quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Gizmodo Brasil

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Após anos, Apple finalmente fez um iPhone para quem tem mãos pequenas

Posted: 14 Oct 2020 03:05 PM PDT

Montagem por Andrew Liszweski/Gizmodo e Alex Cranz/Gizmodo com imagem do iPhone 12 Mini, da Apple

Desde que abri a caixa do meu iPhone 6 e encontrei um aparelho gigante, impossível de caber no meu bolso e que não encaixava na minha mãozinha, lamentei: acabou a era dos telefones pequenos.

Parecia que nós, pessoas com mãos pequenas, tínhamos sido forçados a pagar algum tipo de imposto da mãozinha: escolher um aparelho mais barato e significativamente menos potente e futurista, como o iPhone SE, ou um de tamanho mais generoso mas proibitivamente caro, como o iPhone 11 Pro. Com o iPhone 12 Mini, finalmente fomos contemplados!

Nossos irmãos com aparelhos Android continuam a ter dificuldades. Fabricantes de telefones como Samsung, LG e OnePlus têm usado telas cada vez maiores. Os raros smartphones pequenos com Android geralmente têm os mesmos problemas do iPhone SE: tecnologia desatualizada e hardware fraco. Além disso, normalmente são difíceis de encontrar — sem contar, óbvio, os aparelhos com propostas nada convencionais.

Mas finalmente! Finalmente! Os fãs do iPhone têm um celular verdadeiramente pequeno e que parece ter um bom equilíbrio entre hardware atualizado, design e preço. Finalmente teremos um telefone que podemos enfiar no bolso sem precisar comprar calças novas.

O iPhone 12 Mini de US$ 700 custa quase o mesmo que os celulares costumavam custar antigamente, antes de todos os fabricantes se tornarem gananciosos. Ele é, inclusive, menor do que esses aparelhos.

Com 131,5 mm x 64,2 mm mm x 7,4 mm (A x L x E), o iPhone 12 Mini é 15 mm menor que o iPhone 12 e o iPhone 12 Pro (146,7 mm x 71,5 mm x 7,4 mm) e menos largo. É quase 3 cm menor que o iPhone 12 Pro Max, que tem 160,8 mm x 78,1 mm x 7,4 mm.

É menor que o iPhone SE também (138,4 mm  x 67,3 mm x 7,3 mm). Visto que o iPhone SE (2020) tem as mesmas dimensões do iPhone 7 e iPhone 8, isso significa que o novo Mini também é menor que eles. É ainda menor que o iPhone 6 e iPhone 6s! Ambos tinham 138,3 mm x 67,1 mm x 7,1 mm.

Na verdade, você precisa voltar até o iPhone SE original ou o iPhone 5 e 5s para encontrar um celular tão pequeno quanto o iPhone 12 Mini. Todos eles tinham 123,8 mm x 58 mm x 7,6 mm, mas a tela era de apenas 4 polegadas.

O iPhone 12 Mini tem uma tela de 5,4 polegadas com resolução 2.340 x 1.080 com impressionantes 476 pixels por polegada. Em comparação, a tela de 6,1 polegadas do iPhone 12 e do iPhone 12 Pro tem 460 pixels por polegada.

Além da tela e das dimensões, não tem muita diferença entre o iPhone 12 e o iPhone 12 Mini. Ambos têm o processador A14 Bionic, uma lente com zoom óptico de 2x e uma ultrawide na traseira, contam com Face ID e tiram fotos e gravam vídeos no escuro. É possível até fazer gravações com Dolby Vision HDR a 30 fps — para ter um frame rate maior, só comprando um iPhone 12 Pro que grava em até 60 fps.

A única desvantagem real que eu vi até agora depois de dar uma olhada nas especificações é que o iPhone 12 Mini promete 15 horas de duração de bateria, enquanto o iPhone 12 promete 17 horas. Então, é possível ter um telefone mais barato, com uma tela de resolução alta, quase todos os mesmos recursos de um telefone mais caro e que cabe na minha mão de forma natural? E tudo que perco são duas horas de bateria?

Tenho certeza de que, se precisasse de um novo celular agora, estaria plenamente satisfeita com essa troca. Finalmente pessoas com mãozinhas obtiveram uma vitória.

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Facebook implementa nova política que deve impedir anúncios antivacina

Posted: 14 Oct 2020 02:54 PM PDT

À medida que os Estados Unidos começam a entrar na temporada de gripe, o Facebook decidiu que agora é a hora de emitir formalmente uma "proibição" de anúncios que desencorajam seus usuários de serem vacinados.

"A pandemia de COVID-19 destacou a importância dos comportamentos preventivos de saúde", disse a empresa em uma publicação em seu blog corporativo anunciando a mudança. "Embora os especialistas em saúde pública concordem que não teremos uma vacina contra COVID-19 aprovada e amplamente disponível por algum tempo, existem medidas que as pessoas podem tomar para se manterem saudáveis ​​e seguras. Isso inclui receber a vacina contra a gripe sazonal".

"Hoje, estamos lançando uma nova política global que proíbe anúncios que desencorajam as pessoas a serem vacinadas. Não queremos esses anúncios em nossa plataforma", acrescentou o Facebook, observando que a aplicação dessa nova regra "começará nos próximos dias".

