em que o telefone está sendo direcionado. Muitos telefones, incluindo o iPhone, também possuem um barômetro que mede a pressão do ar: é útil para tudo, desde a detecção de como está o tempo até em saber a altitude em que você está.

O sensor de proximidade geralmente fica perto do alto-falante superior e combina um LED infravermelho e um detector de luz para desligar a tela quando o seu celular está perto da sua orelha. O sensor emite um feixe de luz que é enviado de volta, embora isso seja invisível ao olho humano.

Já o sensor de luz do ambiente faz exatamente aquilo que você poderia esperar dele, medindo a luz do ambiente e ajustando o brilho da sua tela de acordo (se você deixar essa configuração ativa).

luzSeu smartphone ajusta o brilho da tela para se adequar à iluminação do ambiente, se você permitir. Imagem: Captura de Tela

Assim como o resto da tecnologia que está no seu celular, esses sensores estão ficando cada vez menores, mais espertos e menos consumidores de energia. Então, mesmo que o smartphone de cinco anos atrás também tenha um GPS, isso não quer dizer que ele será tão preciso quanto o de um aparelho atual. Adicione ajustes no software e otimizações, e essa é mais uma razão pela qual você deveria pensar em comprar um novo smartphone de tempos em tempos, mesmo que quase nunca veja esses sensores listados nas especificações. Além disso, esses últimos que citamos nem sempre estão presentes nos smartphones mais baratos.

Obrigado Live Science, Quora, Virtual Reality Society, iFixit, HowStuffWorks e RotoView por muitas das informações que colocamos aqui.

Atualização de post publicado originalmente em 24 de julho de 2017.

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Google Docs ganha suporte a modo escuro no Android

Posted: 07 Jul 2020 12:26 PM PDT

Eu cometi um erro terrível. Eu, dona de um computador em miniatura fabricado pela Apple que carrego comigo em todos os lugares, estou sentindo um profundo pesar pela decisão de adquirir esse gadget. A partir desta semana, os usuários do Android terão oficialmente acesso a um belo modo escuro no Google Docs, Sheets e Slides — aplicativos que muitos de nós usamos regularmente, se não constantemente.

O Google anunciou o lançamento em um post no seu blog na segunda-feira (6), observando que o modo escuro pode ser ativado manualmente nos aplicativos Documentos, Planilhas ou Apresentações, bem como automaticamente quando o modo escuro em todo o sistema Android está ativado.

Para ativar a função para aplicativos individuais, vá para o Menu no aplicativo, selecione Configurações, clique em Tema e escolha Escuro. O Google observa que alterar o tema em um aplicativo manualmente fará com que ele ignore as configurações do sistema.

Imagem: Google

Com esse tema, as configurações e os menus de navegação ficam em um cinza adorável, enquanto os documentos em branco convertidos em um tema escuro ficarão um pouco mais próximos do preto verdadeiro. O tema pode ser alterado ao trabalhar em um documento também, e o app ajusta automaticamente qualquer conteúdo e temas para o usuário. Os documentos podem ser visualizados no tema claro, navegando para Mais no canto superior direito e selecionando Exibir no tema claro.

O Google diz que o tema escuro começará a ser liberado hoje. Enquanto isso, eu, uma humilde perdedora do iOS, aguardarei ansiosamente o suporte para usuários do iPhone em algum momento no futuro. E pelo amor dos meus olhos — e apesar de meus colegas com suas opiniões equivocadas sobre o modo escuro — eu espero que chegue logo.

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Trump pode banir TikTok e outros aplicativos de empresas chinesas

Posted: 07 Jul 2020 11:17 AM PDT

Logotipo do TikTok. Crédito: Lionel Bonaventure/Getty

A administração de Donald Trump está considerando banir o popular aplicativo chinês TikTok nos Estados Unidos. Na verdade, esse não seria o único aplicativo desenvolvido por companhias chinesas a ser proibido no país, de acordo com Mike Pompeo, Secretário de Estado.

