sábado, 3 de outubro de 2020

Gizmodo Brasil

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Em parceria com o TSE, Twitter vai destacar conteúdos informativos durante as Eleições 2020

Posted: 02 Oct 2020 03:26 PM PDT

Twitter e TSE. Imagem: Joshua Hoehne (Unsplash)

Na última quinta-feira (1°), WhatsApp e Google anunciaram parcerias com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para destacar informações pertinentes sobre as Eleições 2020, além de fechar o cerco contra o compartilhamento de notícias falsas. Agora, o Twitter se junta ao time com um novo recurso para os usuários da plataforma.

Toda vez que você fizer uma busca por termos relacionados às Eleições dentro da rede social, o primeiro resultado da pesquisa a aparecer no topo da lista será uma notificação com um link para a página do TSE. A página reúne dados úteis sobre o processo eleitoral e as medidas sanitárias para a prevenção do novo coronavírus no dia da votação.

Twitter e TSE parceria

Imagem: Twitter

Também serão destacadas transmissões de eventos ao vivo realizados pelo Tribunal durante o período eleitoral, como coletivas de imprensa concedidas pelo órgão nos dias de votação. Além disso, conteúdos produzidos pela conta do TSE serão veiculados na conta oficial do Twitter Brasil.

E como não poderia deixar de ser, o Twitter lançou duas hashtags temáticas que vão valer durante as Eleições deste ano. Ao usar as tags #Eleições2020 e #SeuVotoTemPoder, serão exibidos emojis de uma urna eletrônica e do botão verde "Confirma", respectivamente.

Embora queira facilitar o acesso a informações relacionadas às Eleições, o Twitter não anunciou nenhuma ação para combater a disseminação de fake news na rede social.

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Novo notebook HP Spectre x360 14 tem tela mais alta e CPU Intel de 11ª geração

Posted: 02 Oct 2020 02:35 PM PDT

Os notebooks premium Spectre x360 da HP já estão entre os 2 em 1 mais completos e atraentes do mercado. Mas o novo conversível de 14 polegadas à linha ostenta uma tela 3:2 maior e mais alta, juntamente com especificações atualizadas para uma produtividade ainda melhor.

Para o mais novo membro da linha Spectre, parece que a HP está realmente tentando criar a máquina perfeita para trabalhar em casa, combinando a flexibilidade de um 2 em 1 com o espaço extra de uma tela de 14 polegadas na proporção 3:2. A HP diz que o Spectre x360 14 tem a mesma visibilidade de um notebook de 15 polegadas em um corpo que é mais próximo do tamanho do laptop padrão de 13,5 polegadas.

E graças à sua capacidade de se transformar nos modos de tablet e apresentação, o x360 14 deve ser igualmente hábil para trabalhar em uma mesa, sofá ou cama.

Foto: HP

Quando se trata de desempenho, o Spectre x360 14 tem a certificação Intel Evo, o que significa que inclui uma variedade de processadores Intel de 11ª geração e placa de vídeo Intel Iris Xe e foi testado para oferecer qualidades como boot instantâneo (de menos de um segundo), carregamento rápido, bateria de longa duração (pelo menos nove horas com resolução Full HD) e suporte para Wi-Fi 6 e Thunderbolt 4.

Dito isso, a coisa mais impressionante para mim são todos os pequenos recursos e refinamentos que a HP adicionou para tornar o laptop mais simples e, espero, mais fácil de usar. O touchpad é mais de 16% maior do que antes, e as bordas da tela também ficaram menores, resultando em uma forte proporção tela-corpo de mais de 90%. A HP ainda inclui dois tipos de certificados de filtro de luz azul (Eyesafe e TUV Rheinland) para ajudar a evitar que cores vivas estraguem seus padrões de sono.

Enquanto isso, para quem optar por uma das telas OLED opcionais da HP, o Spectre X360 14 inclui um recurso Auto Color para que você não precise se perguntar se a imagem que está vendo tem cores mais exageradas do que em um LCD tradicional.

E para ajudar a equilibrar o desempenho, o Spectre também inclui Smart Sense, que supostamente pode identificar a posição do laptop, em que tipo de superfície ele está (como uma mesa ou seu colo) e que software você está usando. De posse dessas informações, ele pode reduzir o calor para proteger sua virilha de superaquecimento ou diminuir o desempenho enquanto você assiste a um filme para ajudar a preservar a vida útil da bateria.

E para garantir que sua vida profissional permaneça separada de sua vida privada, a HP inclui botões dedicados para fechar a webcam e silenciar o microfone. Estes têm sido bastante comuns em dispositivos dessa linha ultimamente — tomara que outros fabricantes de laptops sigam o exemplo.

Honestamente, o Spectre x360 14 é um dos notebooks mais completos a chegar no mercado neste semestre. A única coisa que ele não tem é uma câmera infravermelha embutida para o Windows Hello, embora tenha um sensor de impressão digital.

