quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Chromebooks finalmente terão opção de processadores Ryzen, da AMD

Posted: 22 Sep 2020 03:38 PM PDT

A AMD anunciou hoje que sua série de processadores Ryzen está se juntando à família Chromebook — e a série Athlon também. Ambas as APUs (nome que a AMD dá para suas CPUs com placa de vídeo integrada) incluem gráficos Radeon Vega. Elas virão em Chromebooks de nível médio a avançado — Athlon no nível médio e Ryzen no topo de linha, respectivamente. As séries A6 e A4 atuais de processadores AMD para Chromebooks serão de nível básico a partir de agora.

A AMD apresentou pela primeira vez seus Chromebooks com processadores A6 e A4 durante a CES 2019. Ficamos impressionados com o quanto o Acer 315 oferecia por US$ 280, mas os Chromebooks com processadores A6 e A4 tiveram críticas mistas desde então. De problemas de otimização a desempenho moderado, há muito espaço para melhorias, especialmente considerando que a Intel tem liderado o setor com processadores de melhor desempenho que não consomem tanta energia.

Os novos Chromebooks com processadores Ryzen e Athlon têm velocidades melhores de clock, mais cache e melhores gráficos, tudo em um transistor de processo muito menor, que corresponde ao consumo de energia da Intel.

Esta é uma ótima notícia para os fãs do Chrome OS que desejam um desempenho melhor sem um aumento significativo no preço. Os Chromebooks com Ryzen e Athlon vão competir com os processadores móveis Core 10ª geração da Intel e com os processadores Pentium e Celeron.

Vale dizer que ontem a Intel anunciou que seus novos processadores Tiger Lake de 11ª geração também viriam para o Chrome OS e poderiam ser de uma a quase três vezes mais rápidos do que os da 10ª geração, dependendo do benchmark.

E a Intel vai precisar desses aumentos de velocidade porque a AMD vem comendo agressivamente o mercado. De acordo com a AMD, ela detinha 21% do mercado de Chromebooks no segundo trimestre de 2020, quase 16% a mais que no ano passado. A adição dos processadores Ryzen e Athlon poderia colocar a marca em uma posição melhor para lidar com isso mais no futuro — supondo que eles sejam tão bons quanto seus processadores para desktop e laptop.

A linha Ryzen incluirá três processadores da série 3000C:

  • Ryzen 7 3700C:
    • 4 núcleos / 8 threads
    • clock base de 2,3 GHz (máximo de 4,0 GHz)
    • cache de 6 MB
    • 10 núcleos Radeon a 1400 MHz
    • TDP de 15 W
  • Ryzen 5 3500C:
    • 4 núcleos / 8 threads
    • clock base de 2,1 GHz (máximo de 3,7 GHz)
    • cache de 6 MB
    • 8 núcleos Radeon a 1200 MHz
    • TDP de 15 W
  • Ryzen 3 3250C:
    • 2 núcleos / 4 threads
    • clock base de 2,6 GHz (máximo de 3,5 GHz)
    • cache de 5 MB
    • 3 núcleos Radeon a 1200 MHz
    • TDP de 15 W

A AMD afirma que o Ryzen 3 3250C tem mais de 100% de aumento no desempenho de navegação na web em comparação com seu processador A6-9220C, bem como um aumento de 66% no desempenho gráfico e de produtividade e um aumento de 81% no desempenho de edição de fotos. A empresa não forneceu estatísticas de desempenho para seus novos APUs Athlon, mas imagino que seria cerca de 50% de aumento no desempenho de navegação

A linha de Athlon incluirá dois processadores da série 3000C:

  • Athlon Gold 3150C:
    • 2 núcleos / 4 threads
    • clock base de 2,4 GHz (máximo de 3,3 GHz)
    • cache de 5 MB
    • 3 núcleos Radeon a 1100 MHz
    • TDP de 15 W
  • Athlon Silver 3050C:
    • 2 núcleos / 4 threads
    • clock base de 2,3 GHz (máximo de 3,2 GHz)
    • cache de 5 MB
    • 2 núcleos Radeon a 1100 MHz
    • TDP de 15 W

Ao contrário da geração atual de processadores para desktop e laptop da AMD, os processadores Ryzen e Athlon para Chromebook não são construídos em um processo de 7nm, mas sim em 12nm ou 14nm. Além disso, os processadores Ryzen 7 e Ryzen 5 estão usando a arquitetura Zen+ da AMD, enquanto o resto é construído na antiga Zen regular.

A Zen+ é a arquitetura que era usada nos processadores de desktop de segunda geração da AMD (série 2000), enquanto a Zen vinha na primeira geração. Mas os A6 e A4 são construídos em um processo antigo de 32nm, então, por comparação, esses novos processadores serão muito melhores.

Detalhes exatos sobre quais fabricantes de Chromebooks estarão lançando novos modelos com processadores Ryzen e Athlon são escassos, mas é provável que todos os fabricantes de Chromebooks usuais — Asus, Lenovo, Acer, HP, etc. — lancem modelos com esses novos processadores em algum momento. Esperamos que alguns anúncios oficiais sejam feitos antes do final do ano para que possamos testá-los em breve.

The post Chromebooks finalmente terão opção de processadores Ryzen, da AMD appeared first on Gizmodo Brasil.

Com mais bateria e design ergonômico, fones Bose Sleepbuds II prometem te ajudar a dormir em paz

Posted: 22 Sep 2020 02:29 PM PDT

Bose anuncia segunda geração dos Sleepbuds. Crédito: Bose

No ano passado, a Bose descontinuou os fones com mascaramento de ruído Sleepbuds, depois que usuários reclamaram de problemas no carregamento do dispositivo. No entanto, a fabricante parece não ter desistido do acessório e, nesta terça-feira (22), anunciou a segunda geração dos fones intra-auriculares – agora com uma nova bateria e mais conforto, já que a principal proposta do aparelho é seu uso durante o sono.

