sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Gizmodo Brasil

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Nova máscara purificadora de ar da LG é meio Jetsons, meio Mad Max

Posted: 27 Aug 2020 03:12 PM PDT

A LG revelou seu novo PuriCare™ Wearable Air Purifier na quinta-feira (27). Ele é basicamente um dos purificadores de ar domésticos da LG para ser colocado no rosto. Parece algo que os Jetsons usariam se ficassem presos em um universo paralelo distópico, com incêndios florestais causados por mudanças climáticas, polícia militarizada atirando gás lacrimogêneo contra manifestantes pacíficos e uma pandemia de doenças respiratórias.

A LG está anunciando o dispositivo, que é movido a bateria, como uma "nova categoria de tecnologias de purificadores de ar vestíveis". Ele usa dois filtros HEPA H13 e fornece ao usuário proteção significativa contra partículas perigosas. A máscara de alta tecnologia ainda ajusta a entrada de ar com base nos padrões de respiração do usuário.

"Com seus ventiladores duplos e sensor respiratório patenteado, o purificador de ar vestível da LG permite que os usuários inspirem ar limpo e filtrado […] o sensor respiratório detecta o ciclo e o volume da respiração do usuário e ajusta os ventiladores duplos de três velocidades", disse a LG em um comunicado publicado durante a noite. "Os ventiladores aceleram automaticamente para auxiliar a entrada de ar e diminuem a velocidade para reduzir a resistência ao expirar, como forma de facilitar a expiração."

O único problema, como observa o Verge, é que a máscara pode não ser uma boa escolha durante a pandemia do coronavírus. Uma das razões pelas quais os especialistas em saúde pública recomendam máscaras é porque elas podem ajudar a impedir a disseminação do vírus por pessoas que talvez não saibam que têm a doença.

Máscaras podem proteger o usuário de contrair COVID-19, mas o purificador da LG não protege as pessoas ao redor dele, acabando com o propósito do uso universal de máscaras, especialmente levando em consideração que a transmissão assintomática é comum.

A nova máscara, no entanto, seria teoricamente útil durante a temporada de incêndios florestais, já que milhares de quilômetros quadrados estão queimando e fica perigoso respirar em lugares como a Califórnia. No verão passado, os incêndios florestais na Austrália foram tão graves que alarmes de fumaça internos foram acionados no centro de Sydney. A nova máscara da LG provavelmente seria uma novidade bem-vinda em um cenário como esse.

Imagem: LG

Quando esta nova máscara LG estará disponível e onde você poderá comprá-la? Essa parte não foi divulgada. O comunicado de imprensa da LG diz que estará disponível no “quarto trimestre” em “mercados selecionados”. Não sabemos se isso inclui os EUA ou o Brasil neste momento.

Parece que a LG nem se preocupou em colocar um protótipo funcional em um ser humano para tirar uma foto para seu último comunicado. A empresa usou um modelo de banco de imagens e simplesmente fez o photoshop da máscara em seu rosto. Este sujeito em particular parece ser o favorito das empresas de tecnologia. Nos últimos anos, ele ganhou fones de ouvido e divulgou serviços de automóveis particulares na Europa.

Imagem: LG/iStockPhoto

Havia muitos futuros possíveis que nos foram prometidos no século 20. Jetpacks, carros voadores, mordomos robóticos. Havia muitas utopias possíveis. Mas claramente ficamos com o futuro distópico repleto de roupas pessoais antipoluição, pânico generalizado e um cenário em que algumas das maiores cidades dos EUA estão tendo dificuldades para sobreviver.

Felizmente, ainda não vimos o apocalipse nuclear e os bunkers subterrâneos permanentes, mas, honestamente, isso está sempre em jogo, dado o grande número de vezes em que estivemos por um fio ao longo do último meio século.

Podemos muito bem nos preparar para a distopia em que vivemos, com uma catástrofe em cada esquina. E não podemos deixar de nos perguntar se a tendência da moda na década de 2020 será a tecnologia distópica ao estilo LG. Talvez devêssemos chamá-la de Immortan Jetson chic.

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Ovo intacto de dinossauro revela a surpreendente face de um saurópode bebê

Posted: 27 Aug 2020 02:48 PM PDT

Reconstrução digital do crânio do saurópode, com os olhos adicionando olhando para frente. Crédito: Kundrat et al. /Current Biology

Um raro fóssil de ovo não eclodido contendo um dinossauro sugere que os saurópodes bebês não eram versões miniaturizadas dos gigantes de quatro patas e pescoço longo que todos conhecemos e amamos. Ao contrário: ele tinha um conjunto único de características físicas, que incluía um pequeno chifre parecido com o de um rinoceronte.

Os bebês titanossauros — o maior grupo de saurópodes — apresentavam um chifre facial proeminente e um par de olhos voltados para a frente, que permitiam uma visão estereoscópica, de acordo com uma nova pesquisa publicada na Current Biology.

Essas características faciais eventualmente desapareciam conforme os bebês amadureciam e se tornavam adultos, mas não antes de servir a um propósito valioso, especulam os autores, liderados por Martin Kundrat, da Universidade Pavol Jozef Šafárik, na Eslováquia.

Saurópode Ampelosaurus atacis. Crédito: WikimediaReconstrução do saurópode Ampelosaurus atacis, caso você não saiba o que é um. Crédito: Wikimedia

"Os bebês titanossauros ficavam por conta própria após a eclosão", explicou Kundrat por e-mail. "Eles tinham que procurar seu alimento e se defender — duas das atividades mais importantes para a sobrevivência."

Na verdade, a vida durante o Cretáceo Superior pode não ter sido fácil para esses filhotes. Consequentemente, teria sido prudente para eles se esconderem em um ambiente semelhante a uma floresta até que fossem grandes o suficiente para se mudarem para áreas descampadas, disse Kundrat.