Embora o design do Spectre x360 14 continue com a mesma linguagem geral que a HP tem usado em seus laptops premium nos últimos dois anos, também tenho que dar crédito à marca por ter um dos chassis mais únicos e atraentes do mercado. E com três pinturas para escolher (Nightfall Black com cobre, Poseidon Blue com bronze claro e Natural Silver), o Spectre x360 14 é inconfundível.

O HP Spectre x360 14 está programado para começar a ser vendido nos EUA em outubro a partir de US$ 1.200. E se você preferir algo um pouco menor ou quiser um design mais tradicional, a HP também atualizou o Spectre x360 13, o Envy 13 e o Envy x360 13 com novos chips Intel de 11ª geração. Eles também estarão à venda nos EUA em outubro e novembro.

Finalmente, caso você realmente queira 5G em seu Spectre, a HP está trabalhando nisso também com uma versão 5G do Spectre x360 13, mas ela só chega às lojas no início de 2021.

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Dell atualiza linha XPS 13 com processadores Intel de 11ª geração e Thunderbolt 4

Posted: 02 Oct 2020 01:40 PM PDT

Dell atualiza linha XPS 13 com processadores Intel de 11ª geração e Thunderbolt 4. Imagem: Dell

O XPS 13 já é o meu ultraportátil favorito no mercado, mas isso não significa que ele não poderia ter um desempenho ainda melhor. Pensando nisso, a Dell está atualizando o XPS 13 e o XPS 13 2-em-1 com novos processadores, memória RAM mais rápida e transferência de dados ainda mais veloz.

Para o XPS 13 padrão, as novidades estão menores. O aparelho mantém o mesmo corpo e design usados ​​no modelo anterior com um display de 13 polegadas, mas agora vem equipado com CPUs Intel Tiger Lake de 11ª geração, RAM LPDDR4 de 4,267 MHz mais rápida (contra 3,733 MHz da versão anterior) e uma nova porta Thunderbolt 4 para uma conectividade ainda melhor.

Quanto ao XPS 13 2-em-1, as mudanças são um pouco mais substanciais. Além de manter as mesmas especificações do novo XPS 13 padrão, a Dell adicionou uma nova câmera infravermelha compatível com Windows Hello. A companhia também destaca que a tela conversível está 7% maior que nas gerações anteriores. E agora há duas novas opções de cores para escolher, nas seguintes descrições: “prata em tom platina e com interior de fibra de carbono preta” ou “gelo em tom branco ártico e com interior de tecido de vidro”.

Essas atualizações também estarão disponíveis no XPS 13 Developer Edition, que vem com o Ubuntu 20.04 LTS pré-instalado e, como o próprio nome sugere, é voltado para desenvolvedores. E para quem deseja mudar para o Linux, a Dell oferece a todos os donos de um XPS 13, independentemente do modelo, a opção de mudar para o Ubuntu gratuitamente por meio de um download de software, mesmo que a máquina venha com o Windows 10 instalado de fábrica.

Os novos dispositivos da linha XPS 13 já estão à venda nos Estados Unidos e Canadá. O XPS 13 padrão sai a partir de US$ 1.000 (R$ 5.657, na conversão atual), e o XPS 13 2-em-1 começa em US$ 1.250 (R$ 7.071).

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Estes fones sem fio têm pontas que prometem se moldar ao formato do seu ouvido

Posted: 02 Oct 2020 12:40 PM PDT

Já faz algum tempo que tenho dificuldade em encontrar um fone de ouvido que realmente se encaixe nos meus canais auditivos extremamente pequenos. E qual foi minha surpresa ao receber a notícia de que a Ultimate Ears, marca subsidiária da Logitech, está anunciando um fone para solucionar esse problema? É o que afirma a fabricante no lançamento do fones UE Fits, “moldado para se encaixar de maneira perfeita e individual em menos de um minuto”.

Devo admitir que a companhia conseguiu um feito surpreendente para chegar a esse produto. Usando um aplicativo complementar, os fones de ouvido possuem pontas em silicone com luzes LED embutidas para mapear os contornos do ouvido, e só então "endurecer” de forma ergonomicamente perfeita para o seu tipo de orelha. E tudo acontece em menos de um minuto. Além disso, a Ultimate Ears afirma que esse sistema de adaptação cria um ajuste confortável “sem pressão, dor ou irritação, mesmo após uso prolongado”.

Ultimate Ears lança fones de ouvido sem fio UE Fits. Crédito: Ultimate Ears

Imagem: Ultimate Ears

A parte externa do fone de ouvido, por sua vez, é uma cápsula no formato de um comprimido de pouco mais de dois centímetros de comprimento. Por causa da forma como eles se encaixam, a Ultimate Ears diz que eles são capazes de bloquear o ruído ambiente.

Os UE Fits têm autonomia de até oito horas com uma única carga, mas duram até 20 horas com a bateria extra do estojo de carregamento USB-C. A empresa ainda alega que os fones têm um alcance de sinal Bluetooth de aproximadamente 15 metros. Os fones também são à prova de suor e à prova d'água – o que é bom, se você é o tipo de pessoa que usa fones de ouvido enquanto se exercita (e seu ajuste deveria, em teoria, ser ideal para isso também).

