quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Gizmodo Brasil

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OMS alerta: próxima pandemia pode ser mais grave que COVID-19

Posted: 29 Dec 2020 01:30 PM PST

Especialistas da Organização Mundial da Saúde emitiram um aviso sombrio na segunda-feira (28): a próxima pandemia que atingirá a humanidade pode ser ainda mais devastadora do que a COVID-19, especialmente se não aprendermos nossas lições desta vez.

O alerta veio de Mike Ryan, diretor executivo do programa de emergências de saúde da OMS, durante uma coletiva de imprensa — a última a ser realizada pela organização este ano. Ryan observou que, embora a pandemia de COVID-19 certamente tenha sido muito grave, não era “necessariamente a grande” que os especialistas temiam. E isso deve ser visto mais como um alerta.

"O planeta é frágil. Vivemos em uma sociedade global cada vez mais complexa", disse Ryan. "Essas ameaças vão continuar."

Atualmente, acredita-se que a pandemia tenha ceifado pelo menos 1,7 milhão de vidas em todo o mundo, e muitos mais foram hospitalizados ou ficaram com complicações de saúde duradouras. Mas as mortes oficiais atribuídas à COVID-19 são claramente subestimadas.

Na segunda-feira, a vice-primeira-ministra da Rússia, Tatiana Golikova, admitiu que o país teve cerca de 186 mil mortes em excesso relacionadas ao vírus — mais de três vezes o número oficial de mortes da Rússia. Mortes em excesso são aquelas que superam o número que seria esperado ao levar em consideração os dados de anos anteriores.

A pandemia também afetou quase todos os aspectos da sociedade e piorou as crises de saúde pública existentes, como a de resistência aos antibióticos. No entanto, as coisas poderiam ser muito piores.

A taxa de letalidade da COVID-19 é relativamente baixa, pelo menos em comparação com outras doenças muito temidas. As chances de morrer de COVID-19 são altamente dependentes de fatores como idade e comorbidades preexistentes. Mas no geral, provavelmente entre 0,5% a 1% das pessoas que contraem a doença morrem por causa dela.

Isso ainda torna a COVID-19 muito mais mortal do que doenças comuns como a gripe. O número final de mortes na pandemia de 2020 irá ofuscar qualquer pandemia desde a gripe de 1918, que matou 50 milhões de pessoas em todo o mundo. (O HIV, às vezes considerado uma pandemia, matou mais pessoas, mas durante um período de tempo muito mais longo.)

Não seria preciso muito mais para que o próximo germe pandêmico fosse mais destrutivo do que o coronavírus. A próxima pandemia pode ser 10 vezes mais mortal e mesmo assim ainda teria uma taxa de letalidade de apenas um dígito, sendo ainda facilmente transmissível.

As pandemias são inevitáveis, mas não somos impotentes contra elas. O desenvolvimento recorde de vacinas contra COVID-19 eficazes em menos de um ano mostra isso. Ao mesmo tempo, a resposta atrasada e muitas vezes inadequada de muitos países para conter a pandemia este ano também mostra que há muito o que melhorar.

"Se há uma coisa que precisamos tirar dessa pandemia, com toda a tragédia e perdas, é que precisamos agir juntos. Precisamos nos preparar para algo que pode ser ainda mais grave", disse Ryan.

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Nubank coloca Apple Pay em “brincadeira” no Twitter, mas diz que não há previsão de chegada

Posted: 29 Dec 2020 11:29 AM PST

Cartão de crédito do Nubank

Já faz um tempo que o Apple Pay está disponível no Brasil, e vários bancos que operam por aqui já são compatíveis com o sistema de pagamentos da empresa. Uma ausência notável, porém, é o Nubank.

Em uma brincadeira feita no Twitter, o banco digital deu a entender que o suporte ao Apple Pay poderia chegar em 2021. Oficialmente, porém, a empresa diz que foi só uma “brincadeira” e que não há previsão de chegada.