Os bebês titanossauros, com sua visão estereoscópica, eram mais capazes de encontrar comida e reconhecer o perigo. Mas sua característica mais marcante — seu chifre pré-maxilar em forma de bico — pode ter sido usada para procurar comida e possivelmente até mesmo para defesa, "pelo menos durante o período em que eram mais vulneráveis", afirmou Kundrat.

O crânio fossilizado com a reconstrução do artista mostrada ao lado esquerdo superior. Crédito: Kundrat et al. /Current BiologyO crânio fossilizado com a reconstrução do artista mostrada ao lado esquerdo superior. Crédito: Kundrat et al./Current Biology

Essas descobertas foram possíveis através da análise de um raro fóssil de ovo encontrado na Patagônia, Argentina. Ou, pelo menos, é daí que Kundrat e seus colegas acreditam que o fóssil veio. Eles não sabem dizer ao certo porque o fóssil foi exportado ilegalmente para o país.

Em 2001, um traficante argentino trouxe o ovo para Terry Manning, paleontólogo freelancer e coautor do novo estudo. Durante uma reunião de acompanhamento em 2015 com John Nudds, pesquisador da Universidade de Manchester e coautor do estudo, o traficante disse que o fóssil foi obtido na Formação Allen, de Bajo de Santa Rosa, na província de Rio Negro, Patagônia (Argentina).

O fóssil de 80 milhões de anos já foi repatriado para um museu na Argentina, mas ainda há incertezas sobre sua origem geográfica.

Os primeiros ovos fossilizados de saurópodes foram encontrados 25 anos atrás em Auca Mahuevo na Patagônia, conhecido por ser um antigo local de nidificação de titanossauros. Ovos fossilizados contendo restos embrionários são excepcionalmente raros, e há muita coisa que não sabemos sobre os estágios de desenvolvimento desse animais.

O fóssil recém-analisado é único por ser o melhor crânio embrionário tridimensionalmente preservado pertencente a um dinossauro saurópode, de acordo com o estudo. Infelizmente, outras partes do dinossauro não foram recuperadas, e a espécie exata a que pertencia não pôde ser determinada.

Para estudar o fóssil, os pesquisadores o levaram para o Centro Europeu de Radiação Síncrotron na França.

"O síncrotron é um acelerador de partículas que gera poderosos raios-X chamados luz síncrotron", explicou Kundrat. "Essa luz síncrotron pode penetrar em objetos altamente densos, como rochas ou ovos de dinossauros. A microtomografia síncrotron é atualmente a melhor tecnologia para trabalhar com fósseis que estão além da capacidade de varredura dos sistemas industriais de tomografia computadorizada."

Essa varreduras revelaram características anteriormente ocultas, como a estrutura interna dos ossos, dentes e até mesmo tecidos moles do embrião. Esses dados foram posteriormente usados para reconstruir o crânio, que media 3 centímetros de comprimento, revelando características faciais inesperadas.

"Parte do crânio desses saurópodes embrionários era estendida em um focinho ou chifre alongado, de modo que eles possuíam um rosto de formato peculiar", explicou Nudds em comunicado da Universidade de Manchester.

Curiosamente, este chifre, que lembra o de um rinoceronte, pode ter sido uma espécie de "dente de ovo", que ajudava o bebê a romper a casca do ovo durante a incubação.

Um estudo fascinante, sem dúvida, mas existem algumas limitações importantes a serem destacadas. Como já mencionado, os pesquisadores não estão perfeitamente confiantes sobre a origem do fóssil. Isso é mais um aborrecimento do que um problema, mas torna a datação do fóssil um pouco precária.

Limitações mais sérias incluem a ausência completa do corpo do animal e de fósseis de suporte, incluindo titanossauros bebês nascidos. Na verdade, dado o "fato de que não sabemos por quanto tempo esses embriões de saurópodes se desenvolviam dentro de seus ovos, é difícil avaliar o quanto essas [características] pré-natais permaneciam expressas na morfologia craniana na eclosão", escreveram os autores do estudo.

É possível que este embrião ainda estivesse sujeito a grandes mudanças de desenvolvimento antes da eclosão, portanto, pode não ser representativo dos titanossauros bebês em geral.

Kundrat disse que mais evidências serão necessárias para descobrir se a face incomum desse espécime também se aplica a outros embriões e filhotes de titanossauros. Felizmente, mais ovos fósseis de saurópodes foram encontrados na Argentina, que podem conter vestígios de embriões.

Kundrat e seus colegas fizeram uma descoberta muito interessante, que levou a algumas conclusões muito interessantes, embora especulativas. A boa notícia é que tudo isso pode muito bem ser testado — só precisamos de mais alguns fósseis.

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Samsung deve dar mais detalhes sobre o Galaxy Z Fold 2 na semana que vem

Posted: 27 Aug 2020 12:36 PM PDT

No início deste mês, a Samsung anunciou uma atualização completa de seu catálogo de smartphones de topo de linha. No entanto, alguns detalhes importantes não foram divulgados, especialmente no que diz respeito ao próximo dobrável da marca. Para resolver isso, um novo evento foi marcado para semana que vem, no dia 1º de setembro, terça-feira.

Não sabemos se o Galaxy Unpacked Part 2 será um evento online ao vivo ou pré-gravado, mas, com base no teaser que a Samsung enviou, fica evidente que o assunto principal será o Galaxy Z Fold 2. Durante seu evento anterior, embora tenha anunciado o sucessor do Galaxy Fold original e mostrado seu design atualizado, a Samsung não compartilhou muito sobre as especificações, preço ou data de lançamento do telefone.

Atualmente, a maior dúvida sobre o Galaxy Z Fold 2 é em relação ao seu preço, porque o primeiro aparelho custava singelos US$ 2 mil, um valor proibitivo para todo mundo exceto alguns entusiastas extremos. E embora a Samsung tenha lançado um telefone dobrável que era um pouco mais barato — o Galaxy Z Flip de US$ 1.400, ou R$ 9 mil no Brasil — isso ainda está bem acima do preço que o consumidor médio costuma pagar.

