quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Cientistas acreditam que um telescópio lunar gigante poderia revelar as primeiras estrelas do universo

Posted: 18 Nov 2020 01:40 PM PST

Uma equipe de astrônomos está revivendo uma ideia que a NASA deixou de lado há uma década: um enorme observatório instalado na Lua. Apelidado de "Ultimately Large Telescope", a instalação superaria facilmente qualquer outro telescópio de sua classe e localizaria objetos que existem na teoria, mas nunca foram vistos.

Um grande telescópio de espelho líquido instalado na superfície lunar poderia realizar uma tarefa que nenhum outro telescópio consegue: procurar os sinais das primeiras estrelas no universo. Mesmo o poderoso Telescópio Espacial James Webb, que está programado para ser lançado em 31 de outubro de 2021, não será capaz de ver as primeiras estrelas.

É o que dizem astrônomos da Universidade do Texas em Austin, que detalharam sua argumentação em um artigo a ser publicado em uma futura edição do Astrophysical Journal (uma pré-impressão está disponível no arXiv).

Imagem conceitual do Ultimately Large Telescope. A versão proposta pelos autores do novo estudo seria cinco vezes maior que esta. Crédito: Roger Angel et al./University of Arizona

O conceito remonta a 2008, quando uma equipe de astrônomos da Universidade do Arizona propôs o telescópio lunar de espelho líquido. A NASA flertou com a ideia logo depois, mas acabou abandonando o conceito devido à escassez de pesquisas científicas relevantes relacionadas às estrelas da População III — as primeiras estrelas a aparecer no universo. Um telescópio na Lua seria capaz de perscrutar o espaço sem ser impedido por efeitos atmosféricos e poluição luminosa.

"Ao longo da história da astronomia, os telescópios se tornaram mais poderosos, permitindo-nos sondar fontes de tempos cósmicos sucessivamente anteriores — cada vez mais perto do Big Bang", disse Volker Bromm, coautor do artigo, em um comunicado do Observatório McDonald da Universidade do Texas. “O próximo Telescópio Espacial James Webb (JWST) alcançará o momento em que as galáxias se formaram pela primeira vez.”

O problema é que o JWST — por mais poderoso que seja — não será capaz de detectar objetos menores e mais escuros que existiam antes da formação das galáxias, as chamadas estrelas Pop III. O "momento da ‘primeira luz’ está além das capacidades até mesmo do poderoso JWST e, em vez disso, precisa de um telescópio ‘definitivo’", disse Bromm.

Estrelas Pop III surgiram alguns cem milhões de anos após o Big Bang, tendo sido geradas a partir de uma mistura gasosa de hidrogênio e hélio. A teoria sugere que elas eram de dezenas a centenas de vezes maiores que o nosso Sol, mas mesmo assim, isso não é páreo para o tamanho e a luminosidade de uma galáxia inteira. Como tal, as estrelas Pop III escaparam à detecção.

Dito isso, os autores do novo estudo, liderados por Anna Schauer, pesquisadora associada do Hubble da NASA, afirmam que as estrelas Pop III deveriam ser detectáveis. Nós apenas temos que identificar seus locais de surgimento, que devem assumir a forma de "mini auréolas". As primeiras estrelas nasceram dentro de minúsculas protogaláxias, mas as luminosidades desses objetos são "muito fracas para serem detectadas mesmo pelos tempos de exposição mais longos", como os autores escrevem em seu artigo.

"Nossa galáxia vizinha, Andrômeda, tem cerca de um trilhão de estrelas, e podemos vê-la a olho nu apenas em locais muito escuros na Terra", explicou Schauer por e-mail. "Essas minúsculas primeiras galáxias têm de 10 a 1.000 estrelas e estão muito mais distantes — a luz levou mais de 13 bilhões de anos para chegar à Terra. Ambos os fatores atuam juntos, e esperamos que as mini auréolas sejam cerca de 100 trilhões de vezes mais fracas do que Andrômeda."

Ao estudar as estrelas Pop III, podemos analisar as condições no universo primitivo, acrescentou ela.

"No início do universo, antes do surgimento das primeiras estrelas, a matéria visível era composta apenas de hidrogênio e hélio. As estrelas são necessárias para ‘criar’ elementos superiores, por exemplo, oxigênio e carbono, que são fundamentais para a vida", disse Schauer. "Estamos fazendo simulações de computador para entender melhor as estrelas Pop III, mas ainda não temos certeza de quão massivas e grandes eram essas primeiras estrelas e se elas se formaram em aglomerados maiores ou menores. Essas perguntas podem ser respondidas com observações."

É aí que um observatório lunar pode ajudar. E, de fato, Schauer e seus colegas calcularam os números, descobrindo que um telescópio-espelho suficientemente grande na superfície lunar deveria resolver o problema. Niv Drory, coautor e cientista pesquisador sênior do Observatório McDonald, disse que o Ultimately Large Telescope proposto é “perfeito” para o desafio.

Situado no polo norte ou sul da Lua, o espelho estacionário mediria 100 metros de diâmetro. O telescópio seria autônomo e alimentado por uma estação de energia solar próxima. O observatório iria transmitir dados para um satélite colocado em órbita lunar.

O espelho do telescópio seria feito de líquido, ao invés de vidro, pois esta solução é mais leve e mais acessível em termos de transporte. O espelho teria que girar continuamente para manter a superfície do líquido em uma forma parabólica. Um líquido metálico cobriria a camada superior do espelho para fornecer a refletividade necessária. Para evitar que o excesso de calor estrague o show, o telescópio seria construído dentro de uma cratera de impacto e colocado dentro de uma sombra perpétua.

Como os autores escrevem, no entanto, “não está claro que efeito a poeira lunar teria sobre o instrumento e as observações”.

Perscrutando o cosmos, o Ultimately Large Telescope se fixaria em um único pedaço do céu para absorver o máximo de luz possível, enquanto busca mini auréolas no infravermelho próximo e em desvios para o vermelho extremo (objetos cuja luz é muito desviada para o vermelho — o que significa que os comprimentos de onda foram estendidos pela expansão do espaço — estão mais longe e, quanto mais longe olhamos para o espaço, mais profundamente no tempo veremos). Como os autores observam em seu artigo, as mini auréolas devem produzir uma assinatura distinta, portanto, devem ser “identificadas de forma inequívoca”.

Claro, não estaríamos olhando diretamente para as estrelas Pop III, mas sim para seus locais de formação — uma espécie de evidência da sua existência e, certamente, o máximo que poderemos ter.

Olhando para o futuro, Schauer está animada com o lançamento do JWST, que permitirá aos cientistas estudar o universo primitivo, incluindo a primeira geração de estrelas que apareceu após a formação das estrelas Pop III.

"Para o futuro, espero que teóricos e observadores trabalhem juntos para desenvolver ainda mais a tecnologia para este telescópio lunar", disse ela. "Eu também espero que os humanos retornem à Lua, para potencialmente estabelecer um local onde o ULT poderia ser construído."

Esta não é a única proposta para construir um grande telescópio na Lua. O roboticista do JPL da NASA Saptarshi Bandyopadhyay esboçou sua visão para um observatório lunar, que seria construído dentro de uma grande cratera de impacto. Ao contrário do Ultimately Large Telescope (que procura fontes de luz infravermelha), o Lunar Crater Radio Telescope seria um radiotelescópio de comprimento de onda ultralongo capaz de detectar alguns dos sinais mais fracos — e mais distantes — viajando pelo espaço. O projeto de Bandyopadhyay está atualmente na fase um do programa Innovative Advanced Concepts (NIAC) da NASA.

Talvez vejamos uma fase um do NIAC da NASA para o Ultimately Large Telescope algum dia. As primeiras estrelas estão ficando impacientes.

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Amazon Music estreia podcasts no Brasil com produção original

Posted: 18 Nov 2020 12:26 PM PST

Pessoa segura um Amazon Echo, alto-falante com assistente Alexa, da Amazon

A Amazon anunciou nesta quarta-feira (18) que está lançando mais um recurso em seu serviço de música para concorrer com o Spotify: podcasts. A novidade já estava disponível nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Japão desde setembro. Agora, Brasil e México entram para essa lista de países a contar com os podcasts no Amazon Music.

Com isso, os assinantes do Amazon Music poderão ouvir seus podcasts por meio do aplicativo do serviço no desktop, Android e iOS, além dos alto-falantes inteligentes Echo.

Para inaugurar o recurso por aqui, a Amazon vai lançar seu primeiro podcast de produção original no Brasil: A música do dia de Nelson Motta. Nele, o jornalista vai transformar em podcast seu livro 101 canções que tocaram no Brasil, com episódios diários de até cinco minutos de duração que vão ao ar de segunda a sexta. O objetivo é expandir esse catálogo de conteúdos próprios durante o ano de 2021.

Segundo a Reuters, o Amazon Music contava com uma base de 55 milhões de usuários globais no início deste ano. O número ainda é baixo quando comparado ao concorrente Spotify, que contabiliza 320 milhões de usuários ativos mensais.

Ainda assim, ao incluir novos recursos para tornar a plataforma cada vez mais parecida com a concorrente e oferecer preços competitivos, o Amazon Music ainda tem chances de crescer. Investir no mercado de podcasts, por exemplo, parece ser um movimento esperado. O próprio Spotify tem mexido suas peças nesse campo, afirmando que 22% de seus usuários já ouvem podcasts.

[Reuters, Canaltech]

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Google Maps agora avisa se o seu trem, metrô ou busão estão lotados

Posted: 18 Nov 2020 11:51 AM PST

Logo do aplicativo Google Maps em um iPhone

Sei que ainda estamos em tempo de pandemia, e gostaria muito que todos não precisassem sair de casa. Mas se mesmo assim você tem de pegar transporte público, o Google Maps traz uma novidade: o serviço agora mostra se o ônibus, trem ou metrô que você está esperando está cheio ou não. As atualizações já estão disponíveis, tanto na versão desktop quanto no aplicativo para iOS e Android.

Toda vez que você inserir um endereço de destino no Maps, for até a seção de transporte público na aba de trajetos e selecionar uma rota, o app mostrará como está a lotação do veículo. Por se tratar de uma função nova, ao pesquisar alguns trajetos no meu celular não encontrei nenhuma tag fixa que mostrasse se um ônibus estava muito ocupado.

Captura de tela: Caio Carvalho/Gizmodo Brasil

É aí que entra o fator colaborativo do Maps, pois o próprio Google sugere que os usuários ajudem com informações. Nesse sentido, há uma opção chamada "Como está o veículo?", que traz algumas sugestões de como está o ônibus, trem ou metrô que você está circulando. Você pode destacar se há bancos para sentar, como está a temperatura, se tem algum tipo de acessibilidade, se tem câmeras de segurança e se há um espaço somente para mulheres.

O Google destaca nessa página que todo o conteúdo enviado é público. E a ideia é mesmo essa, pois garante que o aplicativo se mantenha atualizado em tempo real e o mais rápido possível. De acordo com a companhia, o serviço de mapas recebe mais de 50 milhões de updates todos os dias.

Além do update no transporte público, o Google está trazendo ao Maps mais dois recursos focados no monitoramento dos casos de COVID-19. O primeiro é um novo layout que mostra informações sobre o número total de casos detectados em uma área para cada 100 mil habitantes, com links rápidos para serviços prestados por autoridades locais sobre o novo coronavírus. Essa função já tinha sido lançada há pouco menos de um mês — a diferença é que agora ela está mais completa e passa a exibir o número total de mortes e tendência de crescimento ou recuo do vírus nos últimos sete dias.

A segunda novidade no Maps é a possibilidade de visualizar informações sobre reservas em restaurantes ou a situação de pedidos feitos em apps de entrega usando o Maps. O aplicativo te avisará a hora exata de ir ao restaurante ou de esperar a entrega na porta de casa.

[Google]

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Apple vai reduzir comissão da App Store para 15% para pequenos desenvolvedores

Posted: 18 Nov 2020 10:30 AM PST

Ícone da App Store, da Apple

A Apple anunciou nesta quarta-feira (18) que vai reduzir a taxa de comissão da App Store cobrada de desenvolvedores. A iniciativa faz parte do programa para pequenos negócios, chamado App Store Small Business Program, e vai permitir que desenvolvedores que faturam menos de US$ 1 milhão por ano em vendas solicitem uma redução para 15% na taxa de comissão. Atualmente, a taxa é de 30%.

No total, a empresa conta com 28 milhões de desenvolvedores de aplicativos registrados. Segundo a gigante da tecnologia, a maioria deles poderá se qualificar para o programa, que passa a funcionar em 1º de janeiro de 2021. Em dezembro, a Apple vai divulgar mais informações sobre o processo para selecionar os participantes do programa e os critérios de elegibilidade.

O que sabemos até agora é que a empresa vai analisar o desempenho dos desenvolvedores durante o ano de 2020, e novos desenvolvedores poderão se qualificar para o programa imediatamente. Caso um participante exceda o valor de US$ 1 milhão em algum momento em 2021, ele será automaticamente removido do programa e deverá pagar a comissão de 30%. O contrário também será válido — se alguém tiver uma queda no faturamento e não conseguir atingir US$ 1 milhão, também poderá pedir para ser requalificado para a taxa reduzida.

Tim Cook, CEO da Apple, afirma que a ideia é apoiar pequenas empresas, visto que elas são "a espinha dorsal da nossa economia global e o coração da inovação e das oportunidades em comunidades em todo o mundo". Ainda de acordo com ele:

A App Store tem sido um motor de crescimento econômico como nenhum outro, criando milhões de novos empregos e um caminho para o empreendedorismo acessível a qualquer pessoa com uma grande ideia. Nosso novo programa leva esse progresso adiante — ajudando os desenvolvedores a financiar seus pequenos negócios, assumir riscos com novas ideias, expandir suas equipes e continuar a fazer aplicativos que enriquecem a vida das pessoas.

Conforme apontado pelo The Verge, a Apple já havia implementado uma medida similar em 2016, quando permitiu que serviços de assinaturas mantivessem uma taxa extra de 15% da receita se um usuário continuasse pagando a assinatura de um aplicativo no iOS por mais de 12 meses. O novo programa, no entanto, representa a primeira vez que a empresa oferece uma oportunidade para todos os desenvolvedores, e não apenas para aqueles que negociam diretamente com ela.

O The Verge ainda diz que informações do Sensor Tower indicam que a redução da taxa na App Store poderá ser aplicada a cerca de 98% dos desenvolvedores e que isso representa quase 5% da receita da loja de aplicativos.

[The Verge]

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Firefox promete navegação mais segura em última atualização

Posted: 18 Nov 2020 08:32 AM PST

Mozilla Firefox. Imagem: Mozilla

A última atualização do Firefox chegou e vem com um novo recurso que tenta tornar a navegação um pouco menos assustadora. E como funciona? Por meio de uma opção para ativar o que é chamado de "modo apenas HTTPS".

Usando a novidade, o Firefox tentará estabelecer uma conexão segura via HTTPS com todos os sites, em vez de uma conexão HTTP, que não oferece o mesmo nível de segurança. No caso das páginas que não suportam HTTPS, o navegador então pedirá sua permissão antes de se conectar àqueles endereços.

"A segurança online é importante. Sempre que você se conecta a uma página da web e insere uma senha, um número de cartão de crédito ou outras informações confidenciais, você deseja ter certeza de que esses dados serão mantidos em segurança", explicou a empresa para descrever os cenários mais importantes em que o novo recurso deve agir.

A Mozilla acrescentou que há casos em que um site que usa HTTPS pode abrigar uma imagem ou vídeo baseados no padrão HTTP, o que significa que esses sites podem parecer meio estranhos ou até mesmo não funcionar direito neste novo modo. Em casos como esse, usuários do Firefox podem desativar suas conexões HTTPS clicando no ícone de cadeado na barra de endereço.

O novo recurso vem desabilitado por padrão, mas é possível ativá-lo na aba de privacidade e segurança na página de opções do browser. Se o seu Firefox não for atualizado automaticamente, você pode baixar a versão mais recente e experimentar o novo recurso neste link.

Para resumir um pouco as coisas: o protocolo de transferência de hipertexto — o famoso HTTP — é um protocolo padrão que navegadores da web, sites e servidores usam para se comunicar. É uma peça fundamental da tecnologia, mas infelizmente os dados que são transferidos por esse processo não são criptografados, o que é uma má notícia se malfeitores (ou, às vezes, pesquisadores de segurança) interceptarem essas informações durante a transferência.

O HTTPS, por sua vez, adiciona uma camada de criptografia, o que ajuda a manter os dados seguros se alguém mal intencionado estiver espionando esses mesmos pacotes de dados enquanto eles se movem entre navegadores e servidores.

Claro que nada na internet é totalmente à prova de balas, e o HTTPS não é perfeito. Analistas de segurança cibernética apontaram que grupos populares de malware estão evoluindo para serem indetectáveis mesmo neste ambiente um pouco mais seguro. Mas migrar um determinado site de HTTP para HTTPS é uma maneira fácil de manter os visitantes do site protegidos de algumas manobras básicas de hackers.

Além disso, há uma boa notícia: o HTTPS tem se tornado o protocolo padrão na maioria dos sites. A partir deste mês, pouco mais de dois terços dos sites na web usarão o formato.

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“123456” é a pior senha de 2020 — e pelo jeito muita gente não aprendeu nada

Posted: 18 Nov 2020 07:31 AM PST

Piores Senhas de 2020. Imagem: Marco Verch (Flickr)

Chegou o momento. Aquele em que todo fim de ano conhecemos a lista com as piores senhas da internet. E ano após ano, parece que a maioria dos usuários ainda não aprendeu nada com os inúmeros casos de falhas de segurança e violações de privacidade, porque muita gente ainda utiliza sequências terríveis para acessar suas contas.

O relatório das 200 piores senhas de 2020 vem do gerenciador de senhas NordPass. Segundo o documento, milhões de pessoas usam “123456” e “password” para várias credenciais de login. Elas não são novidade, pois sempre estiveram presentes no ranking.

Neste ano, elas estão mais uma vez entre as 20 primeiras classificadas. Frequentemente, as sequências sofrem alguma variação ou alternância de números, como “000000” ou “123123”, e levam menos de um segundo para serem descobertas. Somente a mais popular entre elas, “123456”, foi violada mais 23 milhões de vezes em 2020.

Da mesma forma, qualquer confusão de letras adjacentes que você possa pensar que está adicionando segurança extra à sua conta, como "qwertyuiop" ou "asdfghjkl", também pode ser facilmente quebrada em menos de um segundo.

Também em 2020, "picture1" ficou em terceiro lugar na lista de piores senhas – é uma das novidades no ranking. A NordPass diz que essa combinação de palavra e letra leva cerca de três horas para ser violada, mas ainda assim a torna excepcionalmente fraca.

Da mesma forma, senhas que possuem uma letra maiúscula, como "Million2″, ficaram na lista das 20 piores; essa do milhão, sozinha, foi exposta mais de 162.000 vezes. A lição aqui é que qualquer combinação de senha fácil ou memorizável provavelmente não é forte o suficiente para proteger seus dados, mesmo se você adicionar um número, letra maiúscula ou caractere especial.

Violações de dados vão acontecer de qualquer maneira, mas certificar-se de que todas as suas senhas sejam complexas e exclusivas para cada uma de suas contas individuais pode evitar que um malfeitor use um login que vazou para acessar seus dados em outro lugar. Em última análise, a maneira mais fácil de fazer isso é recorrer a um gerenciador de senhas, seja por meio de um serviço independente, como o LastPass ou o 1Password, ou algo como o iCloud Keychain da Apple.

Além disso, habilite a autenticação de dois fatores sempre que possível. E tente optar por verificações que não sejam SMS, que podem ser mais fracas, embora qualquer autenticação dupla seja melhor do que nenhuma. A NordPass também recomenda excluir contas antigas que você provavelmente nem usa mais.

Abaixo está um amostra das 20 piores senhas. A lista completa está disponível no site da NordPass:

  1. 123456
  2. 123456789
  3. picture1
  4. password
  5. 12345678
  6. 111111
  7. 123123
  8. 12345
  9. 1234567890
  10. senha
  11. 1234567
  12. qwerty
  13. abc123
  14. Million2
  15. 000000
  16. 1234
  17. iloveyou
  18. aaron431
  19. password1
  20. qqww1122

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Pfizer diz que vacina contra COVID-19 tem 95% de eficácia e vai pedir autorização emergencial

Posted: 18 Nov 2020 06:33 AM PST

Vacina COVID-19. Imagem: Daniel Schludi (Unsplash)

Há pouco mais de uma semana, a notícia de que a vacina contra COVID-19 da Pfizer tinha 90% de eficácia gerou barulho na imprensa e nas redes sociais. Agora, a empresa e sua parceira BioNTech anunciaram que atingiram uma eficácia de 95% e pretendem submeter o imunizante à aprovação da Food and Drug Administration (órgão dos EUA com atribuições equivalentes às da Anvisa no Brasil) para uso emergencial.

O plano é enviar o pedido dentro de alguns dias e, além da FDA, fazer o mesmo com outras agências regulatórias do mundo todo. Com isso, a esperança de termos uma vacina contra COVID-19 disponível em massa já no ano que vem se torna cada vez mais concreta.

Dentre os 170 casos de COVID-19 observados pela Pfizer, 162 estavam no grupo que recebeu o placebo, e apenas oito receberam as duas doses da vacina. Dentre os 10 casos graves da doença, nove receberam o placebo. Os resultados são animadores ao indicarem que a vacina é capaz de prevenir não apenas casos leves, como também os mais graves, que podem envolver internação ou até morte.

Outro ponto importante é em relação aos efeitos colaterais. No total, o estudo da Pfizer contou com 43.661 voluntários. Desse total, cerca de 8.000 pacientes apresentaram reações comuns. Os únicos efeitos mais graves identificados em mais de 2% dos participantes foram cansaço, sendo que tal sintoma ocorreu em 3,7% das pessoas após a segunda dose, e dor de cabeça, que afetou 2% do grupo. De acordo com a pesquisa, os pacientes mais velhos tiveram reações mais leves e menos frequentes em comparação com os mais jovens.

Embora a Pfizer se mostre uma das mais promissoras a oferecer uma vacina eficaz em breve, ela não é a única. Apenas alguns dias após o anúncio da taxa de 90% de eficácia da Pfizer, a empresa Moderna apresentou uma vacina similar que promete reduzir as infecções em 94,5%. Os testes da Moderna, no entanto, ainda não foram concluídos. Ainda assim, a companhia já anunciou que todos os 11 casos graves de COVID-19 observados pertenciam ao grupo que recebeu o placebo. Em relação aos efeitos colaterais, as reações mais graves incluíram cansaço, dor muscular e dor de cabeça, tendo se manifestado em 2% dos voluntários.

Assim como a Pfizer, a Moderna também planeja submeter suas vacina à aprovação da FDA para uso emergencial, mas afirma que ainda vai coletar mais dados. A técnica utilizada pelas duas companhias são similares: ambas utilizam RNA mensageiro e requerem a aplicação de duas doses.

Em termos de produção, a Pfizer diz que poderia produzir até 50 milhões de doses até o fim deste ano, atingindo 1,3 bilhões em 2021. Já a Moderna fala em 20 milhões de doses para 2020 e algo entre 500 milhões e 1 bilhão em 2021.

Segundo a Stat News, a Pfizer recusou o financiamento da iniciativa federal dos EUA Operation Warp Speed, propondo um fornecimento de 100 milhões de doses para o governo norte-americano em troca de US$ 1,9 bilhão, sendo que os EUA poderiam compram 400 milhões adicionais. Esse não foi o caso da Moderna, que recebeu cerca de US$ 1 bilhão em recursos federais do país norte-americano para desenvolver a vacina e concordou em fornecer 100 milhões de doses aos EUA por US$ 1,5 bilhão.

Os resultados apresentados pela Pfizer e pela Moderna são animadores, mas, considerando que as vacinas foram desenvolvidas em um tempo recorde, elas ainda levantam preocupações em relação à duração da imunidade. Além disso, a vacina da Pfizer demanda refrigeração de -80 graus Celsius, o que pode dificultar a logística de distribuição. Ainda assim, esses são apenas os passos iniciais na batalha contra a pandemia de COVID-19, e novos estudos continuam a todo vapor para entender melhor a doença e conter a disseminação do vírus.

[Stat]

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Dados de usuários do Bumble ficaram expostos por mais de sete meses

Posted: 18 Nov 2020 05:10 AM PST

O Bumble, feito por uma empresa gigante de aplicativos de encontro que supostamente terá um grande IPO no ano que vem, aparentemente levou mais de um semestre para lidar com as principais falhas de segurança que deixaram vulneráveis informações confidenciais ​​de milhões de usuários.

Quem diz isso é uma nova pesquisa publicada no fim de semana pela empresa de segurança cibernética Independent Security Evaluators (ISE). Ela detalha como um agente mal-intencionado poderia explorar uma vulnerabilidade no código do aplicativo para extrair os dados de localização aproximados de qualquer usuário dentro de sua cidade, bem como dados de perfil adicionais, como fotos e pontos de vista religiosos. Isso era possível mesmo que o agente tivesse sido banido.

Apesar de ser informada sobre esta vulnerabilidade em meados de março, a empresa não corrigiu os problemas até 12 de novembro — mais de sete meses depois.

Antes da correção, qualquer pessoa com uma conta Bumble poderia consultar a API do aplicativo para descobrir aproximadamente a quantos quilômetros de distância qualquer outro usuário em sua cidade estava. Como a autora do blog, Sanjana Sarda, explica, se algum indivíduo assustador realmente quisesse descobrir a localização de determinado usuário, não seria muito difícil configurar algumas contas, descobrir a distância básica do usuário de cada um e usar essa coleção de dados para triangular a posição precisa.

O Bumble não é a primeira empresa a deixar acidentalmente esse tipo de dados disponível gratuitamente. No ano passado, detetives de cibersegurança foram capazes de descobrir locais precisos de pessoas usando aplicativos de namoro centrados no público LGBT, como Grindr e Romeo, e agrupá-los em um mapa de localização do usuário.

Se isso não fosse o bastante, há também um compartilhamento deliberado de dados entre esses apps e seus vários parceiros. Um aplicativo que pretende ser um paraíso feminista como o Bumble deveria estender sua ideia de segurança do usuário às práticas de dados.

Embora alguns dos problemas descritos por Sarda tenham sido resolvidos, a correção tardia aparentemente não resolveu um dos problemas de API descritos no blog, o que permitiu ao ISE obter curtidas ilimitadas (ou “votos”, na linguagem do Bumble), junto com o acesso a outros recursos premium, como a capacidade de desmarcar ou ver quem pode ter curtido você. Normalmente, o acesso a esses recursos custa a um determinado usuário cerca de US$ 10 dólares por semana.

Em resposta ao ocorrido, um porta-voz do Bumble enviou a seguinte declaração ao Gizmodo:

O Bumble tem um longo histórico de colaboração com o HackerOne e seu programa de recompensa de bugs como parte de nossa prática geral de segurança cibernética, e este é outro exemplo dessa parceria. Depois de sermos alertados sobre o problema, iniciamos o processo de correção, que é dividido várias fases. Ele incluiu a implementação de controles para proteger todos os dados do usuário enquanto a correção estava sendo implementada. O problema subjacente relacionado à segurança do usuário foi resolvido e não havia dados do usuário comprometidos.

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Cientistas descobrem um novo vírus letal semelhante ao Ebola na Bolívia

Posted: 18 Nov 2020 03:58 AM PST

Rio Madre De Dios. Imagem: Lidia Pedro/AFP (Getty Images)

Cientistas estão pedindo cautela em relação a uma doença viral semelhante ao ebola, que parece ter se espalhado entre seres humanos durante um pequeno surto na Bolívia no ano passado. A doença, causada pelo vírus Chapare, matou três pessoas e acredita-se que tenha adoecido pelo menos cinco durante o surto, incluindo três profissionais de saúde que tiveram contato com os pacientes. Seus sintomas incluem sangramento interno, febre e danos generalizados a órgãos.

O nome do vírus, Chapare, vem do local onde ocorreu o primeiro surto conhecido da doença no final de 2003, próximo ao Rio Chapare, na Bolívia. Suspeita-se que muitas pessoas tenham contraído a doença entre 2003 e 2004, mas informações detalhadas e amostras de sangue foram coletadas apenas de um único paciente na época: um alfaiate e agricultor de 22 anos que vivia na aldeia rural de Samuzabeti.

Inicialmente, o homem desenvolveu dor de cabeça e febre que progrediram para dores nas articulações, vômitos e hemorragia interna. Este conjunto de sintomas é conhecido como febre hemorrágica e é um resultado familiar, muitas vezes fatal, de outras doenças virais muito perigosas, mas que são geralmente raras, como o Ebola. Em duas semanas, o homem morreu.

Os médicos puderam estudar o sangue do rapaz e isolar um vírus nunca antes documentado. Também foram descartadas outras doenças comuns na área, como a dengue.

Descobriu-se que o vírus misterioso era um membro da família arenavírus, um grupo de vírus que comumente infecta roedores e às vezes humanos. Seus parentes incluem o vírus Lassa, que é mais conhecido, e outros vírus encontrados pela primeira vez na América do Sul, como o Machupo, na Bolívia, e o Junin, na Argentina. Muitos deles podem causar febre hemorrágica nas pessoas.

Existe, inclusive, um arenavírus que foi encontrado pela primeira vez no Brasil: o vírus Sabiá, descoberto nos anos 1990. Em 2020, um novo caso foi identificado no interior de São Paulo.

Em 2019, o vírus Chapare reapareceu na Bolívia, primeiro sendo encontrado em um trabalhador rural que desenvolveu febre hemorrágica e acabou morrendo em consequência. Depois que ficou claro que os sintomas alarmantes do paciente não eram causados ​​pela dengue ou por doenças mais comuns, as autoridades de saúde começaram uma investigação detalhada, eventualmente contando com a ajuda dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC). Especialistas do CDC confirmaram que o trabalhador tinha sido infectado pelo vírus Chapare.

Sabe-se que a maioria dos arenavírus que infectam humanos são transmitidos de roedores para pessoas. Normalmente, isso acontece quando as pessoas respiram aerossóis da urina seca ou de fezes de roedores contaminadas com o vírus ou entram em contato direto com estes animais. Durante este último surto, as autoridades de saúde encontraram traços virais do Chapare em roedores perto de onde o paciente trabalhava, de acordo com uma pesquisa apresentada esta semana no encontro anual virtual da Sociedade Americana de Medicina Tropical e Higiene.

Pelo menos três profissionais de saúde que interagiram com pacientes infectados — um médico residente, um paramédico e um gastroenterologista — também desenvolveram a doença, e dois deles morreram. As autoridades de saúde acreditam firmemente que o vírus foi transmitido de pessoa para pessoa nesses outros casos. Outra descoberta preocupante foi que traços virais puderam ser encontrados no sêmen de um sobrevivente mais de 160 dias após a infecção, algo que também foi documentado em outros vírus de febre hemorrágica, como o Ebola.

"Acreditamos que muitos fluidos corporais podem potencialmente transportar o vírus", disse em comunicado Caitlin Cossaboom, epidemiologista da Divisão de Patógenos e Patologias de Alto Risco.

Dada a pandemia de COVID-19 e como ela começou, é compreensível ficar preocupado com esta notícia. No entanto, embora isso não seja totalmente injustificado, deve-se notar que a maioria dos surtos humanos de arenavírus tende a ser limitada. E sua principal via de transmissão ainda é predominantemente de roedores para pessoas. Mesmo que esse vírus possa se espalhar entre humanos, parece ser por meio do contato direto com fluidos corporais como sangue ou saliva, o que limita seu potencial de disseminação, assim como sua letalidade.

Dito isso, epidemiologistas e outros cientistas devem ficar de olho em ameaças potenciais como o vírus Chapare, especialmente em áreas do mundo onde certos recursos de saúde são limitados, aumentando o risco potencial de transmissão aos profissionais de saúde.

Até os vírus que só se propagam por meio do contato direto com fluidos corporais podem explodir e criar grandes surtos em determinadas condições: um surto de ebola na África Ocidental em 2014 infectou quase 30.000 pessoas e matou mais de 11.000. O vírus Lassa, relacionado ao Chapare, também infecta regularmente até 300.000 pessoas por ano nas áreas da África onde é encontrado, matando cerca de 5.000 anualmente.

Por enquanto, os cientistas planejam aprender o máximo que puderem sobre o vírus Chapare a partir desses últimos casos, incluindo seus prováveis ​​hospedeiros roedores, de onde pode ter se originado e se está circulando no país sem o conhecimento dos médicos. Após o surto de 2019, os médicos documentaram três outros casos suspeitos — os pacientes sobreviveram.

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