O falatório começou com um caça-palavras postado pelo Nubank em seu Twitter. “As três primeiras palavras que você encontrar, você terá em 2021”, dizia a publicação.

Como era de se esperar, tinha aquelas coisas que todo mundo deseja no virada de ano (“amor”, “dinheiro”, “felicidade”) além do que a gente mais quer para sair da pandemia (“vacina”).

Mas no cantinho inferior esquerdo, opa, o que é isso?

Sim. “Apple Pay”.

Muita gente notou, o assunto entrou nos trending topics da rede social, mas o Nubank, bem, o Nubank desconversou. Em comunicado enviado ao Tecnoblog, a empresa disse que “não há previsão de lançamento da integração com Apple Pay” e que o post foi só uma “brincadeira”.

O banco também disse está focado na resolução de problemas urgentes e que cheguem ao maior número de pessoas — iPhones são caros e, no Brasil, pouca gente pode ter, então faz sentido que essa não seja uma prioridade.

Além disso, há os custos: como o Tecnoblog explica, as carteiras digitais como Apple Pay, Google Pay e Samsung Pay usam um processo chamado tokenização, e isso tem custos para ser implementado.

Atualmente, Banco do Brasil, Itaú e Bradesco (incluindo seu banco digital, o Next) já são compatíveis com essas três carteiras digitais, que permitem fazer pagamentos usando o celular em maquininhas de cartão.

Já o Nubank não é compatível com nenhuma delas, o que é bem inusitado, já que se trata de um banco que sempre se gabou de ser inovador e de operar apenas no ambiente digital. A empresa oferece apenas cartões com o recurso contactless, que permite fazer pagamentos aproximando o plástico da maquininha.

Seja como for, a “brincadeira” de fim de ano do Nubank deve ter servido para a empresa constatar que muita gente se interessa por esse recurso.

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[Review] Powerbeats Pro: os melhores fones sem fio para quem gosta de esportes

Posted: 29 Dec 2020 09:45 AM PST

Beats Powerbeats Pro Review. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

A Beats passou por uma enorme transformação desde que foi comprada pela Apple, lá em 2014. Em vez de apostar em um marketing agressivo e focado em celebridades, a companhia ganhou fones realmente funcionais, para um público muito maior e que figuram entre as melhores opções que você vai encontrar no mercado. Isso sem deixar de lado esse apelo ao design, que continua como algo bem característico da marca.

Em 2019, a Beats lançou seu primeiro fone de ouvido totalmente sem fio: o Powerbeats Pro, que mais recentemente ganhou quatro novas cores no Brasil. O acessório não é dos mais discretos, e arrisco dizer que mantém uma certa extravagância dos modelos supra-auriculares (que cobrem todo o ouvido). Mesmo um ano após o lançamento, o produto tem uma proposta bastante sólida, prometendo horas e horas de autonomia, resistência a suor e uma qualidade de áudio excepcional.

E como tudo que tem o dedo da Apple, o Powerbeats Pro não é nada barato: R$ 2.149. Se vale a pena gastar essa grana toda, é o que eu te conto nos parágrafos a seguir.

Beats Powerbeats Pro
O que é
Os primeiros fones totalmente sem fio da Beats, com foco no esporte

Preço
Sugerido: R$ 2.149. No varejo, por volta de R$ 1.650

Gostei
Uso confortável; seguro em qualquer tipo de orelha; bateria de longa duração; botões físicos em cada fone; pareamento rápido, mesmo em dispositivos Android; resistência à água e suor

Não gostei
Design não é lá muito discreto; estojo de carregamento não é tão portátil; sons graves poderiam ser um pouco mais intensos

A embalagem do Powerbeats Pro é bem discreta: um cubo todo preto. O susto maior vem mesmo quando você abre a caixa e se depara com o estojo de carregamento, que é gigante quando comparado a praticamente todos os outros fones de ouvido wireless do mercado. A vantagem é que a bateria da case é muito maior, garantindo uma autonomia que dificilmente é superada pela concorrência. A parte chata é que muito provavelmente você vai precisar levar o estojo dentro de uma bolsa ou mochila. No bolso da calça é que ele não vai caber, e se couber fica o belo de um calombo.

