sábado, 31 de outubro de 2020

Gizmodo Brasil

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Você vai poder usar uma imagem de fundo no Google Meet para esconder a bagunça

Posted: 30 Oct 2020 04:15 PM PDT

Nesses tempos de trabalho de casa, você já deve ter passado por esta situação: a reunião por vídeo começa daqui a cinco minutos mas seu escritório, quer dizer, seu quarto está uma bagunça. Se era no Zoom ou no Skype, ainda dava um jeito de disfarçar, mas no Meet não tinha solução. Agora, porém, isso vai mudar: o aplicativo de videoconferência do Google vai ganhar a opção de planos de fundo customizados.

A novidade foi anunciada no blog de atualizações do Google Workspace, novo nome do antigo G Suite. O recurso de trocar o plano de fundo por uma imagem se junta a outras ferramentas liberadas recentemente no aplicativo, como borrar o que está atrás do usuário e filtrar ruídos que atrapalham a conversa (a reforma no vizinho é outro problema grave das reuniões remotas).

Uma grande vantagem, aliás, é que o Meet vai ter esses recursos mesmo sendo usado direto no navegador, o que não acontece com o Zoom, por exemplo.

O recurso vai ser liberado nas próximas semanas. Para empresas que têm o Workplace e usam o canal Rapid Release, que libera atualizações mais rápido, ele começa a ser distribuído nessa sexta e pode levar até sete dias para aparecer. Para os demais usuários, incluindo contas pessoais, a distribuição começa em 6 de novembro e também pode levar sete dias para estar disponível.

O Google já tem até um guia ensinando como usar a novidade. E você pode achar outros planos de fundo tão bons quanto o que nós usamos neste link.

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Este aplicativo transforma designs em código funcional

Posted: 30 Oct 2020 02:49 PM PDT

Criar aplicativos a partir de protótipos é um grande problema. Arrastar caixas pela tela e selecionar fontes já é difícil o suficiente. Então, uma vez que o designer termina, um programador tem que conectar tudo isso em um código back-end.

Um novo aplicativo chamado Anima visa resolver esse problema transformando designs importados de aplicativos populares como o Figma em código funcional.

Os casos de uso para um aplicativo como este são inúmeros. Ser capaz de enviar código React Javascript para o seu desenvolvedor após arrastar e soltar algumas imagens e botões simples parece muito melhor do que enviar um arquivo de Photoshop ou uma apresentação em PowerPoint para ele fazer todo o trabalho (e acredite, isso acontece). O que o Anima faz é surpreendente, pois cria pedaços reutilizáveis ​​de dados repetitivos, permitindo que você crie interfaces automaticamente.

Captura de tela: Anima

Por exemplo, veja este pedaço de HTML. Quando você gera código para esta caixa, o sistema automaticamente percebe que existem quatro botões semelhantes e gera um código simples para gerar cada um programaticamente.


Este exemplo específico é obviamente um pouco simplista, e o código que o aplicativo gera é limitado ao que é fornecido — ele ainda não pode construir aplicativos da web complexos para você. Mas o importante é que você pode facilmente substituir os botões por outros gerados automaticamente, conforme necessário.

"O código que serve de base para os protótipos do Anima permite que designers e desenvolvedores finalmente falem a mesma linguagem", disse o cofundador Or Arbel sobre o aplicativo.

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O mais novo golpe na praça é dizer que viram você pelado no Zoom

Posted: 30 Oct 2020 02:01 PM PDT

Zoom aplicativo. Imagem: Stringer (Getty Images)

Em tempos de pandemia, em que mais pessoas estão em casa (seja estudando, trabalhando ou não fazendo nada na internet), golpistas têm conseguido criar armadilhas para enganar os usuários. E a mira da vez é quem utiliza o Zoom, já que os cibercriminosos dizem às vítimas terem fotos e vídeos delas nuas no aplicativo de chamadas online.

Tudo, claro, não passa de uma grande mentira. Mas confie em mim: isso não significa que os golpistas não tentarão te convencer do contrário caso você tenha caído nesse novo esquema.

Documentado por pesquisadores antispam da Bitdefender, o e-mail do golpe começa de forma bastante ingênua: "Olá. Isso vai chamar sua atenção. Você usou o Zoom recentemente, como a maioria de nós durante esses tempos difíceis do COVID. E tenho notícias muito ruins para você."

Os golpistas afirmam que houve uma brecha de segurança no aplicativo do Zoom que permitiu a eles acessarem sua câmera em tempo real, 24 horas por dia e sete dias por semana. Na mensagem, os criminosos também dizem que encontraram alvos interessantes, e que você teve a má sorte de estar nessa lista.

