segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Gizmodo Brasil

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Google quer transformar YouTube em shopping e permitir venda direta de produtos

Posted: 11 Oct 2020 04:01 PM PDT

YouTube pode ganhar loja dentro do próprio site de vídeos. Imagem: Olivier Douliery (Getty Images)

Depois de abocanhar o Facebook e Instagram, o apocalipse do varejo pode ganhar em breve mais uma plataforma para chamar de sua: o YouTube. O Google confirmou à Bloomberg que promete usar o site de vídeos como um marketplace para a venda de produtos, bem semelhante ao que o Instagram está fazendo no IGTV e no recurso Reels, que ganharam uma loja com checkout direto – ou seja, toda a compra acontece direto na rede social.

O Gizmodo não conseguiu entrar em contato imediatamente com o YouTube para comentar o assunto, e não está claro como será essa função de compra dentro da plataforma de vídeos. Talvez ao abrir um comercial de xampus você consiga comprar o produto em exibição direto pelo site? Ou ainda, uma etiqueta “compre agora” abaixo dos vídeos traga um menu de produtos, como as lojas de anúncios já fazem atualmente no YouTube?

Independentemente do modelo, o Google disse que já está testando algumas versões dessas ferramentas em canais selecionados. Vlogs de influenciadores parecem ser o primeiro passo na testagem dessa novidade. O futuro dos gastos com publicidade, especialmente em varejo e viagens, é incerto, mas o dinheiro está fluindo, e o YouTube parece um lugar seguro para o Google investir.

Apesar da queda sem precedentes na receita de trimestre a trimestre da Alphabet neste ano, a receita de anúncios do YouTube foi uma das poucas que aumentou. Conectar um carrinho de compras a um vlogger de beleza, por exemplo, também pode atrair marcas, que normalmente utilizam o marketing de influência para o reconhecimento da marca mais do que compras diretas.

Segundo muitos relatos, gigantes da tecnologia estão olhando para uma possível corrida do ouro no comércio eletrônico. Em abril, o Deutsche Bank estimou que o recurso de “checkout” do Instagram poderia render US$ 10 bilhões para a empresa em 2021. Isso pode explicar por que o Walmart, que há muito tempo ficou para trás em termos de tecnologia da Amazon, queria um pedaço do app TikTok para potencialmente superar seu maior concorrente em pelo menos uma frente de comércio eletrônico.

Se o Google também quiser um pedaço desse segmento, pode ter que eliminar alguns defeitos, como interfaces desajeitadas (algo que vai na contramão do TikTok), e precisará fazer uma rodada muito rápida de atualização sobre armazenamento e logística – lições aparentemente não aprendidas com anos de investimentos não devolvidos no Google Shopping.

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Juíza decide que Apple pode continuar bloqueando Fortnite, mas não a Unreal Engine

Posted: 11 Oct 2020 01:45 PM PDT

Fortnite fora da App Store. Crédito: Chris Delmas/AFP (Getty Images)

No capítulo mais recente da briga envolvendo Epic Games e Apple, uma juíza federal concedeu uma liminar na última sexta-feira (9) para impedir a Apple de encerrar a conta de desenvolvedor da Epic. Só que, ao mesmo tempo, a juíza disse que a gigante da tecnologia não pode ser obrigada a trazer Fortnite de volta à App Store.

Resumindo: a ordem de restrição temporária que a Epic ganhou contra a Apple em agosto agora é permanente, mas Fortnite ainda não tem data para voltar à loja de aplicativos da Apple. Ou seja, pouca coisa muda no momento, porém permite que a Epic Games e empresas e desenvolvedores que dependem do motor gráfico Unreal Engine respirem mais aliviados sabendo que a Apple não será capaz de cortar o suporte para iOS tão cedo.

"A Epic Games e a Apple têm a liberdade de litigar essa ação pelo futuro da fronteira digital, mas sua disputa não deve causar estragos para quem está do lado de fora. Assim, o interesse público pesa esmagadoramente em benefício da Unreal Engine e dos afiliados da Epic ", disse a juíza Yvonne Gonzales Rogers na decisão de sexta-feira.

