sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Gizmodo Brasil

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Ex-moderadores do Pornhub assistiam a 1.200 vídeos por dia em busca de conteúdos suspeitos

Posted: 17 Dec 2020 02:47 PM PST

Pornhub. Imagem: Marco Verch (Flickr)

O Pornhub tem passado por uma extensa reformulação nos últimos dias. Tudo graças a um editorial do New York Times que expôs como o site de vídeos se omite diante de publicações de abuso sexual e violência infantil. Desde então, a companhia já perdeu contratos com Visa e Mastercard e desativou milhões de vídeos. Agora, ex-funcionários da empresa estão vindo a público contar como eram algumas das políticas internas do site adulto.

Uma dessas entrevistas foi publicada esta semana pelo Business Insider, que conversou com três moderadores que trabalharam na MindGeek, a empresa-mãe do Pornhub e de outras grandes plataformas de pornografia online, entre elas Redtube, Youporn, XTube e Brazzers. O trio trabalhou há alguns anos na sede da empresa, em Montreal, no Canadá, onde eram responsáveis por filtrar vídeos sexualmente explícitos nos sites adultos da MindGeek, entre eles o Pornhub.

De acordo com os ex-funcionários, que não tiveram seus nomes verdadeiros revelados, a maior parte da força de trabalho nos níveis mais baixos da companhia é bastante jovem. Eles descreveram um sistema projetado para categorizar e marcar cada ato sexual e fetiche que os usuários do site mais assistem. E embora coisas absurdas — melhor dizendo: criminosas — fossem excluídas imediatamente, como vídeos de animais sendo esmagados e sexo sem consentimento, o Pornhub demorou um bom tempo para impor restrições mais severas.

O trio de ex-empregados também afirma que o site demorava para relatar conteúdos suspeitos às autoridades. Na realidade, os funcionários eram incentivados a criar “desculpas sem sentido” para manter os vídeos nos sites da rede MindGeek, em vez de retirá-los. Isso, segundo as fontes, valia até para casos comprovados de estupro e do chamado "pornô de vingança", quando a vítima tem conteúdo íntimo divulgado sem a devida autorização.

Em um dos exemplos citados, o entrevistado contou ao Business Insider que um vídeo com o título anunciando que um homem fazia sexo com "sua mãe" não seria aprovado pelo Pornhub. No entanto, se o nome do vídeo fosse alterado para uma expressão mais ampla, como "filho da mãe", então o conteúdo permaneceria na plataforma, já que, com base nas diretrizes da empresa, ele não afirmava explicitamente que o homem e a mulher eram parentes.

Por dia, os trabalhadores tinham de examinar uma média de 1.200 vídeos, e se a meta de moderação não fosse atingida, os funcionários eram alvos de retaliações, podendo até serem demitidos. Muitos moderadores disseram que a carga psicológica foi tanta que impactou suas vidas pessoas fora do ambiente empresarial, diminuindo ou aumentando impulsos sexuais por conta de toda a exposição dos vídeos. Outros alegaram ter ataques de pânico todas as semanas.

Mudou alguma coisa?

Os ex-funcionários descrevem como era o trabalho há alguns anos, apesar do Business Insider não especificar exatamente há quanto tempo eles deixaram a MindGeek. Um deles, que integrou a equipe do Pornhub pelo menos até março deste ano, diz que a companhia parece ter reformulado alguns processos de moderação de conteúdo no início de 2020. Na época, a empresa moveu algumas equipes que não trabalhavam como moderadoras para ajudar na revisão dos vídeos hospedados no site.

Por conta da pandemia de COVID-19, as novas equipes demoraram para serem integradas, e foram poucas sessões de treinamento — apenas duas. Depois, começaram a trabalhar usando como base uma planilha no Excel que listava milhares de vídeos sinalizados como suspeitos. Dos 1.200 vídeos que deveriam ser analisados todos os dias, os colaboradores passaram a assistir cerca de 400.