Quanto aos controles de botão, você pode iniciar e parar a música, bem como atender chamadas com os próprios fones. Mas a fabricante diz que o aplicativo complementar permite a personalização de controle de botão para outros recursos, como suporte a assistentes de voz e pular faixas.

Os UE Fits já estão disponíveis em pré-venda, e por um preço não muito barato: US$ 249 (R$ 1.409 na conversão atual). Ele pode ser adquirido nas cores cinza claro, lilás ou azul-marinho. O envio do produto está programado para o final deste ano.

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Google quer se livrar das acusações de monopólio com um programa de US$ 1 bi para o jornalismo

Posted: 02 Oct 2020 10:59 AM PDT

Depois de passar a maior parte da última década sufocando as fontes de renda da indústria de mídia digital, o Google está finalmente recebendo as devidas críticas. Mais e mais pessoas estão percebendo que o monopólio da empresa sobre a publicidade digital é um dos culpados por trás de um número impressionante de demissões em massa na imprensa. Os reguladores estão percebendo que esse domínio digital pode constituir um sério problema antitruste. Tudo isso junto significa uma enorme dor de cabeça para o Google. A empresa, porém, acha que pode resolver os problemas com apenas uma coisa: um pagamento decente.

A mais recente tentativa da empresa de recuperar a boa vontade entre os editores é uma parceria de três anos e bilhões de dólares que vai para o produto mais novo da empresa, o Google News Showcase. O CEO Sundar Pichai revelou o Showcase em um blog post da empresa nesta quinta (1º), prometendo que destacaria a "curadoria editorial de redações premiadas", ao mesmo tempo que ajudaria essas redações a manifestar "relacionamentos mais profundos" com seus leitores.

O Showcase está estreando no aplicativo independente do Google Notícias para Android — os usuários do iOS vão receber a novidade “em breve”. Como o nome indica, o aplicativo começará literalmente a “mostrar” as principais matérias do dia como um carrossel no resumo diário personalizado do aplicativo.

Junto com as manchetes, o carrossel mostrará resumos da matéria em questão, artigos relacionados e mais coisas. E de acordo com o post de Pichai, recursos semelhantes de demonstração estão programados para vir para o feed do Google Discover e mecanismo de pesquisa “no futuro”.

Gráfico: Google/Getty Images

Eu sei, parece muito com qualquer aplicativo para ler notícias. Mas Pichai quer que você acredite que o Showcase — que está sendo testado com cerca de 200 “publicações importantes” no Canadá, na União Europeia e na América Latina antes de um lançamento mais amplo no futuro — não é apenas notícias. É o futuro das notícias:

O modelo de negócios para jornais — baseado em anúncios e receita de assinaturas — vem evoluindo há mais de um século, e o público já se voltou para outras fontes de notícias, incluindo rádio, televisão e, posteriormente, a proliferação da televisão a cabo e do rádio via satélite.

O subtexto aqui é que o Google possui uma parte de cada parte desses ecossistemas que Pichai mencionou. Quando começamos a recorrer aos podcasts para obter mais notícias, o Google ajustou seus sistemas de veiculação de anúncios para acomodar anúncios de áudio hiper-direcionados. Quando começamos a receber mais notícias por meio de nossos televisores inteligentes, esses sistemas também começaram a adotar recursos de segmentação por televisão. E quando autoridades forçaram o Google a dar aos editores uma parcela maior de seu dinheiro de publicidade, a empresa provou que não descarta abandonar seus próprios produtos de notícias em retaliação.

Com o anúncio do Showcase, o Google parece ter a impressão de que dar aos editores uma nova embalagem brilhante para as matérias e chamá-la de uma “abordagem distinta” é o suficiente para nos distrair — e distrair também os reguladores — das maneiras como seu modelo de negócios parece estar engolindo todas as fontes de notícias diante de nossos olhos.

A comissão que o Google normalmente cobra de um determinado editor parceiro é um segredo bem guardado, mas no ano passado a empresa abriu essa caixa preta um pouquinho para revelar que os editores geralmente ganham cerca de 69 centavos para cada dólar que um anunciante gasta em seu site.

De acordo com a própria página de suporte do Google que descreve sua plataforma voltada para editores, a empresa fica com uma fatia ainda maior das matérias que podem aparecer no mecanismo de busca do Google, com apenas 51% voltando para o editor em questão.

E, naturalmente, para as pessoas que querem pagar para apoiar seus sites de notícias locais, a empresa pede a seus editores parceiros que deem aos leitores a opção de assinar com sua conta do Google, prometendo-lhes que a tecnologia normalmente oferece um sério aumento no número de assinaturas. Mas quando esses leitores assinam por meio desse sistema, a empresa fica com 30% do dinheiro no primeiro ano e 15% para todos os anos depois disso.

Embora não possamos calcular sozinhos o que o Google pode estar ganhando com a indústria de mídia em geral (embora algumas pessoas tenham tentado), sabemos quanto o Google lucrou com a publicidade recentemente: documentos de 2019 para investidores de sua empresa controladora, a Alphabet, relatam que O Google obteve uma receita de cerca de US$ 98 bilhões naquele ano com anúncios de "buscas e outros".

Pense nisso em comparação com o que está sendo oferecido aos editores: US$ 1 bilhão, que dividido em três anos dá um pouco mais de US$ 333 milhões por ano. Isso não é apenas uma gota no enorme balde de dinheiro do Google, mas é improvável que vá para onde é mais necessário. Enquanto o blog post de Pichai sobre o Showcase promete que esta soma será direcionada a editores de "alta qualidade" para que eles possam exibir seu conteúdo de "alta qualidade", os dois maiores gigantes da publicidade de nosso tempo — Google e Facebook — provaram que não entendem o que isso realmente significa.

Em 2019, a guia de notícias dedicada do Facebook colocou as matérias do Breitbart entre as consideradas de alta qualidade e confiáveis. Sites focados em LGBTQ que usam as ferramentas do Facebook ou do Google para ganhar um dinheiro e bancar seu funcionamento descobriram que suas matérias foram erroneamente sinalizadas como pornográficas ou obscenas e desmonetizadas — ou eventualmente fechadas — como resultado.

O mesmo vale para os veículos voltados para leitores negros ou latinos, uma vez que os anunciantes tendem a considerar qualquer história envolvendo conversas sensíveis sobre raça ou imigração como muito "polêmica" para suas marcas — e para seu dinheiro. São esses pequenos detalhes burocráticos que, ao longo do tempo, resultam em perdas enormes (ou afastamentos por período indefinido) para as publicações envolvidas.

Eu poderia continuar aqui, mas em vez disso, vamos dar uma olhada nas observações finais de Pichai sobre o anúncio do Showcase, quando ele chama a mídia digital de “a última mudança” na maneira como consumimos nossas notícias:

A internet tem sido a mudança mais recente e certamente não será a última. Ao lado de outras empresas, governos e sociedades civis, queremos fazer nossa parte ajudando o jornalismo do século 21 não apenas a sobreviver, mas também a prosperar.

O tipo de truque que o Google está usando aqui e no exterior não aponta para uma empresa que quer que o jornalismo prospere e ponto final. Ele aponta para uma empresa que deseja prosperar nas costas dos jornalistas e quer que esses jornalistas recebam o pagamento insignificante que ela está oferecendo em troca. Pessoalmente, acho que merecemos mais do que isso.

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Após acusações de racismo, Twitter promete atualizar algoritmo de corte de imagens

Posted: 02 Oct 2020 09:52 AM PDT

Pessoa com o logotipo do Twitter ao fundo. Crédito: Leon Neal/Getty Images

O Twitter anunciou nesta quinta-feira (1°) que está mudando a forma como o algoritmo de corte automático de imagens vai operar na rede social. A atualização vem quase duas semanas depois que usuários acusaram a plataforma de racismo, já que o mecanismo parecia favorecer rostos brancos em vez de pretos.

Segundo o Twitter, os usuários terão mais liberdade para alterar a prévia de imagens antes de publicá-las no site, diminuindo a dependência da plataforma de um algoritmo de machine learning (aprendizado de máquina) que faz todo o trabalho. Apesar de não ter especificado como isso vai funcionar exatamente, a companhia afirma que irá “seguir os princípios de design ‘o que você vê é o que você obtém’ [também conhecido pela sigla WYSIWYG], ou seja, a foto que você vê na hora que estiver compondo um tweet é a imagem que irá aparecer em seu tweet publicado".

Na prática, isso significa que, antes de publicar um tweet com imagem, é muito provável que você tenha a opção de editar o preview daquela foto. Sem dúvida, é uma mudança bem-vinda, mas isso não acaba por completo com o problema de desigualdade do algoritmo. O próprio Twitter diz que “podemos ter algumas exceções, como fotos que não são do tamanho padrão ou são realmente longas ou largas".

Ainda não se sabe quando essas alterações serão implementadas na rede social.

A ferramenta de corte automático de imagens no Twitter foi lançada em 2018. Na época, a empresa explicou que o corte acontece por meio de um algoritmo, que por sua vez determina uma parte mais "saliente” da figura, em que seus olhos possivelmente vão olhar primeiro. Rostos parecem ser o item que o algoritmo mais prioriza, e aí veio a acusação de racismo.

Há cerca de 14 dias, vários usuários do Twitter fizeram testes que indicam uma priorização de rostos brancos em vez de pretos nas prévias de tweets. Mesmo usando variáveis distintas — por exemplo, deixar um rosto negro em proporção maior ao branco –, a rede social continuava destacando o rosto branco. Até com desenhos animados e cachorros o algoritmo deu preferência àqueles de tom mais claro.

Em um post no blog, o Twitter explica que o sistema de corte de imagens passou por uma análise inicial para detectar possíveis vieses, comparando a preferência do sistema sempre entre dois grupos demográficos (branco e negro, branco e indiano, branco e asiático, e homem e mulher) e combinando dois rostos na mesma imagem, a partir de uma seleção aleatória. O experimento foi repetido 200 vezes para cada par de categorias demográficas.