Para Mark Gurman, repórter da Bloomberg, a Apple emitiu o seguinte comunicado sobre a decisão:

Nossos clientes dependem que a App Store seja um lugar seguro e confiável onde desenvolvedores seguem as mesmas regras. Agradecemos que o tribunal tenha reconhecido que as ações da Epic não atendiam aos melhores interesses dos próprios clientes e que quaisquer problemas que eles possam ter encontrado foram de responsabilidade própria quando violaram seu acordo. Por 12 anos, a App Store tem sido um milagre econômico, criando oportunidades transformadoras para desenvolvedores grandes e pequenos. Estamos ansiosos para compartilhar esse legado de inovação e dinamismo com o tribunal no ano que vem.

A Epic, por sua vez, respondeu:

A Epic Games agradece que a Apple continue a ser impedida de retaliar a Unreal Engine e nossos clientes de desenvolvimento de jogos à medida que o processo continua. Continuaremos criando para iOS e Mac sob a proteção do tribunal e buscaremos todas as vias para acabar com o comportamento anticompetitivo da Apple.

Caso você não tenha acompanhado a disputa enfrentada por Apple e Epic durante os últimos meses, aqui está uma rápida recapitulação. Em agosto, a Epic armou um circo ao tentar contornar o “Imposto Apple" – lucro de 30% que a companhia obtém de qualquer transação em aplicativos para iOS – com seu popular jogo Fortnite. O resultado não saiu nada bem para a Epic, que viu o game ser removido quase que imediatamente da App Store.

A Epic prontamente entrou com um processo antitruste contra a Apple e, desde então, as duas empresas se enfrentam nos tribunais. A Apple entrou com uma ação argumentando que a ação da Epic ameaça minar todo o seu ecossistema iOS e também tentou banir a conta do desenvolvedor da Epic em retaliação. Esta, por sua vez, revidou, ganhando uma ordem de restrição temporária para preservar seu acesso à Unreal Engine e anunciou que não iria enviar novas atualizações de Fortnite para os usuários da Apple.

E essa novela ainda não tem data para terminar. A juíza Rogers recomendou anteriormente que o caso fosse levado a um júri já em julho, mas ambas as empresas disseram que preferem não seguir esse caminho e que um juiz decida o caso. Na decisão de sexta-feira, a juíza reconheceu que o processo da Epic se tornou uma pedra no sapato da Apple, já que outras companhias de tecnologia, além de desenvolvedores terceirizados, entraram no coro contra as políticas dos 30% cobrados pela Apple.

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Tudo o que você precisa para começar seu podcast gastando pouco

Posted: 11 Oct 2020 09:42 AM PDT

Microfone. Crédito: Jonathan Farber/Unsplash

Se você quer começar seu próprio podcast, esta é a hora – você está entediado em casa, tem um público cativo de pessoas também entediado em casa, e tudo o que você precisa para começar a funcionar pode ser adquirido a preços acessíveis e operado dentro dos limites de suas próprias quatro paredes.

Antes de começar, porém, não tenha ilusões: montar um podcast de qualidade é mais difícil do que parece à primeira vista. Normalmente, uma equipe de pessoas muito qualificadas leva algum tempo e esforço para montar um episódio de qualidade, e isso tudo depois de ter uma ideia convincente que valerá a pena ser escutada.

Tudo isso dito, se você acha que tem algo de valor para compartilhar com o mundo em geral – ou talvez apenas queira um projeto para preencher as horas, inteiramente para seu próprio entretenimento -, nós mostraremos o que você precisa saber, com ênfase em manter os custos o mais baixo possível (é claro que existem opções mais caras, se você quiser turbinar o seu podcast).

Não abordaremos os detalhes de ter uma boa idéia de podcast, escrever scripts e assim por diante – basta dizer que o lado de hardware e software do empreendimento é a parte mais fácil. Vamos citar alguns preços no texto, mas lembre-se de que o varejo on-line é o que é, eles podem ter mudado quando você clica nele (embora ainda deva ser útil como um guia geral).

O hardware de podcast que você precisa

Tecnicamente, o seu computador (e seu telefone) tem tudo o que você precisa para começar um podcast: um microfone. Aperte o botão de gravação em qualquer aplicativo de captura de áudio que você deseja usar, comece a conversar com seu dispositivo e, de certa forma, você já está fazendo um podcast. Obviamente, você pode colocar bem mais hardware e equipamento em cima disso para melhorar a qualidade do seu podcast finalizado.