É importante notar que este novo edital de anúncio é uma expansão das regras que a empresa instituiu para conteúdos antivacina há mais de um ano, quando anunciou que propagandas centradas em desinformação sobre vacinas seriam rejeitados imediatamente, com um potencial banimento de contas de anunciantes que violassem a regra mais de uma vez.

Ostensivamente, os anúncios destinados a convencer os usuários do Facebook a não serem vacinados estavam de alguma forma driblando essa regra e continuaram aparecendo – e isso continua acontecendo desde o ano passado – apesar do fato de caírem diretamente no reino da “desinformação sobre vacinas”. Inicialmente, a empresa estava tentando combater com seu conjunto de políticas, que também incluíam reduzir o alcance de grupos e páginas que "espalham desinformação sobre vacinas".

O que não ajuda no caso do Facebook é o esclarecimento da empresa de que os anúncios que são “a favor ou contra a legislação ou políticas governamentais sobre vacinas – incluindo uma vacina contra COVID-19 – ainda são permitidos”, desde que o anunciante em questão seja autorizado pelo Facebook para veicular anúncios com foco político, e o próprio anúncio incluir uma observação de qual página pagou pelo anúncio em questão.

É uma brecha que pode manter os legisladores dos EUA felizes, especialmente aqueles que se dedicam a propor projetos de lei antivacina. Mas também é uma brecha que prejudica seriamente a eficácia da posição pró-vacina declarada pelo Facebook, especialmente porque um anúncio que desqualifica a eficácia das vacinas é, bem, um anúncio que desqualifica a eficácia das vacinas.

Enquanto isso, as pessoas que estudam o movimento antivacina dizem que  exigir que um anúncio divulgue se está recebendo apoio  e obrigar a divulgação de seus financiadores reais são duas coisas muito diferentes.

Não muito tempo depois que o Facebook abandonou suas regras em torno dos anúncios antivacina no ano passado, uma equipe de pesquisadores publicou um artigo detalhando como mais da metade dos anúncios da plataforma sobre o assunto foram comprados por duas organizações – Stop Mandatory Vaccination e The World Mercury Project – que disseminaram sua presença em dezenas de páginas.

Essas páginas – que aparentemente pareciam ser esforços populares liderados por grupos de pais locais, em vez de Robert F. Kennedy Jr [um militante antivacina e sobrinho do ex-presidente dos EUA John F. Kennedy].– acabou comprando cerca de 54% do espaço de anúncios antivacina no Facebook.

Resumindo: esta atualização da política de anúncios parece ter sido criada com o propósito de nos levar a confiar mais na plataforma – um movimento que pode ajudar Mark Zuckerberg e companhia a resistir ao escrutínio dos reguladores federais que só vem aumentando. Mas em vez de acumular confiança, isso apenas torna ainda mais claro o que faz do Facebook uma plataforma tão problemática para começar: mesmo quando a empresa redefine o que constitui uma “mensagem antivacina”, o resultado ainda é uma definição que é muito limitada para impedir qualquer anúncio do tipo. E como a plataforma já provou ter dificuldades com anúncios que contêm informações incorretas sobre a pandemia atual, você deve se perguntar se essa atualização mudará, de fato, alguma coisa na plataforma.

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Redução de lixo eletrônico pela Apple é boa. Só faltou avisar os usuários, né?

Posted: 14 Oct 2020 12:42 PM PDT

Apple fones de ouvido EarPods. Imagem: Canonicalized

Ontem (13) a Apple apresentou uma nova linha de produtos, incluindo quatro modelos de iPhone 12. Obviamente, muitas pessoas já estão de olho nos novos aparelhos. Mas como jornalista que escreve sobre o clima, o maior destaque para mim foi o fato de que a companhia parece (parece) mais preocupada com o meio ambiente ao tentar reduzir o lixo eletrônico produzido por produtos descartados.

Claro que minha recomendação é você manter seu iPhone atual em vez de comprar um novo. Isso se você é o tipo de pessoa que se preocupa com questões ambientais. No entanto, caso você precise ou queira comprar um iPhone 12, já saiba que ele virá com uma carga ética mais leve que o normal, já que a Apple anunciou que não incluirá mais os fones de ouvido EarPods, nem adaptadores de tomada nas caixas dos novos iPhones.

Lisa Jackson, vice-presidente de iniciativas ambientais da Apple, disse durante o evento da última terça-feira que existem atualmente 700 milhões de fones de ouvido Lightning e 2 bilhões de adaptadores de parede em circulação. Isso é muito plástico e metal solto por aí, sendo perdido, jogado no lixo ou deixado parado. Eu mesmo estimo que cerca de 12.448 desses fones de ouvido estão guardados na minha gaveta.

Sinceramente? Os EarPods são muito ruins e, pelo menos para os meus ouvidos, muito desconfortáveis. Eles também não funcionam com qualquer outro dispositivo que tenha um conector de 3,5 milímetros, o que inclui os próprios MacBooks mais novos da Apple. Resumindo: eles estão entre os itens mais inúteis que a Apple cria, mas a empresa continua a enviá-los com iPhones há anos.

