quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Gizmodo Brasil

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Califórnia obriga Uber a contratar motoristas, e empresa ameaça suspender serviço

Posted: 12 Aug 2020 02:56 PM PDT

Ícone do app da Uber

Já faz um tempo que a Califórnia aprovou uma lei que obriga as empresas da chamada gig economy a classificarem seus trabalhadores como funcionários. Na segunda-feira (10), uma decisão judicial obrigou Uber e Lyft a contratarem os motoristas do seus serviços como funcionários. Agora, em um recurso apresentado, a Uber diz que precisaria suspender temporariamente suas atividades no estado para fazer a transição para este novo modelo.

A decisão de segunda-feira foi proferida pelo juiz Ethan Schulman, da Corte Superior da Califórnia, em caráter cautelar. Ele determinou que Uber e Lyft sigam a lei AB5 e reclassifiquem seus motoristas como funcionários e não como trabalhadores independentes no prazo de dez dias.

A lei define que os trabalhadores precisam cumprir três critérios para serem considerados independentes: não serem controlados pelo empregador; prestarem o mesmo serviço fora do escopo da plataforma; e participarem de um mesmo negócio da mesma natureza que o trabalho prestado.

A aplicação da lei não é automática, então ela só passa a valer em cada caso depois de uma decisão judicial.

No caso da Uber, a empresa tentou de vários jeitos não ser incluída na lei: argumentar que ela só fazia o aplicativo, dizer que as viagens de carro não são parte do núcleo dos negócios da empresa e deixar que os próprios motoristas definissem os preços das viagens. Não deu certo, e a empresa sofreu uma derrota nos tribunais no começo desta semana.

O pedido partiu do procurador-geral da Califórnia, Xavier Becerra, junto com outros procuradores de Los Angeles, San Francisco e San Diego.

O processo, apresentado em maio, diz que Uber e Lyft ganham uma vantagem competitiva injusta e ilegal ao classificar seus trabalhadores como independentes. De acordo com o TechCrunch, a peça também argumenta que as duas empresas privam os trabalhadores do direito a salário mínimo, horas extras, acesso a licença médica remunerada, seguro contra invalidez e seguro-desemprego.

Em entrevista ao canal de TV MSNBC, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, disse que a empresa dificilmente poderá mudar rapidamente seu modelo atual para um regime de contratação em tempo integral.

Em uma apelação ao tribunal apresentada nesta terça-feira (11), segundo informações da agência Reuters, a empresa também diz que, se a decisão do juiz Schulmer passar a valer, a empresa precisará interromper temporariamente seus serviços. Isso afetaria também as pessoas que dependem da Uber para ganhar dinheiro, argumenta a companhia.

Em sua decisão, o juiz Schulman reconheceu que a medida mudaria significantemente o modelo de negócios de Uber e Lyft e que a contratação de equipes de recursos humanos para contratar e gerir motoristas seria custosa. Mesmo assim, ele considerou que os argumentos dos procuradores eram mais fortes e que as empresas violavam a lei ao não classificar seus motoristas como empregados.

O magistrado considerou que, se as duas empresas pudessem classificar apenas seus desenvolvedores como funcionários, mais empresas que usam tecnologia poderiam recorrer a esse expediente para privar grandes grupos de trabalhadores de seus direitos. Ele ainda enfatizou que os danos não são meras abstrações, mas “danos reais a trabalhadores reais”.

“Os motoristas são centrais e não tangenciais aos negócios de caronas de Uber e Lyft”, concluiu Schulmer.

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TikTok coletou endereços MAC de smartphones Android violando políticas do Google

Posted: 12 Aug 2020 02:14 PM PDT

Escritórios do TikTok em Los Angeles

O TikTok aparentemente coletou silenciosamente identificadores de dispositivos Android por 15 meses, de acordo com uma reportagem do Wall Street Journal.

A notícia vem em um momento delicado para o TikTok e a ByteDance, sua desenvolvedora, que tem sofrido ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de ser banida do país.

De acordo com o WSJ, uma análise de diversas versões do TikTok descobriu que o aplicativo usou uma lacuna técnica para coletar endereços MAC de dispositivos Android durante 15 meses, num período que terminou em novembro de 2019. Aparentemente essa coleta viola a política do Google.

Os endereços MAC são identificadores que geralmente não podem ser alterados em smartphones. A Apple bloqueou o acesso aos endereços MAC em 2013, de acordo com o artigo, e o Google fez o mesmo em 2015.

A análise do WSJ descobriu que o TikTok usou um falha de segurança amplamente conhecida para adquirir endereços MAC no Android sem que os usuários soubessem ou tivessem a possibilidade de apagar esses dados.

O TikTok, em seguida, agregou outros dados como um ID de publicidade, potencialmente violando as políticas do Google que proíbem os aplicativos de conectar IDs de anúncios a qualquer identificador persistente (conhecido como ID bridging) sem o “consentimento explícito do usuário”.

Enquanto os usuários TikTok poderiam redefinir seus identificadores de propaganda por meio das configurações do aplicativo, a posse dos endereços MAC pela ByteDance pode ter feito disso um gesto inútil.

A posse do endereço MAC de um usuário também poderia expor a um rastreamento futuro – o que obviamente não vai cair bem entre as autoridades americanas que alegam que a ByteDance poderia usar o TikTok para espionar os americanos em nome do governo chinês. Nunca foram divulgadas publicamente provas concretas de que a empresa tenha compartilhado informações com Pequim.