Além do Z Fold 2, a Samsung provavelmente também divulgará preço e data de envio do Galaxy Tab S7, que foi anunciado no início deste mês, mas com poucas informações sobre sua disponibilidade no varejo.

O Galaxy Unpacked Part 2 está agendado para acontecer um pouco antes do início da IFA 2020. Embora muitos dos lançamentos recentes da marca já estejam sendo vendidos, eu não descartaria que a Samsung tem pelo menos uma pequena surpresa planejada para seu evento também.

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CEO do TikTok renuncia ao cargo com empresa prestes a ser vendida

Posted: 27 Aug 2020 12:20 PM PDT

Kevin Mayers renuncia cargo de CEO no TikTok. Crédito: Financial Times

Quatro meses atrás, Kevin Mayer administrava o Disney+ e só precisava se preocupar em competir com a Netflix. Em maio, ele decidiu mudar de ares na carreira e se tornou CEO do TikTok, uma das maiores redes sociais da atualidade. E bastaram apenas três meses de mandato para que um verdadeiro inferno caísse sobre a empresa, levando Mayer a renunciar ao cargo.

Em um e-mail enviado para sua equipe na última quarta-feira (26), e fornecido ao Gizmodo por um porta-voz da companhia, Mayer escreveu:

"Nas últimas semanas, enquanto o ambiente político mudou drasticamente, fiz uma reflexão significativa sobre o que as mudanças vão exigir e o que isso significa para o papel global no qual me inscrevi. Neste contexto, e como esperamos chegar a uma resolução muito em breve, é com pesar no coração que gostaria de informar a todos que decidi deixar a empresa.

O que Mayer mandou foi basicamente um "não é meu trabalho, não é problema meu". Simples assim.

Mayer ressaltou que acredita em um futuro brilhante para a companhia, mas que esse tal futuro não está nos planos dele. Em resposta sobre a saída do CEO, o TikTok disse: "Agradecemos que a dinâmica política dos últimos meses mudou significativamente qual seria o escopo das futuras funções de Kevin, e respeitamos totalmente sua decisão".

Não só a renúncia de Mayer chega de surpresa, como também um rumor de que a saída do executivo aconteceria só na semana que vem. O motivo? Fontes familiarizadas com o assunto alegam ao Financial Times que o TikTok está prestes a assinar um acordo para vender suas operações nos Estados Unidos, e que o anúncio estaria agendado para a próxima semana.

Além das atividades nos EUA, devem ser vendidas as operações da companhia no Canadá, Nova Zelândia e Austrália. Estima-se que o valor da transação fique entre US$ 20 bilhões e 30 bilhões.

Quem vai aceitar o desafio?

Quando o CEO de 58 anos foi contratado pelo TikTok em maio, a rede social já estava envolvida em questões de segurança nacional nos Estados Unidos. Mayer era considerado um rosto bem americano, com um passado sem conflitos na Disney e pronto para dar uma nova imagem à empresa. Já naquela época, políticos do governo dos EUA expressavam preocupações sobre a rede chinesa que detém os direitos do TikTok.

O principal argumento era em torno das práticas de coleta de dados do aplicativo – ou seja, invasivas e opressoras, o que, diga-se de passagem, podemos dizer ser algo padrão nos serviços de mídia social. Críticos estão cada vez mais atentos à possibilidade do governo chinês ordenar que o TikTok canalize seus dados direto para as mãos do Partido Comunista da China.

Escritórios do TikTok em Los AngelesCrédito: Chris Delmas (Getty Images)

O fato de que milhares de tecnologias que usamos todos os dias são originárias da China, e que nossos dados pessoais podem chegar ao governo chinês de inúmeras maneiras, não impediu que o TikTok se tornasse o símbolo mais proeminente da Guerra Fria dos Estados Unidos contra a tecnologia chinesa.

A pressão se intensificou no início de agosto, quando o presidente Donald Trump emitiu uma ordem executiva com um prazo de 90 dias para a ByteDance, empresa-mãe do TikTok, vender ou desmembrar as operações do app em todo o território estadunidense. Nesse meio tempo, grandes corporações com sede nos EUA, entre elas Oracle e Microsoft, se apressaram na tentativa de se tornarem as novas proprietárias da galinha dos ovos de ouro das redes sociais.

O Walmart e a SoftBank também teriam feito uma oferta conjunta. A rede de lojas de departamento disse em comunicado à CNBC que "a maneia como o TikTok integrou o comércio eletrônico e recursos de publicidade em outros mercados é um claro benefício para os criadores e usuários". "Acreditamos que um potencial relacionamento com o TikTok dos EUA, em parceria com a Microsoft, poderia adicionar essa funcionalidade essencial e fornecer ao Walmart uma maneira importante de alcançar e atender clientes em todos os canais, bem como expandir nosso mercado de terceiros e negócios de publicidade".

Agora, o TikTok está em busca de um novo dono e um novo CEO que saibam exatamente onde estão se enfiando. Um porta-voz da empresa disse que Vanessa Pappas, gerente geral do TikTok na América do Norte, assumirá como chefe global interina da companhia.

(Colaborou Caio Carvalho)

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LGPD deve entrar em vigor em setembro; governo estabelece Autoridade de Dados

Posted: 27 Aug 2020 11:23 AM PDT

Senado brasileiro. Crédito: Wikimedia

Havia toda uma tentativa de empurrar a vigência da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados para o início do próximo ano. A Câmara dos Deputados até chegou a aprovar o adiamento, mas, no fim das contas, não rolou. O Senado basicamente barrou o novo prazo nesta quarta-feira (26). Agora, só falta a sanção presidencial para que a lei comece a vigorar, o que deve ocorrer em 15 dias.

Houve alguma confusão sobre o início da vigência, aliás, mas a própria assessoria de imprensa do Senado esclareceu, em nota, que a lei só começa a valer depois da sanção do Presidente da República, Jair Bolsonaro.

