terça-feira, 11 de agosto de 2020

Gizmodo Brasil

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Protótipo mostra como leitor de ebook dobrável pode se parecer com livro

Posted: 10 Aug 2020 03:25 PM PDT

Tela de leitor digital flexível

Além do baixo consumo de energia e excelente legibilidade sob a luz solar, as telas eletrônicas do tipo e-ink são tão flexíveis quanto as OLED. Embora os smartphones e tablets dobráveis tenham ganhado as manchetes, os e-readers em breve poderão virar o centro das atenções.

O Goodereader, um site dedicado a notícias de leitores digitais, compartilhou um vídeo de um protótipo desenvolvido pelo laboratório de pesquisa e desenvolvimento da E Ink em Tóquio. Nos últimos anos a empresa tem feito demonstrações privadas de seus protótipos dobráveis em feiras como a CES, mas esta é uma das primeiras vezes que o público pode dar uma olhada na novidade, que parece estar bem próximo de uma versão para o consumidor final.

O leitor digital tem aproximadamente o tamanho de um livro de capa dura quando fechado. Ao abri-lo, ele revela uma generosa tela de 10,3 polegadas, capaz de exibir ambas as páginas de um livro ao mesmo tempo.

Um mecanismo de dobradiças garante que, quando o leitor é fechado, a tela não seja apertada a ponto de poder ser danificada (um problema que ainda atormenta a maioria dos dispositivos de tela dobrável) e uma generosa moldura inclui botões de navegação dedicados.

A própria tela também aceita gestos e toques, e o protótipo tem ainda a tecnologia Wacom embutida (semelhante aos dispositivos E Ink como o tablet reMarkable) para que uma caneta stylus possa ser usada para tomar notas ou fazer desenhos.

O protótipo também demonstra alguns dos desafios únicos da tecnologia e-ink. Enquanto as telas OLED se iluminam sem a necessidade de uma camada de luz (que é necessária para telas LCD e LED, e é por esse motivo que ainda não temos displays flexíveis nessas tecnologias), os e-readers frequentemente usam luzes laterais de LED discretas para que o conteúdo seja legível no escuro.

Neste protótipo, os LEDs foram integrados em uma barra dobrável na parte superior e fazem um trabalho decente na iluminação da tela, mas ainda há alguns pontos escuros no meio, e as barras têm que ser dobradas para trás novamente antes que o e-reader possa ser fechado.

Não há detalhes sobre quando veremos os dispositivos dobráveis com tela e-ink disponíveis para os consumidores. A empresa não fabrica os dispositivos em si, mas licencia sua tecnologia de tela para empresas como Amazon e Kobo, que produzem e-readers como o Kindle e o Kobo Nia.

Este protótipo é mais uma prova de conceito que a empresa pode utilizar para demonstrar outros usos para sua tecnologia de papel eletrônico. Mas se ela conseguir encolher aquela moldura e encontrar uma maneira melhor de implementar a iluminação LED, vai ficar show de bola.

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Galaxy A01 Core é o novo smartphone de entrada da Samsung por R$ 999

Posted: 10 Aug 2020 01:59 PM PDT

A Samsung lançou nesta segunda-feira (10) seu novo aparelho de entrada no Brasil. É o Galaxy A01 Core, que tem especificações bem simples e custa R$ 999.

A empresa parece ter noção de que o aparelho não é muito potente. Em seu comunicado, diz que o Galaxy A01 Core é foi idealizado “para oferecer recursos para quem procura um smartphone para atividades básicas do dia a dia”. Com 2 GB de RAM e processador quad-core de 1,5 GHz, realmente não dá para esperar muita coisa além disso.

Em outros números e especificações, o Galaxy A01 Core tem 32 GB de armazenamento e slot para cartão microSD de até 512 GB, câmera traseira com uma só lente e sensor de 8 megapixels, câmera frontal de 5 megapixels e bateria de 3.000 mAh.

A tela tem resolução HD+ e um tamanho razoável, 5,3 polegadas, mas menor que as mais de 6 polegadas que têm vindo nos intermediários. Um detalhe é que ela não tem notch nem buraquinho para a câmera frontal, pois o aparelho tem molduras na parte superior e inferior.

