quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Gizmodo Brasil

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Não lembra o nome da música? Agora você pode buscar no Spotify usando a letra

Posted: 06 Oct 2020 03:03 PM PDT

Ícone do Spotify

Às vezes, você quer encontrar uma música mas não sabe o nome dela, só um pedacinho da letra. Agora, será possível usar isso na busca do Spotify. O recurso será liberado esta semana.

Lin Wang, designer do aplicativo de streaming, compartilhou a notícia pela primeira vez em um tweet na segunda-feira (5). A nova função de pesquisa está disponível no iOS ou Android, e nossos testes iniciais mostram que ela funciona como anunciado.

Testamos com alguns exemplos de letras em inglês e português e encontramos a música correta com apenas algumas palavras. Isso provavelmente não será o caso para músicas mais obscuras, mas fique tranquilo, dá para achar “All Star”, do Smash Mouth, com facilidade.

Tela do Spotify com "tenho uma guitarra" digitado na busca e "Vozes / Terra de Gigantes" de Humberto Gessinger aparecendo nos resultados.Captura de tela: Gizmodo Brasil

Não está claro qual serviço está fornecendo a transcrição das letras para a pesquisa do Spotify, e a empresa não disse quando respondeu ao nosso pedido de comentário. Em julho, o Spotify fez uma parceria com o Musixmatch para fornecer letras em tempo real no estilo karaokê. Portanto, essa parceria pode ter se expandido nesse meio tempo. A gigante do streaming de música também trabalha com o Genius há muito tempo.

A busca por letras está disponível no Apple Music há alguns anos, mas poucas pessoas assinam vários serviços de música. Quem usa o Spotify não vai mais precisar recorrer ao Google para achar a música desejada.

Outra novidade da empresa é o aplicativo Soundtrap Capture. Ele funciona como uma ferramenta de colaboração de áudio em tempo real e é destinado principalmente para músicos trabalharem juntos em novas faixas.

O Capture é muito semelhante ao aplicativo de memorando de voz que vem com o iOS. A interface tem um grande botão de gravação e mostra uma onda do áudio gravado. A diferença é que ele permite que os colaboradores ouçam as gravações de seus colegas e adicionem as suas próprias.

Testando-o com outra pessoa na sala, descobrimos que os arquivos de áudio aparecem imediatamente e podem ser colocados em camadas conforme desejar. Qualquer edição séria precisará de um programa separado, mas é uma ferramenta perfeita para músicos que estão tentando compor durante a quarentena.

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Hackers aproveitam falha em cinto de castidade conectado para prender pênis dos usuários

Posted: 06 Oct 2020 01:59 PM PDT

Se por qualquer motivo você cogita adquirir um dispositivo de castidade masculino (sim, é exatamente o que você está pensando), talvez seja melhor reconsiderar a ideia a partir de agora. O que está conectado à internet pode ser hackeado, e isso inclui pênis masculinos e brinquedos sexuais teledildônicos.

Neste caso, o dispositivo em questão é o Qiui Cellmate Chastity Cage, um cinto de castidade Bluetooth com controle remoto. Ou seja, se você tem um pênis, pode mantê-lo preso dentro do acessório e deixar que alguém de confiança o desbloqueie.

Mas só pelo fato de ser um gadget inteligente, ele também está suscetível a falhas. Na verdade, já existem maneiras de hacker esse tipo de aparelho. Foi o que pesquisadores de segurança da Pen Test Partners (via TechCrunch) descobriram: que este cinto em particular tem uma brecha que permite a usuários mal-intencionados “impedir que a trava do Bluetooth seja aberta, bloqueando permanentemente o pênis do utilizador no dispositivo".

Simplificando: o aplicativo para smartphone que acompanha o cinto tem uma API vulnerável, o que significa que outras pessoas podem assumir o controle do acessório sem uma senha. Embora a perda de controle o objetivo do produto (digo, até certo ponto), o bloqueio permanente pode estar além dos limites de quem gosta desse tipo de fantasia.

De acordo com a Pen Test Partners, a vulnerabilidade pode ser explorada de forma muito rápida e consistente. Para piorar a situação, foi observado que não há mecanismo de desbloqueio físico, pois “o tubo é travado em um anel usado ao redor da base do órgãos genital".

Segundo a fabricante, o tubo em si é de plástico com um revestimento de borracha – embora os “anéis de segurança” sejam aparentemente feitos de uma liga de metal. Logo, se um bloqueio acontecesse, os pesquisadores dizem que só seria possível liberar o seu pênis quebrando o dispositivo com uma rebarbadora ou outra ferramenta elétrica capaz de perfurar superfícies mais rígidas. Eu não tenho um pênis, mas só a ideia de ter uma ferramenta com lâmina produzindo faíscas perto dos meus órgãos genitais já me faz estremecer.

A Pen Test Partners também publicou uma solução alternativa para o caso de você ficar preso no cinto de castidade contra sua vontade. Também envolve destruir o dispositivo, mas pelo menos deve evitar que você se dirija a um pronto-socorro ou recorra a aparatos elétricos cortantes.

Além do bloqueio peniano, o Qiui Cellmate também vazou localização, senhas em texto simples e outros dados pessoais por meio da API. Apesar de informações vazadas não causarem o mesmo dano físico do que ter seu pênis preso a um aparelho, o vazamento de dados pessoais é algo tão valioso quanto. Mas mesmo assim, quando se trata de problemas de alta tecnologia, é razoável que os clientes esperem que uma empresa tome medidas de segurança extras. Como estamos falando de tecnologia teledildônica, que é recente, nem sempre é esse o caso.

