sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Servidores do STJ estão fora do ar há dois dias por suposto ataque de ransomware

Posted: 05 Nov 2020 02:52 PM PST

Na última quarta-feira (4), o Superior Tribunal de Justiça informou ter sofrido um ataque hacker que pode ter comprometido toda a rede do órgão de justiça brasileiro. Agora, tudo indica que a ação se deu por meio de um ransomware, que é um tipo de malware que bloqueia os dados e só libera o acesso mediante pagamento em dinheiro.

Primeiro, é importante contextualizar o que aconteceu no início da semana. De acordo com Humberto Martins, presidente do STJ, o ataque ocorreu no período da tarde, quando aconteciam sessões de julgamento dos colegiados das seis turmas. Técnicos que trabalham no tribunal verificaram uma falha no sistema interno de proteção de rede, e depois constataram que o erro se espalhou também para o ambiente virtual onde ficam hospedados quase todos os sistemas do STJ.

Na terça-feira (3), data em que ocorreu o ataque, a área técnica do STJ determinou que ministros, servidores e estagiários não acessem máquinas ligadas à rede do tribunal. A Polícia Federal também foi acionada para investigar o ataque cibernético, uma vez que, mesmo após a confirmação, foram identificadas novas tentativas de invasão. Todos os prazos processuais que fazem uso do sistema do órgão, e isso também inclui audiências por videoconferência, estão suspensos pelo menos até a semana que vem.

O ataque bloqueou o acesso a caixas de e-mail de ministros da corte, e todos os dados e sistemas que estavam nos servidores do STJ foram criptografados. Desde o começo da semana, o site do STJ está fora do ar — e até o fechamento deste artigo, permanece assim. Alguns sites estão classificando este como o pior ataque digital da história contra um órgão de estado do Brasil porque a criptografia ainda não foi quebrada.

Pois bem. Explicado tudo isso, voltemos a por que pode se tratar de um ransomware. Diego Escosteguy, jornalista do site O Bastidor, divulgou a mensagem que os hackers teriam enviado ao STJ. E no conteúdo, eles (ou ele, ainda não se sabe se é apenas uma pessoa ou mais) pedem um pagamento para liberar a chave de acesso e ainda restaurar itens que possam ter sido afetados.

Esta teria sido a mensagem enviada pelos hackers aos técnicos do STJ. Imagem: O Bastidor

O ransomware é considerado uma técnica bastante simples de ataque, mas mostra o quão vulneráveis estavam os sistemas e servidores do STJ. Medidas adotadas recentemente pelo tribunal também colocam em cheque a segurança da rede do órgão, uma vez que o técnico responsável por monitorar o firewall que proteje esses sistemas estaria trabalhando de casa. Ou seja, ele conseguia acessar e lidar com dados críticos sem estar conectado a uma rede mais protegida, uma vez que, antes da pandemia de coronavírus, o acesso só era possível presencialmente.

O caso é tão grave que os hackers teriam conseguido invadir o sistema do STJ no domingo (1° de novembro). Logo, eles tiveram tempo suficiente para se familiarizar com a rede para então realizar o ataque dois dias depois.

E o problema parece que está só começando. Nesta quinta-feira (5), a Secretaria de Economia do Distrito Federal informou ter identificado uma tentativa de ataque hacker aos sistemas do Governo do DF. Por segurança, a pasta do governo diz que tirou todos os servidores do ar. A Polícia Federal também está investigando.

O Comunicado da Secretaria de Economia do DF. Imagem: Divulgação/GDF

O sistema de comunicação do Ministério da Saúde, que inclui internet, telefone fixo e e-mails corporativos, também está fora do ar desde a manhã desta quinta. Não há previsão de retorno dos serviços, e os sites de ambas as pastas seguem fora do ar.

Pode ser que esses ataques não tenham relação com o que vem acontecendo no STJ. Contudo, é difícil não associar os casos entre si.

[G1 (1, 2), O Bastidor (1, 2, 3), Estadão]

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Céus da Antártida eram dominados por pássaros gigantes com asas de 6 metros de envergadura

Posted: 05 Nov 2020 12:03 PM PST

Ilustração de pássaros pelagornitídeos. Imagem: Brian Choo

Dois fósseis encontrados na década de 1980 foram reanalisados por cientistas. O trabalho levou à descoberta de uma ave marinha gigantesca que vivia na região da Antártida.

Esse pássaro recém-descrito é algo que vai além da imaginação. Com asas que se estendem por quase 6 metros, ele supera em muito as dimensões do albatroz-errante moderno, que tem cerca de 3,5 metros de envergadura.

Vivendo durante o Eoceno, entre 50 milhões e 40 milhões de anos atrás, este pelagornitídeo gigantesco — ou ave “com dentes ósseos” — rondava os céus da Antártida em busca de lulas e peixes, de acordo com pesquisas publicadas no Scientific Reports.

A ave foi identificada a partir de dois fósseis: um osso do pé e a porção média de uma mandíbula inferior. Os fósseis foram originalmente descobertos por uma equipe de pesquisa da University of California Riverside, que encontrou as peças na Ilha Seymour da Antártida durante duas expedições diferentes. Os espécimes chegaram ao Museu de Paleontologia da Universidade da Califórnia em Berkeley, mas logo foram esquecidos.

Cinco anos atrás, Peter Kloess, coautor do novo estudo e paleontólogo da UC Berkeley, estava folheando a coleção do museu na esperança de encontrar algo interessante. Imaginando ter encontrado algo esquecido, Kloess — junto com Ashley Poust, do Museu de História Natural de San Diego, e Thomas Stidham, da Academia Chinesa de Ciências de Pequim — decidiu dar uma olhada nas duas peças.

