segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Um dos primeiros mouses da história será leiloado

Posted: 13 Dec 2020 03:44 PM PST

Em 9 de dezembro de 1968, Douglas Engelbart e 17 outros pesquisadores do Instituto de Pesquisa de Stanford fizeram uma demonstração de 90 minutos de várias tecnologias inovadoras. Quem assistiu à apresentação teve um gostinho do futuro que chegaria décadas depois. Uma delas era uma interface de computador cuja navegação era feita usando um mouse: um dispositivo que Engelbart inventou e patenteou. Agora, um de seus mouses originais de três botões está sendo leiloado.

A apresentação, feita na Fall Joint Computer Conference em San Francisco naquele ano, mostrou tecnologias que Engelbart e uma equipe de pesquisadores do Centro de Pesquisa Aumentada do Instituto de Pesquisa de Stanford vinham desenvolvendo desde então 1962.

Desde então, ela ficou conhecida como a “mãe de todas as demos“. A demonstração incluía conceitos inovadores como processamento de texto com edição em tempo real, hiperlinks que um dia seriam a base da rede mundial de computadores, videoconferência e compartilhamento de tela.

Também tinha uma interface de software baseada em janelas, cuja navegação podia ser feita por um dispositivo que controlava um cursor na tela, uma invenção de Engelbart e seu colega Bill English.

O escritório cenográfico no palco e os consoles de computador NLS (abreviação de oNLine System) usados ​​para a demonstração foram projetados pelo fabricante de móveis Herman Miller, que no mesmo ano seria creditado pela invenção do cubículo de escritório e até hoje é um nome sinônimo com cadeiras confortáveis.

Você pode assistir à primeira parte da “mãe de todas as demos”, cortesia do canal do YouTube do Doug Engelbart Institute, no vídeo abaixo. As partes dois e três também estão disponíveis no canal do instituto se você tiver 90 minutos sobrando hoje.

As tecnologias revolucionárias demonstradas durante a “mãe de todas as demos” influenciaram os pesquisadores do Palo Alto Research Center da Xerox, onde Bill English mais tarde desenvolveu uma versão do mouse com uma bolinha. Eles projetaram e construíram seu computador Alto em 1973, que foi apresentado para um tal de Steve Jobs.

Essa demonstração acabaria por inspirar Jobs a criar o computador pessoal Lisa em 1983 — o primeiro computador da Apple com um mouse, após a empresa licenciar a tecnologia do Stanford Research Institute por US$ 40.000 — e o Apple Macintosh em 1984, que passaram a definir a computação moderna.

Engelbart acabou fundando uma empresa de consultoria em tecnologia chamada Douglas Engelbart Institute, que pegou empresado um espaço de escritório em Fremont, Califórnia, de outra empresa que é sinônimo de mouse: a Logitech.

Durante esse tempo, Engelbart fez amizade com o diretor de relações públicas da Logitech, Serge Timacheff, e acabou presenteando-o com um dos mouses originais que ele projetou e construiu, com três botões na parte superior e um par de rodas de metal rolantes perpendiculares na parte inferior. Agora, Timacheff vai leiloar este mouse.

Captura de tela: YouTube / Doug Engelbart Institute

É este o mouse que Engelbart usou durante a "mãe de todas as demos"? Não parece ser. A filmagem é granulada e de baixa qualidade, mas sempre que o console em que Engelbart está trabalhando aparece, o mouse que ele está manuseando parece ser mais escuro. Ele foi usado por outras pessoas na demonstração para Steve Jobs? Ninguém sabe. Infelizmente, Engelbart faleceu em 2013, então não conhecemos todo o histórico desse mouse.

Por ser um objeto raro, mas não histórico, e por Timacheff ter cortado o fio para colocar o mouse em um suporte para deixar exposto na sua mesa do escritório, este mouse tem valor estimado bem baixo, de apenas US$ 800. Se fosse o mouse apresentado na “mãe de todas as demos”, provavelmente renderia milhares de dólares, mas ainda é uma peça intrigante da história do Vale do Silício. O leilão fecha no dia 17 de dezembro.

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Agora dá para ver gatos, cachorros e outros animais em 3D usando o app do Google

Posted: 13 Dec 2020 11:54 AM PST

Eu sempre gostei muito de gatos. De cachorros também, mas mais de gatos. Nestes tempos de pandemia, tenho pensado muito em como seria bom ter um, já que eu moro sozinha. Infelizmente, o proprietário da casa onde moro não permite animais, então tenho que me contentar em ficar vendo bichinhos no Instagram mesmo.

