quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Estamos ingerindo plástico sem perceber — e isso está detonando nosso sistema endócrino

Posted: 16 Dec 2020 02:41 PM PST

Plástico. Imagem: Justin Sullivan (Getty Images)

Um novo relatório científico publicado na última terça-feira (15) concluiu que plásticos, assim como os componentes químicos deixados por esses materiais no meio ambiente, são uma grande ameaça à saúde humana. Foram identificadas mais de 140 substâncias químicas, que são facilmente encontradas em produtos plásticos e que podem prejudicar nosso corpo, interferindo principalmente no sistema endócrino.

O relatório é resultado de uma colaboração entre a Endocrine Society — uma das maiores organizações de cientistas que estudam as partes do corpo que produzem hormônios, chamado de sistema endócrino — e a Rede Internacional de Eliminação de Poluentes (IPEN). A pesquisa foi redigida por cientistas nos EUA e na Suécia, e tem o objetivo de ser uma revisão de um estudo já existente sobre plásticos e seu potencial de causar danos a pessoas e outros animais.

Com base no novo relatório, as coisas não são nada animadoras. A principal ameaça dos plásticos vem de um grupo de substâncias químicas que imitam os hormônios ou podem interferir no organismo. Os hormônios são produtos químicos produzidos naturalmente que ajudam a regular quase todas as funções corporais que temos, como metabolismo, sono e até fertilidade.

O documento lista 144 desses produtos químicos de desregulação endócrina (EDCs, na sigla em inglês) que são comumente encontrados em produtos plásticos de uso diário. Esses produtos químicos incluem substâncias e metais tóxicos, como chumbo e cádmio. Alguns são adicionados intencionalmente aos plásticos para melhorar sua durabilidade, enquanto outros são subprodutos que vazam para o meio ambiente depois que os materiais plásticos são descartados em aterros sanitários ou nos oceanos, até se decomporem em microplásticos.

Níveis mais elevados de EDCs no corpo têm sido associados a maiores taxas de infertilidade, distúrbios metabólicos como diabetes e certos tipos de câncer. Outros produtos químicos, como o chumbo, não são seguros, mesmo em níveis muito baixos de exposição. Níveis mais altos de EDCs também são extremamente perigosos para bebês, que podem nascer com peso menor e pré-dispostos a uma taxa mais alta de autismo infantil. Isso foi ainda mais evidenciado por um outro estudo, também divulgado esta semana, que encontrou evidências de que microplásticos podem acabar na placenta humana, elevando o risco de exposição fetal.

"A exposição a produtos químicos que causam desregulação endócrina não é apenas um problema global hoje, mas representa uma séria ameaça para as gerações futuras. Quando uma mulher grávida é exposta, os EDCs podem afetar a saúde de seu filho e eventuais netos. Estudos em animais mostram que os EDCs podem causar modificações no DNA que têm repercussões em várias gerações", disse Pauliina Damdimopoulou, coautora do estudo e pesquisadora do Instituto Karolinska na Suécia.

Outro grande problema é que, como os plásticos estão presentes em quase todo o tempo em nossas vidas, a exposição aos EDCs também é quase universal. Isso significa que não há lugar para se esconder, porque é mais presente que a poluição do ar. Essa disseminação torna difícil descobrir os efeitos exatos dos EDCs, uma vez que não há grupos de “controle” reais de pessoas não expostas para comparação. Ainda assim, de acordo com o autor principal do relatório, Jodi Flaws, o dano causado por EDCs pode ser comparável a outras toxinas ambientais comuns, como a fumaça do cigarro.

A onipresença dos EDCs significa que será necessário um esforço global por parte dos países e das empresas produtoras de plástico para realmente mudar as coisas. Mas até agora, os planos para que isso aconteça têm falhado. Alternativas supostamente mais seguras usadas nos últimos anos, por exemplo, parecem causar efeitos tóxicos semelhantes, enquanto os chamados plásticos biodegradáveis ​​costumam ter os mesmos aditivos químicos que os plásticos convencionais. Isso sem contar que a produção global de plástico continua aumentando.

