terça-feira, 24 de novembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Usando inteligência artificial, exame de vista pode ajudar a detectar Parkinson

Posted: 23 Nov 2020 02:33 PM PST

Doença de Parkinson. Imagem: Jeremy Yap (Unsplash)

Muito em breve, um simples exame de vista com ajuda da inteligência artificial será capaz de fornecer características para detectar a doença de Parkinson precocemente. Esse é o resultado de uma pesquisa recente apresentada na reunião anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA).

A doença de Parkinson afeta progressivamente o sistema nervoso central. Normalmente, o diagnóstico é baseado em sintomas como tremores, rigidez muscular e limitações de equilíbrio. A progressão da doença é caracterizada pela deterioração das células nervosas nas paredes da retina, que é a camada de tecido que reveste a parte posterior do globo ocular.

O método consiste no seguinte: os pesquisadores implantaram um tipo de aprendizado de máquina chamada máquina de vetor de suporte (SVM), que existe desde 1989. A partir dessa metodologia, foram usadas fotos da parte de trás do olho de pacientes com Parkinson e pessoas sem a doença, para então treinar a SVM e detectar o que há de diferente entre os olhos analisados.

Os resultados indicaram que as redes de aprendizado de máquina podem classificar a doença de Parkinson com base na vasculatura da retina, sendo que as principais caraterísticas são os vasos sanguíneos menos visíveis.

De acordo com Maximillian Diaz, engenheiro biomédico estudante da Universidade da Flórida e principal autor do estudo, muitas mudanças na fisiologia do cérebro podem ser observadas através do olho. Ele também observa que abordagens tradicionais de imagem, como técnicas de ressonância magnética, tomografia computadorizada e medicina nuclear, podem ser muito caras, ao contrário do novo procedimento que usa SVM, que utiliza fotografia básica com equipamentos encontrados em clínicas de oftalmologia. Até a câmera de um smartphone poderia realizar essa captura.

“A descoberta mais importante deste estudo foi que uma doença cerebral foi diagnosticada com uma imagem básica do olho. É uma simples imagem do globo ocular, não leva mais do que um minuto. E o custo do equipamento é muito menor do que uma máquina de tomografia ou ressonância magnética. Se pudermos fazer isso com uma triagem anual, a esperança é que possamos detectar casos de Parkinson mais cedo, o que pode nos ajudar a entender melhor a doença e encontrar uma cura ou uma maneira de retardar a progressão”, afirmou Diaz.

O engenheiro também diz que o método pode ajudar na identificação de outras doenças que afetam a estrutura do cérebro, como Alzheimer e esclerose múltipla.

[EurekAlert!]

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Senhas roubadas de 350 mil contas do Spotify estavam em um arquivo na nuvem sem senha

Posted: 23 Nov 2020 12:12 PM PST

Ícone do Spotify

Você deve imaginar que hackers são as pessoas mais preocupadas com a própria segurança online por saberem de todas as técnicas possíveis e de todos os riscos que correm. Bom, pode até ser verdade, mas nem sempre: hackers agruparam senhas de mais de 350 mil contas do Spotify roubadas de outros serviços. O arquivo foi descoberto porque estava na nuvem, acessível para quem quisesse ver. Isso mesmo: sem senha.

O banco de dados foi descoberto pelos pesquisadores de segurança da informação da vpnMentor. Eles dizem que as senhas foram compiladas por meio de uma técnica conhecida como credential stuffing. Nela, os agentes pegam logins e senhas de outros vazamentos e testam em um serviço que eles têm como alvo — neste caso, o Spotify. Como muita gente reutiliza suas senhas em vários sites, algumas funcionam. Aí, são adicionadas à lista.

Ainda não se sabe quem são as pessoas por trás do banco de dados nem o que elas pretendiam fazer com ele. O CNET diz que pode haver dois usos para roubar contas de Spotify. Um deles é alugar as contas premium roubadas a outras pessoas por um preço menor do que o serviço pratica. O outro é abastecer redes de robôs para manipular os serviços de streaming, usando técnicas obscuras para ganhar mais dinheiro de direitos autorais e melhorar a posição de artistas e bandas nas listas de mais ouvidas.