"Por favor, não se culpe por isso, não tive más intenções. Fiquei muito doente, perdi meu emprego, prestes a ser despejado e não tenho dinheiro para sobreviver. Tudo isso por causa do vírus estúpido. Eu sinto muito. Não tenho outra escolha", continua o e-mail.

Golpe no aplicativo zoom. Imagem: BitDefenderEste é o e-mail enviado pelos golpistas para tentar chantagear as vítimas. Imagem: BitDefender

A mensagem termina com uma solicitação de pagamento de US$ 2.000 em Bitcoin e inclui um endereço de criptomoeda. Não está claro se os hackers receberam algum pagamento. Contudo, de acordo com a Bitdefender, os golpistas enviaram quase 250 mil e-mails para vítimas — e isso só nos Estados Unidos. O ataque vem acontecendo desde 20 de outubro.

Os golpistas fecham o e-mail com desenvoltura: "Observação: não tente denunciar isso à polícia. Boa sorte! Não se estresse!"

Se você receber este e-mail, não tenha medo: as pessoas que enviam tais mensagens provavelmente não têm nenhum vídeo seu nu. Sim, é verdade que o Zoom foi vítima de hacks que vão desde coisas irritantes (zoombombing) a ameaças verdadeiramente perigosas (como execução remota de código).

Os pesquisadores de segurança da TrendMicro descobriram os downloaders do Zoom de fontes não oficiais agrupados com malware que permitiriam aos invasores obter acesso da webcam. Mas é improvável que esses golpistas estejam colocando tanto esforço nessa manobra de spam. E se você ainda estiver assustado, é sempre bom lembrar: cubra o quanto antes a webcam do seu notebook.

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Quatro filmes para agitar o seu Halloween

Posted: 30 Oct 2020 12:55 PM PDT

O Halloween sempre pode vir com uma gostosura ou uma travessura. A verdade é que o gênero de terror (e qualquer outro, convenhamos) muitas vezes nos quer empurrar mais travessuras, mas aqui a recomendação são só pelas gostosuras. Filmes que exploram diferentes subgêneros e que você poderá se deliciar durante a celebração do Dia das Bruxas.

Em parceria com o Telecine, separamos quatro indicações de filmes para agitar o seu Halloween. Confira!

O Halloween de Madea (2016)

No Dia das Bruxas, Brian pede que sua tia Madea e sua turma fiquem em casa tomando conta de Tiffany, sua filha adolescente que deseja ir a uma festa. Enquanto precisa vigiar Tiffany e suas amigas travessas, Madea acaba tendo que fugir de várias assombrações que surgem ao seu redor.

Assista no streaming do Telecine.

Brinquedo Assassino (2019)

Andy (Gabriel Bateman) e sua mãe se mudam para uma nova cidade em busca de um recomeço. Preocupada com o desinteresse do filho em fazer novos amigos, Karen (Aubrey Plaza) decide dar a ele de presente de aniversário um boneco tecnológico que, além de ser o companheiro ideal para crianças e propor diversas atividades lúdicas, executa funções da casa sob comandos de voz. 

Os problemas começam a surgir quando o boneco Chuck se torna extremamente possessivo em relação a Andy e está disposto a fazer qualquer coisa para afastar o garoto das pessoas que o amam. As diferenças entre o original e o remake são diversas. Desta vez, Chucky é um boneco de inteligência artificial, algo na linha da Siri da Apple ou Alexa da Amazon, mas que perdeu os inibidores de censura e violência ao ser alterado por um funcionário da fábrica.

Assista no streaming do Telecine.

Amityville: O Despertar (2017)

Belle (Bella Thorne) se muda com seus irmãos e sua mãe, Joan (Jennifer Jason Leigh), para uma nova casa. Mas, quando coisas estranhas começam a acontecer, Belle suspeita que sua mãe esteja escondendo algo importante, e logo percebe que eles estão morando na infame casa de Amityville.

A narrativa da casa assombrada é baseada em uma história real: em 1974, a família Defoe foi massacrada por seu filho mais velho, Ronald. O primogênito matou os pais e seus quatro irmãos com tiros de carabina. Nas telonas, algumas adaptações foram feitas e o pai se tornou o assassino. Após o sucesso do filme de 1979, uma franquia foi criada e hoje é composta por Amityville II: A Possessão (1982), Amityville 3-D (1983), Amityville IV: A Maldição (1989), um especial para a TV, e Horror em Amityville (2005).