Para os usuários que acompanham as notícias do lado de fora, o que se sabe é que, desde a semana passada, o Pornhub não permite mais que usuários sem conta verificada ou sem o selo de parceiro da plataforma enviem novos vídeos ao site. E após perder a parceria da Visa e Mastercard para processar pagamentos, o Pornhub optou por desativar todos os vídeos que também não foram postados por perfis verificados. Estima-se que, no mínimo, 8 milhões de vídeos sumiram da plataforma. Eles estariam passando pelo mesmo processo de revisão citado acima até que o Pornhub decida se eles voltarão ou não ao ar.

O que diz a MindGeek

Ao Business Insider, um porta-voz da MindGeek declarou em comunicado via e-mail que "segurança é a principal prioridade da empresa", destacando as medidas que a companhia vem implementando ao longo das duas últimas semanas.

No entanto, o comunicado em questão não incluía o nome de nenhum executivo. E isso é um problema, já que o Pornhub tem o histórico de nunca apresentar seus verdadeiros representantes — e quando o faz, os nomes citados parecem não existir de verdade. Questionada pelo Business Insider sobre a veracidade do porta-voz do e-mail, a MindGeek se recusou a comentar.

[Business Insider, The New York Times]

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Sonda chinesa Chang’e-5 retorna à Terra com amostras da Lua

Posted: 17 Dec 2020 12:56 PM PST

Apenas duas semanas depois de pousar na Lua, a espaçonave chinesa Chang'e-5 já está de volta à Terra com amostras do nosso satélite natural. A missão é a primeira em mais de quatro décadas a trazer componentes do solo lunar para serem estudados aqui.

O pouso aconteceu nesta quinta-feira (17) na província da Mongólia Interior, na região norte da China. A cápsula agora será enviada a Beijing, onde a Agência Espacial Nacional da China (CNSA) irá transferi-la para o Laboratório de Amostra Lunar no Observatório Astronômico Nacional (NAO) da Academia Chinesa de Ciências. O local foi construído especificamente para o armazenamento, processamento e análise desses materiais.

As amostras coletadas são provenientes de uma região inexplorada da Lua chamada Oceanus Procellarum, ou "Oceano das Tempestades". Os cientistas acreditam que as pedras nessa área podem indicar a presença de vulcões no passado, o que ajudaria a entender melhor a evolução do nosso satélite natural.

O primeiro passo após abrir a cápsula será separar e armazenar os materiais. A partir daí, os cientistas darão início aos estudos sobre a composição mineral e química das amostras. Parte desse material também será disponibilizada a pesquisadores de outros países, e outra parte ainda será destinada à exibição ao público.

De acordo com a imprensa estatal chinesa, o presidente Xi Jinping escreveu uma carta parabenizando os envolvidos na missão. Ele se referiu à Chang'e-5 como o projeto espacial mais complicado da China, afirmando que o sucesso da missão é um grande marco na indústria espacial do país. Ainda segundo ele, os estudos contribuirão para aprofundar o conhecimento sobre a origem da Lua e a história da evolução do sistema solar.

Após Estados Unidos e a antiga União Soviética, a China é o terceiro país a conseguir trazer amostras da Lua à Terra. A última vez que uma sonda retornou com material do solo lunar foi em 1976, quando a União Soviética lançou a missão Luna 24.

[The Verge, CGTN]

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Twitter vai remover e marcar tweets com informações falsas sobre vacinas de COVID-19

Posted: 17 Dec 2020 12:21 PM PST

Twitter covid-19. Imagem: Claudio Schwarz (Unsplash)

A onda de desinformação que parece não ter fim encontrou um novo alvo: as vacinas contra COVID-19. O Twitter sabe que muita gente compartilha ou pode curtir publicações desse tipo e, por esse motivo, anunciou na última quarta-feira (16) que vai remover tweets que tragam dados falsos ou enganosos sobre os imunizantes voltados para prevenir o novo coronavírus.

Atualmente, o Twitter já tem uma política que prevê remoção de informações falsas e enganosas que envolvam o COVID-19. Isso inclui a natureza do vírus e seu contágio, a eficácia de medidas preventivas e tratamentos, o risco de infecção ou morte e recomendações de saúde.