Os pesquisadores da vpnMentor encontraram o arquivo em uma nuvem pública enquanto procuravam vazamentos de senhas na rede. Eles também não garantem que o arquivo de senhas exposto não foi copiado por outros grupos. Os especialistas conseguiram obter os endereços IP usados para alterar o banco de dados, muito provavelmente de servidores proxy usados para disfarçar a localização real dos agentes mal-intencionados — pelo menos esse cuidado com a segurança eles tiveram.

A vpnMentor diz ter comunicado o Spotify e que a empresa de streaming pediu aos usuários para trocarem suas senhas.

Seja como for, a notícia é um bom lembrete para você parar de usar a mesma senha em vários sites e serviços, pois isso faz com que qualquer vazamento possa comprometer a sua segurança. A melhor recomendação é definir senhas únicas para cada serviço. Se for difícil lembrar de tudo, use um gerenciador de senhas — praticamente todos os navegadores vêm com uma ferramenta desse tipo, e há ótimos serviços independentes, como LastPass, 1Password e Bitwarden. Outra dica é ativar a autenticação de dois fatores sempre que possível.

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Spotlight é a aposta do Snapchat contra o TikTok e Instagram Reels

Posted: 23 Nov 2020 11:12 AM PST

Snapchat Spotlight

O Snapchat pode ter visto sua popularidade ser engolida pela concorrência, mas isso não quer dizer que o aplicativo desistiu. Prova disso é o lançamento do Spotlight, uma função dentro do próprio app para assistir vídeos seguidos na vertical. Se soa familiar, é porque é exatamente isso que você está pensando: o recurso é um clone do feed do TikTok, que já tinha sido copiado pelo Reels do Instagram.

De acordo com o Snapchat, a aba Spotlight usará algoritmos para classificar o que será exibido aos usuários, combinando fatores como quantas pessoas curtiram um determinado Snap, quanto tempo elas passaram assistindo, se foi adicionado como favorito ou compartilhado com os amigos. A ideia é que a timeline fique mais esperta com o tempo e mostre conteúdos personalizados que sejam do seu interesse.

Contas públicas e privadas poderão ter vídeos compartilhados no Spotlight — uma vantagem sobre o TikTok, que só permite que usuários com perfis públicos sejam inclusos no feed do app. O Snapchat afirma que todos os Snaps que aparecem na nova aba terão de seguir as diretrizes de comunidade do aplicativo que, entre outras características, proíbe a disseminação de informações falsas e teorias da conspiração, discurso de ódio, bullying, assédio, violência e outros posts que remetam a assuntos tóxicos.

É possível postar clipes com mais de 60 segundos de duração, porém o aplicativo não permite subir vídeos já existentes na sua galeria. Ou seja, você é obrigado a gravar e editar tudo direto no Snapchat.

Para estimular a criação de vídeos no Spotlight, a companhia diz que, até o final de 2020, vai dividir US$ 1 milhão por dia entre os virais mais populares da plataforma. Outra restrição é que os Snaps do Spotlight são compatíveis apenas com músicas do catálogo próprio do Snapchat.

Talvez você se pergunte: mas quem ainda utiliza o Snapchat? Em alguns países, o aplicativo ainda é muito utilizado por adolescentes. A grande questão é essa: comparado ao Instagram e TikTok, a grande maioria dos usuários é muito jovem, e a ferramenta tem lutado para quebrar essa barreira e atingir outras idades. Soma-se a isso o fato de que os conteúdos do Spotlight ainda estão restritos a ele, o que pode ser um entrave para usuários de outros serviços adotarem a nova função.

No momento, o Spotlight está liberado para iOS e Android nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Reino Unido, Irlanda, Noruega, Suécia, Dinamarca, Alemanha e França. Mais países devem receber a atualização nas próximas semanas.

[TechCrunch]

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Chrome vai fechar o cerco contra extensões que usam dados desnecessariamente

Posted: 23 Nov 2020 09:21 AM PST

Google Busca. Crédito: Nathana Rebouças (Unsplash)

O Google já vem prometendo mais privacidade em seu navegador há um tempo. O movimento mais recente é a introdução de uma política que vai exigir que as extensões no Chrome Web Store informem como os dados dos usuários são utilizados.