A case é carregada por uma entrada Lightning (vamos trabalhar no USB-C, Apple?), e o encaixe para deixar os fones é bem firme; basta colocá-los na parte interna para prendê-los aos conectores magnéticos.

Falando dos fones propriamente ditos, o design não é tão discreto quanto um Galaxy Buds ou AirPods. Isso, contudo, não significa que eles fiquem estranhos quando colocados na orelha. Ao contrário: o formato é super ergonômico, com hastes curvadas que ficam fixas na parte de trás da orelha. De novo: visualmente falando, não é o design mais básico, mas é algo que dá para usar tranquilamente no dia a dia, sem estar praticando atividade física, já que o produto tem esse público alvo. Agora em tempos de pandemia, o desafio talvez seja gastar alguns segundos a mais para colocar a máscara já usando o acessório, mas isso não é um problema.

A qualidade de áudio dos Powerbeats Pro é… ok. Se tratando de um fone da Beats, vai por mim: isso já é muito. Tanto os graves quanto médios e agudos estão super equilibrados, embora eu ache que a intensidade dos graves, que costuma ser marca registrada nos fones da Beats, poderia ser um pouco maior. Como se trata de um fone esportivo, talvez você nem note essas diferenças. E na verdade, acredito que, justamente por esse ser o foco do produto, um som mais apurado fique em segundo plano. No mais, as vozes e instrumentais, por conta desse equilíbrio de intensidade, estão excelentes, e consegui detectar facilmente cada um desses elementos. Para mim, o som é melhor do que os AirPods tradicionais.

Também não espere por nada muito refinado no que diz respeito a isolamento de ruído. O recurso funciona melhor do que os AirPods de primeira e segunda geração, mas opções como os AirPods Pro, por exemplo, fazem um trabalho melhor nesse quesito. Só por ser um fone do tipo intra-auricular, o som fica naturalmente mais isolado dentro do ouvido. No entanto, eu ainda consegui ouvir com clareza o ruído externo. Isso é algo pessoal, mas  me sinto mais seguro quando o som ambiente não é abafado por completo, em especial quando estou andando na rua.

O formato também passa uma sensação maior de segurança. Diferente dos AirPods e outros modelos de fones de ouvido sem fio, os Powerbeats Pro possuem pontas de silicone que se encaixam na parte interna do ouvido. E mesmo que elas fiquem mais folgadas, as hastes curvadas não deixam os fones caírem. Em alguns dias, eu corri cerca de 8 km; em outros, passei entre 1h00 e 1h30 fazendo exercício físico em casa, em movimento constante. Em nenhum momento senti os fones cambaleando na orelha, como é o caso quando eu uso os AirPods de segunda geração.

Meu maior problema com fones intra-auriculares, e essa é uma experiência totalmente individual, é que eu não consigo usá-los por mais de uma hora sem que eu sinta uma pressão bastante incômoda. Com o Powerbeats Pro, e os demais fones nesse estilo, não foi diferente: mesmo posicionando eles da maneira mais confortável possível, cerca de 50 minutos depois eu começava a sentir uma pontada que me obrigava a ficar dois ou três minutos sem os fones para deixar meus ouvidos "respirarem” um pouco. Só quero reforçar o que já disse: essa é uma reação totalmente particular.

Tirando esse detalhe, não tenho nenhuma reclamação quanto ao uso dos Powerbeats Pro. Só o fato de senti-los mais firmes no meu ouvido já é um grande diferencial. Além disso, eles são extremamente leves e possuem resistência a suor e respingos de água. Note: não é à prova d'água.