Remover da caixa do iPhone os fones de ouvido e adaptadores de tomada – outro item que você certamente possui aos montes se comprou um smartphone na última década – reduz o peso da embalagem e diminui as emissões de carbono produzidas como resultado dos produtos Apple. Mas também pode reduzir a quantidade de lixo que vai para aterros sanitários.

Um relatório recente das Nações Unidas mostra que o mundo jogou fora 53,6 milhões de toneladas métricas de lixo eletrônico em 2019 – uma quantidade recorde. Embora o estudo não divulgue especificamente os fones de ouvido, muito menos os EarPods da Apple, ele mostra que o lixo eletrônico feito de pequenos equipamentos de TI e telecomunicações foi responsável por 4,7 milhões de toneladas métricas de todo o lixo eletrônico gerado no ano passado.

O relatório da ONU ainda observa que apenas 17,4% do lixo eletrônico é formalmente reciclado, enquanto o restante é depositado em aterros ou acaba poluindo comunidades ou o mundo natural, devido à natureza quebrada de nosso sistema de reciclagem e ao fato de ser difícil para uma pessoa comum descobrir o que fazer com fones quebrados ou outro lixo eletrônico.

Apesar de medidas mais regulatórias estarem sendo implementadas para lidar com o lixo eletrônico assim que for gerado, uma das melhores coisas a fazer seria diminuir esses componentes direto na fonte. A Apple não vai mais enviar equipamentos para os compradores do iPhone que eles provavelmente não precisam, o que é um bom começo. Isso não isenta a companhia de outros problemas, pois ainda tem um longo caminho a percorrer para consertar o descarte de AirPods e o fato de que seus esforços de reciclagem ainda não são significativos. E o fim do carregador em si pode criar problemas para os proprietários de iPhone.

"Esta é uma ótima notícia no que diz respeito ao lixo eletrônico. No entanto, é muito interessante que eles estejam enviando um cabo Lightning para USB-C em vez de USB-A. É a direção certa, mas agora os clientes não podem usar seus antigos adaptadores de carregamento USB-A – o que essencialmente anula a ideia de que todo mundo já tem esse tipo de adaptador. Eles terão comprar um novo acessório de qualquer maneira", disse Carsten Frauenheim, engenheiro de desmontagem do iFixit, especializado em desmontar aparelhos eletrônicos.

iPhone 12Toda a linha iPhone 12 não virá com adaptador de tomada, nem fones de ouvido. Imagem: Apple

Na prática, faltou mais transparência da Apple, que poderia ter avisado antes seus clientes de que removeria itens essenciais para o funcionamento dos iPhones. E trata-se de uma questão com várias ramificações: quem tem um iPhone 11 Pro de 2019 e for atualizar para o iPhone 12, talvez não encontre dificuldades caso tenha mantido os fones e carregadores anteriores. Mas usuários de iPhone 11 ou versões anteriores que adquirirem um iPhone 12 (independentemente do modelo), certamente precisarão de um adaptador USB-C para Lightning ou de fones EarPods também no padrão Lightning.

A decisão da Apple em remover esses itens da caixa dos iPhones, mesmo sendo um começo na tentativa de reduzir o lixo eletrônico no mundo, talvez fosse vista com mais aceitação se acontecesse no universo Android. A grande maioria dos smartphones que rodam o sistema móvel do Google possuem o mesmo padrão conector – USB-C para USB-C, então faria todo o sentido as fabricantes não incluírem mais um adaptador de tomada na embalagem dos produtos.

A não-inclusão dos fones de ouvido seria uma coisa mais complicada, mas já existe entre os aparelhos Android. A Xiaomi, por exemplo, não inclui o acessório em alguns de seus principais celulares. Fato é que essa ação talvez fosse bem menos impactante no Android agora de início, o que não significa que as empresas que desenvolvem smartphones Android não adotem esse movimento iniciado pela Apple. Quem lembra quando a companhia removeu a entrada P2 para fone de ouvido no iPhone 7? Não levou nem um ano para a concorrência seguir o mesmo caminho.

O direito de consertar o problema do lixo eletrônico é o maior ponto cego ambiental da Apple, tornando mais difícil para os usuários arrumarem os dispositivos que já possuem. Permitir que eles consertem os próprios aparelhos de forma barata, sem anular a garantia, reduziria as emissões de carbono envolvidas na fabricação de novos produtos, bem como no lixo eletrônico quando vão parar no lixo ou na reciclagem. Isso também afetaria os lucros da Apple quando lançar um novo iPhone.

Então, embora eu esteja definitivamente empolgado com o que não terei depois de encomendar um novo iPhone depois de matar o meu atual, é claro que a Apple ainda tem um longo caminho a percorrer para adotar políticas mais limpas e benéficas para o meio ambiente.

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Após caronas, BlaBlaCar passará a vender passagens de ônibus pela internet

Posted: 14 Oct 2020 11:54 AM PDT

Imagem mostra mulher mexendo em um smartphone com um ônibus ao fundo. Crédito: BlaBlaCar

O negócio da BlaBlaCar no Brasil foi sempre conectar motoristas e passageiros para caronas. Nesta quarta-feira (14), a companhia anunciou a entrada em um novo nicho. No caso, a plataforma se tornará um marketplace de passagens de ônibus intermunicipais e interestaduais, possibilitando a venda de tíquetes de várias empresas no Brasil.