A partir de janeiro de 2021, os criadores deverão detalhar o tipo de informação que está sendo coletada. Eles também estarão proibidos de vender dados a terceiros ou utilizá-los para qualquer outro propósito não especificado.

Esses comunicados, com foco na maior transparência entre empresas e usuários, já podem ser incluídos pelos desenvolvedores de extensões. Porém, o Google diz que só passará a exibi-los na Chrome Web Store a partir de 18 de janeiro de 2021. Caso algum criador não forneça o aviso até essa data, o Google vai incluir uma advertência na listagem do desenvolvedor.

Apesar de legislações como a GDPR e a LGPD já abordarem essas questões, a medida representa uma forma adicional de pressionar as empresas a darem mais atenção à privacidade, além de estabelecer uma relação de maior confiança e transparência com os usuários.

[Engadget]

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Um novo coquetel de anticorpos pode ajudar no tratamento de casos leves de COVID-19

Posted: 23 Nov 2020 07:46 AM PST

COVID-19. Imagem: Remko de Waal/ANP/AFP (Getty Images)

A Food and Drug Administration (FDA), órgão dos EUA equivalente à nossa Anvisa, emitiu no último sábado (21) uma autorização de uso emergencial para um coquetel de anticorpos monoclonais contra COVID-19. O composto, fabricado pela farmacêutica Regeneron, é uma combinação dos anticorpos casirivimabe e imdevimabe. Juntos, por meio de uma infusão, eles foram responsáveis por uma redução nas hospitalizações em casos do novo coronavírus, bem como uma redução da carga viral nesses pacientes.

Os anticorpos monoclonais, que também são usados ​​para tratar câncer e doenças autoimunes, são criados a partir de uma única célula e clonados em laboratório. Eles são baseados nos anticorpos criados naturalmente pelo sistema imunológico do corpo, embora sejam frequentemente modificados para uma maior eficácia e segurança. Neste caso, o coquetel de casirivimabe e imdevimabe é direcionado contra a proteína de espícula (também conhecida como proteína spike) do SARS-CoV-2, e é projetado para bloquear o vírus e sua entrada nas células humanas.

No documento de autorização, a FDA declarou que o tratamento da Regeneron poderia ser usado para tratar de sintomas leves a moderados da COVID-19, em adultos e crianças com 12 anos ou mais (com peso mínimo de 39 kg), e que apresentam alto risco de desenvolver a forma grave da doença.

A FDA disse ter emitido a autorização de emergência após analisar dados de um ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo de 799 pacientes. Os doentes não foram hospitalizados e apresentavam sintomas leves a moderados. É importante notar que o paciente mais famoso de Regeneron é o presidente dos EUA, Donald Trump, que recebeu o coquetel logo após ser diagnosticado com a doença.

No ensaio clínico, os pacientes foram divididos em três grupos. Um grupo de 266 pessoas recebeu 2.400 miligramas do coquetel; outro grupo, de 267 integrantes, recebeu 8.000 mg do coquetel; e um terceiro grupo, de 266 pessoas, recebeu o placebo. O tratamento foi administrado ao longo de três dias. De acordo com a FDA, a redução da carga viral no sétimo dia em pacientes que receberam o coquetel foi maior do que aqueles que tomaram o placebo.

A agência destacou que, a evidência mais importante que sugere que o coquetel pode ser eficaz, foi devido ao retorno de poucos pacientes ao hospital, 28 dias após o tratamento. Em média, apenas 3% dos pacientes de alto risco para doenças graves que receberam o coquetel foram para o hospital ou pronto-socorro nesse período, em comparação com 9% dos pacientes tratados com o placebo. Os efeitos sobre a carga viral e reduções nas hospitalizações foram semelhantes para os pacientes que receberam qualquer uma das doses.

O coquetel de anticorpos Regeneron é o segundo tratamento com anticorpos monoclonais a receber autorização da FDA neste mês. Há cerca de duas semanas, a agência liberou o uso emergencial para o bamlanivimabe, da Eli Lilly, que também tem como alvo a proteína do SARS-CoV-2. Nessa autorização, citou uma análise provisória de um ensaio clínico em que os pacientes que receberam o tratamento foram menos hospitalizações.