A sua voz soará muito, muito melhor se você investir em um microfone de dedicado para o podcast, mesmo que seja dos mais baratos. Esses microfones podem capturar nuances no áudio e – igualmente importante – eliminar o ruído de fundo de maneiras com as quais os microfones embutidos não conseguem competir. Eles também terão recursos como um botão de mudo que serão úteis durante o processo de gravação.

Microfone BlueFoto: Blue

Os microfones Blue são alguns dos kits mais populares e respeitados do mercado. Tem desde modelos como Snowball ICE a outros da linha Yeti, da mesma marca, que custam US$ 130 (Yeti) e US$ 100 (Yeti Nano). Todos eles são conectados diretamente a uma porta USB e proporcionam excelentes resultados.

Por US$ 150, o AudioTechnica AT2020USB+ vem com controle de mixagem de áudio integrado, se você precisar usá-lo juntamente com o áudio pré-gravado. Existem dezenas e dezenas de opções para escolher, mas tenha cuidado, pois você pode não conseguir a qualidade que precisa (como sempre, verifique as avaliações antes de comprar).

Você verá referências a microfones condensadores e dinâmicos. Basicamente, eles se referem à tecnologia que eles usam – os modelos de condensador capturam áudio com uma qualidade melhor, mas tendem a captar muito ruído de fundo também, portanto, é necessário um ambiente muito silencioso para conseguir o melhor deles. Além disso, um microfone cardióide – projetado para captar áudio de uma direção específica – pode ser mais adequado que um omnidirecional se você estiver fazendo podcast em casa.

Filtro de som da Dragonpad
Foto: Dragonpad

A qualidade do áudio pode ser melhorada ainda mais com um filtro pop. Eles suavizam os sons de "p" que você faz naturalmente enquanto fala. Você também precisará de um bom par de fones de ouvido para monitorar o áudio enquanto o grava – novamente, há uma vasta gama de opções por aí, mas no final do orçamento, você pode contar com o par por US$ 80 do Cowin E7 Pro (no Brasil, ele custa cerca de R$ 730) ou US$ 70 num Audio Technica ATHM30x (no Brasil, custa cerca de R$ 725), se não quiser usar os que você já tem.

Idealmente, a menos que o ruído ambiente faça parte do estilo do seu podcast, você vai querer um espaço à prova de som, seja no seu escritório ou em um armário embaixo da escada. Espuma acústica para as paredes e portas, ou um protetor dedicado de isolamento para o seu microfone pode ser adquirido de forma relativamente barata, embora você provavelmente deva gastar seu dinheiro em outro lugar primeiro e depois veja se ainda resta algo para melhorar a acústica do estúdio de podcast escolhido. Pelo menos tente ficar o mais longe possível do barulho (talvez no sótão).

Gravando e editando podcasts

Embora você praticamente possa passar por todo o processo de podcasting no seu telefone, sua vida ficará muito mais fácil e o seu podcast será muito melhor se você tiver acesso a um laptop para juntar tudo do áudio capturado. Mesmo que você tenha gravado usando um telefone, vale a pena aproveitar o espaço extra na tela e a potência que você consegue de um computador adequado, se puder.

Para gravar áudio diretamente no Windows ou no macOS, o Audacity é uma opção excelente e amplamente recomendada que não custa nada. Não é o pacote mais fácil de entender para completos iniciantes, mas depois de descobrir como tudo funciona (e tem muita documentação oficial), você estará cortando os silêncios e colocando trilha sonora como os profissionais.

Interface do software de edição de áudio AudacityCaptura de tela: Audacity

Também gratuito, mas apenas para o macOS, o Garageband da Apple é mais sofisticado e profissional que o Audacity, mas cobre muito do mesmo terreno, incluindo gerenciamento de várias trilhas, níveis de mixagem, efeitos de equalizador e muito mais. Ele realmente tem tudo o que você precisa para que o áudio seja cortado, colado e preparado para um público mais amplo, embora você só possa usá-lo se estiver em um Mac.

Se você tem um pouco de dinheiro disponível para gastar, o Hindenburg Journalist é uma das melhores opções acessíveis, disponíveis no Windows e no macOS. Em troca de US$ 95 do seu suado dinheiro, você consegue um editor de áudio multipista sofisticado mas acessível, incluindo recursos como nivelamento automático de volume, edição não destrutiva (para que o áudio original permaneça intocado) e equalização e compactação de áudio.