Assista no streaming do Telecine

Maria e João: O Conto das Bruxas (2020)

Maria (Sophia Lillis) leva seu irmãozinho João (Sammy Leakey) a um bosque escuro, em uma busca desesperada por comida e trabalho. Quando eles encontram Holda (Alice Krige), uma misteriosa mulher que reside na floresta, os dois irmãos descobrem que nem todo conto de fadas termina bem.

Desde cara a existência da magia das trevas é estabelecida, assim como seu teor subversivo. Diferente da história original, Maria e João não é uma tragédia sobre a inocência, mas sim uma jornada de descobrimento.

Assista no streaming do Telecine.

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Telecine é um hub completo de cinema. Joint venture da Globo e dos maiores estúdios de Hollywood, reúne mais de 2.000 filmes, dos mais variados gêneros, selecionados a partir de uma curadoria especializada e comprometida, que alia tecnologia e inovação para promover a melhor experiência. Pela internet, a plataforma de streaming é a única dedicada exclusivamente ao cinema. Lançamentos e clássicos de grandes estúdios de Hollywood, nacionais e do mercado independente compõem o acervo mais completo de filmes. Líder de audiência na TV paga no Brasil, reúne em seis canais lineares segmentados por gêneros as produções que o público quer ver. Pela internet ou na TV, Telecine proporciona o seu momento cinema quando e onde você quiser.

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Venda de smartphones no mundo cai 1,3% no último trimestre, mas com resultados acima do esperado

Posted: 30 Oct 2020 12:33 PM PDT

Durante o terceiro trimestre de 2020, foram vendidos um total de 353,6 milhões de smartphones ao redor do mundo. De acordo com o relatório mais recente do International Data Corporation (IDC), isso representa uma queda de 1,3% em relação ao mesmo período no ano passado. Ainda assim, o resultado é visto como algo positivo, considerando as circunstâncias econômicas que os países vêm enfrentando em meio à pandemia de COVID-19. A previsão inicial do IDC para o período era de uma queda de 9% nas vendas, mas a reabertura da economia e flexibilização das restrições contribuiu para o cenário mais otimista.

Em mercados emergentes, essa recuperação se mostrou ainda mais acentuada, incluindo Índia, Brasil, Indonésia e Rússia. Segundo a publicação do IDC, a diretora de pesquisa do relatório Worldwide Mobile Device Trackers, Nabila Popal, explica que parte do crescimento nas vendas se deve às promoções e descontos oferecidos nesses países. Além disso, a educação à distância gerou uma demanda maior por dispositivos, o que na Índia representou uma alta nas vendas de telefones "low-end" (aqueles celulares mais simples e com preço acessível).

Por outro lado, as regiões com economia mais forte, como China, Europa Ocidental e América do Norte, apresentaram as maiores quedas no terceiro trimestre. Parte disso pode ser atribuído ao atraso no lançamento do iPhone 12, segundo o IDC. Porém, a chegada do 5G tem se mostrado um fator importante para impulsionar as vendas, com uma série de fabricantes e operadoras promovendo a tecnologia e seus produtos que oferecem suporte a ela. Confira abaixo os principais resultados de cada empresa do top 4:

Samsung

A sul-coreana conquistou a primeira posição em vendas de smartphones no terceiro trimestre de 2020, com um market share de 22,7% e 80,4 milhões de celulares vendidos — um aumento de 2,9% em relação ao mesmo período no ano passado. Na Índia, maior mercado da Samsung, a taxa de crescimento anual atingiu quase 40% devido à alta demanda por aparelhos abaixo de US$ 250, como os modelos da série M. Nos EUA, segundo maior mercado da empresa, os campeões de venda foram os modelos da série A, Note 20 e Note 20 Ultra.

Huawei

No terceiro trimestre, a Huawei caiu para segunda posição, contabilizando 51,9 milhões de smartphones vendidos e 14,7% de market share. Em relação ao ano passado, a queda nas vendas foi de 22%. Um dos principais fatores que impactaram o resultado, segundo o IDC, são as sanções impostas pelos EUA, que acabaram prejudicando inclusive as vendas na China, já que a empresa tem limitado o envio de produtos para tentar lidar com a situação a longo prazo.

