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- Apple marca evento para 10 de novembro, e desta vez o assunto é Mac
- Raspberry Pi 400 é um PC dentro de um teclado que só precisa de uma tela para ficar completo
- Quando será que vai rolar o WhatsApp Pay, hein?
- Facebook pegou leve com conservadores que infringiam regras nos EUA, diz jornal
- Ornitorrincos surpreendem novamente: novo estudo mostra que eles brilham no escuro
- Huawei pode ter sua própria fábrica de chips para driblar sanções dos EUA
Apple marca evento para 10 de novembro, e desta vez o assunto é Mac Posted: 02 Nov 2020 02:17 PM PST Depois dos eventos da Apple em setembro para Apple Watch e iPad e em outubro para iPhones, muita gente achou que a empresa já tinha encerrado o ano. Errado. Na próxima terça-feira, 10 de novembro, a Apple está hospedando mais um evento online — e embora não saibamos exatamente o que está para acontecer, dá para apostar que veremos novos Macs. Durante sua WWDC em junho, a empresa disse que o primeiro Mac com processador caseiro, chamado Apple Silicon, seria lançado no final do ano. Bem, pessoal, chegou a hora. Rumores sobre qual Mac será o primeiro a estrear com chip próprio da Apple circulam há meses. O respeitável analista Ming Chi Kuo, que costuma estar muito bem informado sobre a empresa, previu há alguns meses que um MacBook Pro de 13 polegadas com processador ARM seria lançado neste segundo semestre, com um iMac atualizado chegando em 2021. Mas outras informações dizem que um MacBook de 12 polegadas seria o primeiro, então teremos que esperar para ver. Não temos nenhuma especificação oficial dos processadores da Apple, então, por enquanto, podemos apenas especular sobre sua velocidade. Supostos benchmarks de kits de transição para desenvolvedores surgiram, mas nada concreto o suficiente para comparar com outras CPUs no mercado. O convite da Apple aponta especificamente para “mais uma coisa”, então este evento pode ser só sobre Mac. Mas há rumores de que alguns produtos serão lançados ainda este ano, incluindo os tão esperados rastreadores AirTags e os fones de ouvido AirPods Studio. Eu não apostaria nisso, mas descobriremos juntos na semana que vem. The post Apple marca evento para 10 de novembro, e desta vez o assunto é Mac appeared first on Gizmodo Brasil. |
Raspberry Pi 400 é um PC dentro de um teclado que só precisa de uma tela para ficar completo Posted: 02 Nov 2020 11:04 AM PST O Raspberry Pi 400 acaba de ser lançado oficialmente, e ele pode ser a opção ideal não apenas para quem gosta de programar, mas também para quem está em busca de um computador com preço acessível e recursos básicos. Talvez um dos grandes atrativos do novo mini computador seja o seu design. O Pi 400 nada mais é do que um teclado compacto branco e rosa com um computador embutido. Ou seja, basta conectar esse teclado a um monitor ou TV e você terá uma máquina pronta para as atividades simples do dia a dia. Segundo o post no blog do Raspberry Pi Foundation, houve um crescimento acelerado na demanda pelo pelo Raspberry Pi 4, lançado em junho do ano passado, devido à pandemia de COVID-19, já que muita gente está trabalhando e estudando de casa. Assim, o Raspberry Pi 400 está sendo lançado agora com um design mais amigável e atraente, porém com especificações muito similares ao modelo de 2019. O Pi 400 conta com um processador quad-core 1.8GHz ARM Cortex-A72 CPU — ligeiramente mais rápido em relação ao Pi 4 de 1.5GHz –, além de 4GB de memória RAM, Gigabit Ethernet, Bluetooth 5.0, e Wi-Fi 802.11ac. No teclado, há duas saídas HDMI de até 4K/60Hz, duas portas USB 3.0, e uma porta USB 2.0. O cabo de energia se conecta pela porta USB-C, e há entrada para um cartão microSD e um header GPIO para conectar outros dispositivos. No início do lançamento, o Pi 400 estará disponível no Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Espanha. Há duas opções de preços: US$ 70 apenas pelo teclado e US$ 100 para o kit que inclui mouse, cabo de força USB-C, cartão microSD, cabo HDMI e um guia para iniciantes. Segundo a Raspberry Pi, serão lançadas, em breve, outras versões do teclado adaptadas para o mercado sueco, dinamarquês, português e japonês. Kit de US$ 100 do Raspberry Pi 400 que inclui mouse, cabo de força USB-C, cartão microSD, cabo HDMI e um guia para iniciantes. Crédito: Raspberry Pi Apesar dos produtos Raspberry Pi serem conhecidos como o computador ideal para