A abordagem transacional da administração Trump ao TikTok, incluindo exigências de que a ByteDance venda o aplicativo para uma empresa americana como a Microsoft ou o Twitter e que o Tesouro dos EUA receba uma parte do acordo, sugere que levantar o espectro da espionagem poderia ser parcialmente um pretexto forçar a saída da ByteDance. Embora várias políticas de lojas de aplicativos possam proibir a prática, a coleta de endereços MAC não é exatamente uma invasão no estilo Mr. Robot.

De acordo com a reportagem do WSJ, porém, a ByteDance também usou uma camada personalizada de criptografia para enviar os dados agrupados de volta para seus servidores. Especialistas disseram ao jornal que essas medidas poderiam ser projetadas para evitar que a Apple ou o Google notassem as violações de suas políticas, mas também poderiam ser uma camada adicional de segurança para fins mundanos.

A ByteDance insistiu que nenhum dado de usuário coletado nos EUA é enviado à China, e a explicação simplista sobre o porquê de querer coletar endereços MAC é aumentar seu lucrativo negócio publicitário.

Apesar disso, a ByteDance só parou de coletar esse dado apenas uma semana após os EUA terem supostamente lançado uma análise de segurança nacional contra o TikTok. Parece que alguém rapidamente percebeu que isso não ficaria bem sob escrutínio, independentemente de praticamente todos os outros concorrentes utilizarem práticas de rastreamento obscuras.

Também é possível que a coleta de endereços MAC de usuários mais jovens sem divulgação ou uma função para optar não ter essa informação coletada pudesse causar problemas com a Comissão Federal de Comércio, que aplica a Lei de Proteção à Privacidade Online de Crianças.

O WSJ escreveu que, além dos endereços MAC, o TikTok não parecia coletar “uma quantidade incomum de informações para um aplicativo móvel, e divulgou essa coleta em sua política de privacidade e em pop-ups solicitando o consentimento do usuário durante a instalação”.

Também escreveram que embora o ID bridging seja comum – de acordo com um relatório do AppCensus de 2019, cerca de 70% dos mais de 25.000 aplicativos populares emparelham identificadores de anúncios com pelo menos um identificador persistente, muitos dos quais enviam a informação diretamente para servidores de anúncios – usar a brecha de endereço MAC não é algo tão frequente. Uma análise do AppCensus de 2018 encontrou apenas 347 dos mais de 25.000 aplicativos utilizando esse método.

Joel Reardon, co-fundador do AppCensus e professor assistente da Universidade de Calgary, disse ao WSJ que relatou a brecha ao Google em junho de 2019 e que a empresa já estava ciente disso.

“É uma forma de permitir o rastreamento a longo prazo dos usuários sem qualquer possibilidade de saída”, disse Reardon ao WSJ. “[…] fiquei chocado que [a brecha] ainda pudesse ser explorada.”

“Nós atualizamos constantemente nosso aplicativo para acompanhar a evolução dos desafios de segurança e a versão atual do TikTok não coleta endereços MAC”, disse um porta-voz do TikTok ao Verge. “Sempre incentivamos nossos usuários a baixar a versão mais atual do TikTok.”

[WSJ]

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Pandemia atrapalhou moderação de conteúdos ligados a suicídio e abuso infantil, diz Facebook

Posted: 12 Aug 2020 12:46 PM PDT

O Facebook disse na terça-feira (11) que não consegue moderar certas categorias de violações em seu próprio site ou no Instagram da forma mais eficaz possível durante a pandemia de coronavírus. Além disso, quase ninguém pôde apelar das decisões de seus moderadores no segundo trimestre de 2020.

De acordo com a versão mais recente de seu Community Standards Enforcement Report (relatório de aplicação dos padrões da comunidade, em tradução livre), que cobre o período do segundo trimestre de abril a junho de 2020, o Facebook tomou medidas em relação a 1,7 milhão de conteúdos que violaram suas políticas sobre suicídio e automutilação no primeiro trimestre, mas apenas 911 mil no segundo. Esse número caiu de 5 milhões no quarto trimestre de 2019.

Embora a aplicação de medidas contra conteúdo que viole as políticas do Facebook sobre nudez infantil e exploração sexual tenha subido de 8,6 milhões para 9,5 milhões, esse número caiu no Instagram, de cerca de 1 milhão para pouco mais de 479 mil.

A aplicação de regras que proíbem conteúdo de suicídio e autolesão no Instagram também caiu de 1,3 milhão de ações no primeiro trimestre para 275 mil no segundo trimestre. A rede de fotos e vídeos aumentou a fiscalização contra conteúdo gráfico e violento, mas no Facebook essa categoria caiu de 25,4 milhões de ações no primeiro trimestre para 15,1 milhões no segundo trimestre.

O vice-presidente de integridade do Facebook, Guy Rosen, escreveu no blog da empresa que a queda no número de ações tomadas foi uma consequência direta do coronavírus, já que a aplicação de regras nessas categorias requer maior supervisão humana. Os moderadores de conteúdo da empresa — que já enfrentam condições de trabalho muito ruins — não conseguem render tão bem ou mesmo trabalhar quando está em casa, de acordo com Rosen:

Com menos revisores de conteúdo, tomamos medidas em relação a um número menor de peças de conteúdo no Facebook e no Instagram para suicídio e automutilação, e nudez infantil e exploração sexual no Instagram. Apesar dessas reduções, priorizamos e tomamos medidas em relação ao conteúdo mais prejudicial dentro dessas categorias. Nosso foco continua em encontrar e remover esse conteúdo, enquanto aumentamos a capacidade de revisão da maneira mais rápida e segura possível.