Por R$ 999, o Galaxy A01 Core é bem caro. Para efeito de comparação, o Galaxy A01 não-Core foi lançado em abril custando R$ 1.099 e conta com processador mais potente (octa-core, 2 GHz) e câmera dupla na traseira, com sensores de 13 e 2 megapixels. Olhando para a concorrência, o Philco Hit PCS01, em que pese vir de uma marca com menos tradição nesse setor, tem bateria maior, 4 GB de RAM e câmera dupla pelos mesmos R$ 999.

E tem também a queda de preços depois do lançamento. O Galaxy A01 padrão já pode ser encontrado por R$ 750 no varejo, bem menos que os R$ 999 do Galaxy A01 Core. Com um pouco mais de dinheiro, já dá para encontrar opções melhores, como o Moto G8 (R$ 1.200), o LG K41S (R$ 1.000) ou o Galaxy A11 da própria Samsung (R$ 1.100).

A ver quanto o preço do Galaxy A01 Core cai nos próximos meses — ele vai ter que suar muito para encontrar seu lugar nas vitrines.

[Samsung]

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WhatsApp considera permitir sincronização de até quatro dispositivos simultaneamente

Posted: 10 Aug 2020 01:35 PM PDT

Ícones dos aplicativos Facebook, Messenger, WhatsApp e Telegram no iOS

A possibilidade de usar o WhatsApp em mais de um dispositivo ao mesmo tempo parece estar aumentando. Pistas sobre o desenvolvimento dessa opção aparecem há algum tempo e encontraram novas evidências de que o app poderá ser usado em até quatro aparelhos simultaneamente.

A informação é do pessoal do WABetaInfo, que sempre antecipa os recursos do aplicativo de mensagens. O site lembra que ainda não é possível usar o WhatsApp em mais de um dispositivo, mas que a funcionalidade está em desenvolvimento.

Eles encontraram telas que mostram uma opção para “linkar” dispositivos, mas que funcionaria de forma diferente do WhatsApp Web atual, que espelha as mensagens e exige conexão no smartphone. Com a novidade, as mensagens seriam copiadas para o novo dispositivo.

Opção para linkar dispositivos no WhatsAppaCrédito: WABetaInfo

O site conseguiu fazer o teste em um aplicativo do WhatsApp Desktop. Foi exigido uma conexão Wi-Fi para baixar todos os dados, mas uma vez que o download foi concluído, não havia mais a necessidade de o smartphone também estar ligado à internet. O post diz ainda que apesar de o teste ter sido feito em um PC, o usuário poderia optar por ligar sua conta a um outro smartphone ou tablet.

Após a sincronização, o histórico e todas as mensagens são entregues em todos os dispositivos.

WhatsApp Desktop sincronizando mensagensCrédito: WABetaInfo

Ao retirar um dispositivo da lista de aparelhos autorizados, a chave de criptografia muda e os chats são notificados.

Essa novidade pode demorar para chegar porque muda radicalmente a maneira com que o WhatsApp lida com as mensagens.

O fato de o conteúdo ser armazenado somente localmente, nos smartphones dos usuários, garante mais privacidade e segurança. Caso a função de sincronização se concretize, é provável que as mensagens passem por um servidor na nuvem – e isso já causou problemas com outra plataforma.

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Frances Allen, pioneira ao tornar softwares de computadores mais rápidos, morre aos 88 anos

Posted: 10 Aug 2020 12:00 PM PDT

Frances Allen, pioneira da computação, morreu aos 88 anos. Crédito: IBM

Você pode não saber quem é Frances Allen, mas deveria. Ela não foi apenas a primeira mulher a trabalhar na IBM, mas ela também foi a primeira mulher a ganhar o prestigioso Turing Awards. Se isso não fosse impressionante o suficiente, Allen também foi pioneira na compilação computacional — o processo pelo qual os gadgets que usamos convertem o software das linguagens de codificação de alto nível compreendidas por humanos em código-fonte executável por máquinas.

Allen morreu no dia 4 de agosto, durante seu aniversário de 88 anos, em uma casa de repouso em Schenectady, Nova York, de doença de Alzheimer.

Apesar de todas as suas conquistas inovadoras, Allen inicialmente não pretendia seguir uma carreira em ciência da computação. Depois de obter um mestrado em matemática pela Universidade de Michigan em 1957, Allen conseguiu um emprego na IBM para pagar seu empréstimo estudantil.