No entanto, o coquetel de anticorpos da Regeneron não é para todos. Ele não pode ser usado em pacientes que já estão hospitalizados, nem aqueles que foram entubados, e nem os que usam oxigenoterapia crônica devido a uma comorbidade subjacente que exige um aumento na taxa de fluxo de oxigênio basal por causa do coronavírus.

Na verdade, a Regeneron descobriu que os pacientes hospitalizados não se beneficiaram com seu coquetel. A farmacêutica acrescentou que os anticorpos monoclonais podem estar associados a piores desfechos clínicos quando administrados a pacientes hospitalizados em oxigênio de alto fluxo ou ventilação mecânica por causa de COVID-19.

A Regeneron recebeu milhões de dólares do governo dos EUA para desenvolver e fabricar o coquetel. Como parte do acordo, a empresa pretende fornecer ao governo tratamento para aproximadamente 300 mil pacientes até o final de janeiro, que será dado sem nenhum custo, embora as unidades de saúde possam cobrar taxas administrativas.

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iPhones 6s e SE de primeira geração devem ficar de fora do iOS 15

Posted: 23 Nov 2020 07:18 AM PST

iPhone 6s. Imagem: Shiwa ID (Unsplash)

Já faz algumas semanas desde o lançamento do iOS 14, o que significa que podemos começar as especulações do que virá a seguir. E as notícias, se forem reais, não são nada boas para donos de iPhones mais antigos, que não devem receber a próxima versão do sistema móvel da Apple.

O rumor vem do site israelense The Verifier, que acertou informações sobre a compatibilidade do iOS 14 em dispositivos que já rodavam o iOS 13. Agora, eles afirmam que o iOS 15 não será compatível com os iPhones 6s e 6s Plus, ambos lançados em 2015. O iPhone SE de primeira geração, que chegou ao mercado em março de 2016, também estaria fora da lista da atualização.

Não que isso seja algo novo, porém já era esperado que fosse acontecer. Muita gente, inclusive, achou que o suporte aos três aparelhos seria encerrado no iOS 14, dada a quantidade de novos recursos no novo sistema – era de se imaginar que os smartphones mais antigos não aguentariam o tranco. Mas eles aguentam e ganharam uma sobrevida graças a isso. Nos iPhones 6s e 6s Plus, foram cinco anos de atualizações garantidas pela Apple, e no primeiro iPhone SE, pouco mais de quatro anos.

Também era previsível que isso acontecesse devido ao lançamento do iPhone SE de segunda geração, em abril deste ano, e do recém-chegado iPhone 12 mini, que se posicionam como os dispositivos de entrada da Apple. O primeiro tem o processador A13 Bionic, enquanto segundo roda o A14 Bionic.

Todos os outros aparelhos lançados posteriormente aos iPhones 6s, 6s Plus e SE de primeira geração seriam compatíveis com o futuro iOS 15.

Vale destacar que o site The Verifier não tem um histórico de acertos totalmente confiável. Na época que divulgou a suposta lista de aparelhos compatíveis com o iOS 14, eles disseram que o iPadOS 14 não estaria nos iPads mini 4 e Air 2, porém o sistema foi, sim, lançado para os dois tablets. Como se tratam de produtos mais antigos, com até seis anos de vida, é provável que eles fiquem de fora do futuro iPadOS 15.

[The Verifier via 9to5Mac]

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Vacina de Oxford tem média de 70% de eficácia e apresenta vantagens em relação às concorrentes

Posted: 23 Nov 2020 06:47 AM PST

Vacinas COVID-19. Imagem: NIH (Flickr)

O mês de novembro tem trazido notícias positivas na área da saúde. Após as farmacêuticas Pfizer e Moderna anunciarem eficácias de 95% de suas vacinas contra COVID-19, a AstraZeneca também apresentou resultados promissores nesta segunda-feira (23).

Os dados divulgados apontam que a vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford é capaz de garantir uma taxa de proteção contra COVID-19 de 70%, podendo atingir 90% dependendo de como for administrada. Apesar de a porcentagem estar abaixo dos resultados da Pfizer e da Moderna, esse número ainda indica que a vacina é altamente eficaz, com um desempenho melhor que a vacina contra gripe sazonal, conforme aponta a BBC.