De acordo com a empresa, os Sleepbuds II estão ainda mais leves e confortáveis do que a primeira versão, além de oferecerem mais autonomia: são até 30 horas usando o estojo de carregamento, que também ganhou um design mais moderno, feito em alumínio anodizado. A case é tão leve que pesa menos de um centavo.

Os fones também estão menores, medindo apenas um quarto de polegada de profundidade. Eles ainda trazem pontas de orelha redesenhadas, disponíveis em três tamanhos, para se adequar a diferentes tamanhos de ouvido. Mesmo as pessoas que dormem de lado devem conseguir adormecer sem que os fones grudem em seus ouvidos.

Bose anuncia segunda geração dos Sleepbuds. Crédito: Bose

Crédito: Bose

Um estudo do Campus Médico Anschutz, da Universidade do Colorado, e do Care Innovation Center (ambos nos EUA) realizado em parceria com a Bose descobriu que os Sleepbuds II são clinicamente comprovados para ajudar as pessoas a adormecerem mais rápido, com 80% dos participantes do estudo relatando "uma melhora geral na qualidade do sono".

Lembrando que a Bose financiou a pesquisa, então era pouco provável que algo negativo saísse do estudo.

Para os Sleepbuds II, a Bose afirma que também melhorou o recurso de mascaramento de ruído, projetado para encobrir sons potencialmente perturbadores em vez de usar algo como cancelamento de ruído ativo para eliminar o barulho.

No entanto, é importante não confundir os Sleepbuds II com outros fones de ouvido wireless. Ao contrário dos fones normais, os Sleepbuds II não permitem que você ouça músicas do seu smartphone ou computador. Em vez disso, os usuários podem selecionar entre 35 faixas armazenadas nos próprios Sleepbuds, que incluem diferentes tipos de sons tranquilizantes que ajudam a induzir o sono.

Isso limita as capacidades do acessório, já que, embora uma música com efeito calmante seja boa, para qualquer pessoaque prefere ouvir podcasts ou filmes para ajudar a adormecer, os Sleepbuds II são apenas uma solução parcial. Com os Sleepbuds de primeira geração, a Bose disse que a razão para não suportar áudio Bluetooth padrão era porque a adição de rádios sem fio aumentaria o tamanho dos fones e afetaria o conforto geral.

Bose anuncia segunda geração dos Sleepbuds. Crédito: Bose

Crédito: Bose

Para as pessoas que querem ouvir música, podcasts ou filmes para ajudar a adormecer, descobri que os fones de ouvido mais confortáveis ​​para dormir são o Samsung Galaxy Buds Live, o Google Pixel Buds e os AirPods básicos da Apple – exatamente nesta ordem de conforto. Dito isso, embora todos os três fones de ouvido sem fio sejam relativamente pequenos em comparação com outros concorrentes, como o WF-1000XM3 da Sony, eles ainda podem machucar seus ouvidos se você dormir de lado.

A outra desvantagem potencial é o preço dos novos Sleepbuds: US$ 250 (cerca de R$ 1.370 na conversão atual). Mesmo assim, se você está procurando por fones superpequenos para usar enquanto dorme, sem se importar em ouvir sempre os mesmos sons padronizados, os Sleepbuds II são uma das poucas soluções disponíveis no mercado.

Os Sleepbuds II já estão disponíveis para pré-venda nos Estados Unidos. O lançamento está marcado para 6 de outubro.

The post Com mais bateria e design ergonômico, fones Bose Sleepbuds II prometem te ajudar a dormir em paz appeared first on Gizmodo Brasil.

NASA detalha cronograma e orçamento que deve levar tripulação à Lua em 2024

Posted: 22 Sep 2020 02:17 PM PDT

Concepção artística da missão Artemis. Crédito: NASA

A NASA revelou novos detalhes da Artemis, missão dos EUA para pousar novamente na Lua, incluindo um orçamento detalhado, cronogramas do projeto e um plano ambicioso para construir uma base permanente no pólo sul lunar.

Para os Estados Unidos retornarem à Lua em 2024, isso vai custar aos contribuintes americanos US$ 28 bilhões, dos quais US$ 16 bilhões irão para o programa Sistema de Aterrissagem Humana. A agência espacial divulgou estes e outros detalhes sobre o programa Artemis em um relatório de 74 páginas.

Desse total, US$ 7,6 bilhões seriam alocados para a espaçonave Orion e o próximo Sistema de Lançamento Espacial, US$ 1 bilhão para o desenvolvimento de "tecnologias de exploração" e US$ 518 milhões para desenvolver e fabricar trajes lunares para os astronautas. O preço de US$ 28 bilhões se aplica aos anos orçamentários de 2021 a 2025.

O financiamento do Sistema de Pouso Humano é o "mais ameaçado", relata o SpaceNews, depois que o Congresso dos EUA "aprovou um projeto de lei em julho que forneceu ao programa um pouco mais de US$ 600 milhões para o ano fiscal de 2021, uma fração do pedido da agência de mais de US$ 3,2 bilhões. Falando a repórteres nesta segunda-feira (21), o administrador da NASA, Jim Bridenstine, disse que espera ver esse dinheiro até o Natal, o que significaria que a agência espacial "ainda está no caminho para um pouso na Lua em 2024", relata a AFP.

Imagem conceitual da sonda da Blue Origin. Crédito: Blue OriginImagem conceitual da sonda da Blue Origin. Crédito: Blue Origin

Não é certo que a Câmara aprovará esta parcela do dinheiro solicitado, especialmente devido à pandemia global em curso e às eleições que se aproximam. O fato de que o presidente Donald Trump acelerou o pouso da missão Artemis na Lua de 2028 para 2024 também não ajudará a causa, pois o tempo acelerado resultou em um aumento significativo dos custos no curto prazo.