O que é preocupante é que a fabricante Qiui foi notificada sobre a falha, porém ela ignorou os avisos da Pen Test Partners, além de notificações de outros jornalistas e pesquisadores. O TechCrunch relata que os especialistas em segurança relataram o conhecimento da vulnerabilidade em junho, quando entraram em contato com a Qiui. O problema era que derrubar a API defeituosa naquele momento poderia ter bloqueado o pênis de qualquer pessoa que estivesse usando o dispositivo.

Embora o CEO da empresa tenha dito ao TechCrunch que uma solução viria em agosto, a companhia estourou o prazo. De acordo com um cronograma de divulgação da Pen Test Partners, outros dois pesquisadores também encontraram problemas com o Qiui Cellmate e também foram bloqueados pela empresa. No total, a Qiui estourou três prazos impostos por ela mesma para fornecer uma solução. Atualmente, não se sabe se esta vulnerabilidade da API foi explorada por terceiros.

O dispositivo tem muitas análises positivas online, mas algumas pessoas comentaram que o aplicativo em si tem bugs. Nos Estados Unidos, o acessório é vendido por US$ 189 (R$ 1.056 na conversão direta).

Não há motivo para se envergonhar aqui no Gizmodo, mas se você está pensando em comprar uma engenhoca que pode prender o seu pênis, é melhor se manter longe de tanta tecnologia.

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Ministério da Defesa do Reino Unido usará drone armado com espingardas em missões terrestres

Posted: 06 Oct 2020 01:07 PM PDT

Drones. Imagem: Omer Messinger (Getty Images)

Em parceria com o Comando Estratégico do Reino Unido, que apóia o Ministério da Defesa, uma empresa não identificada desenvolveu um novo drone para ajudar as Forças Armadas britânicas em operações terrestres consideradas perigosas. E sim, é exatamente aquilo que você leu no título: um drone com espingarda.

Revelado pelo Popular Mechanics (via The Times), o i9 é um drone operado por humanos que pode voar dentro de casa, usa inteligência artificial (IA) para localizar e identificar alvos e está equipado com um par de espingardas. Se ler isso te faz sentir como se estivéssemos vivendo em um filme de ficção científica dos anos 90, então… Bem, acho que a resposta sim.

As operações de invasão – quando as Forças Armadas invadem uma área fechada onde grupos inimigos poderiam estar escondidos – são um dos tipos mais perigosos de operações terrestres. Muitas vidas são perdidas, especialmente entre os soldados que entram primeiro no prédio. Por isso, mandar um drone no lugar dos combatentes humanos seria ideal para esse tipo de operação.

No entanto, hexacópteros, ou drones de seis lâminas como o i9, geralmente têm problemas para se espatifar no chão se chegarem muito perto de uma parede dentro de uma pequena sala, especialmente se estiverem carregando algo pesado, como uma espingarda. A parede interrompe o fluxo de ar necessário para manter o drone voando, o que pode comprometer missões de invasão.

O i9 é o primeiro drone do Reino Unido que pode voar dentro de casa carregando armamento pesado. O Ministério da Defesa também espera desenvolver outras aplicações para o i9, como usá-lo para derrubar outros drones do céu e substituir as espingardas duplas por foguetes ou metralhadoras. E não, isso não é a descrição de um jogo de videogame: esse é o desejo do Ministério da Defesa do Reino Unido.

Nem o Popular Mechanics, nem o The Times entraram em detalhes sobre como os designers não identificados foram capazes de fazer isso, mas aparentemente seu elemento de IA ajuda o drone a se equilibrar em pleno vôo. Ambos também enfatizaram que o drone i9 não pode escolher atirar sozinho no que considera um alvo. Um operador humano precisa dizer manualmente ao drone se ele deve atirar ou se desligar.

Nos Estados Unidos, a Duke Robotics lançou recentemente um drone octocóptero (oito hélices) militar que pode transportar armas de fogo pesadas e “ser usado em várias aplicações militares, incluindo patrulhamento de fronteira, guerra de drones e contra o terrorismo”. Apelidado de Tikad, ele ganhou um prêmio de inovação de segurança do Departamento de Defesa dos EUA em 2016. Como o i9, também é operado remotamente – o que é uma coisa boa. Mesmo que esses drones sejam assustadores e distópicos, nenhum drone armado deve ter tanta autonomia.

Contudo, em um artigo da Human Rights Watch publicado recentemente, os EUA disseram durante o Grupo de Especialistas Governamentais da Convenção sobre Armas Convencionais, de agosto de 2019, que as armas autônomas letais "podem ter benefícios militares e humanitários". O documento também observou que o Reino Unido disse anteriormente que considera o direito internacional humanitário existente bom o suficiente para regulamentar o uso de armas que se conduzem sozinhas, sem interferência humana.

De acordo com a Campaign to Stop Killer Robots (Campanha para Parar Robôs Assassinos), os "EUA, China, Israel, Coreia do Sul, Rússia e Reino Unido estão desenvolvendo sistemas de armas com autonomia significativa nas funções críticas de seleção e ataque de alvos". A organização afirma que as armas totalmente autônomas carecem do julgamento humano necessário para esse tipo de operação, e isso poderia tornar a decisão de ir à guerra mais fácil e “transferir o fardo do conflito ainda mais para os civis”. Em um artigo publicado no mês passado, a organização lista 30 países que pediram uma proibição de armas totalmente autônomas – Reino Unido e Estados Unidos não estão entre eles. Em 2019, o Partido Nacional Escocês pediu a proibição de armas autônomas letais.

A guerra é horrível, e é compreensível que qualquer país queira que suas tropas retornem com segurança. Mas colocar tropas a uma distância literal e metafórica do combate direto parece mais semelhante a um videogame do que qualquer outra coisa. E, como aponta a Campanha para Parar Robôs Assassinos, esses tipos de drones podem abrir caminho para armas totalmente autônomas.