crianças que querem aprender a programar, Eben Upton, fundador da companhia, disse ao The Verge que a ideia é ajudar qualquer pessoa que precise de um computador. Ainda segundo ele, a empresa vê o Pi 400 sendo utilizado até mesmo no ambiente corporativo como máquinas desktop. Nesse caso, o design atual nas cores branco e rosa talvez tenha que ganhar versões adaptadas. "Nós teremos que fazer em cinza e preto e isso vai quebrar nossos corações. Nós fazemos nossos produtos em rosa e branco e achamos que é a cor certa, e então somos levados, com relutância, ao cinza e preto", afirmou Upton, em tom de brincadeira, ao The Verge. Um ponto importante ressaltado pelo Verge é que o Pi 400 pode se beneficiar muito com a decisão da Apple de utilizar a arquitetura ARM em seus computadores Mac. Durante muito tempo, esse tipo de processador era associado a uma performance limitada e, portanto, seria adequado apenas para celulares e tablets. No entanto, ver a empresa da maçã apostando nessa arquitetura para construir um dos computadores mais potentes do mercado pode ser um incentivo para desenvolvedores criarem e otimizarem seus softwares para rodarem melhor em ARM, beneficiando o ecossistema de soluções open-source e o Raspberry Pi. Por enquanto, o kit de US$ 100 do Raspberry Pi 400 está à venda no Reino Unido, EUA e França, chegando à Itália e Espanha na próxima semana. Na Alemanha, a opção de US$ 70 que inclui apenas o teclado já está disponível, mas o kit só será vendido a partir da semana que vem. Segundo a empresa, o mini computador será lançado na Índia, Austrália e Nova Zelândia até o final deste ano, com o objetivo de chegar a outros países nos primeiros meses de 2021. The post Raspberry Pi 400 é um PC dentro de um teclado que só precisa de uma tela para ficar completo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Quando será que vai rolar o WhatsApp Pay, hein? Posted: 02 Nov 2020 09:33 AM PST Se dependesse do WhatsApp, desde junho seus usuários já estariam transferindo dinheiro por aí via aplicativo. Porém, como sabemos, o BC (Banco Central) barrou a iniciativa por entender que a entrada da companhia neste ramo precisaria de uma análise mais aprofundada, já que a plataforma tem mais de 100 milhões de usuários no Brasil. De forma resumida, o serviço de transferência e recebimento de dinheiro pelo WhatsApp deve demorar ainda um tempo — a última estimativa dada pela Cielo recentemente é que seria disponibilizado em novembro; alguns dizem ainda que deve rolar só em 2021. Independentemente disso, consultamos as partes envolvidas para tentar entender o que fez as autoridades jogarem água no chope da iniciativa da plataforma de mensagens. WhatsApp Pay é, na verdade, o Facebook PayNo dia 15 de junho, quando houve o anúncio de que o WhatsApp começaria a liberar sua solução de envio e recebimento de dinheiro, muita gente não percebeu que toda a questão de transferência ocorreria via Facebook Pay, marcando a estreia do serviço no Brasil. Basicamente, a plataforma de pagamento do Facebook, disponível nos EUA desde 2019, tem como objetivo guardar informações cadastrais e financeiras das pessoas para o processamento de operações. Mesmo com o Banco Central barrando a iniciativa do WhatsApp, o Facebook Pay está aí ativo, mas com um objetivo muito específico: auxiliar em pagamentos dentro de alguns serviços do Facebook. Na prática, é pelo Facebook Pay que usuários podem fazer compras dentro de jogos da rede social, aquisição de ingressos para eventos online ou contribuições financeiras com quem faz lives. Legal, mas qual problema o BC viu com a entrada do WhatsApp nessa história?Não custa lembrar que no início, a solução de pagamento do WhatsApp tinha uma lista limitada de parceiros, que iria crescer com o tempo. O sistema funcionaria com cartões de bandeira Visa e Mastercard dos bancos Nubank, Sicredi e Banco do Brasil. O processamento de pagamentos seria feito pela Cielo. O mantra dos funcionários do Banco Central para explicar o contexto do "adiamento" do sistema de transferência e recebimento passa por três palavras: interoperabilidade, competitividade e abertura. No caso do WhatsApp, aparentemente, faltaram alguns desses itens, como explicou João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do BC, em uma live da Tag Investimentos:
Trocando em miúdos, o diretor do Banco Central argumentou que o fato de ter só a Cielo como adquirente ("empresa dona de maquininha") poderia causar algum tipo de discrepância no mercado. E a ideia é evitar o que rolava anteriormente, quando apenas cartões Visa podiam ser processados em máquinas da Visanet (atual Cielo). O mesmo ocorria com os cartões Mastercard com máquinas da atual Rede. Segundo o Estado de S. Paulo, outras credenciadoras foram consultadas, mas houve opção pela Cielo, que tem como controladoras o Bradesco e o Banco do Brasil. Em contato com a reportagem, a Cielo diz que "se orgulha do pioneirismo de ter sido escolhida pela plataforma para fazer parte do sistema do WhatsApp" e que "não há um contrato de exclusividade", portanto outras adquirentes também podem fazer parte do sistema da plataforma. E o Pix?Para complicar a história, o Banco Central tem trabalhado para implementar a solução de pagamento instantâneo Pix já há um tempo, e o sistema vai estrear em 16 de novembro. No papel, o Pix é mais completo que a plataforma do WhatsApp, pois seria um sistema que contaria com a participação de todos os bancos logo na estreia — tanto é que as instituições estão lutando para que clientes cadastrem chaves com elas. Aliás, a plataforma foi criada junto com as instituições financeiras. Ainda que o Banco Central tenha falado que a análise do sistema do WhatsApp não tenha nenhuma relação com o cronograma do Pix, dá a impressão que se o sistema de transferência do app do Facebook saísse na frente, poderia complicar a comunicação do Pix (que já é confusa para muita gente), sem contar que uma empresa poderia deter logo de cara uma fatia imensa de mercado, prejudicando a competição (lembra do mantra do Banco Central?). Mesmo assim, em entrevista recente, o CEO da Visa Brasil, Fernando Teles, disse que o Pix não vai atrapalhar o WhatsApp Pay. Para ele, as tecnologias vão caminhar de forma paralela e que, no fim das contas, as duas vão ajudar na redução da circulação de dinheiro em espécie. Vai sair, mas não se sabe quando ao certoNas palavras do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em entrevista à Bloomberg News em setembro, o sistema do WhatsApp vai ser, sim, aprovado, mas que antes disso é necessário ter uma análise maior. Inicialmente, a plataforma submeteu a um sistema de aprovação que serviu de atalho para empresas menores, o que não é o caso da solução deles:
Campos Neto afirmou ainda que a preocupação era saber se o sistema do WhatsApp promoveria competição e se haveria proteção de dados das pessoas. "Queremos a competição de todos. Estamos também falando com o Google para viabilizar o Google Pay no Brasil [aqui ele parece se referir à expansão do serviço, já que a solução já funciona há um tempo] e também estamos falando com o PayPal." Consultamos o WhatsApp sobre a possível estreia de solução de pagamento, e a companhia disse que tem mantido contato com as autoridades e que tem trabalhado com parceiros com histórico de cumprir os padrões brasileiros:
Já a Visa, em comunicado, informou que suas soluções Visa Direct e Visa Cloud Token são usadas no Facebook Pay e que compartilhou com o Banco Central todas as informações necessárias para o funcionamento da plataforma do WhatsApp. "Nossa expectativa é de que o regulador seja como sempre diligente no seu processo de avaliação e siga contribuindo para a livre concorrência", diz o comunicado da empresa. Consultada, a Mastercard nos disse que “protocolou em junho um modelo de arranjo de transferência buscando a aprovação do regulador para o projeto de pagamentos via WhatsApp e agora aguarda o retorno do Banco Central”. A companhia disse ainda que “segue contribuindo para o desenvolvimento de um mercado de pagamentos cada vez mais moderno e seguro”. Se fosse para chutar, só teremos o tal WhatsApp Pay — que como eu já expliquei é o Facebook Pay via WhatsApp — depois que o Pix estiver operante. A estimativa mais recente, de que seria em novembro deste ano, foi dada pela Cielo, mas vale lembrar que a empresa age como uma intermediária no processo: quem está lidando com o Banco Central nesse sentido são a Visa e a Mastercard, já que o WhatsApp não é uma operadora financeira. De qualquer jeito, será uma nova era para o sistema financeiro e também uma nova oportunidade para cibercriminosos. Aliás, com menos dinheiro circulando, não devem faltar novas armadilhas para enganar as pessoas. The post Quando será que vai rolar o WhatsApp Pay, hein? appeared first on Gizmodo Brasil. |