Existem atualmente três equipes trabalhando em conceitos do Sistema de Aterrissagem Humana, nenhuma foi oficialmente aprovada pela NASA para uso durante os pousos lunares. O esforço da Blue Origin, que inclui contribuições da Lockheed Martin, Northrop Grumman e Draper, parece ser pioneiro, tendo entregue uma réplica da aterrissagem em escala real para a NASA em agosto passado. Dynetics e SpaceX são as outras duas empresas privadas que atualmente desenvolvem um módulo lunar.

Detalhes sobre missões Artemis

Questões orçamentárias à parte, o novo relatório também contém detalhes tentadores sobre as próximas missões Artemis.

A NASA disse que quer pousar perto do pólo sul lunar, desfazendo relatos recentes de que a agência espacial estava planejando pousar perto dos locais das antigas missões Apollo. Uma vez nas regiões polares do sul, os astronautas da Artemis tentariam coletar gelo de água, o que as tripulações da Apollo não conseguiam fazer em seus locais de pouso.

A missão sem tripulação Artemis I envolveria o lançamento inaugural do Sistema de Lançamento Espacial da NASA, que deve acontecer em novembro de 2021. A espaçonave Orion, projetada para levar astronautas à órbita lunar, deve receber o ok até lá.

A Artemis II seria lançada em algum momento em 2023 e levaria astronautas à órbita lunar, no que seria uma reprise das missões de "ensaio geral" das missões Apollo 8 e 10. Esta missão deve dar à tripulação a oportunidade de pilotar manualmente a Orion, em uma demonstração para avaliar as "qualidades de manuseio e hardware e software relacionados" da espaçonave que "não podem ser facilmente obtidos no solo em preparação para o encontro, operações de proximidade e acoplamento, bem como operações de desencaixe em órbita lunar começando na Artemis III", de acordo com a NASA.

Durante a missão Artemis III, prevista para 2024, a NASA levaria dois astronautas — um homem e uma mulher — para a superfície lunar, que não vê uma pegada humana desde 1972.

A dupla ficaria na superfície por cerca de sete dias, durante os quais coletariam amostras e realizariam experimentos científicos, entre outras tarefas. Esses exploradores lunares usarão novos trajes espaciais sofisticados, chamados de unidades de mobilidade extraveicular de exploração, ou XEMUs, projetados para serem mais flexíveis e permitir mais mobilidade do que as versões usadas nas missões Apollo.

Concepção artística do portal lunar. Crédito: NASAAConcepção artística do portal lunar. Crédito: NASA

Um plano para construir o posto avançado do portal lunar também foi incluído no novo relatório da NASA, mas pode não estar pronto a tempo para a Artemis III. Dito isso, a agência espacial gostaria muito de usar o portal para missões subsequentes, oferecendo um lugar para os astronautas pegarem suprimentos antes de embarcar no módulo de pouso.

O posto avançado em órbita, além de implantar o módulo lunar, "apoiará expedições mais longas na Lua e, potencialmente, várias viagens à superfície durante uma única missão Artemis", de acordo com o relatório. O Elemento de Energia e Propulsão (PPE) e o Posto Avançado de Habitação e Logística (HALO) do portal estão programados para serem lançados junto em um único foguete em 2023, no que será o primeiro passo importante na construção dessa estação espacial lunar.

Depois que Artemis III estiver pronta e o portal for construído, a NASA trabalhará para garantir a sustentabilidade na superfície lunar, o que aconteceria até o fim de década de 2020.

Esta fase da Artemis realmente parece futurística, com planos para o "desenvolvimento incremental de infraestrutura na superfície", disse a NASA. Para esse fim, a agência espacial planeja implantar rovers robóticos, uma instalação móvel com uma cabine pressurizada para a tripulação, um módulo de habitação, sistemas de energia e vários sistemas de utilização de recursos no local (as tripulações tentarão, por exemplo, converter a água do gelo em oxigênio e combustível). É importante ressaltar que essas missões serviriam como prelúdio para uma missão tripulada a Marte, que poderia acontecer em 2030.

Tudo isso está sujeito a mudanças, é claro. A NASA precisa de US$ 28 bilhões para realizar isso, e não há garantia de que receberá essa tremenda soma. A pandemia e os problemas associados podem ter um impacto sério no projeto e nos cronogramas propostos.

The post NASA detalha cronograma e orçamento que deve levar tripulação à Lua em 2024 appeared first on Gizmodo Brasil.

Gelo marinho do Ártico atinge o segundo nível mais baixo já registrado

Posted: 22 Sep 2020 12:49 PM PDT

Urso em calote de gelo. Crédito: BJ Kirschhoffer/Polar Bears International

O gelo marinho do Ártico encolheu ao segundo nível mais baixo já registrado, anunciaram pesquisadores nesta segunda-feira (21).

O gelo marinho do Ártico geralmente derrete no verão e volta a congelar no inverno. Mas, devido às violentas ondas de calor que têm quebrado recordes nas regiões mais ao norte da Terra, a extensão mínima do gelo deste ano é qualquer coisa, menos normal.

Dados do NSIDC (National Snow and Ice Data Center) mostram que, em 15 de setembro, o gelo do mar Ártico provavelmente atingiu sua extensão mínima anual de 3,74 milhões de quilômetros quadrados, ficando atrás apenas do mínimo de setembro de 2012, quando o nível mais baixo registrado foi de 3,41 milhões de quilômetros quadrados.

O mínimo é 2,51 milhões de quilômetros quadrados abaixo da média de 1981 a 2010, o que, como o NSIDC observa, é aproximadamente igual aos territórios do Alasca, Texas e Montana combinados. As 10 extensões de gelo marinho mais baixas ocorreram nos últimos 13 anos.

