quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Amazon cria maquininha que permite pagamentos com a leitura da palma da mão

Posted: 29 Sep 2020 03:50 PM PDT

Sai para lá, Bill Gates: é hora de Jeff Bezos ficar no foco das teorias da conspiração. Na terça-feira (29), a Amazon anunciou o lançamento de seus novos dispositivos Amazon One, que usam a palma da mão do cliente para identificação e pagamento em lojas físicas de varejo. Os dispositivos já estão disponíveis para uso em lojas da Amazon Go em Seattle (EUA), e a empresa quer expandi-los para qualquer varejista que deseje fazer uma parceria.

De acordo com um anúncio de Dilip Kumar, vice-presidente de negócios de varejo físico da Amazon, o dispositivo Amazon One cria ainda menos atrito de pagamento nas lojas sem caixa da empresa. Em vez de serem identificados por uma conta em seus telefones celulares, os clientes podem simplesmente entrar na loja, escanear a palma da mão, comprar os produtos, e as compras serão automaticamente cobradas de um cartão de crédito.

É este um precursor da marca lendária da besta que foi profetizada no livro do Apocalipse? É muito cedo para dizer, mas Bezos não é realmente simpático o suficiente para ser o anticristo.

Quanto às questões de privacidade, a Amazon disse que as informações biométricas dos usuários nunca serão armazenadas no dispositivo e uma imagem criptografada é transmitida para a nuvem AWS, onde é armazenada. Também é possível excluir todas as informações biométricas dos servidores da Amazon por meio de um portal online ou em um dispositivo Amazon One.

Kumar disse que o cadastro leva menos de um minuto e os usuários não precisam ter uma conta na Amazon. Um cartão de crédito, um número de telefone e a impressão da palma da mão são os únicos requisitos.

A Amazon afirma que não armazenará informações de compra, mas irá coletar informações básicas sobre os locais que os clientes individuais visitam. Claro, esse acordo pode mudar, e a política de privacidade geral da empresa deixa muito espaço de manobra para anexar mais coleta de dados ao serviço no futuro. Um porta-voz da empresa disse ao Recode que ela "não tem planos de usar informações de transações de locais de terceiros para publicidade na Amazon ou outros fins".

A Amazon enfatiza que esta é a tecnologia que ela deseja espalhar para parceiros terceirizados e os pagamentos não são a única função que ela tem em mente. Entrar em um local como um estádio, passar o crachá na catraca do trabalho e cartões de fidelidade são outros casos de uso que ela cita para o futuro imediato.

Quando o Recode perguntou a Kumar se pode acontecer de os varejistas tradicionais se recusarem a fazer parceria com uma empresa que está tentando tirá-los do mercado, o executivo apontou para o fato de que muitos concorrentes da Amazon usam os serviços de computação em nuvem do Amazon Web Services. A empresa conseguiu forçar sua entrada na computação em nuvem tão cedo e expandi-la tão rapidamente que poucos podem competir com sua tecnologia e preços. Aparentemente, ela vê esse tipo de potencial no setor de sistemas de ponto de venda sem atrito.

O teste se resumirá a quanta conveniência e redução de custos isso pode realmente proporcionar aos varejistas. Para os clientes, não tem muita vantagem usar a palma da mão no lugar de um aplicativo móvel ou de um cartão de crédito.

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Novo notebook ThinkBook 15 Gen, da Lenovo, vem com fones de ouvido sem fio embutidos

Posted: 29 Sep 2020 02:47 PM PDT

Notebook Lenovo ThinkBook

As empresas estão apostando cada vez mais em áudio sem fio, e era inevitável que isso chegasse também aos computadores. Nesta terça-feira (29), a Lenovo levou as coisas a uma conclusão natural com o ThinkBook 15 Gen 2, que é o primeiro laptop com um par de fones de ouvido sem fio embutidos.

Sim, é isso mesmo. No ThinkBook 15 Gen 2, a Lenovo construiu uma pequena bandeja no lado direito do sistema que, ao ser puxada, revela um par de fones de ouvido Bluetooth.

Como outros fones de ouvido sem fio true wireless, os dispositivos da Lenovo se conectam automaticamente quando removidos de sua bandeja e vêm com sensores de toque na lateral, que permitem ativar ou desativar o som dos microfones. E quando a bateria terminar, você pode guardar os fones de ouvido de volta dentro do laptop para recarregar.

Fones de ouvido do Lenovo ThinkBookFones de ouvido do Lenovo ThinkBook

Infelizmente, o problema de ter fones de ouvido sem fio embutidos em um laptop é que você meio que precisa carregar o laptop para onde deseja usá-los, o que pode não ser ideal se você estiver tentando viajar com pouca bagagem ou indo para o escritório onde você já deve ter um  desktop. Mas o mais importante é que outros fones de ouvido sem fio simplesmente não são difíceis de transportar e não têm a limitação de estarem presos a uma única máquina.

E embora haja vantagens em ter um par dedicado à sua máquina de trabalho, fones de ouvido sem fio true wireless são fáceis de emparelhar com vários dispositivos hoje em dia. Por isso, é difícil imaginar que isso se torne um diferencial na hora da venda. E tem outra questão: embora a empresa diga que será possível substituir um dos fones de ouvido do ThinkBook 15, ainda será uma grande dor de cabeça se um deles desaparecer.

Ainda assim, parabéns à Lenovo por tentar, porque se ela não tentasse, alguma outra empresa teria feito isso.

Além de seus fones de ouvido integrados, o ThinkBook 15 Gen 2 é um laptop de 15 polegadas relativamente simples, com uma tela FullHD de 15 polegadas, uma gama de CPUs Intel de 11ª geração, até 40 GB de RAM, várias configurações com HD e SSD, Thunderbolt 4 e gráficos Nvidia MX450 opcionais. E se você preferir um processador AMD, a Lenovo também está oferecendo um modelo ThinkBook 15 Gen 2 com chips Ryzen 4000.

O ThinkBook 15 Gen 2 também conta com bordas bem finas, permitindo uma proporção tela-corpo de 88%, um corpo de metal resistente e até mesmo um sistema de privacidade que pode ser usado para cobrir a webcam do laptop. Pelo menos, se esses fones de ouvido integrados não resolverem todos os seus problemas, você ainda terá um notebook de 15 polegadas bem completo.

Por fim, além do novo ThinkBook 15, a Lenovo também está renovando praticamente toda a linha ThinkBook, incluindo o ThinkBook 13s Gen 2, o ThinkBook 13s Gen 2 AMD, o ThinkBook 14 Gen, o ThinkBook 14s Yoga e o ThinkBook 15 p i (não, isso não é um erro de digitação), que terá uma variedade de displays, chassis e componentes atualizados.

Os novos ThinkBook da Lenovo serão lançados aos poucos entre outubro e dezembro. Os preços começam em US$ 550 para o ThinkBook 15 Gen AMD (ou US$ 570 para o modelo Intel) e chegam a US$ 940 para o ThinkBook 15 p i (vale ressaltar, não é um erro de digitação este 'i' perdido no nome do notebook).

[Lenovo]

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O Luna, da Amazon, ainda não tem as respostas para os problemas dos jogos na nuvem

Posted: 29 Sep 2020 02:08 PM PDT

Amazon anuncia serviço de streaming de games Luna. Crédito: Amazon

O Luna é a próxima incursão da Amazon no mundo dos jogos na nuvem. Teve gente que provavelmente revirou os olhos com o anúncio e pensou: "Mas a Amazon quer se meter em tudo?" Especialmente porque, quando você faz uma análise e vê o que o serviço oferecerá no lançamento, não há nada de surpreendente nele. Dá para dizer que é ainda menos do que o Stadia quando ele foi lançado, há quase um ano, e olha que não houve grandes progressos desde então. Existem grandes problemas com os jogos na nuvem, e o Luna até agora não mostrou como vai resolver nenhum deles.