Xiaomi

Ocupando a terceira posição no ranking global, a Xiaomi vendeu um total de 46,5 milhões de dispositivos, com 13,1% de market share e um crescimento de 42%. Essa é a primeira vez que a fabricante chinesa supera a Apple em vendas. Os mercados que mais contribuíram para o resultado foram a Índia, onde a Xiaomi chegou a quase 85% do volume de vendas do período pré-pandemia, e a China, responsável por 53% das vendas no terceiro trimestre. Em relação aos produtos, tiveram destaque o Redmi 9, Redmi K30 Ultra e MI 10 Ultra.

Apple

A Apple apresentou um dos piores desempenhos em relação aos concorrentes, com 41,6 milhões de iPhones vendido no terceiro trimestre desse ano e uma queda de 10,6% em comparação a 2019. O market share foi de 11,8%, colocando a empresa na quarta posição. A principal explicação é o atraso no lançamento do iPhone 12 e, por esse mesmo motivo, a expectativa é de um crescimento acentuado nos próximos meses.

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Sony pode ser a próxima empresa a pular fora do hype da realidade virtual

Posted: 30 Oct 2020 11:00 AM PDT

Sony PSVR. Imagem: Uriel Soberanes (Unsplash)

Se você me perguntasse quatro anos atrás o que eu achava da realidade virtual (RV), muito provavelmente eu te diria que "esse negócio vai ser top". Agora corta para 2020, quando a grande maioria das empresas (Google e Samsung entre elas) que apostaram nesse nicho estão saindo de cena. E a Sony está dando sinais que será a próxima a pular fora desse barco, ou pelo menos ir com mais calma em novos investimentos na tecnologia.

Em entrevista ao jornal The Washington Post, o CEO da Sony Interactive Entertainment, Jim Ryan, afirmou que a realidade virtual ainda está nos planos da companhia, mas que essa tecnologia ainda levará anos para, de fato, se tornar um produto de entretenimento. O executivo também foi categórico ao declarar que, no que diz respeito à RV, "não há planos imediatos ou a longo prazo".

"Acho que estamos mais do que alguns minutos longe do futuro da realidade virtual. A PlayStation acredita na RV. A Sony acredita em RV, e definitivamente acreditamos que, em algum momento no futuro, a tecnologia representará um componente significativo de entretenimento interativo. Será este ano? Não. Será no ano que vem? Não. Mas será em algum momento? É no que acreditamos", disse.

Isso, contudo, não quer dizer que a Sony deixará de vez esse mercado. O PlayStation VR continuará sendo vendido, e deve ganhar compatibilidade com outros títulos. A fabricante até está oferecendo aos donos do headset um adaptador de câmera para usá-lo no PlayStation 5, que será compatível com o acessório. Todo o processo é gratuito — você só precisa entrar neste site e digitar o número de série que fica na parte traseira do processador do PSVR —, mas ainda não está disponível no Brasil. Pois é.

Todos esses indícios também sugerem que não veremos um novo PSVR tão cedo. Atualizações de software devem continuar na mira da Sony, mas hardware de nova geração talvez fique para daqui alguns anos.

No Brasil, o PlayStation VR é vendido em média por R$ 2.330.

[The Washington Post, Engadget]

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Pesquisadores descobrem como os polvos usam seus braços para identificar sabores

Posted: 30 Oct 2020 09:45 AM PDT

Polvos. Imagem: Lena van Giesen

Os polvos, com seus oito braços (não confundir com tentáculos) cobertos por ventosas, podem saborear objetos simplesmente ao tocá-los. E uma equipe de pesquisadores finalmente descobriu como esses cefalópodes são capazes de realizar esse truque que, diga-se de passagem, é bastante notável.

O polvo é uma das criaturas mais intrigantes do mundo biológico. Eles são superinteligentes, excelentes solucionadores de problemas e até um pouco travessos. Esses cefalópodes não têm escolha a não ser serem inteligentes, já que são forçados a se levantar imediatamente após o nascimento. Eles até respondem ao MDMA (Ecstasy) de uma maneira semelhante a como os humanos reagem a essa droga.

Seus braços, que estão repletos de centenas de ventosas, são uma grande parte de seu sucesso, já que os polvos podem literalmente sentir o gosto do objetos ao apenas tocar neles. Esta habilidade pode ser muito útil quando um polvo tem que alcançar uma fenda escura e profunda enquanto procura por comida ou enquanto vasculha o fundo do mar. O oceano está repleto de criaturas desagradáveis ​​e nocivas, então a capacidade de discernir uma refeição genuína de algo mais prejudicial é claramente vantajosa.