Ela ensinou Fortran aos novos funcionários da empresa, uma linguagem de computação de alto nível da época que permitia aos engenheiros fazerem códigos em alguma coisa mais fácil de entender do que o binário. Embora Allen pretendesse apenas ficar na IBM até que sua dívida fosse quitada, ela acabou passando 45 anos lá, aposentado-se na empresa em 2002.

No início, Allen foi designada como um contato da IBM para a NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA) e trabalhou para desenvolver o Alpha, que a IBM descreve como "uma linguagem de quebra de código de alto nível que tinha a capacidade de criar novos alfabetos além do nosso sistema conhecido".

Ela gerenciou a equipe de otimização de compilador para os projetos Harvest e Stretch, o que resultou no computador Stretch-Harvest. Segundo o New York Times, era o computador mais avançado da época e foi feito com o intuito de interceptar comunicações de espiões de todo o mundo.

Naquela época, os compiladores não eram exatamente eficientes. Isso significava que o software poderia ser lento, desajeitado, mais caro e sujeito a erros. Allen e um colega pesquisador, John Cocke, publicaram uma série de artigos descrevendo como os humanos poderiam se comunicar de maneira mais eficiente com computadores, incluindo o artigo seminal de 1972 "A Catalog of Optimizing Transformations".

Isso pode parecer muito distante de como é a computação moderna, mas, na realidade, o trabalho de Allen moldou a forma como interagimos com cada item de tecnologia em nossas vidas. Seu trabalho pode ser encontrado em "cada aplicativo, cada site, cada videogame ou sistema de comunicação, cada computador de bordo em um carro ou aeronave", disse Graydon Hoare, criador da linguagem de programação Rust, ao New York Times no obituário de Allen.

Basicamente, você pode agradecer a Allen por criar a base que permite aos desenvolvedores atuais escreverem um app ou site para que seu smartphone, tablet ou computador possa entender e executar quase instantaneamente.

Além de suas realizações, Allen também despenhou um papel importante em conseguir que mais mulheres ingressassem na área de ciência da computação. A IBM observa que ela passou "muitos anos como mentora por meio do programa de mentores da IBM" e também recebeu vários prêmios para ajudar mulheres do setor. Além disso, foi incluída no Hall da Fama Internacional da Tecnologia e também recebeu o prêmio Augusta Ada Lovelace.

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Proibição do WeChat pode derrubar vendas de iPhones em até 30%, diz analista

Posted: 10 Aug 2020 11:41 AM PDT

iPhone

As medidas do presidente dos EUA, Donald Trump, contra empresas de tecnologia da China podem respingar em uma gigante americana: a Apple. De acordo com o analista de mercado Ming-Chi Kuo, se o WeChat for banido da App Store no mundo todo, as entregas de iPhones podem cair até 30%.

Após semanas de ameaças, Trump tomou medidas na sexta-feira (7) contra a ByteDance, desenvolvedora do aplicativo TikTok, proibindo empresas americanas. O que causou alguma surpresa foi outra ordem executiva proibindo negócios entre americanos e o WeChat. A alegação é de risco à privacidade de cidadãos do país.

Com mais de 1,2 bilhão de usuários ativos por mês, o WeChat nasceu como aplicativo de mensagens, mas hoje é muito mais que isso. Ele também oferece pagamentos e transferências, rede social, plataforma de e-commerce, acesso a serviços públicos e muito mais.

Isso faz com que o WeChat seja muito utilizado também por chineses que hoje vivem em outras partes do mundo para falar com seus amigos e familiares que ficaram no país asiático, onde Facebook, Twitter e Google são proibidos. O app também é bastante criticado por censurar conteúdos a mando de Pequim.

Se a Apple for proibida de distribuir um app tão importante para o mercado chinês, isso poderia levar a uma queda brusca nas vendas no país, já que não há como instalar aplicativos no iOS sem ser pela App Store.

Enquanto isso, fabricantes de smartphones Android não seriam afetadas pela medida pois os aparelhos não dependem da Google Play Store (já que o Google está proibido no país). Eles usam outras lojas locais, como o Myapp da Tencent (que é a desenvolvedora do WeChat) e o App Gallery da Huawei.

Ming-Chi Kuo, que é um dos maiores especialistas de mercado em Apple, prevê também que a medida pode levar a uma queda de 15% a 25% nas entregas de outros produtos da Apple, como iPads, Macs e AirPods. Mesmo considerando um cenário mais simples, em que a Apple é obrigada a retirar o WeChat apenas da App Store americana, isso pode ter um impacto de 3% a 6% nas vendas de iPhones.