Jogos exclusivos são o problema mais imediato com o qual a Amazon parece estar tendo dificuldades. "É uma questão real se a Amazon vai ou não consegui-los", disse Joost van Dreunen, cofundador e ex-CEO da Superdata, professor da NYU Stern e autor da newsletter SuperJoost Playlist.

Isso porque a única coisa que o Luna atualmente tem de vantagem em relação ao Stadia é sua parceria com a Ubisoft. A Ubisoft terá um canal próprio de jogos no Luna no lançamento, em que os futuros usuários encontrarão Assassin's Creed: Valhalla e Far Cry 6 lançados no mesmo dia em que chegarem a outras plataformas. Esses jogos não serão exclusivos do Luna, no entanto. Neste momento, a Amazon não tem grandes títulos exclusivos.

Em comparação, o Google teve exclusivos em bons momentos e assinou acordos com desenvolvedores para trazer seus novos jogos para o Stadia no próximo ano. E quando o Stadia ainda estava em fase de testes, Assassin's Creed: Odyssey era o jogo disponível para os beta testers. Assassin's Creed: Valhalla também estará no Stadia no lançamento.

Claro, o Stadia não tem um canal dedicado da Ubisoft como o Luna, mas você ainda pode jogar Assassin's Creed e outros jogos da Ubisoft em quase todas as plataformas, até mesmo no GeForce Now.

"O que vimos [com o Stadia] é que o streaming será [grande]. Queremos jogos que sejam fáceis de acessar e que possam ser jogados por todos ", disse o CEO da Ubisoft, Yves Guillemot, em uma entrevista de junho de 2019 para a VentureBeat.

Quando você leva tudo isso em consideração, a Ubisoft era provavelmente uma empresa fácil para a Amazon abordar porque era quem tinha mais chance de dizer sim. A Ubisoft tem seu próprio canal no Luna, mas os desenvolvedores de jogos estão entusiasmados com as ferramentas que podem usar para fazer jogos? Não agora, e vai saber se ou quando isso acontecerá.

A Amazon possui o Lumberyard, uma engine que se integra ao Amazon Web Services, então é possível que eles consigam um ou dois jogos exclusivos pequenos para começar, como o Stadia fez com o Gylt. Mas não parece que a Amazon gastou nenhum de seus bilhões em comprar exclusivos. A empresa poderia ter feito um barulho maior com seu anúncio se tivesse um lançamento exclusivo e chamativo com Luna.

Esse pode ter sido o plano original, mas seu primeiro lançamento de um jogo importante, Crucible, voltou a um beta fechado após ser liberado. Isso não é normal no mundo dos videogames, e o desenvolvedor tomou a decisão depois de o jogo ter recebido um caminhão de feedbacks negativos.

Os títulos não são um dos pontos fortes da Amazon, até menos do que do Stadia e da Apple. O que a Amazon fez bem foi criar plataformas e dispositivos para distribuição de conteúdo. A Amazon tem o Kindle. The Marvelous Mrs. Maisel, um programa vencedor do Emmy, é um exclusivo do Prime Video. Mas com videogame a história é diferente.

Um histórico da Amazon com games

A Amazon meio que tentou isso antes e falhou. Em 2009, ela lançou uma loja de jogos digitais composta em grande parte de jogos casuais, mas acabou incluindo títulos de grandes editoras e desenvolvedores.

No entanto, nesse ponto, você já podia comprar jogos nas lojas digitais de PlayStation e Xbox. Steam também. Não havia necessidade de comprar jogos da Amazon, a menos que fosse um jogo casual, e mesmo assim o Google Play e a App Store da Apple já existiam.

Era mais fácil comprar um jogo diretamente da fonte em vez de comprar um código de jogo da Amazon que você precisava inserir em outro lugar. Você poderia comprar uma cópia física, mas a indústria já estava se deixando isso de lado.

As ruínas da antiga loja ainda permanecem, onde cópias digitais de jogos podem ser compradas nas lojas dos desenvolvedores e editores hospedadas no marketplace da Amazon. Mas o mercado de jogos da empresa é principalmente de gift cards carregados com as moedas de games.

Assim como a loja de jogos da Amazon em 2009, o Luna também parece ter sido pensado muito depois. "Games, levando em consideração todo o universo de coisas que a Amazon faz, é uma iniciativa estranha, que não necessariamente combina com o resto dos produtos", diz van Dreunen.

Um de seus grandes apelos parece ser a maneira como o Amazon Web Services (AWS) pode ser aproveitado para integrar alguns recursos com o Twitch, que também é da gigante da tecnologia. Mas, novamente, isso não é criar conteúdo original. Isso é apenas distribuição, e é mais complicado com jogos do fazer alguns acordos com Hollywood para colocar programas em seu serviço de streaming.

"Construir um ecossistema com provedores de conteúdo terceirizados, construir um público que gosta das operações ao vivo do seu jogo, que faz login e se envolve com o seu conteúdo, é um esforço muito diferente", explica van Dreunen.

De acordo com van Dreunen, a menos que a Amazon esteja disposta a gastar de US$ 5 bilhões a US$ 10 bilhões nos próximos dois anos para adquirir conteúdo exclusivo, o Luna pode levar vários anos para pegar. Talvez seja ainda mais lento do que o Stadia.

"Seja Apple, Facebook, Google ou Amazon, as grandes empresas de tecnologia têm muita dificuldade em entender que o conteúdo é central. Eles não dão a mínima para os criadores de conteúdo da mesma forma que, digamos, a Microsoft e a Sony têm feito com seus consoles", diz van Dreunen. "Portanto, essa diferença na capacidade de valorizar o conteúdo mostra que a […] Amazon tem muito pela frente. Ela não tem o conteúdo, nem sensibilidade para criar o conteúdo."

E ele está certo. O Luna não tem nada especial a oferecer que ainda não seja oferecido pelo Stadia ou por outra plataforma no momento. Isso significa que a Amazon vai desistir como desistiu de sua loja digital de videogames? Isso significa que a Amazon não se tornará um player importante na indústria de jogos? Victor Kao, sócio e analista sênior de tecnologia da RSM US LLP, não pensa assim.

O futuro dos games depende do futuro da internet

"Sabe o que é assustador na Amazon? Se houver algo em que estejam interessados, eles vão investir dinheiro nisso. Se você olhar para o setor de mercearia e varejo, eles simplesmente investiram dinheiro nisso."

Os jogos na nuvem não vão desaparecer. Muitas grandes empresas investiram pesadamente nisso, e é realmente a próxima etapa na evolução dos jogos. Como Kao aponta, cartuchos viraram CDs, CDs viraram downloads digitais e agora estamos no processo de mudar dos downloads digitais para jogos que são armazenados e jogados inteiramente na nuvem.

"Todos os grandes players estão começando a se envolver em jogos na nuvem. Você tem a Microsoft. Você tem o Google. Você tem a Amazon. Você tem a Nvidia", disse Kao. "A Amazon é certamente uma grande ameaça ao ambiente geral de jogos. Ela normalmente não sai de investimentos como esses."

Mas, em última análise, o sucesso do Luna não será determinado pelo funcionamento do seu controle, apoio de plataformas, ou mesmo número de jogos.