Os resultados referem-se a testes realizados com mais de 20 mil voluntários no Reino Unido e no Brasil. Do total de 131 participantes que contraíram COVID-19, 30 haviam recebido duas doses da vacina, e 101 pacientes, o placebo. Dentre os infectados que receberam a vacina, nenhum apresentou sintomas graves da doença ou precisou de tratamento hospitalar.

Além disso, o estudo mostrou que houve uma redução no número de pessoas infectadas assintomáticas. Isso é um passo importante, visto que um dos maiores desafios para controlar a disseminação do vírus são as pessoas que não apresentam sintomas, mas que ainda transmitem a doença.

Em um primeiro estudo, 8.895 voluntários receberam duas doses completas da vacina com um intervalo de um mês, resultando em uma taxa de 62% de eficácia. Uma outra análise realizada com 2.741 mil pessoas revelou uma taxa de eficácia de 90% quando os participantes receberam metade de uma dose na primeira vez e uma dose completa após um mês. Assim, a combinação dos dois estudos resultou na taxa média de 70%.

Vantagens em relação às concorrentes

A vacina de Oxford pode ser essencial para controlar a propagação do vírus considerando que ela apresenta vantagens importantes em relação às concorrentes.

Enquanto as candidatas da Pfizer e Moderna requerem temperaturas extremamente baixas para serem armazenadas, a solução desenvolvida pela universidade britânica pode ser armazenada mais facilmente, em refrigeradores comuns, permitindo que ela seja distribuída em diferentes partes do mundo.

Além disso, a Universidade de Oxford promete um custo de produção muito menor. Para se ter uma ideia, a vacina da Moderna custaria em torno de £25, e a da Pfizer, cerca de £15. Com a tecnologia de Oxford, seria possível produzir a vacina em massa com um custo de apenas £3.

O Reino Unido já dispõe de quatro milhões de doses da vacina de Oxford, prontas para serem distribuídas. No entanto, ainda é preciso aguardar a aprovação dos reguladores. Nas próximas semanas, autoridades de saúde deverão avaliar a segurança, eficácia e os padrões de qualidade da produção da vacina antes de liberarem a distribuição em massa.

Assim como qualquer outra vacina, o plano é que os profissionais de saúde e idosos sejam os primeiros a receber a vacina. O governo do Reino Unido já encomendou 100 milhões de doses da vacina de Oxford, e a AstraZeneca afirma que pretende produzir três bilhões de doses para o mundo todo no ano que vem.

Porém, vale lembrar que a farmacêutica ainda está conduzindo a fase 3 do estudo nos Estados Unidos, utilizando o teste de duas doses completas. Os resultados dessa terceira fase serão adiados devido à pausa nos testes após um participante no Reino Unido ter desenvolvido uma condição neurológica. A Food and Drug Administration (FDA) liberou a retomada dos testes apenas no final de outubro.

A AstraZeneca diz que pretende solicitar uma autorização de emergência em países que permitem aprovações condicionais ou antecipadas de medicamentos, além de buscar apoio da Organização Mundial de Saúde para uma aprovação rápida em países de baixa renda.

[BBC, Stat]

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Internet Archive eterniza animações e jogos clássicos em Flash

Posted: 23 Nov 2020 04:47 AM PST

O Flash morreu, mas podemos ficar tranquilos, pois seu legado não será esquecido. O Internet Archive anunciou que catalogará animações e jogos criados com a ferramenta para que possamos visitar e lembrar de todas as alegrias, deixando de lado as partes ruins.

O Flash foi descontinuado em 2017, depois de décadas comprometendo a segurança de nossos computadores e enchendo nosso saco com pedidos de atualização. Em um comunicado, o Internet Archive disse que está usando um emulador chamado Ruffle para lidar com os elementos técnicos no seu navegador. Ele ainda está em desenvolvimento e, de acordo com uma FAQ, ainda não consegue rodar a maioria dos projetos em Flash construídos depois de 2013. Mas este é apenas o começo.

Até agora, o Archive diz ter preservado cerca de 1.000 itens em Flash, que serão exibidos como seus criadores pretendiam originalmente. Eles montaram uma pequena vitrine com algumas animações clássicas, como Badger e All your base are belong to us. A coleção inclui o obrigatório Salad Fingers, bem como uma tonelada de jogos. Você também pode encontrar clássicos originais como Alien Hominid e alguns jogos piratas para rodar no browser.