Começando já na próxima segunda-feira (21), tais políticas serão ampliadas para posts que envolvam “narrativas falsas ou que possam causar dano sobre as vacinas de COVID-19". Nesse contexto, a rede social diz que vai remover tweets que incluam:

  • Afirmações falsas que sugerem que as imunizações e vacinas são usadas para causar danos intencionais ou controlar as populações, incluindo declarações sobre vacinas que invocam uma conspiração deliberada;
  • Afirmações falsas que foram amplamente desmentidas sobre os impactos ou efeitos adversos de receber vacinas;
  • Afirmações falsas de que COVID-19 não é real ou não é sério e, portanto, que as vacinações são desnecessárias.

“No contexto da pandemia, a desinformação sobre vacinas é um desafio de saúde pública crescente e significativo – e temos um papel a desempenhar em relação a isso. Nosso foco está em mitigar informações enganosas que apresentem grande potencial de dano à saúde e ao bem-estar das pessoas. O Twitter tem a importante missão de ser um lugar para um debate público de boa-fé e de discussões em torno de questões fundamentais de saúde pública", diz a empresa em uma postagem no blog oficial.

Além da remoção de conteúdos enganosos, o Twitter vai rotular e colocar avisos em tweets que promovam "rumores não comprovados, afirmações contestadas e informações incompletas ou fora e contexto” que envolvam as vacinas de COVID-19. A ação entrará em vigor no início de 2021, e deve minimizar o alcance de teorias da conspiração. A rede social ainda destaca que as medidas serão aplicadas com ajuda de autoridades de saúde pública locais, nacionais e globais.

No início de dezembro, outras duas plataformas sociais anunciaram o mesmo movimento contra a divulgação de postagens enganosas sobre as vacinas voltadas para prevenir o coronavírus. Desde o último dia 3, Facebook e Instagram começaram a remover alegações falsas envolvendo os imunizantes. Um dos exemplos citados pelos sites diz que as vacinas possuem ingredientes que não foram divulgados por cientistas, o que incluiria até um microchip. Teorias conspiratórias que tentam desacreditar o uso das vacinas também estão sendo excluídas.

[Twitter]

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Você confiaria em uma inteligência artificial do Facebook para resumir notícias?

Posted: 17 Dec 2020 11:34 AM PST

Facebook desmonta perfis chineses. Crédito: Unsplash

Você deixaria uma inteligência artificial resumir uma notícia para você? E se ela fosse programada pelo Facebook? A rede social está desenvolvendo uma ferramenta para pegar os pontos principais de artigos jornalísticos para os usuários não precisarem ler.

A novidade foi revelada em uma reunião interna de fim de ano para todos os funcionários. O BuzzFeed News teve acesso ao conteúdo da apresentação. A ferramenta se chamaria “TL;DR” — uma expressão que significa “muito longo; nem li” em inglês e é usada para reclamar que o texto de outra pessoa é desnecessariamente longo ou para resumir um comentário para quem não tevc paciência para ler.

O TL;DR do Facebook resumiria as notícias em listas de tópicos para poupar o tempo do usuário da rede e também poderia dar um resumo em áudio, respondendo, inclusive, perguntas do ouvinte, como se fosse um assistente digital.

Como bem observa o The Next Web, o recurso tem tudo para causar mais confusão entre a rede social e empresas de mídia. O Facebook já é bastante criticado por ter abocanhado grande parte dos anunciantes e do dinheiro que antigamente eram destinados a sites e portais. Um recurso desse tipo, que desencorajaria os acessos, provavelmente seria muito mal recebido.

Os problemas em potencial, porém, vão bem além do descontentamento do setor. Como a rede ainda não descobriu uma forma efetiva de resolver o problema de desinformação, dá para imaginar que essa ferramenta de resumo automático impulsionaria ainda mais a disseminação de mentiras.

Além disso, a inteligência artificial precisaria ser muito bem treinada e supervisionada para evitar que ela mesma cause mais desinformação. Exemplos não faltam: ferramentas da Microsoft aprenderam a escrever frases racistas e carregadas de intolerância religiosa, e a GPT-3, desenvolvida por uma organização sem fins lucrativos que conta com o apoio de Elon Musk, consegue escrever textos legíveis com informações inverídicas e citações falsas.

Uma inteligência artificial para resumir notícias teria que aprender a não tirar declarações do contexto e a entender o sentido geral do artigo para fazer um resumo que não diga o oposto dele. Também teria que saber se proteger de possíveis abusos — outras ferramentas do tipo, que tinham sido treinadas para detectar discurso de ódio, eram facilmente enganadas com o uso de palavras positivas.