O Google vai deixar isso mais legal: agora, gatos e outros bichos vão ser exibidos na sua casa em 3D, usando realidade aumentada. O recurso não é novidade — anteriormente, ele contava com um pouco de tudo, de dinossauros ao Coelhinho da Páscoa. A empresa anunciou recentemente que 50 novos bichinhos estariam disponíveis, incluindo gatos! Eba!

Em seu vídeo de anúncio, o Google não incluiu uma lista detalhada dos novos animais, embora tenha mostrado alguns, como girafa, vaca leiteira, gato, zebra, porco e um cachorro chow-chow. O pessoal do 9to5Google fez uma relação do que eles já descobriram — até agora, foram 25 desses animais! Suas descobertas incluem os cães das raças beagle, border collie e corgi, hamster, hipopótamo, boi e panda vermelho, e tem mais um monte.

O recurso de realidade aumentada do Google permite que você projete esses animais na sua casa usando a câmera e a tela do seu celular. Também dá para tirar fotos e gravar vídeos.

Encontrar os animais é "relativamente" simples (aparentemente, tenho um azar horrível). Tudo o que você precisa fazer é pesquisar o animal no Google e, em seguida, rolar a página para baixo até ver um bloco com a opção "Visualizar em 3D". Isso transformará seu telefone em um "projetor" de realidade aumentada, por assim dizer, e dará a você um modelo do animal junto com efeitos sonoros. Dá para mover o animal pela casa, inclusive.

O melhor pinguim-imperador de todos os tempos. Foto: Gizmodo

Para minha tristeza, o gato ainda não parece estar aparecendo para mim. No entanto, consegui ver uma arara e um dinossauro na minha sala de estar. O pinguim foi o meu favorito, embora não parasse de fazer aquele barulho irritante. Se você ainda não sabe o que pesquisar usando realidade aumentada, o Google tem uma página com algumas ideias.

É uma oportunidade de aprender mais sobre o animal que você está procurando e fazer algo diferente em casa, com segurança. Eu amo pinguins, mas acho que nunca vou chegar perto de um. Agora, vamos ver se algum dia encontro o gato do Google.

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Celeron de 2006 atinge 8,36 GHz com overclock e nitrogênio líquido

Posted: 13 Dec 2020 08:34 AM PST

Existe overclock, e existe OVERCLOCK. É legal fazer overclock em um Ryzen 9 5950X novinho, mas isso parece brincadeira de criança perto do que fizeram com um Intel de 14 anos. De acordo com o TechSpot, um usuário do site HWBot.org identificado como ivanqu0208 pegou um Intel Celeron D 347 — um processador single-core, single-thread, que foi lançado originalmente no final de 2006 — e aumentou sua frequência de 3,06 GHz para 8,36 GHz.

Para colocar isso em perspectiva, o maior overclock do Core i9-10900K, de 10ª geração, que tem clock base 3,70 GHz, clock boost de até 5,30 GHz, 10 núcleos e 20 threads, foi de 7,71 GHz, de acordo com a HWBot e a CPU-Z OC World Records. E esse processador não tem nem um ano!

Para que qualquer CPU funcione muito mais rápido do que a velocidade padrão, ela precisa ficar fria. Muito fria. Entusiastas do overclock costumam derramar nitrogênio líquido sobre a CPU ou envolvê-la com blocos da substância para mantê-la fria enquanto realizam sua mágica. Sem isso, velocidades acima de 8 GHz não seriam possíveis.

Se uma CPU ultrapassar sua temperatura máxima de operação, a placa-mãe geralmente desliga o PC para evitar qualquer dano permanente ao processador. Isso torna o feito com um processador de 14 anos ainda mais impressionante.

Essa velocidade de 8,36 GHz é impressionante, mas não é a mais rápida já registrada. Em 2014, funcionários da AMD conseguiram atingir 9,72 GHz com um chip Piledriver FX-8470 e entraram para o Livro Guinness dos Recordes.

Essa CPU foi lançada em 2014, ou seja, ela é um pouco mais recente que o Celeron D 347. Além disso, ela tem muito mais núcleos e threads. Mas há alguma discrepância nos recordes. De acordo com o CPU-Z OC World Records, que permite aos usuários enviar pontuações para serem verificadas, a marca mais alta já alcançada é de 8,8 GHz, com o processador FX-8350, também da AMD.

Na época de seu lançamento, os processadores Celeron D 347 se tornaram populares entre os overclockers por causa da facilidade de aumentar a velocidade. Impurezas aleatórias no silício podem afetar a frequência que dá para atingir, mas o Celeron D 347s parecia ser bem bom nesse aspecto. As pessoas ainda gostam de fazer overclock! Felizmente, ainda dá para conseguir acelerar um pouquinho o processador sem precisar de nitrogênio líquido.