De forma resumida, a LGPD estabelece que as pessoas são donas dos seus próprios dados — parece bobo, mas é um conceito importante, pois com a lei as companhias devem deixar claro os dados que obtêm dos usuários e como eles são utilizados. Além disso, as empresas devem explicitar se houve algum tipo de violação de informações dos seus clientes.

Importante ressaltar, porém, que o texto aprovado pelo Senado manteve para agosto de 2021 o início de sanções administrativas a serem impostas pela ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). Então, até lá, as empresas que eventualmente violarem dados de usuários não poderão sofrer multa de até 2% da sua receita ou até R$ 50 milhões.

Aliás, nesta quinta-feira (27) o governo federal assinou um decreto estabelecendo, finalmente, a ANPD. Este órgão tem como objetivo zelar pelo cumprimento da LGPD.

A ANPD era para ter sido criada há dois anos, mas foi vetada pelo então presidente Michel Temer, que enviou uma medida provisória sobre o órgão à Câmara. Essa MP foi aprovada em 2019 e sancionada, mas ainda dependia deste ato do governo federal para criar a ANPD.

Mas se a lei foi para sanção presidencial, como pode não existir o órgão que deveria existir para zelar pelo seu cumprimento? A resposta curta para isso é: bem-vindo ao Brasil.

Além disso, apesar do decreto, ainda não há a composição da ANPD em si nem pessoas designadas para o órgão. Como me explicou o advogado especialista em regulação e proteção de dados pessoais Marcelo Cárgano, da Abe Giovanini Advogados, é como se o governo tivesse colocado as cadeiras no salão de festas, mas sem ter começado as festividades.

É quase como colocar o carro na frente dos bois. A ANPD deveria existir há um tempo e, em tese, seria ela que ajudaria na interpretação da lei e a adequação das empresas.

O que deve rolar com a lei em vigor?

Para as empresas, de modo geral, significa que se elas obtêm dados, devem avisar às pessoas. Nos últimos dias, se você usa o Facebook ou o WhatsApp, deve ter se deparado com mensagens ou notificações sobre o assunto.

No entanto, há uma questão aí. As empresas não podem ser multadas pelo governo por enquanto, já que as sanções administrativas só começam em agosto de 2021. Mesmo assim, a lei impõe uma responsabilidade civil das companhias para com seus clientes.

"As pessoas podem responsabilizar civilmente companhias por tratar seus dados de forma inapropriada", explicou Cárgano. "O artigo 22 da LGPD diz que pessoas podem buscar soluções para remediar desrespeitos aos direitos dela. Então, ela pode ir ao Procon reclamar de uma empresa, por exemplo, com base na LGPD."

Em uma pesquisa com companhias, a Akamai Technologies — uma empresa que gerencia tráfego de internet por meio de CDN (rede de distribuição de conteúdo da internet) — informa que 64% das companhias disseram não estar em conformidade com a LGPD, enquanto outras 24% não sabem nem o que é.

Se serve de alívio, nem na Europa todas as empresas estavam preparadas para a GPDR, a lei de dados do bloco econômico, mesmo após um ano de vigência.

Óbvio que empresas gigantes estão se mobilizando, pois é de grande interesse delas. Porém, o processo para adequação deve ser gradual. Mesmo assim, não custa lembrar que quem coleta dados deve ficar esperto com o que obtém dos seus clientes, se os dados estão seguros, se o consentimento foi obtido e se está tudo certo com o tratamento de dados feito.

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Celular modular Fairphone ganha novas câmeras e está ainda mais sustentável

Posted: 27 Aug 2020 11:03 AM PDT

Fairphone 3 ganha nova versão com mais módulos de câmera. Crédito: Fairphone

Atenção aos nerds de plantão que gostam de montar e desmontar aparelhos eletrônicos. A Fairphone anunciou um novo modelo de seu celular sustentável, o Fairphone 3+, que agora conta com dois módulos de câmera. E sim, eles são compatíveis com o Fairphone atual, o que significa que as novas peças podem ser compradas separadamente para quem deseja fazer o upgrade sem ter de adquirir a versão plus do smartphone.

A Fairphone é uma empresa com foco na sustentabilidade e conhecida pelos telefones modulares – ou seja, que podem ter as peças removidas e trocadas por itens mais recentes. Nesta quinta-feira (27), a fabricante anunciou novos módulos com câmeras otimizadas: a traseira passou de 12 megapixels para 48 MP, e a frontal de 8 MP para 16 MP. A companhia diz que os sensores oferecem mais estabilização de imagem, melhor rastreamento de objetos e foco automático mais rápido.

Além de melhorias de software e câmeras, o Fairphone 3+ vem equipado com tela LCD de 5,65 polegadas Full HD+ (2.160 x 1.080 pixels), processador Snapdragon 632 acta-core de até 1,8 GHz, 4 GB de memória RAM, 64 GB de armazenamento interno expansível até 400 GB via cartão microSD e bateria de 3.000 mAh. O telefone roda o Android 10 de fábrica – o sistema será disponibilizado em setembro para donos do Fairphone 3.

Outra novidade é que o Fairphone 3+ é feito de 40% de plástico reciclado, contra apenas 9% do modelo anterior. Só essa característica já faz do aparelho um dos melhores do mercado do ponto de vista da sustentabilidade. Soma-se a isso o fato de que as peças podem ser facilmente trocadas e substituídas, permitindo que os usuários mantenham seus Fairphones por mais tempo e reduzindo o lixo eletrônico que seria produzido caso fossem trocados.

"Acreditamos que devemos aproveitar ao máximo os materiais usados no consumo de eletrônicos. Estamos dando um passo mais perto de uma economia circular, incentivando a reutilização e o reparo de nossos telefones, além de tornar mais fácil para os usuários manterem seus dispositivos por mais tempo", disse Eva Gouwens, CEO da Fairphone. "O lançamento dos novos módulos de câmera e do Fairphone 3+ é um exemplo concreto de como estamos tornando isso possível. Ao mostrar que é comercialmente viável cuidar das pessoas e do planeta, queremos motivar a indústria eletrônica a agir com mais responsabilidade", completou.