O TikTok é um dos aplicativos mais populares do mundo, com cerca de 800 milhões de usuários. Porém, a administração de Trump acredita que os dados de usuários da plataformas poderiam ser filtrados pelo governo chinês, uma alegação que ainda não possui provas.

“Não quero tomar a frente do presidente, mas é algo para o qual estamos olhando”, disse Pompeo à Laura Ingraham da Fox News na segunda-feira (6) quando perguntado sobre uma possível proibição do TikTok.

Pompeo explicou que os EUA têm sido agressivos ao restringir a forma como as empresas tecnológicas chinesas podem operar em solo americano, citando as recentes proibições da Huawei que efetivamente cercaram a empresa e excluíram de negociações com o mercado americano.

“Trabalhamos nesta questão por muito tempo, sejam os problemas de ter a tecnologia Huawei em sua infraestrutura – viajamos pelo mundo inteiro e estamos fazendo progressos reais para conseguir isso –, declaramos a ZTE um perigo para a segurança nacional”, disse Pompeo. “Com relação aos aplicativos chineses nos celulares das pessoas, posso assegurar que os Estados Unidos também vão fazer isso direito.”

“Você recomendaria que as pessoas baixassem esse aplicativo em seus celulares, hoje à noite, amanhã, a qualquer momento?” Ingraham perguntou retoricamente.

“Somente se você quiser suas informações particulares nas mãos do Partido Comunista Chinês”, disse Pompeo.

TikTok, que é de propriedade da Bytedance, uma empresa de tecnologia sediada em Pequim, não pode ser baixado na China continental. A companhia nega que tenha laços com o governo chinês e afirmou ao Gizmodo que “nunca forneceria dados de usuários ao Partido Comunista Chinês”.

“O TikTok é dirigido por um CEO americano, com centenas de funcionários e líderes-chave em cibersegurança, produtos e políticas públicas aqui nos EUA”, disse um porta-voz do app ao Gizmodo por e-mail. “Nossa maior prioridade é promover uma experiência de aplicativo segura e protegida para nossos usuários. Nunca fornecemos dados dos usuários ao governo chinês, nem o faríamos se nos pedissem.”

Recentemente, a Índia baniu o TikTok e há relatos de que o governo australiano também esteja considerando uma proibição semelhante do aplicativo. A Índia tem experimentado um alto grau de tensão geopolítica com a China nas últimas semanas sobre um território disputado no Himalaia, e a Austrália faz parte da aliança de inteligência Five Eyes que também inclui os EUA, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia.

Pompeo passou grande parte da entrevista com Ingraham se opondo à incursão do governo chinês nos assuntos locais de Hong Kong, após a aprovação de uma lei de “segurança nacional” que deu a Pequim um controle sem precedentes sobre a região semi-autônoma.

Mas Pompeo não mencionou que, embora o presidente Donald Trump fale com frequência com dureza sobre o autoritarismo chinês, ele parece admirar o abuso dos direitos humanos da China e tem dito coisas positivas sobre o país asiático desde pelo menos os anos 1990.

Trump até deu seu aval a Xi Jinping quando o líder chinês começou a construir campos de concentração para os uigures, a minoria muçulmana do país, de acordo com o ex-conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton.

Do livro de Bolton, The Room Where It Happened:

A repressão de Pequim aos uigures também prosseguiu a passos largos. Trump me perguntou no jantar de Natal da Casa Branca de 2018 porque estávamos considerando sancionar a China por causa de seu tratamento aos uigures, um povo não-Han chinês, em grande parte muçulmano, que vivia principalmente no noroeste da província chinesa de Xinjiang. Ross tinha me avisado que Trump não queria sanções por causa das negociações comerciais com a China. A questão dos uigures vinha se encaminhando pelo processo do NSC, mas ainda não estava pronta para a decisão. Só piorou. No jantar de abertura da reunião do G20 de Osaka, com apenas intérpretes presentes, Xi explicou a Trump porque ele estava basicamente construindo campos de concentração em Xinjiang. De acordo com nosso intérprete, Trump disse que Xi deveria ir em frente com a construção dos campos, o que ele achou que era exatamente a coisa certa a fazer. Pottinger me disse que Trump disse algo muito semelhante durante a viagem de 2017 à China, o que significava que poderíamos riscar a repressão aos uigures de nossa lista de possíveis razões para sancionar a China, pelo menos enquanto as negociações comerciais continuassem.