Outra característica interessante é que cada fone vem com botões independentes para controle das músicas. E são botões físicos mesmo: a parte central com a letra "b” da Beats você usa para pausar/continuar a música e responder/rejeitar chamadas telefônicas. Enquanto isso, na parte de cima, tem um botão para controlar o volume. Nem todo mundo pode gostar disso, mas a verdade é que os botões físicos dificilmente vão apresentar inconsistência de comandos, já que controles por toque capacitivo, presentes na maioria dos fones true wireless, podem não ser tão responsivos assim.

Responsivo, inclusive, é uma ótima palavra para descrever o chip H1 do Powerbeats Pro, que vem sendo usado desde a segunda geração dos AirPods. Ele é o responsável por fazer a conexão quase instantânea com os dispositivos da Apple: abrindo a case de carregamento próxima a um iPhone, o celular já reconhece o acessório – daí é só confirmar a conexão e vinculá-lo à sua conta no iCloud. A troca entre aparelhos (do Mac para um iPhone ou para um iPad, por exemplo) também leva questão de dois ou três segundos.

Mas ei, você que tem Android também vai notar uma rapidez considerável na hora de conectar os Powerbeats Pro. Eu testei ele com um LG K50S, que é um smartphone mediano, e ainda assim o pareamento foi muito simples.

É também graças ao H1 que os Powerbeats Pro sabem quando estão posicionados nas suas orelhas. Os sensores reconhecem automaticamente caso um deles seja removido e interrompe a música no mesmo instante. Claro, você pode continuar a reprodução usando só um dos fones ou compartilhá-lo com outra pessoas; basta apertar o botão "b” no centro. O H1 ainda fornece uma estabilidade de conexão que dificilmente você vai encontrar em outro fone de ouvido sem fio. Comigo eles funcionaram estando em um cômodo diferente do iPhone, e até no andar de cima daqui de casa, sem perda de conexão.

A bateria é um dos componentes que mais se beneficia do chip H1. Oficialmente, os Powerbeats Pro prometem nove horas de autonomia, o que já é um tempo bem acima da média para fones sem fio. Meu uso diário totaliza cerca de oito horas, sendo seis durante o trabalho e mais uma ou duas horas durante a prática de atividade física, ouvindo músicas pelo Apple Music na maior parte do tempo. Nessas condições e com 100% da carga, usando um iPhone 11 Pro, os fones chegavam ao final do meu dia com algo em torno de 47%.

E lembra do início deste review, quando eu citei o estojo de carregamento? Ele pode ser grande e não muito prático de ser transportado sem estar dentro de uma mochila, mas seu principal benefício é ampliar a bateria para até 24 horas de uso. Para ser sincero, eu devo ter recarregado os fones por completo somente duas vezes a cada semana. Aliás, apenas 15 minutos dentro do estojo garantem até três horas de autonomia.

 

Beats Powerbeats Pro Review. Imagem: Caio Carvalho (Gizmodo Brasil)

Mas e aí, os Powerbeats Pro valem a pena? Olha, é aquela coisa: dizer para você comprar um fone de R$ 2.149 iria contra a minha política de gastos. Sim, é um fone true wireless fantástico, e deve atender principalmente a esportistas que estão à procura de uma alternativa mais robusta, preservando boas características como bateria de longa duração, design ergonômico, estabilidade de conexão, boa qualidade sonora e simplicidade de pareamento, mesmo se você tiver um smartphones Android.

Se ainda assim o preço for muito elevado – e ele é -, você pode partir para opções mais em conta, como os Galaxy Buds Live, o Sony WF-1000XM3 ou os próprios AirPods. Eles podem não ter o apelo esportivo dos Powerbeats Pro, mas custam em média a metade do valor cobrado pela Apple.

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LG anuncia TVs mini-LED para 2021

Posted: 29 Dec 2020 09:09 AM PST

Divulgação/LG

A Rainha das TVs OLED finalmente está embarcando no mundo das mini-LED. Na última segunda-feira (28) a LG anunciou que irá apresentar sua primeira TV “QNED” na CES 2021.