De modo simplificado, a opção de buscar por passagens de ônibus estará incorporada à plataforma de busca de caronas. Assim, ao procurar por um destino, serão exibidas tanto opções de carona de carro como trajetos de ônibus.

Após comprar a passagem de ônibus, o usuário receberá um e-mail com um voucher, que ele deve apresentar a um guichê da viação na rodoviária e retirar o bilhete. Caso a companhia ofereça QR Code, não será necessário todo este trabalho. Basta se dirigir ao ônibus e fazer o embarque utilizando o próprio smartphone. No início, as vendas serão feitas apenas via cartão de crédito

A plataforma diz que eles têm parceria com mais de 40 empresas do mercado rodoviário, como Santa Cruz, Itapemirim, Garcia, Agua Branca, Serra Azul, entre outras. Neste primeiro momento, 16 já estão integradas para venda de passagens.

A BlaBlaCar entra em um mercado em que já atuam empresas como ClickBus, GuichêVirtual e Rodoviária Online. A empresa acredita que vai se diferenciar por oferecer diferentes modalidades de transporte (quem não quiser ônibus, vai de carona de carro) e uma taxa de conveniência menor.

"Nossa taxa de conveniência é até 50% menor do que em portais equivalentes, e ainda estamos em negociação com nossos parceiros para oferecer preços e descontos exclusivos", disse Ricardo Leite, country manager da BlaBlaCar, durante evento virtual.

Em alguns países europeus, a própria BlaBlaCar opera uma empresa de ônibus chamada BlaBlaBus em que oferece serviço semelhante. Por aqui, a companhia decidiu entrar com o modelo de marketplace por algumas razões. Primeiro, o Brasil é gigantesco e ter uma frota considerável exigiria um mega investimento. Segundo, já existem muitas empresas de ônibus por aqui. E, por fim, a empresa já conta com uma solução tecnológica para oferecer o serviço — no início do ano, a empresa francesa comprou o marketplace de passagens russo Busfor.

Analisando as partes envolvidas, parece ser uma operação em que ambas ganham. Da parte da BlaBlaCar, a companhia ganha uma comissão na venda de passagens; por parte das empresas de ônibus, elas poderão ter acesso a um público novo e ainda reduzir a capacidade ociosa de viagens fora de temporada.

O Brasil é um país gigantesco e majoritariamente rodoviário — não temos por aqui uma grande malha de transporte ferroviário e passagens de avião podem ser caras. Segundo a BlaBlaCar, são feitas 150 milhões de passageiros de ônibus por ano e apenas 10% das vendas são online. Ao todo, existem 200 empresas de ônibus no Brasil. Então, ter uma plataforma que facilite isso, deve ajudar bastante quem viaja pelo Brasil, ainda mais em tempos de pandemia e que as opções de viagem para o exterior estão bem limitadas.

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Beats Flex prometem facilidade dos AirPods com preço bem menor: R$ 579

Posted: 14 Oct 2020 10:59 AM PDT

No meio de toda a doideira do anúncio do novo iPhone 12, um pequeno detalhe pode ter passado batido: os novos iPhones não vêm com fone. Isso significa que, se você não tiver um par sobrando por aí, terá que comprar um. Convenientemente, a Beats, que é uma marca da Apple, lançou seu mais novo fone, o Beats Flex.

Lá fora, ele custa US$ 50, o que faz dele o fone mais barato da marca da maçã. Por aqui, ele chegará no ano que vem custando R$ 579. Apesar disso, ele oferece a mesma compatibilidade com o iPhone que os AirPods, que são bem mais caros — por aqui, eles estão saindo por R$ 1.899. Parece que a estratégia da empresa é bem evidente.

Mas o Beats Flex parece ter muito a oferecer. Os novos fones de ouvido são a próxima geração do design clássico do Beats X, que envolve um fio que fica atrás do pescoço — a diferença é que o Beats X foi lançado por US$ 150. E embora fone sem fio pareça ser o padrão agora, nem todo mundo quer (ou quer gastar dinheiro com) um par de fones de ouvido minúsculos que podem ser facilmente separados ou perdidos.

Sim, fones Bluetooth com esse fiozinho unindo as partes costumam ser bem baratos. O que diferencia o Beats Flex é sua compatibilidade com iPhones. Ele inclui o chip W1 da Apple, o que significa que tudo o que você precisa fazer é ligar os fones de ouvido ao lado do iPhone e eles irão se conectar instantaneamente. Você também obtém recursos do AirPods, como alternar entre aparelhos Apple que estão tocando música, compartilhar áudio com amigos que estão usando outro Beats ou AirPods e verificar o status da bateria do fone no seu iPhone.

Ao contrário dos AirPods, no entanto, o Beats Flex possui uma porta USB-C em vez da Lightning (aleluia!). O Flex promete bateria de 12 horas, e uma carga rápida de 10 minutos promete 1,5 horas de música se a bateria estiver quase sem carga.