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Google passa a destacar Stories de sites e jornais na aba Discover

Posted: 06 Oct 2020 01:03 PM PDT

Parece que o Stories não é apenas uma tendência passageira que o Instagram copiou do Snapchat. Após o recurso ser incorporado no WhatsApp e Facebook, o Google anunciou nesta terça-feira (6) que vai lançar o Web Stories no Discover. Os primeiros países a receberem a novidade são Brasil, Estados Unidos e Índia, estando disponível no aplicativo do Google para Android e iOS.

Apesar do nome Web Stories, vale ressaltar que estes conteúdos não são feitos por usuários convencionais, mas por veículos de imprensa. Segundo o Google, esses conteúdos feitos por alguns sites e jornais já apareciam na busca, porém agora terão um destaque maior e vão aparecer na aba Discover — aquela área do app do Google que mostra indicações de conteúdos baseados em seus interesses ou no Android, quando você arrasta para o lado direito e aparecem uma série de notícias.

Se você nunca viu um desses Web Stories do Google, dê uma olhada neste feito pela Folha de S. Paulo.O recurso em si não é a grande novidade, visto que o Google já permitia que alguns sites publicassem conteúdos no formato de stories para serem exibidos em suas próprias páginas ou em resultados de pesquisa.

A diferença é que eles vão ganhar maior visibilidade ao serem integrados ao aplicativo do Google e exibidos na aba de curadoria da gigante de buscas. Segundo o Google, o Discover conta com mais de 800 milhões de usuários mensais. Apesar de funcionar melhor em dispositivos móveis, os cards podem ser visualizados no desktop também – nesse caso, o conteúdo é expandido para se adequar às dimensões da tela.

Ainda de acordo com o Google, os autores dos conteúdos têm controle total sobre monetização, hospedagem, compartilhamento e inclusão de links nos Stories.

Dentre os mais de 2 mil sites que já publicaram Stories que foram indexadas pelo Google, alguns dos veículos brasileiros incluem Folha de S.Paulo, O Globo, UOL, Catraca Livre, Meia Hora, entre outros.  Para criar os cards, é necessário utilizar ferramentas como o Web Story para WordPress, MakeStories ou NewsroomAI.

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G Suite agora é Google Workspace e traz mais interação entre serviços

Posted: 06 Oct 2020 11:59 AM PDT

G Suite agora é Google Workspace. Imagem: Google

O Google anunciou nesta terça-feira (6) que está atualizando o G Suite para Google Workspace. E não foi só no nome que a plataforma ganhou uma repaginada: os ícones, símbolos e imagens também mudaram, dando um novo visual à suíte de ferramentas para trabalho e produtividade do Google Cloud que inclui serviços como Gmail, Drive Docs e Meet. As mudanças começarão a aparecer para todos os usuários já nas próximas semanas.

Lançada originalmente em 2016, a G Suite foi apresentada como um serviço para empresas, funcionando no modelo de assinatura. As companhias interessadas pagam um valor mensal, que por sua vez dá acesso a algumas ferramentas para serem usadas por várias pessoas simultaneamente. Cerca de 6 milhões de empresas pagam por um plano mensal no Suite – bom, agora Workspace.

Além das novidades no nome e no design dos ícones, o Workspace também ganhou melhorias de integração entre aplicativos. Meet, Chat e Salas, por exemplo, passam a funcionar de maneira mais integrada, o que significa que todos os recursos usados entre esses apps estarão disponíveis de forma bem mais colaborativa.

Usuários poderão criar e colaborar em documentos em salas com pessoas convidadas, e divulgar uma prévia dos arquivos no Docs, Planilhas (Sheets) e Apresentações (Slides) sem ter de abrir uma nova aba no navegador. Além disso, ao mencionar alguém em um documento, o Workplace exibirá um card pop-up com informações de contato daquela pessoa e botões de ações rápidas para iniciar uma chamada de vídeo, mandar um e-mail, entre outras opções.

Outra funcionalidade é que o modo pitcure-in-picture, que diminui o tamanho da janela de uma chamada no Google Meet, agora também será compatível com Doc, Planilhas e Apresentações. Até então, o recurso só estava disponível no Gmail e Chat.

Novos planos

O Google também anunciou três novas modalidades de assinatura para o Workspace, todas elas voltadas para negócios que tenham menos de 300 licenças. Os preços valem apenas para novas assinaturas, então nada muda para empresas que já possuem o G Suite.

Estes são os planos e seus respectivos valores:

  • Business Starter: inclui e-mail comercial personalizado e seguro, videochamadas com 100 participantes, 30 GB de armazenamento em nuvem (por usuário), controles de segurança e gerenciamento, e suporte padrão. Custa R$ 27 mensais por usuário (R$ 24,30 em período promocional por tempo limitado);
  • Business Standard: inclui e-mail comercial personalizado e seguro, videochamadas com 150 participantes e gravação do conteúdo, 2 TB de armazenamento em nuvem (por usuário), controles de segurança e gerenciamento, e suporte padrão com upgrade para suporte aprimorado. Custa R$ 54 mensais por usuário (R$ 48,60 em período promocional por tempo limitado);
  • Business Plus: inclui e-mail comercial personalizado e seguro com e-discovery e retenção, videochamadas com 250 participantes e gravação e controle de participação, 5 TB de armazenamento em nuvem (por usuário), controles de segurança e gerenciamento incluindo o Vault e o gerenciamento corporativo de endpoints. Custa R$ 81 mensais por usuário.

Há ainda o Plano Enterprise que traz recursos extras, mas para obter o preço é necessário entrar em contato com a equipe de vendas do Google.