Interface do HildenburgCaptura de tela: Hindenburg

Por US$ 60, o Reaper é outra boa opção de custo-benefício para o podcaster iniciante: você tem acesso a extensas opções de edição multicanal, uma vasta gama de plugins para brincar e muitos recursos de filtragem automática e controle de qualidade. Isso ajudará seu podcast final a soar o mais profissional possível. Está disponível para Windows e macOS.

O Zencastr é outra opção popular e roda diretamente dentro de um navegador da web. Também torna a gravação de feeds de áudio de vários convidados muito simples. O nível gratuito geralmente limita você a oito horas de gravação por mês e dois convidados, mas durante o surto de coronavírus, o Zencastr está removendo essas restrições. Pacotes pagos começam em US $ 18 por mês, se você pagar anualmente.

Compartilhando seu podcast com o mundo

Para publicar um podcast nas bibliotecas populares, incluindo as gerenciadas pela Apple e Spotify, você precisa produzir um feed RSS (Really Simple Syndication) para ele – os feeds RSS existem há anos e são uma maneira fantástica de acompanhar as novas histórias publicadas na Web (descanse em paz, Google Reader).

A maneira mais fácil de publicar um podcast e configurar o feed RSS corretamente é contar com a ajuda de uma plataforma de podcast como o Anchor. O Anchor cuida de toda a hospedagem e distribuição para você e pode até ajudá-lo a gerar receita com seu podcast, se ele for popular o suficiente. O Anchor é totalmente gratuito, já que ele gera sua renda daqueles espaços de publicidade que ele ajuda você a encontrar.

Interface do Anchor, que ajuda a publicar podcasts em diversas plataformasCaptura de tela: Anchor

Anchor e outras plataformas similares captam áudio em todos os formatos comuns, incluindo WAV, MP3 e M4A. O formato que você usa depende de você, embora, obviamente, quanto maior a qualidade, melhor quando se trata de impressionar seus ouvintes. O Anchor limita o tamanho dos arquivos individuais que você pode enviar em 250 MB, mas isso deve ser suficiente.

Anchor não é a sua única opção. Alternativas como Libsyn (US $ 5 por mês) e Transistor ( US$ 19 por mês) custam mais do que o Anchor gratuito, mas oferecem um pouco mais de controle sobre distribuição e monetização, além de incluir mais recursos (como opções de conteúdo premium). O Buzzsprout, é uma boa opção se você precisar de algo que pode ser de graça (com anúncios) para planos pagos maiores à medida que o podcast for crescendo.

Qualquer que seja o serviço escolhido, você precisará de um lugar online para armazenar o áudio do podcast e gerar um feed RSS que você pode enviar para as várias bibliotecas existentes. O Soundcloud é outra opção – ele gera um feed RSS dos seus clipes automaticamente – mas você precisará pagar por uma conta Pro (de US$ 12 por mês) para contornar o limite de upload de três horas.

Há mais algumas questões a serem resolvidas para preparar seu podcast para o grande momento: você precisará de alguma arte de capa para ele, por exemplo, e não faz mal ter um site ou pelo menos um Twitter para acompanhar também, tudo isso você pode configurar gratuitamente (embora, se você tenha dificuldades no departamento do design, considere a possibilidade de encontrar um freelancer para fazer um trabalho artístico maneiro).

Comprando pelos links acima, você não paga nada a mais, e o Gizmodo Brasil ganha uma comissão.

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Twitter anuncia mais medidas para combater desinformação nas eleições dos EUA

Posted: 11 Oct 2020 07:15 AM PDT

O Twitter anunciou na sexta-feira (9) mudanças que têm como objetivo limitar a disseminação de conteúdos com informações erradas acerca das eleições de 2020, mesmo que tais conteúdos venham de dentro da Casa Branca.

Os ajustes estão entre os mais agressivos feitos por uma grande plataforma de rede social para combater a desinformação relacionada às eleições até o momento. Mas com o futuro da democracia norte-americana ameaçada pela tempestade de tuítes de Donald Trump e poucas semanas até o dia da eleição, o que nos resta é cruzar os dedos para que isso traga algum resultado.