Até certo ponto, o número de jogos importa apenas se houver muitos títulos principais e diversos, mas os jogos na nuvem como foram imaginados só podem decolar se tivermos a infraestrutura para isso. E se o tempo gasto lutando pela neutralidade da rede e expandindo conexões confiáveis e acessíveis para centros urbanos e rurais não for o suficiente, vai demorar muito até que tenhamos a infraestrutura para que os jogos na nuvem se tornem uma plataforma importante.

"São os primeiros passos agora, mas acho que isso vai ficar maior quando você pensar em 5G. Quando você pensar em conexões de fibra Gigabit na casa de todos. Tudo isso eventualmente vai chegar", disse Kao.

E, quando chegar, poderá ter latências equivalentes ou mais rápidas do que jogar em uma máquina local. Para quem não quer gastar centenas de dólares em um console, ou mesmo milhares em um PC, os jogos na nuvem são o caminho, especialmente porque mais jogos, grandes e independentes, podem encontrar seu espaço nessas plataformas. Mas até que legisladores e provedores se reúnam e forneçam acesso equitativo à Internet em todo o país, os jogos na nuvem permanecerão fora do alcance de grande parte da população. A Microsoft afirma que mais de 157 milhões de americanos não usam banda larga.

Portanto, embora os jogos na nuvem permaneçam fora do alcance de muitos, a Amazon precisa trazer algo novo para fazer o Luna parecer emocionante. O Stadia tem ferramentas de desenvolvimento e títulos exclusivos, a Microsoft tem o Xbox Game Pass, o GeForce Now da Nvidia funciona no ChromeOS. O Luna, bem, ele vai ter que tentar copiar todo o resto.

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Uma estrela azul gigantesca abriga um dos exoplanetas mais quentes do universo

Posted: 29 Sep 2020 12:56 PM PDT

Uma estrela azul distante da Terra abriga um dos exoplanetas mais quentes do universo. Imagem: ESA

O recém-lançado telescópio espacial CHEOPS (Characterizing Exoplanet Satellite), da Agência Espacial Europeia (ESA), completou suas primeiras observações de um novo exoplaneta, revelando detalhes fascinantes sobre um "Júpiter ultraquente" conhecido como WASP-189b.

Júpiteres quentes são exoplanetas semelhantes a Júpiter que ficam localizados nas proximidades de suas estrelas hospedeiras. A diferença, como o próprio nome já diz, é que esses corpos celestes são ainda mais superaquecidos.

Em 2018, usando o telescópio terrestre WASP-South na África do Sul, os astrônomos detectaram um Júpiter ultraquente chamado WASP-189b, diferente de tudo o que foi visto antes. Agora, usando o novíssimo telescópio espacial CHEOPS, os astrônomos contemplaram esta maravilha celestial com novos olhos, refinando o que sabemos sobre este exoplaneta incomum.

Na verdade, o CHEOPS, quando comparado aos telescópios terrestres, "é muito mais preciso", explicou Monika Lendl, astrônoma da Universidade de Genebra e principal autora do novo estudo. "Como o CHEOPS observa do espaço, ele não precisa olhar através da atmosfera da Terra e, portanto, a luz não sofre interferência da turbulência do ar", completou.

CHEOPS é fruto de uma colaboração entre a ESA e o Escritório Espacial Suíço. O aparelho foi projetado exclusivamente para detectar e observar exoplanetas, e o faz ao detectar quedas no brilho de uma estrela – um sinal potencial de um exoplaneta passando na frente (ou seja, o método de trânsito de detecção). O CHEOPS também estudará exoplanetas previamente detectados, como é o caso do WASP-189b.

"O CHEOPS tem um papel de 'acompanhamento' único a desempenhar no estudo desses exoplanetas", disse Kate Isaak, cientista do projeto CHEOPS na ESA e coautora do novo estudo. "Ele pesquisará trânsitos de planetas que foram descobertos do solo e, quando possível, medirá com mais precisão os tamanhos de planetas já conhecidos por transitarem por suas estrelas hospedeiras".

Um novo artigo que descreve a primeira investigação formal do telescópio espacial foi publicado na Astronomy & Astrophysics.

O WASP-189b está localizado a 322 anos-luz de distância na constelação de Libra, no hemisfério sul. Este Júpiter superaquecido está em uma órbita estreita ao redor da estrela tipo A HD 133112, que brilha em azul. O exoplaneta, a apenas 7,5 milhões de km de sua estrela hospedeira, requer apenas 2,7 dias para fazer uma órbita completa.

Uma estrela azul distante da Terra abriga um dos exoplanetas mais quentes do universo. Imagem: ESAAlgumas características do recém-descoberto WASP-189b. Imagem: ESA

A temperatura do WASP-189b é difícil de ser calculada porque este gigante gasoso é bastante brilhante, causando conflito de dados entre ele e sua estrela hospedeira. Para contornar isso, Lendl e seus colegas esperaram por ocultações, nas quais os planetas passam por trás de suas estrelas hospedeiras de nossa perspectiva. Isso permitiu que os cientistas definissem corretamente o brilho do exoplaneta, que por sua vez permitiu que medissem sua temperatura.

"WASP-189b é um dos gigantes gasosos mais quentes que se conhece. Com o CHEOPS, pudemos determinar o brilho do lado diurno planetário e descobrir que a luz emitida por ele corresponde a um planeta com uma temperatura de cerca de 3.200 graus Celsius", disse Lendl.

É uma temperatura elevada, mas quase familiar ao nosso Sol, que está apenas 2.000°C mais quente do que este exoplaneta escaldante. E, de fato, o WASP-189b é mais quente do que algumas estrelas anãs vermelhas, que cozinham em temperaturas bem abaixo de 3.000°C. As chances de qualquer vida existir neste planeta são basicamente nulas, já que até mesmo o ferro se converte em gás nesses extremos.

Poucos planetas são conhecidos por serem tão quentes. O WASP-189b também é o Júpiter ultraquente mais brilhante conhecido pelos cientistas. Os pesquisadores refinaram a massa do exoplaneta, descobrindo que é quase exatamente duas vezes mais pesado do que Júpiter. Eles também atualizaram o diâmetro do WASP-189b, descobrindo que é 1,6 da largura de Júpiter, ou 224 mil km, que é um pouco maior do que os cálculos anteriores.

De acordo com os cientistas, a estrela HD 133112, que ilumina o exoplaneta, não é perfeitamente redonda – na verdade é meio achatada, saliente no equador, onde é notavelmente mais fria em comparação com as regiões polares. A rápida rotação da estrela e as forças de maré centrífugas resultantes estão contribuindo para sua forma ímpar, observam os autores do estudo.

Curiosamente, o WASP-189b está em uma órbita inclinada, o que significa que está fora de linha com o plano equatorial da estrela. Na verdade, o exoplaneta está desalinhado, passando por cima das regiões polares da estrela. Esta é uma observação importante, pois significa que o exoplaneta provavelmente se formou mais para fora e, em seguida, migrou lentamente para dentro ao longo do tempo. Os pesquisadores especulam que essa jornada em direção à estrela hospedeira aconteceu devido à influência gravitacional de outros planetas no mesmo sistema, ou à influência de outra estrela.

Com suas observações do WASP-189b completas, o CHEOPS irá agora voltar sua atenção para centenas de outros exoplanetas conhecidos e suas estrelas hospedeiras. Como esta investigação inaugural deixa claro, podemos esperar muito mais deste excitante novo telescópio espacial para os próximos anos.

