terça-feira, 15 de setembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Em breve, você poderá ver Marte em 8K

Posted: 14 Sep 2020 03:07 PM PDT

Representação gráfica da missão MMX, da JAXA, a agência espacial japonesa. Crédito: JAXA/NHK

A JAXA (Agência de Exploração Aeroespacial do Japão) e a emissora NHK estão se juntando para desenvolver uma câmera espacial capaz de filmar em resoluções de 4K e 8K. O objetivo é capturar Marte de um jeito nunca visto antes. Vídeo 8K aqui na Terra continua bem caro, então se for conseguir imagens com muita resolução, que seja de algo de fora deste mundo, né?

Em um comunicado à imprensa, a JAXA disse que esta "câmera Super Hi-Vision" filmará o Planeta Vermelho e suas luas, Fobos e Deimos, durante a missão MMX (Martian Moons eXploration) planejada pela agência.

Uma vez instalada na espaçonave MMX, ela tirará fotos de Marte em intervalos regulares e as transmitirá parcialmente para a Terra para "criar uma imagem uniforme" e armazenar os originais em uma cápsula de retorno que voltará à Terra.

Além de filmar Marte, a câmera também ajudará a JAXA e a NHK a visualizar o comportamento da espaçonave na volta à Terra, combinando dados de voo com suas imagens de ultrarresolução. Também poderia ajudá-los a operar a espaçonave, diz a agência japonesa.

"Ao filmar a missão MMX no sistema marciano, a 300 milhões de quilômetros da Terra, com a recém-desenvolvida Câmera Super Hi-Vision, JAXA e NHK trabalharão juntos para transmitir um novo horizonte que nunca foi visto em detalhes antes de uma forma vívida e inspiradora", informou a JAXA.

A missão MMX está programada para ser lançada em 2024 e chegar a Marte em 2025, então ainda vai demorar um pouco até vermos as filmagens em 8K. Com imagens tão detalhadas, no entanto, os cientistas poderiam tirar proveito para desvendar o enigma da história de Marte e fornecer uma visão mais detalhada de como os micróbios e a água sobrevivem na superfície do planeta.

E, é claro, a NHK sairá do acordo com uma filmagem literalmente única, que nenhuma outra emissora poderá igualar. Essa sim é uma situação em que todas as partes envolvidas ganham.

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LG Wing é um smartphone maluco com tela giratória que esconde um segundo display

Posted: 14 Sep 2020 02:17 PM PDT

LG Wing. Crédito: LG

Entre o Surface Duo, o ZTE Axon 20, o Galaxy Z Flip, vimos muitos smartphones com designs incomuns em 2020. Mas nenhum deve superar o novo LG Wing, que pode ser o mais ousado e maluco de todos. É o mesmo dispositivo que teve imagens vazadas há cerca de uma semana.

Ostentando uma tela OLED principal giratória de 6,8 polegadas, o Wing meio que parece uma interpretação moderna do clássico Sidekick — aquele em que a tela se projeta para fora, revelando um teclado físico interno. Exceto que, em vez de esconder esse teclado, a tela principal do Wing gira em forma de T para revelar um display secundário OLED de 3,9 polegadas.

Dependendo das suas necessidades, o segundo display do Wing pode ser usado para verificar mensagens, consultar rotas em um mapa ou atender chamadas. No entanto, o Wing também inclui algumas personalizações especiais, como o Multi App, que deve permitir que você inicie dois aplicativos em ambas as telas com um único botão, ou a opção de usar o segundo visor como um controlador de mídia dedicado ao ouvir filmes ou assistir a vídeos.

Você pode até virar o telefone de cabeça para baixo em uma cruz invertida enquanto digita, para obter um teclado completo em modo paisagem enquanto suas mensagens aparecem na tela menor acima.

LG Wing. Crédito: LGImagem: LG

O uso mais inovador da segunda tela do Wing é a maneira como ela funciona em conjunto com as câmeras triplas na parte traseira, transformando o aparelho em uma câmera portátil de vlog. Isso porque, além de um sensor principal de 64 MP e uma câmera ultra-wide de 13 MP, o Wing também vem com uma câmera “Ultra Wide Big Pixel” de 12 MP com estabilização de imagem de cinco eixos e um modo especial com um joystick virtual, para você controlar a câmera e fazer montagens estáveis no estilo panorâmica, sem a necessidade de deixar o smartphone na vertical.

Na parte frontal, em vez de depender de um entalhe ou furo para uma câmera selfie, o Wing apresenta um sensor pop-up motorizado para ajudar a reduzir as distrações e realmente maximizar a tela de 6,8 polegadas. E para quem está pensando em usar o Wing como uma câmera de vlog, ele ainda vem com um modo de gravação especial que captura vídeo da câmera selfie frontal e de uma das câmeras traseiras, as duas ao mesmo tempo.

Por dentro, embora o Wing não tenha especificações de um smartphone topo de linha, ele vem com suporte 5G nas frequências de 6 Ghz e mmWave, graças ao processador Snapdragon 765G. Também temos sólidos 8 GB de RAM, 256 GB de armazenamento interno, um slot para cartão microSD e bateria de 4.000 mAh.

Apesar de ter duas telas empilhadas uma sobre a outra, o LG Wing possui 10,9 mm de espessura, não sendo muito mais grosso do que um celular convencional de 6,8 polegadas, como por exemplo o OnePlus 8 Pro, que mede 8,5 mm de espessura. O Wing não vem com entrada P2 para fone de ouvido, o que significa que ele é compatível apenas com fones de ouvido Bluetooth.

LG Wing. Crédito: LG

Imagem: LG

Para mim, a parte mais emocionante de tudo isso é que, depois de várias gerações de smartphones das séries G e V que fizeram parecer que a LG estava com medo de balançar o o mercado, parece que a fabricante sul-coreana está pronta para se divertir novamente.

Como o primeiro aparelho desenvolvido como parte do novo Projeto Explorer da LG, o Wing foi criado como uma forma de romper o design tradicional dos celulares atuais e tentar algo novo. E com o surgimento de vlogging e empresas de câmeras tradicionais como a Sony lançando câmeras legais, como a ZV-1, o Wing é uma alternativa inteligente (embora bastante destinada a um público específico) e ainda mais portátil para uma câmera compacta padrão.

A LG ainda não revelou informações oficiais de preço ou disponibilidade para o Wing, mas esperamos ouvir mais sobre o aparelho até o final deste ano.

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Plataforma ajuda pequenas lojas virtuais a escalarem através de dropshipping e product sourcing

Posted: 14 Sep 2020 01:36 PM PDT

Com o rápido crescimento das plataformas de e-commerce e a ampla adoção do marketing digital, os dropshippers estão alterando drasticamente o cenário que se desenha para o segmento. 