Se você nasceu depois do ano 2000 e não tem ideia do que estamos falando aqui, o Archive escreveu um pequeno artigo sobre o legado do Flash. Para todos nós que já estamos ficando velhos, it’s peanut butter jelly time.

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Como será a vida social pós-coronavírus?

Posted: 23 Nov 2020 03:01 AM PST

Duas mulheres sentadas no banco em um parque praticando distanciamento social. Ilustração por Benjamin Currie/Gizmodo

Quantas frases, desde março, começaram com as palavras "quando tudo isso acabar"? Bilhões, provavelmente, mas menos ultimamente, pois cada um de nós reconhece o fato de que isso talvez nunca acabe. Psicologicamente, economicamente — estamos devastados. Uma vacina certamente ajudará, mas só pode arrumar as coisas até certo ponto.

Já consigo ver os artigos — relatos mórbidos de pessoas que, apesar da ampla disponibilidade de uma vacina, ainda não se sentem seguras o bastante para sair de casa ou socializar como antes. Os efeitos colaterais da pandemia quase certamente tornarão a vida pública intolerável para uma parcela da população.

Para o Giz Pergunta desta semana, falamos com vários especialistas para saber como eles imaginam que será essa nova realidade social.

Rebecca Adams

Professora de Sociologia, UNC Greensboro

A melhor maneira de pensar sobre como a pandemia acabará afetando os relacionamentos é examinar como ela já nos afeta.

Sou gerontologista — estudo adultos mais velhos, especificamente suas amizades e laços comunitários. Eu também estou no limite da idade de aposentadoria, então tenho pensado nessa pandemia como uma espécie de pequeno ensaio geral para minha própria velhice.

Há, nem é preciso dizer, muitas coisas ruins sobre essa pandemia, mas uma vantagem é que ela levou pessoas da minha idade (e mais velhas do que eu) a se envolverem mais usando novas tecnologias de comunicação. Por exemplo, graças ao desenvolvimento do software Zoom, estou passando um tempo online com amigos com quem não falo há trinta ou quarenta anos. Meu encontro de turma do ensino médio foi pelo Zoom. Ninguém teria previsto isso antes da pandemia chegar.

Quando comecei a pesquisar amizades, muito tempo atrás, no final dos anos 1970, as pessoas achavam que não era importante — que apenas a família importava. Mas agora sabemos que a amizade é um componente chave para uma vida saudável, especialmente com a idade. A ideia de o Zoom ou outras tecnologias se tornarem mais comumente usadas e melhor desenvolvidas antes que eu tenha meus próprios problemas de mobilidade, ou antes que meu mundo social comece a encolher permanentemente (e não apenas por causa de COVID-19), é reconfortante. Depois de passar por essa pandemia, muitos outros adultos mais velhos terão que manter contato à distância. E isso será uma coisa boa para eles (ou devo dizer "para nós?").

"Depois de viverem esta pandemia, muitos mais idosos serão preparados para manter contato à distância."

Adil Najam

Reitor Inaugural da Escola de Estudos Globais Frederick S. Pardee e Professor de Relações Internacionais e Terra e Meio Ambiente na Universidade de Boston

Não haverá um mundo "depois" do COVID. Um novo mundo já está aqui. Sendo construído por nossos novos hábitos, agora. A ideia de que a ‘tempestade’ passará, nós voltaremos e as coisas voltarão a ser o que eram antes não faz sentido. A ideia de que estamos em um ‘padrão de espera’ e vamos sair disso — não estou convencido de que isso vá acontecer. Mudanças que teriam acontecido em dez anos foram aceleradas — comprar mantimentos sem sair de casa, por exemplo, acabou sendo mais fácil do que pensávamos que seria. Até divertido. Lembre-se de que também há um incentivo econômico para empresas como Zoom e a Instacart tentarem manter esses novos hábitos. Para manter os novos clientes que eles criaram.

Isso não quer dizer que nada voltará a ser o que era. Não ficaremos trancados em casa para sempre. Não podemos. Mas os novos hábitos que estamos desenvolvendo nestes dias de COVID serão os hábitos do futuro; nunca mais haverá um janeiro de 2020, com ou sem vacina. Os hábitos são difíceis de criar e mais difíceis ainda de quebrar. Vamos voltar ao aperto de mão? Ou apenas desenvolveremos novas formas de saudação sem contato? Não aperto a mão de ninguém há seis meses — minha vida piorou por causa disso? Não, na verdade não.

Além disso, agora, podemos pensar que queremos voltar a como as coisas eram, mas você se lembra de março? Você se lembra de janeiro? Não foi tão bom. Não vivíamos em um mundo sem problemas onde todos eram felizes. Longe disso. Temos esta oportunidade, agora, de criar um novo mundo. Não tenho certeza se quero voltar para o antigo. Quero um mundo melhor do que o que temos agora, mas melhor também do que aquele que deixamos para trás em março.

"Eu não aperto a mão de ninguém há seis meses — minha vida piorou por causa disso?"

Robin Dunbar

Professor Emérito de Psicologia Evolutiva da Universidade de Oxford, cuja pesquisa está preocupada em tentar compreender os mecanismos comportamentais, cognitivos e neuroendocrinológicos que sustentam os laços sociais em primatas (em geral) e humanos (em particular).

A vida voltará ao normal em um alguns anos. Com base nas pandemias anteriores, as pessoas serão um pouco cautelosas no início, mas à medida que as evidências de mais casos e mortes diminuem, as pessoas gradualmente voltarão a fazer o que faziam antes.

Todo mundo está falando sobre a nova forma de trabalhar em casa, mas não vai durar. As pessoas se esqueceram que já tentamos isso nos anos 1990/2000 e não durou. Será muito bom trabalhar em casa por um tempo, levantar uma hora depois porque não há necessidade de se deslocar para o trabalho, levar as crianças à escola, jogar golfe depois do almoço, etc., mas para a maioria das pessoas, e especialmente os jovens no primeiro emprego, o trabalho é a sua vida social. Eles vão querer sair para trabalhar.

Além disso, as empresas descobrirão gradualmente que sua força de trabalho não funciona tão eficientemente em casa porque perde de vista os objetivos e o propósito da empresa: as pessoas não terão mais o sentimento de pertencer a uma comunidade e especialmente a uma comunidade que tem um propósito em vida.

Eles irão trabalhar para uma empresa que espera que eles atuem presencialmente ou pedirão para trabalhar presencialmente com mais frequência. E antes que você pergunte: não, a mídia digital não fará diferença. O Zoom terá que ser muito, muito melhor do que é antes de ter a mesma sensação das interações cara a cara — até porque vocês não podem sentar juntos em volta de uma mesa no bar e tomar uma cerveja. Um bierhaus virtual não é um bierhaus… como todo bom bávaro sabe!

"A vida vai voltar ao normal em alguns anos."

Nicole Vincent

Palestrante Sênior de Inovação Transdisciplinar, University of Technology Sydney

Como será a vida quando a pandemia acabar? Muito simples! A vida vai voltar ao normal e não estou sendo sarcástica. Sim, haverá sofrimento. Levará tempo, sacrifício e dor para nos retirar dos destroços e, mesmo quando isso acabar, ainda encontraremos ocasionalmente artefatos despedaçados da era AC (Antes do Corona). Mas as coisas realmente vão voltar a ser como eram antes do vírus.

O que me surpreende, porém, é por que queremos voltar ao normal? Normal era abusivo, implacável, injusto, tóxico e totalmente vil! Todos nós temos a Síndrome de Estocolmo? Ou talvez os níveis sem precedentes de estresse que todos enfrentamos tenham elevado nossos níveis de cortisol e prejudicado nossa memória? Caso seja isso, por favor, segure minha mão e vamos dar um passeio pela estrada da memória, e então vamos extrapolar para o que o normal vai fazer conosco se voltarmos a esse relacionamento.