Como os autores resumem em seu novo artigo, "esses fósseis da Antártida demonstram a evolução inicial do tamanho do corpo gigante [em pelagornitídeos] e provavelmente representam não apenas os maiores pássaros voadores do Eoceno, mas também alguns dos maiores pássaros [voadores] que já viveram na Terra". As aves tinham uma envergadura entre 5 e 6 metros.

De fato, elas são comparáveis ​​a outros gigantes extintos, como o Pelagornis sandersi (outro pelagornitídeo), com sua envergadura de 6 a 7,3 metros, e Argentavis magnificens, que tinha uma envergadura de 7 metros.

E estamos falando de pássaros capazes de voar. Os pássaros elefantes extintos e incapazes de voar pesavam mais de 500 kg. E eu seria negligente em ignorar os pterossauros (que não são pássaros), com sua envergadura de 10 metros.

No entanto, a espécie descrita no novo estudo é importante porque apareceu muito antes na história evolutiva do que esses outros gigantes aviários (o Pelagornis sandersi, por exemplo, apareceu entre 25 milhões e 28 milhões de anos atrás).

Os pelagornitídeos foram pássaros com dentes ósseos. Eles acabaram extintos há 2,5 milhões de anos, após um reinado de 60 milhões de anos. O pelagornitídeo gigante descrito na pesquisa recente data de pelo menos 50 milhões de anos atrás, o que é significativo do ponto de vista evolutivo.

A nova descoberta de fósseis "mostra que os pássaros evoluíram para um tamanho verdadeiramente gigantesco e com relativa rapidez após a extinção dos dinossauros, e governaram os oceanos por milhões de anos", explicou Kloess. Para se ter uma ideia, o evento de extinção Cretáceo-Paleógeno, que exterminou todos os dinossauros não-aviários, aconteceu há 66 milhões de anos.

Imagem: Peter Kloess/UC Berkeley

Esta é uma parte fossilizada da mandíbula afiada do pássaro gigante. Imagem: Peter Kloess/UC Berkeley

Os pelagornitídeos são conhecidos como pássaros com dentes ósseos por causa das projeções (ou suportes) em suas mandíbulas. Na verdade, não são dentes, pois são cobertos de queratina, que é a base de nossas unhas. Os cientistas referem-se a essas saliências como “pseudotemas”, mas não há nada de “pseudo” em termos de função, já que essas pontas afiadas eram usadas para agarrar lulas e peixes dos oceanos.

A parte inferior da mandíbula, com aproximadamente 40 milhões de anos, ainda exibe alguns pseudodentes, mas eles estão muito desgastados pela erosão. Kloess e seus colegas calculam que eles tinham cerca de 3 cm quando o pássaro estava vivo.

Esta mandíbula já esteve afixada a um crânio de pássaro bastante grande, medindo 60 cm de comprimento. Medidas cuidadosas das hastes em termos de espaçamento e tamanho, juntamente com uma análise comparativa de outros pelagornitídeos conhecidos, apontaram para o grande tamanho da ave, tornando-a um dos maiores membros conhecidos deste grupo. O espaçamento dos dentes também ajudou a distingui-la de outras espécies de pelagornitídeo.

Ao revisar as notas deixadas pelos pesquisadores originais, a equipe percebeu que o osso fóssil do pé — um tarsometatarso, o osso longo da perna — foi retirado de uma formação geológica mais antiga do que o presumido. Isso significa que o fóssil tem 50 milhões de anos, em oposição aos 40 milhões de anos originalmente calculados.

Naquela época, a Antártida tinha um clima mais quente, e os oceanos ao redor estavam cheios de pinguins e parentes extintos de patos, avestruzes e petréis, entre outros grupos de aves. A nova pesquisa sugere que os gigantescos pelagornitídeos predadores foram um membro importante desse ecossistema por mais de 10 milhões de anos.

"Em um estilo de vida provavelmente semelhante ao dos albatrozes vivos, os pelagornitídeos gigantes extintos, com suas asas muito pontiagudas, teriam voado sobre os antigos mares abertos, que ainda não eram dominados por baleias e focas, em busca de lulas, peixes e outros frutos do mar para pescar com seus bicos alinhados com pseudodentes afiados. Os grandes têm quase o dobro do tamanho dos albatrozes, e essas aves com dentes ósseos teriam sido predadores formidáveis ​​que evoluíram para estar no topo de seu ecossistema", explicou Stidham.

Mais evidências fósseis ajudariam a reforçar as estimativas fornecidas no novo estudo. Ainda assim, o novo artigo oferece um panorama fascinante sobre a vida durante o Eoceno.

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Dia do designer: separamos as melhores mesas digitalizadoras, livros e itens de trabalho

Posted: 05 Nov 2020 09:48 AM PST

Hoje, 5 de novembro, é celebrado o Dia do Designer. Por isso, fizemos uma seleção de mesas digitalizadoras, livros e itens de trabalho essenciais para designers.

Todos os itens estão disponíveis na Amazon e alguns possuem frete grátis para quem é assinante Prime. Para saber mais sobre o programa, clique aqui.

Confira a lista!

Mesas digitalizadoras

As mesas digitalizadoras estão se tornando cada vez mais populares entre designers. Antes de escolher a melhor para o seu trabalho, é importante checar:

  • Tamanho, pois existem mesas maiores e menores. Confira quanto espaço você terá disponível;
  • Resolução, porque apesar de nem todas as mesas terem tela própria e ser necessário ver o trabalho no computador, ainda possuem resolução em LPI (linha por polegada). Quanto maior for, melhor é a precisão da mesa;
  • Conectividade, já que é necessário checar se a mesa funciona só com USB ou já possui tecnologia Bluetooth;
  • Caneta, pois cada modelo possui uma caneta diferente, com pontas e estilos diferentes. Também é importante ver se a mesa em questão aceita canetas de outras marcas, caso você queira trocar.