O termo dropshipping nasceu da junção de 2 palavras: drop, que significa largar, e shipping, que pode ser traduzida como remessa. Conhecendo essa origem fica muito mais fácil de entender a utilidade da técnica para as lojas virtuais: basicamente, deixar a entrega e o estoque dos produtos por conta de outra empresa.

Abrir sua loja online, sem grandes orçamentos, não é mais uma ideia esperançosa, mas de fato uma realidade. A Topdser, por exemplo, se propõe maximizar o potencial desse conceito de dropshipping e dar às pequenas operações a alavanca necessária para entrar no mundo do e-commerce com sucesso.

Desde sua fundação, a principal motivação da Topdser tem sido ampliar as operações dos pequenos varejistas pelo mundo. Para isso, conta com a parceria da Alibaba – e o AliExpress é a força vital dessa indústria de dropshipping. 

Os principais highlights da Topdser 

A Topdser é o parceiro oficial de dropshipping do AliExpress, trabalhando com a API oficial da plataforma chinesa. Até 300 pedidos podem ser importados ao mesmo tempo, para economizar 97% do tempo de pedido, com apenas um clique.

Além disso, você pode sincronizar automaticamente os números de pedidos, status e números de rastreamento do AliExpress com o Shopify. Vincule sua conta de afiliado Admitad e receba entre 3-10% de reembolso de pedidos qualificados

Você também possui insights analíticos dos seus produtos e, principalmente, dos seus concorrentes, o que garante uma vantagem competitiva.

Com o recurso Niche Spy, você é capaz de mapear os produtos que mais impactam nos anúncios do Facebook, por exemplo. O mecanismo de publicidade avançada e análise de mercado permitem que você acesse produtos com a maior margem de lucro, maior volume de pedidos e aumente a assertividade na hora de ofertar seu produto.

Product Sourcing

Colocando em palavras simples, product sourcing (ou terceirização de produtos, em tradução livre) é o processo de localização de produtos que você pode vender por meio de sua empresa. A origem dos produtos pode ser nacional ou internacional.

É importante para você garantir que seu negócio esteja funcionando bem antes de começar a fornecer produtos. Caso contrário, você ficará preso a produtos que não pode vender. 

Os especialistas em Product Sourcing da Topdser agora oferecem aos usuários o poder de pular os produtos superfaturados no AliExpress e ir direto para os produtos de melhor custo-benefício. O sistema da companhia acessa o 1688.com, o maior mercado de produtos direto de fábrica, e coloca todos à sua disposição.

Solicitações de produtos personalizadas em tempo hábil e logística rápida

Usando o aplicativo Chrome, é possível solicitar um produto, que os especialistas da Topdser o encontrarão com um preço inferior ao do AliExpress. Em seguida, fornecerão as opções de envio que melhor atendem aos seus objetivos.

A Topdser encontrará e coordenará com os vendedores do 1688.com, deixando você com a menor carga de trabalho possível. Além disso, a empresa ajudará com a imagem da sua marca, consolidando pacotes de vários fornecedores em uma única entrega antes de ser enviado ao seu cliente.

Garantia de preço baixo e sem custo inicial

Nenhuma quantidade mínima de pedido, nenhuma taxa de instalação, nenhuma taxa mensal ou qualquer taxa oculta. A Topdser é a primeira plataforma de sourcing a oferecer uma verdadeira garantia de preço baixo. Se você encontrar um preço mais baixo atual em um item idêntico em estoque de qualquer outra plataforma/agente de sourcing, a empresa garante que iguala o preço.

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Pessoas anti-máscara são forçadas a cavar covas de vítimas de COVID-19 na Indonésia

Posted: 14 Sep 2020 01:11 PM PDT

Funcionário de cemitério municipal caminha por área específica para suspeitos de morte por COVID-19 em Jacarta, na Indonésia. Crédito: Ed Wray/Getty Images

Pelo menos oito pessoas que se recusaram a usar máscaras foram forçadas a cavar sepulturas para as pessoas que morreram de COVID-19 na província de Java Oriental, na Indonésia, de acordo com uma reportagem do Jakarta Post.

"Há apenas três coveiros disponíveis no momento, então achei melhor colocar essas pessoas para trabalhar com eles", disse o político local Suyono ao Tribun News, de acordo com uma tradução para inglês feita pelo Jakarta Post.

A reportagem nota que as pessoas contra o uso de máscara não chegam a manusear os cadáveres. Em vez disso, fazem o trabalho manual de cavar sepulturas e preparar os suportes para sustentar os caixões. Funcionários de saúde pública no distrito de Cerme lidam com os corpos usando equipamento de proteção de corpo inteiro, garantindo que não haja risco de exposição.

A Indonésia instituiu uma lei nacional exigindo o uso de máscaras no início de abril. Essa política foi reforçada em julho, depois que Java Oriental viu um aumento nos casos. Uma pesquisa na região descobriu que 70% das pessoas na província não usavam máscara.

O país, como outros de renda baixa e média, tem tido dificuldades para conter a disseminação do vírus por motivos que geralmente estão relacionados à falta de recursos, que pode limitar os testes e o rastreamento de contatos. Mas as máscaras são uma medida de saúde pública relativamente barata e que pode literalmente salvar vidas.

A Indonésia identificou mais de 22 mil casos e 8.841 mortes por COVID até agora, e o país registrou 3.141 novos casos só na segunda-feira, com 118 novas mortes no dia. Os EUA, um país mais rico que a Indonésia, registra 6,5 milhões de casos e mais de 194 mil mortes, diferenciando-o de outros países ricos que não viram tanta devastação. No Brasil, já temos mais de 4,3 milhões de casos e já passamos das 130 mil mortes.

Por aqui, não chegamos a ter punições como a da Indonésia. No entanto, o caso que talvez tenha ganhado maior notoriedade foi o de uma mulher que dizia, em um vídeo viralizado via WhatsApp, que caixões estavam sendo enterrados sem cadáver para assustar a população. Após a polícia ir até a casa dela, a mulher se desculpou e gravou um outro vídeo pedindo perdão.

O movimento anti-máscara não é uma exclusividade da Indonésia. Países como EUA, Alemanha e França também tiveram ocorrências de protestos contra o uso de máscara em tempos de pandemia.

O curioso é que até Hong Kong, um dos primeiros lugares a recomendarem o uso da proteção, teve este tipo de manifestação.

"Por favor, tome cuidado se você estiver doente", disse o médico Gabriel Leung, diretor fundador do Centro Colaborador da OMS para Epidemiologia e Controle de Doenças Infecciosas, em uma entrevista coletiva em Hong Kong em 21 de janeiro. "Se você estiver indo para um lugar lotado, coloque uma máscara mesmo se você não estiver doente porque outras pessoas podem estar, e mesmo se eles tiverem modos para tossir ou espirrar, eles ainda podem entrar em contato com você."