Lembra de todas aquelas vezes em que, apesar de pegar um resfriado ou gripe monumental, você ainda precisava encontrar uma maneira de se arrastar para o trabalho? Por décadas, as condições implacáveis ​​do local de trabalho ajudaram os coronavírus a se espalhar e sofrer mutações. Dosados ​​com remédios para resfriado e gripe que disfarçavam os horríveis sintomas e até nos faziam sentir positivamente cheios de energia, partimos para o trabalho, embora estivéssemos na verdade doentes e altamente contagiosos.

Já que esta pandemia é enquadrada como um problema médico, continuamos buscando uma solução médica. No entanto, o que é constantemente esquecido são os inúmeros fatores causais não médicos, como aqueles que nosso amado "normal" contribuiu para permitir que o vírus fizesse o que fez. Olhando para a frente, porém, para evitar a bala de prata da extinção humana, devemos rapidamente ficar conscientes e largar o normal para sempre. É hora de parar de fingir que as vidas que desejamos viver após a pandemia… são inocentes, inócuas, causalmente inertes.

Temos uma questão. Essa é a descrição mais precisa da nossa situação. Uma vez que entendermos isso, e depois de nos purificarmos de nossa fixação doentia no ponto de vista médico, podemos começar a descobrir que uma gama de fatores causais contribui para compor essa situação complexa. Somente quando temos uma noção firme sobre a realidade — o que incluirá fatores causais como todos indo e vindo para o trabalho ao mesmo tempo, o que cria superlotação e ajuda o vírus a se espalhar como um incêndio — é que estaremos em posição de começar a formular uma estratégia contra COVID-19 causalmente eficaz.

Em vez de colocar o incrível fardo de lutar contra esta pandemia direta e quase inteiramente sobre os ombros dos médicos e profissionais de saúde — pessoas incríveis cuja devoção em salvar nossas vidas está fazendo com que percam as suas em um ritmo alarmante — devemos procurar urgentemente uma cura para o nosso vício no "normal". Em vez de depositar nossas esperanças em uma vacina, um tratamento ou uma cura para que possamos voltar a como era a vida antes da pandemia, que tal seguirmos um caminho que pode evitar a extinção humana, perguntando a nós mesmos sobre como poderia ser a nossa vida, independentemente de encontrarmos uma vacina viável para o vírus?

"Por que [iríamos] querer voltar ao normal? O normal era abusivo, implacável, injusto, tóxico e totalmente vil!"

Srividya Jandhyala

Professora Associada, Departamento de Administração, ESSEC Business School

Aqui estão dois cenários possíveis — mas muito diferentes. No primeiro cenário, os desafios da pandemia começam a diminuir. Governos em todo o mundo conseguem controlar o vírus. As vacinas são promissoras e eficazes. As diretrizes de viagem e distanciamento físico são relaxadas. O enorme estímulo do governo tem um efeito e a recuperação econômica é mais em forma de V ou U (ao invés do temido L). As tensões geopolíticas diminuem bastante e o fluxo transfronteiriço de pessoas, bens, ideias e serviços é retomado ou até mesmo acelerado. Nesse cenário, é provável que a vida se pareça mais com os tempos pré-pandêmicos (ou de forma mais otimista, talvez até melhor).

Como alternativa, a pandemia acelera os desafios à globalização e à ordem econômica liberal. Os governos consideram as restrições semipermanentes. As restrições de viagens e as regras de quarentena podem ser relaxadas, mas não desaparecem — sejam domésticas ou internacionais. A recuperação econômica é lenta. Os conflitos comerciais aumentam e há maiores divisões entre os países. A vida social, em tal cenário, será muito diferente da era pré-pandemia. Viajar vai custar caro — tanto em tempo quanto em dinheiro — poucas pessoas farão isso. Os produtos cultivados localmente crescerão, não por causa de preocupações ambientais, mas porque os alimentos trazidos de fazendas distantes não são mais possíveis. As cadeias de suprimentos serão reformuladas e a escolha e a qualidade do produto podem ser limitadas. As pessoas podem investir no aprofundamento das interações sociais localmente porque não podem contar com voos baratos para levá-las através do país ou do mundo até seus sistemas de apoio.

Em última análise, a vida pós-pandemia não será a mesma para todos. A vida social, por outro lado, refletirá uma combinação de experiências vividas e circunstâncias econômicas e políticas mais amplas. A pandemia pode acabar a alterando de maneiras significativas ou apenas causar uma perturbação.

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