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Cientistas criam coquetel de enzimas para decompor plástico

Posted: 29 Sep 2020 10:53 AM PDT

Um fato nojento da vida é que todos estamos ingerindo plástico. As tartarugas comem plástico. Os pássaros comem plástico. E um estudo descobriu que os humanos comem um cartão de crédito de plástico por semana. Agora, os cientistas desenvolveram enzimas para comer plástico também — mas isso pode ser uma coisa boa.

Em um estudo publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences na segunda-feira (28), os cientistas encontraram mais evidências de que a bactéria Ideonella sakaiensis produz duas enzimas que quebram o plástico. Especificamente, elas processam o tereftalato de polietileno, ou PET, um tipo de material usado para fazer garrafas de refrigerante e tecidos sintéticos para roupas.

Uma equipe de cientistas japoneses descobriu essa bactéria bizarra em 2016, enquanto examinavam itens de plástico encontrados em amostras de águas residuais. Desde então, pesquisadores têm trabalhado diligentemente para reprojetar as enzimas dessa bactéria. O novo estudo apresenta um grande avanço.

A primeira enzima produzida pela bactéria, a PETase, pode comer através de superfícies sólidas de plástico. PET é um polímero, o que significa que é um composto químico feito de um monte de moléculas unidas para formar uma estrutura complexa, forte e durável.

Mas quando a PETase atinge o material, ele se decompõe em estruturas mais simples, incluindo tereftalato (ou TPA), bis(2-hidroxietil) TPA (ou BHET) e ácido mono-(2-hidroxietil) tereftalato (ou MHET). Essencialmente, isso acelera a desintegração natural — assim, o plástico se desintegra em dias, não em séculos.

Em 2018, os autores da pesquisa desenvolveram uma versão da enzima PETase, mas ela era apenas 20% mais eficaz na degradação do plástico do que os processos naturais. Mas agora, os pesquisadores resolveram a segunda peça do quebra-cabeça.

Os cientistas criaram a segunda enzima produzida pela bactéria, chamada MHETase. Essencialmente, explicam os pesquisadores, a MHETase decompõe o MHET que é criado na primeira etapa do processo de decomposição em formas ainda mais simples: TPA e etilenoglicol. Neste ponto, as substâncias restantes podem ser facilmente decompostas por outros micro-organismos.

Os pesquisadores examinaram como essas duas enzimas reagiram com pedaços de filme plástico em um ambiente de laboratório e descobriram que, sem a PETase por perto, a MHETase não tem nenhum efeito no material. Mas a maneira como as duas trabalham em conjunto pode ter grandes implicações para o futuro do lixo plástico, se for possível escalar esse processo.

O estudo descobriu que esse “coquetel” de duas enzimas pode quebrar o plástico a uma taxa seis vezes mais rápida do que os processos que ocorrem naturalmente. Isso pode revolucionar a maneira como o mundo descarta o lixo plástico. O PET é a forma de plástico mais comum no mundo, e o mundo gera milhões de toneladas de resíduos desse material por ano.

Mas lidar com o desperdício é apenas um aspecto da crise do plástico que precisa ser resolvido. O processo de criação do material, que é feito a partir da petroquímica, é extremamente poluente e contribui para o aquecimento global. Portanto, essas novas e estimulantes enzimas podem desempenhar um papel na redução da poluição global, mas não são uma panaceia. Estudos mostram que precisamos de uma abordagem mais holística, que inclui diminuir a imensa produção atual de plástico.

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Como a Apple, Google vai exigir 30% da receita de pagamentos feitos via Play Store

Posted: 29 Sep 2020 08:20 AM PDT

Interface do Google Play Store. Crédito:Joanna Nelius/Gizmodo

Após alguma confusão — e depois de ver a Apple sendo criticada por suas políticas na App Store — o Google está dizendo que planeja fazer o mesmo que sua concorrente com itens pagos na Google Play Store.

De acordo com um blog post no Android Developers, qualquer desenvolvedor com um app no Google Play que precise fazer algum "trabalho técnico" para integrar o sistema de faturamento do Google terá até 30 de setembro de 2021 para cumprir as regras. Isso significa que esses desenvolvedores podem continuar a receber pagamentos diretos de clientes sem ter que dar ao Google sua "taxa" de 30% até o ano que vem.

Esse prazo provavelmente coincidirá com o lançamento do Android 12; o Android 11 foi lançado para o público geral no início deste mês. O Android 12 também facilitará a oferta de apps em lojas de terceiros.

Esta nova medida é parte de um esforço maior da parte do Google para tornar as políticas do Google Play mais claras para os desenvolvedores e para manter seu suporte para quem também deseja que seus apps estejam em outras lojas e em várias plataformas.

"Ouvimos comentários de que a linguagem de nossa política poderia ser mais clara em relação a quais tipos de transações exigem o uso de faturamento do Google Play e que os termos atuais estavam causando confusão", escreveu o vice-presidente de gerenciamento de produtos do Google, Sammer Samat.

O Google agora exige que os desenvolvedores usem o sistema de faturamento do Google Play para apps e downloads se o sistema já estiver integrado no aplicativo, e os desenvolvedores devem usar esse sistema para cobrar por recursos ou serviços de aplicativo.

As regras entram em vigor em 20 de janeiro. Existem algumas exceções, incluindo o pagamento de bens físicos e aplicativos que permitem transferências de dinheiro, como o Venmo, que é um app bastante popular nos EUA para envio e recebimento de valores.

Embora pareça que o Google está se tornando mais parecido com a Apple, exigindo que os desenvolvedores façam cobranças usando o sistema de faturamento da empresa, a companhia foi bem clara em relação a oferecer suporte à plataforma de API aberta do Android.

"Acreditamos que os desenvolvedores devem escolher como distribuir seus apps e que as lojas devem competir pelos negócios dos desenvolvedores e dos consumidores", disse Samat.

Essas opções incluem permitir que os usuários troquem os apps padrão de mensagem, telefone, teclado e outros de acordo com suas preferências.

"Essa abertura significa que mesmo que um desenvolvedor e o Google não concordem com os termos de negócios, o desenvolvedor ainda pode distribuir na plataforma Android", acrescentou.

Um desenvolvedor não precisa usar a Google Play Store para disponibilizar um aplicativo no Android. Samat apontou que o Fortnite está disponível no Android por meio do site da Epic ou pela Galaxy App Store; o Google removeu o Fortnite de sua loja de apps depois que a Epic violou propositalmente suas políticas. Samat também esclareceu que os desenvolvedores "podem se comunicar com seus clientes diretamente para preços, ofertas e formas alternativas além de seu app por e-mail ou outros canais".

Basicamente, os desenvolvedores têm permissão para informar aos usuários sobre os outros lugares onde podem fazer o download de seus aplicativos, se não quiserem que suas informações passem pelo sistema de cobrança do Google — uma prática que a Apple proíbe de acordo com as diretrizes da App Store.

É possível reclamar sobre a fatia que o Google tira dos desenvolvedores, mas pelo menos soluções alternativas não são proibidas. Isso pode salvar a empresa de uma decisão por práticas antitruste.

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Xbox Series S e Series X chegam ao Brasil em novembro por R$ 2.999 e R$ 4.999

Posted: 29 Sep 2020 08:10 AM PDT

Atualizado às 12h05 de 29/9 com informações da pré-venda no Brasil


A Microsoft oficializou nesta segunda-feira (21) os preços dos novos Xbox Series S e Series X no Brasil. Eles custarão, respectivamente, R$ 2.999 e R$ 4.999, e chegam ao País em novembro, mesmo mês em que os consoles serão lançados nos Estados Unidos, embora a companhia não tenha revelado uma data específica para o mercado brasileiro. A pré-venda, que lá fora começou em dia 22 de setembro, já está rolando no Brasil.