O Twitter complementa dizendo o seguinte:

Embora nossas análises até o momento não tenham mostrado viés racial ou de gênero, reconhecemos que a maneira como cortamos as fotos automaticamente significa que há potencial para danos. Deveríamos ter feito um trabalho melhor ao imaginar essa possibilidade quando estávamos projetando e construindo este produto. Estamos conduzindo análises adicionais para deixar nossos testes mais rigorosos. Além disso, estamos comprometidos em compartilhar nossas descobertas e explorando maneiras de abrir o código de nossas análises para que outras pessoas possam nos ajudar e responsabilizar.

[Twitter, Engadget]

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Buraco negro do início do universo prende galáxias em sua ‘teia de aranha’

Posted: 02 Oct 2020 08:23 AM PDT

Imagem de fundo preto. No centro, há um círculo claro maior, com seis círculos também claros menores ao redor. As distâncias entre o círculo central e os círculos menores são desiguais, e a distribuição não é equivalente. Há algo parecido com uma fumaça azul na imagem.

Uma estrutura remota que consiste em um buraco negro supermassivo, várias galáxias primordiais e grandes quantidades de gás finalmente explica como alguns dos primeiros buracos negros foram capazes de crescer tão rapidamente.

Quanto mais fundo olhamos para o espaço, mais longe olhamos para trás no tempo. Nesse caso, os astrônomos tiveram um vislumbre do universo quando ele era apenas uma criança — meros 900 milhões de anos após o Big Bang.

Após uma década de observações astronômicas usando vários telescópios poderosos, uma equipe internacional de cientistas confirmou a presença de várias galáxias primordiais capturadas sob a influência de um buraco negro supermassivo excepcionalmente grande e brilhante, cuja luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra.

"Esta é a primeira identificação espectroscópica de uma superdensidade de galáxia em torno de um buraco negro supermassivo no primeiro bilhão de anos do Universo", escreveram os pesquisadores em seu estudo, publicado hoje na Astronomy & Astrophysics. A "ausência de detecções anteriores de tais sistemas se deve provavelmente a limitações de observação", acrescentaram.

Na verdade, os astrônomos nunca viram esse tipo de coisa antes, mas isso não chega a ser totalmente inesperado, já que o arranjo astral está ajudando a explicar o aparecimento precoce de buracos negros supermassivos. Como a nova pesquisa sugere, essas estruturas semelhantes a teias forneceram um ambiente cheio de gás no qual os primeiros buracos negros foram capazes de se alimentar e crescer.

“As galáxias se erguem e crescem onde os filamentos se cruzam, e fluxos de gás — disponíveis para abastecer as galáxias e o buraco negro supermassivo central — podem fluir ao longo dos filamentos”, explicou Marco Mignoli, astrônomo do Instituto Nacional de Astrofísica (INAF) da Itália e principal autor do estudo, em um comunicado do Observatório Europeu do Sul.

Para encontrar e confirmar essa estrutura, Mignoli e seus colegas usaram alguns dos telescópios mais poderosos do mundo, incluindo o Very Large Telescope (VLT) do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile, o telescópio espacial Hubble e o observatório Keck II no Havaí, entre outros.

O buraco negro supermassivo está ativo, hospedando um quasar conhecido como SDSS J1030+0524. Ele também é muito pesado, com a massa de um bilhão de sóis. Pelo menos seis galáxias formadoras de estrelas foram encontradas vagando ao redor do buraco negro. A estrutura inteira tem aproximadamente 300 vezes o tamanho da Via Láctea. As primeiras estruturas de grande escala como esta têm núcleos que eventualmente evoluem para aglomerados de galáxias gigantes, de acordo com o artigo.

O objetivo desta investigação foi estudar os primeiros buracos negros supermassivos do universo, pois não há uma boa explicação para sua existência. Os primeiros buracos negros a aparecer surgiram do colapso das primeiras estrelas — isso faz sentido. Mas uma explicação se faz necessária para como esses buracos negros se expandam a um status supermassivo e alcancem um bilhão de massas solares dentro dos primeiros 0,9 bilhões de anos de existência do universo. A estrutura de grande escala recém-descoberta finalmente fornece um mecanismo que mostra como isso provavelmente aconteceu.

Conforme os pesquisadores especulam, essas estruturas semelhantes a teias se formaram e cresceram dentro de halos gigantes de matéria escura. Essas imensas regiões de matéria invisível atraíram enormes quantidades de gás durante a fase inicial do universo, em um processo que criou as condições em que essas estruturas poderiam se formar. Isso, por sua vez, deu origem a galáxias e buracos negros supermassivos.

Os pesquisadores documentaram seis galáxias ao redor do buraco negro, mas esperam encontrar mais. O Extremely Large Telescope do ESO será recrutado para a tarefa assim que a construção for concluída.

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Facebook fecha o cerco contra grupo de teoria da conspiração QAnon

Posted: 02 Oct 2020 07:15 AM PDT

Facebook bloqueia anúncios do grupo conspiratória QAnon. Imagem: Kyle Grillot (Getty Images)

Em uma cruzada para impedir que os apoiadores de QAnon continuem em sua plataforma, o Facebook anunciou nesta semana uma série de novas restrições com o objetivo de limitar a propagação online do movimento de conspiração.

A partir de agora, a rede social vai rejeitar anúncios que "elogiem, apoiem ​​ou representem movimentos sociais militarizados", incluindo QAnon, grupos anarquistas e milícias autoproclamadas – como a multidão violenta que invadiu Kenosha, Wisconsin, em agosto deste ano, após uma publicação no Facebook. Páginas e grupos que estiverem restritos, mas não foram removidos, também terão seu conteúdo deixado por último nos feeds de notícias de seus seguidores. Em agosto, a empresa reduziu a visibilidade de quase 2.000 grupos, e mais de 10.000 contas do Instagram vinculadas ao QAnon estão com revisão pendente.

O Facebook também está tomando medidas adicionais para indicar fontes confiáveis aos usuários ​​ao procurarem hashtags relacionadas à segurança infantil, como #savethechildren, que os apoiadores do QAnon empregam como parte de seu esforço de recrutamento.

"Começando hoje (30 de setembro), direcionaremos as pessoas a recursos confiáveis ​​de segurança infantil quando procurarem determinadas hashtags sobre o assunto. Além disso, o conteúdo sobre QAnon e segurança infantil é elegível para verificação de fatos por meio de nosso programa de verificação de terceiros", disse a empresa em um comunicado oficial.

Outra ação da companhia é rotular e rebaixar conteúdo desmascarado por seus verificadores de fatos terceirizados, bem como filtrar esse conteúdo da aba Explorar do Facebook e dos resultados de pesquisa de hashtags no Instagram.

Para quem não está familiarizado com o assunto, o QAnon é um grupo maluco de teóricos da conspiração de extrema direita que, de alguma forma, meteu na cabeça que uma rede secreta de atores de Hollywood, membros da elite liberal e membros do governo estão tentando derrubar o presidente Donald Trump e seus apoiadores. Os adeptos alegam que o suposto grupo adora Satanás e opera uma rede de sexo infantil – daí a criação de hashtags relacionadas à segurança infantil. O movimento gerou um monte de postagens no 4chan, 8chan e 8kun de uma figura misteriosa chamada "Q", que alegou possuir informações governamentais de alto nível.

Apesar de parecer absolutamente ridículo, grupos relacionados ao QAnon no Facebook e Instagram ganharam cerca de 4,5 milhões de seguidores nos últimos dois anos antes que o Facebook começasse sua repressão em agosto. Mais de uma dúzia de adeptos do QAnon concorreram a cargos, alguns dos quais foram endossados ​​por Trump, que também divulga repetidamente as teorias da conspiração sem evidências.

Muitos usuários criticaram os esforços do Facebook, dizendo que a rede social não fez nada ou quase nada, citando as consequências perigosas e ocasionalmente violentas da propaganda viral sobre a pandemia global em curso, a eleição presidencial e os protestos generalizados pela reforma da polícia.

O candidato presidencial democrata, Joe Biden, acusou o Facebook de cumplicidade com os esforços do Partido Republicano para roubar a eleição de 2020 por meio de campanhas eleitorais de desinformação. No início desta sexta-feira (2), o Comitê de Comércio do Senado decidiu intimar o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, junto com os chefes do Google e do Twitter, para testemunhar sobre a Seção 230 da Lei de Decência nas Comunicações, que protege as empresas de tecnologia da responsabilidade pela maioria dos tipos de conteúdo postado pelos usuários.

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Derretimento do gelo da Antártica revela restos preservados de pinguins mortos há mais de 800 anos

Posted: 02 Oct 2020 06:03 AM PDT

Montanha coberta de gelo à direita. Mar à esquerda.

Um biólogo que trabalhava no Mar de Ross, na Antártica, encontrou uma variedade de restos mortais de pinguins-de-adélia. Alguns deles parecem ter morrido recentemente, só que, na verdade, eles são bastante antigos, e só foram revelados recentemente pelos efeitos do aquecimento global.

Quatro anos atrás, o biólogo Steven Emslie estava examinando a costa da Antártica no Cabo Irizar do Mar de Ross quando encontrou os restos mortais dos pinguins-de-adélia. Ele os reconheceu não por sua aparência, mas pelo número incomum de seixos empilhados na área, que esses pinguins usam para fazer ninhos. Muitas das carcaças, a maioria de filhotes, pareciam degradadas e bastante velhas, mas algumas aparentavam ter morrido recentemente.

Emslie não achava possível encontrar restos mortais dos pinguins-de-adélia recém-falecidos no Cabo Irizar. Hoje, o Mar de Ross hospeda quase 1 milhão de pares reprodutores da espécie, mas nenhuma colônia de pinguins ativa foi observada neste local desde que foi explorado pela primeira vez pelo explorador britânico Robert Falcon Scott, no início do século 20.

"Em todos os anos que tenho feito pesquisas como esta na Antártica, nunca vi um lugar assim."

Enquanto continuava a explorar a área, Emslie encontrou um monte de ossos de pinguins espalhados pela superfície, mas também carcaças de filhotes ainda cobertos de penas. O grau de degradação visto nesses filhotes foi consistente com o que se poderia esperar de carcaças encontradas em colônias modernas. Ele também encontrou manchas de guano, que mais uma vez apontavam para uma ocupação recente.

Restos de um pequeno pinguim. O aspecto das penas está razoavelmente preservado, assim como o bico e as patas.Os restos mortais de um antigo filhote de pinguim, com muitas de suas penas e tecidos ainda intactos. Imagem: Steven Emslie.

Imaginando ter encontrado algo importante, Emslie convocou seus colegas ao local. Eles extraíram amostras dos montes de seixos.

Como ele explicou em um comunicado divulgado pela Geological Society of America, sua equipe “escavou em três desses montes, usando métodos semelhantes aos dos arqueólogos, para recuperar tecidos preservados de osso, penas e cascas de ovo de pinguim, bem como partes duras de presas no guano".

Emslie disse que o solo estava “muito seco e empoeirado, assim como outros locais muito antigos em que trabalhei no Mar de Ross”, de onde foi possível coletar muitos restos de pinguins.

A datação por radiocarbono dos restos mortais confirmou as suspeitas de Emslie — apesar de sua nova aparência, os restos mortais eram muito antigos. O que ele não esperava era a idade.

Os resultados mostraram que "os vestígios são realmente antigos e que estão representados três períodos de ocupação dos pinguins-de-adélia", sendo que a mais antiga data de cerca de 5.000 anos atrás, enquanto a ocupação mais recente terminou há cerca de 800 anos, segundo o artigo publicado na revista Geology.

"Em todos os anos que tenho feito pesquisas na Antártica, nunca vi um local como este", disse Emslie no comunicado.

Vários ossos de diversos tamanhos sobre um solo rochoso de cor bege. Há um pequeno pedaço de gelo no canto inferior esquerdo da imagem.Ossos de pinguim-de-adélia na superfície e uma variedade de seixos, que as aves usavam para fazer ninhos. Imagem: Steven Emslie

Emslie disse que as condições para os pinguins eram ideais entre 4.000 a 2.000 anos atrás, pois foi um período quente de "maior produtividade marinha". Eventualmente, no entanto, cada uma das três ocupações documentadas terminou, provavelmente devido ao aumento da cobertura de neve sobre o cabo ou à invasão do gelo marinho causado por temperaturas de resfriamento. Os pinguins pegos bem no final de suas ocupações deixaram cadáveres que ficaram cobertos de neve e gelo, preservando-os até agora.

Esses antigos pinguins mortos só recentemente apareceram na neve e no gelo, o que explica sua nova aparência. Sem surpresa, Emslie, o único autor do artigo, disse que isso pode ser atribuído às mudanças climáticas. Como o jornal aponta, a temperatura anual no Mar de Ross aumentou de 1,5°C a 2°C desde os anos 1980, enquanto imagens de satélite da área tiradas desde 2013 mostram que o cabo rochoso está aparecendo cada vez mais conforme a neve e o gelo derretem.

A mudança climática resultou em algumas descobertas científicas interessantes recentemente, mas a triste realidade é que todo esse aquecimento está prestes a fazer mais mal do que bem quando se trata de estudar o passado.

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Esta gatinha é tão esperta que aprendeu a copiar os movimentos de sua dona

Posted: 02 Oct 2020 04:45 AM PDT

Esta gatinha é tão esperta que aprendeu a copiar os movimentos de sua dona. Crédito: Fugazza et al/Animal Cognition

A inteligência felina pode ser mais impressionante do que imaginamos. É o que afirma um novo estudo que aponta a primeira evidência de que os gatos podem reconhecer e imitar o comportamento humano a partir de comandos – um feito que apenas alguns outros animais, incluindo cães, são conhecidos por fazer via adestramento.

Publicado no início de setembro na revista Animal Cognition, o artigo descreveu o caso de uma gata de 11 anos chamada Ebisu, que mora com sua dona, Fumi Higaki, em Ichinomiya, no Japão. De acordo com a Science Magazine, a pesquisadora de comportamento animal e autora do estudo, Claudia Fugazza, conheceu e trabalhou com Higaki, um treinador profissional de cães, durante sua pesquisa sobre a cognição em caninos.

Em algum momento, Higaki mencionou à Fugazza que ela havia treinado Ebisu para imitá-la, usando um método muito aplicado no adestramento de cães: o paradigma do "faça como eu faço”. Isso envolve o treinador gritando um comando, realizando um comportamento e, em seguida, indicando com outra ação que o animal deve imitar aquela atitude para obter uma recompensa (um petisco, por exemplo).