O gelo diminuiu rapidamente entre 31 de agosto e 5 de setembro, quando o ar quente da recente onda de calor na Sibéria — que teria sido quase impossível sem a crise climática — subiu para a região. Esse período de seis dias marcou a taxa mais rápida de perda de gelo já registrada, de acordo com o NSIDC.

Este é o segundo registro mais baixo desde o início da observação por satélite em 1979. Mas esta ocorrência é quase certamente ainda mais notável do que isso. No entanto, outras pesquisas usando registros como depósitos de lama e outras referências para o clima do passado profundo mostram que o declínio acentuado do gelo marinho não é igual a nada visto em milhares de anos.

"Mesmo que o mínimo de gelo marinho em 2020 não tenha estabelecido um recorde, não devemos pensar que as condições do Ártico se estabilizaram ou mesmo melhoraram", escreveu Geoff York, diretor sênior de conservação da Polar Bears International, por e-mail. "Este ainda é um péssimo ano para o gelo, parte de uma trajetória clara de um Ártico cada vez mais quente com cada vez menos gelo no verão, até que desapareça completamente."

Esta notícia assustadora é o mais recente sinal de que a crise climática está mudando fundamentalmente o Ártico, que vem sendo a região de aquecimento mais rápido de nosso planeta. A pesquisa mostra que a área pode estar a caminho de verões completamente sem gelo em 2035, a menos que façamos algumas grandes mudanças globais.

"O Ártico está gritando para que prestemos atenção, com sinais preocupantes de ondas de calor à perda maciça de gelo do mar", disse Zach Labe, pesquisador de pós-doutorado na Colorado State University, em um comunicado por e-mail ao Gizmodo. "O mínimo de gelo marinho deste ano é parte de uma tendência de queda altamente perturbadora — que continuará até o fim do gelo marinho no verão, a menos que desaceleremos o aquecimento global reduzindo sistematicamente nossas emissões de gases de efeito estufa."

O caos climático está alimentando o derretimento do gelo no Ártico, e isso pode subsequentemente causar estragos no sistema climático. Ao contrário da perda do gelo terrestre, o derretimento do gelo marinho não contribui para o aumento do nível do mar.

Mas a cobertura de gelo ajuda a resfriar o Ártico e o resto da Terra. Sem ele, mais luz do Sol é absolvida pelas águas mais escuras do oceano. Isso desencadeia mais perda de gelo e um maior aquecimento planetário, o que pode influenciar os padrões climáticos em todo o mundo.

A perda do gelo marinho tem consequências particularmente devastadoras para os ecossistemas árticos. As comunidades indígenas da região, por exemplo, dependem dela durante o inverno e a primavera, quando o gelo funciona como uma ponte física e as ajuda a viajar, coletar, caçar e fazer trenós puxados por cachorros. Animais locais, como renas, focas e ursos polares, dependem do gelo para encontrar comida e também se locomover.

Para dar a eles — e a nós mesmos — uma chance de sobrevivência, nossa única escolha é reduzir as emissões globais de gases do efeito estufa o mais rápido possível.

The post Gelo marinho do Ártico atinge o segundo nível mais baixo já registrado appeared first on Gizmodo Brasil.

Nokia anuncia novos smartphones intermediários, fones sem fio, alto-falante e primeiro aparelho 5G

Posted: 22 Sep 2020 10:54 AM PDT

Nokia anuncia novos produtos. Crédito: HMD Global/Nokia

Desde que voltou ao mercado de smartphones, o foco da Nokia, agora sob o controle da HMD Global, tem sido os aparelhos básicos e intermediários. E nesta terça-feira (22), a companhia ampliou o catálogo com os novos Nokia 2.4 e Nokia 3.4. Além disso, a empresa anunciou um par de fones de ouvido sem fio, um alto-falante portátil e o lançamento global do Nokia 8.3 5G, um modelo com especificações mais avançadas.

Vamos aos anúncios.

Nokia 2.4 e Nokia 3.4

O Nokia 2.4 é o dispositivo mais barato. Custando US$ 139, ele vem com uma tela HD (720p) de 6,5 polegadas com notch em gota, processador MediaTek Helio P22, 2 GB de memória RAM, 32 GB de armazenamento interno expansível via microSD, bateria de 4.500 mAh com a promessa de autonomia de dois dias com uma única carga, entrada P2 para fone de ouvido e leitor de impressão digital na parte traseira.

O aparelho tem duas câmeras da parte traseira, sendo a principal de 13 MP e um sensor secundário de profundidade com 2 MP. Já a câmera frontal possui 5 MP de resolução. A Nokia garante dois anos de atualização para o sistema operacional Android – de fábrica, ele roda o Android 10 -, e mais um ano de updates de segurança.

Enquanto isso, o Nokia 3.4 é equipado com um display LCD de 6,39 polegadas e resolução HD de 720p+, chipset octa-core Snapdragon 460, 3 GB de RAM e 64 GB de espaço interno expansível via microSD para até 512 GB, bateria de 4.000 mAh e entrada 3.5 mm para fones de ouvido tradicionais. O celular tem uma porta USB-C e roda o Android 10, já com atualização garantida para o Android 11.

Nokia Power Earbuds e Portable Wireless Speaker

Era questão de tempo até que a Nokia entrasse para a lista de fabricantes de smartphones com fones wireless próprios. E o resultado é o Nokia Power Earbuds, que, na verdade, é uma versão atualizada dos mesmos fones anunciados há menos de um ano.