Na parte de áudio, a Beats atualizou o Flex com um novo driver acústico e um novo microfone para melhorar o som, e algum processamento digital em segundo plano irá melhorar ainda mais o áudio. Os fones são magnéticos: eles pausam a música quando encaixados um no outro e começam a tocar novamente quando estão em seus ouvidos.

Algumas pessoas vão ficar bravas com a falta de um fone na caixa do iPhone. Eu raramente usei os fones de ouvido incluídos, mas tê-los à mão em caso de problemas com os fones sem fio sempre foi reconfortante. Essa mudança forçada para o Bluetooth — que já era esperada há muito tempo — é bem irritante. Mas, pelo preço, os Beats Flex parecem um bom negócio.

Nos EUA, a pré-venda do Beats Flex começou nesta terça. Ele tem duas opções de cor: preto e amarelo. Eles chegam às lojas da Apple em 21 de outubro e a revendedores independentes em 20 de novembro. No Brasil, eles chegam às lojas no início de 2021 com mais duas opções de cor: cinza e azul.

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Disney vai priorizar lançar conteúdos para streaming em vez de investir em parques e cinemas

Posted: 14 Oct 2020 09:35 AM PDT

Disney+

A Disney anunciou nesta terça-feira (13) que está reestruturando seus negócios de mídia e entretenimento para concentrar investimentos no mercado de streaming – uma área que está prosperando na companhia, enquanto outras partes da Walt Disney Company lutam com os efeitos da pandemia do coronavírus.

Na verdade, o Disney+ tem sido um sucesso monumental desde que foi lançado no ano passado, com o CEO Bob Chapek revelando durante o relatório de lucros do terceiro trimestre que a plataforma alcançou 100 milhões de assinantes em agosto.

Agora, os três principais grupos de criação de conteúdo da empresa, que cobrem as áreas de estúdios, entretenimento geral e esportes, “serão responsáveis ​​pela produção e entrega de conteúdo para cinema e streaming, com o foco principal sendo os serviços de streaming da companhia". Em outras palavras, parece que o grande passo da Disney é se transformar na próxima Netflix.

"Estamos colocando o consumidor em primeiro lugar. Na verdade, é o consumidor quem vai tomar essa decisão. Eles vão nos liderar com a forma como tomam suas decisões transacionais. Agora mesmo, estão investindo fortemente seu dinheiro no Disney+", disse Chapek durante uma entrevista ao Closing Bell.

As empresas do grupo Walt Disney estão definitivamente sentindo os efeitos da crise global de saúde, à medida que devem se ajustar às novas exigências de distanciamento social e precauções para evitar o contágio de COVID-19. Muitos de seus filmes, como os de outros grandes estúdios, estão presos em uma espécie de limbo incerto em meio a fechamentos de cinemas. Olhe como exemplo o live-action de Mulan, que foi lançado diretamente no Disney+.

A rede de parques está uma verdadeira bagunça, e a Disney recentemente demitiu 28.000 funcionários como resultado de “capacidade limitada devido aos requisitos de distanciamento físico e a incerteza contínua em relação à duração da pandemia”.

Sem o fim imediato da pandemia de coronavírus à vista, os estúdios foram forçados a lançar seus filmes para multidões menores nos cinemas que estão abertos, mudar suas datas de lançamento de grande orçamento ou lançar filmes como itens premium de seus respectivos serviços de streaming. Para uma empresa verticalmente integrada como a Disney, e com uma plataforma que tem sido um tremendo sucesso, os lançamentos em streaming oferecem uma oportunidade de recuperar parte do que a empresa investiu, cobrando US$ 30 para transmitir filmes de grande sucesso antes de serem lançados meses depois oficialmente no Disney+.

No momento, a Disney parece estar fazendo o que praticamente todos os outros serviços de streaming estão fazendo agora: produzir conteúdo em um ritmo mais acelerado que o normal.

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“Padroeiro da internet”, programador de 15 anos é beatificado pela Igreja Católica

Posted: 14 Oct 2020 08:16 AM PDT

Há muitos candidatos para o evento mais cyberpunk de 2020. Que tal um clube de strip drive-thru com máscaras de gás para proteger os dançarinos de uma pandemia? Ou talvez centros de testes de COVID-19 patrocinados pela Pepsi. Ou um presidente largando suas funções para ficar nas redes sociais enquanto está em quarentena devido a uma doença infecciosa. A lista fica cada vez mais longa. Exemplo disso: é hora de um cibersanto.

Carlo Acutis faleceu devido a uma leucemia em 2006, aos 15 anos de idade. Desde então, sua notoriedade entre os católicos cresceu e, no sábado (10), ele foi beatificado em uma cerimônia na Basílica de São Francisco de Assis.

O menino era conhecido na igreja como um gênio quando se tratava de navegar no mundo moderno e na internet. Ele ajudou organizações católicas a manter seus sites e trabalhou em vários projetos de desenvolvimento pessoal, sendo o mais proeminente um catálogo online de milagres. Agora, ele está prestes a se tornar o primeiro santo millennial.

Saber lidar com tecnologias não é suficiente para a igreja conceder santidade a uma pessoa. A história da vida de um santo requer qualidades míticas. Sua mãe, Antonia Acutis, disse aos repórteres que não era muito religiosa antes de Carlo nascer e que foi seu filho que a aproximou da igreja. Segundo o relato dela, quando tinha apenas três anos de idade, ele já se sentia atraído pelas igrejas pelas quais a família passava na rua. Ele adorava rezar o rosário e um de seus desejos não realizados era viajar para todos os locais de milagres eucarísticos do mundo.