Apesar de todos os problemas, pode ser que você queira uma inteligência artificial para conseguir ler mais coisas em menos tempo. Se você lê em inglês, pode ter um gostinho de como seria algo do tipo no subreddit /autoTLDR, que usa um robô para resumir textos em inglês.

[BuzzFeed News, The Next Web]

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Pelo jeito a Samsung não vai encerrar a linha Galaxy Note (por enquanto)

Posted: 17 Dec 2020 10:03 AM PST

Um rumor que dizia que a Samsung iria colocar um fim na linha Galaxy Note ganhou força nos últimos meses. Mas tudo indica que não passa de um boato. É o que afirma um executivo da marca à agência de notícias coreana Yonhap. O funcionário, que não quis se identificar, disse que a companhia manterá o lançamento do Note para 2021, muito provavelmente para o segundo semestre, que é quando a empresa costuma anunciar o dispositivo.

Primeiro, vamos relembrar como tudo isso começou. Lá por meados de agosto, surgiu o rumor que a Samsung encerraria a linha Note para se focar apenas nas famílias Galaxy S e Galaxy Fold. Enquanto a primeira continuaria com lançamento programado para o primeiro semestre do ano, a versão dobrável ocuparia a lacuna deixada pelo Galaxy Note. No mês passado, um outro boato reforçava esse possível movimento da Samsung, que estaria levando os recursos do Note — incluindo a canetinha — para o futuro Galaxy S21.

De fato, o S21 deve mesmo ganhar suporte para a S-Pen. A informação, inclusive, foi citada por TM Roh, presidente da divisão de negócios móveis da Samsung, durante um comunicado de retrospectiva de 2020 divulgado na última terça-feira (15). Nas palavras de Roh, "estamos de olho nas características favoritas da experiência do Galaxy Note e estamos animados em adicionar alguns desses recursos para outros dispositivos."

Agora voltando à notícia da agência Yonhap. O executivo, que se manteve em anonimato, declarou que "a mensagem de Roh não significa que a linha Galaxy Note será descontinuada". E, de fato, isso não deve acontecer. Pelo menos não no ano que vem.

Se a Samsung planeja mesmo deixar de produzir smartphones da família Note, é natural que o faça de forma gradual. Com a chegada de recursos às linhas Galaxy S e Galaxy Fold, a empresa pode usar essa estratégia como um termômetro para acompanhar a aceitação do público. Ou, na pior das hipóteses, já preparar o consumidor para um fim iminente do Note ao levar suas principais características, entre elas a caneta S-Pen, para outras famílias de smartphone.

Em todo o caso, vamos descobrir boa parte dessas informações já agora em janeiro, durante a CES 2021.

[Yonhap]

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Google é processado por práticas anticompetitivas em publicidade nas pesquisas

Posted: 17 Dec 2020 09:42 AM PST

O Genius Media Group juntou-se à longa lista de entidades que estão processando o Google por violações da legislação antitruste. O anúncio foi feito na noite de quarta-feira (16) e está relacionado às práticas de venda de anúncios da gigante de buscas.

No processo, o Genius Media Group — dono dos sites de letras de música e anotações Genius e RapGenius — alega que o Google conseguiu alcançar um quase monopólio com seu mercado de publicidade "erguendo uma ponte com pedágio entre sites e anunciantes e cobrando um alto preço pela passagem".

"Especificamente, o Ad Server do Google — o software ou código que os publishers usam para tomar decisões críticas sobre o conteúdo de publicidade — impõe regras anticompetitivas e uma conduta que distorcem artificialmente os canais pelos quais os sites vendem seu inventário de veiculação de anúncios", diz o processo.

Apresentado como uma ação coletiva, o caso provavelmente atrairá outras empresas que questionam a forma como o servidor de anúncios funciona — uma má notícia para o Google, já que a lista é bastante longa.

Empresas com resultados de pesquisa especializados, incluindo Amazon, Tripadvisor e Yelp, há muito afirmam que o algoritmo do Google é feito sob medida para priorizar seus próprios produtos na pesquisa, o que significa que os concorrentes devem aceitar tráfego menor ou desembolsar muito dinheiro para conseguir competir com o Google nos resultados de pesquisa.