Fairphone 3 ganha nova versão com mais módulos de câmera. Crédito: Fairphone

Um smartphone para montar do seu jeito (ou quase). Crédito: Fairphone

Infelizmente, o Fairphone 3 e o Fairphone 3+ são otimizados apenas para as redes europeias, embora isso não signifique que você não possa usá-los em outros continentes (se conseguir comprar um). Um porta-voz da companhia afirmou ao Gizmodo que, apesar de ainda fazer entregas apenas na Europa, a empresa está "procurando possibilidades para o futuro" para obter suporte em outros locais do mundo, como nos Estados Unidos.

O Fairphone 3+ entra em pré-venda hoje (27) por 469 euros (cerca de US$ 555, ou R$ 3.105, na cotação atual, sem impostos) no site da fabricante, e será lançado oficialmente na Europa em 14 de setembro. Os módulos de câmera separados serão vendidos por 70 euros (R$ 458) até 1° de outubro. Após essa data, eles passam a custar 95 euros (R$ 626).

Fairphone 3+

  • Tela: LCD IPS de 5,65 polegadas, resolução Full HD+ (2.160 x 1.080 pixels)
  • Processador: Qualcomm Snapdragon 632 octa-core de 1,8 GHz
  • Memória RAM: 4 GB
  • Armazenamento: 64 GB, expansível por cartão microSD de até 400 GB
  • Câmera traseira: 48 MP (f/1.79)
  • Câmera frontal: 16 MP (f/2)
  • Bateria: 3.000 mAh
  • Sistema operacional: Android 10
  • Conectividade: USB-C, 4G, Wi-Fi,Bluetooth 5, GPS e NFC
  • Dimensões: 158 x 71,8 x 9,89 mm
  • Peso: 189 g

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Até os funcionários no Google consideram que os controles de privacidade são confusos

Posted: 27 Aug 2020 08:53 AM PDT

Logo do Google

Em 2018, o Google dominava a arte de esconder configurações de privacidade a ponto de até mesmo alguns funcionários da empresa não saberem como os ajustes de compartilhamento de localização funcionavam, de acordo com um processo por fraude contra o consumidor movido no Arizona (agora com menos trechos censurados).

Noticiada em primeira mão pelo Arizona Mirror, a queixa contém mensagens entre funcionários da empresa. Eles desabafam que as configurações de privacidade da empresa são uma "bagunça" — mesmo sendo justamente as pessoas teriam maior probabilidade de entendê-las.

O processo, aberto em maio, alega que o Google violou a Lei de Fraudes contra o Consumidor do Arizona (Consumer Fraud Act) em várias acusações, usando "práticas comerciais enganosas e injustas" para coletar informações de usuários e dados de localização.

Uma reportagem da Associated Press de 2018 gerou uma investigação estadual depois que descobriu que alguns aplicativos do Google ainda coletavam dados de localização depois que os usuários desativavam o Histórico de Localização. Isso foi novidade para alguns funcionários da companhia, cujas reações agora fazem parte do registro público graças a depoimentos e documentos internos:

"Adicione-me à lista de Googlers que não entenderam como isso funcionava e foram surpreendidos quando leram o artigo"

"Embora eu saiba que funciona e qual é a diferença entre 'Localização' e 'Histórico de localização', não sabia que a Atividade na Web e de apps tinha algo a ver com a localização."

"Definitivamente confuso do ponto de vista do usuário se precisarmos dos googlers [para] nos explicar."

“Eu concordo com o artigo. Localização desativada deveria significar localização desativada, sem exceção a este ou aquele caso.”

Embora não saibamos a resposta precisa da chefia do Google na época, provavelmente poderia ser resumida como "oh, shit!" (que poderia ser algo como “putz, fodeu”, em português). Dá para imaginar isso porque e-mails internos anexados como evidência fazem referência a uma “reunião ‘oh, shit!’ na segunda-feira de manhã" no mesmo dia em que a AP publicou sua investigação.

A investigação também acrescenta que as configurações de WiFi do Google induzem os usuários a acreditar que estão desativando a varredura de WiFi; que o Google ainda segmenta anúncios usando dados de localização, mesmo quando os usuários desativam a personalização de anúncios; e que os aplicativos do Google com as permissões de localização desativadas podem coletar clandestinamente informações de localização de outros aplicativos do Google.

A investigação do procurador-geral do Arizona afirma ter descoberto evidências “esmagadoras” em apresentações, memorandos e e-mails internos provando que o Google sabia que suas práticas eram enganosas “há anos”. Ele cita mais funcionários da empresa (sem especificar datas) dizendo:

"A interface atual parece ter sido projetada para tornar as coisas possíveis, mas ainda é difícil o suficiente para que as pessoas não descubram."

"Algumas pessoas (inclusive Googlers) não sabem que existe uma configuração global e uma por dispositivo."

"Portanto, nossas mensagens sobre [rastreamento de localização] são suficientes para confundir um engenheiro de software do Google focado na privacidade. Isso não é bom.”

O potencial do que pode ser multado é extraordinariamente amplo. O gabinete do procurador-geral do Arizona citou uma lista de violações do Arizona Consumer Fraud Act nas práticas de publicidade do Google, principalmente em relação aos dados de localização, e eles pedem que a empresa "devolva todos os lucros, ganhos, receitas brutas e outros benefícios obtidos por meio de de qualquer prática ilegal".

Não está claro como um tribunal pode estabelecer limites entre práticas de localização enganosas (cada ping de localização indesejado?) e lucro (todas as receitas de anúncios?), e o Google pode tentar se defender se apegando ao detalhe irrelevante de que não vende dados, embora os lucros obtidos por ter estes dados expliquem por que esses dados googlesão tão desejados.

O que o Google diz

Em resposta aos comentários de funcionários que agora circulam acima, o Google reafirmou em um e-mail para o Gizmodo que a empresa valoriza a diversidade de pontos de vista e o debate robusto — embora hoje em dia pareça que o debate envolve muitos termos e condições.