Ainda não está claro se uma proibição ao TikTok poderia ser contornada por uma VPN, algo que os internautas de outros países autoritários frequentemente usam para acessar conteúdo proibido. Mas os americanos provavelmente podem se preparar para uma internet muito mais restrita no horizonte, isso se Trump decidir seguir em frente nesses planos.

O presidente tem muita margem de manobra para proibir coisas que podem ser citadas como um risco à “segurança nacional”. Essa provavelmente a justificativa para uma possível proibição TikTok, que já foi utilizado por Trump diversas vezes.

Aumentar os impostos dos carros importados? Trump citou a segurança nacional. Limitar a importação de aço? Trump citou a segurança nacional. O TikTok pode ser o próximo, mas não se sabe o que poderá vir depois disso, especialmente se Trump vencer a reeleição em novembro.

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Microsoft pode acabar com o Painel de Controle no Windows 10

Posted: 07 Jul 2020 09:42 AM PDT

Tecla do Windows

A Microsoft parece estar se divertindo ao ver os usuários com dificuldade para encontrar os recursos do Windows 10. Depois de mexer com o recurso Novo Início (Fresh Start) na versão 2004, e reduzir o número de dias em que os usuários do Windows 10 Pro, Enterprise e Education podiam atrasar manualmente as atualizações, a empresa está agora experimentando mover as principais características do Painel de Controle, incluindo informações do Sistema, para o menu de Configurações. É uma mudança que usuários de longa data do sistema podem demorar para se acostumar.

Para ser justa, é um pouco redundante ter informações sobre as especificações de seu sistema localizadas em três lugares diferentes, sem mencionar que as três não mostram exatamente as mesmas informações. Atualmente, os usuários do Windows 10 podem acessar informações de hardware sobre seu PC em vários lugares, mas as principais maneiras são: Painel de Controle > Sistema e Segurança > Sistema; ou Configurações > Sistema > Sobre; ou digitando ‘informação do sistema’ na barra de busca.

Os dois primeiros caminhos mostram praticamente as mesmas informações: qual processador você tem e quanta memória RAM está instalada, por exemplo – a diferença é que no menu acessado a partir das Configurações mostra qual versão do Windows você está rodando.

Já o painel de Informações do Sistema mostra mais detalhes sobre seu PC, incluindo sua placa-mãe, GPU, e outros hardwares. A Microsoft está tentando centralizar estas informações e parece provável que o Painel de Controle seja totalmente eliminado, conforme mostrou o pessoal do Windows Latest.

Esse é apenas um dos recursos do Windows 10 que foram alterados na última atualização do Windows Insider, com a Build 20161.

“Continuamos trabalhando para trazer as capacidades do Painel de Controle para as Configurações”, disse a empresa em um blog post anunciando a atualização.

Informações do sistema no Painel de Controle do Windows 10Diga adeus ao Painel de Controle. Foram bons 35 anos. Captura de tela: Joanna Nelius/Gizmodo

A centralização de informações é algo que acontece desde o Windows 8, quando a Microsoft introduziu o aplicativo Configurações. Na época, a companhia queria unificar um sistema operacional para smartphones com a solução para tablets e computadores – mas subestimaram a reação dos usuários com essa mudança. O Windows 10 ainda tem alguns desses recursos do Windows 8, incluindo os widgets no Menu Iniciar.