Desde 2018, a Apple não divulga os números de aparelhos vendidos, então não temos números oficiais de quantos iPhones foram entregues na China nos últimos anos — a consultoria IDC estima que foram 7,3 milhões de entregas durante o segundo trimestre de 2020. No último balanço financeiro divulgado pela empresa, a região da Grande China (que inclui Macau, Hong Kong e Taiwan) foi responsável por 15% das receitas, mas este número também inclui outros produtos e serviços além de iPhones.

Em seu relatório, Kuo recomenda que os investidores diminuam suas posições em ações da Apple e de suas fornecedoras, com a LG Innotek e a Genius Electronic Optical pois elas correm risco.

A ordem executiva de Trump passa a valer no dia 20 de setembro. O TikTok considera entrar com uma ação na justiça americana contra a medida.

[MacRumors]

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TikTok planeja processar administração Trump para evitar proibição

Posted: 10 Aug 2020 08:52 AM PDT

Celular com logo do TikTok na tela

O TikTok vai entrar com uma ação judicial federal contra a administração de Donald Trump nesta terça-feira para contestar a recente ordem executiva do presidente dos EUA que proíbe o aplicativo no país sob alegações de que a rede social apresenta preocupações de segurança nacional. A informação é de uma pessoa diretamente envolvida na ação que falou à NPR sob a condição de anonimato.

O processo alegará que a ordem do presidente Donald Trump é inconstitucional por duas razões: primeiro, a alegação do presidente de que a matriz do TikTok, a Bytedance, com sede na China, está desviando secretamente dados de usuários americanos para Pequim seria totalmente infundada; e segundo, a administração não lhes deu uma chance de responder a essas alegações antes de colocar o aplicativo na lista de bloqueios.

“É baseado em pura especulação e conjectura”, disse a fonte à NPR em uma reportagem publicada sábado (8). “A ordem não tem constatações de fato, apenas reitera a retórica sobre a China que tem sido espalhada.”

De acordo com a reportagem, o TikTok irá apresentar a ação no Tribunal Distrital dos EUA no Distrito Sul da Califórnia, o centro de suas operações nos EUA. Os funcionários da Casa Branca recusaram o pedido do veículo para comentar o processo e reiteraram seu apoio às ações do presidente.

“A Administração está comprometida em proteger o povo americano de todas as ameaças cibernéticas relacionadas à infraestrutura crítica, à saúde pública e à segurança, e à nossa segurança econômica e nacional”, disse o porta-voz da Casa Branca, Judd Deere, em uma declaração à NPR.

Na quinta-feira (6), Trump cumpriu com a promessa de incluir aplicativos de propriedade chinesa em uma lista de restrições e emitiu ordens executivas contra o TikTok e o popular aplicativo de mensagens WeChat, que é de propriedade da empresa chinesa Tencent.

Com essas restrições, quaisquer “transações” entre um cidadão americano e a Tencent, ByteDance ou qualquer uma de suas subsidiárias serão proibidas em 45 dias. Mesmo que isso se aplique apenas a transações financeiras (e esse é um grande “se”), poderia potencialmente ser um entrave na capacidade de essas plataformas operarem, uma vez que o TikTok, como a maioria das plataformas, depende da monetização de anúncios para pagar as contas e, por extensão, de seus criadores.

O Senado aprovou por unanimidade na quinta-feira um projeto de lei que proíbe o TikTok de ser instalado em dispositivos cedidos pelo governo em resposta às alegações de Trump sobre as preocupações com a segurança nacional. O Exército e a Marinha dos EUA decretaram proibições semelhantes no ano passado, com a última declarando a TikTok uma “ameaça à segurança cibernética”.

Até o momento, a alegação da administração de que a TikTok está secretamente enviando dados de usuários americanos para Pequim tem sido somente teórica. A empresa tem insistido que os dados de seus usuários americanos permaneçam em servidores baseados nos EUA e em Singapura, e tem feito várias tentativas para distanciar ainda mais suas operações americanas da Bytedance em resposta às preocupações de segurança nacional.

Em uma tentativa de evitar mais repressão governamental, o TikTok está em negociações com a Microsoft para passar a propriedade das operações da app nos EUA. O presidente sugeriu que ele participaria deste acordo – que provavelmente ficará na casa das dezenas de bilhões de dólares – desde que o Tesouro dos EUA recebesse uma fatia do negócio.