[Google, TechCrunch]

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Prêmio Nobel de Física 2020 vai para cientistas que estudaram buracos negros na teoria e na prática

Posted: 06 Oct 2020 11:06 AM PDT

Os vencedores do Prêmio Nobel de Física de 2020 foram anunciados nesta terça-feira (6). São três cientistas que fizeram estudos relacionados a buracos negros. Roger Penrose demonstrou que a teoria da relatividade geral de Einstein previa a existência do fenômeno, contrariando o que o próprio Einstein acreditava. Já Reinhard Genzel e Andrea Ghez descobriram separadamente a existência de um objeto supermassivo no centro de nossa galáxia.

O físico e matemático inglês Roger Penrose, da Universidade de Oxford, usou novos conceitos matemáticos para demonstrar que a existência de buracos negros era uma consequência direta da teoria da relatividade. O próprio Einstein, pai da teoria, não acreditava na existência de buracos negros.

Em 1965, Penrose publicou seu trabalho que demonstrava a existência desses fenômenos e dava uma descrição detalhada deles, mostrando que o acúmulo de massa faz as leis da natureza como conhecemos praticamente cessarem — nada, nem mesmo a luz, é capaz de escapar.

Os outros dois vencedores fizeram seus trabalhos décadas depois. O alemão Reinhard Genzel — que é diretor do Instituto Max Planck para Física Extraterrestre, no seu país natal — e a americana Angela Ghez — pesquisadora do Departamento de Física e Astronomia da Universidade da Califórnia em Los Angeles — lideraram suas equipes separadamente desde os anos 90 e descobriram a existência de um buraco negro no centro da Via Láctea.

A equipe de Genzel usou dados dos telescópios NTT e VLT, no Chile, enquanto o time de Ghez usou o Observatório Keck, que fica no Havaí. Com os instrumentos voltados para a região Sagittarius A*, que fica o centro da nossa galáxia, eles puderam mapear as órbitas das galáxias, desenvolver métodos para driblar nuvens de gás que atrapalham a visibilidade dos telescópios e deduzir que há um buraco negro por lá.

Este buraco negro — que também foi batizado de Sagittarius A* — tem, inclusive, a massa de 4 milhões de Sóis em um espaço relativamente compacto, com apenas 24 quilômetros de diâmetro.

Ao Guardian, Penrose, aos 89 anos, disse que era uma enorme honra receber o prêmio e que ele estava feliz de ver que uma mulher também havia sido premiada — Ghez é a quarta mulher a ganhar o Nobel de Física na história. Ele, porém, se queixou da distração da premiação, que vai atrapalhar seu trabalho nos próximos dias.

Também ao jornal inglês, Ghez disse estar emocionada e que espera que a premiação ajude a inspirar outras mulheres a serem cientistas.

Penrose, Genzel e Ghez receberão da Academia Real de Ciências da Suécia um prêmio no valor de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 6,2 milhões — Penrose ficará com a metade do valor, e Genzel e Ghez ganharão um quarto disso cada. O Nobel de Medicina foi anunciado na segunda-feira (5), e na quarta (7), é a vez dos vencedores do prêmio de química serem divulgados.

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Apple marca evento para 13 de outubro e dessa vez o assunto deve ser iPhone 12

Posted: 06 Oct 2020 09:46 AM PDT

Convite da Apple para evento de outubro de 2020

Em setembro, o que parece quase há um ano mas foi só há um mês, achávamos que o evento Time Flies, da Apple, apresentaria novos iPhones, embora rumores apontavam que havia atrasos na produção dos telefones por causa do coronavírus. No entanto, no evento de setembro, não teve nenhum iPhone, fazendo com que o mundo voltasse sua atenção para outubro. E agora sabemos a próxima data do evento da empresa da maçã: será em 13 de outubro, e apostamos que o iPhone 12 finalmente fará sua estreia.

As coisas têm sido um pouco diferentes nos eventos da Apple por causa da pandemia de COVID-19. Em vez de exibir novos telefones para e imprensa no Steve Jobs Theatre, no Apple Park, em Cupertino (Califórnia), o CEO da Apple, Tim Cook, deve anunciar até quatro novos iPhones em uma apresentação transmitida pela internet. O evento online começará às 14 horas (horário de Brasília), no site da Apple.

O evento claramente falará bastante sobre 5G, dado o slogan "Hi, Speed" presente no convite. O último rumor é que teremos um iPhone 12 mini de 5,4 polegadas. Diferente dos iPhone SE, que lembra um iPhone 8, o Mini terá um corpo pequeno num visual que lembra os novos iPhones. Também há rumores sobre um iPhone 12 de 6,1 polegadas, um iPhone 12 Pro de 6,1 polegadas e um iPhone 12 Pro Max de 6,7 polegadas.

É esperado que todos eles tenham o mesmo design de borda de metal, semelhante ao iPhone 5, e sejam equipados com o processador A14 Bionic, da Apple, e modems 5G para fornecer as velocidades mais rápidas conforme as operadoras trabalham na expansão de suas redes de quinta geração.

Os iPhones Pro mais caros deverão ter corpo de aço inoxidável e sistemas de câmera de lente tripla com sensores LIDAR, enquanto os modelos mais baratos terão câmeras de lente dupla e corpos de alumínio.

Também pode haver um fone de ouvido e um novo alto-falante HomePod neste evento. No entanto, considerando a forma como a Apple tem anunciado produtos neste ano — com anúncios via e-mail ou em pequenos encontros com jornalistas, para alguns — não está claro se esses novos dispositivos verão os holofotes na próxima semana.