O caso é apenas o mais recente problema antitruste do Google. No início da quarta-feira (16), uma coalizão de estados liderada pelo procurador-geral do Texas Ken Paxton anunciou um processo antitruste visando a conduta do Google no mercado de tecnologia de publicidade, alegando que a empresa abusou “repetidamente” de seu poder de monopólio para controlar a forma como os anúncios online são cobrados e “engajados em conspirações do mercado para fraudar leilões".

Esse caso é diferente de um outro processo antitruste movido contra o Google em outubro pelo Departamento de Justiça e 11 procuradores-gerais republicanos, no qual a empresa é acusada de firmar contratos de exclusividade com fabricantes de smartphones Android para que os dispositivos venham com o mecanismo de pesquisa do Google pré-carregados por padrão.

E a festa está apenas começando: como foi relatado recentemente, uma segunda coalizão de estados liderada pelo procurador-geral democrata do Colorado, Phil Weiser, aparentemente está preparando um processo antitruste contra o Google que alegará que a empresa mudou sua infraestrutura de pesquisa, prejudicando certos rivais que oferecem resultados de busca especializados. Segundo o site Politico, a denúncia pode ser apresentada já nesta quinta-feira (17).

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Hackers invadiram sistemas do governo dos EUA por meses e ninguém soube até agora

Posted: 17 Dec 2020 08:19 AM PST

Imagem: Mika Baumeister (Unsplash)

Milhares de empresas, além do Departamento de Segurança Interna (DHS) dos Estados Unidos, estão procurando pistas sobre um suposto ataque cibernético que pode ter hackers russos como principais autores. A violação foi confirmada pelo governo de Donald Trump no último domingo (13), quando foi confirmado que o ataque atingiu órgãos críticos, entre eles os departamentos de Tesouro e do Comércio, agências governamentais e o próprio DHS.

A invasão teria começado nos sistemas da SolarWinds, empresa com sede em Austin, no Texas, que vende suas tecnologias para entidades sensíveis do governo estadunidense. Para se ter uma ideia, a companhia presta serviços para o Departamento de Estado, Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), Sistemas de Informação Naval, FBI e Forças Armadas dos EUA. Mais de 400 corporações que aparecem nas listas das mais ricas do país também utilizam as tecnologias da SolarWinds, que hoje atende cerca de 300 mil clientes em todo o mundo.

O alvo dos hackers foi o Orion, um dos produtos da SolarWinds usado por organizações para visualizar e gerenciar redes internas de computadores. Os atacantes se aproveitaram de um backdoor no software, permitindo que escapassem de autenticação ou criptografia normais para esse tipo de sistema. Com isso, foi possível instalar um mecanismo malicioso para ter acesso a dados críticos.

O pior vem agora: os hackers estariam explorando uma brecha de segurança no Orion desde março. E como ela está ligada diretamente ao software original da SolarWinds, milhares de empresas e órgãos governamentais baixaram o programa oficial sem saber da vulnerabilidade, garantindo o acesso dos hackers a sistemas críticos. A SolarWinds não sabe dizer o número exato de entidades hackeadas, mas afirmou que "menos de" 18.000 organizações fizeram o download do programa comprometido.

O suposto ataque dos hackers russos foi revelado no domingo em um relatório da FireEye, consultoria de segurança cibernética, e que também está na lista de empresas afetadas pelo malware. De acordo com a companhia, o backdoor, chamado Sunburst, é diferente das demais ameaças dessa categoria porque, em vez de se infiltrar em vários sistemas simultaneamente, ele se concentra em um grupo mínimo de alvos, evitando levantar suspeitas. Para ampliar o disfarce, ele se infiltra no tráfego de rede como um programa oficial e armazena dados em arquivos legítimos, além de procurar por soluções de antivírus e saber quando evitá-las.

A FireEye diz que o Sunburst, embora tenha sido instalado no Orion em março, ficou por duas semanas inteiras quieto, sem dar sinal nenhum de vida. Só depois é que começou a se comunicar com os hackers. Os atacantes ainda miraram um alvo por vez, evitando maiores suspeitas, já que o malware não utilizava o mesmo código mais do que uma vez. Logo, a detecção da espionagem era bastante complexa.