Embora as máscaras tenham se mostrado eficazes para retardar a propagação da doença, não é a única coisa que determina se um país pode manter a pandemia sob controle. Testes eficazes, rastreamento de contato e lockdowns são todos parte da resposta que precisa ser usada estrategicamente. Quando tais estratégias não são postas em prática, a pandemia acaba atingindo forte quem tem menos condição, que é quem precisa necessariamente sair de casa para trabalhar ou não consegue praticar o distanciamento social.

(Colaborou Guilherme Tagiaroli)

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Cientistas encontram fosfina em Vênus, o que pode ser um sinal de vida microbiana

Posted: 14 Sep 2020 12:50 PM PDT

Cientistas anunciaram nesta segunda-feira (14) que o gás fosfina foi detectado na atmosfera de Vênus. A substância é considerada um possível indicador de processos biológicos — o que pode significar que há vida no planeta.

Esta hipótese, no entanto, é bastante controversa. Mesmo os cientistas por trás do estudo, liderados pela astrônoma Jane Greaves, da Universidade de Cardiff, não dizem que a presença da fosfina é um sinal de existência de vida. Em vez disso, eles dizem que é um material de fonte desconhecida — pode ser tanto o resultado de um processo químico desconhecido quanto da ação de micróbios.

A descoberta foi anunciada nesta segunda-feira (14) às 12h pela Royal Astronomical Society. Ela também foi publicada em um artigo da revista Nature e enviada para o periódico Astrobiology.

A fosfina foi detectada pela equipe de pesquisadores em 2017, usando o telescópio James Clerk Maxwell, que fica no Havaí (EUA), e em 2019, com o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), que fica no deserto do Chile.

A substância foi encontrada na atmosfera superior do planeta, que é cheia de nuvens permanentes, em uma proporção de 20 partes por bilhão — nas palavras de David Clemens, astrofísico do Imperial College of London, ao Verge, isso equivale a algumas colheres em uma piscina olímpica. Ela está mais concentrada nas latitudes médias do planeta e não foi detectada nos polos.

Diagrama mostra temperatura e pressão nas diferentes altitudes da atmosfera de Vênus. Os micróbios poderiam existir na zona atmosférica temperada. Imagem: Jane S. Greaves et al., 2020

Em Júpiter e em Saturno, a fosfina — também chamada de hidreto de fósforo e conhecida pela fórmula PH3 — foi detectada pela sonda Cassini. Nesses planetas, porém, a grande quantidade de calor e de pressão é suficiente para processar o fósforo e hidrogênio e formar essa substância.

Por outro lado, até onde se sabe, a fosfina só se forma em planetas rochosos por preparação humana ou por ação de micróbios. Vários cenários que não envolvem a presença da vida — como vulcões, micrometeoritos, raios e processos químicos nas nuvens — foram considerados, mas nenhum deles se encaixa perfeitamente nas condições encontradas em Vênus.

A questão é que a formação da fosfina é um processo bastante desconhecido mesmo na Terra. Por aqui, o gás é encontrado em pântanos, mas não se sabe exatamente qual o micro-organismo responsável por sua produção.

Vênus tem sido um planeta largamente ignorado na busca por vida, com um grande número de missões dando preferência para Marte ou para as luas de Júpiter, como Encélado e Europa. O planeta, de fato, não parece ser realmente muito convidativo para formas de vida, com temperaturas de mais de 400°C na superfície, pressão atmosférica 90 vezes maior que a da terra, nuvens tóxicas e uma atmosfera composta em grande parte por dióxido de carbono.

Mesmo assim, a hipótese de vida em Vênus não é inédita. Nos anos 1960, ninguém menos que Carl Sagan propôs essa ideia junto com o cientista planetário Harold Morowitz. Embora a superfície de Vênus seja bastante hostil, a 50 quilômetros de altitude, a pressão atmosférica é comparável à da Terra e as temperaturas são bem mais agradáveis, ficando em cerca de 30°C.

Um cenário possível para a vida em Vênus considera sua formação no início do planeta, antes do efeito estufa evaporar toda a água da superfície do planeta para a atmosfera. É possível que micróbios anaeróbios (que não dependem de oxigênio para viver) tenham sobrevivido a essa transição e hoje vivam nas nuvens permanentes do planeta.

No entanto, apesar da atmosfera superior do planeta ser menos hostil, ela ainda é bastante complicada para a sobrevivência. Cerca de 80% dela é composta por ácido sulfúrico, que poderia aniquilar qualquer forma de vida — e mesmo a fosfina seria destruída por essa substância.

Por enquanto, o que se tem é isso: uma descoberta que precisa ser validada por mais estudos e observações. Provavelmente ela vai aumentar o interesse pela exploração do planeta, que é considerada um desafio, já que o planeta pode corroer metais e derreter sondas. Mesmo assim, há várias propostas para tentar estudar o planeta mais de perto — e tentar entender como a fosfina se forma em Vênus.

[The New York Times, National Geographic, The Verge, Gizmodo]

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Por algum motivo desconhecido, orcas estão atingindo barcos no norte da Espanha

Posted: 14 Sep 2020 11:01 AM PDT

Embora a maioria das orcas ignore os barcos no mar, algumas delas, no norte da Espanha, aparentemente estão interessadas ​​em colidir com eles, gerando uma série de perguntas e um pouco de apreensão.

Na sexta-feira, a Halcyon Yachts estava levando um barco de 11 metros para o Reino Unido quando uma orca bateu em sua popa pelo menos 15 vezes, de acordo com uma reportagem do Guardian. O incidente fez com que o barco, confirmado como o Beautiful Dreamer pelos meios de comunicação espanhóis, perdesse a capacidade de direção, sendo então rebocado para a cidade espanhola de Corunha.

"Ela estava batendo no leme repetidamente, 15 vezes, suponho. Ela o arrancou de nossas mãos ", disse Justin Crowther, capitão do Beautiful Dreamer, ao jornal espanhol La Voz de Galicia. "Desligamos tudo, desligamos o motor, desligamos todos os eletrônicos e ela desapareceu. Até que pegamos o salvamento."

A Sociedade de Salvamento e Segurança Marítima, entidade do governo espanhol responsável por fornecer ajuda no mar, anunciou o encontro de orcas no Twitter e postou um vídeo. O órgão aconselhou a não se aproximar das orcas.

"Há um alerta de rádio em vigor", escreveu a entidade. "Caso você veja [essas orcas], não se aproxime e mantenha uma grande distância."

Esta não é a primeira vez que orcas se chocam contra barcos ao longo das costas da Espanha e de Portugal. Nas últimas semanas, dois barcos tiveram contato com estes animais na área. Um deles era um veleiro da marinha espanhola, o Mirfak. Embora a tripulação tenha tentado evitar as orcas, os animais ainda conseguiram causar sérios danos ao leme de madeira do barco, segundo o jornal Faro de Vigo.