Essas são as mesas mais vendidas:

Wacom One CTL472

Essa é a mesa digitalizadora ideal para iniciantes, por ser simples e acessível. É compatível com Windows e Mac, tem resolução de 2540LPI e pressão de 2048 níveis, podendo ser usada, inclusive, como mouse.

Encontre na Amazon a partir de R$ 399,00.

Wacom CTL4100

Uma mesa mais completa, com caneta com 3 tipos de pontas diferentes para criar produções diferentes e mais profissionais. É compatível com Windows ou Mac, e junto com a compra desta mesa você recebe os programas Corel Painter Essentials 7, Corel Aftershot 3 e Clip Studio Paint Pro. A Wacom CTL4100 também conta com botões de atalhos para facilitar o trabalho.

Encontre na Amazon a partir de R$ 635,18, com frete grátis para assinantes Prime.

Também separamos outras opções de mesas digitalizadoras, caso você queira dar uma olhada:

Livros

Os livros sugeridos estão disponíveis tanto em versão física quanto em e-book, através do aplicativo Kindle. Você pode ler alguns deles gratuitamente com a assinatura Kindle Unlimited.

Aproveite para também checar as opções do dispositivo Kindle, o leitor digital da Amazon:

Segue nossa seleção:

Itens de trabalho

Também encontramos alguns itens e acessórios indispensáveis para a sua área de trabalho:

Preços conferidos na tarde do dia 04 de novembro – pode haver alterações. Comprando pelos links acima, você não paga nada a mais e o Gizmodo Brasil ganha uma comissão.

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Sem revelar preços, Apple confirma iPhones 12 mini e 12 Pro Max no Brasil em 20 de novembro

Posted: 05 Nov 2020 09:15 AM PST

Nesta quinta-feira (5), a Apple emitiu um comunicado para a imprensa destacando a pré-venda dos iPhones 12 mini, 12 Pro Max e do HomePod mini nos Estados Unidos, que começa amanhã (6). Só que junto desse anúncio a companhia acabou confirmando também a data de lançamento dos novos iPhones aqui no Brasil: 20 de novembro.

“O iPhone 12 mini e o iPhone 12 Pro Max também estarão disponíveis para clientes no Brasil, na Coreia do Sul e em mais de 25 outros países e regiões a partir de sexta-feira, 20 de novembro", escreve a Apple no comunicado oficial. Com isso, é provável que a pré-venda dos aparelhos se inicie uma semana antes, no dia 13 de novembro, quando enfim devem ser revelados os preços para o mercado nacional.

Embora não tenha comentado sobre os iPhones 12 e 12 Pro, é possível que eles cheguem na mesma data, o que significa que a Apple pode lançar os quatro modelos em uma tacada só. Os dois smartphones estão à venda nos EUA desde o final de outubro, então faria todo o sentido a empresa lançar os quatro dispositivos juntos no Brasil.

Todos os novos iPhones já foram homologados pela Anatel, além do carregador MagSafe.

Apesar de ainda não ter revelado os valores do iPhone 12 no Brasil, quem for comprar é melhor ir tirando o escorpião do bolso. Com o dólar alcançando a casa dos R$ 6, não será surpresa se um ou mais modelos forem vendidos por mais de R$ 10 mil. Essa seria a primeira vez que um smartphone da Apple ultrapassa esse preço.

[Apple, MacMagazine]

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Depois de sete meses, NASA volta a entrar em contato com a sonda Voyager 2

Posted: 05 Nov 2020 07:58 AM PST

Os operadores têm sido incapazes de enviar transmissões de rádio para a sonda espacial Voyager 2 desde meados de março, mas um teste recente de hardware recém-instalado deu um bom sinal de que as atualizações da Deep Space Network da NASA estão ocorrendo conforme planejado.

A NASA enviou um comando para a Voyager 2 em 29 de outubro, algo que ela não tinha conseguido fazer há sete meses, de acordo com um comunicado da agência. Os operadores da missão fizeram isso usando a Deep Space Station 43 (DDS43) — a única antena de rádio capaz de se comunicar com a espaçonave. Lançada em 1977, a Voyager 2 está atualmente a 18.792 milhões de quilômetros da Terra. Ela e sua parceira Voyager 1 são os objetos de fabricação humana que foram mais longe no universo.

A antena de rádio está offline devido a reparos e atualizações muito necessários. A reconexão bem-sucedida não deveria acontecer até daqui a três meses, mas o teste inicial do hardware recém-instalado, no qual a Voyager 2 retornou um sinal de “alô” conforme ordenado, é uma boa notícia, pois o equipamento deve voltar a ficar online só em fevereiro de 2021.

A NASA não conseguiu falar com a Voyager 2 durante o intervalo de sete meses, mas a sonda estava transmitindo atualizações de saúde e informações científicas importantes. A sonda está atualmente viajando pela heliosfera a 55.160 km/h, onde está explorando esta região expansiva semelhante a uma bolha do sistema solar externo.

Imagem conceitual da Voyager 2. Imagem: NASA

A Deep Space Network é um conjunto de antenas de rádio localizadas ao redor do mundo e seu objetivo principal é se comunicar com espaçonaves que estão além da Lua. Localizado em Canberra, Austrália, o DDS43 é uma engrenagem importante neste sistema, mas, aos 48 anos, precisava urgentemente de uma atualização. A antena de rádio de 34 metros de largura já passou por melhorias antes, mas, nos últimos 30 anos, ela nunca tinha ficado tanto tempo desligada.