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Apple remove fones e alto-falantes de lojas sinalizando possível anúncio de linha própria

Posted: 06 Oct 2020 08:39 AM PDT

Fone de ouvido da Beats

No que parece um sinal óbvio de que a Apple deve lançar uma nova linha de produtos de áudio, a companhia simplesmente removeu de suas lojas físicas e virtuais quase todas as marcas de alto-falantes e headphones que podem ser consideradas rivais.

A companhia retirou páginas de produtos de headphones e alto-falantes da Bose, Sonos e Ultimate Ears, e a tendência é que aconteça o mesmo em suas lojas físicas. A mudança, notada primeiramente pela Bloomberg, significa que a Apple está vendendo apenas fones de ouvido e alto-falantes feitos por ela mesma ou por sua subsidiária, a Beats, online ou em lojas.

A Apple disse à Bloomberg que constantemente reavalia a venda de produtos de terceiros em suas lojas, que são escolhidos para ajudar os clientes a tirarem maior proveito de seus dispositivos Apple.

Mas o momento é notável, porque há rumores de que a Apple terá mais lançamentos de produtos planejados nas próximas semanas. Um alto-falante HomePod menor e um par de fones de ouvido da Apple estão entre as possibilidades.

E, como notado pela Bloomberg, a Apple no passado removeu produtos de sua loja que competiam diretamente com os seus, como fez com a Fitbit após o lançamento do Apple Watch. Mas a empresa também eliminou produtos não vinculados a um lançamento, de modo que a mudança pode não ter nenhuma relação com os dispositivos Apple a serem apresentados.

A Apple está planejando um evento sobre iPhone para este mês e um outro sobre computadores em novembro. Então temos duas oportunidades para ver um AirPods Studio ou qualquer que seja o próximo HomePod, caso você esteja interessado em um alto-falante com a Siri que, provavelmente, vai ser caro.

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Humanos pré-históricos já usavam fogo há 300 mil anos para forjar ferramentas de pedra

Posted: 06 Oct 2020 07:22 AM PDT

A prática pré-histórica de usar fogos controlados para produzir ferramentas de pedra personalizadas remonta a 300 mil anos, de acordo com novas pesquisas. A descoberta confirma a sofisticação cognitiva e cultural da espécie humana que vivia nesse período.

As ferramentas de sílex cozidas, encontradas na caverna Qesem no centro de Israel, são evidências de que os primeiros hominídeos eram capazes de controlar a temperatura do fogo e de que descobriram uma importante habilidade de sobrevivência, de acordo com uma nova pesquisa publicada nesta segunda-feira (5), na Nature Human Behavior.

O aquecimento da pedra a baixas temperaturas permitiu um melhor controle da descamação durante o talhamento. Armados com esse nível de controle, os fabricantes de ferramentas puderam criar suas ferramentas para aplicações de corte específicas. O novo trabalho foi liderado pelo arqueólogo Filipe Natalio, do Instituto Weizmann de Ciência de Israel.

Silje Evjenth Bentsen, antropóloga da Universidade de Bergen que não estava envolvida no novo estudo, disse que o uso do fogo entre os hominídeos é atualmente um tema quente na área de pesquisa arqueológica, e por boas razões.

"Pessoalmente, acho que os hominídeos não sobreviveriam por muito tempo no clima frio da Eurásia sem comida quente e fogo, mas alguns pesquisadores ainda argumentam que o uso controlado e habitual do fogo chegou bem tarde", explicou Bentsen por e-mail. "Se os hominídeos da caverna Qesem usavam o fogo há 300.000 anos como tecnologia e como parte de suas estratégias de produção de ferramentas, é um sinal de uso avançado do fogo. E, como tal, também poderia nos ajudar a entender como e quando os hominídeos controlavam o fogo e o usavam casualmente em sua vida cotidiana".

Da esquerda para a direita: uma tampa de panela, lasca e lâmina (sem escala). Imagem: A. Agam et al., 2020

Nossa espécie, Homo sapiens, emergiu recentemente na África durante este período, então é improvável que eles fossem responsáveis ​​por essas ferramentas de pedra. Ao mesmo tempo, vários dentes de hominídeo encontrados na caverna Qesem são semelhantes aos dos neandertais, então são um provável candidato. Independentemente disso, tanto o Homo sapiens quanto os neandertais "sem dúvida possuíam as habilidades cognitivas necessárias para implementar o tratamento térmico descrito no novo artigo", de acordo com Katja Douze, uma antropóloga da Universidade de Genebra que não é afiliada à nova pesquisa.

Esta técnica de fabricação de ferramentas é conhecida pelos arqueólogos. Pesquisas anteriores sugerem que a prática estava sendo empregada no Levante entre 420.000 e 200.000 anos atrás. Pedaços de sílex queimado sugeriam a prática, mas não estava claro se isso era apenas algo aleatório ou se as pessoas estavam realmente controlando suas fogueiras com o propósito de criar ferramentas de pedra.

Douze disse que a prática de usar fogo para produzir lanças de madeira remonta a cerca de 400.000 anos, mas "o tratamento térmico de pedra provavelmente exigia um esforço técnico maior, especialmente para sílex, que é muito sensível a mudanças bruscas de temperatura", disse ela. Se o processo de aquecimento não for bem controlado, "a rocha quebra imediatamente e não pode mais ser usada", explica. Consequentemente, o novo artigo mostra que, "esse domínio não é apenas muito antigo, mas também complexo".

"O estudo da equipe Qesem sugere que os primeiros hominídeos dominaram esse processo 300.000 anos atrás ou até antes, e isso nos dá muito que pensar".