Isso é algo que ele poderia mesmo fazer? Provavelmente não (como muitas coisas que Trump diz e faz, é uma situação totalmente sem precedentes), mas são tempos loucos em que estamos vivendo.

[NPR]

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Raios superficiais e granizo em forma de cogumelo: as tempestades de Júpiter são mais estranhas do que pensávamos

Posted: 10 Aug 2020 08:20 AM PDT

Concepção artística de tempestade de Júpiter baseada em imagens obtidas pela Juno. Crédito: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt

Relâmpagos e granizo existem em Júpiter, mas são muito diferentes daqueles que conhecemos na Terra, como sugerem novas pesquisas.

Os raios superficiais de Júpiter não se originam de nuvens aquosas como em nosso planeta, mas de nuvens cheias de água e amônia, de acordo com uma nova pesquisa publicada recentemente na Nature.

Em um estudo relacionado, publicado no Journal Of Geophysical Resarach: Planets, os cientistas mostram como essas mesmas tempestades são capazes de produzir pedras de granizo, ou "mushballs" (algo como “bolinhas de cogumelo”, em tradução livre), como dizem os pesquisadores. Esses orbes escorregadios caem nas entranhas do gigante gasoso, fornecendo amônia às suas camadas mais profundas.

Os cientistas planetários sabem sobre os relâmpagos de Júpiter há décadas. Eles imaginavam os relâmpagos eram causados por condições semelhantes na Terra, ou seja, formados a partir de nuvens de água em temperaturas próximas do ponto de congelamento.

Para que isso funcionasse, no entanto, essas tempestades teriam que se formar em altitudes que atingem 45 km a 65 km abaixo do topo das nuvens de Júpiter. O problema é que as observações feitas pela espaçonave Juno, da NASA, apontaram para a presença de flashes menores e mais rasos. Mesmo assim, eles ainda são bastante altos, dado que atmosfera de Júpiter é bem maior do que a da Terra.

No novo estudo da Nature, a cientista planetária Heidi Becker, do California Institute of Technology, e seus colegas apresentam uma explicação plausível para esta aparente inconsistência. Tempestades em camadas atmosféricas mais profundas lançam cristais de água congelada nas camadas superiores, cerca de 25 km acima das nuvens de água do gigante gasoso. Os cristais de gelo, então, entram em contato com a amônia nessa altitude mais elevada, resultando em uma mistura de água e amônia. Nesse nível, as temperaturas chegam a -88 graus Celsius, mas a amônia derrete o gelo.

"Nessas altitudes, a amônia age como um anticongelante, diminuindo o ponto de derretimento do gelo de água e permitindo a formação de uma nuvem com o líquido amônia-água", explicou Becker em um comunicado à imprensa do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato da NASA). "Nesse novo estado, as gotas que caem do líquido amônia-água podem colidir com os cristais de gelo de água que sobem e eletrificam as nuvens. Esta foi uma grande surpresa, já que não existem nuvens de amônia na Terra."

Essa explicação parece ter resolvido outro mistério relacionado a Júpiter: lacunas desiguais de amônia ausente. Os cientistas calcularam anteriormente que a ausência de amônia foi causada pela chuva, na qual uma mistura úmida de amônia e água precipitou para níveis mais profundos. Os cálculos deste cenário não deram certo, no entanto, pois a chuva hipotética não seria capaz de cair fundo o suficiente para bater com as observações feitas pelo Radiômetro de Micro-ondas da Juno, que detectou a amônia reduzida.

Granizo em forma de cogumelo

Uma nova explicação, descrita pelo estudo publicado no Journal of Geophysical Research, sugere que os cientistas estão no caminho certo. Mas em vez de invocar a chuva como causa, o novo artigo, também de autoria de Becker, postula um tipo diferente de precipitação: granizo.

Chamadas de "mushballs" pelos pesquisadores, essas pedras de granizo são feitas de água e amônia. Semelhante à forma como o granizo se forma na atmosfera da Terra, as mushballs começam como pequenas sementes que crescem em tamanho à medida que são mantidas no ar por ventos violentos. Eventualmente, essas orbes lamacentas ficam muito pesadas e caem para as camadas mais profundas abaixo, evaporando nas temperaturas mais altas.