"A antena DSS43 é um sistema altamente especializado; existem apenas duas outras antenas semelhantes no mundo, então deixar a antena desligada por um ano não é uma situação ideal para a Voyager ou para muitas outras missões da NASA", disse Philip Baldwin, gerente de operações do programa de Comunicações e Navegação Espacial (SCaN) da NASA. "A agência tomou a decisão de conduzir essas atualizações para garantir que a antena possa continuar a ser usada para missões atuais e futuras. Para uma antena de quase 50 anos, é melhor ser proativo do que reativo com manutenção crítica."

Esses reparos e atualizações serão benéficos para outras missões, incluindo a Mars Perseverance (atualmente a caminho de Marte) e as próximas missões Artemis para a superfície lunar, para não mencionar futuras viagens a Marte envolvendo humanos.

Pode parecer surpreendente que somente uma das antenas parabólicas na Terra possa se comunicar com a Voyager 2, mas há um bom motivo para isso. Para que a sonda sobrevoasse a lua Tritão, de Netuno, em 1989, os operadores da missão tiveram que enviar a sonda sobre o polo norte do gigante de gelo. Esta trajetória exigia que a sonda viajasse em uma direção sul em relação ao plano orbital reto, e desde então ela tem se movido nesta direção.

A consequência dessa manobra é que a Voyager 2 agora viajou tão ao sul do plano planetário que não pode ser alcançada por antenas de rádio no hemisfério norte da Terra. Sua irmã Voyager 1 ainda pode ser alcançada por um par de antenas no hemisfério norte, pois a sonda tomou um caminho diferente, passando por Saturno.

A DSS43 também é a única antena parabólica no hemisfério sul com um transmissor poderoso o suficiente para alcançar a Voyager 2, ao mesmo tempo que é capaz de falar o idioma certo: uplinks para Voyager 2 devem ser transmitidos na banda S, enquanto downlinks devem ser recebidos na banda X.

A comunicação bidirecional com a Voyager 2 foi restaurada, e a máquina continua funcionando. Mas, olha, eu bem que gostaria de ficar alguns meses sem nenhum contato com a Terra.

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Um tipo de imunidade ao coronavírus dura pelo menos seis meses, diz estudo

Posted: 05 Nov 2020 06:26 AM PST

Uma nova pesquisa esta semana oferece alguma esperança para pelo menos um aspecto de nossa imunidade ao coronavírus que causa COVID-19. O estudo, conduzido por pesquisadores no Reino Unido, encontrou evidências de que certas células T criadas para combater o coronavírus durante a infecção continuam a mostrar uma resposta “robusta” pelo menos seis meses depois. Acredita-se que essa resposta imune celular desempenhe um papel importante na prevenção de reinfecções ou na redução da gravidade de uma infecção subsequente, ao lado de outros componentes de nossa imunidade, como anticorpos.

A nova pesquisa faz parte do UK Coronavirus Immunology Consortium, um estudo nacional apoiado pelo governo do Reino Unido que envolve várias universidades. Como parte do projeto, os pesquisadores acompanharam 100 voluntários que testaram positivo para anticorpos contra o coronavírus em março ou abril. Embora algumas pessoas tenham desenvolvido sintomas no momento do diagnóstico, nenhuma necessitou de hospitalização.

As células T são uma das principais células do sistema imunológico. Eles realizam uma ampla variedade de funções durante uma infecção, desde tentar matar diretamente as células infectadas até ajudar outras células a fazerem melhor seu trabalho, incluindo aquelas que produzem as proteínas que chamamos de anticorpos.

Como os anticorpos, nosso corpo pode produzir células T que "lembram" especificamente de um patógeno anterior e são capazes de entrar em ação quando ele tenta nos reinfectar.

Em comparação com o estudo de como os anticorpos respondem a um germe, a resposta imunológica celular de uma pessoa é mais complexa e difícil de medir. Isso torna este estudo um dos mais importantes e maiores de seu tipo.

Os primeiros resultados, divulgados em um artigo no site de pré-impressão bioRxiv na terça-feira (3), certamente parecem animadores. Todos os voluntários pareceram desenvolver células T específicas para o vírus logo após o diagnóstico, descobriram os pesquisadores. E quando o sangue dos voluntários foi estudado seis meses depois, essas células T pareciam permanecer em seu sistema.

"Até onde sabemos, nosso estudo é o primeiro no mundo a mostrar que a imunidade celular robusta permanece seis meses após a infecção em indivíduos que experimentaram sintomas leves/moderados ou eram assintomáticos", disse Paul Moss, hematologista da Universidade de Birmingham e um dos os principais cientistas do projeto, em comunicado divulgado pelo Consórcio na terça-feira.

A imunidade a uma doença como COVID-19, como discutimos antes, é complicada. Algumas pesquisas sugeriram que os anticorpos específicos do coronavírus podem desaparecer em apenas três meses, mas outras pesquisas sugeriram que os anticorpos mais importantes — aqueles que impedem diretamente o vírus de infectar novas células — podem ser mantidos na maioria dos sobreviventes por pelo menos cinco meses. E ainda existem outras partes do sistema imunológico relevantes para COVID-19 que não foram estudadas em muitos detalhes, como as células B de memória.

Os especialistas esperam que nossa imunidade natural ao coronavírus comece a diminuir eventualmente. Eles tomam como base nosso histórico com outros coronavírus que nos deixam doentes (ainda é incerto como a imunidade induzida pela vacina funcionará). Mas as descobertas desse novo estudo e de outros sugerem que algum nível de proteção deve durar mais do que alguns meses.

Essa proteção pode não necessariamente impedir a reinfecção em todos os casos (na verdade, estamos começando a ver casos esparsos de reinfecção relatados em todo o mundo), mas provavelmente diminuirá o impacto de uma segunda infecção se acontecer, disseram especialistas ao Gizmodo.

Ainda há muito a ser compreendido sobre nossa resposta imunológica ao COVID-19, e as descobertas desse estudo fornecerão novas pistas para os cientistas.

Por exemplo, o estudo descobriu que as pessoas que apresentaram sintomas tendem a ter uma resposta das células T mais forte do que aquelas que eram assintomáticas, o que pode sugerir que os sobreviventes sintomáticos estão mais protegidos.

O nível de resposta das células T das pessoas ao longo do tempo também está fortemente correlacionado ao seu nível de anticorpos contra o vírus, enquanto uma resposta maior das células T no início foi associada a um declínio mais lento dos anticorpos. Isso provavelmente significa que quaisquer vacinas futuras terão que provocar uma forte resposta de células T, além de uma resposta de anticorpos. Dessa forma, elas teriam a melhor eficácia possível.

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WhatsApp lança recurso de mensagens que desaparecem em sete dias

Posted: 05 Nov 2020 05:58 AM PST

Ícone do WhatsApp. Crédito: AP

Após anunciar um novo gerenciador de armazenamento de arquivos no início desta semana, o WhatsApp agora tem mais uma novidade: mensagens que desaparecem. O recurso está sendo disponibilizado a partir desta quinta-feira (5) para usuários do Android e iOS.

O histórico de mensagens no WhatsApp pode ser uma arma poderosa, sendo utilizado como prova até mesmo em tribunais. Por isso, para tranquilizar os usuários arrependidos que costumam enviar mensagens comprometedoras, o aplicativo agora vai permitir que eles configurem as conversas para que o conteúdo (incluindo texto, vídeos e imagens) desapareça após sete dias.

De acordo com o TechCrunch, um porta-voz da empresa afirmou que o período de sete dias foi definido como ideal para que os usuários não precisem se preocupar com as mensagens sendo mantidas por muito tempo, mas ainda possam rever informações recentes no histórico. O porta-voz acrescentou que eles vão "ficar de olho no feedback sobre como as pessoas estão utilizando [o recurso] e se estão gostando, e se será necessário fazer ajustes no futuro".

A contagem dos sete dias será iniciada a partir do momento em que a mensagem for enviada. Ou seja, caso a pessoa ainda não tenha lido dentro de uma semana, a mensagem será apagada mesmo assim. Quem sabe essa não é uma maneira de pressionar aquele seu amigo que costuma ignorar as mensagens por semanas ou até meses?

Os usuários podem habilitar as mensagens que desaparecem em qualquer chat individual. No caso dos grupos, apenas o administrador pode definir essa configuração, da mesma forma que acontecia na versão de testes do recurso. Mensagens que se autodestroem já vêm sendo testadas pelo WhatsApp desde o ano passado, quando elas estavam disponíveis apenas em uma versão bem rudimentar para conversas em grupo.

Apesar da novidade fazer com que o WhatsApp se aproxime um pouco mais do Telegram, que acaba ganhando a preferência dos usuários exatamente por essa sensação de segurança extra com mensagens que desaparecem, existem diversas maneiras de contornar o prazo de sete dias.

Conforme apontado pelo Engadget, as mensagens ainda podem ser encaminhadas para outros chats em que o recurso de autodestruição não está habilitado. Caso você não tenha o costume de limpar as notificações na tela inicial do seu celular, as mensagens também poderão permanecer por lá mesmo que elas tenham sido apagadas do aplicativo após uma semana. E, é claro, sempre existe a possibilidade de você tirar prints e guardá-las pelo tempo que quiser.

Além disso, se o usuário fizer o backup das mensagens antes de elas serem apagadas, o WhatsApp irá manter uma cópia desse conteúdo. Caso seus amigos tenham habilitado a opção para salvar automaticamente imagens e vídeos em seus dispositivos, qualquer conteúdo que você enviar também irá permanecer armazenado no celular deles.

Claro que o recurso ainda pode ser útil em diversas situações, mas é importante lembrar que você deve continuar atento ao tipo de informação que compartilha. Segundo o Engadget, as mensagens que desaparecem devem chegar a todos os usuários ao redor do mundo ainda este mês.

[TechCrunch, Engadget]

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Fabricado no Brasil, Nokia 5.3 garante Android atualizado e custa R$ 1.899

Posted: 05 Nov 2020 05:01 AM PST

A Nokia voltou ao mercado brasileiro com uma estratégia focada em smartphones de entrada e intermediários. Hoje, a empresa trouxe mais dois aparelhos. O grande destaque é o Nokia 5.3, smartphone que faz parte do programa Android One e tem preço sugerido de R$ 1.899.

Anunciado no primeiro semestre e trazido agora para o Brasil, o Nokia 5.3 tem especificações técnicas que ficam dentro do que se espera de um intermediário atual.

O processador é um Snapdragon 665, octa-core de 2 GHz e processo de fabricação de 11 nm. Ele tem 4 GB de RAM e recebeu um reforço no armazenamento para o mercado local: aqui, são 128 GB, contra 64 no exterior.

A bateria é de 4.000 mAh e promete durar dois dias. É uma promessa ousada, já que não é uma bateria tão grande assim e o Android puro (falaremos mais dele adiante) costuma gastar mais energia — precisaremos testar para confirmar.

O que deve ajudar é a tela: com 6,55 polegadas, proporção 20:9 e tecnologia IPS LCD, ela tem resolução apenas HD+ e não FullHD. As imagens podem ser um pouco piores que as de outros aparelhos, mas isso também pode contribuir com a economia de bateria.

Em câmeras, o Nokia 5.3 conta com um conjunto quádruplo na traseira: câmera principal de 13 megapixels, ultrawide de 5 megapixels e ângulo de visão de 118 graus, macro de 2 megapixels e sensor de profundidade também de 2 megapixels. A câmera frontal tem sensor de 8 megapixels.

A exemplo do que acontece com outras fabricantes, todas as câmeras contam com inteligência artificial para modo retrato e aprimoramento de imagens. Além disso, o Nokia 5.3 tem modo noturno, para fotos com pouca iluminação.

Um diferencial do Nokia 5.3 é fazer parte do programa Android One. Ele roda Android 10, mas a empresa diz que o aparelho está pronto para o Android 11. O programa ainda garante dois anos de atualizações do sistema operacional e três de updates de segurança — e a Nokia faz questão de mostrar como ela é líder em manter os seus celulares com as versões mais recentes.

O aparelho é feito no Brasil na fábrica da Multilaser, em Extrema (MG). A empresa brasileira é parceira da HMD Global, que é a detentora da marca Nokia para eletrônicos e smartphones.

O Nokia 5.3 chega à loja oficial da marca e às principais varejistas do Brasil nessa quinta-feira (5) com preço sugerido de R$ 1.899. O aparelho também será vendido em uma parceria com a operadora Claro e estará disponível pela internet e, inicialmente, nas lojas do Rio de Janeiro.

HMD Connect

A HMD Global também aproveitou o lançamento do Nokia 5.3 para trazer outras novidades. Uma delas é o HMD Connect, serviço de operadora da empresa voltado para roaming internacional. O chip pode ser comprado junto com o aparelho e vem com 100 MB grátis para ser usado em 120 países.

O momento parece não ser dos melhores para viajar (afinal, tem uma pandemia rolando por aí) mas é interessante ter mais uma opção para continuar conectado no exterior.

Nokia C2

E o segundo aparelho? É o Nokia C2. Ele é um smartphone bem simples, com 1 GB de RAM, processador quad-core de 1,3 GHz e Android 9 na edição Go, a versão mais leve do sistema operacional.

O Nokia C2 tem preço sugerido de R$ 799 e também está à venda a partir desta quinta-feira (5).

Nokia 5.3 – ficha técnica

  • CPU: Qualcomm Snapdragon 665
  • RAM: 4 GB
  • Armazenamento: 128 GB + microSD até 512 GB
  • Tela: 6,55 polegadas HD+ (1600 x 720) com Gorilla Glass 3
  • Câmeras traseiras:
    • Principal: 13 megapixels f/1.8
    • Ultrawide: 5 megapixels, ângulo de visão de 118 graus
    • Macro: 2 megapixels
    • Profundidade: 2 megapixels
  • Câmera frontal: 8 megapixels f/2.0
  • Wi-Fi 802.11 b/g/n/ac
  • Bluetooth 4.2
  • NFC
  • Portas: USB-C 2.0, entrada para fone de ouvido
  • Rádio FM
  • Botão para Google Assistente
  • Sensor de impressões digitais na traseira
  • Dimensões: 164,28 x 76,62 x 8,5 mm, 180 g
  • Carregador de 10 W
  • Bateria de 4.000 mAh

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Rajada de ondas de rádio detectada em nossa galáxia veio de estrela de nêutrons

Posted: 05 Nov 2020 03:54 AM PST

Pela primeira vez, astrônomos associaram um objeto real às misteriosas rajadas de rádio que vêm sendo detectadas desde 2007. O culpado neste caso, como se suspeitava, é um objeto superdenso conhecido como magnetar, mas a descoberta levou a um conjunto inteiramente novo de perguntas.

Nos últimos anos, cientistas detectaram centenas de pulsos poderosos de milissegundos conhecidos como Fast Radio Bursts (FRBs), todos eles provenientes de fora de nossa galáxia. Mas em 28 de abril de 2020, algo incrível aconteceu: os astrofísicos captaram um FRB de dentro da Via Láctea, um evento que suscitou muita emoção e conversa.

Esta explosão em particular, denominada FRB 200428, parecia se originar de uma estrela de nêutrons altamente magnética conhecida como magnetar SGR 1935 + 2154. O fato de os dois estarem conectados foi considerado uma possibilidade distinta na época, e depois de coletar, inspecionar, cruzar referências e corrigir todos os dados astronômicos disponíveis, três equipes independentes de cientistas agora confirmaram que este é o caso. Os magnetares, como concluem esses três novos artigos da Nature, são uma possível fonte de FRBs.

Até agora, "não havia nenhuma evidência observacional ligando diretamente os FRBs aos magnetares", escreveram Amanda Weltman e Anthony Walters, ambos astrofísicos da Universidade da Cidade do Cabo, em um artigo da seção News and Views. "A detecção relatada nos três novos artigos oferece a primeira dessas evidências, fornecendo assim pistas vitais que nos ajudarão a entender as origens de pelo menos alguns FRBs", de acordo com a dupla, que não estava envolvida na nova pesquisa.

A confirmação foi possível graças à cooperação internacional e ao agrupamento de dados coletados por vários observatórios, alguns no solo e outros no espaço. E como o FRB galáctico coincidiu com explosões de raios gama e raios X, os astrofísicos adquiriram uma nova pista importante em sua busca para aprender mais sobre este estranho fenômeno celestial.