Como evidência desse tratamento térmico, Natalio e seus colegas analisaram dois tipos de ferramentas de sílex encontradas na caverna Qesem, que é conhecida por ter hospedado incêndios em seu passado antigo. Eles usaram uma análise química espectroscópica e aprendizado de máquina para estimar a temperatura na qual os itens de sílex foram aquecidos. Os resultados mostraram que as lâminas foram aquecidas a 259 graus Celsius, valor inferior ao das lascas, que chegaram a 413 graus Celsius. As tampas de panelas encontradas no mesmo local ficaram ainda mais quentes, com temperaturas chegando a 447 graus Celsius.

Para Douze, a demonstração de diferentes temperaturas de aquecimento para as lâminas e lascas foi o ponto alto do estudo.

"Essa diferença também garante que não há absolutamente nenhuma dúvida sobre o aquecimento deliberado da pedra neste local", disse Douze. "Agora, resta determinar como esses hominídeos realizaram o aquecimento de seus blocos no local e como eles controlaram as diferentes temperaturas de aquecimento".

As possibilidades citadas por Douze incluem o uso de banhos de areia sob as lareiras nas quais eles colocaram seus blocos, ou possivelmente vários tipos de sistemas de aquecimento necessários para atingir cada uma das temperaturas exigidas.

"O uso de aprendizado de máquina é um método inovador e oferece novas possibilidades para estudos futuros", disse Bentsen. "As amostras de sílex foram aquecidas em ambiente controlado em um forno de laboratório. Isso nos dá uma boa linha de base para todas as mudanças induzidas pelo calor na pedra".

De forma inteligente, os autores também realizaram uma arqueologia experimental, na qual replicaram essas condições para testar a plausibilidade das estimativas do computador. Funcionou, como os autores explicaram em seu estudo:

Esses experimentos de talhamento preliminares parecem apoiar a ideia de que o aquecimento controlado da pedra a temperaturas relativamente baixas oferece um maior grau de controle sobre lascas e a produção de lâmina melhorada, tornando-as mais adequadas para atividades específicas (por exemplo, maior eficiência no preparo de carnes).

Essa técnica pré-histórica, no entanto, teve um custo, pois exigiria que os hominídeos coletassem continuamente combustível para o fogo – uma atividade de alta energia. Consequentemente, os autores levantam a hipótese de que a coleta de combustível foi feita para apoiar a produção de ferramentas de pedra, bem como atividades do dia a dia, como cozinhar.

O fato de esses antigos hominídeos serem capazes dessa tarefa é uma grande descoberta, como explicou Bentsen.

"A capacidade de planejar com antecedência e compreender as muitas etapas diferentes de um processo é uma habilidade de sobrevivência vital", disse ela. "Esse processo requer muitas etapas e um planejamento cuidadoso; você precisa saber quais rochas aquecer e reunir todas as rochas e o combustível. Você deve criar calor suficiente – nem muito quente, nem muito frio – e entender por quanto tempo o fogo deve durar. E após o aquecimento, as rochas devem esfriar cuidadosamente antes de serem usadas ou trabalhadas".

Ao que Bentsen acrescentou: "O estudo da equipe de Qesem sugere que os primeiros hominídeos dominavam esse processo 300.000 anos atrás ou até antes, e isso nos dá muito que pensar".

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Uber vai permitir que motoristas mulheres optem por transportar apenas passageiras

Posted: 06 Oct 2020 06:33 AM PDT

A partir de amanhã (7), a Uber vai lançar uma série de iniciativas em São Paulo com foco em suas usuárias e motoristas mulheres. A principal novidade é que motoristas cadastradas na plataforma poderão optar por receber chamadas apenas de passageiras mulheres – uma funcionalidade que concorrentes, como a 99, já oferecem desde o ano passado. Para incentivar outras mulheres a se cadastrarem, a Uber também vai disponibilizar condições especiais para alugar carros, além de lançar uma plataforma educacional.

A ferramenta U-Elas aparecerá na área de preferências do aplicativo para as motoristas, podendo ser ativada ou desativada a qualquer momento. Quando ativada, ela limita as chamadas apenas a passageiras mulheres. No entanto, as passageiras ainda não terão a opção de escolher viagens apenas com motoristas mulheres.

GIF: Uber

Caso a motorista esteja com a funcionalidade U-Elas ligada e encontrar um homem solicitando a viagem na hora de buscar a passageira, a Uber afirma que é possível cancelar a viagem e indicar a opção 'Viagem com passageiro homem'. Nesses casos, o cancelamento não irá prejudicar a avaliação da motorista.

GIF: Uber

Já para quem ainda não está cadastrada na plataforma, a Uber firmou uma parceria com a Localiza Hertz para oferecer 10% de desconto em qualquer carro no plano semanal de aluguel. Para essas potenciais motoristas que estão em busca de uma fonte de renda, a plataforma educativa da Uber vai promover cursos online sobre empoderamento pessoal e econômico, desenvolvidos em parceria com a Iniciativas Empreendedoras, a Rede Mulher Empreendedora e a economista Gabriela Mendes.

As iniciativas fazem parte do programa Elas na Direção, lançado no fim de 2019 e que já funciona em mais de 20 cidades. O projeto, que conta com a parceria da Rede Mulher Empreendedora, tem o objetivo de reduzir a desigualdade entre homens e mulheres no mercado. Segundo a Uber, até o fim de 2019, as mulheres representavam apenas 6% da base de motoristas cadastrados no Brasil. Alguns dos motivos listados pela empresa que explicam essa disparidade são: desafios de segurança, falta de visibilidade sobre ganhos e falta de conhecimento sobre o que é preciso para se cadastrar.