"Pelo que vimos, não está faltando amônia. Ela é apenas transportada para baixo de forma disfarçada, ficando oculta ao se misturar com água", explicou Scott Bolton, coautor do estudo e pesquisador do Southwest Research Institute em San Antônio, em um comunicado do JPL.

Gráfico descreve o processo evolutivo de relâmpagos rasos e granizo em forma de cogumelo em Júpiter. Crédito: NASA / JPL-Caltech / SwRI / CNRSGráfico descreve o processo evolutivo de relâmpagos rasos e granizo em forma de cogumelo em Júpiter. Crédito: NASA / JPL-Caltech / SwRI / CNRS

Assim, além de mostrar onde foi parar a amônia ausente, a nova teoria também explica a distribuição desigual da amônia ausente na atmosfera de Júpiter.

É muito legal quando uma descoberta científica leva a outra, como aconteceu aqui. Alguns esforços científicos podem parecer supérfluos ou indulgentes, mas, como mostram esses dois artigos, nem sempre sabemos onde eles nos levarão.

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Huawei diz que não terá mais chips a partir de 15 de setembro por veto dos EUA

Posted: 10 Aug 2020 06:13 AM PDT

Logo da Huawei

As sanções da administração Trump estão atingindo a Huawei, que afirma que até setembro deve esgotar seu estoque de chips para caso continue sem acesso aos vendedores americanos, de acordo com uma reportagem da Associated Press.

A Huawei, uma das principais fornecedoras de equipamentos de telecomunicações do mundo, está em uma “lista de entidades” desde maio de 2019, proibida de fazer negócios com empresas americanas após uma ordem executiva do presidente dos EUA, Donald Trump.

Em uma escalada da disputa tecnológica em curso entre os EUA e a China, a proibição visou várias empresas estrangeiras que as autoridades de inteligência argumentaram que poderiam representar uma ameaça à segurança nacional. Nos últimos meses, a Casa Branca aumentou ainda mais as restrições e a Comissão Federal de Comunicações designou a Huawei como um risco à segurança nacional, e as consequências deixaram a Huawei em dificuldades.

Embora os engenheiros da Huawei projetem um dos processadores mais avançados do mercado, o chip Kirin, a produção é feita por terceirizados que dependem da tecnologia de fabricação dos EUA, conforme explicou Richard Yu, presidente da unidade de consumo da empresa, na conferência industrial China Info 100 na sexta-feira (7), de acordo com a AP.

Sem acesso a esses fornecedores, a produção terminará no dia 15 de setembro no que Yu disse que será “uma perda muito grande”.

“Infelizmente, na segunda rodada de sanções dos EUA, nossos produtores de chips só aceitaram pedidos até 15 de maio”, disse Yu. “A produção será encerrada em 15 de setembro. Este ano pode ser a última geração de chips de alta qualidade da Huawei Kirin.”

Como resultado, ele acrescentou, a empresa não tem “nenhum chip e nenhum fornecimento” para seus smartphones, que recentemente ultrapassaram a rival Samsung e se tornaram os celulares mais vendidos do mundo pela primeira vez, com 55,8 milhões de aparelhos enviados no segundo trimestre, de acordo com a empresa de pesquisa Canalys.

Yu atribuiu o sucesso no primeiro semestre de 2020 ao aumento da demanda na China e às fortes vendas de produtos de ponta, mas previu que as vendas globais de smartphones da Huawei este ano devem ser menores do que o total de 240 milhões de aparelhos vendidos em 2019.

No entanto, um salva-vidas pode estar chegando. De acordo com o Wall Street Journal, a empresa americana Qualcomm está pressionando políticos dos EUA para aliviar as sanções e permitir que ela venda chips para a Huawei para a produção de seus celulares 5G.

A empresa argumenta que a proibição de exportação não prejudica apenas a Huawei: ao cortar a Qualcomm das vendas potenciais de componentes essenciais no dispositivo da Huawei, a proibição está basicamente entregando o mercado – avaliado em até US$ 8 bilhões anuais – a concorrentes estrangeiros como a Samsung e a MediaTek.

“Se a Qualcomm estiver sujeita à licença de exportação, mas seus concorrentes estrangeiros não estiverem, a política do governo dos Estados Unidos causará uma rápida mudança na participação do mercado de chipsets 5G na China e outros locais”, disse a empresa em uma apresentação para autoridades federais analisada pelo WSJ. Isso não só prejudicaria a pesquisa tecnológica americana, mas possivelmente ameaçaria a liderança global do país em 5G, o que seria “um resultado inaceitável para o interesse dos EUA”.