"As estratégias que [os polvos] desenvolveram para resolver problemas em seu ambiente são exclusivas para eles, e isso inspira muito interesse de cientistas. As pessoas ficam interessadas em polvos e outros cefalópodes porque eles são totalmente diferentes da maioria dos outros animais", disse Peter Kilian, co-autor do novo estudo e biólogo do Bellono Lab da Universidade de Harvard.

Apesar desse fascínio, nossa compreensão dos fundamentos químicos e moleculares de sua capacidade de saborear ao tocar é extremamente insuficiente. E uma nova pesquisa, publicada na Cell, marca um passo importante nessa direção para entender melhor como essa magnífica espécie funciona.

Nicholas Bellono, autor do estudo e biólogo molecular de Harvard, e seus demais colegas cientistas deram início ao projeto para confirmar a capacidade de toque e sabor nos polvos. Eles fizeram isso com um polvo-da-Califórnia (Octopus bimaculoides), que em testes de laboratório exibiu comportamentos diferentes quando seus braços tocavam 1) uma presa ou 2) algo menos apetitoso.

Um polvo e uma xícara de café. Imagem: Lena van Giesen

Um polvo analisando o “gosto” de uma xícara. Imagem: Lena van Giesen

Na verdade, com o sentido do tato-paladar afirmado, o próximo passo para os cientistas era fazer exatamente isso: estudar os sugadores nos braços do polvo em nível molecular. A busca pelas células sensoriais únicas envolvidas no processo levou os cientistas a descobrir uma população distinta de células localizadas nas pontas das ventosas. Esses sensores recém-detectados são agora chamados de “receptores quimiotáteis”, pois a equipe acredita que eles são responsáveis ​​pela capacidade de tocar e saborear.

Em testes subsequentes, a equipe demonstrou que esses sensores reagiram a moléculas que não se dissolvem bem na água. Como as moléculas não desaparecem por completo, “elas poderiam, por exemplo, ser encontradas na superfície das presas dos polvos [e o que quer que os animais toquem]”, disse Bellono.

A equipe também encontrou um segundo tipo de célula — uma população de células mecanossensoriais — dentro das ventosas. Essas células convertem a estimulação mecânica em sinais que o cérebro pode entender como toque, entre outros sentidos.

Como os autores explicam, os receptores quimiotácteis dos polvos são capazes de detectar e então discriminar entre diferentes sinais químicos. Os receptores quimicamente sensíveis formam complexos de canais de íons discretos que podem captar sinais específicos e, em seguida, transmitir sinais elétricos para o sistema nervoso do polvo, que são interpretados como sabor. Isso é importante "porque pode facilitar a complexidade dos sentidos do polvo e também como ele pode processar uma série de sinais usando o sistema nervoso semiautônomo do braço para produzir comportamentos complexos", disse Bellono.

Vale ressaltar que este sistema único de filtragem de sinal é possibilitado pelo sistema nervoso distribuído dos polvos, no qual os braços podem funcionar independentemente do cérebro. Cerca de dois terços dos neurônios do polvo estão em seus braços, e é por isso que um braço decepado ainda pode tentar se estender para agarrar as coisas.

"Essas descobertas demonstram que o sistema nervoso do polvo, que é distribuído perifericamente, é também um local chave para o processamento de sinais, e destacam como as características moleculares e anatômicas evoluem sinergicamente para se adequar ao contexto ambiental de um animal", escreveram os autores do estudo.

A nova pesquisa também mostrou que os receptores dos polvos são sensíveis aos terpenoides — um alerta químico produzido por muitos animais marinhos quando estão ameaçados. Na natureza, um polvo que de repente sente o gosto de terpenoides pode recuar, pois é um sinal potencial de uma presa venenosa.

Os autores suspeitam que os terpenoides são um dos muitos outros compostos desconhecidos capazes de estimular os receptores quimiotáteis dos polvos — por isso, recomendam pesquisas futuras nesta área. Além disso, eles gostariam de saber se outros cefalópodes, como lulas e chocos, têm capacidades semelhantes de sabor do toque encontradas nos polvos.

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Netflix está mais cara nos EUA, mas preço no Brasil continua o mesmo (por enquanto)

Posted: 30 Oct 2020 08:47 AM PDT

Netflix streaming. Imagem: Unsplash

Não bastasse a Netflix cancelar algumas das séries favoritas do público de tempos em tempos, agora o serviço está aumentando os valores de assinatura mensal. Pelo menos nos Estados Unidos, quem quiser continuar assinando a plataforma de streaming terá de pagar mais caro. Ainda não há informações sobre aumento de preço no Brasil.