Atualmente, o programa Elas na Direção está disponível em 17 cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Criciúma, Curitiba, Feira de Santana, Fortaleza, Goiânia, Joinville, Juiz de Fora, Manaus, Mogi Guaçu, Pelotas, Piracicaba, Porto Alegre, Recife e Salvador. Além de São Paulo, que recebe a novidade amanhã (7), a Uber afirma que planeja expandir o projeto para todo o Brasil ainda em 2020.

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Em breve, você poderá chamar um carro da 99 usando o WhatsApp

Posted: 06 Oct 2020 05:02 AM PDT

Motorista conduzindo um Renault com o app da 99 aberto no smartphone

Várias empresas têm se voltado para o WhatsApp como forma de atendimento automático — você começa uma conversa, escolhe as opções que deseja e tem seu problema resolvido (ou não) sem precisar fazer uma ligação, entrar no site ou mandar e-mail. A 99 vai recorrer a esse recurso para seu principal serviço. Em breve, você poderá chamar um carro e iniciar sua corrida usando o aplicativo de mensagens.

A novidade funciona assim: o passageiro manda uma mensagem para o número oficial da 99 no WhatsApp e começa a interação com o robô de atendimento. No primeiro acesso, há a confirmação de dados cadastrais da mesma forma que no aplicativo do serviço.

Depois, o passageiro informa os endereços de embarque e de destino e recebe o mapa e a localização do motorista que vai atendê-lo, bem como previsão de valor da corrida, tempo de espera, nome do motorista e dados do veículo.

O pagamento, nesse caso, é em dinheiro: uma mensagem informa o valor final da corrida para o passageiro, que entrega a quantia ao motorista.

O recurso funciona com a categoria 99Pop, que tem carros particulares, e será testado a partir de 15 de outubro nas cidades de Araraquara, Bauru, Presidente Prudente e São Carlos, no interior de São Paulo. Por enquanto, o número oficial da 99 ainda não foi revelado, mas eu apostaria que vai ter 99 em alguma parte.

A grande vantagem é não precisar instalar mais um aplicativo no smartphone. Isso é especialmente importante para quem tem um aparelho com pouco espaço de armazenamento ou depende de um plano de dados limitado para fazer o download.

O Uber, principal concorrente da 99, tem uma versão Lite de seu app para Android e um site desenhado para smartphones, dois recursos que miram justamente pessoas com aparelhos com pouco espaço. Mesmo assim, convenhamos, adicionar um número na agenda ainda é mais fácil.

A limitação do pagamento em dinheiro também não deve ser um problema, ao se levar em conta que grande parte da população brasileira não tem conta em banco — são os chamados desbancarizados.

Segundo o comunicado da 99, o Brasil é o primeiro país a contar com uma tecnologia desse tipo — vale lembrar que a empresa é de propriedade da DiDi Chuxing, que é chinesa. A companhia aposta na novidade para fazer sua presença nas periferias crescer — ela diz que as corridas nessas regiões já subiram 54% durante a pandemia.

Outro atrativo para a 99, em termos de negócios, é a grande base instalada do WhatsApp — atualmente, o mensageiro tem 120 milhões de usuários ativos no país, cerca de seis vezes o número de passageiros da empresa.

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Por que tem baratas dentro do meu computador?

Posted: 06 Oct 2020 04:19 AM PDT

Computador infestado com baratas. Ilustração por Elena Scotti/Gizmodo com imagens Shutterstock

Existem algumas coisas que pertencem a um computador. Fios, chips, traquitanas mecânicas zumbindo – o que a maioria de nós pensaria, sensatamente, como "alguma coisa relacionada ao disco rígido".

Ausentes desta lista – ausentes da maioria das listas, exceto aquelas que lidam com repugnantes vetores de doenças de seis patas – estão as baratas. Uma barata em um disco rígido? Simplesmente não é onde uma barata deveria estar. E, no entanto, lá estão elas, desafiando as leis dos discos rígidos, para não falar da natureza.

O que é responsável por esta abominação? O que há na mente distorcida das baratas que as obrigam continuamente a cometer esse crime específico? Para o Giz Pergunta desta semana, contatamos vários especialistas para descobrir.

Walt Oakhem

Proprietário da York Computer Repair, uma loja de conserto de computadores dos EUA

Elas realmente gostam do calor dos dispositivos eletrônicos – elas encontram um caminho para dentro das televisões, computadores, quase todos os lugares para onde consigam espremer seus corpinhos. Eu vi isso muitas e muitas vezes.

Já vi computadores entrando em nosso centro de serviços infestados de baratas, a ponto de termos que levá-los imediatamente para fora e colocá-los em um saco de lixo e tratá-los como um risco biológico.

Você tende a saber muito rapidamente se uma máquina está infestada – mais de uma vez começamos a desmontar uma máquina e eles começaram a enlouquecer e sair do computador como se estivessem com medo. É terrível. Certa vez, vi baratas saindo de uma TV – elas estavam em todos os pequenos orifícios e aberturas ao redor da parte superior.

Em parte, é apenas nojento, mas pode chegar ao ponto em que destrói ativamente o hardware – já vi situações em que há sujeira ou fezes nos componentes que acabarão por destruí-los.

Você também tende a ver muitas aranhas e tufos de poeira. Ocasionalmente, você verá um pequeno rato, embora isso não aconteça com muita frequência – faz muito barulho lá dentro para eles.

"Elas realmente gostam do calor dos dispositivos eletrônicos".

Joe Silverman

CEO da New York Computer Help

Fazemos isso há vinte anos e, nesse tempo, vimos baratas mortas, vimos baratas meio vivas, vimos baratas rastejantes. Chegamos ao ponto em que tivemos que embalar um computador. Poucos técnicos se dão bem com coisas que estão rastejando.