Você pode achar o Xbox Series S e Series X em pré-venda na Amazon e em outros varejistas pelo preço sugerido pela Microsoft. Vale lembrar que é possível também parcelar o valor do console.

Apesar de a Microsoft não detalhar quando estará disponível no varejo, no site da Amazon é informado que o console será lançado oficialmente em 30 de novembro no Brasil.

"Os jogos passaram a desempenhar um papel importante em nossas vidas. Além de incentivar a imaginação, eles nos conectam a novos mundos, histórias e, claro, aos amigos. É por isso que trazemos a todos a melhor experiência e compatibilidade entre várias gerações de consoles com o Xbox Series X|S", destaca Bruno Motta, gerente de Xbox para o Brasil.

Com isso, já temos os preços oficiais dos consoles de nova geração no Brasil. Na semana passada, a Sony confirmou que o PlayStation 5 será vendido por aqui por R$ 4.499, na versão digital e sem entrada para disco físico, e R$ 4.999, para o modelo tradicional. As vendas começam no dia 19 de novembro.

Mais recentemente, no último dia 18 de setembro, a Nintendo lançou o Switch em alguns dos principais varejistas do País, por R$ 2.999 — com um “leve” atraso de três anos do lançamento original do console. Surpreendentemente, o preço é menor do que o praticado por terceiros na internet, que ainda vendem o aparelho entre R$ 3.500 a R$ 4.200.

Mesmos consoles, só que não

Xbox Series X e Xbox Series S. Crédito: MicrosoftCrédito: Microsoft

Tanto o Xbox Series S quanto o Series X serão capazes de rodar os mesmos jogos. O que muda é que o Series X é a versão mais potente do console, podendo rodar jogos com maior poder gráfico graças a uma GPU de 12 Teraflops, contra apenas 4 Teraflops do Series S. Ele também vem com um SSD maior, de 1 TB, em comparação ao SSD de 512 GB do Series S.

Outra diferença é na memória RAM: o Series X conta com 16 GB GDDR6, contra 10 GB GDDR6 do Series S. E não vamos esquecer o design, já que o Series X foi apresentado como uma caixa preta bem maior que o Series S, que por sua vez é menor, mais compacto e na cor branca — com direito a uma saída de ar enorme na parte frontal. Os dois aparelhos possuem oito núcleos, mas o Series X roda a 3,8 GHz e o Series S a 3,6 GHz.

Lembrando que o Xbox Series S é um console que roda jogos 100% digitais, uma vez que não possui entrada para mídia física. Enquanto isso, seu irmão mais parrudo manteve o driver de disco.

No mais, ambos os aparelhos compartilham as mesmas características. Isso inclui retrocompatibilidade com títulos do Xbox One, Xbox 360 e Xbox que estejam disponíveis na loja online do Xbox, suporte para headsets e fones de ouvido da marca e a possibilidade de utilizar HDs externos de 1 TB para expandir o armazenamento.

Entre os títulos confirmados para os novos Xbox estão Marvel's AvengersAssassin's Creed: ValhallaWatch Dogs LegionHalo InfiniteGears Tactics, Gears 5Forza Horizon 4Tetris Effect.

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Reino Unido considera infectar voluntários de propósito para testar vacinas contra COVID-19

Posted: 29 Sep 2020 07:24 AM PDT

Reino Unido quer infectar cidadãos de propósito para testar vacinas do COVID-19. Crédito: Jack Taylor (Getty Images)

O Reino Unido está considerando uma abordagem controversa para testar vacinas contra o novo coronavírus: expor intencionalmente voluntários ao vírus, em uma estratégia conhecida como “testes de desafio”.

Na semana passada, o Financial Times relatou que o governo britânico vai permitir que os testes de desafio em seres humanos comecem em janeiro de 2021. Nesses testes, os voluntários receberiam uma vacina experimental e, posteriormente, seriam expostos ao coronavírus em um ambiente controlado. Para defensores da técnica, isso vai acelerar o desenvolvimento das vacinas contra COVID-19, embora outros especialistas se preocupem com os riscos potenciais à saúde dos voluntários.

Neste ponto, o status desses testes ainda parece estar em mudança. Um porta-voz do Departamento de Negócios, Estratégia Empresarial e Industrial do Reino Unido disse em uma declaração ao Gizmodo: "Estamos trabalhando com parceiros para entender como podemos colaborar no desenvolvimento potencial de uma vacina para COVID-19, por meio de estudos de desafio humano".

Na quinta-feira passada (24), a empresa farmacêutica Open Orphan, que estará envolvida na execução desses testes, afirmou que estava em “negociações avançadas” com o governo do Reino Unido e outros parceiros para iniciar os experimentos. Contudo, destacou que “não pode haver certeza que essas discussões levarão a um novo contrato até que as negociações finais sejam concluídas".

De acordo com o Financial Times, os testes de desafio seriam realizados em uma instalação usada para quarentena no leste de Londres. Ainda está incerto quantas pessoas são esperadas para se voluntariar ou quantas vacinas serão testadas, mas empresas farmacêuticas, como a Sanofi e AstraZeneca, já disseram que não estarão envolvidas.

Testes de desafio não são uma coisa nova na medicina. A princípio, eles ajudam a acelerar a pesquisa de doenças infecciosas, como é o caso do novo coronavírus. Em vez de esperar potencialmente meses ou mais para que as pessoas que receberam uma vacina experimental fiquem naturalmente expostas ao germe-alvo, você pode, por exemplo, apenas estudar como eles respondem desde o início. Isso poderia acelerar os testes em humanos e também fornecer uma visão crucial da história natural de uma doença, tanto em como ela adoece alguém quanto em como o corpo reage, já que os médicos estariam lá para monitorar a pessoa desde o início de sua infecção.

Apesar de os testes de desafio terem sido usados ​​no passado para testar algumas das primeiras vacinas e medicamentos já desenvolvidos, o desenho desses testes seria considerado antiético e perigoso pelos padrões atuais. Nos tempos modernos, eles têm sido usados ​​para estudar doenças como gripe, tuberculose e dengue, inclusive para testar vacinas em potencial.

O problema é que pode ser difícil desenvolver testes desafiadores que não coloquem as pessoas em um grande risco. Os testes de desafio tendem a funcionar com doenças conhecidas que são tratáveis ​​com medicamentos existentes, ou que possuam sintomas mais brandos – drogas esteróides podem ajudar a salvar os casos mais graves, mas seus benefícios não são tão expressivos assim. Mas nenhuma das opções é realmente viável para o COVID-19, que já atingiu 1 milhão de mortes registradas em todo o mundo.

Em vez disso, os defensores de um teste de desafio para COVID-19 – mais proeminentemente liderado pela organização 1DaySooner – propuseram apenas o uso de voluntários adultos jovens e saudáveis, argumentando que eles enfrentam o menor risco de doença viral. Embora seja verdade que pessoas mais jovens têm muito menos probabilidade de morrer por coronavírus, os críticos notaram que ainda não temos uma compreensão sólida das complicações potenciais de longo prazo de casos mais leves de COVID-19.

Outra consideração é que os testes de vacinas são geralmente usados ​​para doenças difíceis de rastrear em tempo real ou que podem não ser comuns em um ambiente natural. No entanto, em países como Estados Unidos e Brasil, o coronavírus ainda é muito prevalente, então provavelmente não será difícil para as pessoas ficarem expostas a ele. No Reino Unido, os novos casos relatados diariamente foram muito baixos durante o verão, mas parece que uma segunda onda está começando por lá e em toda a Europa. Quem sabe como as coisas ficarão em janeiro do ano que vem?