O plano Básico de US$ 9 (R$ 52 na conversão atual) continua intacta, mas os modelos Padrão e Premium foram atingidos pelo reajuste: o primeiro saltará de US$ 13 (R$ 75) para US$ 14 (R$ 80) por mês, e o segundo de US$ 16 (R$ 92) para US$ 18 (R$ 104). No Brasil, os planos custam, respectivamente, R$ 21,90, R$ 32,90 e R$ 45,90 por mês.

A Netflix confirmou à CNBC que as mudanças serão refletidas nas contas dos clientes existentes nos próximos dois meses. Um aumento de preço foi especulado nas últimas semanas, e a empresa encerrou sua oferta de teste gratuito. Os preços também subiram em outros locais, como, por exemplo, no Canadá.

Neste momento de pandemia, em que mais pessoas estão em casa, muitas companhias viram seus serviços de streaming crescerem. A Netflix, em particular, viu seus números dispararem em meio a ordens de bloqueio e medidas de distanciamento social. O serviço mudou seu foco nos últimos anos para investir em mais produções originais, o que significa mais conteúdo exclusivo que só pode ser encontrado na Netflix. E isso, segundo Greg Peters, COO da plataforma, justifica os aumentos de custo para assinantes.

No entanto, ao mesmo tempo que aumentou a oferta de conteúdo original, o serviço também cancelou várias atrações favoritas dos fãs. The OA, Dark Crystal: Age of Resistance, Luke Cage, O Mundo Sombrio de Sabrina, Altered Carbon e Tuca & Bertie estão entre a lista de originais populares que passaram pelo corte do serviço de streaming.

No que diz respeito aos níveis de assinatura multitela, a Netflix está se aproximando cada vez mais do temido custo de assinatura de US$ 20 por mês – que ultrapassaria em muito os preços oferecidos atualmente por serviços rivais, como HBO Max, Apple TV+ e Disney+.

A última vez que a Netflix subiu os preços nos EUA foi em janeiro do ano passado. Naquela época, os três planos não escaparam do reajuste. O Brasil também passou por um aumento no valor da assinatura, em março de 2019, quando os preços saltaram significativamente. A maior diferença foi no plano Premium, que passou de R$ 37,90 para R$ 45,90. Agora com o novo aumento nos Estados Unidos, talvez seja questão de tempo até que novos preços sejam aplicados para assinantes brasileiros.

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Como o Facebook tornou os dispositivos Oculus dependentes de uma conta na rede social

Posted: 30 Oct 2020 07:41 AM PDT

Quando o Facebook comprou a Oculus em 2014 — dois anos antes de o Oculus Rift ser lançado — não estava exatamente claro quais eram os planos da gigante de mídias sociais para a incipiente empresa de realidade virtual.

Alguns acharam que foi uma jogada sensata para a Oculus, porque os bolsos recheados do Facebook poderiam ser cruciais para financiar o desenvolvimento da tecnologia de realidade virtual e quase certamente aumentariam seu alcance. Outros temiam o que o CEO Mark Zuckerberg e companhia fariam quando o Facebook botasse seus tentáculos ao redor da Oculus.

Headsets como o novo Oculus Quest 2 parecem um grande passo em frente para a realidade virtual, mas, infelizmente, parece que alguns dos maiores medos em relação à entrada do Facebook no campo de VR e jogos estão começando a se tornar realidade.

Deixando de lado a popularidade inicial de jogos de terceiros como Farmville, que foram construídos em cima da plataforma do Facebook, a aquisição da Oculus pelo Facebook posicionou a empresa na vanguarda de uma nova categoria. Seis anos depois, são poucos os seus rivais relevantes no campo de realidade virtual, como HTC e Valve.

No entanto, o Facebook se integrou cada vez mais às operações da Oculus, e duas mudanças recentes em suas políticas destacaram as maneiras pelas quais a gigante das redes sociais mudará a empresa de realidade virtual. E os céticos estavam certos.

A primeira mudança ocorreu em agosto, quando o Facebook determinou que todos os usuários do Oculus que estivessem se conectando pela primeira vez deveriam entrar em seus dispositivos usando uma conta do Facebook. A partir de 2023, todos os dispositivos Oculus exigirão uma conta da rede social para login, o que significa que qualquer usuário existente que optar por não mesclar suas contas da Oculus e do Facebook será efetivamente impedido de usar seus próprios aparelhos.