"Na verdade, mesmo esses trechos publicados escolhidos a dedo afirmam claramente que o objetivo da equipe era ‘Reduzir a confusão em torno das configurações do Histórico de localização’", disse Jose Castaneda, porta-voz da empresa, ao Gizmodo.

O Google citou o modo de navegação anônima, os controles de exclusão automática e os controles de privacidade acessíveis na busca, no Maps e no Google Assistente como algumas das medidas que a empresa tomou em relação à transparência.

Embora o Google tenha lutado para manter grande parte da denúncia censurada e das evidências sob sigilo, o Google diz ao Gizmodo que eles estão protegendo informações proprietárias, de acordo com a prática padrão. Uma audiência no final do mês determinará se o restante da queixa permanecerá sem tarjas de ocultação.

E então o Google lançou duas afirmações categóricas com o objetivo de minar a legitimidade da investigação. Primeiro, repetiu a descoberta anteriormente alegada da empresa de que a Oracle encorajou a investigação. Depois, também alegou que a investigação do procurador-geral está sendo conduzida por advogados de honorários de contingência (aqueles que ganham apenas uma fatia da indenização caso o processo seja bem-sucedido), algo que o escritório do procurador negou.

"O procurador-geral do Arizona, Brnovich, quer que todas as empresas, incluindo o Google, cumpram as regras", disse um porta-voz ao Gizmodo. "Não importa se você é uma grande empresa de tecnologia ou um pequeno mecânico de automóveis; se você violar a lei de fraudes contra o consumidor, o gabinete do procurador-geral do Arizona vai atrás de você com tudo."

Transparência até que ponto?

Deixando de lado o controle de danos na crise e uma possível sabotagem corporativa, o ponto da reportagem da AP que desencadeou a investigação é que os recursos de "transparência" voltados para o público e as promessas sobre o respeito aos usuários costumam distorcer o escopo da coleta de dados.

Como minha colega e guru da privacidade Shoshana Wodinsky apontou, o Google pode dizer que é compatível com o GDPR, permitindo que os usuários do Android optem por compartilhar dados ao mesmo tempo em que criam uma cortina de fumaça para não deixar explícitas as informações críticas dessa opção. O Google foi o primeiro na lista das principais empresas a ser alvo da lei de privacidade europeia, com uma multa de US$ 57 milhões.

O Google também pode dizer que não bisbilhota o conteúdo de suas mensagens do Gmail, embora rastreie os links de anúncios nos quais você clica em sua caixa de entrada. O Google pode tentar tranquilizá-lo com uma atualização do Chrome que impede que terceiros rastreiem seu histórico de navegação, o que protege seus dados de intrusos, mas não necessariamente o protege do próprio Google.

Como a Apple e o Facebook, o Google recentemente assumiu uma postura agressiva pró-privacidade em público. Mas, em particular, o Google tem poucos incentivos para colocar esse discurso em prática dentro de seu modelo de negócios.

A grande maioria da receita do Google (que, no ano passado, chegou a US$ 134 bilhões) vem da publicidade, que se tornou, em grande parte graças ao Google, o negócio de coleta de dados a fim de ajustar a segmentação. É do interesse do Google dar aos usuários cada vez mais preocupados (e até mesmo os funcionários que reclamam) um escudo imaginário contra o monstro que ele mesmo criou.

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Word ganha recurso de transcrição de áudio, mas você precisa pagar para usar

Posted: 27 Aug 2020 07:37 AM PDT

A versão web do Microsoft Word acaba de ganhar um recurso extremamente útil: a transcrição. Claro que existem alternativas gratuitas por aí, como o Google Docs e o aplicativo Otter.ai, que transcrevem as palavras usando voz, da mesma maneira do ditado do Word. Contudo, o grande diferencial da ferramenta online da Microsoft é que você pode carregar arquivos de áudio inteiros e ainda fazer transcrições ao vivo, mesclando o melhor do que Docs e Otter podem oferecer.

Assim como acontece no Google Docs, o ditado no Word transcreve tudo o que você diz no microfone diretamente no documento. Ambos os programas são quase sempre bem precisos, mas às vezes dão uma engasgada ao processar muitas palavras de uma vez, podendo pular uma ou duas frases, ou errar algumas sequências. A mesma coisa acontece com o Otter, especialmente se houver muito ruído no ambiente.

A transcrição no Word não é imune a erros, mas à primeira vista parece ser mais preciso do que o Google Docs, Otter e até mesmo a função de ditado (Dictate) do Word para desktop. Se você estiver em uma gravação ao vivo, por exemplo, a ferramenta enviará o arquivo de áudio ao OneDrive para processamento, e em seguida colocá-lo de volta na barra lateral do Word – já são inclusas marcações para você acrescentar data/hora, nomes e outros carimbos. A partir daí, você pode importar essa transcrição para o próprio documento do Word, com a possibilidade de ouvir e editar qualquer parte da transcrição que o software tenha interpretado errado.

Recurso de transcrição no Word web. Crédito: Microsoft

É possível transcrever áudios inteiros e adicionar marcações em vários trechos. Crédito: Microsoft

Estes mesmos recursos são encontrados no Otter, mas ele não transcreve arquivos de áudio importados no aplicativo. Já no Word web, a transcrição suporta os formatos .mp3, .wav, m4a e .mp4, o que deve ser de grande utilidade para transcrever podcasts ou entrevistas mais longas. Dependendo da duração do áudio, o tempo de processamento pode demorar um pouco. Eu mesma tentei transcrever um arquivo de 60 minutos (30 MB) e demorou cerca de uma hora, e isso mesmo tendo uma conexão de internet rápida.

Você ainda pode armazenar apenas uma transcrição por documento. Ao criar uma nova transcrição, o arquivo atual é excluído, mas se você transferi-lo para dentro do documento do Word antes de criar uma transcrição do zero, o texto ainda será mantido. Por esse motivo, a solução mais prática é mandar um arquivo já gravado em vez de transcrever o ditado em tempo real.