Facebook pegou leve com conservadores que infringiam regras nos EUA, diz jornal Posted: 02 Nov 2020 07:01 AM PST Na tentativa de evitar acusações de ser enviesado contra conservadores, o Facebook supostamente teria permitido que republicanos do alto escalão violassem suas regras. Fontes disseram ao Washington Post que a rede social tem evitado punir membros da família do presidente dos EUA, Donald Trump, e outras personalidades e grupos conservadores que infringem repetidamente suas regras contra desinformação, até removendo advertências em alguns casos. Essa postura teria sido motivada por medo do “backlash” que poderia vir por causa da aplicação dessas penalidades. Por volta do final do ano passado, o Facebook retirou uma sinalização de infração repetida contra Donald Trump Jr. por postar desinformação no Instagram. Dessa forma, a rede conseguiu evitar ter de rotulá-lo como reincidente na prática, dois ex-funcionários do Facebook disseram ao jornal. Isso salvou o filho mais velho do presidente americano de sofrer penalidades, como tráfego reduzido, rebaixamento nos resultados de pesquisa e bloqueio temporário de publicidade. Um ex-funcionário disse que outros membros da família Trump receberam tratamento preferencial semelhante ao longo do ano passado, e que este foi apenas um "entre vários avisos removidos". Várias organizações pró-Trump foram repetidamente autorizadas a distribuir informações julgadas falsas pela checagem de fatos feita por parceiros do Facebook. As políticas da rede social determinam que contas que recebem duas advertências por postar “informações falsas” em 90 dias ganhem o status de reincidente. Por exemplo, um dos maiores grupos de apoio à candidatura do presidente à reeleição, o comitê de ação política America First Action, postou dois vídeos em um período de quatro dias alegando falsamente que o candidato democrata à presidência, Joe Biden, está pressionando para diminuir os recursos financeiros das polícias do país. Embora o Facebook tenha rotulado ambos os vídeos para indicar que eles eram falsos, o arquivo público da própria empresa mostrou que o comitê aparentemente não perdeu os privilégios de publicidade, relata o Post. Os dados de engajamento da ferramenta de análise de mídia social CrowdTangle, que é do próprio Facebook, não mostraram nenhuma evidência de que o tráfego ou a distribuição de posts desse grupo diminuíram. Em alguns casos, o Facebook nem chegou a sinalizar posts desmentidos que vinham de fontes conservadoras. O apresentador de rádio Rush Limbaugh compartilhou com seus 2,3 milhões de seguidores uma teoria falsa sobre como o principal especialista em doenças infecciosas dos EUA, Dr. Anthony Fauci, possui secretamente metade da patente de uma vacina contra COVID-19. O Facebook não aplicou um rótulo a essa postagem, apesar de os próprios verificadores da empresa terem desmentido seu conteúdo, relatou o Post. Outro dos posts de Limbaugh sobre uma teoria da conspiração envolvendo Biden foi igualmente ignorado. Outras páginas conservadoras, incluindo as do meio de comunicação de direita Gateway Pundit e da blogueira conservadora Pamela Geller, também pareceram contornar penalidades, mesmo tendo postado conteúdos identificados como falsos pelos verificadores de fatos. O Post conversou com vários parceiros de checagem de informações terceirizados do Facebook sob a condição de anonimato para sua denúncia, e eles pareciam confusos ao ver a empresa facilitando a transgressão das regras. "Estou perplexo com a política", disse o chefe de uma dessas organizações ao canal, destacando particularmente a falta de medidas para a America First Action, apesar de suas violações flagrantes. "Nós, várias vezes, sinalizamos infratores que, no entanto, parecem prosperar e continuam a fazer anúncios". O Facebook também não chegou a negar essas descobertas. A porta-voz da empresa, Andrea Vallone, não contestou os detalhes da reportagem sobre Donald Trump Jr. em entrevista ao Post, observando que o Facebook é "responsável pela forma como aplicamos a fiscalização e, por uma questão de diligência, não aplicaremos uma penalidade nos raros casos em que a classificação não era apropriada ou garantida pelas diretrizes estabelecidas no programa". Vallone disse que "muitas" das páginas citadas pelo Post em seu relatório "foram penalizadas por compartilhar repetidamente informações incorretas nos últimos três meses". No entanto, ela se recusou a comentar sobre o status de qualquer página em particular, incluindo a America First Action, e não especificou as penalidades que qualquer uma dessas páginas supostamente tenha recebido. The post Facebook pegou leve com conservadores que infringiam regras nos EUA, diz jornal appeared first on Gizmodo Brasil. |