O Facebook afirma que essa mudança deve tornar mais fácil para as pessoas entrarem no Oculus, descobrirem novos jogos ou se conectarem com os amigos — e, para muitos, isso pode muito bem ser verdade. Mas, ao mesmo tempo, a mudança também está derrubando as barreiras entre as duas empresas (e potencialmente quebrando certos aplicativos e jogos durante o processo).

De qualquer forma, a mensagem é clara: Facebook é Oculus e Oculus é Facebook, goste você ou não.

Para as pessoas que mergulharam na realidade virtual e adquiriram dispositivos Oculus porque sentiram que esses headsets eram o futuro dos jogos, essa mudança parece uma traição.

Muitos apontam para postagens antigas do fundador da Oculus, Palmer Luckey, que dizia que as pessoas não precisariam fazer login em suas contas do Facebook para usar o Oculus Rift. (Embora, tecnicamente, Luckey fez referência apenas ao Oculus Rift original, que já foi aposentado, e não todos os dispositivos Oculus futuros.)

E como o Facebook já havia introduzido uma série de recursos sociais e técnicas de coleta de dados que estavam vinculados ao uso de uma conta da rede, muitos sentem que as políticas de mídia social do Facebook estão invadindo o Oculus VR.

Então, na semana passada, o site Upload VR descobriu que se alguém excluir sua conta do Facebook, suas compras de aplicativos Oculus e conquistas também serão excluídas. Portanto, se você destruir sua conta da rede social, diga adeus a todos os seus jogos Oculus também. Ai.

Anteriormente, os usuários do headset ficavam satisfeitos (ou pelo menos toleravam) com o Facebook, desde que as duas entidades operassem de forma independente. Mas esta nova revelação faz com que o esforço para mesclar as contas das duas empresas pareça muito mais insidioso, e depois de anos de esquecimento, o medo de muitos jogadores de a gigante das redes sociais invadir seu espaço de entretenimento está finalmente acontecendo.

O Facebook está procurando expandir seu conteúdo com uma nova funcionalidade de jogos baseada em nuvem incorporada à aba Facebook Gaming, então esta definitivamente não é a última vez que os jogadores terão que levar em consideração as políticas da empresa antes de decidir se querem entrar.

O Facebook afirma que coleta atualmente apenas dados como o tipo de jogo que você compra, sem pegar dados biométricos coletados pelos sensores do aparelho (como sua altura, tamanho da sala ou qualquer coisa vista por câmeras externas de rastreamento), isso pode nem sempre ser o caso.

Então, onde isso nos deixa? Bem, isso depende de como você se sente em relação ao Facebook. Para qualquer pessoa preocupada com a privacidade digital, o aumento da pressão da empresa para a coleta de dados em suas várias plataformas pode afastar os jogadores que poderiam estar interessados ​​em novos jogos ou dispositivos Oculus VR.

Mas uma coisa é certa: fingir que Facebook e Oculus não são uma única coisa simplesmente é impossível.

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Livros de terror e descontos de até 80% em e-books: confira nossa seleção de Halloween

Posted: 30 Oct 2020 05:57 AM PDT

Para fechar o mês do Halloween, separamos uma seleção de livros de terror e suspense que vai dar medo até nos leitores mais corajosos.

Há livros em capa comum, capa dura e e-books também, para quem preferir. Com assinatura Prime, você ainda consegue frete grátis em alguns itens, bem como ler e-books gratuitamente através do Prime Reading. Clique aqui para saber mais.

Outra opção para quem gosta de livros digitais é a assinatura Kindle Unlimited, que, por R$ 19,90 ao mês, garante acesso a milhares de e-books na plataforma da Amazon.

Além disso, vale a pena dar uma olhada nos Kindles, os leitores digitais da Amazon:

A Amazon ainda liberou um cupom de 80% de desconto para clientes que nunca compraram um e-book. Clique aqui para resgatar a promoção.

Livros de terror

Livros de suspense e crime

Livros sobrenaturais

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Por que salvar a natureza é a melhor maneira de evitar pandemias

Posted: 30 Oct 2020 05:01 AM PDT

Os mesmos cientistas que alertaram o mundo no ano passado que 1 milhão de espécies correm risco de extinção agora fazem uma advertência sobre a "era da pandemia" — e nós deveríamos ouvir.

Na quinta-feira (29), a Plataforma Intergovernamental sobre Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas divulgou um novo relatório mostrando como as atividades humanas criaram riscos sem precedentes de pandemias e outras doenças zoonóticas. Mas podemos detê-las — e sai muito mais barato do que correr atrás do prejuízo depois.