O relatório não ofereceu estimativas da prevalência de conteúdo violento, gráfico, nudez adulta ou atividade sexual no Facebook ou no Instagram. Rosen alega que a empresa “priorizou a remoção de conteúdo prejudicial”.

O processo de apelação do Facebook, pelo qual os usuários podem contestar uma decisão da moderação, também ficou quase em zero em todas as categorias. Em julho, a empresa havia anunciado que, com moderadores fora do escritório, daria aos usuários que desejam apelar a opção de manifestar essa visão. A companhia disse que monitoraria esse feedback para melhorar a precisão, mas provavelmente não revisaria o conteúdo uma segunda vez.

O Facebook tomou medidas em um número muito maior de postagens por violar as regras contra discurso de ódio no segundo trimestre (22,5 milhões, contra 9,6 milhões no primeiro trimestre).

Em seu relatório, a empresa diz que as ferramentas de aprendizado de máquina automatizadas agora encontram 94,5% do discurso de ódio que a empresa acaba derrubando, algo que ela atribuiu ao suporte para mais idiomas (inglês, espanhol e birmanês). A fiscalização contra o conteúdo de grupos de ódio organizado caiu (4,7 milhões para 4 milhões), enquanto a contra o conteúdo de terrorismo aumentou (6,3 milhões para 8,7 milhões).

Curiosamente, a quantidade de conteúdo que foi restaurada posteriormente sem apelação após ser removida sob as regras contra ódio organizado e terrorismo disparou no segundo trimestre.

O Facebook restaurou 135 mil postagens na primeira categoria e 533 mil na segunda. A rede, aparentemente, não processou um apelo sequer em qualquer categoria no segundo trimestre, sugerindo que os moderadores humanos da empresa estão de olho em outro lugar. O Facebook não divulga os dados internos que poderiam mostrar a prevalência de discurso de ódio ou grupos de ódio organizados no site.

Lembre-se de que tudo isso é de acordo com o Facebook, que recentemente enfrentou acusações de fazer vista grossa para violações de regras que são politicamente inconvenientes, bem como um protesto de funcionários e boicote de anunciantes pressionando a empresa a adotar um combate mais rígido contra o discurso de ódio e desinformação.

Por definição, o relatório mostra apenas o conteúdo proibido que o Facebook já tem conhecimento. Avaliações independentes da forma como a empresa lida com questões como discurso de ódio nem sempre refletem a insistência com que a empresa afirma tem progredido nessas questões.

Uma auditoria de direitos civis publicada em julho de 2020 concluiu que o Facebook falhou em construir uma infraestrutura de direitos civis e fez escolhas "frustrantes e dolorosas" que ativamente causaram "retrocessos significativos para os direitos civis".

Um relatório das Nações Unidas em 2019 classificou a reação como lenta e medíocre do Facebook às acusações de cumplicidade no genocídio do povo Rohingya em Mianmar, denunciando a empresa por não fazer o suficiente para remover conteúdo racista do site rapidamente ou para impedi-lo de ser postado. (É possível que parte do aumento do discurso de ódio identificado pelo Facebook se deva à introdução de mais ferramentas de detecção em birmanês, a língua predominante de Mianmar.)

Ainda não se sabe se as ferramentas de inteligência artificial do Facebook estão fazendo um bom trabalho.

Caitlin Carlson, professora associada da Universidade de Seattle, disse à Wired que o discurso de ódio “não é difícil de encontrar” no site, e que os 9,6 milhões de posts que o Facebook disse ter removido por discurso de ódio no primeiro trimestre de 2020 pareciam um número muito baixo.

Em janeiro de 2020, Carlson e um colega publicaram os resultados de um experimento em que reuniram 300 posts que acreditavam violar os padrões da empresa e os relataram aos moderadores do Facebook; apenas metade das publicações foram removidos.

Grupos dedicados a teorias da conspiração, como o de extrema-direita QAnon, continuam a se espalhar pelo site e têm milhões de membros. O Facebook, assim como outros sites de mídia social, também desempenhou um papel importante na disseminação da desinformação sobre o coronavírus neste ano.

Muitos dos moderadores do Facebook começaram a voltar ao trabalho. De acordo com a VentureBeat, o Facebook disse que está trabalhando para ver como suas métricas podem ser auditadas "de maneira mais eficaz" e disse que está solicitando uma auditoria externa e independente dos dados do Community Standards Enforcement Report, que deve começar em 2021.

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Pix, que permitirá transferência de dinheiro instantânea, é aprovado e começará a funcionar em 16 de novembro

Posted: 12 Aug 2020 11:12 AM PDT

Cédulas de reais. Crédito: Jeso Carneiro/Flickr

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (12) que o Pix, o sistema de transferência instantânea de dinheiro, começará a funcionar no Brasil em 16 de novembro após ter sido devidamente regulamentado pela instituição.

As informações foram dadas por João Manoel Pinheiro, diretor de organização do sistema financeiro e de resolução do BC, em live promovida pela instituição.

O governo tem falado do Pix desde o início do ano e, em resumo, é uma alternativa a TEDs e DOCs para transferências de dinheiro e pagamentos. As instituições financeiras têm trabalhado com o governo há um tempo, e pessoas interessadas poderão começar a se cadastrar para ter esta opção em outubro. Quando estiver disponível, interessados devem fornecer telefone, CPF, e-mail e conta bancária para ter uma chave cadastrada no Dict (Diretório Identificador de Contas Transacionais), sistema gerido pelo BC que registrará quem paga e quem recebe o Pix.