Segundo a Nokia, o acessório tem uma autonomia de cinco horas, mas que pode ser ampliada para até 150 horas com o estojo de recarga, que por sua vez vem equipado com uma bateria de 3.000 mAh. O produto também tem certificação IPX7, que configura não somente resistência à água, mas permite que os fones fiquem submersos em até 1 metro, por até 30 minutos. Estranhamente, mesmo com essa característica, os fones não são à prova d'água.

A Nokia ainda lançará uma versão Lite dos Power Earbuds, mantendo a certificação IPX7, mas com um case de recarga com 600 mAh, diminuindo a capacidade de autonomia para 35 horas.

Teve também o anúncio do Nokia Portable Wireless Speaker, uma caixinha de som totalmente wireless que reproduz até 4 horas seguidas de som. Também possui microfone integrado, compatibilidade universal com Bluetooth 5.0 e pode ser emparelhada com um segundo alto-falante para saída de áudio estéreo.

Crédito: HMD Global/Nokia

Nokia 8.3 5G

Este não é exatamente uma novidade, já que foi revelado oficialmente em março deste ano. O que há de novo no Nokia 8.3 5G é que ele ganhou disponibilidade global em países selecionados. Nos Estados Unidos, ele será lançado já nesta quarta-feira (23).

O aparelho é o primeiro smartphone da HMD com suporte às redes 5G, e inclui tela LCD Full HD+ de 6,81 polegadas com HDR, processador Snapdragon 765G, bateria de 4.500 mAh com suporte a carregamento rápido de 18 W, opções de 6 GB ou 8 GB de RAM, e armazenamento interno de 64 GB ou 128 GB expansível via microSD. O telefone roda Android 10, e também tem dois anos de atualizações garantidas pela Nokia.

Entre os destaques do Nokia 8.3 5G está um conjunto quádruplo de câmeras ZEISS na parte traseira, sendo a principal de 64 MP e uma secundária ultrawide de 12 MP para gravação de vídeo e modo de captura em ambientes escuros. Os outros dois sensores são dedicados para captura de profundidade e uma câmera macro.

Preços e disponibilidade

De acordo com a Nokia, o Nokia 2.4 começa a ser vendido no final de setembro, nas cores Dusk, Fjord e Charcoal, com preço sugerido de 119 euros (R$ 764 na cotação atual, sem impostos). O Nokia 3.4, por sua vez, tem previsão de lançamento para o início de outubro, nas mesmas cores do 2.4, a partir de 159 euros (R$ 1.020).

Disponíveis a partir de hoje (22) em mercado selecionados estão o Nokia 8.3 5G, entre 599 e 649 euros (R$ 3.845 e R$ 4.166), e os fones Power Earbuds, por 79 euros (R$ 507), nas cores Charcoal, Fjord and Snow. Por fim, a versão Lite dos fones de ouvido está programada para outubro, por 59 euros (R$ 384), e o alto-falante Portable Wireless Speaker deve chegar em novembro por 34 euros (R$ 224).

O Gizmodo Brasil entrou em contato com a assessoria da HMD Global no Brasil e, por enquanto, ainda não há previsão de lançamento dos produtos no mercado nacional.

The post Nokia anuncia novos smartphones intermediários, fones sem fio, alto-falante e primeiro aparelho 5G appeared first on Gizmodo Brasil.

Bebê nasce em voo para Londres e ganha passagem aérea vitalícia

Posted: 22 Sep 2020 09:25 AM PDT

Um bebê recém-nascido terá um gostinho de como é tentar entender as letras miúdas dos contratos das companhias aéreas. Uma mulher deu à luz em um voo da EgyptAir que ia do Cairo para Londres na semana passada, e a empresa diz que seu filho receberá voos gratuitos pelo resto da vida.

A companhia aérea tuitou um comunicado explicando que uma mulher do Iêmen deu à luz na quarta-feira, 16 de setembro, enquanto viajava em um voo do Cairo para Londres. Segundo a EgyptAir, a mulher, Hiyam Nasr Naji Daaban, entrou em trabalho de parto durante o voo, o que levou o piloto a iniciar um pouso de emergência enquanto estava no espaço aéreo alemão. Mas essa criança estava com pressa para chegar ao seu destino pessoal e foi entregue em segurança antes que o voo pudesse pousar em Munique.

A EgyptAir disse no comunicado que o recém-nascido receberá "uma passagem vitalícia gratuita". Mas em um tweet posterior, a companhia aérea transmitiu os parabéns do piloto que teve o prazer de presentear a criança com uma passagem vitalícia grátis nos voos para Munique.

Não está claro se o presente do bebê só se aplicará a voos com destino a Munique ou se será um passe vitalício para qualquer rota que a EgyptAir fizer. Entramos em contato com a companhia para obter mais detalhes e esclarecer exatamente como a passagem funcionará, mas não recebemos uma resposta imediata.

Considerando o fato de que a mãe nem mesmo estava a caminho de Munique, limitar a passagem para uma viagem à cidade alemã não faria muito sentido. E Deus sabe que outras restrições serão impostas à passagem vitalício. Independentemente disso, pelo menos ele ganhou alguma coisa, né?

Para a criança sortuda: se a EgyptAir tentar prejudicar você, entre em contato conosco.

The post Bebê nasce em voo para Londres e ganha passagem aérea vitalícia appeared first on Gizmodo Brasil.

Raios ultravioleta direcionados podem matar coronavírus sem prejudicar humanos

Posted: 22 Sep 2020 07:29 AM PDT

Raios ultravioleta em ambiente controlado podem matar coronavírus. Crédito: Universidade de Columbia

A luz ultravioleta pode matar criaturas microscópicas, como bactérias e vírus, destruindo as ligações moleculares em seu material genético. Mas a luz UV também danifica o DNA humano, causando danos aos olhos e à pele, e aumentando o risco de desenvolver câncer. Mas alguns pesquisadores estão explorando uma possibilidade capaz de matar o coronavírus, tanto em superfícies quanto no ar, sem que os raios UV sejam danosos ao ser humano.