Para ajudar as organizações a descobrir se seus sistemas foram hackeados, a FireEye e a Microsoft publicaram uma lista com possíveis indicadores de comprometimento. Entre eles está a verificação do próprio Sunburst na máquina, bem como a remoção de alguns endereços de IP que já são sabidos estarem em comunicação com os computadores e redes dos hackers. Não que isso faça muito efeito, levando em consideração que os atacantes usam um IP por vez.

O governo dos EUA também emitiu um alerta de emergência ordenando que todas as empresas e usuários (sejam ou não integrantes da cúpula do governo) se desconectem dos produtos da SolarWinds, além de revisar suas redes. Tanto as autoridades quanto a FireEye acreditam que o número de entidades afetadas só cresça nas próximas semanas, já que há vítimas também em países da Europa, Ásia e Oriente Médio.

[MIT, FireEye, Reuters]

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Stadia para iOS funciona muito bem dentro do navegador

Posted: 17 Dec 2020 07:13 AM PST

Na quarta-feira (16), o Google lançou oficialmente a compatibilidade com iOS para o Stadia por meio do navegador Safari. (Por enquanto, ainda não está disponível no Brasil.) Basta acessar o site do Stadia, fazer login e pronto. A novidade coloca o serviço no mesmo nível do GeForce Now, Shadow e Luna, com a Microsoft se preparando para lançar seu próprio aplicativo web para iOS também.

Tudo o que você pode fazer no aplicativo Stadia da App Store, você pode fazer no aplicativo web: alterar desempenho, comprar jogos, conectar controles, etc. E se você estiver executando o iOS 14, pode adicionar um atalho para o site à tela inicial. Desta forma, acessar o Stadia em dispositivos da Apple será semelhante ao uso de um aplicativo independente no Android.

Todos os jogos que experimentei também rodaram sem uma única falha. Eu já havia esquecido que estava jogando Cyberpunk 2077, Red Dead Redemption 2, Grid e Kine no navegador Safari até que acidentalmente toquei na tela e a barra de endereço apareceu, obscurecendo a parte superior da tela. (Nota: Cyberpunk 2077 não é divertido de jogar no iPhone 12. O texto é minúsculo, e eu tive que colocar a tela perto do meu rosto para ler os nomes dos itens em meu inventário ou locais no mapa.) Não consegui descobrir como fazer a barra de endereço desaparecer sem girar o telefone para a posição vertical e, em seguida, na horizontal novamente, mas pelo menos funcionou. Um pequeno aborrecimento frente a um desempenho impecável no iOS.

Embora todos os jogos tenham um desempenho tão bom quanto no meu PC local, ainda existem algumas peculiaridades irritantes no que diz respeito à compatibilidade do controle. A última vez que dei uma olhada em um novo recurso do Stadia, ele havia ganhado suporte à conexão 4G. Isso funcionava bem na maioria das vezes, mas tive que usar uma conexão com fio para fazer o controle conversar com meu telefone.

Apesar de o controle Stadia vir equipado com Bluetooth, você não pode se conectar a um dispositivo por meio dele. Não consegui fazer os mesmos testes 4G no iPhone 12, mas imagino que também esteja disponível no iOS, presumindo que o streaming em 4G seja um recurso da plataforma.

Configuração no iOS. Imagem: Google

Ser incapaz de conectar o controle Stadia ao iPhone não teria sido um grande problema se eu pudesse contornar isso usando o Wi-Fi. Pode ser que o Google ainda não tenha lançado a compatibilidade sem fio para iOS, mas se for esse o caso, espero que seja disponibilizado em breve, considerando que esse recurso já está disponível no Android, Google Chrome e Chromecast Ultra.

Portanto, você tem algumas opções. É possível conectar o controle ao celular com o cabo de carregamento ou usando um controle compatível com Bluetooth. Você também pode adquirir algo como o Razer Kishi para o seu iPhone, embora não esteja claro se ele será compatível com o Stadia no iOS ou não. O Kishi não aparece na lista oficial de controles compatíveis com Stadia, mas funciona com vários modelos diferentes de telefones Android, então eu acredito que também funcione com um iPhone.

Acabei conectando meu controle do PS4 via Bluetooth, que funcionou perfeitamente. Ao conectar o controle Stadia…nem tanto. Tentei o cabo que acompanha o telefone, mas o resultado foi que o controle acabou virando uma espécie de powerbank. Tentei conectar um cabo de iPhone com um adaptador USB-C, mas também não funcionou. Eu até tentei conectar o controle Luna via Bluetooth para ver se o Stadia o reconheceria, mas nada. Por enquanto, usar um controle de PS4 ou Xbox One é o melhor caminho.

Isso só será um grande problema se você não tiver nenhum desses controles (e presumo que você provavelmente tem). Eu prefiro o PS4 ao controle Stadia para jogar no celular porque é menor e se encaixa melhor em minhas mãos – além disso, os botões são organizados de forma similar ao controle Stadia. O que realmente importa é como os jogos funcionam no iOS. Contanto que você tenha uma boa conexão com a internet, vai até esquecer que está jogando no seu telefone na nuvem. O Stadia já funciona muito bem no iOS.

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Câmara dos Deputados aprova texto do Marco Legal das Startups; veja como ficou

Posted: 17 Dec 2020 05:18 AM PST

Nesta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar 146/19, também chamado de "Marco Legal das Startups", para incentivar e regular empresas "com apenas um sócio, e sociedades cooperativas que atuam na inovação aplicada a produtos, serviços ou modelos de negócios".

Para serem enquadradas como startup, as empresas deverão ter uma receita bruta de até R$ 16 milhões no ano anterior e estarem inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) há, no máximo, 10 anos.

O texto propõe que as startups possam receber aporte de capital por pessoa física ou jurídica e, dependendo da modalidade de investimento, isso pode resultar ou não em participação no capital social da startup.

Outra medida descrita no projeto é em relação às licitações, que serão flexibilizadas para "fomentar o ecossistema de startups". Caso a lei seja aprovada, a administração pública poderá restringir a participação em determinadas licitações apenas a empresas desse tipo.

Os editais deverão ser divulgados com, no mínimo, 30 dias de antecedência, podendo estabelecer que mais de uma startup seja contratada. Após o resultado, será firmado um Contrato Público para Solução Inovadora, com duração de um ano e possibilidade de ser renovado por mais um ano. A administração pública poderá pagar um valor máximo de R$ 1,6 milhão por contrato.

O projeto ainda propõe que as startups possam participar de um "programa de sandbox regulatório". Isso significa que determinados órgãos e entidades da administração pública poderão liberar essas empresas de seguirem algumas normas, concedendo uma autorização temporária para que elas testem produtos e serviços dentro dos limites estabelecidos.

Por fim, o projeto de lei aborda as relações trabalhistas, estipulando que os contratos por prazo determinado, que se referem a atividades temporárias ou transitórias, tenham uma duração máxima de quatro anos e sem a possibilidade de serem prorrogados. Caso a empresa deixe de ser enquadrada como startup durante esse período, o prazo máximo do contrato passa a ter duração máxima de dois anos.

Com a aprovação da Câmara dos Deputados, o projeto de lei segue agora para análise do Senado.

[Agência Brasil, G1]

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Como as vacinas contra COVID-19 foram desenvolvidas tão rápido

Posted: 17 Dec 2020 04:18 AM PST

As vacinas contra COVID-19 são o grande assunto dos últimos meses. Disputas políticas e o movimento antivacina podem gerar ainda mais confusão entre as pessoas que buscam entender o que esperar do imunizante. Muito se fala em "corrida das vacinas", o que também gera preocupação sobre a possibilidade de as pesquisas terem sido aceleradas, ignorando alguns procedimentos de segurança.

Pensando nisso, o Lifehacker reuniu uma série de motivos para você acreditar que as atuais candidatas à vacina seguiram todos os protocolos necessários. O site focou nas vacinas que utilizam RNA mensageiro, como a da Pfizer/BioNTech e da Moderna. A primeira já recebeu autorização de uso emergencial da Food and Drug Administration (FDA), órgão de vigilância dos EUA equivalente à Anvisa, enquanto a outra deve receber em breve.

