sábado, 26 de dezembro de 2020

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Apple baniu 94 mil jogos da App Store chinesa em 2020 – e mais remoções estão por vir

Posted: 25 Dec 2020 11:02 AM PST

Apple loja. Imagem: STR/AFP (Getty Images)

Segundo informações do Wall Street Journal, a Apple estaria se preparando para remover milhares de jogos da App Store na China devido à pressão do governo local. A empresa já havia alertado desenvolvedores chineses que aplicativos pagos corriam o risco de serem removidos da loja, mas as autoridades agora fecharam o cerco para games e apps que não possuem a licença exigida e, portanto, considerados ilegais.

De acordo com um memorando obtido pelo WSJ, os desenvolvedores têm até 31 de dezembro para fornecer à Apple uma prova de sua licença emitida pelo governo. Caso o contrário seus jogos e aplicativos serão removidos da App Store. Rich Bishop, presidente-executivo da ChinaInApp, disse ao WSJ que poucos desenvolvedores devem conseguir a licença necessária do governo para manter as ferramentas na loja de apps da Apple.

Essa política regulatória, introduzida pela primeira vez em 2016, supostamente nasceu de preocupações com o vício em jogos e conteúdo ofensivo. No entanto, muitos desenvolvedores iOS conseguiram contornar a lei de licença compulsória devido a uma lacuna nas políticas da App Store da Apple. Só que a essa brecha nas regras da loja será fechada pela Apple agora no início de 2021.

Não são apenas os jogos que a Apple irá remover assim que as novas medidas começarem a valer. Um aplicativo de mapeamento de Hong Kong foi banido da App Store durante os protestos pró-democracia de Hong Kong em outubro, depois que a mídia estatal chinesa disse que a plataforma em questão colocava os policiais em perigo. Na época, o Google também removeu o mesmo app.

Outros exemplos: Plague Inc., um jogo de simulação global com tema de pandemia, também foi tirado da App Store. PUBG foi banido em 2019. Até o Tripadvisor pode não estar protegido dos censores chineses. O aplicativo de viagens é um dos mais de 100 aplicativos que a China disse à Apple para remover sem citar um motivo específico.

Em 2019, a Administração Estatal de Imprensa e Publicação da China (SAPP) revelou suas diretrizes de aprovação de aplicativos, que proibiam qualquer ferramenta que violasse ou ameace a constituição, segurança nacional ou clima político da China. Segundo o Business Insider, jogos que promovem o racismo ou cultos religiosos, e conteúdo obsceno com uso de drogas, violência extrema ou jogos de azar também entram na lista.

Após pressão dos acionistas sobre sua disposição em obedecer aos censores chineses, a Apple publicou um documento em setembro sobre seu compromisso com os direitos humanos. No entanto, como o Financial Times apontou na época da publicação do relatório, não há referência específica à China, ou o que deveria acontecer quando "a China, o maior mercado de smartphones do mundo, solicita o banimento de aplicativos que ajudam os usuários a fugir da censura e vigilância".

O documento diz o seguinte:

Lado a lado com a privacidade de nossos usuários está o nosso compromisso com a liberdade de informação e expressão. Nossos produtos ajudam nossos clientes a se comunicar, aprender, expressar sua criatividade e exercitar sua engenhosidade. Acreditamos na importância crítica de uma sociedade aberta em que as informações fluam livremente e estamos convencidos de que a melhor maneira de continuar a promover a abertura é permanecer engajados, mesmo quando podemos discordar das leis de um país.

Somente em 2020, a Apple removeu 94.000 aplicativos da App Store chinesa. Para efeito de comparação, isso é mais que o dobro de games banidos da loja no ano passado, que registrou um total de 25.000 remoções, segundo dados da Sensor Tower. Em julho, 2.500 jogos para celular foram removidos antes do prazo final de 31 de julho para obter uma licença. Não está claro se esses títulos foram removidos pelos desenvolvedores ou pela Apple, mas a Sensor Tower observa que 80% desses aplicativos tiveram menos de 10.000 downloads na China desde 1º de janeiro de 2012.

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Elon Musk diz que tentou vender a Tesla para Apple, mas Tim Cook recusou um encontro

Posted: 25 Dec 2020 09:01 AM PST

A fabricante de carros elétricos Tesla está em alta, com um valor de mercado de US$ 606,9 bilhões e ações que subiram 813% este ano. Mas Elon Musk queria muito vender a empresa para a Apple na época em que a Tesla estava passando por dificuldades. Tim Cook, CEO da empresa desde 2011, não quis nem marcar uma reunião com Musk para discutir a possibilidade – pelo menos essa é a história que Musk contou.

"Durante os dias mais sombrios do programa Model 3, entrei em contato com Tim Cook para discutir a possibilidade de a Apple adquirir a Tesla (por 1/10 do nosso valor atual). Ele se recusou a marcar a reunião", disse Musk em seu Twitter na última terça-feira (22).

Esses “dias mais sombrios” provavelmente ocorreram em 2018, quando a empresa de Musk lutou para cumprir as metas de produção do Model 3. Foi um momento difícil para a Tesla, com relatos de falhas no piloto automático e investigações sobre condições de trabalho inseguras.

E os problemas de Musk naquele ano não se limitaram ao Model 3. Ele colocou em risco sua autorização de segurança na SpaceX e na Força Aérea depois que foi visto fumando maconha no podcast de Joe Rogan, chamou aleatoriamente uma pessoa inofensiva de pedófilo, sofreu ações judiciais coletivas sobre seus tweets estranhos, anunciou um túnel de alta velocidade em Chicago que não deu em nada, e até foi processado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

Musk estava desesperado para se livrar da Tesla várias vezes na última década, e ele recorreu a diversas fontes diferentes quando precisava de dinheiro. E a Apple estava longe de ser a primeira grande empresa de tecnologia que não tinha nenhum interesse real em comprar a Tesla.

Como observa o Guardian, o cofundador do Google, Larry Page, quase comprou a empresa de Musk durante um “acordo verbal” em abril de 2013, de acordo com a biografia de 2015 Elon Musk: Tesla, SpaceX e Quest For a Fantastic Future de Ashlee Vance. O preço pedido era de US$ 6 bilhões, de acordo com o livro, mas Musk queria permanecer à frente da empresa por pelo menos oito anos e obter US$ 5 bilhões para expandir as fábricas da Tesla, algo que aparentemente não agradou os advogados do Google.

Musk não criou a Tesla, ao contrário do que muitas pessoas pensam. A empresa foi fundada em 2003 por Martin Eberhard e Marc Tarpenning, e Musk investiu na empresa pela primeira vez em 2004, embora o bilionário ainda se intitule um cofundador. Eberhard e Tarpenning foram expulsos da empresa por Musk no final dos anos 2000 e Eberhard processou o cofundador da SpaceX (Musk realmente a criou) por difamação e quebra de contrato. A ação foi encerrada por um valor não divulgado.

A Tesla está atualmente indo muito bem financeiramente, tornando-se a última empresa a entrar no índice S&P 500. Mas achamos que a Apple sobreviverá sem a Tesla. Sim, a Apple ainda está trabalhando em um carro autônomo previsto para 2024 de acordo com um novo relatório divulgado esta semana, mas mesmo sem um carro, a Apple está arrecadando lucros históricos.

A Apple registrou receita de US$ 64,7 bilhões apenas no último trimestre, mesmo durante uma crise econômica e uma pandemia terrível. A Apple provavelmente ficará bem no futuro próximo, mas isso não significa que Tim Cook não esteja arrependido.

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