Se a Microsoft quiser futuramente acabar de vez com o Painel de Controle, precisará fazer um trabalho melhor na comunicação das mudanças aos usuários do Windows 10, sejam eles Windows Insiders ou não.

No entanto, há muitas opções de software de terceiros disponíveis que mostram as especificações de hardware – e muito mais – se você quiser abandonar as ferramentas da Microsoft.

O CPU-Z (é grátis) dá informações completas e medição em tempo real da frequência interna de cada núcleo do seu processador, entre outras coisas. O Speccy é outra boa ferramenta de informação gratuita do sistema.

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Por que não é tão simples afirmar que o novo coronavírus se espalha pelo ar

Posted: 07 Jul 2020 07:42 AM PDT

Máscaras de proteção N-95 em Washington. Crédito: Getty Images

Centenas de cientistas em todo o mundo assinaram um documento pedindo que a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheça publicamente que o novo coronavírus pode ser transportado pelo ar, o que significa que pode se espalhar e permanecer no ar por meio de aerossóis emitidos pela respiração de pessoas infectadas, não apenas gotas. Mas não há uma resposta fácil para esse debate em andamento, por várias razões: ainda é difícil saber com que frequência a transmissão via aerossol de COVID-19 ocorre e a ideia de que um vírus está no ar ou não pode ser um conceito desatualizado.

Desde o início da pandemia no início deste ano, agências de saúde como a OMS têm sustentado que o contato próximo com gotículas respiratórias emitidas por alguém, que não viajam muito longe e rapidamente caem no chão, é o principal método de transmissão do vírus para a população. Eles também declararam que a transmissão de aerossóis é possível, mas apenas durante certos procedimentos médicos. A transmissão por meio de contato com superfícies contaminadas é também considerada possível, mas é um fenômeno raro.

A existência da carta dos cientistas foi reportada pelo New York Times e outros veículos de imprensa no último fim de semana. A publicação saiu no Clinical Infectious Diseases nesta segunda-feira (6).

"Estudos feitos por quem assinou a carta e outros especialistas demonstraram que, sem sombra de dúvidas, os vírus são liberados durante a expiração, a fala e a tosse em micropartículas pequenas o suficiente para permanecer no ar e representam um risco de exposição a distâncias superiores a 1 a 2 metros de um indivíduo infectado", afirma a carta.

Questões semânticas

Existem numerosos estudos demonstrando a possibilidade de transmissão de aerossóis. Um estudo realizado em março, por exemplo, descobriu que partículas virais poderiam ser suspensas no ar por até horas sob certas condições. Outros estudos sugeriram que a falta de ventilação interna pode ter contribuído para causar aglomerados (clusters) de COVID-19, possivelmente por meio da disseminação de partículas de aerossol em outras partes do ambiente.

Mas muitas das evidências para transmissão de aerossóis são circunstanciais. Logo após o estudo de março, outros pesquisadores criticaram a cobertura da mídia por serem muito conclusiva. Por exemplo, o estudo não foi realizado em condições reais, e ainda parece não haver uma bala de prata provando que os aerossóis causam regularmente novos casos de COVID-19.

A OMS, por sua vez, disse ao New York Times que houve discussões internas sobre o papel da transmissão de aerossóis na disseminação da doença viral, mas as evidências que seus especialistas viram até agora não são sólidas o suficiente para afirmar definitivamente o que está acontecendo. Na segunda-feira, a agência confirmou à Reuters que seus especialistas técnicos revisariam a carta e suas recomendações.

Parte do problema aqui parece ser uma questão semântica. Os germes considerados classicamente transportados pelo ar, como sarampo ou tuberculose, infectam regularmente novas pessoas por meio de partículas de aerossol que podem sobreviver no ar por horas, muito tempo depois que a pessoa infectada sai da sala.