Embora o novo recurso de transcrição do Word esteja bem à frente de seus rivais no quesito eficiência, há uma desvantagem: para utilizar o editor de textos na web, é necessário ter uma assinatura da suíte de aplicativos Microsoft 365. Lembrando que a função ainda não foi disponibilizada para o Word desktop. O Gizmodo entrou em contato com a companhia para saber quando, se for o caso, o recurso de transcrição será lançado para essa versão do programa, mas não obtivemos resposta.

Além disso, a transcrição no Word só tem o idioma inglês no momento – para efeito de comparação, o Dictate suporta vários idiomas -, mas a Microsoft afirma trabalhar na inclusão de mais línguas. Até então, a transcrição no Word web funciona nos navegadores Edge e Google Chrome, com limite de gravações de até cinco horas por mês e 200 MB por arquivo. No final deste ano, o Office para dispositivos móveis ganhará a função, e já prevejo que ela poderá substituir facilmente o Docs e o Otter como meu aplicativo favorito de transcrição.

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iPhone 12 Pro Max pode ter tela de 120 Hz e recursos avançados de foto e vídeo

Posted: 27 Aug 2020 05:06 AM PDT

iPhone 11. Crédito: Gizmodo

A Apple ainda não anunciou oficialmente a data de seu evento de segundo semestre, em que novos iPhones são tradicionalmente lançados, mas isso não impediu que os detetives da internet tentassem obter algumas informações antes da hora. A última rodada de vazamentos sugere que a empresa pode ter alguns novos recursos sofisticados planejados para a tela e as câmeras do iPhone 12 Pro Max.

De acordo com uma fonte que enviou capturas de tela e vídeos para Jon Prosser, do canal Front Page Tech, uma versão de pré-produção ou modelo PVT (sigla em inglês para teste de validação de produção) do iPhone 12 Pro Max foi identificada com uma série de configurações sofisticadas para foco automático assistido por laser e LiDAR, um modo noturno aprimorado para fotos, controle de profundidade de bits em vídeos e até mesmo suporte para uma taxa de atualização de 120 Hz para a tela do telefone.

Captura de tela: Jon Prosser

Claro, esses são apenas vazamentos, não anúncios oficiais, e é importante lembrar que, como uma amostra PVT, este dispositivo se destina a testar recursos que podem ou não ser incluídos nas unidades finais que chegarão às lojas. Prosser afirma que, mesmo perto da apresentação, a Apple não decidiu as especificações de varejo do iPhone 12 Pro Max.

Além disso, também não está claro se esses recursos chegarão ao iPhone 12 Pro menor ou até mesmo ao iPhone 12 padrão, ou se eles estão reservados para a versão maior e mais cara. Isso também parece confirmar os rumores de que o lançamento oficial do novo aparelho chegará mais tarde do que o normal, em outubro ou até em novembro, dependendo do modelo.

A inclusão de uma configuração que ativa uma taxa de atualização de 120 Hz é especial porque rumores recentes indicam que esse recurso específico ainda não está decidido. Prosser também observou que, embora esta unidade PVT em particular tivesse suporte para uma tela de alta taxa de atualização, o mesmo não pode ser dito para todas as unidades iPhone 12 Pro Max PVT. A fonte do vazamento diz que apenas metade dos aparelhos de teste têm suporte a esse recurso.

Curiosamente, a descrição da configuração Adaptive Refresh diz que o dispositivo é capaz de “alterar a taxa de atualização de 120 Hz para 60 Hz de acordo com o conteúdo exibido na tela”, o que parece muito com a nova tela VRR apresentada no Galaxy Note 20 Ultra. Isso sugere que, como aconteceu nos anos anteriores, a Samsung Display pode ser a principal fornecedora de telas da Apple, pelo menos para o iPhone 12 Pro Max.

Quanto às câmeras, há uma longa lista de modos e recursos especiais de última geração, incluindo opções de vídeo para gravação em 4K/120 fps e 4K/240 fps e um botão para habilitar vídeo com maior profundidade de bits, o que permite que os usuários capturem um número maior de cores em comparação com as configurações padrão.

Quando se trata de fotos estáticas, o novo modo LiDAR CA permitiria ao iPhone 12 Pro Max usar lasers para obter foco automático mais rápido e nítido, enquanto o modo Enhanced Night parece estar um passo acima da configuração existente para fotos com pouca luz. Ela, aliás, requer que o iPhone seja montado em algo fixo como um tripé em algumas circunstâncias.

Isso significa que a Apple pode estar se preparando para incluir algo semelhante ao modo de astrofotografia que o Google colocou no Pixel 4, ou até mesmo uma configuração de foto de longa exposição mais geral, algo que eu esperava ver mais fabricantes fazendo. Existem ainda botões adicionais para algum tipo de Redução Avançada de Ruído e recursos extras de zoom.

Mais uma vez, como acontece com todos os vazamentos e rumores, é importante não considerar esta última rodada de informações vazadas como uma certeza escrita em pedra. Mesmo assim, como a fonte de Prosser capaz de forneceu capturas de tela e vídeo de um suposto iPhone 12 Pro Max com essas configurações, parece que a tela e as capacidades da câmera do próximo iPhone top de linha da Apple podem ser ainda melhores do que o esperado.

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O que são cookies e por que os navegadores querem bloqueá-los

Posted: 27 Aug 2020 04:16 AM PDT

Cada vez mais, navegadores restringem as possibilidades de sermos rastreados pela internet. Eles já bloqueiam os tipos mais invasivos de cookies e estão próximos para dar o próximo passo.

Um cookie é um pequeno código salvo em seu dispositivo que permite que os sites reconheçam quem é você. Ele permite que seu site de notícias favorito sempre mostre a previsão do tempo para sua região, saiba que não deve solicitar que você se inscreva em sua newsletter toda vez que abrir o site, mostre notícias de assuntos de seu interesse e assim por diante.