Sua obsessão pela fé católica combinou com seu amor pela tecnologia no início da adolescência, e Acutis começou seu trabalho divulgando o evangelho pela internet. Sua lista de boas ações inclui defender seus colegas de classe contra valentões na escola e a criação de uma rede de apoio para vários amigos cujos pais estavam se divorciando.

Após sua morte, pedidos para o processo de beatificação começaram, e Acutis conseguiu o primeiro passo para se tornar um "Servo de Deus" em 2013. Em 2018, foi proclamado "Venerável", e após a cerimônia do fim de semana, ele recebeu o título de "Abençoado".

Normalmente, para se tornar um santo, a igreja deve reconhecer dois milagres atribuídos ao candidato. No início deste ano, o papa aprovou um milagre em que um menino no Brasil, em Campo Grande (MS), teria sido curado de sua condição crônica que causava sérias dores abdominais depois de um paroquiano local adquirir uma relíquia da mãe de Carlo e pedir aos fiéis que orassem para que Acutis interviesse.

Mais relatos de milagres poderiam cumprir os critérios de santos padrão, mas de acordo com a NPR, o Papa Francisco também poderia intervir e dispensar a exigência.

De acordo com a Agência Católica de Notícias, Acutis se tornou um herói para os jovens católicos que podem achar outros santos desinteressantes. "Carlo dá corpo à aparência de um santo que joga videogame e usa a internet", disse um dos fãs de Acutis à agência. "Ele me desafia a examinar minha consciência e dizer: ‘Ok, fui chamado para ser um santo que usa a internet também. Estou a usando para divulgar o amor de Deus?’"

Após a cerimônia de beatificação, o corpo exumado de Acutis ficará em repouso em uma tumba de vidro para os peregrinos visitarem e venerarem até 17 de outubro. O corpo será exibido com o jeans e tênis Nike, como o menino gostava de usar em vida.

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Astrônomos registram ‘espaguetificação’ de estrela por buraco negro supermassivo

Posted: 14 Oct 2020 06:16 AM PDT

Imagem levemente avermelhada. No centro, um buraco negro representado por um círculo preto. Ele está parcialmente encoberto por uma forma comprida um pouco menos escuro. Uma estrela, representada por um círculo claro, está à esquerda do buraco negro. Dessa estrela sai um feixe de luz que vai ficando cada vez mais fino e segue em direção ao buraco negro.

Uma estrela a 215 milhões de anos-luz de distância foi aniquilada por um buraco negro supermassivo. Este foi o registro mais próximo já feito de uma espaguetificação estelar.

“Espaguetificação” não parece um termo muito científico, mas é uma descrição bastante precisa do que realmente acontece.

Uma estrela presa na órbita de um buraco negro supermassivo acabará atingindo uma espécie de ponto em que a gravidade destrói tudo. Não sendo mais capaz de manter sua integridade física, a estrela começa a entrar em colapso rapidamente em um processo conhecido como um evento de perturbação de maré de evolução rápida.

Quando isso acontece, fragmentos estelares explodem da estrela, formando um longo e fino fluxo. Metade dele é sugada em direção ao buraco negro; a outra metade é soprada de volta ao espaço. A fina corrente eventualmente alcança e se choca contra si mesma, liberando energia e formando um disco de acreção.

Difícil de imaginar? Aqui está um vídeo mostrando o processo:

A destruição produz um flash de luz brilhante, que os astrônomos podem observar na Terra. Alguns desses eventos são capturados todos os anos, mas uma nova pesquisa publicada na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society descreve o caso mais próximo de espaguetificação estelar já registrado, a 215 milhões de anos-luz de distância.

O evento, denominado AT2019qiz, foi registrado no ano passado e apareceu no centro de uma galáxia espiral localizada na constelação de Eridanus. A infeliz estrela tinha aproximadamente o mesmo tamanho do nosso Sol e foi dilacerada por um buraco negro supermassivo com cerca de 1 milhão de massas solares.

O evento foi inicialmente registrado pelo Zwicky Transient Facility, com observações de acompanhamento feitas com o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul e o New Technology Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO) e o MMT Observatory de Harvard e da Smithsonian, entre outras instalações. Astrônomos rastrearam por seis meses a chama que se desvanecia. O novo artigo foi liderado por Matt Nicholl, pesquisador da Universidade de Birmingham.

Estrelas espaguetificadas tendem a ser difíceis de estudar porque muitas vezes ficam nubladas por grandes quantidades de poeira e detritos. Felizmente, esse não foi o caso com AT2019qiz.

Os pesquisadores descobriram que, "quando um buraco negro devora uma estrela, ele pode lançar uma poderosa explosão de material que obstrui nossa visão", explicou Samantha Oates, astrônoma da Universidade de Birmingham, em um comunicado do ESO. Neste caso, no entanto, o AT2019qiz foi localizado logo após a estrela ser destruída, fornecendo uma visão clara do fenômeno.