Isso não parece acontecer com o COVID-19, com base no que aprendemos nos estudos de caso. Mas muitos cientistas, incluindo aqueles que assinaram a carta, afirmam que aerossóis ou gotas ainda podem infectar pessoas em condições que tornam a doença praticamente transmissível pelo ar por breves períodos de tempo, como em locais com pouca ventilação ou em situações nas quais você fica bastante tempo com um grupo em um ambiente fechado, como pessoas que cantam em um coral.

O argumento apresentado na carta é que, embora o COVID-19 possa não se espalhar pelo ar com tanta facilidade ou frequência quanto o sarampo, que é altamente infeccioso, ele é transmitido pelo ar pelo tempo suficiente para que agências como a OMS alertem sobre o risco.

Mas essa distinção pode não ser importante para o público em geral. Agências de saúde pública, cientistas e órgãos de comunicação social têm manifestado sua opinião sobre o maior risco de infecção em ambientes internos lotados como bares representam há meses; evitar esses cenários seria inteligente, independentemente de o vírus se espalhar por gotículas maiores ou aerossóis minúsculos.

Meio termo

Alguns cientistas argumentam que esse debate sobre aerossóis versus gotículas deveria ser deixado de lado ou redefinido. Em vez de pensar na transmissão aérea como um simples sim ou não, ele deve ser considerada um espectro.

Por um lado, você tem o sarampo que é altamente transmitido pelo ar e, por outro, doenças respiratórias que não são muito transmitidas pelo ar, como a gripe. (Embora um estudo de 2018 tenha realmente constatado que a gripe às vezes pode estar no ar — outra ilustração de por que essa distinção é tão imprecisa). Em algum lugar no meio desse espectro, você provavelmente tem o COVID-19, uma doença que geralmente é disseminada por gotículas, mas às vezes pode estar no ar também.

Tentar descobrir exatamente onde está o espectro de COVID-19 é definitivamente importante para os cientistas estudarem, e novas descobertas podem levar a mudanças nas restrições e regulamentações daqui para frente (como exigir que edifícios provem que sua ventilação pode circular rapidamente o ar fresco).

Cuidados permanecem os mesmos

No entanto, para as pessoas comuns, isso pode não alterar as precauções que já devemos tomar para nos mantermos seguros: evite o contato próximo com pessoas fora de sua casa, tanto quanto possível, especialmente em ambientes fechados; use máscara quando estiver perto de outras pessoas; e lave as mãos frequentemente.

Estudos em todo o mundo descobriram que precauções como o uso generalizado de máscaras cirúrgicas (que bloqueiam alguns aerossóis e gotículas, mas não são escudos perfeitos) em hospital têm sido capazes de proteger grupos expostos, como os profissionais de saúde, de contrair e espalhar o vírus. Se a transmissão de aerossóis estivesse desempenhando um papel proeminente na pandemia, isso não seria necessariamente verdade, uma vez que acredita-se que apenas as máscaras médicas, como a N95, impeçam efetivamente a inalação de aerossóis infecciosos.

É importante ressaltar que muitos países parecem ter contido seus surtos sob a suposição de que o vírus geralmente se espalha por meio de contato próximo com gotículas, sem tratar o vírus como transmitido pelo ar.

Não sabemos se medidas adicionais, como o uso generalizado de máscaras N95 por profissionais da saúde e pelo público em geral, ajudariam significativamente mais do que as máscaras cirúrgicas e de tecido. Outras medidas, como garantir que os espaços internos, como restaurantes e aviões, tenham boa ventilação, serão benéficas se o vírus puder se espalhar por aerossóis ou gotículas.

Talvez valha a pena ser excessivamente cauteloso, como argumentam os cientistas da carta. Certamente não seria a primeira vez que a OMS poderia ser acusada de não agir rápido o suficiente. Recentemente, por exemplo, a agência foi novamente criticada por subestimar o papel da transmissão assintomática na disseminação de COVID-19. Mas também vale a pena enfatizar que realmente existem muitas incógnitas quando se trata da transmissão aérea do vírus.