O relatório é o resultado de um workshop com dezenas de cientistas e profissionais que trabalham com saúde pública e conservação. Embora o COVID-19 tenha sido a motivação, não é a única razão pela qual precisamos pensar sobre como salvar a natureza para nos salvar.

O novo coronavírus é um dentre um número crescente de doenças zoonóticas ou de origem animal que atingiram os humanos. O vírus matou cerca de 1,2 milhão de pessoas em todo o mundo, causou estragos econômicos e bagunçou a vida das pessoas. Mas ele não está sozinho.

De acordo com o novo relatório, 70% das doenças emergentes são zoonóticas por natureza e existem até 580 mil vírus não descobertos que são transmitidos por animais e podem infectar humanos.

Se a pandemia atual, junto com outros exemplos recentes de vírus Ebola e Zika, servem para indicar alguma coisa, não queremos desafiar o destino e facilitar o encontro desses vírus com hospedeiros humanos. No entanto, estamos a caminho de precisar preparar nosso sistema imunológico para uma batalha contra doenças mais perigosas.

Embora os animais sejam portadores de doenças que afetam os humanos, não são eles os culpados pelas transmissões. Em vez disso, são atividades humanas. O desmatamento, o comércio de animais selvagens e as mudanças climáticas estão entre os maiores fatores que impulsionam o aumento da ameaça de uma nova pandemia.

Todos esses fatores estão levando humanos e animais a uma maior proximidade e a uma competição por recursos cada vez menores. No caso das mudanças climáticas, o aumento das temperaturas também está permitindo que animais tropicais e doenças como a malária se espalhem em direção aos polos.

Como observa o relatório, o clima cada vez mais inóspito também pode forçar as pessoas a migrarem de lugares que ficam inundados, muito quentes para viver ou muito secos para cultivar, trazendo novas doenças com elas no processo.

As corporações, como sempre, claramente não estão trabalhando para impedir a propagação de doenças nem os danos sociais que a acompanham. A atual pandemia de coronavírus deve representar uma queda de US$ 16 trilhões na economia somente neste ano.

Embutidos nesse grande número estão incontáveis histórias de pessoas perdendo seus meios de subsistência, despejos e encerramento de serviços públicos, tempo perdido que poderia ter sido usado para aprender ou para se divertir com amigos, e milhões que perderam entes queridos.

Os danos também castigaram desproporcionalmente os mais pobres e comunidades de minorias étnicas, agravando a desigualdade. Os impactos do vírus são tão insustentáveis ​​quanto as condições que criaram a pandemia.

"Não é tão simples quanto precisarmos de mais dinheiro para desenvolver vacinas", disse Peter Daszak, presidente da EcoHealth Alliance e autor do relatório, em uma coletiva de imprensa. "Este é um problema fundamental do sistema porque temos um crescimento econômico insustentável em todo o mundo."

As descobertas do relatório apontam para a necessidade de aumentar os gastos globais na vigilância de novas doenças zoonóticas para US$ 40 bilhões a US$ 58 bilhões anualmente. É um pequeno preço a pagar em comparação com os danos do coronavírus, sem falar dos estimados US$ 1 trilhão em danos causados ​​por outras doenças zoonóticas a cada ano.

"Se você investir US$ 1 na prevenção, receberá US$ 100 em troca. Por que não estamos fazendo isso?", disse Daszak.

Além disso, são necessárias políticas para reduzir e regular o comércio de animais selvagens, que envia milhões de animais para todo o mundo todos os anos (incluindo 10 a 20 milhões de animais selvagens importados apenas para os EUA). Mas também há recomendações mais amplas que mostram o quanto precisa mudar nas próximas décadas no que diz respeito ao nosso relacionamento com a natureza.

A restauração ecológica generalizada é necessária para que os animais tenham habitat e fiquem mais longe de nós, o planejamento do uso da terra deve levar em conta a saúde pública e precisamos restaurar nosso relacionamento com as comunidades indígenas para integrar o conhecimento tradicional na resposta médica, bem como proteger os ecossistemas para garantir que as doenças não surjam em primeiro lugar.

Do ponto de vista social, também precisa haver uma grande mudança no consumo. A floresta tropical está sendo derrubada para a produção de óleo de palma ou soja. As mudanças climáticas são impulsionadas em grande parte pelo consumo excessivo dos ricos, desde viagens de avião a novos telefones.

O relatório pede uma "mudança transformadora", ecoando o estudo histórico que o grupo divulgou no ano passado. Se a escolha for entre um novo telefone e o destino de 1 milhão de espécies e da vida humana como a conhecemos, não é difícil saber qual a opção certa.

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