Os pesquisadores afirmam que o comportamento é estranho, mas não deveria ser alarmante. Alfredo López, biólogo da organização sem fins lucrativos Coordenadoria para o Estudo dos Mamíferos Marinhos, disse ao Faro de Vigo que a organização acredita que esses incidentes podem ser o trabalho de duas orcas que podem estar "agindo sozinhas" ou "fazendo parte de um grupo".

López acredita que este possa ser o caso de orcas jovens que atualmente estão em uma fase de aprendizado e curiosidade, mas disse que ainda não havia imagens suficientes para confirmar esta hipótese.

No entanto, ele acha que é importante ressaltar que as pessoas não devem ter medo, visto que as orcas “não pulam no convés para atacar as pessoas”.

"As pessoas podem viver suas vidas normais", disse ele. "Não há evidências em todo o mundo de um ataque premeditado a uma pessoa, ferimentos ou qualquer coisa assim."

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Alfândega dos EUA apreende carga de OnePlus Buds achando que eram AirPods falsos

Posted: 14 Sep 2020 08:58 AM PDT

OnePlus Buds Fones de ouvido. Crédito: OnePlus

Eu lembro de estar no grupo das pessoas que menos gostaram do design dos AirPods quando eles foram lançados em 2016 – embora eu possa ter mordido a língua, pois estou usando os fones agora mesmo enquanto escrevo esta notícia. O que ninguém esperava era um movimento "copia e cola" de várias fabricantes, que clonaram o visual do acessório da Apple. Em alguns casos, fica difícil saber qual é qual. E foi exatamente isso o que aconteceu na alfândega dos EUA, que confundiu uma carga de OnePlusBuds ao achar que se tratava de uma carga falsificada.

Na noite do último domingo (13), a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP, na sigla em inglês) tuitou que os agentes apreenderam "recentemente 2 mil fones Apple AirPods falsos vindos de Hong Kong, avaliados em US$ 398 mil". A própria CBP divulgou um comunicado oficial elogiando a ação dos agentes para proteger "o povo americano de vários perigos diariamente" e que "a interceptação dos fones falsificados é um reflexo direto da vigilância e do compromisso com o sucesso da missão" por parte dos funcionários da alfândega.

A questão é que, nas fotos publicadas pela CBP, a carga é, na verdade, de unidades legítimas do OnePlus Buds – basta olhar a inscrição na caixa com o nome e logotipo da OnePlus, que fabrica o produto. Os fones foram anunciados em julho e custam US$ 79 nos Estados Unidos, contra US$ 159 do modelo mais barato dos AirPods nos EUA.

Apesar de não sabermos se todas as 2 mil unidades eram do OnePlus Buds, já que o valor total da carga de US$ 398 mil não é compatível com a soma de US$ 79 por cada fone (US$ 158 mil). A apreensão aconteceu no aeroporto internacional JFK, em Nova York, no dia 31 de agosto, e tinham como destino final o estado de Nevada.

Em todo o caso, o tuíte da CBP dá a entender que toda a carga era mesmo de fones OnePlus Buds. A alfândega, inclusive, escreveu "ISSO NÃO É UMA 🍎 [maçã]", se referindo ao fato que o produto não é da Apple. Em resposta, a OnePlus reagiu com um "Ei, devolva eles! 🙃".

Com certeza isso vai servir de exemplo para as próximas apreensões de carga de fones de ouvido e evitar erros desse nível. Mas com tantos fones sem fio idênticos aos AirPods, muitos deles surgindo ano a ano, é bem provável que casos assim ainda apareçam por um bom tempo.

[TechCrunch, The Verge]

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BTG+ é o novo banco digital do BTG Pactual voltado para pessoas físicas

Posted: 14 Sep 2020 08:19 AM PDT

Cartão BTG+ Platinum

O banco BTG Pactual anunciou nesta segunda-feira (14) o BTG+, que nada mais é que um banco digital voltado para pessoas físicas. Pelo menos num primeiro momento, ele deve atender a um público específico: investidores do próprio banco.

Durante coletiva de imprensa, Rodrigo Cury, head do BTG+, informou que a ideia é não se concentrar em poucos serviços, mas ter uma grande variedade de soluções. "Queremos ser o primeiro banco de nossos clientes e, para isso, temos de ter uma oferta completa."

Por "oferta completa", entenda ter cartão de crédito, conta corrente, previdência, investimentos, seguros, gestão financeira, entre outras soluções.

Num primeiro momento, o BTG+ está aberto aos poucos para os clientes por meio de uma fila de espera no site btgmais.com. Apesar do foco inicial no público investidor do BTG Pactual Digital, a companhia informou que "está se preparando para ter milhões de clientes".

Nas próximas semanas, serão aceitos novos clientes. A partir de janeiro de 2021, o BTG+ deve ser aberto para um público maior.

O que o BTG+ promete

Como todo banco digital, o processo é feito majoritariamente via aplicativo e não há tarifas para abertura de conta. A companhia oferecerá primeiramente uma conta corrente transacional, então os clientes poderão fazer portabilidade de conta salário, transferir dinheiro e contar com um cartão de crédito de bandeira Mastercard. Com o tempo, virão outros serviços, como financiamento, investimentos e cheque especial, entre outros.

No aplicativo do BTG+ (disponível para Android e iOS), a empresa diz que fornecerá uma solução para se antecipar às necessidades do cliente. Então, eles falam que o sistema contará, por exemplo, com um categorizador de gastos, recursos para gestão financeira e acompanhamento de objetivos.

A companhia também terá um programa de fidelidade chamado Loyalty. Apesar de não terem dado muitos detalhes, eles o descrevem como uma "plataforma aberta" em que o cliente "escolhe seu programa de fidelidade preferido". Apesar disso, o banco diz que não será um intermediário que cobrará um pedágio para que os pontos do clientes cheguem ao seu sistema de preferência.

Um dos recursos mais curiosos é o que eles chamam de Invest+. Basicamente, é um sistema que reverte parte dos gastos do cartão de crédito em um programa de cashback. Esse dinheiro fica em um fundo de investimento gerido pelo BTG Pactual. A vantagem para o cliente, segundo eles, é que este dinheiro acumulado não expira. Clientes do cartão Black poderão reverter 1% dos gastos para o fundo, enquanto clientes Platinum reverterão 0,75%.

Cartão Black do BTG+Cartão Black do BTG+

O movimento do BTG Pactual chama a atenção pois não faz nem uma semana que noticiamos que o Nubank, um banco digital, anunciou a compra da Easynvest, que é especializada em investimentos. O BTG parece fazer o movimento contrário ao criar sua marca própria de banco digital.

No fundo, isso mostra que o mercado de bancos está começando a ter cada vez mais concorrência, mesmo que a iniciativa do BTG atenda, pelo menos no início, a um público muito específico.