Desde o início da pandemia, você certamente deve ter se deparado com inúmeros anúncios de dispositivos que prometem desinfetar os móveis da sua casa usando luz ultravioleta. Os aparelhos mais populares são os que utilizam radiação do tipo UVC, que emite um feixe de luz com ondas entre 200 e 280 nanômetros. Felizmente, a atmosfera da Terra bloqueia os raios UVC antes que ela possa nos atingir, embora ainda tenhamos que nos preocupar com a luz UV, que danifica nossa pele e olhos.

A desinfecção usando luz UVC é usada por hospitais e instalações médicas há décadas para limpar equipamentos de proteção pessoal, ferramentas, equipamentos, quartos, máscaras e até mesmo a água. Dependendo de como é implantado, o UVC pode ser especialmente bom para entrar em pequenos cantos e fendas que, de outra forma, são muito difíceis de higienizar.

No entanto, existem alguns problemas com o uso de luz UVC para desinfetar objetos e ambientes, pois ainda é necessária uma certa intensidade para matar os micróbios rapidamente. Com dispositivos de baixa potência sendo vendidos aos consumidores, você precisaria deixar o aparelho trancado dentro de uma caixa, por um longo período de tempo, para que seja efetivamente higienizado – e isso assumindo que ele esteja devidamente exposto à luz UVC por todos os lados.

A outra questão é um pouco mais preocupante: a luz UVC germicida com comprimento de onda de 254 nanômetros é considerada cancerígena, causando mutações no DNA em nossa pele e olhos. Os hospitais tomam medidas extremas para usá-la com segurança, o que o consumidor normal, sem dúvida, não faria.

Tomando tudo isso como exemplo, dois estudos recentes, um realizado no Vagelos College of Physicians and Surgeons, no Centro Médico da Universidade de Columbia (EUA), e outro na Universidade de Hiroshima, no Japão, descobriram que um comprimento de onda muito específico da luz UVC – 222 nanômetros – é incapaz de penetrar na camada lacrimal do olho ou a camada de células mortas da pele, impedindo-a de atingir e danificar as células vivas do corpo humano.

Publicado em junho de 2020, o estudo da Universidade de Columbia descobriu que mesmo a baixa exposição à luz UVC de 222 nanômetros foi capaz de matar dois coronavírus comuns (que causam resfriados sazonais) que foram aerossolizados. A exposição a esta luz ultravioleta por cerca de oito minutos matou 90% dos coronavírus transportados pelo ar, e cerca de 25 minutos de exposição foram suficientes para matar 99,9% dos vírus.

Na semana passada, uma outra pesquisa da Universidade de Hiroshima confirmou que a luz ultravioleta, quando usada a uma distância segura, foi eficaz em matar o SARS-CoV-2 (o vírus que causa o covid-19), embora os testes tenham sido feitos em um ambiente mais controlado. Os pesquisadores expuseram uma carga viral em uma placa de poliestireno a uma lâmpada ultravioleta a uma distância de 24 centímetros, que matou 99,7% do vírus em apenas 30 segundos.

Apesar do sucesso nos testes, a equipe de pesquisa japonesa acredita que mais estudos precisam ser conduzidos em luz ultravioleta usando superfícies e ambientes do mundo real, antes que ela seja adotada como uma ferramenta eficaz para desinfecção. No entanto, é uma descoberta empolgante, pois a luz ultravioleta distante poderia teoricamente ser implantada com segurança em locais públicos, mesmo quando as pessoas estão presentes. Também tornaria os dispositivos de esterilização UVC direcionados aos consumidores mais seguros e baratos de produzir, além de torná-los menos suscetíveis a falhas.

The post Raios ultravioleta direcionados podem matar coronavírus sem prejudicar humanos appeared first on Gizmodo Brasil.

As melhores ofertas que encontramos na Terça Tech da Amazon

Posted: 22 Sep 2020 06:46 AM PDT

A Terça Tech da Amazon está de volta! Nesta edição, tem ofertas de vários notebooks para todas as necessidades e gostos, além de muitos teclados, mouses e fones de ouvido. Confira abaixo nossa seleção!

Além disso, quem é assinante Amazon Prime conta com frete grátis nos itens entregues pela Amazon — veja aqui tudo sobre o programa.

Notebooks

Acessórios

Monitores

Impressoras

Pilhas recarregáveis

Fones de ouvido

Áudio

Fotografia

Veja também: pré-venda do PlayStation 5

Há algum tempo, a Amazon mantém uma página do PlayStation 5. Caso você queira comprar na pré-venda, aí vão os links dos itens já disponíveis:

Preços consultados originalmente na manhã de 22 de setembro de 2020 — pode haver alterações. Comprando pelos links acima, você não paga nada a mais, e o Gizmodo Brasil ganha uma comissão.

The post As melhores ofertas que encontramos na Terça Tech da Amazon appeared first on Gizmodo Brasil.

Epic diz que Apple mentiu sobre popularidade de Fortnite usando dados escolhidos a dedo

Posted: 22 Sep 2020 05:23 AM PDT

Fortnite não receberá novas atualizações no iOS. Crédito: Lionel Bonaventure/AFP (Getty Images)

Há um novo capítulo na treta entre a Apple e a Epic. O último documento do processo da desenvolvedora do Fortnite afirma que a Apple “escolheu a dedo” dados do Google em seu processo no início desta semana para apoiar sua narrativa de que o declínio da popularidade do Fortnite é o motivo por trás de todo esse drama.