Ornitorrincos surpreendem novamente: novo estudo mostra que eles brilham no escuro Posted: 02 Nov 2020 04:52 AM PST O ornitorrinco é uma colcha de retalhos maluca da natureza, já que essa estranha criatura se parece com meia dúzia de animais diferentes, todos juntos. Acontece que os ornitorrincos estavam escondendo mais uma característica notável: ELES PODEM BRILHAR NO ESCURO. Não basta ser um mamífero que põe ovos, ostenta um bico de pato e pés palmados, caça usando eletrorrecepção e empunha esporas venenosas. O ornitorrinco também apresenta um brilho verde sob a luz ultravioleta. Os detalhes dessa descoberta inesperada foram publicados no início deste mês na revista científica Mammalia. O ornitorrinco agora entra para um clube muito exclusivo, já que é um dos três únicos mamíferos biofluorescentes conhecidos, os outros dois sendo gambás e esquilos voadores. Dito isso, o ornitorrinco permanece sozinho como o único monotremato conhecido, ou mamífero produtor de ovos, capaz de realizar esse truque (os únicos outros monotremados existentes são quatro espécies de equidna). É claro que a biofluorescência é vista em muitos outros organismos, como fungos, peixes, fitoplâncton, répteis, anfíbios e pelo menos uma espécie de tardígrado. A mesma equipe envolvida no novo estudo, liderada pela bióloga Paula Spaeth Anich, do Northland College, foi quem descobriu a biofluorescência em esquilos voadores no ano passado. A descoberta aconteceu por acaso durante pesquisas noturnas de líquenes (organismos resultantes de uma simbiose entre um fungo e um parceiro capaz de fazer fotossíntese, como a alga verde). Suas observações de campo foram posteriormente confirmadas com espécimes de esquilos voadores mantidos em um museu. Com isso em mente, os cientistas decidiram tentar a sorte com outro mamífero crepuscular noturno. Ornitorrincos, como o esquilo voador (e gambás também), são ativos durante as horas escuras do amanhecer, anoitecer e durante a noite. Para o novo estudo, a equipe analisou três espécimes de ornitorrinco de museu (dois machos e uma fêmea) provenientes do Field Museum of Natural History em Chicago e do University of Nebraska State Museum (a Lista Vermelha da IUCN atualmente descreve o ornitorrinco como uma espécie quase ameaçada e com tendência de declínio populacional). O pelo do ornitorrinco parece marrom na luz visível, mas, como mostra a nova pesquisa, seu pelo brilha em verde ou ciano sob a luz ultravioleta. Então, a próxima vez que você tiver um happy hour por videoconferência, lembre-se de contar a seus amigos que o pelo do ornitorrinco absorve comprimentos de onda UV entre 200 e 400 nanômetros e, em seguida, emite luz visível entre 500 e 600 nanômetros, um processo óptico que resulta em fluorescência. Como o artigo aponta, tanto machos como fêmeas parecem exibir essa característica, embora os autores aconselhem um pouco de cautela, dado o tamanho insignificante da amostra. Além disso, os pesquisadores estão "confiantes de que a fluorescência que observamos não é uma propriedade de espécimes de museu em geral". Supondo que você ainda tenha um público cativo neste happy hour, você pode dizer a seus amigos que a bioluminescência do ornitorrinco é provavelmente uma adaptação às condições de pouca luz. Seu pelo brilhante pode ser uma forma de as espécies se verem e interagirem umas com as outras à noite, quando "a absorção de raios ultravioleta e a fluorescência podem ser particularmente importantes para os mamíferos", escrevem os pesquisadores. A descoberta também é interessante de uma perspectiva evolucionária. Monotremados, marsupiais e mamíferos placentários (eutherianos) se separaram de um ancestral comum há cerca de 150 milhões de anos, quando o Triássico estava chegando ao fim. Isso, queridos leitores, é muito tempo, já que os descendentes desse divórcio evolucionário tiveram que lutar para abrir caminho durante os períodos jurássico e cretáceo que se seguiram, sem mencionar a extinção em massa que exterminou todos os dinossauros não-aviários. É muito tempo e muita evolução possível. Em um comunicado de imprensa