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Google, Twitter e Facebook não irão mais enviar dados de usuários para autoridades de Hong Kong

Posted: 07 Jul 2020 06:29 AM PDT

Protestantes em Hong Kong com as lanternas de seus celulares acesas.

Quando Hong Kong aprovou sua nova lei de segurança nacional na semana passada, as autoridades da cidade provavelmente esperavam alguma reação dos cidadãos, que chamaram o novo regime de “chocante” a “draconiano” até nada menos que a “retomada de Hong Kong pelo Partido Comunista Chinês”.

O que as autoridades provavelmente não anteciparam foi a resistência de algumas das maiores empresas de tecnologia. Google, Twitter, Facebook e WhatsApp disseram ao Wall Street Journal que não irão mais aceitar qualquer pedido de dados de usuários feitas por agências de aplicação da lei de Hong Kong.

Evidentemente, essas empresas, assim como as Nações Unidas, vêem a legislação abrangente como um potencial abuso dos direitos humanos do qual elas querem ficar o mais longe possível. (Entenda mais sobre a lei nesta reportagem do Nexo e nesta reportagem da BBC).

Em uma declaração, um porta-voz do Facebook disse ao WSJ: “Acreditamos que a liberdade de expressão é um direito humano fundamental e apoiamos o direito das pessoas de se expressarem sem medo por sua segurança ou outras repercussões”.

O WhatsApp, que também pertence ao Facebook, disse ao veículo que estava “pausando” sua cooperação “aguardando uma avaliação mais aprofundada do impacto da Lei de Segurança Nacional, incluindo a devida diligência formal dos direitos humanos e consultas com especialistas em direitos humanos.”

Tanto o Google quanto o Twitter disseram ao WSJ que haviam parado de entregar dados de usuários às autoridades de Hong Kong após o início do vigor da lei em 30 de junho.

A lei criminaliza vagamente o terrorismo, a subversão do Estado e a conivência com uma potência estrangeira e carrega sentenças tão duras quanto a prisão perpétua, fornecendo às autoridades governamentais grandes poderes para acabar com os protestos pró-democracia que vêm ocorrendo em Hong Kong há mais de um ano.

Independentemente de essas empresas do Vale do Silício estarem de olho na reputação e uma boa estratégia de relações públicas – algo que particularmente o Facebook precisa neste momento – este é um posicionamento importante. Se Pequim sonha em transformar Hong Kong em um estado de vigilância total, sem liberdade de expressão, é importante que esses aplicativos não estejam envolvidos.

Durante o ano passado, o Twitter tornou-se um app importante entre os manifestantes de Hong Kong, ainda que sua popularidade seja menor do que o das redes sociais utilizados na China continental. Enquanto isso, Facebook e WhatsApp estão entre os aplicativos mais populares de Hong Kong em geral – são mais de 4 milhões de usuários do Facebook em toda a cidade.

Qualquer pessoa que protesta nas ruas de Hong Kong provavelmente terá algum tipo de registro ou pegada em uma das três plataformas. Sob o modo como os novos mandatos foram escritos, as autoridades policiais da cidade poderiam ter o direito de apagar partes desses registros se suspeitarem que representam um risco de “segurança nacional”, além de solicitar dados privados sobre os usuários específicos. As plataformas que não cumprirem a lei poderão enfrentar uma multa pesada e até mesmo um tempo na prisão.

Dito isto, Facebook, Twitter e Google estão acostumados a compartilhar dados de cidadãos às autoridades locais que os solicitam. Como o WSJ detalha, na segunda metade de 2019 as autoridades de Hong Kong realizaram mais de 240 solicitações de dados sobre usuários em Hong Kong, e a empresa enviou as informações para pouco menos da metade dos pedidos.