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Sony lança TV 8K com selo “Ideal para PlayStation 5” por R$ 31,5 mil no Brasil

Posted: 14 Sep 2020 07:49 AM PDT

Sony lança TV 8K no Brasil com selo para PS5. Crédito: Sony

É muito provável que o Brasil seja um dos países inclusos na primeira leva de lançamento do PlayStation 5. E é claro que a Sony quer preparar o terreno para quem quiser investir em uma televisão pronta para o novo console. Para isso, a companhia anunciou na última sexta-feira (11) a XBR-75Z8H, uma nova TV com resolução 4K e a primeira do mercado brasileiro com o selo "Ideal para o PS5". O aparelho tem 75 polegadas e custa R$ 31.578,94.

O novo modelo possui um painel LCD com iluminação backlight Full Array LED, o que garante mais brilho e imagens mais realistas. Também possui processamento 8K X-Reality PRO, que trabalha com um banco de dados para que cada cena exibida no televisor seja analisada e aprimorada. Com isso, a fabricante afirma que os conteúdos alcançam detalhes perfeitos, mesmo aqueles gravados em 4K. É como se fosse a função de upscaling da Sony.

Sony lança TV 8K no Brasil com selo para PS5. Crédito: Sony

Imagem: Sony

Para processar tudo isso, a empresa equipou a TV com o chip X1 Ultimate, que trabalha como uma placa de vídeo de 14 bits, recalibrando imagens e ajustando automaticamente a imagem e o som ao ambiente. Isso em conjunto com a tecnologia de otimização do ambiente baseada em inteligência artificial da Sony. Usando essas funcionalidades, a fabricante destaca um modo calibrado para Netflix.

Por falar em som, a Sony colocou no aparelho o sistema Acoustic Multi-Audio, em que os alto-falantes são colocados na parte traseira do dispositivo para então vibrarem de acordo com o conteúdo em exibição. Assim, aumenta a sensação de imersão. Esse sistema também é compatível com Dolby Atmos.

Juntando tudo, a Sony quer atrair uma parcela considerável de gamers que já estão de olho no PlayStation 5 – e que estejam dispostos a gastar alguns milhares de reais. O televisor é compatível com jogos na resolução 4K com 120 quadros por segundo e 8K com 60 fps. Não que resolução seja um fator decisivo na hora da compra, mas certamente esse vai ser um diferencial das TVs agora que a nova geração de consoles está para chegar.

Sony lança TV 8K no Brasil com selo para PS5. Crédito: SonyImagem: Sony

Outras características da XBR-75Z8H incluem o sistema operacional Android TV, suporte a comandos de voz via Google Assistente, integração com dispositivos Google Home (como o Google Nest Mini, por exemplo) e controle remoto com teclas iluminadas no escuro. As vendas já começaram, por enquanto com exclusividade pela loja online da Sony Brasil.

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Como a pandemia do coronavírus está quebrando a inteligência artificial e como consertá-la

Posted: 14 Sep 2020 06:10 AM PDT

Ilustração com células do coronavírus interligadas. Ilustração por Angelica Alzona/Gizmodo

Enquanto o COVID-19 assolava o mundo em março, a gigante do varejo online Amazon lutava para responder à mudança repentina causada pela pandemia. Itens domésticos como água engarrafada e papel higiênico, que nunca ficavam fora de estoque, de repente se tornaram escassos. As entregas de um e dois dias atrasaram vários dias. Embora Jeff Bezos, CEO da Amazon, viesse a faturar US $ 24 bilhões durante a pandemia, inicialmente, a empresa teve dificuldade em ajustar seus processos de logística, transporte, cadeia de suprimentos, compras e fornecedores terceirizados para priorizar o estoque e a entrega de itens de maior prioridade.

Em circunstâncias normais, a complicada logística da Amazon é gerenciada principalmente por algoritmos de inteligência artificial. Aperfeiçoado através de bilhões de vendas e entregas, esses sistemas prevêem com precisão quanto de cada item será vendido, quando repor o estoque nos centros de distribuição e como agrupar as entregas para minimizar as distâncias de viagem. Mas como a crise pandêmica do coronavírus mudou nossos hábitos diários e padrões de vida, essas previsões não são mais válidas.

"Na indústria de CPG [bens de consumo embalados, na sigla em inglês], os padrões de compra do consumidor durante esta pandemia mudaram imensamente", disse Rajeev Sharma ao Gizmodo, vice-presidente sênior e chefe global de soluções de inteligência artificial empresarial e engenharia cognitiva da empresa de consultoria de IA Pactera Edge. "Há uma tendência de pânico na compra de itens em maior número e de diferentes tamanhos e quantidades. Os modelos [de IA] podem nunca ter visto tais picos no passado e, portanto, forneceram resultados menos precisos".

Entre as muitas coisas que o surto de coronavírus destacou, está a fragilidade de nossos sistemas de IA. E como a automação continua a se tornar uma parte maior de tudo o que fazemos, precisamos de novas abordagens para garantir que nossos sistemas de IA permaneçam robustos em face de eventos cisne negro que causam interrupções generalizadas.

Os algoritmos de inteligência artificial estão por trás de muitas mudanças em nossas vidas diárias nas últimas décadas. Eles mantêm o spam fora de nossas caixas de entrada e o conteúdo violento fora das redes sociais, com resultados bons e ruins. Eles lutam contra a fraude e a lavagem de dinheiro nos bancos. Eles ajudam os investidores a tomar decisões comerciais e, assustadoramente, auxiliam os recrutadores na análise das candidaturas a empregos. E eles fazem tudo isso milhões de vezes por dia, com alta eficiência – na maioria das vezes. Mas eles estão propensos a se tornarem não confiáveis ​​quando eventos raros como a pandemia covid-19 acontecem.

Entre as muitas coisas que o surto de coronavírus destacou, está a fragilidade de nossos sistemas de IA. E como a automação continua a se tornar uma parte maior de tudo o que fazemos, precisamos de novas abordagens para garantir que nossos sistemas de IA permaneçam robustos em face de eventos cisne negro que causam interrupções generalizadas.

Por que os algoritmos de IA falham

A chave para o sucesso comercial da IA ​​são os avanços no aprendizado de máquina, uma categoria de algoritmos que desenvolvem seu comportamento ao encontrar e explorar padrões em conjuntos de dados muito grandes. O aprendizado de máquina e seu subconjunto mais popular de aprendizado profundo já existem há décadas, mas seu uso era limitado anteriormente devido à quantidade intensiva de dados e requisitos computacionais. Na última década, a abundância de dados e os avanços na tecnologia de processador permitiram que as empresas usassem algoritmos de aprendizado de máquina em novos domínios, como visão computacional, reconhecimento de fala e processamento de linguagem natural.

Quando treinados com enormes conjuntos de dados, os algoritmos de aprendizado de máquina costumam descobrir correlações sutis entre pontos de dados que teriam passado despercebidos para analistas humanos. Esses padrões permitem que eles façam previsões que são úteis na maioria das vezes para o propósito designado, mesmo que nem sempre sejam lógicas. Por exemplo, um algoritmo de aprendizado de máquina que prevê o comportamento do cliente pode descobrir que as pessoas que comem fora em restaurantes com mais frequência são mais propensas a comprar em um determinado tipo de supermercado, ou talvez os clientes que compram muito online tenham mais probabilidade de comprar certas marcas.