No início, os cientistas pensaram que esses pulsos brilhantes de ondas de rádio eram eventos únicos, mas alguns se repetiram. Isso significava que os FRBs, ou pelo menos alguns FRBs, não eram produto de eventos catastróficos. Ainda assim, algumas das fontes favoritas dessas explosões incluíam estrelas de nêutrons, explosões de supernovas ou interações desconhecidas com buracos negros. O fato de FRBs virem exclusivamente de fontes fora de nossa galáxia era uma grande limitação, visto que eles viajavam de muito longe. Daí a importância do FRB 200428.

“Até agora, todos os FRBs que os telescópios […] pegaram estavam em outras galáxias, o que os torna bastante difíceis de estudar em detalhes”, explicou Ziggy Pleunis, um aluno sênior de PhD da Universidade McGill em Montreal e coautor do novo estudo produzido pela colaboração CHIME (Canadian Hydrogen Intensity Mapping Experiment).

O telescópio CHIME. Imagem: Andre Renard/CHIME Collaboration

Esta história começa em 27 de abril — um dia antes da FRB galáctica. Dois telescópios espaciais, o Neil Gehrels Swift Observatory e o Fermi Gamma-ray Space Telescope, captaram múltiplas rajadas, tanto em raios X quanto em raios gama, vindos da direção do magnetar SGR 1935 + 2154.

O dia seguinte trouxe coisas boas, quando os astrônomos da CHIME detectaram o pulso de rádio brilhante. O observatório CHIME está localizado na Colúmbia Britânica, no Canadá, e consiste em cem refletores parabólicos.

No mesmo dia, cientistas da STARE2 (sigla em inglês para Pesquisa para Emissão de Rádio Astronômica Transiente 2), captaram a mesma coisa. A STARE2 consiste em três estações situadas no sudoeste dos EUA.

Numa conferência de imprensa realizada na segunda-feira, Christopher Bochenek, um astrofísico da STARE2 e o primeiro autor do estudo da sua equipe sobre a descoberta, disse que estava "paralisado de emoção", quando viu pela primeira vez os dados. A explosão foi tão forte, disse ele, que poderia ter sido detectada por um telefone celular sintonizado na frequência certa no momento certo. Mais especificamente, a quantidade de energia de rádio contida neste pulso brilhante único é igual à quantidade de energia de rádio produzida pelo Sol a cada 30 segundos, disse Bochenek, pesquisador do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

"Este é o primeiro FRB que vem de um objeto conhecido.”

Houve uma discrepância de dados ímpar, no entanto, visto que o sinal recebido por STARE2 era mil vezes mais brilhante do que o sinal recebido por CHIME. Os dois grupos investigaram a disparidade, descobrindo que a culpa era de um problema de calibração na CHIME. Uma vez corrigidos, os dados CHIME corresponderam às observações STARE2, destacando a importância da coleta de dados astronômicos de fontes múltiplas. Ambas as equipes concluíram independentemente que o FRB 200428 se originou do magnetar SGR 1935 + 2154, que está localizado a 30.000 anos-luz de distância.

Como Bochenek apontou, o CHIME registrou duas rajadas discretas separadas por 30 milissegundos, enquanto o STARE2 viu apenas uma, mas isso é esperado, dadas as diferenças nos sistemas. Graças ao CHIME, "sabemos de onde veio" e, graças ao STARE2, "sabíamos como era brilhante", disse ele. Juntos, este é agora “o primeiro FRB que vem de um objeto conhecido”, disse Bochenek.

Três telescópios espaciais também captaram sinais de raios-X vindos do magnetar durante a explosão, sendo o telescópio espacial INTEGRAL da ESA, o telescópio espacial Insight da China e o instrumento Konus da Rússia a bordo do satélite WIND da NASA. Portanto, no total, cinco observatórios diferentes capturaram o evento de alguma forma.

O telescópio de abertura esférica de quinhentos metros (FAST) na província de Guizhou, China. Imagem: Bojun Wang, Jinchen Jiang com pós-processamento por Qisheng Cui.

Também em 28 de abril, o mesmo pedaço de céu foi escaneado pelo Telescópio Esférico de Abertura de Quinhentos Metros da China (FAST, na sigla em inglês), mas não no momento exato em que o FRB 200428 apareceu.

Dados coletados durante o mesmo dia, no entanto, mostraram que o magnetar havia se tornado bastante ativo, emitindo 29 repetidores gama suaves — grandes explosões de raios gama e raios-X — durante 30 minutos. Nenhum FRB foi detectado durante esta fase de explosão, oferecendo novas pistas tentadoras sobre a natureza e as circunstâncias associadas a explosões rápidas de rádio.

Os detalhes dessas observações foram publicados em um artigo liderado por Bing Zhang, da Universidade de Nevada em Las Vegas. Zhang também foi coautor de um quarto artigo neste conjunto, lidando com os possíveis mecanismos físicos por trás de FRBs.

Como Weltman e Walters explicaram em seu artigo na seção News and Views, FRB 200428 é o "primeiro FRB para o qual outras emissões além das ondas de rádio foram detectadas, o primeiro a ser encontrado na Via Láctea e o primeiro a ser associado a um magnetar". Além disso, é a "explosão de rádio mais brilhante de um magnetar galáctico que foi medido até agora".

E pelo fato de o FRB 200428 ser a primeira explosão de rádio galáctica que é tão brilhante quanto as que vêm de galáxias próximas, “também fornece evidências muito necessárias de que magnetares podem ser as fontes de FRBs extragalácticos”.

Zhang, em uma conferência de imprensa, disse que anteriormente não estava otimista sobre os astrônomos encontrarem uma fonte de FRBs, já que uma prova conclusiva parecia improvável. Mas esta descoberta, “bem em nosso quintal”, mostra que eles vêm de magnetares, disse ele, acrescentando que magnetares podem explicar alguns e possivelmente todos os FRBs observados no universo, “mas pode haver mais de um progenitor”.