Vale ressaltar também que a postura que estas empresas estão assumindo não é boa somente para os direitos humanos – é também boa para os negócios. Desde que Pequim aprovou estes novos regulamentos na semana passada, cidadãos de Hong Kong que temem o novo poder autoritário têm silenciosamente apagado suas contas e publicações nestas plataformas. Tomar uma posição pró-protesto poderia impedir que estas plataformas perdessem os usuários neste que é geralmente aceito como um mercado hiper-conectado e hiper-lucrativo.

Mesmo que estejam tomando o caminho para manter seus lucros ou a liberdade de imprensa, este pode ser um daqueles casos em que os fins justificam os meios – pelo menos no que diz respeito aos direitos humanos.

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Agora você pode fazer compras de mercado pelo Uber e pelo Uber Eats

Posted: 07 Jul 2020 05:01 AM PDT

Quem prefere fazer compras de mercado por delivery vai ganhar mais uma opção. A partir de hoje, o Uber e o Uber Eats terão a opção Mercado em seus aplicativos. As compras serão feitas em uma parceria com a Cornershop, startup de entrega de compras, nas cidades em que ela já atua: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Recife, Goiânia e Campinas.

Ao abrir o app do Uber ou do Uber Eats, você verá a opção Mercado na barra inferior da interface. Lá, você encontra vários mercados e outras lojas.

Entrando em cada um deles, consegue ver os produtos e preços em uma navegação otimizada para esse tipo de compras — os produtos estão até mesmo divididos em “corredores”, como o Uber chamou as categorias, em uma forma de tornar a experiência mais próxima de uma ida ao supermercado. Também dá para fazer uma busca global para saber que vendedores têm um produto específico.

Após fechar o pedido, você escolhe o dia e o horário que deseja receber e vê quanto pagará de frete.

A novidade foi possível por meio de uma parceria com a Cornershop, startup chilena de compras em mercados e outros tipos de lojas. A empresa tem presença forte na América Latina: atua no Chile e no México desde 2015 e chegou ao Brasil em janeiro de 2020. O Uber comprou uma participação majoritária na Cornershop no fim de 2019.

As compras do Cornershop são feitas por shoppers, cadastrados na plataforma em um esquema parecido com o de outros apps do gênero. Eles levam os pedidos no carro próprio.

Segundo Oskar Hjertonsson, co-fundador e CEO da empresa, por enquanto a integração com a Uber será mesmo só no lado da demanda — as contratações de shoppers, motoristas e entregadores continuam separadas e ainda não há previsão de se elas serão integradas. Raj Beri, chefe de Supermercado no Uber Eats, acrescenta que os motoristas do Uber serão elegíveis a se cadastrar para trabalhar também como shoppers do Cornershop.

O app da Cornershop também vai continuar operando de forma independente, para quem preferir. “Trata-se de dar mais opções”, diz Hjertonsson.

Em São Paulo, dando uma passeada pelo app da Cornershop, dá para ver que há Carrefour, Big e Hirota entre as opções de mercados, além do pet shop Cobasi e outras lojas mais específicas, como uma casa de carnes, uma pastelaria e uma sorveteria, entre outros. Segundo a Uber, Gimba, Emporium São Paulo e Varanda também estão entre as redes que usam a plataforma. Beri diz que haverá abertura para pequenos comerciantes e apoio em questões como controle de estoque.

Os preços, definidos pelos próprios mercados, parecem bastante em linha com o praticado nas lojas físicas. A entrega até minha casa, na zona norte da capital paulista, ficava entre R$ 13 e R$ 15, dependendo do mercado escolhido, mas o preço do frete pode cair em compras maiores.

Por aqui, o Cornershop vai encarar uma competição bem acirrada. iFood e Rappi já fazem entregas de mercado, e o Grupo Pão de Açúcar comprou a startup de entregas James em 2018. O próprio Uber Eats já fazia entregas de farmácias, pet shop e lojas de conveniência. “[O Cornershop] aproxima a Uber do objetivo de ser um único lugar para todas as compras de alimentação”, diz Beri.