Os cookies permitem outra coisa também: publicidade direcionada. O chamado cookie de terceiros ganhou mais notoriedade: ele, na verdade, não é servido pelos sites que você visita, mas sim pelas redes de comerciantes e data brokers (ou corretores de dados) que colocam anúncios nos sites que você visita. É com os cookies de terceiros que os anunciantes podem saber o que você está fazendo em vários sites.

Já faz algum tempo que extensões oferecem a opção de bloquear cookies de terceiros. Mais recentemente, os próprios navegadores passaram a oferecer esses mesmos controles. Bloquear cookies de terceiros deixa mais difícil rastrear suas atividades. Enquanto isso, os cookies próprios do site continuam funcionando para que você continue vendo a previsão do tempo para onde você mora, por exemplo.

Mas simplesmente se livrar dos cookies de terceiros não é ideal para produtores, como editoras, jornais e revistas. Eles contam com essas redes labirínticas de tecnologia de anúncios para ganhar algum dinheiro com seu conteúdo. É por isso que alguns sites que se recusam a carregar se você tiver um bloqueador de propagandas ativado em seu navegador.

Ninguém está realmente feliz com a situação atual — exceto os profissionais de marketing que vendem anúncios direcionados a usuários — mas uma mudança real está acontecendo. Aqui, explicaremos como seus navegadores favoritos estão tentando eliminar os cookies e o que pode surgir no lugar deles.

Navegadores x cookies de terceiros

Captura de tela: Firefox

Os navegadores — principalmente o Safari da Apple e o Mozilla Firefox — têm colocado restrições aos cookies de terceiros há algum tempo.

O Safari usa um recurso chamado Intelligent Tracking Prevention (prevenção inteligente contra rastreamento), ou ITP, para procurar e bloquear cookies de terceiros. O recurso agora é inteligente o suficiente para localizar cookies de terceiros mascarados como cookies primários (boa tentativa, pessoal da propaganda).

O Firefox tem sua própria versão, chamada Enhanced Tracking Protection (proteção aprimorada contra rastreamento) ou ETP. Ela é essencialmente projetada para fazer o mesmo trabalho e, como o ITP, está ficando cada vez mais inteligente. Se você deseja ver os cookies de terceiros que foram bloqueados no site que você está visualizando no momento, clique no pequeno ícone de escudo à esquerda da barra de endereço do Firefox.

Em última análise, essas mudanças tornam quase impossível para os anunciantes rastrear usuários em vários sites com os métodos tradicionais. Como esses recursos são integrados ao Firefox e Safari, funcionam automaticamente para manter suas atividades na web mais privadas, enquanto os cookies mais úteis continuam funcionando, como aqueles que garantem que seu carrinho de compras não vai desaparecer assim que você sair de uma loja online.

O Google Chrome e o Microsoft Edge estão tentando correr atrás. Os cookies de terceiros podem ser bloqueados nesses navegadores, mas os recursos ainda não estão habilitados por padrão. O Google, que fabrica o navegador mais usado do mundo, diz que quer eliminar os cookies de terceiros do Chrome até o final de 2022, mas está preocupado com o impacto em sites que dependem de publicidade alimentada por esta tecnologia.

Claro, o Google também está preocupado com os bilhões de dólares que recebe da maneira como as coisas funcionam atualmente. Ao contrário da Apple, Mozilla e Microsoft, seu negócio depende muito de publicidade direcionada. O Google não vai querer acabar com os cookies de terceiros até que uma rede substituta adequada esteja instalada, e de preferência uma que gere tanto dinheiro para o Google quanto antes.

O que vem por aí

Captura de tela: Chrome

Sem surpresa, ao tentar encorajar os usuários a navegar na web com o Chrome e manter seu lucrativo negócio de anúncios em andamento, é o Google que está liderando a busca por um substituto para os cookies.

Talvez não precisemos de uma substituição. Algumas empresas de conteúdo saíram do negócio de publicidade direcionada e passaram a vender anúncios no conteúdo de uma página em vez de propagandas que rastreiam os usuários. Elas viram suas receitas digitais aumentarem.

Parece que há muitas empresas ganhando muito dinheiro com anúncios direcionados para que o modelo de negócios seja simplesmente abandonado, entretanto. Mesmo que o melhor cenário seja com anúncios baseados no que você está lendo e não em quem você é, e que, dessa forma, a maior parte do dinheiro vá para as mãos de quem produz conteúdo, há interesse por parte dos intermediários da publicidade para que as coisas continuem como estão.

A mais recente iniciativa do Google se chama Privacy Sandbox. Destina-se a cumprir muitas das mesmas funções dos cookies de terceiros (que, na verdade, nunca foram projetados para redes de anúncios em grande escala), ao mesmo tempo que dá aos usuários mais privacidade — mais dados agregados e anônimos ao mesmo tempo em que dados individuais são mantidos no dispositivo.

Os anúncios ainda seriam direcionados, mas o processo seria, em teoria, mais transparente e respeitoso com a privacidade do usuário (por meio de ferramentas como esta) ao mesmo tempo em que reduziria fraudes publicitárias.

No entanto, o Google precisa de ajuda — de outros desenvolvedores de navegadores, de anunciantes, de editores e de todos os outros envolvidos.

No momento, não está claro exatamente o que substituirá os cookies, se é que alguma coisa vai substituir, ou se o Google conseguirá reunir desenvolvedores de navegadores, empresas de conteúdo e intermediários de publicidade.

Curiosamente, abandonar o modelo atual pode dar ao Google ainda mais poder, já que ele tem a capacidade de coletar dados sobre os usuários (por meio do Gmail, do Google Maps e assim por diante) em uma escala que operações menores não conseguem alcançar.

O que está claro é que as redes de rastreamento de usuários e veiculação de anúncios que sustentaram a vida online por décadas estão sendo desmanteladas. Com os governos demonstrando mais interesse em monopólios, concorrência e proteção de dados de usuários, esperamos que o futuro traga pelo menos alguns proteções extras de privacidade para nós.

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