"Todas essas correlações entre diferentes variáveis ​​da economia estão prontas para uso por modelos de aprendizado de máquina, que podem ajudar a para fazer melhores previsões. Mas essas correlações podem ser efêmeras e altamente dependentes do contexto", disse David Cox, diretor da IBM no MIT-IBM Watson AI Lab, ao Gizmodo. "O que acontece quando as condições de base mudam, como aconteceu globalmente quando o COVID-19 chegou? O comportamento do cliente mudou radicalmente e muitas dessas antigas correlações não se sustentam mais. A frequência com que você come fora não prevê mais onde você vai comprar mantimentos, porque muito menos pessoas comem fora".

"Todas essas correlações entre diferentes variáveis ​​da economia estão prontas para uso por modelos de aprendizado de máquina, que podem ajudar a fazer melhores previsões. Mas essas correlações podem ser efêmeras e altamente dependentes do contexto".

À medida que os consumidores mudam seus hábitos, as correlações intrínsecas entre as inúmeras variáveis ​​que definem o comportamento de uma cadeia de suprimentos se desfazem e os velhos modelos de previsão perdem sua relevância. Isso pode resultar em estoques esgotados e atrasos nas entregas em grande escala, como a Amazon e outras empresas experimentaram. "Se suas previsões forem baseadas nessas correlações, sem uma compreensão das causas e efeitos subjacentes que impulsionam essas correlações, suas previsões estarão erradas", disse Cox.

O mesmo impacto é visível em outras áreas, como bancos, onde os algoritmos de aprendizado de máquina são ajustados para detectar e sinalizar mudanças repentinas nos hábitos de consumo dos clientes como possíveis sinais de contas ameaçadas.

De acordo com a Teradata, fornecedora de serviços analíticos e de aprendizado de máquina, uma das empresas que usou sua plataforma para pontuar transações de alto risco teve um aumento de quinze vezes nos pagamentos móveis, à medida que os consumidores começaram a gastar mais online e menos em lojas físicas. (A Teradata não divulgou o nome da empresa por uma questão de política). Os algoritmos de detecção de fraude procuram anomalias no comportamento do cliente, e essas mudanças repentinas podem fazer com que eles sinalizem transações legítimas como fraudulentas. Segundo a empresa, ela conseguiu manter a precisão de seus algoritmos bancários e adaptá-los às mudanças repentinas causadas pelo lockdown.

Mas a perturbação foi mais fundamental em outras áreas, como sistemas de visão computacional, os algoritmos usados ​​para detectar objetos e pessoas em imagens.

"Vimos várias mudanças nos dados subjacentes devido ao COVID-19, que teve um impacto no desempenho de modelos de IA individuais, assim como em pipelines de IA de ponta a ponta", disse Atif Kureishy, ​​vice-presidente de práticas emergentes globais, inteligência artificial e aprendizado profundo para Teradata. "À medida que as pessoas começam a usar máscaras devido ao COVID-19, temos visto uma queda no desempenho à medida que as coberturas faciais introduzem detecções erradas em nossos modelos".

A tecnologia Retail Vision da Teradata usa modelos de aprendizado profundo treinados em milhares de imagens para detectar e localizar pessoas nos fluxos de vídeo das câmeras de lojas. Com recursos poderosos e potencialmente assustadores, a IA também analisa o vídeo em busca de informações, como atividades e emoções das pessoas, e o combina com outros dados para fornecer novos insights aos varejistas. O desempenho do sistema está intimamente ligado à capacidade de localizar rostos em vídeos, mas com a maioria das pessoas usando máscaras, o desempenho da IA ​​teve uma queda dramática.

"Em geral, o aprendizado de máquina e profundo nos dá modelos muito precisos, mas superficiais, que são muito sensíveis a mudanças, sejam condições ambientais diferentes ou comportamento de compra impulsionado pelo pânico por parte dos clientes", disse Kureishy.

Ilustração mostra coronavírus sendo seguidos por zeros e uns. Crédito: Angelica Alzona/Gizmodo
Ilustração: Angelica Alzona/Gizmodo

Causalidade

Nós, humanos, podemos extrair as regras por trás dos dados que observamos na natureza. Pensamos em termos de causas e efeitos e aplicamos nosso modelo mental de como o mundo funciona para entender e nos adaptarmos a situações que não vimos antes.

"Se você vir um carro saindo de uma ponte e caindo na água, não precisa ter visto um acidente como esse antes para prever como ele se comportará", disse Cox. "Você sabe algo (pelo menos intuitivamente) sobre por que as coisas flutuam, e você sabe coisas sobre do que o carro é feito e como ele é montado, e pode raciocinar que o carro provavelmente flutuará um pouco, mas acabará enchendo de água e afundando".

Os algoritmos de aprendizado de máquina, por outro lado, podem preencher o espaço entre as coisas que já viram, mas não podem descobrir as regras subjacentes e os modelos causais que governam seu ambiente. Eles funcionam bem, desde que os novos dados não sejam muito diferentes dos antigos, mas assim que o ambiente passa por uma mudança radical, eles começam a quebrar.

"Nossos modelos de aprendizado de máquina e aprendizado profundo tendem a ser ótimos em interpolação – trabalhando com dados semelhantes, mas não exatamente iguais aos que vimos antes – mas eles costumam ser terríveis na extrapolação – fazer previsões a partir de situações que são fora de sua experiência", diz Cox.

A falta de modelos causais é um problema endêmico na comunidade de aprendizado de máquina e causa erros regularmente. Isso é o que faz com que Teslas em modo semi-autônomo batam contra barreiras de concreto e a já abandonada ferramenta de contratação da Amazon movida a IA a penalizar uma candidata a emprego por colocar "capitã do clube de xadrez feminino" em seu currículo.

"Nossos modelos de aprendizado de máquina e aprendizado profundo tendem a ser ótimos em interpolação – trabalhando com dados semelhantes, mas não exatamente iguais aos que vimos antes – mas eles costumam ser terríveis na extrapolação – fazer previsões a partir de situações que são fora de sua experiência".

Um exemplo severo e doloroso da falha da IA ​​em entender o contexto aconteceu em março de 2019, quando um terrorista transmitiu ao vivo o massacre de 51 pessoas na Nova Zelândia no Facebook. O algoritmo de IA da rede social que modera conteúdo violento falhou em detectar o vídeo hediondo porque ele foi filmado em perspectiva de primeira pessoa, e os algoritmos não eram treinados com conteúdo semelhante. Ele foi retirado manualmente, e a empresa lutou para mantê-lo fora da plataforma enquanto os usuários postavam cópias dele.