da De Gruyter, Anich disse que "foi intrigante ver que animais que eram parentes tão distantes também tinham pelo biofluorescente". Os autores encerram seu artigo com uma questão relacionada: "A biofluorescência é uma característica ancestral dos mamíferos?" É difícil saber. Se esses três grupos extremamente díspares de mamíferos mantiveram essa característica após 150 milhões de anos, isso significa que os genes responsáveis pela pelagem biofluorescente estão altamente conservados, na linguagem dos biólogos. Não é impossível, mas outra explicação razoável é que essas três espécies – gambá, esquilo voador e ornitorrinco – adquiriram seu pelo brilhante de forma independente como consequência da evolução convergente. Na natureza, vale aquilo que funcionar melhor, e é por isso que características comuns podem aparecer em espécies não relacionadas. Esta última descoberta também pode significar que a bioluminescência em mamíferos não é tão rara quanto pensamos. E, de fato, é exatamente para onde a equipe se dirige a seguir, em sua busca para encontrar mais mamíferos capazes de brilhar no escuro. The post Ornitorrincos surpreendem novamente: novo estudo mostra que eles brilham no escuro appeared first on Gizmodo Brasil. |
Huawei pode ter sua própria fábrica de chips para driblar sanções dos EUA Posted: 02 Nov 2020 03:09 AM PST A Huawei aparentemente perdeu toda a esperança, ou paciência, de que algum dia se livrará das sanções dos EUA, que efetivamente impediram seu acesso aos chips necessários para a companhia. A empresa está supostamente se preparando para fazer algo a respeito. A solução: construir sua própria fábrica de processadores. De acordo com uma reportagem do Financial Times, a Huawei está trabalhando em um plano para desenvolver sua própria fábrica de chips em Xangai. As sanções do governo Trump proíbem qualquer empresa de usar software ou equipamento dos EUA para vender chips para a Huawei sem uma licença do Departamento de Comércio. A fábrica da companhia chinesa não usaria tecnologia americana, segundo o Times, o que permitiria que ela assegure suprimentos para seus principais negócios de infraestrutura de telecomunicações. Curiosamente, a própria Huawei não administraria a fábrica, de acordo com a reportagem. Isso ficaria a cargo de sua parceira, a Shanghai IC R&D Center, uma empresa de pesquisa de chips com apoio governamental. A mudança também não é surpreendente, já que a Huawei não tem experiência na fabricação de chips. O Times relata que a fábrica da Huawei começará a fabricar chips de 45 nm, um processo de baixo custo que os líderes da indústria começaram a usar 15 anos atrás. Fontes disseram à reportagem que a empresa pretende começar a fabricar chips de 28 nm — que são mais avançados e podem equipar smart TVs e outros dispositivos de internet das coisas — até o final de 2021. Seu objetivo é produzir chips de 20 nm, que poderiam ser usados na maioria de seus equipamentos de telecomunicações 5G, no final de 2022. No entanto, esses planos provavelmente não ajudarão a divisão móvel da Huawei, uma parte da empresa que foi particularmente afetada pelas sanções dos EUA, disse um representante da indústria de semicondutores ao Times. Isso se deve ao fato de que "os chipsets necessários para smartphones precisam ser produzidos com tecnologia mais avançada", disse o representante. Em agosto, executivos da empresa disseram que "não tinham chips nem suprimentos" para fazer seus smartphones. A Huawei também revelou que não seria capaz de fazer seus próprios processadores mais avançados, ou chips Kirin, depois de 15 de setembro, porque eles são produzidos por terceirizadas que usam tecnologia de manufatura americana. A Huawei e o governo chinês reconhecem a dependência do país de chips importados e já tomaram medidas no passado para tentar resolver isso. Por sua vez, a Huawei investiu em fabricantes de semicondutores nacionais, de acordo com o Times. Enquanto isso, o governo chinês despejou baldes de dinheiro no setor de chips. A fábrica de chips de Xangai pode vir a ser uma solução de longo prazo para a Huawei, que tem lutado por causa das sanções e acusações dos EUA de que poderia estar praticando espionagem para o governo chinês — a empresa nega. The post Huawei pode ter sua própria fábrica de chips para driblar sanções dos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
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