O Departamento de Comércio dos EUA pode conceder licenças a empresas individuais para contornar a proibição e vender para a Huawei, o que a Qualcomm argumenta que geraria bilhões de dólares em receitas para a empresa colocar em seu próprio desenvolvimento e criar novas tecnologias. Outros fabricantes americanos de chips solicitaram licenças semelhantes, incluindo Intel, Micron Technology e Xilinx, informou o WSJ.

E é compreensível que as empresas americanas estejam lutando para conseguir uma fatia desse bolo. Mesmo estando na lista de entidades dos EUA e enfrentando a pandemia do novo coronavírus, a Huawei anunciou que havia gerado US$ 64,8 bilhões em receita durante o primeiro semestre de 2020 – não é o mesmo crescimento que viu nos anos anteriores, mas não é de se desconsiderar.

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Parece que o Twitter, anos após matar o Vine, está interessado em comprar o TikTok

Posted: 10 Aug 2020 05:46 AM PDT

Logotipo do Twitter exibido em Wall Street. Crédito: Andrew Burton/Getty Images

Enquanto esperamos para ver a Microsoft conseguir fechar o negócio para comprar o TikTok, surpresa: uma outra empresa de tecnologia, não tão grande quanto a Microsoft, entrou no páreo, dizendo que também está interessada em um dos apps mais famosos do mercado atualmente. A tal empresa é o Twitter. Sim, aquela mesma companhia que anos atrás acabou com o Vine.

O Wall Street Journal relata que o Twitter teve "conversas preliminares" sobre uma potencial fusão com o TikTok, especificamente sua divisão dos EUA. A notícia chamou bastante a atenção, dado que o Twitter tem bem menos dinheiro que a Microsoft e certamente precisaria de dinheiro de outros investidores se entrar no leilão pelo TikTok. A Microsoft está interessada não só em comprar o TikTok nos EUA, mas as operações na Austrália, Canadá e Nova Zelândia.

De acordo com o WSJ, embora não esteja claro o valor do TikTok EUA, o valor pode ser de dezenas de bilhões de dólares. Alguns analistas estimam em algo entre US$ 20 bilhões e US$ 50 bilhões.

Este é um ponto importante dado que o valor de mercado do Twitter é de cerca de US$ 29 bilhões. Se formos comparar, o valor de mercado da Microsoft é de mais de US$ 1,6 trilhões. Em termos de caixa e investimentos de curto prazo, o Twitter registrou US$ 7,8 bilhões em junho. A Microsoft reportou US$ 136 bilhões. Ah, e importante dizer que o Twitter perdeu US$ 1,23 bilhão no último trimestre.

Mas o Twitter não quer que você se concentre nas finanças. Pessoas familiarizadas com as discussões do TikTok no Twitter disseram ao WSJ que, por ser muito menor, não enfrentaria o mesmo nível de escrutínio antitruste da Microsoft ou de outros interessados. No entanto, a Reuters relata que um dos acionistas do Twitter, a sociedade de capitais de investimento Silver Lake está interessada em ajudar a financiar o negócio.

Além disso, como o Twitter não opera na China — o governo bloqueou a rede em 2009 — a empresa argumenta que sua oferta não enfrentaria nenhuma pressão do país, segundo a Reuters.

O jornal norte-americano relata que a Microsoft, que está negociando há semanas com a Bytedance, a dona chinesa do TikTok, é considerada uma vanguarda para qualquer possível acordo. O Twitter é visto como um licitante improvável porque é muito menor que a Microsoft e teria mais dificuldade em pagar pelo TikTok. A Microsoft também está mais avançada nas negociações.

Pode parecer irônico o Twitter, que fechou o Vine em 2017 como parte de um esforço de reestruturação de corte de custos, agora esteja repentinamente interessado no TikTok. Parte de seu interesse pode estar relacionado ao puro arrependimento, especialmente depois de ver o TikTok prosperar em um espaço que o Vine dominou antes de ser superado pelo Instagram e o Snapchat.

O TikTok tem apenas algumas semanas para encontrar um comprador para seus negócios nos EUA por causa das ações recentes do presidente Donald Trump contra a Bytedance. Trump e outras autoridades federais afirmam que o governo chinês poderia usar o TikTok poderia espionar milhões de usuários dos EUA, uma afirmação que nunca foi comprovada e que o TikTok nega.