Grandes eventos, como a pandemia global, podem ter um efeito muito mais prejudicial porque acionam essas fraquezas em muitos sistemas automatizados, causando todos os tipos de falhas ao mesmo tempo.

Como lidar com eventos surpresa

"É fundamental entender que os modelos de IA/ML [inteligência artificial e aprendizado de máquinas]  treinados em dados de comportamento do consumidor estão fadados a sofrer em termos de precisão de previsão e potência das recomendações em um evento cisne negro como a pandemia", disse Sharma da Pactera. "Isso ocorre porque os modelos de AI/ML podem nunca ter visto esse tipo de mudança nos recursos que são usados ​​para treiná-los. Todo engenheiro de plataforma de IA está totalmente ciente disso".

Isso não significa que os modelos de IA estejam errados ou defeituosos, apontou Sharma, mas implica que eles precisam ser continuamente treinados com novos dados e cenários. Também precisamos entender e lidar com os limites dos sistemas de IA que implantamos em empresas e organizações.

Sharma descreveu, por exemplo, uma IA que classifica os pedidos de crédito como "Crédito Bom" ou "Crédito Ruim" e repassa a classificação para outro sistema automatizado que aprova ou rejeita os pedidos. "Se, devido a algumas situações (como esta pandemia), houver um aumento no número de candidatos com credenciais fracas", disse Sharma, "os modelos podem ter um desafio em sua capacidade de avaliar com alta precisão".

À medida que as corporações do mundo se voltam cada vez mais para soluções automatizadas baseadas em IA para decidir o destino de seus clientes humanos, mesmo quando funcionam conforme planejado, esses sistemas podem ter implicações devastadoras para aqueles que solicitam crédito. Nesse caso, entretanto, o sistema automatizado precisaria ser explicitamente ajustado para lidar com as novas regras, ou as decisões finais podem ser adiadas a um especialista humano para evitar que a organização acumule clientes de alto risco em seus registros.

"Nas atuais circunstâncias da pandemia, onde a precisão do modelo ou as recomendações não são mais verdadeiras, os processos automatizados podem precisar de um passo a mais, como um ser humano no circuito para a devida diligência adicional", disse ele.

Cox, da IBM, acredita que, se conseguirmos integrar nosso próprio entendimento do mundo aos sistemas de IA, eles serão capazes de lidar com eventos cisne negro como o surto covid-19.

"Devemos construir sistemas que realmente modelem a estrutura causal do mundo, para que sejam capazes de lidar com um mundo em rápida mudança e resolver problemas de maneiras mais flexíveis", disse ele.

O MIT-IBM Watson AI Lab, onde Cox trabalha, tem trabalhado em sistemas "neurossimbólicos" que unem o aprendizado profundo com técnicas simbólicas clássicas de IA. Na IA simbólica, os programadores humanos especificam explicitamente as regras e os detalhes do comportamento do sistema, em vez de treiná-lo com dados. A IA simbólica era dominante antes do surgimento do aprendizado profundo e é mais adequada para ambientes onde as regras são definidas. Por outro lado, falta a capacidade dos sistemas de aprendizado profundo em lidar com dados não estruturados, como imagens e documentos de texto.

"Devemos construir sistemas que realmente modelem a estrutura causal do mundo, de modo que sejam capazes de lidar com um mundo em rápida mudança e resolver problemas de maneiras mais flexíveis".

A combinação de IA simbólica e aprendizado de máquina ajudou a criar "sistemas que podem aprender com o mundo, mas também usam lógica e raciocínio para resolver problemas", disse Cox.

A IA neurossimbólica da IBM ainda está em fase de pesquisa e experimentação. A empresa está testando em vários domínios, incluindo o bancário.

Kureishy, da Teradata, apontou outro problema que assola a comunidade de IA: dados rotulados. A maioria dos sistemas de aprendizado de máquina é supervisionada, o que significa que antes que possam executar suas funções, eles precisam ser treinados em grandes quantidades de dados classificados por humanos. Conforme as condições mudam, os modelos de aprendizado de máquina precisam de novos dados rotulados para se ajustar a novas situações.

Kureishy sugeriu que o uso de "aprendizagem ativa" pode, até certo ponto, ajudar a resolver o problema. Em modelos de aprendizado ativo, os operadores humanos estão constantemente monitorando o desempenho de algoritmos de aprendizado de máquina e fornecendo novos dados rotulados em áreas onde seu desempenho começa a diminuir. "Essas atividades de aprendizagem ativa exigem tanto o contato humano no processo quanto alarmes para a intervenção humana para escolher quais dados precisam ser rotulados novamente, com base nas restrições de qualidade", disse Kureishy.

Mas, à medida que os sistemas automatizados continuam a se expandir, os esforços humanos falham em atender à crescente demanda por dados rotulados. O surgimento de sistemas de aprendizagem profunda, ávidos por dados, deu origem a uma indústria multibilionária de classificação de dados, muitas vezes alimentada por “fábricas digitais” com trabalhadores mal pagos em países pobres. E a indústria ainda luta para criar dados classificados suficientes para manter os modelos de aprendizado de máquina atualizados. Precisaremos de sistemas de aprendizado profundo que possam aprender com novos dados com pouca ou nenhuma ajuda de humanos.

"Como os modelos de aprendizado supervisionado são mais comuns na empresa, eles precisam ser eficientes em termos de dados para que possam se adaptar muito mais rápido às mudanças de comportamento", disse Kureishy. "Se continuarmos contando com humanos para fornecer dados rotulados, a adaptação da IA ​​a novas situações sempre será limitada pela rapidez com que os humanos podem fornecer esses rótulos".

"Acho que a aprendizagem auto-supervisionada é o futuro. Isso é o que vai permitir que nossos sistemas de IA avancem para o próximo nível, talvez aprendam conhecimento básico suficiente sobre o mundo por meio da observação, para que algum tipo de bom senso possa surgir".

Modelos de aprendizado profundo que precisam de pouco ou nenhum dado rotulado manualmente é uma área ativa da pesquisa de IA. Na Conferência AAAI do ano passado, o pioneiro do aprendizado profundo Yann LeCun discutiu o progresso no "aprendizado auto-supervisionado", um tipo de algoritmo de aprendizado profundo que, como uma criança, pode explorar o mundo por si mesmo sem ser especificamente instruído em cada detalhe.

"Acho que a aprendizagem auto-supervisionada é o futuro. Isso é o que vai permitir que nossos sistemas de IA avancem para o próximo nível, talvez aprendam conhecimentos básicos suficientes sobre o mundo por meio da observação, de modo que algum tipo de bom senso possa surgir ", disse LeCun em seu discurso na conferência.

Mas, como é a norma na indústria de IA, leva anos – senão décadas – antes que tais esforços se tornem produtos comercialmente viáveis. Nesse meio tempo, precisamos reconhecer e abraçar o poder e os limites atuais da IA.

"Esses não são os sistemas de TI estáticos", diz Sharma. "As soluções de IA corporativa nunca estão prontas. Eles precisam de um treinamento constante. Eles são motores vivos que respiram assentados na infraestrutura. Seria errado presumir que você constrói uma plataforma de IA e depois vai embora".

Ben Dickson é engenheiro de software, analista de tecnologia e fundador da TechTalks.

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Nvidia compra ARM da Softbank por US$ 40 bilhões

Posted: 14 Sep 2020 04:39 AM PDT

Sede na Nvidia, nos EUA. Crédito: Nvidia

A Nvidia anunciou durante a noite deste domingo (13) que adquiriu da japonesa Softbank a ARM por US$ 40 bilhões numa operação que envolve dinheiro e ações. Em 2016, a Softbank havia comprado a empresa britânica por US$ 32 bilhões. Como ocorre em negócios do tipo, a aquisição deve ainda ser submetida à aprovação de autoridades.

Vale ressaltar que na operação entre Nvidia e ARM não entrou a divisão de internet das coisas. A companhia tem trabalhado já há um tempo no desenvolvimento de soluções nesta área, inclusive com um sistema operacional próprio chamado Mbed. Outra questão do negócio é que a Nvidia se comprometeu a manter a sede da empresa em Cambridge, no Reino Unido.

No comunicado à imprensa, a Nvidia diz que a combinação entre as empresas "junta a plataforma computacional de inteligência artificial da Nvidia com o vasto ecossistema da ARM para criar uma companhia líder para a era da inteligência artificial".

A britânica ARM, apesar de não ser tão famosa fora do meio tecnológico, é a companhia responsável pelo design da maioria dos chips presentes em dispositivos móveis do mercado. De forma simplificada, a empresa foi pioneira no desenvolvimento de chips de alta eficiência energética que possibilitaram a expansão do mercado smartphones e outros gadgets.

A Nvidia, por sua vez, é conhecida por suas GPUs. Recentemente, a empresa dos EUA começou a investir em soluções de inteligência artificial e deep learning.

Há alguns anos, ela chegou a fornecer chipsets da linha Tegra para smartphones e tablets, porém, com o tempo, foi superada por outras concorrentes. Mesmo assim, a companhia ainda está presente em produtos significativos com seus chips, como o Nintendo Switch que usa o Tegra X1.

Em comunicado à imprensa, Jensen Huang, CEO da Nvidia, ressalta a importância da aquisição. "Simon Seagars [CEO da ARM] e sua equipe na ARM construíram uma empresa extraordinária que está contribuindo para quase todos os mercados de tecnologia do mundo. Unindo os recursos de computação de inteligência artificial da Nvidia e com o vasto ecossistema de CPU da ARM, podemos avançar na computação em nuvem, smartphones, PCs, carros autônomos e robótica, avançar em internet das coisas e expandir a computação com inteligência artificial para todo canto do globo".

Como nota o TechCrunch, o negócio deve aumentar o caixa da japonesa Softbank. Apesar de ter começado atuando na área de telecomunicações, a companhia ganhou grande notoriedade pelos seus investimentos em companhias ao redor do mundo, além de administrar o Vision Fund, um dos maiores fundos voltados para tecnologia.

Em 2019, a Softbank foi alvo de escrutínio por ter apostado muito dinheiro no WeWork, com Masayoshi Son, CEO da Softbank, dizendo que se arrependeu de ter confiado muito no fundador da empresa.

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Oracle supera Microsoft e deve virar parceira do TikTok nos EUA

Posted: 14 Sep 2020 03:10 AM PDT

Larry Elison, fundador da Oracle. Crédito: Kimberly White/Getty Images

A Oracle derrotou a Microsoft numa negociação sobre as operações do TikTok nos EUA, segundo relatos de vários meios de comunicação publicados na noite deste domingo (13). No entanto, depois de semanas falando sobre uma venda, não está claro se de fato ela ocorrerá.

De acordo com o Washington Post, a Bytedance, a empresa chinesa dona do TikTok, anunciará que a Oracle será uma "parceira de tecnologia" nos EUA. O movimento tem como objetivo abordar os medos da administração Trump e de outros de que o TikTok está sendo usado pelo governo chinês para espiar usuários dos Estados Unidos. As preocupações levaram Trump a anunciar o banimento do TikTok no país se a companhia não fosse vendida para uma empresa dos EUA. O TikTok negou veementemente as alegações de que envia dados dos EUA para a China.

O Washington Post relata que o negócio provavelmente envolveria a obtenção de uma fatia da empresa pela Oracle, embora isso ainda não tenha sido confirmado.

A rejeição da oferta da Microsoft ocorre em meio a relatos de que a China prefere o TikTok seja banido nos EUA do que ser vendido. A Microsoft, vista como endinheirada na negociação, até juntou forças com o Walmart, outro gigante, para sua oferta.

"Estamos confiantes de que nossa proposta teria sido boa para os usuários do TikTok, ao mesmo tempo que protegia interesses de segurança nacional", disse a Microsoft em um comunicado anunciando que havia perdido a negociação. "Para fazer isso, teríamos feito mudanças significativas para garantir que o serviço atendesse aos mais altos padrões de segurança, privacidade, segurança online e combate à desinformação, e deixamos esses princípios claros em nossa declaração de agosto. Estamos ansioso para ver como o serviço evolui nessas áreas interessantes".

No entanto, a perda da Microsoft não é totalmente uma surpresa. Houve relatos de que a Oracle havia obtido uma vantagem nas negociações por causa do que estaria disposta a aceitar. No final, parece que a Oracle concordou em não se tornar a empresa controladora do TikTok e provavelmente vai se tornar seu provedor de serviços em nuvem ou algo semelhante.

A Oracle também tinha outra coisa em seu favor: um bom relacionamento com Trump. No início deste ano, Larry Ellison, cofundador e presidente executivo da empresa, realizou arrecadação de fundos para o presidente. Por US$ 100 mil, os apoiadores podiam jogar golfe com o presidente e tirar uma foto com ele. E por US$ 250 mil seria possível ter todos os itens acima, além da possibilidade de sentar e bater um papo com Trump. Além disso, Safra Catz, CEO da Oracle, também atuou na equipe de transição do presidente dos EUA em 2016.

A Microsoft, por sua vez, queria assumir o código e algoritmos do TikTok para lidar com questões de espionagem e desinformação, de acordo com o New York Times. No entanto, nas últimas semanas, a China atualizou suas regras de controle de exportação para proibir a venda de tecnologia, como a presente no TikTok, sem a permissão do governo.

Embora a ByteDance tenha escolhido um pretendente, ainda não é um negócio fechado. O presidente Trump e o Comitê de Investimento Estrangeiro dos EUA agora devem dar uma aprovação ou não ao negócio. Vale lembrar que apesar de toda essa negociação, a China ainda pode intervir. Em outras palavras, tudo pode acontecer.

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