Embora a LG as apresente como QNED, essas TVs premium terão a tecnologia mini-LED — que basicamente são pequenos LEDs que têm um quinto do tamanho dos LEDs convencionais. Isso significa que a luz de fundo é mais precisa, além de ter melhor contraste e brilho. De acordo com o The Verge, a LG está chamando essa versão dos mini-LED de QNED porque as TVs combinam tanto pontos de cor quânticos (daí o Q), têm a tecnologia proprietária de nanocélulas (o N), além dos LEDs (o ED). Só tome cuidado para não confundir com QLED e OLED.

A linha QNED da LG em 2021 incluirá dez modelos de TVs 4K e 8K, sendo que a maior terá incríveis 86 polegadas. Para aprofundar nos números: essas TVs terão 30 mil pequenos LEDS que conseguem uma proporção de contraste de 1.000.000:1 e 2,5 mil zonas de dimming. Assim como outras televisões premium, essas belezinhas ainda terão taxa de atualização de 120 Hz. Resumindo, as TVs de QNED deverão ter excelente contraste, qualidade de imagem HDR e melhor precisão de cor do que uma TV LED típica.

Se você quiser comparar, a TCL também usa mini-LEDs em suas TVs série 8, que têm 25 mil LEDs e mil zonas de dimming. Ela também tem a série 6, mais barata, que tem mil LEDs e 240 zonas de dimming.

Há rumores de que a Samsung também deverá lançar suas TVs de mini-LED ainda na primeira metade de 2021. A onda de telas desse tipo não está limitada apenas a TVs. A MSI lançou um laptop de mini-LED esse ano, enquanto a Apple deve adotar a tecnologia ainda em 2021 em ao menos seis gadgets.

Como é normal em anúncios relacionados à CES, ainda não sabemos quanto essas TVs QNED da LG custarão. Dito isso, elas definitivamente serão mais baratas que as TVs OLED da empresa. Ao menos, sabemos que poderemos espiar essas TVs a partir de 11 de janeiro a partir do estande virtual da LG na CES 2021. Só que isso não parecerá tão bom pelas nossas webcams ruins.

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O que as páginas mais populares da Wikipedia em 2020 dizem sobre o mundo

Posted: 29 Dec 2020 07:11 AM PST

Logo da Wikipedia

Quando eu uso a Wikipedia, gasto horas e horas me perdendo no poço sem fundo de fatos aleatórios. Aparentemente, sou uma minoria. Se você for ver as páginas mais populares da plataforma neste ano, provavelmente vai encontrar artigos discutindo política, pandemia e uma ou outra coisinha.

Ed Erhart, da Fundação Wikimedia, escreveu um post na última segunda-feira (28) revelando quais foram as 25 páginas da Wikipedia em inglês que mais ganharam atenção ao longo de 2020. Na lista, sete dos artigos eram relacionados de alguma forma à pandemia da COVID-19.

Ao todo, diz Erhart, essas páginas mais lidas (com títulos em inglês como “Coronavírus” e “Doença do coronavírus em 2019“) tiveram 225 milhões de visualizações. Inclusive, o artigo mais lido do ano, na lista de Erhart, foi esta página (“Pandemia da COVID-19”, em inglês) que angariou 83 milhões de visualizações sozinha. Naturalmente, as pessoas procuraram o paralelo histórico óbvio — o que fez com que a página da Gripe Espanhola ficasse em 11º lugar.

A segunda mais lida? De Donald Trump, que conquistou 55,5 milhões de visualizações. As páginas de Kamala Harris e Joe Biden seguiram em quarto e quinto, logo após a página de lista de mortes de 2020. As mortes, inclusive, apareceram em boa parte das listas de 2020; além dos falecimentos decorrentes da pandemia, Kobe Bryant, Chadwick Boseman e Sushant Singh Rajput, que morreram respectivamente de acidente de avião, câncer de cólon e suicídio, também aparecem no top 25.