A primeira mudança na plataforma inclui a adição de avisos de "informações enganosas" quando os usuários tentarem retuitar; os usuários também serão encorajados a citar o tuíte – ou seja, adicionar seus próprios comentários a um tuíte considerado "discutível" – em vez de simplesmente retuitar as informações enganosas sem contexto adicional. O Twitter não o impedirá de simplesmente compartilhar informações incorretas, mas espera que o "atrito extra" o faça pensar duas vezes antes de fazê-lo.

O Twitter também adicionará rótulos de advertência aos tuítes com informações incorretas de contas nos Estados Unidos com mais de 100.000 seguidores ou tuítes que estão se tornando virais. Ele fará o mesmo com figuras políticas dos EUA, incluindo os próprios políticos (Trump e seus lacaios) e campanhas (Trump, novamente). Os usuários terão que clicar na etiqueta de aviso para ver o tuíte, e os likes e retuítes serão desabilitados, permitindo apenas tuítes com citações.

Imagem: Twitter

Além disso, os algoritmos do Twitter responsáveis ​​pelos “curtido por” e “seguido por” que invadem sua timeline – que inserem conteúdo e contas de segunda ordem nos feeds dos usuários – estão sendo encerrados, pelo menos por enquanto. "Isso provavelmente vai desacelerar a velocidade com que tuítes de contas e tópicos que você não segue possam chegar até você, o que acreditamos ser um sacrifício que vale a pena para incentivar propagações mais conscientes e explícitas", escreveram os executivos do Twitter Vijaya Gadde e Kayvon Beykpour no blog da empresa.

Finalmente, chegamos aos trending topics, que historicamente tem sido uma avalanche de horrores sem fim. O Twitter diz que agora adicionará contexto adicional – como artigos resumindo um tópico específico – para cada tópico que aparece na página "Para você" para usuários nos Estados Unidos. A empresa começou a adicionar este contexto a alguns trends no início deste ano.

A maioria das mudanças começará a ser implementada em 20 de outubro e permanecerá em vigor pelo menos até o final da semana de 3 de novembro. As mudanças provavelmente são temporárias.

"O Twitter desempenha um papel crítico em todo o mundo, fortalecendo a conversa democrática, impulsionando a participação cívica, facilitando o debate político significativo e permitindo que as pessoas cobrem aqueles que estão no poder", escreveram Gadde e Beykpour. "Mas sabemos que isso não pode ser alcançado a menos que a integridade desse diálogo crítico no Twitter seja protegida de tentativas – tanto estrangeiras quanto domésticas – de miná-lo."

As mudanças do Twitter seguem as de outras plataformas importantes com o objetivo de limitar a disseminação de desinformação relacionada a eleições. Tanto o Facebook quanto o Google suspenderão a publicidade política após o encerramento das urnas em 3 de novembro, com o primeiro suspendendo adicionalmente os anúncios políticos e de questões sociais na semana anterior à eleição; O Twitter suspendeu os anúncios de políticos e campanhas totalmente no final do ano passado, mas outros grupos continuam capazes de veicular anúncios com base em questões específicas na plataforma. É claro que os anúncios são a menor de nossas preocupações quando são as postagens regulares diretamente do comandante do país que tendem a causar mais danos.

Imagem: Twitter

Devido a uma dependência histórica da votação por correio durante a pandemia de covid-19 em curso, é improvável que os Estados Unidos saibam quem será o próximo presidente na noite de 3 de novembro, ou mesmo nos dias ou semanas seguintes. Trump e o vice-presidente Mike Pence se recusaram a concordar com uma transferência pacífica de poder (o rival democrata Joe Biden prometeu ceder pacificamente se perder), e é nos momentos frágeis entre o fechamento das urnas na noite da eleição e a contagem de votos sendo certificada que temos que nos preocupar com ele falsamente alegando vitória.

Trump poderia tentar roubar a eleição em qualquer plataforma, mas todos nós sabemos onde o presidente norte-americano prefere operar. Nesse sentido, os esforços parecem destinados ao fracasso: tanto o Twitter quanto o Facebook dizem que irão adicionar um "rótulo" ao conteúdo que afirma falsamente a vitória na eleição. Nada impedirá essas afirmações de serem repetidas, capturadas e transmitidas no noticiário noturno. Se isso é o melhor que temos, você pode começar a planejar sua rota de fuga agora.

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