Como elas entram lá? Odeio dizer isso – nunca citaria nomes – mas: sujeira. Você pode dizer muito sobre o estado da casa ou apartamento de alguém apenas com base no computador. Se você viu o computador de alguém, sabe o quão bem essa casa é cuidada normalmente.

Quanto ao que atrai as baratas para os computadores – duas coisas. Tem o calor, que elas gostam muito, principalmente no inverno. E então há migalhas. Um usuário típico de computador pode, por exemplo, tomar café da manhã sobre o teclado ou levá-lo para  a cozinha para auxiliar em alguma receita – o que definitivamente está acontecendo muito mais agora, com o coronavírus.

Dito isso, as baratas são raras – quando você as vê, sabe que realmente precisa fazer uma intervenção. É um extremo. Mas também vimos outros insetos. Vimos moscas. Na pior das hipóteses, vimos fezes e urina de animais. Quando a Apple vê algo assim, eles consideram perigoso e se recusam a consertar. Muitas dessas pessoas vêm até nós. Se for assustador demais, não vamos aceitar, mas se for uma perna de inseto ou algo assim, ou se parecer que as baratas já saíram, então, sim, nós vamos arrumar o computador.

Quando as pessoas chegam até nós com problemas como este, eu digo a elas para ficarem atentos às aberturas e ventiladores de seus laptops. Esteja atento ao espaço ao seu redor – mantenha-o limpo. Se você estiver trabalhando em uma mesa, limpe-a, seque-a, certifique-se de que não haja espaço para infestação. Baratas podem facilmente entrar pelas aberturas de ventilação. E você também quer manter as migalhas longe do teclado, porque isso pode levar não apenas a baratas, mas também a larvas, insetos e todas essas coisas divertidas.

"Tem o calor, que elas gostam muito, principalmente no inverno. E então há migalhas".

Brian Gill

CEO da Gillware Data Recovery

Insetos e eletrônicos se dão bem desde que os eletrônicos existem. O termo de computação bugs (como em software com bugs) foi cunhado na década de 1940, quando uma mariposa foi frita em um dos primeiros computadores. O inseto frito e o registro supostamente estão em algum lugar no museu Smithsonian.

As baratas adoram se esconder em lugares escuros e quentes. Que lugar melhor do que um Playstation morno e quentinho, um computador desktop ou um disco rígido externo? Nojento!

Na maioria das vezes, as pessoas não percebem que entraram lá, até que os aparelhos eletrônicos não ligam mais. Quando você ou um técnico de serviço os abrem, é quando você vê o adorável cocô de barata e, com sorte, as baratas mortas e eletrocutadas que se introduziram no circuito e pegaram fogo. Ou você pode ver uma viva andando por lá e, nesse caso, você vai deixar cair o dispositivo no chão e provavelmente gritar de terror, pelo menos é assim que eu pessoalmente lidaria com isso.

Se você está procurando conselhos sobre como se livrar deles, sou o homem errado. Matá-los com fogo? As pessoas nos enviam os discos rígidos com componentes eletrônicos em curto para reparo temporário (para que possamos recuperar seus dados). Portanto, somos ótimos no trabalho de recuperação, mas não somos especialistas em remoção de baratas.

A única situação menos popular com nossa equipe de engenharia de recuperação de dados é quando gatos urinam em aparelhos eletrônicos. Não ignorem seu gato, gente. Muitas vezes recebemos uma ligação dizendo que houve um derramamento de líquido em um laptop que causou um curto-circuito nos componentes eletrônicos. Água, cerveja, vinho, sem problemas! Mas não há nada como o cheiro na sala durante o trabalho com componentes elétricos com urina de gato seca.

"As baratas adoram se esconder em lugares escuros e quentes. Que lugar melhor do que um Playstation morno e quentinho, um computador desktop ou um disco rígido externo? Nojento!”

Arthur Zilberman

Proprietário da LaptopMD

Com 20 anos de existência, encontramos todos os tipos de consertos estranhos, desde dispositivos infestados de pulgas até buracos de bala nos laptops das pessoas.

Uma das coisas mais difíceis e frustrantes que encontramos são dispositivos cheios de baratas mortas e vivas. A razão pela qual essas pragas gostam de residir dentro de computadores e laptops é porque o interior desses dispositivos é muito quente e escuro.

Os espaços apertados no interior fazem com que se sintam seguras e imitam seu habitat natural. Além disso, o processador e a placa-mãe geram muito calor e geralmente estão localizados próximos ao disco rígido. As baratas não podem entrar na unidade física, mas muitas vezes podem ficar nela e em partes ao redor dela. Dito isso, uma das melhores maneiras de evitar que seu dispositivo seja comprometido por insetos e baratas é garantir que sua casa esteja livre dessas pragas. Além disso, se possível, abra seu desktop mensalmente para verificar se você consegue identificar alguma criatura viva rastejando lá dentro.

A última e mais importante causa dessas infestações é quando o usuário do desktop/dispositivo deixa comida sobre ou ao redor de seu(s) dispositivo(s).

Isso atrai todos tipos de insetos e os tornará mais propensos a rastejar para dentro. Muitas vezes, pequenas partículas de comida podem cair nas muitas rachaduras e fendas localizadas em sua máquina e isso dá a essas pragas um incentivo para explorar mais.

Quanto mais rápido você puder identificar sua presença na máquina, mais rápido você pode impedi-los de botar ovos e se multiplicar lá dentro. É sempre uma boa ideia levar seu dispositivo a um profissional em vez de lidar com o problema sozinho. Se uma ou mais baratas não forem encontradas, elas podem botar seus ovos e trazê-lo de volta à estaca zero. Resumindo, tomar os devidos cuidados, ficar vigilante e manter um espaço limpo ao redor de sua máquina é a melhor maneira de prevenir essas infestações.

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