“Esse é meu sexto ano compartilhando a lista dos artigos mais populares da Wikipedia. E, assim como tudo nesse ano, esta lista foi bem diferente.”, escreveu Erhart. Essas listas historicamente são um reflexo de como o público da Wikipedia adora ler sobre filmes, música e tudo sobre adjacentes da cultura pop. Em 2019, o primeiro lugar foi para “Vingadores: Ultimato”, e o sétimo para “Coringa”. Billie Eillish conquistou a posição entre os melhores, assim como duas páginas dedicadas a “Game of Thrones” (uma para a série como um todo e outra só sobre a oitava temporada). Padrões semelhantes se repetiram em 2018 e 2017.

Apesar de a cultura pop não ter sumido da lista de 2020, certamente ela ganhou menos atenção. Billie Eilish, por exemplo, caiu de nono lugar para 32º. Faz sentido em um ano que adiou tantos shows e fechou incontáveis lugares. Pessoalmente, ver essa decadência lenta tornou muito mais difícil abraçar a quantidade limitada de álbuns e filmes que saíram esse ano. “Parasita”, o filme de Boong Joon-Ho, foi a única página de cultura pop que conseguiu visualizações o suficiente para entrar na lista — e é um filme que chegou nos cinemas em maio do ano passado.

A Wikipedia não é apenas um lugar no qual você pode ler resumos completos de “Keeping Up With The Kardashians” ou aprender sobre os “motins dos chapeus de palha de 1922“; é um lugar que também promete, em alguma medida, fatos objetivos. Em um ano que leitores foram bombardeados com confusão e desinformação o tempo todo e que plataformas como Facebook fizeram tentativas moles para limitar qualquer lixo, a Wikipedia teve uma postura transparente para lidar com conteúdo relacionado a eleições e isso soou como um respiro. Acredito que mais gente também viu assim.

Veja a lista completa (com o nome original dos artigos, em inglês) abaixo:

  1. COVID-19 pandemic, 83.040.504
  2. Donald Trump, 55.472.791
  3. Deaths in 2020, 42.262.147
  4. Kamala Harris, 38.319.706
  5. Joe Biden, 34.281.120
  6. Coronavirus, 32.957.565
  7. Kobe Bryant, 32.863.656
  8. COVID-19 pandemic by country and territory, 28.575.982
  9. 2020 United States presidential election, 24.313.110
  10. Elizabeth II, 24.147.675
  11. Spanish flu, 22.239.766
  12. Elon Musk, 21.459.625
  13. 2016 United States presidential election, 21.240.023
  14. Michael Jordan, 20.745.473
  15. Coronavirus disease 2019, 20.492.847
  16. COVID-19 pandemic in the United States, 19.266.908
  17. Sushant Singh Rajput, 18.631.858
  18. COVID-19 pandemic in India, 18.598.599
  19. QAnon, 18.070.938
  20. Parasite (2019 film), 17.539.085
  21. Chadwick Boseman, 17.060.572
  22. United States, 16.959.947
  23. YouTube, 15.044.125
  24. United States Electoral College, 14.819.264
  25. Princess Margaret, Countess of Snowdon, 14.763.684

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A supergonorreia é real, e a tendência é piorar

Posted: 29 Dec 2020 04:56 AM PST

No fim de semana, um termo particularmente horrível começou a virar tendência nas redes sociais: supergonorreia. Isso porque a Organização Mundial de Saúde alertou recentemente que a pandemia está contribuindo com o surgimento de bactérias resistentes a antibióticos, incluindo as que causam a gonorreia. Infelizmente, a situação tende a piorar.

A resistência aos antibióticos vem crescendo lentamente ao longo de décadas, mas os efeitos estão se tornando difíceis de ignorar. Atualmente, acredita-se que as chamadas superbactérias matam cerca de 35 mil americanos anualmente, bem como 700 mil pessoas em todo o mundo.

Uma das ameaças mais preocupantes atualmente é a Neisseria gonorrhoeae, a bactéria que, como o nome indica, causa a gonorreia. A gonorreia geralmente não é mortal e muitas vezes não apresenta sintomas, mas se não tratada, pode levar a complicações como artrite, dores nas articulações e erupções cutâneas, bem como infertilidade e dor pélvica crônica.