Na verdade, algumas questões muito importantes permanecem. Não está claro, por exemplo, se magnetares são a única fonte de FRBs e se outros fenômenos celestes podem da mesma forma produzir pulsos com as mesmas características. E, como Bochenek apontou, será “importante determinar com que frequência essas coisas acontecem no universo”.

Além disso, os astrofísicos agora terão que descobrir como os magnetares são capazes de produzir essas explosões poderosas e curtas de energia. As teorias em andamento incluem explosões magnetares atingindo o meio circundante, causando uma onda de choque, ou rachaduras se formando na superfície de estrelas de nêutrons superdensas. Nesse último ponto, e embora seja difícil de acreditar, os FRBs podem, na verdade, estar conectados a starquakes (ou terremotos estelares) de nêutrons.

Por fim, há a questão das rajadas únicas e das que se repetem. O FRB observado na Via Láctea não parece ser um repetidor, o que "sugere que há uma diferença" e que "algo mais está acontecendo", disse Bochenek. Na conferência de imprensa, a astrofísica Daniele Michille, coautora do artigo CHIME, disse que diferentes classes de fontes de FRBs são possíveis. Zhang tem a sensação de que os itens únicos provavelmente são repetidores, mas não conseguimos detectar todos os disparos.

Os magnetares, como ele apontou, não morrem após emitir FRBs. Ao mesmo tempo, no entanto, uma fusão de estrelas de nêutrons pode ser responsável ​​por um evento único, ou uma estrela de nêutrons se fundindo com um buraco negro — ambos os quais poderiam produzir FRBs e também resultar na destruição da fonte. Mas apenas uma pequena proporção de FRBs são susceptíveis de ser catastróficos por natureza e, portanto, eventos únicos, de acordo com Zhang.

Quando se trata de entender os FRBs, ainda somos limitados por quantidades escassas de dados, efeitos de seleção observacional problemáticos e as intensas distâncias envolvidas. A detecção de um FRB galáctico em nossa galáxia e a associação a um objeto conhecido representam um grande passo, mas ainda há muito a descobrir. O que aprendemos sobre FRBs nos últimos 13 anos, no entanto, não é nada menos do que surpreendente, e devemos ser otimistas sobre o que aprenderemos nas próximas décadas.

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Um homem com alergia ao frio quase bateu as botas após sair de um banho quente

Posted: 05 Nov 2020 02:20 AM PST

Chuveiro e água. Imagem: Jenny Kane (AP)

Um homem com uma intolerância rara ao frio quase morreu após o banho. Em um relato recente, os médicos descrevem o caso de como o paciente desenvolveu uma grave reação alérgica ao ar frio depois de sair de um banho quente – grave o suficiente para precisar ir ao pronto-socorro e ser internado na UTI.

De acordo com o relatório publicado na semana passada no Journal of Emergency Medicine, o homem de 34 anos desmaiou logo após tomar um banho quente, devido a uma reação alérgica potencialmente fatal conhecida como anafilaxia.

A família do rapaz o encontrou no chão e chamou os paramédicos, que deram a ele oxigênio e epinefrina (usados ​​rotineiramente para tratar pressão arterial baixa e respiração obstruída causada pela anafilaxia) e em seguida o levaram para o pronto-socorro. Quando chegou ao hospital, ainda suava muito e sentia falta de ar, além de apresentar urticária por todo o corpo. Ele foi internado na unidade de terapia intensiva para monitorar qualquer anafilaxia posterior.

Segundo a família do homem, ele tinha um histórico de alergia ao frio, descoberto somente depois que ele se mudou do clima geralmente ameno da Micronésia para o Colorado, nos Estados Unidos. Mas até então, o maior problema que o paciente havia experimentado tinha sido urticária. Os médicos realizaram um teste simples de alergia – esfregando um cubo de gelo em sua pele e observando se havia algum inchaço vermelho depois – para confirmar seu diagnóstico, que então foi classificado como urticária induzida pelo frio e anafilaxia.

Não está claro quantas pessoas são realmente alérgicas ao frio, mas acredita-se que seja uma condição extremamente rara. Tal como acontece com o caso que estamos descrevendo neste artigo, os sintomas podem variar de uma reação cutânea branda até anafilaxia. Normalmente, ela acontece quando alguém com alergia é exposto a uma queda repentina de temperatura. Mas parece que a exposição do homem ao ar frio de seu banheiro após o banho foi suficiente para engatilhar a anafilaxia. As pessoas tendem a ter seus primeiros episódios de alergia no início da idade adulta.

Nos últimos anos, pesquisadores descobriram uma mutação hereditária rara que predispõe as pessoas a desenvolver uma alergia ao frio. No entanto, a maioria dos casos permanece sem explicação e acredita-se que seja adquirida em uma fase mais adulta da vida. Os possíveis gatilhos iniciais incluem infecções virais e outros problemas de saúde.

Assim como outras alergias, a urticária induzida pelo frio é causada principalmente pela liberação prematura de histamina (uma medida de defesa do nosso organismo produzida em situações alérgicas), que diz ao corpo para ficar inflamado. Isso significa que pode ser controlada com tratamentos anti-histamínicos, bem como evitar muito resfriado. No caso do homem, ele recebeu anti-histamínicos e esteroides no hospital, o que o ajudou a se recuperar. Antes de receber alta, ele também recebeu o próprio autoinjetor de epinefrina, apenas para o caso de desenvolver anafilaxia novamente.

Agora, da próxima vez que você for tomar banho, é melhor ir com calma antes de desligar o chuveiro e sair no ar gelado de uma vez.

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