Embora os autores reconheçam que os plásticos ainda são necessários na sociedade em um futuro previsível, especialmente para coisas como equipamentos médicos, a situação precisa começar a mudar agora se quisermos reduzir nosso risco de saúde devido aos EDCs.

O relatório também recomenda regulamentações governamentais mais rígidas sobre o uso de EDCs em plásticos, incluindo proibições diretas. Dessa forma, empresas seriam incentivadas a desenvolver alternativas mais seguras e melhorar o processo de reciclagem de plástico, que pode introduzir outros EDCs, como dioxinas, no meio ambiente. Ou seja, as mudanças também seriam benéficas para a preservação da natureza como um todo.

Os cidadãos também podem fazer sua parte. Os pesquisadores recomendam que as pessoas evitem materiais de uso único para recipientes de comida e bebida, como copos e práticos plásticos, e optem por alternativas reutilizáveis, como o vidro. Além disso, não aquecer recipientes de plástico no micro-ondas pode ajudar.

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Será que agora vai? iPhone 13 pode ter display com taxa de atualização de 120 Hz

Posted: 16 Dec 2020 12:57 PM PST

iPhone 12. Imagem: Caitlin McGarry/Gizmodo

Uma das ausências nos iPhones deste ano, e que era muito esperada por causa dos rumores nos últimos meses, é a taxa de atualização acima dos tradicionais 60 Hz. Isso deve mudar finalmente com os aparelhos planejados para 2021 — possivelmente a linha iPhone 13 –, que devem contar com uma opção para trocar essa taxa para até 120 Hz.

De acordo com um relatório da agência de notícias coreana Elec, a Apple espera enviar no próximo ano entre 160 e 180 milhões de iPhones (contra cerca de 100 milhões em 2020). Todos os modelos do iPhone 13 devem manter a tela OLED — o iPhone 12 marcou o fim definitivo das telas de LCD na linha.

Contudo, o mais importante destacado pela Elec é que pelo menos dois dos quatro novos modelos, provavelmente as variantes Pro, terão displays com a tecnologa LTPO, permitindo que os dispositivos tenham compatibilidade com taxas de atualização de até 120 Hz. Telas com alta taxa de atualização podem melhorar significativamente a suavidade e fluidez dos conteúdos, incluindo jogos, navegação na web e muito mais.

Atualmente, a Apple possui três fornecedores principais para as telas de iPhone: Samsung, LG e a fabricante chinesa BOE. Para 2021, a Samsung deve fornecer remessas de cerca de 130 a 140 milhões de painéis, enquanto a LG deve entregar entre 30 e 40 milhões, e a BOE, o restante, entre 10 e 20 milhões de telas. Segundo a Elec, a BOE corre o risco de ficar de fora dessa cadeira de fornecimento por não atender a testes regulares de garantia de qualidade da Apple.

Embora os testes do iPhone 12 tenham sido bastante positivos, incluindo os reviews do iPhone 12, iPhone 12 Pro, iPhone 12 Pro Max e iPhone 12 Mini no Gizmodo US, a falta de suporte a taxas de atualização maiores foi uma ausência curiosa. Os primeiros rumores do iPhone 12 davam como certo que a companhia incluiria esse recurso, em especial porque ele supostamente vem sendo testado há um bom tempo.

Para efeito de comparação, este ano a Samsung lançou a linha Galaxy S20 inteira com suporte para taxa de 120 Hz. E foi além: refinou ainda mais a tecnologia com painéis de 120 Hz com taxa variável no Galaxy Note 20 Ultra. Isso não apenas proporcionou uma atualização de 120 Hz, mas também ofereceu a capacidade de ajustar de maneira dinâmica a taxa de atualização da tela, dependendo do conteúdo que você está visualizando. Com isso, o aparelho tem uma eficiência energética muito mais aprimorada.

A Samsung não é a única nesse mercado. O OnePlus 8 Pro também ganhou uma tela de 120 Hz (o painel também é fornecido pela Samsung). A Asus, por sua vez, colocou no ROG Phone 3 uma taxa ainda maior: 144 Hz. E mesmo que o Google não tenha apresentado um dispositivo mais premium este ano, o Pixel 5 manteve os 90 Hz da geração anterior. Logo, é natural que mais e mais fabricantes adotem esse tipo de tecnologia. A Apple deve ser a próxima da lista.