Ebisu sempre foi "motivada por comida", o que a deixava pronta para o treinamento. Segundo Higaki, só levou de maio a setembro de 2019 para que a gata pudesse ser adestrada, respondendo muito bem aos comandos da dona.

Em dezembro do ano passado, Fugazza conduziu experimentos com Higaki e Ebisu em seu pet shop. Como Ebisu desconfiava de estranhos, os testes foram realizados pela própria Higaki, com Fugazza assistindo e gravando vídeos do outro lado da sala.

Ao todo, por meio de 18 testes, Ebisu provou ser capaz de imitar os comportamentos de Higaki 81% do tempo. Essas ações incluíam girar, tocar o mesmo brinquedo, abrir uma pequena gaveta e deitar horizontalmente. O que tornava a imitação ainda mais interessante era que Ebisu parecia capaz de ver os movimentos não muito felinos de sua dona e descobrir como ela faria a mesma coisa sendo uma gata, como quando Higaki ergueu os braços e Ebisu se levantou nas patas traseiras, erguendo as duas patas dianteiras.

"Com base no desempenho da gata, argumentamos que ela teve a capacidade de mapear as diferentes partes do corpo e movimentos do demonstrador humano, para então reproduzir os mesmos movimentos adaptados nas próprias partes do corpo", escreveram os autores do estudo.

Esta gatinha é tão esperta que aprendeu a copiar os movimentos de sua dona. Crédito: Fugazza et al/Animal CognitionNas imagens A e B acima, Fumi Higaki e sua gata Ebisu aparecem tocando a mesma superfície. Enquanto isso, as fotos C e D mostram Higaki colocando o rosto em cima da caixa e, na sequência, Ebisu reproduzindo o mesmo movimento. Imagem: Fugazza, C., et al/ Animal Cognition

Por mais simples que possa parecer, esse tipo de mímica entre espécies só foi observado em alguns animais, como baleias assassinas, macacos, golfinhos e cães. Contudo, acredita-se que seja necessário um senso de cognição particularmente complexo para que o animal realize esses movimentos. A inteligência animal não precisa ser – e muitas vezes não deveria ser – medida em relação à inteligência humana. Afinal, ter certas habilidades cognitivas não é um sinal de ser altamente evoluído; é apenas um resultado potencial da seleção natural. Mas ainda seria uma coisa notável saber que os gatos podem interpretar o comportamento das pessoas a ponto de copiá-lo.

No entanto, é importante trazer algumas ressalvas. É possível que o treinamento de Ebisu apenas a tenha feito parecer capaz de imitar o comportamento de sua dona, ao invés de gatos como um todo serem naturalmente capazes de reconhecer os movimentos de outra espécie e imitá-los se forem devidamente motivados.

Também é possível que Ebisu tenha lido as dicas não-verbais de sua dona para descobrir como se comportar – um problema bem estabelecido na pesquisa de comportamento animal, conhecido como efeito Hans Esperto (Clever Hans). Este era o nome de um cavalo do início do século 20 considerado bom em matemática, mas na verdade estava reagindo às dicas de seu dono sobre onde mover seus cascos para a "resposta” certa.

De acordo com Fugazza, a própria natureza do treinamento "faça o que eu faço" deve evitar que a sugestão aconteça, uma vez que divide o teste em dois comandos distintos. Ela também fez Higaki evitar o contato visual com a gata enquanto emitia seus comandos durante os testes.

"Em estudos em que o método de ‘duas ações’ é usado, a sugestão é controlada porque duas ações diferentes são demonstradas no mesmo objeto. Nesse caso, mesmo se o demonstrador desse uma dica visual para mandar o animal na direção do objeto dado, a dica ainda não diria ao animal qual ação ele deveria fazer (essas são ações não treinadas, então os bichos não podem ser comandados por uma sugestão, pois não há nenhuma sugestão que tenha sido associada a eles)", escreveu Fugazza.

A pesquisadora ainda colabora com Higaki como treinadora de cães. Mas, infelizmente, esta foi a primeira e última vez que o comportamento de Ebisu foi estudado, já que a data desenvolveu doença renal no início de 2019 e morreu logo após a conclusão dos testes.

Fugazza acredita que outros felinos poderiam ser treinados com sucesso como aconteceu com Ebisu, permitindo que outros pesquisadores reproduzam e estudem em profundidade sua capacidade potencial de imitar os humanos. Idealmente, esses estudos serão capazes de observar uma variedade de gatos em um espectro de características diferentes, como idade e familiaridade com as pessoas.

"Claro que é possível fazer estudos futuros em gatos. Espero que alguém aceite o desafio de fazê-lo. Mas também estou ciente das dificuldades e do tempo necessário para treinar esses animais", disse.

Procurado para comentar este estudo e suas implicações surpreendentes, o gato Cheddar "Chiz" Cara, do Gizmodo (na foto abaixo), se recusou a comentar o assunto.

Cheddar O gato Cheddar, que só aprendeu a imitar o barulho de um megafone de manhã e à noite na hora das refeições. Imagem: Ed Cara/Gizmodo

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