Mais de uma década de pesquisas

Para começar, o causador da doença COVID-19 é chamado de "novo coronavírus" por um motivo. Antes de ele surgir, a China já havia enfrentado o surto da doença respiratória SARS em 2002, causada por um vírus da mesma família. A semelhança entre eles, inclusive, fez com que o vírus mais recente fosse batizado de SARS-CoV-2 — o vírus da SARS é o SARS-CoV. Já em 2012, a doença MERS surgiu no Oriente Médio, também causada por um coronavírus.

Portanto, apesar de a COVID-19 ser uma doença nova, as pesquisas sobre esse tipo de agente infeccioso já vêm sendo feitas há, pelo menos, 18 anos. Esse histórico de surtos passados também ajudou na evolução de pesquisas sobre biologia molecular. Os estudos avançaram tanto a ponto de o sequenciamento do RNA viral do SARS-CoV-2 ter sido publicado menos de um mês após ele ter sido descoberto.

Vacinas anteriores

Caso a vacina da Pfizer/BioNTech seja amplamente aprovada, ela será a primeira que utiliza RNA mensageiro a ser aplicada em humanos. Isso não significa, no entanto, que essa tecnologia seja inteiramente nova.

Conforme apontado pelo Lifehacker, essa ideia de utilizar o material genético do vírus existe desde o início dos anos 90 — ou seja, são mais de 30 anos de pesquisa. Este tipo de vacina já mostrou causar resposta imune a doenças como influenza, Zika e raiva.

Existe uma série de pesquisas focadas nessa tecnologia, e o fato de vacinas desse tipo já existirem acaba acelerando o processo de desenvolvimento de um imunizante contra COVID-19. É o que ocorre com a vacina da gripe, por exemplo. As doses de cada ano diferem do ano anterior, mas elas não são criadas do zero. Os laboratórios já estão preparados para produzi-las — basta utilizarem uma variedade específica do vírus que é o alvo da vez.

Questões burocráticas

Normalmente, novas vacinas demoram a sair devido a questões envolvendo financiamento, assinatura de documentos e reuniões de conselhos para revisar as pesquisas e discutir os próximos passos. No caso da pandemia de COVID-19, esperar o tempo médio de cada um desses processos estava fora de questão.

Quando uma empresa ou instituto decide buscar autorização para uma nova vacina, o FDA costuma processar a solicitação dentro de 10 meses. Nesse caso, a agência optou por convocar uma reunião de emergência e estava pronta para aprovar os imunizantes em três semanas.

Cronograma de testes

Outro fator que ajudou no desenvolvimento de vacinas contra COVID-19 foi o aumento rápido e exponencial no número de infectados. Os testes de vacinas costumam durar até que uma certa quantidade de casos positivos sejam registrados. Assim, quando as taxas de contaminação dispararam durante a fase 3 dos testes, as farmacêuticas conseguiram coletar em um curto intervalo de tempo os dados necessários para encerrar os estudos e analisar os resultados antes que o esperado.

Preparação antecipada

Por fim, para não perder tempo esperando a finalização de cada etapa do processo de desenvolvimento e aprovação da vacina, muitas empresas e órgãos anteciparam quais seriam os próximos passos e já se preparam. As farmacêuticas começaram a produzir grandes quantidades de doses antes de receberem as aprovações. Já as agências governamentais começaram a discutir os potenciais riscos dos imunizantes e planos de vacinação com antecedência também.

O Comitê Consultivo em Práticas de Imunização dos EUA, por exemplo, costuma organizar uma reunião, sem prazo determinado, após a FDA aprovar um imunizante. No caso das vacinas contra COVID-19, o comitê convocou uma reunião de emergência e estabeleceu as recomendações em menos de 24 horas após a agência anunciar a autorização de uso emergencial.

Portanto, uma série de fatores contribuiu para termos uma vacina contra COVID-19 em menos de um ano desde que a pandemia atingiu diversos países de forma agressiva. Desde esforços em conjunto de farmacêuticas e governos ao histórico de pesquisas e vacinas passadas, tudo isso ajudou a estarmos mais perto de uma imunização eficaz e segura. O fato de isso ocorrer em um tempo recorde não significa que houve imprudência.

[Lifehacker]

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