Em todo o caso, os testes de vacinas (sejam de desafio ou não) serão examinados para aprovação pelas autoridades regulatórias do Reino Unido. É provável que os testes de desafio sejam especialmente analisados por questões de segurança, tanto localmente quanto por órgãos a nível global, como a Organização Mundial da Saúde.

E parece que voluntário é o que o não vai faltar. Segundo o Financial Times, pelo menos duas mil pessoas no Reino Unido se comprometeram a se voluntariar para um teste de desafio por meio da 1DaySooner. Então há quem queira correr riscos em prol de uma possível vacina eficaz.

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Caso Apple x Epic Games deve ser decidido por júri popular, recomenda juíza do caso

Posted: 29 Sep 2020 06:13 AM PDT

Logotipo da Epic Games. Crédito: Justin Sullivan/Getty Images

O último episódio da saga da Epic Games vs. Apple rolou na manhã desta segunda-feira (28), e parece que estamos ainda no primeiro capítulo desta novela.

A Apple quer manter Fortnite fora da App Store e também remover a Unreal Engine, da Epic. Já a Epic Games quer que Fortnite volte à loja, além de manter a Unreal Engine. A Apple ainda acredita que a ação da Epic vai prejudicar o ecossistema iOS, e a Epic considera que a remoção da Unreal Engine causará danos irreparáveis para as duas empresas e para todos os desenvolvedores de games que usam o motor gráfico.

A juíza da Corte Distrital dos EUA para o Distrito Norte da Califórnia, Yvone Gonzalez Rogers, está trabalhando em uma decisão por escrito a partir da audiência desta segunda. Parece provável que o status quo permanecerá até a audiência do caso em julho de 2021, mas a juíza Gonzalez Rogers também recomendou que o caso fosse levado a júri.

"Pessoalmente, acho que este caso deveria ser julgado por um júri", disse Gonzalez Rogers. "São casos importantes e estão na fronteira da lei antitruste. Você também pode descobrir o que as pessoas realmente pensam e querem" — ou seja, em vez de confiar numa decisão emitida por uma juíza.

A recomendação da juíza veio depois de ambas as empresas passarem uma boa parte da audiência discutindo sobre o que é mais importante para seus clientes. A Apple novamente citou a privacidade e a segurança como grandes motivos pelos quais seus clientes escolhem a Apple em vez de outras plataformas — e estas seriam as principais razões pelas quais não permitiria que a Epic carregasse uma loja própria em dispositivos iOS, como pode fazer na plataforma Android.

O advogado da Epic apontou durante a audiência que 63% das pessoas que jogam Fortnite usam um dispositivo iOS, o que representa 71 milhões de pessoas — que é um número considerável, diga-se de passagem. Nem todas essas 71 milhões de pessoas (ou mesmo algumas delas) seriam capazes de mudar facilmente para outra plataforma apenas para jogar Fortnite devido aos custos associados à troca de dispositivos e sistemas operacionais, observou a Epic.

A Epic também apontou que viu uma demanda por um processo de pagamento separado de seus clientes quando ofereceu um método de pagamento direto por meio do seu aplicativo do Fortnite para iOS.

De acordo com a Epic, nas seis horas em que seu método direto de pagamento estava ativo, cerca de 50% dos usuários optaram por esse método em vez do Apple Pay. A resposta da Apple foi apontar que esses usuários recebiam um desconto de US$ 2 se usassem esse método, por isso é difícil dizer se esses usuários mudaram porque não queriam usar o Apple Pay ou porque queriam o desconto.

É claro que o imposto da Apple de 30%, ou a parcela de receita que a empresa obtém de compras feitas em seu ecossistema, voltou à pauta. A Epic foi rápida em dizer "a Apple não faz a Uber usar os serviços [de pagamento] da Apple", ao que a Apple não respondeu. Mas a Epic está em uma situação complicada porque violou propositalmente seu contrato com a Apple.

O que foi interessante sobre essa parte da audiência desta segunda foi que a Epic não se concentrou tanto na comissão de 30% e, em vez disso, se concentrou em não ser capaz de carregar apps paralelos no iOS. No entanto, a Apple e a juíza Gonzalez Rogers ainda batem forte na quebra de contrato da Epic. A juíza questionou a Epic por que estava tão preocupada com a Apple cobrando uma comissão de 30% quando outras empresas como Microsoft, Sony, Steam, Gog e outras fazem o mesmo.

Em resposta, a Epic disse: "Não questionamos especificamente os 30%, mas gostaríamos de distribuir nossos aplicativos no iPhone sem passar pela App Store".

Se o caso Epic vs Apple for submetido a um júri popular, isso não seria uma novidade para a Apple. A juíza Gonzalez Rogers presidiu um caso em 2014 no qual o reclamante alegou que a Apple mantinha o monopólio dos iPods, pois os usuários só podiam usar músicas da iTunes Store ou de de CDs em um iPod. Se você tem músicas em outro lugar, não pode colocá-las no dispositivo. Esse caso pode abrir um precedente para o atual, caso vá a julgamento; o júri federal de oito membros decidiu por unanimidade a favor da Apple. Se isso acontecer de novo, é possível que a Epic acabe devendo à Apple o dinheiro que perdeu dos usuários que optaram por comprar V-bucks por meio de um pagamento direto à Epic em vez de usar o Apple Pay.

Além disso, o status da Unreal Engine na App Store ainda está em questão. Se a Apple conseguir uma permissão do tribunal para retirar o motor gráfico da App Store, ela provavelmente o fará. Durante uma audiência de ordem de restrição temporária no final de agosto de 2020, os advogados que representam a Apple disseram que estavam preocupados que a Epic violasse o contrato da Unreal Engine com ela da mesma forma que quebrou o contato do Fortnite. A empresa queria tomar medidas proativas para evitar que a Epic Games fizesse isso novamente.

"A Unreal Engine não é voltada para o consumidor", disse a Epic durante audiência. "A Unreal é usada em todo o mundo para todos os tipos de aplicações".

Vale lembrar que a Apple não violou seu contrato da Unreal Engine, que é separado do Fortnite, com a Apple.

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Grupo de astrônomos diz ter encontrado vários corpos d’água em Marte, mas outros cientistas duvidam

Posted: 29 Sep 2020 04:37 AM PDT

Dois anos atrás, uma equipe de cientistas italianos afirmou ter descoberto um lago subglacial próximo ao polo sul marciano. A mesma equipe coletou mais evidências para sustentar essa afirmação, incluindo a aparente descoberta de ainda mais corpos enterrados de água líquida. A nova pesquisa fala até sobre o potencial de vida em Marte. No entanto, nem todos os especialistas foram convencidos pelas evidências.

Pode haver mais água líquida abaixo da superfície marciana do que imaginávamos, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta segunda (28) na Nature Astronomy. O novo artigo descreve vários corpos d’água subglaciais recém-detectados abaixo do polo sul marciano, além do que havia sido encontrado e descrito dois anos atrás.

Existia água líquida em Marte há bilhões de anos, mas ela quase acabou, por razões que ainda não foram totalmente compreendidas. A perspectiva de água líquida sob a superfície certamente atrairá a atenção dos astrobiólogos, já que lagos subglaciais semelhantes na Terra, incluindo o Lago Vostok na Antártida, são conhecidos por abrigar vida microbiana.