O processo de transferência de dinheiro será feito via instituição financeira (podendo ser banco ou alguma fintech, por exemplo) e transações entre pessoas físicas serão gratuitas. No caso de transferências para pessoas jurídicas, pode haver uma pequena taxação. Segundo o BC, empresários informais, como pipoqueiros, que receberem muitas transferências diárias poderão eventualmente serem taxados.

Segundo o Banco Central, a grande diferença do Pix para outras formas de pagamento é a maneira com que os usuários poderão enviar e receber dinheiro. Isso será possível por meio de um clique na informação da chave da pessoa presente no celular ou em um link enviado pelo recebedor ou mesmo pela leitura de um QR Code do recebedor. As pessoas envolvidas na transação serão notificadas e o dinheiro será transferido na hora.

O meio principal para as transações será o smartphone. No entanto, o Banco Central diz que outras formas serão disponibilizadas pelas instituições, seja via site da instituição financeira ou mesmo em agências e caixas eletrônicos. Para isso, é necessário saber detalhes da chave para quem você vai enviar o dinheiro.

Num segundo momento, o BC tem alguns planos para expandir os serviços. Um deles é o de sacar dinheiro via Pix em varejistas, algo que foi falado recentemente, mas que deve ficar para um segundo momento.

Além disso, a instituição citou o desenvolvimento de recursos para pagamento por aproximação, parcelamento de compras via Pix, geração offline de QR Codes para receber dinheiro e até requisição de pagamentos, como já acontece com o DDA (Débito Direto Autorizado).

Como já dissemos, o cadastro para as chaves deve começar só em outubro. Porém, você pode ver uma lista no site do BC para saber se seu banco ou instituição financeira está no Pix.

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Força Espacial dos EUA divulga sua primeira doutrina militar

Posted: 12 Aug 2020 10:42 AM PDT

A Força Espacial lançou uma doutrina militar de 64 páginas, explicando por que os Estados Unidos precisam demonstrar sua influência no espaço e como o ramo militar nascente buscará manter o domínio em um lugar até agora intocado pela guerra.

Os humanos lutaram na terra e na água por milênios e no ar por mais de um século. Quanto à luta no espaço, só na ficção científica. A Força Espacial dos EUA (USSF, na sigla em inglês), lançada há menos de um ano, precisará aprender na prática como isso funciona, dada a total falta de precedentes. Para fazer as coisas andarem, o sexto braço militar dos militares dos EUA (embora tecnicamente ainda faça parte da Força Aérea) lançou sua primeira doutrina militar, intitulada “Spacepower“.

Repare bem que não é “space power”, mas “spacepower”. Cortar o espaço faz toda a diferença e deixa seus inimigos tremendo de medo.

Neologismos supérfluos à parte, este documento servirá como um guia preliminar para a USSF, apresentando a “primeira articulação das forças armadas dos EUA de uma teoria independente do poder espacial”, como escreveu o general John Raymond, chefe de operações espaciais da USSF em sua introdução à nova doutrina.

O documento, diz ele, mostra como o poder espacial é "vital para nossa nação, como o poder espacial militar é empregado, quem são as forças espaciais militares e qual o valor delas".

Um braço militar dedicado ao espaço é necessário para lidar com a "realidade atual de que nossos adversários fizeram do espaço um domínio de guerra", de acordo com um comunicado da USSF. Esta é uma referência óbvia à China e à Rússia, mas também é a maneira dos Estados Unidos de dizer: foram eles que começaram.

A fronteira final continua sendo um território virgem em combates, mas não está claro quanto tempo isso vai durar. A China já é capaz de derrubar mísseis no espaço, e a Rússia está supostamente desenvolvendo um sistema de laser para destruir satélites. A militarização do espaço parece estar avançando a todo vapor, e os EUA chegaram à festa.

Um princípio central da nova doutrina é proteger os interesses nacionais dos EUA no espaço, que podem incluir recursos vitais como comunicações e satélites de vigilância, mas também as políticas atuais da nação.

Como observa o novo documento, o espaço é tanto uma “fonte e canal através do qual uma nação pode gerar e aplicar poder diplomático, informativo, militar e econômico” e, como qualquer fonte de poder militar, os EUA “devem cultivar, desenvolver e avançar o poder espacial para garantir a prosperidade e a segurança nacional".

Capa da nova doutrina da Força Espacial dos EUA. Ela tem o título, "Spacepower", o subtítulo "Doutrina para forças espaciais", e o logo da Força Espacial. Ao fundo, uma imagem da Terra vista do espaço.Capa da nova doutrina da USSF, intitulada “Spacepower”. Imagem: USSF

A doutrina também reconhece o espaço como um domínio único de combate, que exigirá que o poder espacial seja "inerentemente global". Além disso, o espaço é um lugar vulnerável para conduzir operações, já que um ataque bem-sucedido no espaço, na superfície da Terra ou nas áreas entre as duas coisas pode “neutralizar um recurso espacial”, de acordo com a doutrina. O documento afirma que, para o poder espacial atingir seu maior potencial, ele deve ser integrado com sucesso a outras formas de poder militar.

São descritas três responsabilidades principais para a USSF defender: preservar a liberdade de ação no espaço, permitir “letalidade e eficácia conjuntas” e fornecer várias opções para os líderes dos EUA ajudarem em seus objetivos nacionais. Isso subsequentemente "molda nossa identidade de igualdade com os outros combatentes responsáveis ​​pelo poder militar nos domínios aéreo, marítimo, terrestre e cibernético", segundo o documento. Em outras palavras, a USSF é tão importante quanto os outros caras, ou logo será.

Várias competências essenciais, como segurança espacial, mobilidade e logística espaciais e consciência do domínio espacial ajudarão a cumprir essas responsabilidades, de acordo com a doutrina. Além do mais, o poder espacial exigirá exploradores, diplomatas, empresários, cientistas e desenvolvedores, juntamente com experiência em coisas como guerra orbital e operações cibernéticas.

Essa doutrina provavelmente mudará com o tempo, devido ao estado nascente do tal do poder espacial. Mas o espaço, como o novo documento deixa bem claro, agora é oficialmente um lugar os negócios da guerra.

É muito triste que tenhamos chegado a esse ponto, mas os humanos levam conflito para onde eles vão. O esforço de décadas para manter o espaço como um domínio não militarizado parece ter chegado ao fim.

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Juíza viu que Google pegava letras do site Genius, mas resolveu deixar barato

Posted: 12 Aug 2020 08:20 AM PDT

Logotipo do Google. Crédito: Fabrice Coffrini/Getty Images

No ano passado, o site de letras e contexto de música Genius processou o Google alegando que a a gigante da tecnologia pegava suas transcrições de canções para mostrá-las nos resultados de pesquisa de seu lucrativo sistema de buscas. Parecia um caso claro. Graças a um sistema de identificação, parecia que o Google tinha sido pego de surpresa por roubo de letras. Mas na segunda-feira (10), o Copyright Act (a Lei de Direitos Autorais) atrapalhou o que parecia um processo dos sonhos do Genius.

Depois que começou a suspeitar que o Google estava dando um jeitinho de mostrar as letras sem que precisasse entrar no Genius, o site decidiu inserir um sistema de "marca d'água digital" em suas letras, incluindo uma que dizia "redhanded" (algo como "pego no flagra") em código morse.

Essas marcas d'água aparecem nos resultados de pesquisa do Google, e o Genius Media Group entrou com uma reclamação citando vários exemplos de o Google roubando suas transcrições. A empresa de tecnologia, por sua vez, negou qualquer prática de uso e apontou o fato de que usa terceiros para coletar letras quando não são fornecidas diretamente pela editora.

Um desses terceiros, o LyricFind, foi corréu na reclamação do Genius e admitiu em um blog post que pode ter "sem querer usado letras do Genius obtidas em outro lugar".

Meses depois, uma decisão foi tomada pela juíza da corte distrital dos EUA Margo Brodie, que decidiu encerrar o caso por completo.

A decisão da juíza Brodie não diz que o Google não é culpado por ter pego transcrições do Genius. Em vez disso, expõe o terreno jurídico duvidoso do próprio processo. O principal problema é que, como o Genius licencia os direitos de publicação das letras das músicas, ele não pode realmente alegar que o Google está violando seus direitos autorais.

A questão que o Genius está levantando é que ele gasta muito dinheiro transcrevendo letras depois que passam pelos canais de licenciamento adequados. A companhia acredita que o Google está roubando esse dinheiro e esse trabalho ao pegar as letras de seu site.

Aí é que a coisa começa a complicar, já que o Genius teve que entrar com uma reclamação de que o Google violou seus termos de serviço.

A juíza Brodie escreveu em sua ordem que a Lei de Direitos Autorais, que é unicamente de jurisdição dos tribunais federais, tem prioridade sobre qualquer queixa de quebra de contrato. Segundo a juíza, o que o Genius está procurando proteger pode ser classificado como uma obra derivada.

Segundo a magistrada, "em sua essência, é uma alegação de que os réus criaram uma reprodução não autorizada do trabalho derivado do requerente, que é por si só uma conduta que viola um direito exclusivo do proprietário dos direitos autorais sob a lei federal dos direitos autorais". Como as reivindicações de quebra de contrato estão sendo feitas sob a lei comum de Nova York e a lei estatuária da Califórnia, e Brodie acha que a Lei de Direitos Autorais tem prioridade sobre essas reivindicações específicas, elas foram declaradas nulas e sem efeito.

O Genius também acusou o Google de se envolver em concorrência desleal, outra afirmação que à primeira vista parecia um golpe certeiro contra a gigante das buscas. Afinal, a maioria das pessoas que procuram letras vai passar primeiro pelo Google, e o Genius espera ser o link que aparece na busca quando o usuário escolhe para encontrar as músicas de seu artista favorito.

A pesquisa é extremamente importante para o Genius, como ironicamente já havia sido demonstrado em 2013, quando foi penalizado pelo Google por violar as diretrizes a fim de melhorar seu posicionamento nos resultados de busca.

Na visão do Genius, o Google está roubando os cliques e o trabalho necessário para fazer o conteúdo de seu site. Mas, na opinião da juíza Brodie, a Lei de Direitos Autorais ainda anula a injustiça essencial das condutas supostamente praticadas pelo Google.

Isso significa que o Genius perdeu e o Google está livre para pegar as letras que quiser por aí? Não exatamente. Significa apenas que, aos olhos do tribunal, o Genius falhou em apresentar um argumento jurídico convincente para esta queixa.

O Genius não retornou imediatamente o pedido de comentário do Gizmodo. No lugar de um comentário sobre o caso, o Google apenas nos apontou um blog post do ano passado sobre como ele obtém as transcrições de letras.

Este não é o fim do Genius, e o Google não mostrou intenção de roubar as letras no futuro, pelo menos não deliberadamente. Mas isso levanta uma questão: e se alguém quiser desafiar a lei e ir a todo vapor fazer cópias das transcrições do Genius? Com base na decisão de segunda-feira, isso parece possível, desde que a pessoa hipotética consiga obter as licenças de publicação adequadas — algo que o Genius notoriamente não fez quando estava se estabelecendo. Em 2014, a companhia foi obrigada a pagar editoras de música por ter usado letras sem autorização.

Caso você tenha interesse de ver a decisão da juíza deste caso entre Genius e Google (em inglês), basta clicar aqui.

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Microsoft lança Surface Duo, aparelho Android com duas telas, por US$ 1.400

Posted: 12 Aug 2020 07:29 AM PDT

Microsoft Surface Duo

A Microsoft surpreendeu a todos quando anunciou o Surface Duo no ano passado. Após meses de desenvolvimento, a companhia está pronta para lançar o produto. Depois de saber mais sobre ele, sinto que o Surface Duo é muito mais do que apenas um gadget com duas telas ou até mesmo o primeiro celular Android da Microsoft. O aparelho parece ter criado um ramo totalmente novo e animador na evolução dos smartphones.

Mas primeiro, vamos tirar os detalhes importantes do caminho. O Surface Duo estará disponível em pré-venda a partir de hoje nos EUA por US$ 1.400 (R$ 7.600, na cotação atual), com seu lançamento oficial previsto para 10 de setembro. Isso é muito dinheiro, especialmente em um momento em que as pessoas estão em grande parte isoladas em casa.

Durante a coletiva de imprensa virtual, o diretor de produtos da Microsoft, Panos Panay, deu bastante ênfase à nova direção ousada que a companhia está tomando, descrevendo o lançamento como uma grande aposta que nenhuma outra empresa conseguiria realmente fazer. “O Surface Duo representa a Microsoft que você ama, com o Android que você conhece”, disse ele.

E mesmo assim, essa afirmação não se sustenta tanto. Se você olhar para os smartphones atuais, o design deles se tornou bastante padrão. Geralmente há uma tela razoavelmente grande na frente, junto com uma câmara para selfie, algum tipo de sistema de segurança biométrica (reconhecimento facial, um sensor de impressões digitais, ou ambos), alguns botões nos lados, uma porta USB-C e um monte de câmeras atrás. É uma equação bastante padrão.

Porém, os smartphones com duas telas estão chegando e ocupando um espaço interessante.

Ao olharmos para o futuro, em um canto temos dispositivos com telas dobráveis, melhor exemplificados pelo Mate X e Mate XS da Huawei, o novo Razr da Motorola e o Galaxy Fold, Galaxy Z Flip e o Galaxy Z Fold 2 da Samsung.

No outro lado do campo, temos dispositivos de duas tela, como o ZTE Axon M, um monte de celulares da LG e em breve o Surface Duo, que parece levar o conceito de um aparelho de tela dupla a um nível totalmente novo.

Para começar, ao contrário dos lançamentos recentes da LG, o Surface Duo foi projetado desde o início com duas telas OLED que combinadas medem 8 polegadas na diagonal, em vez de simplesmente contar com acessórios adicionais. Combinando isso com o que a Microsoft está chamando de sua menor e mais inovadora dobradiça de 360 graus, o Surface Duo tem o potencial de transformar e se ajustar a uma ampla gama de situações.

Você pode abri-la e encaixá-la em uma mão para uma experiência de completa com duas telas, pode girar a tela ao redor para ter uma sensação mais tradicional ou colocá-la sobre uma mesa como uma tenda. Honestamente, o Surface Duo tem mais em comum com os 2-em-1 do que com os aparelhos convencionais tradicionais.


Uma das coisas mais impressionantes sobre o Surface Duo é como a Microsoft suporta os modos de tela única e tela dupla para vários apps. Gif: Microsoft

Ainda mais importante do que isso é a forma como a Microsoft otimizou os aplicativos para funcionarem na tela do Surface Duo, que oferece um tipo especial de desempenho que vai além das formas tradicionais de avaliar gadgets, como benchmarks e tempos de carregamento de aplicativos.

Por exemplo, se você tem algo como o Twitter aberto em uma tela enquanto a outra não é utilizada, você pode clicar em um link no app do Twitter e o Surface Duo saberá que deve abrir esse link na outra tela para maximizar totalmente as capacidades do aparelho.

É muito parecido com a diferença entre usar dois monitores conectados ao seu desktop em casa ou usar uma tela única. O aparelho irá oferecer uma experiência multitarefa que não está realmente disponível em outros smartphones.

Se pensarmos sobre multitarefas em smartphones, vamos perceber que é algo bem difícil. Porque normalmente abrir um aplicativo deixa todo o resto para trás, no plano de fundo – com exceção dos modos picture-in-picture do YouTube e outros apps de vídeo. Mas com o Surface Duo, poderemos olhar para várias coisas ao mesmo tempo.

Detalhe da dobradiça do Microsoft Surface DuoCrédito: Microsoft

Além disso, a Microsoft otimizou todos os seus aplicativos próprios como o OneNote, Outlook e outros para suportar tanto uma visualização em tela única, quanto um modo aprimorado que abrange ambas as telas. Assim, em uma tela você pode ver sua caixa de entrada, enquanto na outra você pode compor um e-mail, tudo no mesmo aplicativo.

Alguns desenvolvedores de aplicativos como Amazon e Spotify também aproveitaram a nova API da Microsoft. Ao utilizar o aplicativo Kindle, por exemplo, você terá uma visão que se parece um livro físico, incluindo a capacidade de virar uma página simplesmente passando o dedo através da tela.

É este nível de otimização que deve separar o Surface Duo de outros smartphones de tela dupla, e até mesmo produtos como o Galaxy Fold, que tem muito potencial, mas precisa de melhor otimização e integração para capitalizar totalmente sua tela futurista.

A Microsoft também criou o que ela chama de App Combos, que são atalhos que permitem abrir dois aplicativos simultaneamente com um único toque. Portanto, se você quiser abrir seu e-mail e calendário para planejar melhor sua semana, ou Twitter e Instagram e ficar em dia com tudo nas redes sociais, você pode.

Junto com um botão de bloqueio e de volume, o Surface Duo também tem um leitor de impressões digitais na lateralJunto com um botão de bloqueio e de volume, o Surface Duo também tem um leitor de impressões digitais na lateral. Imagem: Microsoft

E de acordo com sua missão de proporcionar essa experiência familiar com o Windows, a Microsoft adicionou recursos como uma barra de tarefas ao longo da parte inferior, ícones quadrados e integração profunda com o aplicativo Your Phone, que permite que o Surface Duo compartilhe sua tela com um PC Windows, transfira arquivos e muito mais.

Mesmo o design do Duo parece uma melhoria em relação aos dispositivos Surfaces anteriores. A Microsoft afirma que o aparelho tem espessura de apenas 4,8 mm, mantendo um exterior limpo e minimalista.

Quando perguntado por que a Microsoft optou por telas duplas em vez de uma tela dobrável, o técnico da Microsoft, Steven Bathiche, disse que a escolha teve três pontos principais: a durabilidade do vidro real, oferecer um design completo de 360 graus e a capacidade de incluir suporte a caneta stylus – todas as coisas que os smartphones dobráveis ainda não entregaram.


A forma como o Surface Duo pode copiar e colar de um aplicativo para outro é bem bacana. Gif: Microsoft

Comparado a todos os outros celulares de tela dupla que vieram antes, o Surface Duo parece o único que está totalmente comprometido em oferecer uma experiência de tela múltipla completa.

Dito isso, ainda há alguns aspectos esquisitos sobre o Duo. Primeiro, devido a suas dobradiças e ao posicionamento de sua câmera solitária de 11 megapixels, o Surface Duo tem bordas enormes. É uma pena porque se tivéssemos uma melhor relação tela/corpo, o Duo seria uma criação ainda mais atraente.

Além disso, quando comparado a outros smartphones super-premium, ter apenas uma câmera (o que exige desdobrar totalmente o aparelho se quiser fotografar algo) e um alto-falante mono é um pouco decepcionante. Especialmente considerando que ele custa US$ 1.400. É o mesmo preço que um Galaxy S20 Ultra, que tem áudio estéreo e quatro câmeras traseiras, incluindo uma câmera com zoom óptico 10x.

Junto com um adaptador de energia e um cabo, o Surface Duo também virá com uma capinha na caixaJunto com um adaptador de energia e um cabo, o Surface Duo também virá com uma capinha na caixa. Foto: Microsoft

E embora as especificações do Surface Duo sejam respeitáveis, com um processador Qualcomm Snapdragon 855, 6GB de RAM e 128GB de armazenamento, elas não são inovadoras. E não se preocupe em procurar uma entrada para fones de ouvido, pois o Surface Duo não tem uma.

Ainda assim, o Surface Duo tem algo que falta em muitos outros gadgets: visão. Parece um aparelho que foi projetado com uma missão em vez de simplesmente ser uma demonstração tecnológica. É uma visão que pode se transformar em uma realidade muito atraente.

O Surface Duo será compatível com as redes da AT&T, T-Mobile e Verizon, e estará disponível para pré-compra a partir de hoje pelas lojas da Microsoft, AT&T e Best Buy nos EUA, com envio a partir de 10 de setembro.

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Xbox Series X será lançado em novembro

Posted: 12 Aug 2020 06:25 AM PDT

Xbox Series X. Crédito: Microsoft

A Microsoft confirmou que o seu próximo console, Xbox Series X, será lançado em novembro de 2020. A data exata ainda não foi revelada, mas o anúncio diz que o videogame terá dezenas de títulos já neste ano.

O anúncio da companhia confirma alguns rumores que surgiram no mês passado. Na ocasião, a diretora financeira da Microsoft, Amy Hood, respondeu um simples “sim” quando uma jornalista perguntou se o Xbox Series X estava no a caminho de lançado durante as "as festas de novembro".

O console deve contar com mais de 50 jogos ainda neste ano, entre títulos de diferentes gerações e otimizados para o Xbox Series X. Entre os games confirmados estão Assassin's Creed Valhalla, Dirt 5, Gears Tactics, Yakuza: Like a Dragon e Watch Dogs: Legion.

A Microsoft também anunciou que The Medium, Scorn, Tetris Effect: Connected, entre outros jogos para o novo videogame serão lançados com o Xbox Game Pass e que títulos como Destiny 2, Forza Horizon 4, Gears 5, Ori and the Will of the WispsMadden NFL 21 estarão otimizados para tirar proveito da potência do produto.

Por outro lado, Halo Infinite foi atrasado. A ideia era que ele fosse lançado junto com o novo videogame, mas só deve sair em 2021.

A Microsoft ainda não revelou o preço do Xbox Series X. O anúncio menciona que o lançamento será global, mas não há lista de países.

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Google quer usar smartphones Android de todo mundo para criar alerta de terremoto

Posted: 12 Aug 2020 05:37 AM PDT

Tela do Android 11

O Google está construindo uma espécie de minissismômetros móveis que serão capazes de alertar sobre um terremoto rapidamente. O instrumento para fazer isso serão os smartphones Android, que ajudarão a criar “a maior rede de detecção de terremotos do mundo”, segundo a própria empresa.

A ferramenta utiliza o acelerômetro do smartphone para identificar tremores e com essas informações poderá emitir alertas para auxiliar em medidas emergenciais ao redor do mundo.

No caso de haver atividade sísmica, os celulares poderão enviar dados para o servidor de detecção de terremotos do Google com informações "brutas" sobre o local do tremor. Ao juntar informações de vários aparelhos, a companhia poderá determinar onde um terremoto está acontecendo e, em seguida, exibir essas informações na pesquisa do Google.

Além disso, há ainda o sistema ShakeAlert, que avisará as pessoas sobre os tremores. Esse sistema começa a funcionar na Califórnia, onde os dados virão de uma rede de sismômetros convencionais a partir de uma parceria entre o Google e o US Geological Survey e o Gabinete de Serviços de Emergência do Governador da Califórnia. A ideia é notificar as pessoas para que se preparem e protejam em caso de terremotos.

Os alertas devem chegar a outros países do mundo no ano que vem, mas a precisão vai depender de quantas pessoas compartilharem os dados (sim, o usuário terá a opção de querer participar ou não desta rede de detectores de terremotos). Enquanto o ShakeAlert não é expandido, os dados de tremores dos smartphones aparecerá nos resultados de busca.

Sistema do Google mostrará se há terremoto ao buscar pelo termo. Gif por GoogleSistema do Google mostrará se há terremoto ao buscar pelo termo. Gif por Google

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Cientistas transformaram tijolos em baterias

Posted: 12 Aug 2020 04:27 AM PDT

Tijolos empilhados e uma pessoa carregando pilha na cabeça

Construímos casas com tijolos por muitas razões. Eles são resistentes à alta pressão e à geada. Eles podem suportar temperaturas flutuantes sem encolher, expandir ou deformar. São ótimos para absorver calor. São duráveis e podem ser reaproveitados. E, de acordo com um novo estudo publicado na Nature Communications, também podem ser desenvolvidos para armazenar energia.

Os tijolos recebem sua tonalidade vermelho-acastanhado da hematita, um óxido de ferro comumente encontrado nas rochas e no solo que os humanos usam como pigmento há 73.000 anos. Curiosamente, a hematita também é usada em instalações de armazenamento de energia de última geração.

Com isso em mente, os químicos autores do estudo desenvolveram um método para modificar os tijolos para permitir o armazenamento de eletricidade que pode ser usada para alimentar dispositivos.

Os autores compraram alguns tijolos do depósito local e os revestiram com um gás feito de uma molécula em particular. Como os tijolos são porosos, esse gás entrou em todos os recantos dos tijolos. Quando essa molécula interagiu com a hematita, desencadeou uma reação de polimerização, criando um polímero conhecido como PEDOT, que pode armazenar e conduzir eletricidade. Eles sabiam que o processo químico funcionava porque quando colocavam os tijolos no forno, eles não saíam vermelhos, mas azuis.

Usando uma célula solar, os químicos então deram a metade dos tijolos uma carga positiva e a outra metade uma carga negativa e os conectaram com fita de cobre. Isto basicamente transformou os tijolos em uma bateria, pronta para armazenar energia que pode alimentar um dispositivo quando um interruptor é acionado.

Como prova de conceito, eles tentaram fazer isso em alguns de seus tijolos e os fizeram alimentar uma pequena luz LED. Confira:

Tijolo alimentando uma pequena luzCrédito: Julio D’arcy

Estas baterias de tijolos podem ser recarregadas em cerca de 13 minutos e têm uma vida útil de cerca de 10.000 cargas. Tudo isto é muito legal, mas neste momento, os tijolos não podem armazenar muita energia.

Julio D’Arcy, professor assistente de química na Universidade de Washington em St. Louis, que trabalhou no estudo e dirige o laboratório onde foi realizado, disse que 50 tijolos podem armazenar eletricidade suficiente para alimentar três watts de iluminação de emergência por 50 minutos, mas que “a quantidade de intensidade da luz vai diminuir durante esse tempo”. Três watts é aproximadamente equivalente a uma lâmpada LED de mesa.

“Poderíamos apenas aumentar o número de tijolos para aumentar a quantidade de energia que você pode armazenar, mas sabemos que isso não é uma boa estratégia, porque revestir cada vez mais tijolos pode ficar mais caro”, disse D’Arcy.

As baterias de tijolos também poderiam ser usadas para alimentar pequenos eletrônicos, como detectores de dióxido de carbono que não requerem muita energia, mas os químicos estão pensando maior. D’Arcy disse que se a equipe conseguisse aumentar a quantidade de energia que os tijolos podem armazenar por uma ordem de magnitude, eles estariam no mesmo nível que a capacidade de armazenamento de uma bateria de lítio. Para o futuro, os químicos esperam que os tijolos possam ser integrados em casas com energia solar para permitir que eles armazenem energia, que poderia ser particularmente útil durante tempestades ou outros eventos que ameacem o fornecimento de energia.

E como eles são feitos com PEDOT, disse D’arcy, os tijolos podem ter muito potencial na indústria da construção civil. Além do armazenamento de energia, outros pesquisadores estão desenvolvendo maneiras de usar tijolos para purificar a água. Assim, um dia, é possível que as paredes de sua casa possam ajudar a fornecer a eletricidade que você usa e a água que você bebe.

Há um longo caminho a percorrer até que estes tijolos estejam prontos para serem usados em casas. Mas se os químicos conseguirem melhorar a ideia, D’Arcy disse que não é difícil imaginar seu uso generalizado, pois estamos muito acostumados a usar tijolos. Já estamos usando-os há dezenas de milhares de anos.

“Os tijolos são tão especiais para os seres humanos. Nós vivemos neles, estamos sempre interagindo com eles”, disse ele. “Nós só queremos melhorá-los”.

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