"Como o pegamos cedo, pudemos ver a cortina de poeira e detritos sendo desenhada conforme o buraco negro lançava um poderoso fluxo de material, com velocidades de até 10.000 km/s", disse Kate Alexander, astrônoma da Northwestern University e coautora do estudo, em um comunicado da Harvard & Smithsonian. "Esta ‘olhada por trás da cortina’ é única. Ela forneceu a primeira oportunidade de localizar a origem do material que obscurece [esses eventos] e acompanhar em tempo real como ele envolve o buraco negro."

Isso permitiu que os cientistas detectassem o vazamento de gás quando a estrela foi rasgada em pedaços e seu material foi disparado em direção ao buraco negro. Este evento, que foi capturado em espectros ópticos, de raios-X, ultravioleta e de rádio, agora fornecerá um excelente estudo de caso para como a matéria se comporta em torno de buracos negros supermassivos.

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Uma inteligência artificial que analisou 500 mil estudos mostra como acabar com a fome no mundo

Posted: 14 Oct 2020 05:39 AM PDT

Acabar com a fome é uma das principais prioridades das Nações Unidas nesta década. Porém, o mundo parece estar em retrocesso, com um aumento de 60 milhões de pessoas passando fome nos últimos cinco anos para cerca de 690 milhões em todo o mundo.

Para ajudar a reverter essa tendência, uma equipe de 70 pesquisadores publicou uma série histórica de oito estudos na Nature Food, Nature Plants e Nature Sustainability na segunda-feira (12). Os cientistas se voltaram para o aprendizado de máquina para examinar 500.000 estudos e white papers que descrevem o sistema alimentar mundial. Os resultados mostram que existem caminhos para enfrentar a fome mundial nesta década, mas também que existem enormes lacunas no conhecimento que precisamos preencher para garantir que essas rotas sejam equitativas e não destruam a biosfera.

Apesar da explosão no número de pesquisas, problemas intratáveis ​​como a fome no mundo permanecem e estão piorando em alguns casos. Em parte, isso ocorre porque as novas informações estão ultrapassando nossa capacidade de realmente transformá-las em conhecimento e sabedoria. A grande aceleração começou nos anos 1700 e entrou em alta na era da internet; pesquisas mostram uma duplicação das citações científicas na última década, em comparação com uma taxa de duplicação do século no século 18. Usar o aprendizado de máquina para analisar essa montanha crescente de informações é uma maneira importante de entender tudo isso.

Os pesquisadores do Ceres2030, um grupo de cientistas e economistas climáticos, sociais e agrícolas, estão trabalhando para responder à pergunta de como cumprir a meta de erradicar a fome nesta década. É um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, um conjunto importante de ideais em que o mundo não conseguiu fazer nenhum progresso significativo. Para ajudar a colocar as coisas no trilho, a equipe do Ceres2030 utilizou inteligência artificial para ver o que as pesquisas mostram que foi eficaz. As revisões de pesquisas anteriores podem ser um processo meticuloso que leva meses ou até anos para ser concluído.

Mas depois de empregar uma série de algoritmos em sua maioria prontos para uso e treiná-los para o que eles procuravam, a equipe os liberou para analisar 500.000 estudos sobre práticas agrícolas e intervenções de desenvolvimento para ajudar a melhorar a produtividade ou reduzir a fome. Demorou uma semana para o aprendizado de máquina reduzir o conjunto de dados de estudos àqueles que são realmente úteis.

A alimentação dos próprios dados revelou, na verdade, uma fraqueza na forma como a pesquisa é classificada. White papers e resumos de políticas públicas – ou o que os cientistas chamam de "literatura cinzenta" – costumam estar escondidos em sites de agências construídos na era das trevas do desenvolvimento da web e "carecem até mesmo de recursos básicos para selecionar e baixar várias citações", de acordo com o estudo. Isso por si só aponta para a necessidade de limpar a internet de modo que todas as informações sejam acessíveis, e principalmente úteis.

Investimentos e infra-estrutura

Os resultados, juntamente com outra análise feita pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura e pelo Centro Alemão de Pesquisa para o Desenvolvimento, mostram que o mundo precisa arrecadar apenas US$ 14 bilhões por ano nesta década para acabar com a fome, o dobro dos níveis atuais. Para efeito de comparação, US$ 14 bilhões é cerca de 2% do que os EUA gastam com forças militares todos os anos.

"O mundo produz alimentos suficientes para alimentar todos. Portanto, é inaceitável que 690 milhões de pessoas estejam subnutridas, 2 bilhões não tenham acesso regular a quantidades suficientes de alimentos seguros e nutritivos e 3 bilhões de pessoas não possam pagar por dietas saudáveis​​", disse Maximo Torero, economista-chefe da FAO, em um comunicado. "Se os países ricos dobrarem seus compromissos de colaboração e ajudarem os países pobres a priorizar, direcionar adequadamente e ampliar intervenções econômicas em pesquisa e desenvolvimento agrícola, tecnologia, inovação, educação, proteção social e facilitação do comércio, podemos acabar com a fome até 2030".

A análise de aprendizado de máquina mostra onde esse dinheiro pode ser direcionado para obter o máximo de ajuda. Por exemplo, os resultados mostram que mais de três quartos das pequenas propriedades estão localizadas em áreas com escassez de água. Essas áreas provavelmente sofrerão mais estresse hídrico no futuro, à medida que o planeta esquentar.