A parceria chega em um momento em que a demanda por serviços de entrega está em alta por causa da pandemia de COVID-19, que forçou muita gente a ficar em casa. “Nos últimos meses, o mundo mudou. Há muitos consumidores que testaram ou vão testar a entrega de compras de mercado pela primeira vez.”

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Neve rosa nos Alpes italianos é um sinal fofo da catástrofe ambiental

Posted: 07 Jul 2020 04:14 AM PDT

Eu adoro tudo que é rosa. No entanto, a camada rosa no topo da geleira Presena, nos Alpes italianos, é mais sinistra do que parece. As algas tingiram a neve com uma cor bizarra. A aparência alienígena dela pode acabar acelerando o derretimento da neve e das geleiras na frágil região montanhosa.

A neve rosa geralmente é um fenômeno da primavera e do verão, que exige a quantidade certa de luz, calor e água para crescer. Geralmente, as algas ficam inativas sob a neve e o gelo, mas quando a estação de derretimento chega, a paisagem deixa o branco de lado e explode em cores.

Biagio Di Mauro, pesquisador do Instituto de Ciências Polares do Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, disse ao Gizmodo por e-mail que as cores na geleira Presena são um exemplo de Chlamydomonas nivalis, um tipo de alga encontrada nos Alpes e regiões polares, da Groenlândia até a Antártida. Ela é geralmente chamada de neve melancia e pode ter impactos no derretimento.

Isso ocorre porque, quanto mais branca a neve, mais eficaz ela é em refletir os raios solares de volta para o espaço, mantendo as baixas temperaturas. O aquecimento global já está causando danos suficientes às regiões polares e montanhosas, e a chegada das algas pode piorar ainda mais a situação.

Um estudo publicado no ano passado mostrou que até metade das geleiras dos Alpes podem desaparecer neste século com o aumento da temperatura. Embora algumas pesquisas sobre o derretimento de neve causado pelas algas tenham sido feitas, é necessário aprofundar os trabalhos para descobrir todos os impactos delas na neve e no gelo e também se o fenômeno terá mais mais probabilidade de ocorrer à medida que o planeta esquenta.

“Espera-se que uma precipitação menos sólida durante o inverno e temperaturas mais altas do ar durante a primavera e o verão favoreçam a formação de algas na neve e nas geleiras”, disse Di Mauro. Ele nota, porém, que há “pouca informação nesse sentido”.

Biagio Di Mauro aponta para a neve rosa em 4 de julho de 2020, no topo da geleira Presena, perto de Pellizzano. Foto: Miguel Medina / AFP / Getty Images

A neve melancia na geleira Presena dificilmente será a única neste ano. Algumas semanas atrás, a neve rosa também apareceu no Alasca. Em março, pesquisadores ucranianos na Ilha Galindez, no norte da Antártica, testemunharam um evento semelhante — embora o gelo estivesse definitivamente mais para vermelho e sangrento.

Pesquisas publicadas no início deste ano também documentaram o surgimento de algas verdes estranhas em outra parte do continente, embora os cientistas ainda estejam tentando entender como as mudanças climáticas podem afetar a frequência e a localização dessas algas.

As algas também não são o único problema para a neve e o gelo. No ano passado, as geleiras da Nova Zelândia ficaram rosadas como resultado da fumaça dos incêndios na vizinha Austrália. As cinzas desempenham um papel semelhante às algas, absorvendo mais calor e derretendo mais o gelo e a neve.

Alguns cientistas argumentaram que esse mecanismo precisa ser adicionado aos modelos climáticos para que possamos ter uma compreensão mais clara de como todas essas algas cor de rosa e vermelhas podem favorecer o aquecimento global no futuro. Essa neve rosa pode ser linda, mas não faz bem à Terra.

Uma imagem aérea mostra alguém caminhando sobre a neve rosa no topo dos Alpes italianos em 3 de julho de 2020. Foto: Miguel Medina / AFP / Getty Images

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