A Apple argumentou várias vezes que a Epic começou a batalha legal sobre Fortnite em sua App Store como um golpe publicitário porque o hype do jogo começou a estagnar. Em um documento registrado na terça-feira da semana passada (15), ela disse que o interesse no Fortnite caiu “em quase 70%” entre outubro de 2019 e julho de 2020, de acordo com o Google Trends, e que o processo da Epic “parece ser parte de uma campanha de marketing projetada para revigorar o interesse” no jogo.

Mas a Epic está dizendo que estas afirmações são besteira, citando seus próprios dados de engajamento do usuário como prova de que o Fortnite vai muito bem, obrigado.

"Durante o período de tempo que a Apple escolheu a dedo para sua comparação de volume de pesquisa do Google (…) o número de usuários ativos diários no Fortnite na verdade aumentou mais de 39%", escreveu a empresa nos documentos apresentados na noite de sexta-feira (18).

Além disso, a decisão da Apple de citar o Google Trends é bastante suspeita. Ele mede o volume de pesquisas para um determinado termo, mas mesmo que as pessoas não estejam pesquisando tanto Fortnite no Google, isso não quer dizer que menos pessoas estão baixando o game ou jogando. Eu apostaria que a Apple escolheu essa estatística porque foi a única encontrada para provar seu ponto.

Recapitulando, a Apple retirou o Fortnite de sua App Store em agosto após a tentativa cinematográfica da Epic de contornar o chamado “imposto da Apple“, que exige que os desenvolvedores abram mão de 30% da receita de compras no aplicativo pelo privilégio de ter seu aplicativo no iOS.

Os dois vêm aplicando a lei do olho por olho desde entao. A Epic entrou com um processo imediatamente, é claro, então a Apple encerrou sua conta de desenvolvedor da App Store para iOS. Depois disso, a Epic prometeu não atualizar o Fortnite para iOS ou macOS em retaliação, e a Apple entrou com uma ação por danos compensatórios e punitivos, dizendo que as ações da Epic são uma tentativa deliberada de minar seu ecossistema iOS.

O drama ainda está se desenrolando no tribunal, com uma audiência completa marcada para 28 de setembro. Na primeira sessão do caso em agosto, um juiz decidiu que a Apple poderia tirar o Fortnite de sua App Store, mas não o Unreal Engine da Epic. A Epic também pediu ao tribunal para restaurar o Fortnite e sua conta de desenvolvedor na App Store.

É provável que esses dois continuem a trocar acusações ao longo deste drama jurídico, então você pode muito bem se acomodar e pegar um pouco de pipoca enquanto esses comunicados incendiários continuam voando para lá e para cá.

The post Epic diz que Apple mentiu sobre popularidade de <i>Fortnite</i> usando dados escolhidos a dedo appeared first on Gizmodo Brasil.

O teletransporte poderia funcionar em algum momento?

Posted: 22 Sep 2020 04:05 AM PDT

Ilustração mostrando pessoa sendo teletransportada. Ilustração por Angelica Alzona/Gizmodo

As principais companhias aéreas passaram décadas sabotando a pesquisa de teletransporte? Vários cientistas renomados no campo dos estudos de teletransporte desapareceram em circunstâncias misteriosas? Existe uma investigação no FBI ligando a Delta Airlines, empresas de segurança estrangeiras duvidosas e dezenas de professores de pesquisa assassinados? Essa investigação está sendo encoberta internamente por um agente com laços pessoais estreitos com o CEO da Delta?

Não. Nada disso é verdade. O que levanta a questão: por que o teletransporte ainda não existe? Parece que deveria, certo? Para o Giz Pergunta desta semana contatamos vários especialistas para descobrir por que o teletransporte ainda não existe – e se poderia existir.

Steven Olmschenk

Professor Associado de Astronomia/Física na Denison University

Um método que foi sugerido para realizar isso usa o teletransporte quântico… mas tal façanha seria um enorme desafio e pareceria muito diferente da implementação típica de ficção científica.

O teletransporte quântico – usando os recursos da física quântica para teletransportar informações armazenadas em sistemas mecânicos quânticos – é um fenômeno real que foi demonstrado por experimentos em pequenas escalas, como pares de átomos aprisionados, e tem aplicações importantes em informação quântica e computação quântica. O uso do teletransporte quântico pode, em princípio, permitir que todas as informações sobre objetos maiores (talvez até na escala de uma pessoa) sejam teletransportadas para outro local. No entanto, existem algumas advertências importantes…

Primeiro, a quantidade de informações necessárias para descrever completamente uma pessoa é impressionante (e provavelmente já anula essa noção): há mais de 10^27 átomos na pessoa média, cada um com uma posição, interações com outros átomos, etc.

Em segundo lugar, o teletransporte quântico apenas transmite a informação, não os próprios átomos, o que significa que você precisaria de um monte de átomos na extremidade receptora para reconstruir a pessoa (e, é claro, alguma maneira de montar de forma controlável todos esses átomos).

Terceiro, o protocolo de teletransporte quântico destrói as informações no final da transmissão. E, finalmente, uma vez que o protocolo requer alguma comunicação regular (clássica) para decodificar adequadamente as informações recebidas por meio do teletransporte quântico, toda essa transferência é limitada a ser inferior à velocidade da luz. Portanto, o teletransporte quântico provavelmente nunca será usado para teletransportar humanos. Embora possa não ser estritamente impossível, seria muito, muito difícil… e talvez muito turbulento.

"O teletransporte quântico provavelmente nunca será usado para teletransportar humanos. Embora possa não ser estritamente impossível, seria muito, muito difícil… e talvez muito nojento".

Warwick Bowen

Professor de Física da Universidade de Queensland

Eu acho que seria extremamente desafiador.

Fiz parte de uma das primeiras equipes a desenvolver o teletransporte quântico, há cerca de dezessete anos. Tem havido inúmeras demonstrações de teletransporte desde então, e a maioria delas tem se concentrado no uso de teletransporte para tecnologias quânticas, particularmente a computação quântica.