Para ser justo, essa água líquida, se é que existe — ainda não há certeza disso — é supersalgada e provavelmente muito lamacenta. A solução aquosa hipersalina permanece na forma líquida apesar das temperaturas muito mais baixas do que o ponto de congelamento da água, de acordo com Elena Pettinelli, principal autora do estudo e professora associada da Università degli Studi Roma Tre, em Roma.

As regiões azuis mostram alta permissividade reflexiva — um sinal potencial de água líquida. Imagem: S. E. Lauro et al., 2020 / Nature Astronomy

"Algo interessante está acontecendo aqui, mas há uma barreira realmente alta para provar quando se trata de falar sobre água líquida em Marte", disse Cassie Stuurman, cientista de radar do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, por e-mail. "Para ser realmente convincente, a maioria dos cientistas gostaria de ver isso corroborado por outras linhas de dados e evidências", disse Stuurman, que não está envolvida com o novo estudo.

Em 2018, Pettinelli e seus colegas detectaram sinais de um lago subglacial em uma região chamada Ultimi Scopuli usando o instrumento Mars Advanced Radar for Subsurface and Ionosphere Sounding (MARSIS) a bordo do satélite Mars Express. Os dados do radar apontaram para a existência de uma região aquosa de 20 quilômetros de largura cerca de 1,6 quilômetro abaixo da superfície, que os pesquisadores interpretaram como um lago subglacial ou uma mancha de água líquida.

Foi uma descoberta intrigante, mas várias questões permaneceram sem resposta, como a origem do suposto lago, a hidrodinâmica dele e até a plausibilidade de tudo isso, como explicou Stuurman. Para Pettinelli e sua equipe, uma questão importante não resolvida era se esse corpo d’água representava uma única ocorrência ou uma de muitas.

"A descoberta de múltiplos lagos responde a essa pergunta, mostrando que a água líquida subglacial pode ser comum", escreveu Pettinelli por e-mail. "Isso nos força a considerar os processos globais de formação e estabilização da água líquida, que são peças essenciais do quebra-cabeça para a nossa compreensão do passado e do presente do clima, da geologia e das possíveis condições de habitabilidade em Marte."

Para o novo estudo, a equipe usou o MARSIS novamente, mas desta vez eles escanearam uma área muito maior do que antes, refletindo o radar em uma região de 300 quilômetros de largura. A equipe então aplicou um método semelhante usado por cientistas para detectar lagos subglaciais na Terra, ou seja, os da Antártica, Groenlândia e norte do Canadá.

"Queríamos estabelecer a extensão da água subglacial nesta região, por isso adquirimos novos dados, alcançando uma cobertura de radar sem precedentes na área de estudo", disse Pettinelli. "Usamos um novo método de análise do conjunto de dados MARSIS completo, baseado em procedimentos de processamento de sinal normalmente aplicados a mantos de gelo polares terrestres. Finalmente, comparamos os novos resultados com o método anterior, encontrando resultados muito semelhantes." O novo método "nos deu confiança sobre a validade e confiabilidade dos resultados", acrescentou ela.

Stuurman disse que o novo artigo aborda a suavidade da terra sob a calota polar e as diferenças físicas entre esta região e as áreas periféricas. Ela disse que é "realmente difícil discordar de que esta região parece única nos dados do radar".

O novo documento, além de afirmar mais uma confirmação da natureza líquida do lago encontrado em 2018, também resultou na descoberta de outras três manchas menores de água nas proximidades. Como mostra a nova análise, a água está agrupada na mesma área geral, mas é cercada por um leito rochoso seco.

"Nossos resultados reforçam a afirmação da detecção de um corpo de água líquido em Ultimi Scopuli e indicam a presença de outras áreas úmidas nas proximidades", disse Pettinelli. "Sugerimos que as águas são salmouras de perclorato hipersalinas, conhecidas por se formarem nas regiões polares de Marte e que sobrevivem por períodos de tempo geologicamente significativos em temperaturas bem abaixo do ponto de congelamento."

Stuurman disse que o novo artigo traz implicações importantes para a probabilidade de existência de vida microbiana em Marte. No entanto, ela expressou algumas reservas sobre o estudo.

"Para ser sincera, acredito que este artigo vai gerar muita discussão", disse ela. "A ideia de que poderia haver grandes quantidades de água líquida no Marte atual não é uma hipótese muito popular."

Stuurman estava preocupada, por exemplo, com a equipe ter usado uma técnica para detectar lagos subglaciais na Terra e que eles fizeram isso “sem qualquer validação cruzada” para mostrar que também funciona para “um planeta totalmente diferente”.

Além disso, os critérios usados ​​pela equipe para determinar se um sinal de radar corresponde a um lago subglacial — também emprestados das ciências da Terra — “não são cumpridos por este estudo”, disse ela.

Usando os critérios citados no estudo deles, “há quatro propriedades diferentes que devem ser atendidas antes que um lago seja definido”, disse Stuurman, mas “dados os dados disponíveis, é impossível atender a no máximo três delas, e isso significa — pela própria definição dos autores — que o lago não é ‘definido’ neste caso."

Pensando em pesquisas futuras, Pettinelli disse que sua equipe gostaria de caracterizar melhor a topografia dessas particularidades geográficas, já que o formato é um parâmetro chave que permite aos cientistas identificar a presença de um lago subglacial na Terra.

Dadas as limitações do MARSIS, entretanto, a equipe não pôde "determinar as variações topográficas do leito rochoso", deixando algumas questões importantes sem resposta. Além disso, a equipe procurará áreas semelhantes em Marte e, presumindo que existam, fará varreduras semelhantes, disse Pettinelli.

A existência de água líquida salgada abaixo do polo sul marciano pode ser uma proposta controversa, mas não é tão estranha quanto pode parecer. Como outras pesquisas mostraram, nosso sistema solar é um lugar surpreendentemente úmido — mas essa umidade fica bem escondida.

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[Review] Samsung Book X45: um notebook intermediário quase ideal

Posted: 29 Sep 2020 03:20 AM PDT

Não é só no campo dos smartphones que a Samsung costuma anunciar uma cacetada de aparelhos – fica até difícil acompanhar as dezenas de Galaxy S, Galaxy M, Galaxy A, e por aí vai. Quando a marca sul-coreana revela uma nova linha de notebooks, ela traz consigo uma baciada de modelos, com diferentes especificações e preços para agradar todos os gostos e bolsos.

Nas últimas três semanas, tive a oportunidade de testar uma dessas opções: o Samsung Book X45. É um meio termo entre o aparelho mais básico e o mais avançado da última família de notebooks da Samsung, lançada em junho de 2020. E como um bom intermediário, tenta mesclar o melhor de dois mundos, trazendo processador Intel Core de 10ª com 8 GB de RAM, tela de 15,6 polegadas e uma carcaça de plástico com jeitão de dispositivo premium.

O preço? Em média, R$ 4.500. E agora eu te conto se o X45 vale ou não tudo isso.

Samsung Book X45

O que é
Notebook intermediário com processador de última geração e acabamento que simula um laptop premium
Preço
Sugerido: R$ 4.829 | No varejo: em média R$ 4.500
Gostei
Ótima conectividade (muitas portas e saídas); desempenho satisfatório
Não gostei
Tela em baixa resolução; a carcaça é frágil; bateria de pouca duração

Por fora

De uns tempos para cá, a Samsung vem apostando em notebooks mais quadradões nas laterais, sem aquele formato levemente arredondado. E não é para menos: isso dá um ar mais refinado ao produto, o que preserva um aspecto moderno mesmo em um aparelho intermediário.

O X45 não foge a essa regra. O notebook é revestido por uma carcaça fosca na cor prata que simula um metal bem resistente, e com a vantagem de ser um pouco mais tolerante a marcas de dedos e sujeira. É também um aparelho relativamente leve, pesando menos de 2 kg. Para um modelo mediano, a Samsung caprichou no design.

Claro que, ao ganhar de um lado, você perde de outro: o X45 é inteiramente feito de plástico (por isso o peso menor do que alguns concorrentes da categoria). Particularmente, não senti muita firmeza ao segurá-lo no colo ou na beirada de superfícies mais altas, pois o material me passou a impressão de ser bastante frágil. Na maior parte do tempo, eu usei em cima de uma mesa ampla e ali ele ficava até que eu o desligasse. Não que isso tenha atrapalhado minha experiência – afinal, é comum ter um sentimento de apego a algo novo. Por causa do preço (que a gente vai falar no final desta análise), eu só esperava um acabamento mais reforçado.

Portabilidade também não é um ponto forte do X45, uma vez que não é um notebook assim tão pequeno, com seus quase 36 cm de largura e 25 cm de profundidade. Mas sinceramente? Isso não deve ser algo que interfira na usabilidade, já que, por ser mais espesso, o X45 oferece as principais conexões que a maioria das pessoas espera encontrar em um laptop.

Na lateral esquerda, temos uma porta Gigabit Ethernet, uma USB-C, uma USB 3.0 tipo A, uma entrada HDMI e conexões para fones de ouvido e microfone. Do lado esquerdo, há uma porta USB 2.0 tipo A, um leitor para microSD e um slot para trava de segurança.

Por dentro

Com os novos Samsung Books, a companhia optou por não permitir muita personalização no que diz respeito às especificações. No caso do X45, você obtém, de fábrica, a seguinte configuração: processador Intel Core i5-10210U de quatro núcleos, GPU Nvidia GeForce MX110, 8 GB de RAM, SSD NVMe de 256 GB e bateria de 43 Wh. Quanto ao software, o laptop roda o Windows 10 Home e algumas ferramentas próprias da Samsung, entre elas o Samsung Flow, para transferência rápida de arquivos entre o notebook e smartphones da fabricante.

Acredito que esta é uma boa configuração para um modelo intermediário. Mas se você achar que não está suficiente, o X45 permite que você faça um upgrade de SSD e memória RAM. Na parte traseira, existem duas aberturas para remover os dois componentes. Minha dica é para você ter muito, mas muito cuidado na hora da remoção, pois as tampas que protegem as peças estão bem seladas à carcaça do produto.

O desempenho foi exatamente aquilo que eu esperava: não travou nas tarefas básicas do dia a dia, como abrir programas simples (Word, Spotify, Discord), nem no famigerado teste de abrir trocentas abas no Google Chrome.

Tentei rodar alguns jogos por meio da Steam, mas também foi exatamente aquilo que eu esperava: uma queda absurda de frames em qualquer game mais pesado. Eu tentei jogar Destiny 2 e Borderlands 3 – não só porque são dois dos meus jogos favoritos, mas porque ambos exigem muito desempenho. O X45 não é uma máquina específica para games, mas recomendo ficar só no básico do básico mesmo.

Quero destacar que, mesmo expondo o X45 a testes mais pesados, em nenhum momento me deparei com travamentos, mesmo usando vários programas abertos simultaneamente. Quanto a isso, pode ficar tranquilo, pois, para um modelo mediano, é um laptop bem rápido.

O que mais me deixou na mão foi a bateria de 43 Wh. Veja bem, é uma capacidade razoável, mas não suficiente para durar pelo menos um dia inteiro de trabalho. Comigo, ela durou cerca de cinco horas e meia. Também testei assistindo dois episódios de The Boys, no Amazon Prime Vídeo, e mais um episódio da série Pose, na Netflix, usando o brilho máximo na tela. Nessa situação, a bateria foi de 100% para apenas 12% em pouco menos de três horas.

Tela, teclado e touchpad

Nem todo mundo se importa com pixels, resoluções altíssimas ou a melhor qualidade de imagem. Também, não tem nem como exigir essas características em um aparelho intermediário. No entanto, o Samsung Book X45 poderia ter se empenhado melhor nesse quesito, já que a tela do laptop deixa a desejar.

Aqui, temos um painel LCD de 15,6 polegadas com resolução de 1.366 x 768 pixels. De longe, é uma maravilha. Contudo, basta ficar mais próximo do display para perceber os vários pontinhos que formam a tela, deixando a visualização inferior a qualquer painel de maior resolução – do seu smartphone, TV, tablet. Para piorar, você precisa ajustar a abertura da tela ângulos específicos de acordo com a sua posição, e assim evitar que a imagem fique escura ou esbranquiçada. É um pé no saco.

Ah sim, tem uma webcam, mas não é grande coisa (tem somente 480p de resolução), como boa parte dos modelos da atualidade. Talvez, motivadas pela pandemia, as fabricantes passem a dar atenção para as câmeras na próxima geração de laptops.

No teclado, mais um ponto para a Samsung. As teclas são bem precisas e, mesmo tendo os dedos grandes, não esbarrei entre eles durante a digitação. Inclusive, os botões me pareceram mais largos e menos barulhentos, se comparados a teclados de outros notebooks intermediários. E não posso me esquecer de mencionar as teclas numéricas na lateral à direita, algo que eu sinto muita falta nos laptops que testei nos últimos anos. No geral, eu gostei bastante do teclado.

Minha única ressalva é que o teclado não é retroiluminado. Não que eu tenha usado o laptop no escuro, mas se as teclas tivessem essa iluminação seria mais confortável digitar ao final de tarde, quando o dia começa a escurecer.

Por fim, o touchpad. Apesar de eu ter gostado do tamanho – é um dos mais amplos que já vi em um notebook intermediário -, ele não respondeu com precisão aos meus comandos. As partes que simulam os botões direito e esquerdo de um mouse não funcionaram direito, além de emitirem um som alto de "tec tec". E os comandos por gestos também apresentaram uma sensibilidade exagerada. No final das contas, acabei usando um mouse Bluetooth.

Conclusão

Colocando todas as características na balança, o Samsung Book X45 é uma opção de laptop intermediário que atende as principais demandas da categoria. Apesar de não ser voltado para tarefas pesadas, como jogos e softwares no estilo Photoshop, a máquina tem um ótimo hardware, excelente teclado e um número significativo de portas, dispensando adaptadores. Não é um aparelho tão fino, mas o peso de menos de 2 kg faz com que ele se encaixe facilmente em qualquer mala ou mochila.

E o que mais pesa nessa balança? Para mim, a falta de uma tela com maior definição e uma maior autonomia de bateria. Se durasse entre seis e oito horas, seria perfeito.

Não vamos esquecer do preço: oficialmente, ele custa R$ 4.829, mas é possível encontrá-lo por uma média de R$ 4.500. Vale tudo isso? Por esse preço, não. Portanto, o mais indicado é esperar alguns meses, quando a tendência é que os valores diminuam.

Tem também a questão da concorrência, que traz configurações similares por valores um pouco mais em conta. O Lenovo Ideapad S145, por exemplo, usando o mesmo chipset Core i5-10210U, pode ser encontrado por cerca de R$ 3.800, e o Acer Aspire 3 por R$ 3.500. Ainda são preços bem elevados para uma máquina mediana, mas são mais baixos do que o que você pagaria no X45. No mais, é um bom notebook para quem busca um aparelho focado em rapidez, produtividade e funções diárias, sem exigir poder de fogo para jogos ou programas mais pesados.

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