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Aranhas da ISS descobriram um jeito de construir teias sem gravidade

Posted: 13 Dec 2020 06:36 AM PST

Experimentos na Estação Espacial Internacional (ISS) sugerem que as aranhas podem tecer teias aparentemente normais no espaço — elas só precisam de um recurso inesperado.

As aranhas são capazes de construir teias típicas em microgravidade, desde que tenham acesso a uma fonte de luz, de acordo com uma nova pesquisa publicada na Science of Nature. Na ausência de gravidade e, portanto, de um senso de "cima" e "baixo", a fonte de luz serve de referência para as aranhas.

Quando uma fonte de luz está disponível, as aranhas tecem suas teias assimétricas normais e esperam perto do topo pelas suas presas. Sem luz, entretanto, elas constroem teias simétricas, o que não é um comportamento normal. Isso representa uma descoberta surpreendente, destacando que a gravidade não tem grande importância para as aranhas ao tecer suas teias.

Sob condições normais de gravidade, as aranhas de teia circular tendem a construir teias assimétricas com o centro posicionado em direção à borda superior. Ao descansar e esperar pela presa, as aranhas se acomodam em seu centro com as cabeças voltadas para baixo, permitindo-lhes atacar rapidamente a presa na direção da gravidade.

Por causa disso, os cientistas descobriram que as aranhas ficariam desorientadas quando expostas à microgravidade. Experimentos feitos em 2008 a bordo da ISS confirmaram essas suspeitas, revelando a construção simétrica da teia.

É preciso levar em consideração também que esses ensaios foram um fiasco, pois uma aranha foi acidentalmente colocada em um habitat ocupado por outra aranha, o que criou caos e uma mistura de teias concorrentes. Além disso, o crescimento de larvas de moscas-das-frutas (que eram usadas para alimentar as aranhas) saiu do controle, tornando quase impossível para os pesquisadores ver as teias pela janela de visualização. O experimento deu errado, mas os cientistas conseguiram perceber teias estranhamente simétricas.

"Quando surgiu a oportunidade de fazer outro experimento em 2011, decidimos — com base nas […] conclusões do experimento de 2008 — usar aranhas que constroem teias altamente assimétricas em condições gravitacionais normais […] para detectar uma diferença no formato entre teias construídas em gravidade zero e as teias de controle", escrevem os autores do novo estudo, liderado por Paula Cushing, do Museu de Ciência e Natureza de Denver, e Samuel Zschokke, da Universidade de Basel.

A espécie escolhida para o experimento da aranha de 2011 foi a Trichonephila clavipes. Cushing e Zschokke projetaram um experimento no qual duas aranhas construiriam suas teias em câmaras de teste separadas na ISS, enquanto duas outras eram mantidas em habitats idênticos na Terra para servir como grupo de controle. Eles também mudaram todo o sistema das larvas de moscas-das-frutas para evitar o mesmo erro de 2008.

Os pesquisadores documentaram o comportamento de construção da teia das aranhas durante um período de dois meses usando câmeras que tiravam fotos uma vez a cada cinco minutos. No total, "avaliamos a orientação da aranha em 100 teias com base em 14.528 fotos, das quais 14.021 mostravam a aranha em sua posição de repouso e, portanto, poderiam ser usadas para a análise", escrevem os autores.

O resultado observado foi que as aranhas, quando trabalhavam em ambiente de microgravidade, tendem a tecer teias que são perceptivelmente mais simétricas do que aqueles construídas na Terra. Além disso, os centros foram posicionados mais próximos do meio das teias e as aranhas nem sempre mantinham suas cabeças para baixo.

Mas isso não aconteceu com todos os testes. Algumas teias exibiram um grau surpreendente de assimetria, especialmente para aquelas "cuja construção começou quando as luzes estavam acesas, sugerindo que a luz substituiu a gravidade como um guia de orientação durante a construção da teia", segundo o artigo. Além disso, a luz também forneceu uma referência para a aranha se posicionar no topo da teia (no caso, os pesquisadores se referem ao topo do habitat).

O engraçado é que o acesso a uma fonte de luz nem mesmo havia sido considerado como um fator para o experimento.

"Nós não havíamos imaginado que a luz exerceria um papel na orientação das aranhas no espaço", disse Zschokke em um comunicado da Universidade de Basel. "Tivemos a sorte de as lâmpadas estarem fixadas no topo da câmara e não em vários lados. Caso contrário, não teríamos sido capazes de descobrir o efeito da luz na simetria das teias em gravidade zero."

Alguns acidentes são extremamente úteis, principalmente quando levam a novas descobertas científicas. Mas é por isso que os chamamos de "experimentos": não sabemos o que vai dar até fazer.

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