Para ajudar os agricultores a enfrentar a situação, a análise de aprendizado de máquina dos estudos existentes revelou a importância de investir na pecuária e melhorar o acesso a redes de dados de telefones celulares. O primeiro pode ajudar a melhorar a produtividade, enquanto o último pode ajudar a obter previsões meteorológicas e definir quando aplicar fertilizante entre as chuvas para minimizar o escoamento e o desperdício.

Aqui, no entanto, é onde o toque humano entra. Os pesquisadores também descobriram que, embora a análise do aprendizado de máquina tenha apontado os benefícios dessas duas intervenções como formas direcionadas de reduzir o uso excessivo de recursos e fornecer uma camada de diversidade na renda, havia lacunas. Muitos dos estudos obtidos pela inteligência artificial não incluíram variáveis-chave como gênero e, até a década passada, poucos examinavam os impactos ambientais.

Em um mundo onde as mulheres representam 43% das agricultoras e trabalhadoras agrícolas, mas arcam com fardos desproporcionais quando se trata de trabalho e da quantidade de terra que possuem ou trabalham, buscar intervenções que possam ajudar especificamente as mulheres é de extrema importância para acabar com a fome, além de cumprir outros Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, como erradicar a pobreza (o primeiro objetivo) e alcançar a igualdade de gênero (o quinto objetivo).

A análise também mostra que muitos estudos anteriores focaram amplamente nos rendimentos das colheitas, em vez de melhorar o bem-estar humano, que é uma métrica de sucesso muito mais holística – e eu diria que mais importante. Poucos estudos levaram em consideração a nutrição, não há uma métrica para safras ou como preparar os agricultores para as mudanças climáticas futuras. Essas áreas requerem mais pesquisas e rápido para que os investimentos para acabar com a fome sejam gastos com sabedoria.

Outros grupos também apresentaram ideias sobre como equilibrar o bem-estar e o planeta por meio de correções em nossas dietas, desperdícios de alimentos e sistemas agrícolas, com destaque para o relatório EAT-Lancet do ano passado. Os resultados de todo esse trabalho, mas principalmente a nova análise de aprendizado de máquina, apontam quanto trabalho ainda falta ser feito e por que uma abordagem tecnocrática por si só não vai resolver isso.

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Farmacêutica pausa tratamento com anticorpos para COVID-19 por preocupações com segurança

Posted: 14 Oct 2020 04:11 AM PDT

Placa com o logo da Lilly em um gramado.

A empresa farmacêutica Eli Lilly é a mais recente companhia a interromper temporariamente um de seus ensaios clínicos relacionados ao COVID-19. O ensaio de Fase III envolvendo um tratamento experimental com anticorpos para pacientes com a doença viral, que é financiado pelo governo dos EUA, foi interrompido devido a uma “potencial preocupação de segurança”, de acordo com e-mails governamentais obtidos pelo New York Times na tarde de terça-feira (13).

De acordo com o NYT, funcionários do governo enviaram e-mails na terça-feira anunciando a pausa aos cientistas envolvidos no teste. Os e-mails supostamente disseram aos pesquisadores para cessar o recrutamento de novos voluntários por uma “abundância de cautela”. A Eli Lilly confirmou separadamente a pausa em um comunicado, segundo o jornal.

O ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo, conhecido como ACTIV-3, está programado para incluir 10 mil voluntários hospitalizados com COVID-19. Quem for participar receberá uma infusão intravenosa do coquetel experimental de anticorpos feito em laboratório, chamado LY-CoV555, junto com o tratamento padrão (este tratamento padrão incluiria o medicamento antiviral remdesivir, que se mostrou promissor na redução da duração da doença). Espera-se que esses anticorpos monoclonais possam reforçar com segurança a resposta imune natural do corpo à infecção, prevenindo ou diminuindo sintomas graves.

A decisão de interromper o teste ocorre menos de um mês após a empresa ter relatado dados promissores, mas preliminares, de ensaios anteriores menores. Esses dados descobriram que as pessoas com quadro leve a moderado que receberam o anticorpo tinham menos probabilidade de serem hospitalizadas ou de precisar ir ao pronto-socorro do que aquelas que receberam o placebo. Também pareceu descobrir que o tratamento não estava relacionado a nenhum efeito adverso sério.

Atualmente, não se sabe quais preocupações de segurança exatamente levaram à suspensão deste ensaio, nem quantos voluntários podem ter sido afetados por isso. Nem a Eli Lilly nem o National Institutes of Health responderam a um pedido de comentário do Gizmodo.

A pausa do teste de Eli Lilly é a segunda nos últimos dias. Na segunda-feira (12), a Johnson & Johnson suspendeu seu ensaio de uma vacina experimental para o novo coronavírus, depois que uma "doença inexplicada" foi descoberta em um de seus voluntários.

As pausas de segurança não são incomuns durante os estudos de drogas e vacinas e não levam necessariamente ao fracasso de um ensaio clínico. Sem mais detalhes, não está claro o quão preocupados devemos estar com o futuro desses tratamentos.

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