O presidente deu ao TikTok até 15 de setembro para encontrar um comprador ou enfrentar uma proibição no país. No entanto, para a eterna confusão de todos, Trump aparentemente quer que os EUA recebam uma parte substancial de qualquer acordo entre a Microsoft e a Bytedance, uma exigência que confundiu especialistas jurídicos e funcionários da Casa Branca.

[The Wall Street Journal]

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Comprar um computador Apple com CPU Intel ou aguardar opções com o chip da companhia?

Posted: 10 Aug 2020 04:26 AM PDT

Laptop MacBook sobre uma mesa. Crédito:Gizmodo

A Apple lançou semana passada o que pode muito bem ter sido o seu último iMac com chip Intel, e embora não tenhamos tido tempo suficiente com ele para uma análise completa, os primeiros resultados de benchmark revelam uma baita máquina (mesmo que nossa unidade de análise esteja com itens o suficiente para que ela custe impressionantes US$ 4.500 nos EUA).

Se o seu antigo iMac está abrindo o bico ou você está ansioso para ter algo novo e bom em seu escritório improvisado em casa, você provavelmente está se perguntando se deve comprar este novo iMac com chip Intel ou se deve esperar por um iMac com o chip próprio da Apple, cujos rumores apontam que o lançamento será em breve.

Embora a Apple tenha prometido começar a enviar Macs com seu próprio chip ainda este ano, ela não disse o que esses dispositivos realmente são, o que torna a decisão de esperar ou comprar ainda mais desafiadora.

Houve rumores de que o iMac seria um dos primeiros dispositivos a receber o Apple Silicon, como a CPU da Apple tem sido chamada. No entanto, evidências recentes apontam para o recém atualizado MacBook Pro e o MacBook Air, que foi atualizado pela última vez em março, como sendo os primeiros dispositivos com CPU baseada em ARM da Apple.

Um bom iMac

Sendo bem clara: pela primeira vez em meia década, a Apple está realmente em sintonia com a Intel, lançando produtos que têm os mais recentes processadores Intel embarcados.

Tradicionalmente, os produtos da Apple traziam CPUs da Intel de um ano atrás ou mais desatualizados — em um período verdadeiramente chocante, a empresa estava tentando vender laptops com processadores de 5 anos com preço cheio.

Mas não é o caso de agora! Se você comprar um dispositivo da Apple, ele terá um processador Intel (personalizado) vindo da mesma geração de seus concorrentes. Apesar de o chip próprio ARM da Apple estar próximo, nunca houve melhor momento para comprar um laptop ou desktop da Apple.

E não, você provavelmente não deve esperar pelos primeiros dispositivos ARM da Apple. Muita gente endinheirada vai comprar um desses para ver como é e com a desculpa "eu precisava de um outro computador". Sendo assim, você deveria comprar assim que lançar os computadores da Apple com chip próprio? Não!

Primeiro não significa bom

Como acontece com os carros, a primeira grande mudança de um laptop tende a ter problemas. Meu MacBook Pro com Retina display morreu lentamente após uma série de problemas na tela.

Passei por três substituições de um MacBook Pro de primeira geração com Touch Bar, e o dispositivo com mais problemas que já tive, que foi o iMac de 2009. Continuei comprando esses computadores, pois gosto de coisas novas. Como já cometi este erro três vezes, você pode perceber que eu demorei um pouco para aprender.

Estes dispositivos costumam ter muitos problemas a serem resolvidos, e os primeiros usuários são como testadores beta não oficiais. Mesmo o teste interno mais diligente de laptops não vai pegar todos os problemas que surgirão quando eles forem lançados em larga escala. Haverá defeitos. Talvez sejam problemas térmicos. Talvez os novos laptops usem algum conector de tela nunca antes visto ou uma dobradiça radicalmente redesenhada. Vai saber qual será o problema! Mas é quase certo que existirá e isso significa arriscar muitas na Apple Genius Bar.

Então, por qual motivo, a menos que você seja idiota, você iria comprar um iMac totalmente novo e redesenhado com um processador nunca antes usado para essa finalidade, quando você pode obter o melhor iMac que a Apple fez com a Intel e esperar até a poeira abaixar?

Você nunca deve comprar a primeira geração de um dispositivo, a menos que seja absolutamente necessário — mas se você tiver muito dinheiro sobrando, então vai nessa.

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