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Nova opção do app da Netflix desliga o vídeo e deixa só o áudio tocando

Posted: 16 Dec 2020 12:48 PM PST

Netflix streaming. Imagem: Sayan Ghosh (Unsplash)

Que tal transformar sua série favorita em um podcast ou programa de rádio? Essa parece ser a ideia por trás de um novo recurso no app da Netflix para Android. A opção desabilita o vídeo e permite desligar a tela do aparelho enquanto o áudio continua tocando.

O recurso foi descoberto pela primeira vez no fim de outubro, pelo pessoal do XDA Developers. Analisando o código de um arquivo APK do aplicativo para Android, eles encontraram uma nova opção que permitia desligar o vídeo. O recurso agora está aparecendo para alguns assinantes, na forma de um botão liga/desliga que aparece quando o vídeo está em tela cheia. Ao desligar, os controles de reprodução continuam aparecendo, mas a tela fica preta.

O Android Police também descobriu que há uma nova seção “Somente Áudio” nas configurações do aplicativo. Nela, há uma descrição que diz “Ouça seus filmes e séries enquanto usa outros apps ou quando a tela está bloqueada. Curta seus títulos favoritos e use menos dados com o vídeo desligado”. Ao tocar na opção, um submenu permite especificar quando o modo “Vídeo desligado” está disponível: pode ser sempre ligado, sempre desligado ou apenas quando fones ou caixas de som estão em uso.

A Netflix diz que a função é uma forma de aproveitar o serviço com um uso mínimo de dados, mas também é uma forma de transformar alguns títulos em podcasts, para ouvir no carro ou durante outras atividades. Obviamente, não vai dar certo para tudo: só ouvir um reality show culinário não tem graça, mas a novidade tem tudo para dar certo com documentários e programas de entrevista.

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Uber é multada em US$ 59 milhões por não fornecer dados sobre casos de violência sexual

Posted: 16 Dec 2020 10:38 AM PST

Uber. Justin Sullivan (Getty Images)

Na última segunda-feira (14), autoridades reguladoras da Califórnia multaram a Uber em US$ 59 milhões (R$ 302 milhões na conversão atual) após determinarem que a empresa não respondeu adequadamente às perguntas sobre um relatório de segurança que detalha milhares de agressões sexuais ocorridas durante viagens feitas pelo aplicativo.

De acordo com o San Francisco Chronicle, a ordem estipula que a companhia terá 30 dias para pagar a multa ou então poderá ser obrigada a interromper totalmente suas operações na Califórnia. Isso até que o dinheiro seja pago e questões pendentes exigidas pelos órgãos reguladores sejam atendidas.

A multa é decorrente de demandas feitas por reguladores da Comissão de Utilidades Públicas da Califórnia, que pedem que a Uber entregue informações detalhadas sobre os casos de agressão sexual e alegações de assédio entre seus motoristas e passageiros.

Em uma decisão na segunda-feira em nome do CPUC, órgão regulador que investiga empresas de transporte que operam dentro do estado, um juiz declarou que o valor de US$ 59 milhões foi decidido em conjunto, pois se trata da soma de multas individuais de US$ 7.500 para cada caso específico em que a Uber se recusou a responder a uma pergunta durante o processo.

O primeiro relatório de segurança da Uber com foco em casos de agressão e assédio sexual foi divulgado em dezembro de 2019, tendo um total de 84 páginas. O documento listou 3.045 agressões sexuais e nove assassinatos durante viagens nos Estados Unidos, durante todo o período de 2018 e parte de 2017.

Em contrapartida, a Uber citou várias vezes o desejo de proteger a privacidade das vítimas ao negar os pedidos de mais informações dos órgãos reguladores. Vários grupos de defesa das vítimas apoiaram essa postura, alegando que não há garantia de que os dados sobre motoristas e passageiros violados estariam seguros com os reguladores, mesmo sob sigilo.

Em um comunicado fornecido ao The Verge, a Uber disse que o CPUC tem "insistido em que liberemos os nomes completos e as informações de contato dos sobreviventes de agressão sexual sem seu consentimento", uma "violação chocante de privacidade", à qual a empresa se opõe.

Durante a decisão de segunda-feira, no entanto, um juiz disse que os argumentos sobre questões de privacidade representavam pouco mais do que “ilusórios bloqueios legais", e que, na verdade, os tais argumentos tinham como objetivo apenas “frustrar a capacidade da Comissão de coletar informações". O juiz ainda recomendou que a Uber trabalhe com o CPUC para criar “um código ou algum outro codinome em vez de divulgar o nome real da vítima".

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Google Meet terá legendas automáticas em mais idiomas, incluindo português

Posted: 16 Dec 2020 09:22 AM PST

As conversas pelo Google Meet vão ficar mais acessíveis. A ferramenta ganhará suporte a mais idiomas, incluindo o português brasileiro. Assim, será possível ler em tempo real o que outros participantes estão dizendo. Além do nosso idioma, a plataforma de videoconferências vai ganhar também suporte a francês, alemão e espanhol (nas variações de Espanha e América Latina), além do inglês, que já estava disponível.

As legendas automáticas podem não ser perfeitas, mas já ajudam em muitas situações. A principal delas é a acessibilidade para surdos e pessoas com deficiência auditiva. O recurso também pode ser útil para quem não é falante nativo de algum desses idiomas, e também para quem está em ambientes barulhentos, onde é difícil ouvir o que está sendo dito.

A transcrição automática em outros idiomas já está disponível na versão web do Meet na Europa, Ásia, África e Oceania, e devem chegar à América do Norte e à América do Sul no começo de 2021, mesma época em que os apps para Android e iOS devem ganhar suporte ao recurso.

Se você ou sua empresa usam outros aplicativos para as reuniões, também é possível colocar legendas. No Teams, da Microsoft, o recurso é automático. Já no Zoom, é preciso recorrer a uma API de outro aplicativo para fazer a transcrição ou digitar manualmente.

Pouco a pouco, o Google vai deixando o Meet mais próximo de seus concorrentes. Em outubro, a ferramenta ganhou o recurso de borrar o fundo da imagem, uma ótima forma de não ter que mostrar sua casa em toda reunião.

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Google dá um parecer sobre falha que derrubou Gmail, YouTube e mais serviços

Posted: 16 Dec 2020 08:45 AM PST

Google no iPhone. Imagem: Solen Feyissa (Unsplash)

Na segunda-feira (14), diversos serviços do Google, incluindo o YouTube, Gmail, Drive e Analytics, ficaram fora do ar. Por aqui, o problema começou por volta das 8h20, horário de Brasília, sendo normalizado por volta das 10h do mesmo dia. Na terça-feira (15), usuários reclamaram que o Gmail e YouTube estavam apresentando problemas de novo. Após resolver a primeira falha, o Google publicou uma explicação sobre o que aconteceu, mas ainda não se pronunciou sobre o incidente de terça-feira.

Ainda não está claro se as duas falhas foram causadas pelo mesmo problema, mas a gigante da tecnologia classificou o primeiro deles como "Incidente de componentes de infraestrutura do Google Cloud 20013", afirmando que a causa disso foi uma capacidade reduzida do sistema central de gerenciamento de identidade do Google. Isso significa que qualquer serviço que exigisse o login dos usuários foi bloqueado.

Segundo a empresa, a raiz do problema foi um erro no sistema de gerenciamento de cotas de armazenamento do Google, o que teria causado essa redução na capacidade do sistema de autenticação. Assim, os principais serviços afetados foram do Google Cloud Platform e Google Workspace (antigo G Suite). Inclusive, muitos usuários receberam uma mensagem de erro de autenticação quando tentaram acessar suas contas na segunda-feira de manhã.

Conforme apontado pelo site de notícias ZDNet, essa foi a terceira falha global em um provedor de serviços em nuvem público nos últimos dois meses. A diferença é que a queda no Amazon Web Services do mês passado durou cinco horas, enquanto que o Google conseguiu trazer os serviços de volta em cerca de 50 minutos na segunda-feira. Em outubro, a Microsoft também enfrentou problemas similares com o Azure devido a um erro no Azure Active Directory, que impediu que os usuários acessassem os aplicativos do Office 365 e os serviços em nuvem da empresa.

O Google ainda afirma que pretende publicar uma análise do incidente após concluir as investigações internas.

[ZDNet]

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Estas foram as personalidades mais importantes para a ciência em 2020, segundo a Nature

Posted: 16 Dec 2020 08:02 AM PST

O ano de 2020 foi desafiador em diversos sentidos, principalmente no campo das ciências. Tivemos pesquisas importantes, muitas delas com foco na pandemia de COVID-19. Seja para desenvolver uma vacina, aprimorar os kits de testes ou se articular politicamente para garantir a segurança da população, várias personalidades exerceram um papel fundamental para controlar a situação e evitar que ela piorasse. Para reconhecer essas figuras que conduziram trabalhos cruciais neste ano, a Nature fez uma lista com as 10 pessoas que ajudaram a moldar a ciência em 2020.

Tedros Adhanom Ghebreyesus

Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros entrou para a lista devido à sua diplomacia e empatia, que foram cruciais em meio às disputas políticas que poderiam afetar as respostas à pandemia de COVID-19.

Após o presidente dos EUA, Donald Trump, acusá-lo de falta de transparência e problemas de gerenciamento, Tedros respondeu dizendo que os EUA são um "amigo generoso" e enfatizou o desejo da agência de saúde em atender todos os países.

O diretor-geral da OMS ainda foi criticado por não ter adotado uma abordagem mais rigorosa com a China sobre o compartilhamento de informações relacionadas aos casos de COVID-19, o que poderia ter resultado em uma resposta mais rápida à doença. No entanto, outros pesquisadores argumentam que, mesmo após o alerta de emergência da OMS, muitos países se mantiveram relutantes e demoraram a adotar as medidas de saúde necessárias.

Além disso, a China poderia ter agido de forma negativa caso Tedros optasse por uma abordagem menos diplomática, o que pioraria a situação.

Jacinda Ardern

A Nova Zelândia foi reconhecida internacionalmente como um caso de sucesso no controle da pandemia de COVID-19. Isso se deve em grande parte à primeira-ministra Jacinda Ardern, que estabeleceu uma série de medidas após seis pessoas testarem positivo para a doença em março deste ano. Atualmente, o número de casos na ilha é de cerca de apenas 2 mil, com 25 mortes.

Apesar das justificativas de o país ser uma ilha e com uma população pequena, poucas nações agiram com a rapidez e determinação de Ardern. Ela também certificou-se de entender os detalhes científicos sobre a doença, o que permitiu que ela se comunicasse de forma transparente e clara com a população. A primeira-ministra ainda é reconhecida pelos seus esforços em relação à crise climática. No ano passado, ela aprovou uma lei que busca zerar as emissões de carbono no país até 2050.

Anthony Fauci

Fauci é chefe do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID). Ele já aconselhou seis presidentes durante surtos de Ebola, HIV e Zika. Neste ano, seu desafio foi orientar a população sobre COVID-19 enquanto entrava em conflito com Donald Trump. O presidente norte-americano se mostrou relutante em controlar a pandemia às custas da economia, mas Fauci reforçava a necessidade de implementar medidas rigorosas para desacelerar a disseminação da doença.

Com tantas ameaças vindo inclusive do próprio governo, Fauci agora conta com guardas federais supervisionando sua segurança. Prestes a completar 80 anos, ele afirma que não tem planos de se aposentar e que vai permanecer no NIAID para aconselhar o novo presidente, Joe Biden.

Verena Mohaupt

Como coordenadora de logística da maior expedição de pesquisa no Ártico já feita, Mohaupt foi reconhecida pela Nature por sua habilidade em proteger os cientistas de uma série de adversidades durante o projeto.

Gonzalo Moratorio

Considerado um dos maiores responsáveis por conter rapidamente a disseminação de COVID-19 no Uruguai, Moratorio é um virologista do Instituto Pasteur e da Universidade da República, ambos em Montevidéu.

Adi Utarini

Pesquisadora de saúde pública, conduziu um teste pioneiro de uma tecnologia que poderia ajudar a eliminar a dengue.

Kathrin Jansen

Chefe de pesquisa e desenvolvimento de vacinas da empresa farmacêutica norte-americana Pfizer. Sua equipe conseguiu desenvolver uma vacina eficaz contra COVID-19 em um tempo recorde de 210 dias.

Zhang Yongzhen

Virologista do Centro Clínico de Saúde Pública de Xangai. Foi o primeiro a compartilhar online o genoma do vírus causador de COVID-19, o que foi crucial para a identificação da doença em outros países.

Chanda Prescod-Weinstein

Cosmóloga e professora na Universidade de New Hampshire em Durham, ajudou a organizar o Strike for Black Lives, uma campanha online para exigir que as instituições enfrentassem o racismo na ciência e na sociedade. Com base em suas experiências como física mulher e negra, Prescod-Weinstein se dedica à luta contra o racismo e machismo na ciência.

Li Lanjuan

Epidemiologista da Universidade Zhejiang em Hangzhou. Ao ser enviada em Wuhan para avaliar o surto de COVID-19, a cientista de 73 anos pediu que a cidade de 11 milhões de habitantes entrasse em lockdown imediatamente.

[Nature]

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Anomalia climática afetou a Primeira Guerra Mundial e a pandemia de gripe de 1918

Posted: 16 Dec 2020 05:40 AM PST

Novas pesquisas publicadas no GeoHealth descrevem o impacto de uma anomalia climática de seis anos na Primeira Guerra Mundial e na pandemia de influenza de 1918-19. O clima incomum, que ocorreu de 1914 a 1919, incluiu chuvas torrenciais e temperaturas particularmente baixas, tornando a situação ainda pior, de acordo com o estudo, conduzido pelo cientista do clima e historiador Alexander More, da Universidade de Harvard.

Que o clima extraordinariamente horrível tenha piorado a guerra e a pandemia é inteiramente plausível, mas a nova pesquisa também propõe — embora especulativamente — que a anomalia climática fez com que a pandemia começasse ao alterar o comportamento migratório de patos, notórios portadores do H1N1, um tipo de vírus da gripe.

A Primeira Guerra Mundial é famosa por suas péssimas condições climáticas, especialmente ao longo da Frente Ocidental, que se estendia das praias do Canal da Mancha às montanhas suíças. Os soldados que lutaram na França e na Bélgica tiveram que enfrentar chuvas incessantes e um frio incomum, principalmente nas batalhas de Verdun, Somme e Passchendaele.

Soldados australianos passando por Chateau Wood, Bélgica, em outubro de 1917. Imagem: Wikimedia Commons

Os bombardeios constantes de ambos os lados criaram vastas áreas devastadas e, quando as chuvas vieram, esses campos torturados se tornaram perigosos lamaçais. Soldados presos em buracos de lama frequentemente precisavam de ajuda para escapar, mas alguns não tiveram tanta sorte.

Contando sua experiência em Passchendaele em 1918, o veterano canadense George Peakes disse: “muitos homens feridos escorregaram para os buracos de bombas e foram afogados ou sufocados pela lama pegajosa”.

O papel da lama ao longo da Frente Ocidental não deve ser subestimado. Ele criou condições perigosas, reduziu a mobilidade de soldados e cavalos, dificultou a movimentação de equipamentos como a artilharia e diminuiu a qualidade de vida em geral.

Na verdade, a chuva excessiva tornou a vida insuportável. Os soldados, em pé por dias na água, não conseguiam manter os pés secos, resultando em pé de trincheira, que é o termo usado ainda hoje para descrever essa condição dolorosa. Ao mesmo tempo, o frio incomum contribuiu para erupções de congelamento e deterioração ainda maior da saúde dos soldados.

E quando a guerra estava terminando, uma terrível pandemia estava começando. A pandemia de H1N1 de 1918-19 costuma ser chamada de "gripe espanhola", o que é deselegante para os padrões modernos e também impreciso, já que cientistas e historiadores não sabem onde de fato essa pandemia começou. O que sabemos é que a doença ganhou força durante a primavera de 1918 e atacou com toda a força no outono do mesmo ano. No momento em que perdeu força, ao longo do ano seguinte, a pandemia havia resultado em algo entre 50 milhões a 100 milhões de mortos.

Pacientes com gripe em um hospital temporário no Kansas, 1918. Ilustração: Otis Historical Archives Museu Nacional de Saúde e Medicina

E assim terminou um período "de mortalidade sem precedentes em toda a Europa", escreveram os autores em seu estudo. A equipe lançou sua investigação para ver se o clima durante a Primeira Guerra Mundial era realmente incomum e, caso positivo, se as condições ambientais desempenharam um papel na chocante mortalidade durante a guerra e a pandemia. Os resultados de seu trabalho sugerem que provavelmente sim.

Para começar, os pesquisadores extraíram um núcleo de gelo dos Alpes europeus, o que permitiu reconstituir as condições climáticas de 1914 a 1919. Esses dados foram então comparados às taxas de mortalidade na Europa durante o mesmo período, assim como relatos históricos de chuvas torrenciais nos campos de batalha da Frente Ocidental.

Os cientistas encontraram correlações entre os períodos de pico de mortalidade e períodos pontuados de temperaturas frias e chuvas fortes, ou seja, episódios climáticos incomuns durante os invernos de 1915, 1916 e 1918.

"Os dados apresentados aqui mostram que anomalias climáticas extremas, que foram captadas [nos núcleos de gelo] e reanalisadas, trouxeram influxos incomumente fortes de ar frio marinho do Atlântico Norte, principalmente entre 1915 e 1919, resultando em eventos de precipitação incomumente fortes, que exacerbaram a mortalidade total em toda a Europa", escreveram os autores no artigo.

Esse tipo de anomalia climática, dizem eles, ocorre cerca de uma vez por século. O fato de ter acontecido durante a maior guerra que a humanidade havia visto até então, ao mesmo tempo que coincidiu com algumas das maiores batalhas da guerra, é um timing inacreditavelmente ruim.

Também é possível que esse clima terrível tenha dado início à pandemia, argumentam os autores. O excesso de precipitação, junto com o ar frio do oceano pairando sobre a Frente Ocidental, pode ter alterado os padrões migratórios dos patos-reais. Isso é significativo porque os patos-reais são "o reservatório primário [fonte] do vírus da influenza aviária H1N1", de acordo com o estudo.

Assim, em vez de migrar para a Rússia como de costume, muitos patos selvagens permaneceram parados, perto de populações civis, militares e animais domésticos, especulam os autores. Por meio de suas fezes, esses patos podem ter contaminado fontes de água utilizadas por humanos e outros animais. Curiosamente, o excesso de chuva durante este período produziu mais fontes de água do que o normal, amplificando uma situação já ruim.

Como os autores escrevem, a resultante "interação de fatores ambientais, ecológicos, epidemiológicos e humanos" pode ter sido responsável pelo número exagerado de mortes em toda a Europa durante este período.

Essa teoria, de que os patos deflagraram a pandemia porque não conseguiram migrar, é super, super especulativa, como os próprios autores admitem.

"Não estou dizendo que essa foi 'a causa’ da pandemia, mas certamente foi um potencializador, um fator agravante adicional a uma situação já explosiva", disse More em um comunicado de imprensa da AGU.

No mesmo comunicado à imprensa, Philip Landrigan, diretor do Programa de Saúde Pública Global do Boston College, disse que é "interessante pensar que chuvas muito fortes podem ter acelerado a disseminação do vírus".

Uma lição aprendida com a pandemia de COVID-19 é que "alguns vírus parecem permanecer viáveis ​​por períodos mais longos no ar úmido do que no ar seco. Portanto, faz sentido que, se o ar na Europa estivesse excepcionalmente úmido durante os anos da Primeira Guerra Mundial, a transmissão do vírus poderia ter sido acelerada", disse Landrigan, que não estava envolvido no novo estudo. "Acho que é um estudo muito crível e provocativo que nos faz pensar de novas maneiras sobre a interação entre as doenças infecciosas e o meio ambiente", acrescentou.

Este não é o primeiro estudo a ser publicado este ano afirmando que fatores ambientais tiveram influência em eventos históricos. Uma pesquisa publicada em junho apontou que o tempo terrível desencadeado por uma erupção vulcânica em 43 a.C. coincidiu com o fim da República Romana e do Reino Ptolomaico. A história acontece, mas às vezes os fatores ambientais podem desencadear outros eventos.

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Samsung confirma que Galaxy S21 será lançado em janeiro e dá pistas sobre novidades

Posted: 16 Dec 2020 02:23 AM PST

Logotipo da Samsung

Após rumores sobre a data de lançamento do Galaxy S21, uma loja da Samsung na Índia confirmou ao Android Authority que ele será anunciado em 14 de janeiro de 2021, e as vendas começarão no dia 29 do mesmo mês.

Na terça-feira (15), a Samsung  também publicou em seu blog um comunicado repleto de mensagens sutis sobre seus planos para 2021. O texto, assinado por TM Roh, Presidente e Líder de Negócios de Comunicações Móveis da empresa, é basicamente um recado de encerramento de ano, com uma breve retrospectiva de 2020 e perspectivas para 2021.

Uma das indicações sobre os planos para o próximo ano é em relação ao Galaxy S21. No mês passado, surgiram rumores sobre a possibilidade de o novo aparelho topo de linha da Samsung vir com suporte à S Pen. A declaração de Roh, apesar de não mencionar os produtos explicitamente, dá indícios de que a suspeita pode ser verdadeira:

Também estamos prestando atenção aos aspectos favoritos das pessoas com a experiência do Galaxy Note e estamos ansiosos para adicionar alguns de seus recursos mais apreciados a outros dispositivos de nossa linha.

Outra especulação é que a Samsung vai lançar quatro novos aparelhos dobráveis em 2021, entre eles um Galaxy Z Fold 3 com caneta S Pen agora que a linha Note pode ser descontinuada. No comunicado, Roh confirma que a empresa vai expandir seu portfólio de dobráveis, "para que esta categoria inovadora seja mais acessível a todos".

Por fim, o comunicado fala em facilitar a "localização rápida das coisas que mais importam – desde suas chaves até sua carteira, ou até mesmo seu animal de estimação". No caso, trata-se do Galaxy Smart Tag, que utiliza conexões Bluetooth, UWB, 4G e GPS para encontrar até mesmo celulares que estão offline.

Detalhes dessas novidades devem ser anunciadas no próximo mês, visto que a Samsung tem o evento Unpacked marcado para o dia 14 de janeiro.

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Agora a Siri faz sons de animais, além de instrumentos musicais e veículos

Posted: 16 Dec 2020 02:12 AM PST

Se você gosta de se distrair de vez em quando conversando com a Siri, agora tem mais um motivo pra perder uns minutos brincando com a assistente virtual da Apple. A atualização do iOS 14.3 traz uma nova habilidade dela: reproduzir sons de animais, instrumentos musicais, veículos, alarmes, entre outros.

De acordo com a CNBC, basta o usuário atualizar seu iPhone, iPad ou HomePod para a versão 14.3 do iOS e perguntar à assistente virtual coisas como: "Hey, Siri, qual é o som de um pato?" ou "Hey, Siri, qual é o som de uma ambulância?". De acordo com o site de notícias, são centenas de opções disponíveis.

O que é interessante é que os sons são realistas, e não exagerados como quando são imitados por uma voz humana ou representados em animações. Isso pode facilitar o entendimento em diferentes lugares, visto que essas representações costumam variar de acordo com cada idioma.

Segundo o MacRumors, o recurso ainda parece limitado a alguns usuários, mas a Apple deve liberar aos poucos para todos nos próximos dias. Ao perguntar sobre o som de um objeto ou animal, a Siri também mostra uma imagem e informações da Wikipédia sobre eles.

[CNBC, MacRumors]

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