A bactéria também pode ser transmitida da mãe para o bebê durante o parto, desencadeando uma infecção que pode ser fatal ou causar problemas sérios como cegueira. Os sintomas notáveis ​​incluem secreção verde ou amarela dos órgãos genitais e dor ao urinar.

Essas bactérias são assustadoras porque estão se tornando impermeáveis ​​aos antibióticos de primeira linha usados ​​para tratá-las.

Em 2018, médicos do Reino Unido relataram ter encontrado um homem com o primeiro caso conhecido de gonorreia que era altamente resistente à terapia combinada usada na maioria dos países como tratamento padrão: os antibióticos ceftriaxona e azitromicina.

Embora a doença desse paciente fosse tratável com outro antibiótico, o caso confirmou os piores temores dos especialistas. Outros casos de supergonorreia, bem como outras infecções sexualmente transmissíveis altamente resistentes, foram documentados desde então.

Ao longo deste ano, especialistas da Organização Mundial de Saúde e de outros lugares deram um alerta sobre o agravamento da resistência aos antibióticos devido à pandemia.

Por um lado, os médicos têm prescrito rotineiramente antibióticos para pacientes hospitalizados com COVID-19, uma doença causada por um vírus (antibióticos, como regra, não funcionam contra os vírus). Isso é feito porque pacientes hospitalizados podem desenvolver infecções secundárias causadas por bactérias.

Pesquisas preliminares também sugeriram que o antibiótico azitromicina pode ter um efeito antiviral adicional, possivelmente em combinação com outras drogas como a hidroxicloroquina.

Desde então, porém, estudos revelaramque a azitromicina, administrada sozinha ou com hidroxicloroquina, não teve nenhum impacto no quadro de pacientes com COVID-19. Outras pesquisas descobriram que os médicos geralmente prescrevem antibióticos para pacientes sem nenhuma evidência de que eles tenham infecções bacterianas.

Isso nos leva à semana passada, quando o jornal The Sun do Reino Unido informou sobre o alerta da OMS sobre a gonorreia.

Além das questões acima, a OMS também observou que a pandemia provavelmente está fazendo as pessoas atrasarem testes de infecções sexualmente transmissíveis e cuidados médicos. Assim, mais pessoas podem ou não descobrir que têm gonorreia ou tentar se automedicar de maneira inadequada.

O uso indevido e excessivo de antibióticos, particularmente a azitromicina, está apenas adicionando mais dinamite ao barril de pó que é a supergonorreia.

"Tal situação pode alimentar o surgimento de resistência à gonorreia", disse um porta-voz da OMS ao The Sun.

O pior é que as taxas de gonorreia e outras DSTs aumentaram em muitos lugares recentemente. Os EUA, por exemplo, tiveram um número recorde de registros em 2018, com casos de gonorreia subindo pelo quinto ano consecutivo.

É possível (até provável) que a pandemia tenha diminuído a atividade sexual de muitas pessoas este ano. Mas as bactérias resistentes aos antibióticos não desapareceram, e os casos de supergonorreia e outras infecções altamente resistentes, sem dúvida, continuarão a aumentar nos próximos anos.

Ainda há esperança de que um número suficiente de novos antibióticos e outras terapias possam ser desenvolvidos a tempo de evitar o pior cenário, em que as infecções bacterianas comuns se tornariam tão perigosas quanto eram há um século. Os cientistas também estão trabalhando em vacinas para doenças como a gonorreia. Mas não há uma solução clara no horizonte e o tempo está se esgotando.

Em 2014, um relatório encomendado pelo governo do Reino Unido estimou que, se nada fosse feito, as mortes anuais em todo o mundo por infecções resistentes a antibióticos eclipsariam as mortes por câncer até 2050, com cerca de 10 milhões de mortos por ano. Se isso acontecer, a supergonorreia será a menor das nossas preocupações.

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