Um dos aspectos da tecnologia quântica que tem progredido lentamente é o teletransporte de sistemas cada vez mais complexos. Normalmente, os experimentos de teletransporte envolvem um ou dois graus de liberdade de um objeto – digamos, a polarização de um fóton de luz ou o spin de um átomo.

Mas nós seres humanos temos cerca de 10^27 átomos em nosso corpo, e cada um desses átomos tem muitos graus de liberdade, então há um enorme desafio tecnológico aqui. Como você vai de objetos de teletransporte que têm alguns graus de liberdade para objetos de teletransporte que têm tantos quanto um ser humano? Eu diria que se o teletransporte quântico fosse necessário para cada grau de liberdade em cada átomo do corpo humano, então isso nunca iria acontecer.

Mas você realmente precisa se teletransportar de forma quântica? Você pode imprimir um objeto 3D – você poderia imaginar apenas ter uma técnica de tipo de impressão 3D convencional realmente sofisticada, ou técnica de crescimento por clonagem biológica, para teletransportar sua perna. A questão então se torna: quais partes do corpo são realmente cruciais para se teletransportar de forma quântica? Não acho que alguém saiba a resposta a essa pergunta ainda, mas há muita especulação sobre onde a mecânica quântica desempenha um papel no corpo.

Em geral, essas são questões do cérebro – isto é, a mecânica quântica é necessária para entender coisas como a consciência? Acho que muitas pessoas simpatizariam com essa visão – que há algo bastante único e interessante sobre a consciência que pode ser diferente do que apenas construir um objeto de Lego.

Então você pode se perguntar: o que envolveria o teletransporte de seu cérebro, em oposição a todo o seu corpo? Bem, há cem bilhões de neurônios no cérebro, então isso parece uma tarefa bastante desafiadora. Parece difícil para mim. Mas pode ser que existam apenas alguns graus de liberdade muito especiais em seu cérebro que carregam qualquer nível quântico no ser humano, e pode ser que então você pudesse construir um teletransportador que fosse capaz de teletransportar esses graus de liberdade sem perturbar demais e então construa o resto de tudo que talvez não importe para sua personalidade e sua consciência usando métodos mais convencionais. Mas acho que estamos muito, muito, muito longe disso, porque nem mesmo sabemos se há algo quântico acontecendo no cérebro. Essa é uma grande questão. No momento, parece uma montanha muito alta para escalar.

Patricia Rankin

Professora de Física, Universidade do Colorado

Por mais que eu gostaria de poder usar um teletransportador para viajar agora, a resposta é não!

Vamos começar com o que pode ser feito – você pode começar com um sistema de dois átomos quânticos emaranhados, separá-los e fazer medições em um átomo que afetam as medições feitas no outro átomo.

Isso às vezes é descrito como teletransporte de informação porque os átomos podem ser separados a uma distância considerável e você pode pensar no que está acontecendo como uma transferência de informação do átomo local para o remoto. Um corpo humano que pesa cerca de 50 quilos contém cerca de 4 ½ bilhões, bilhões, bilhões de átomos (4,5 x 10 27 átomos). Mesmo se você tentasse replicar todos os átomos em uma pessoa e construir uma duplicata exata deles, você não poderia fazer isso porque você precisaria saber precisamente o tipo e a localização de cada átomo naquele corpo em algum ponto no tempo, além de como todos esses átomos estavam se movendo naquele exato instante de medição. No entanto, você não pode saber a posição e a velocidade de um átomo exatamente ao mesmo tempo por causa de algo chamado Princípio da Incerteza. Então, você não será capaz de fazer o emaranhamento quântico de duas pessoas exatamente idênticas e este tipo de teletransporte está fora de questão.

O que a maioria das pessoas (bem, qualquer um que assiste Jornada nas Estrelas) pensa como teletransporte, é menos sobre a transferência de informações e mais sobre desmontar um corpo em um local e remontá-lo em outro. Você está convertendo matéria em energia e vice-versa. Nós convertemos matéria em energia em reatores nucleares e energia em matéria em aceleradores de partículas.

O que não podemos fazer é garantir que, ao convertermos energia em matéria, façamos um tipo particular de átomo, muito menos que façamos vários tipos diferentes de átomos dispostos em uma estrutura particular. Aqui, novamente, atingiremos os limites fundamentais porque não podemos remontar, por exemplo, um glóbulo vermelho em um local preciso movendo-se exatamente da mesma maneira que antes, devido ao Princípio da Incerteza.

"Mesmo se você tentasse replicar todos os átomos em uma pessoa e construir uma duplicata exata deles, você não poderia fazer isso porque você precisaria saber precisamente o tipo e a localização de cada átomo naquele corpo em algum ponto no tempo, bem como como todos aqueles átomos estavam se movendo naquele instante de medição."

Jacqui Romero

Professora de Física da Universidade de Queensland, Austrália, cuja pesquisa se concentra na ciência quântica.

No teletransporte quântico, o "estado quântico" ou a partícula que contém a informação não se move fisicamente, ao invés disso, a informação é transferida para outra partícula que está em um local diferente. No processo, a partícula original é "destruída". No entanto, o "novo" é indistinguível do original (se o original ainda existisse!), então, nesse sentido, você realmente "recriou" o estado quântico original em outro local.

Isso é como o teletransporte de Jornada nas Estrelas? Não acho que seja exatamente isso, o Capitão Kirk teria que ser destruído muitas vezes e recriado usando a comunicação clássica (até que seria fácil!) e alguma "pessoa nula" – seria enredada quanticamente com o Capitão Kirk original – em outro local. O teletransporte de Jornada nas Estrelas é possível? Não acho que haja uma lei que impeça isso…

The post O teletransporte poderia funcionar em algum momento? appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário