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- Doria promete vacinação contra COVID-19 em São Paulo para janeiro de 2021
- Drones autônomos são uma realidade, e a polícia já faz uso deles nos EUA
- Parque da Nintendo no Japão está mais para um Parque da Mônica, só que com o Super Mario
- Sem mais filas de espera: solução 360º torna o relacionamento com o cliente menos oneroso e mais assertivo
- Petição reúne milhares em apoio a Timnit Gebru, demitida do Google após cobrar diversidade
- Cabo submarino do Google que conecta Brasil e Uruguai ganha extensão até a Argentina
- [Review] Amazon Fire TV Stick Lite: Prime Video de mais, outros serviços de menos
- Algoritmo do Facebook vai ser mais rigoroso com discurso de ódio contra grupos minorizados
- Sonda Hayabusa2 envia amostras do asteroide Ryugu à Terra e faz história
- Micróbios “mineradores” poderão um dia extrair elementos raros de rochas no espaço
- Arquipélago no Alasca pode ser, na verdade, um sistema de seis vulcões interconectados
Doria promete vacinação contra COVID-19 em São Paulo para janeiro de 2021 Posted: 07 Dec 2020 01:46 PM PST São Paulo promete ser o primeiro estado brasileiro a ter uma vacina contra o novo coronavírus. Essa é a afirmação do governo paulista, que nesta segunda-feira (7) anunciou as primeiras informações do plano de vacinação com a vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. De acordo com o governo de São Paulo, 9 milhões de pessoas serão vacinadas nessa primeira fase, e cada pessoa terá de tomar duas doses: a primeira no dia 25 de janeiro, e a segunda no dia 15 de fevereiro. Isso vale para o primeiro grupo de pessoas que devem ser imunizadas no início de 2021. Inicialmente, o público alvo serão trabalhadores de saúde, indígenas e quilombolas. Todos devem receber a primeira dose já no final de janeiro. Nas datas sequentes programadas pelo governo estadual, entram na fila os idosos, começando por aqueles com 75 anos ou mais, seguidos por cidadãos de 70 a 74 anos, depois 65 e 69 anos, e por último os de 60 a 64 anos. Nesse esquema, a vacinação dos grupos prioritários tem previsão de ser encerrada no dia 22 de março. “O público-alvo da primeira fase da vacinação são as pessoas com 60 anos ou mais, que correspondem a 7,5 milhões de pessoas, trabalhadores de saúde, que são os nossos grandes agentes na linha de frente salvando vidas, quilombolas, indígenas, que são 1,5 milhão de pessoas e a prioridade são os trabalhadores de saúde, num total de 9 milhões de pessoas”, disse Regiane de Paula, coordenadora do controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde. Este é o cronograma divulgado pelo governo de São Paulo e as datas previstas para vacinação: Imagem: Governo de SP/Divulgação Hoje, o estado conta com 5,2 mil postos de vacinação nos 645 municípios paulistas, mas o objetivo das autoridades é ampliar esse número para até 10 mil pontos. Além dos postos de saúde, o governo prevê usar escolas, quartéis da PM, estações de trem, terminais de ônibus, farmácias e sistemas de drive-thru para vacinar a população. O custo total da operação está estimado em R$ 100 milhões. O governador João Doria (PSDB) afirma que a vacina não será restrita a moradores de São Paulo — ou seja, teoricamente, qualquer pessoa que esteja no estado poderia receber o imunizante. Dória também anunciou que 4 milhões de doses serão vendidas para outras regiões do Brasil; pelo menos oito estados já manifestaram interesse na vacina. AnvisaA CoronaVac está na fase 3 de testes — a última antes de ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Aliás, o órgão regulador ainda não aprovou o uso do imunizante, já que o Instituto Butantan precisa enviar um relatório contendo dados dos testes conduzidos ao longo dos últimos meses. Técnicos da Anvisa, inclusive, visitaram a fábrica da Sinovac na China para checar as práticas de fabricação do medicamento. Em novembro, a agência chegou a interromper temporariamente os testes com a vacina do laboratório chinês. Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o governo de São Paulo pretende buscar aprovação da Anvisa para uso emergencial. É diferente do registro sanitário, que autoriza por completo o uso de um imunizante, porém é uma forma de acelerar sua distribuição sem passar por todos os entraves necessários. “Nós daremos todos os elementos para nossa Anvisa para ela poder se pronunciar o mais rapidamente possível", disse Covas. Uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em fevereiro deste ano permite que vacinas sejam aprovadas sem necessariamente terem o registro da Anvisa. Por este motivo, o governo de São Paulo poderia se beneficiar dessa legislação, já que há insumos suficientes para a produção do imunizante. ResultadosNo final de novembro, o governo paulista divulgou um resultado preliminar do estudo da fase 3 da CoronaVac. A vacina já tinha se mostrado segura e gerado uma resposta imune durante as fases 1 e 2, quando foi constatada a produção de anticorpos em 97% dos pacientes. Os ensaios clínicos dessas duas fases contaram com 744 voluntários saudáveis de 18 a 59 anos e sem histórico de infecção pelo novo coronavírus. The post Doria promete vacinação contra COVID-19 em São Paulo para janeiro de 2021 appeared first on Gizmodo Brasil. |
Drones autônomos são uma realidade, e a polícia já faz uso deles nos EUA Posted: 07 Dec 2020 01:24 PM PST Drones policiais não são mais coisa de um futuro distópico. Mas para deixar essa história um pouco mais assustadora, agora os aparelhos estão começando a pensar por si mesmos. Nos últimos anos, departamentos de polícia nos Estados Unidos passaram a contar com drones equipados com inteligência artificial em suas operações do dia a dia. Uma reportagem do New York Times fornece um vislumbre de como isso acontece na prática. E sim, é tão desconcertante quanto você pode imaginar. Eis um exemplo: policiais em Chula Vista, na Califórnia, atenderam uma chamada sobre um homem dormindo em um carro roubado. Havia a suspeita de ter drogas no veículo. E o que a polícia fez? Usou um drone para perseguir o criminoso. Leia o relato abaixo:
O departamento de polícia de Chula Vista iniciou seu programa “Drone as First Responder” há dois anos. Foi o primeiro projeto desse tipo nos EUA e já lançou drones para mais de 4.100 voos desde então. Os equipamentos são programados para responder a até 15 chamadas de emergência por dia, e a polícia é capaz de supervisionar cerca de um terço da cidade a partir de dois locais de lançamento de drones. Os oficiais esperam adicionar uma terceira aprovação pendente da Administração Federal de Aviação (FAA), que expandiria a cobertura do programa para o resto da cidade. A polícia dos EUA vem incorporando drones a seus arsenais há anos, mas os modelos mais recentes podem literalmente voar sozinhos, quase sem interferência humana. Cada unidade custa US$ 35.000 — o valor é alto, mas eles são são significativamente mais econômicos do que gastar milhões em helicópteros e pilotos –, e inclui câmeras de longo alcance, sensores e software para os drones transitarem pelos céus. O projeto também permite que os policiais não se agrupem fisicamente, aumentando o distanciamento social em meio à pandemia. É claro que a ideia de automatizar o policiamento levanta grandes questões de privacidade, especialmente em um momento de protestos generalizados contra a violência policial e pedidos de reforma dessa instituição. A polícia de Chula Vista trata tanto a filmagem da câmera corporal do policial quanto o vídeo do drone como evidência. Portanto, não podem ser divulgados ao público sem aprovação judicial. De acordo com o New York Times, o departamento também garantiu regulamentações mais brandas para uso de drones. Enquanto dispositivos comuns precisam estar dentro da vista do usuário que controla o voo, os drones policiais podem voar até 4,8 km de distância do local de lançamento, que e comandado por um piloto que supervisiona o aparelho remotamente. Em uma demonstração para o Times, um oficial mostrou como o drone podia rastrear uma pessoa ou veículo por conta própria com o apertar de um simples botão. A empresa Skydio, responsável pela fabricação do drone, oferece aos clientes a opção de que seus drones os sigam automaticamente. Contudo, o recurso assume um contexto muito mais preocupante nas mãos das autoridades, especialmente porque há pouca supervisão de legisladores locais. Defensores da privacidade expressaram preocupação com o fato de a polícia poder usar essa tecnologia para discriminar certas comunidades ou reprimir protestos. Jay Stanley, analista de política sênior do Projeto sobre Fala, Privacidade e Tecnologia da União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), disse ao Times que, "à medida que o poder e o escopo dessa tecnologia se expandem, também aumenta a necessidade de proteção da privacidade". “Drones podem ser usados para investigar crimes conhecidos. Mas também podem cometer delitos", completou. The post Drones autônomos são uma realidade, e a polícia já faz uso deles nos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
Parque da Nintendo no Japão está mais para um Parque da Mônica, só que com o Super Mario Posted: 07 Dec 2020 12:09 PM PST Na semana passada, a internet se empolgou com a notícia da inauguração de um parque temático da Nintendo em Osaka, no Japão. Mas, parece que a euforia não durou muito, visto que as críticas já sugerem que a atração não é aquilo tudo que se esperava. Primeiramente, vale lembrar que a repórter da Bloomberg, Kurumi Mori, já havia sinalizado isso quando visitou o parque na Universal Studios Japan. Na ocasião, a jornalista inclusive levantou preocupações em relação a como o parque lidaria com as multidões durante a pandemia. Segundo o Kotaku, o parque temático estará localizado atrás da atração "Tubarão" e do "Mundo Mágico de Harry Potter". Na imagem abaixo, é possível ter uma ideia do tamanho do Super Nintendo World em comparação com as seções vizinhas. Captura de tela: 毎日新聞/YouTube A extensão do parque, em si, não parece ser o problema, mas como a área foi distribuída. De acordo com os relatos, a impressão é que os brinquedos estão “espremidos” em um pequeno espaço. Os jogos da Nintendo são famosos por seus gráficos coloridos e cenários repletos de elementos visuais. Porém, reproduzir isso fielmente em um parque temático pode não ser a melhor ideia do ponto de vista logístico — ainda mais com uma inauguração marcada para um período em que a pandemia de COVID-19 provavelmente continuará sendo motivo de preocupação. Na reportagem sobre a inauguração do parque, planejada para 4 de fevereiro, a Bloomberg havia mencionado que a Universal Studios já está se preparando para a criação de uma área dedicada ao Donkey Kong. Ainda assim, caso esse novo espaço siga o mesmo modelo que a atração principal, isso não vai resolver o problema atual. Captura de tela: 毎日新聞/YouTube Agora, resta esperar que a Universal Studios Japan adote todas as medidas de segurança necessárias com a abertura do parque e que considere uma reformulação do espaço no futuro. [Kotaku] The post Parque da Nintendo no Japão está mais para um Parque da Mônica, só que com o Super Mario appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 07 Dec 2020 11:30 AM PST Quando falamos de relacionamento com o cliente, algumas tendências de mercado como atendimento personalizado e poder de decisão do usuário começam a entrar bastante em questão. Mas fato é que, na prática, a grande maioria das empresas de relacionamento ou operações internas de atendimento ao cliente determinam qual o canal por onde o mesmo entrará em contato. Vão na contramão dessas tendências, tiram o caminho pelo qual você quer percorrer ao entrar em contato com um serviço ou solução. O resultado é aquele que a gente bem conhece: longas e estressantes filas de espera em atendimento, que em muitos casos geram desistência e insatisfação. De acordo com Luis Felipe Monteiro, secretário de Governo Digital, do Ministério da Economia, para a Agência Brasil, das 3,6 mil modalidades de serviços disponíveis no portal gov.br, 58% já são digitais e 42% ainda precisam ser feitas presencialmente ou por telefone. Ou seja, praticamente metade dos serviços do Governo Federal ainda obrigam a população a recorrer a um mesmo canal de contato: o telefone. A discussão sobre o assunto não é de hoje, mas, com a pandemia este ano, uma necessidade básica ficou escancarada: expandir o relacionamento digital – e consequentemente dar ao cliente esse verdadeiro poder de decisão. É preciso que haja uma inversão de papéis, onde o cliente possa de fato escolher e ser redirecionado para o atendimento que lhe seja mais efetivo, e isso quem decide, definitivamente, não são as empresas que "querem que o cliente esteja no centro e com poder de decisão". De olho nesse contexto, a Alldesk elaborou um projeto com foco 100% no contato e no sucesso do atendimento: a solução ALL•FEAT. A ideia é integrar todos os canais de acordo com aquilo que melhor se adapta ao interesse do cliente. Mas como? Através do que se chama de Funil de Atendimento. Viabilizado por tecnologias de Inteligência Artificial, integrações RPA (Robotic Process Automation) e omnicanalidade, o ALL•FEAT, independente de qual canal o contato veio, consegue disponibilizar uma visualização 360º de forma unificada, em uma mesma tela. A partir da geração de perfis, nessa tela, é possível criar, inclusive, um público dentro de um canal específico e direcionar cada cliente para o modelo mais adequado de contato, seja via bot ou diretamente com outra pessoa. Por exemplo, dentro da omnicanalidade, pode-se criar filtros por idade, onde os clientes mais velhos possam ser direcionados diretamente para o humano potencializado, enquanto que o mais jovem, pelo seu perfil, pode ser direcionado direto para o digital. Tudo é feito graças às integrações em RPA, que, através de bots sincronizam a tela do operador com a tabulação do sistema logado do cliente, evitando o manuseio de várias telas ao mesmo tempo. Isso permite que o operador possa ter no mesmo espaço de atendimento as integrações com os possíveis sistemas que a empresa contratante já usa. Isso reduz o TMA (tempo médio de atendimento), consequentemente reduz a fila de espera do cliente, aumenta a satisfação e a produtividade da operação, gerando bom retorno financeiro. Tudo faz com que o relacionamento seja cada vez melhor. Com o cliente definitivamente no centro, ele pode até mesmo escolher quais etapas desse funil de relacionamento ele deseja pular ou não, dando total liberdade de escolha a ele. Para ter uma experiência personalizada com a solução ALL•FEAT e conhecer as outras soluções oferecidas pela Alldesk para vendas e relacionamento, clique aqui. The post Sem mais filas de espera: solução 360º torna o relacionamento com o cliente menos oneroso e mais assertivo appeared first on Gizmodo Brasil. |
Petição reúne milhares em apoio a Timnit Gebru, demitida do Google após cobrar diversidade Posted: 07 Dec 2020 10:56 AM PST Mais de 1.500 funcionários do Google e quase 2.000 apoiadores da academia, da indústria e da sociedade civil assinaram uma petição protestando contra a demissão de Timnit Gebru, cientista negra e especialista no uso da ética em inteligência artificial. Ela diz ter sido desligada após destacar preocupações sobre a falta de diversidade em protocolos da companhia. "Somos solidários com a Dra. Timnit Gebru, que foi demitida de sua posição como Cientista de Pesquisa e Co-Líder da Equipe de Inteligência Artificial (IA) Ética do Google, após censura sem precedentes. Solicitamos ao Google Research que fortaleça seu compromisso com a integridade da pesquisa e se comprometa inequivocamente a apoiar pesquisas que honrem os compromissos assumidos nos Princípios de IA do Google", diz a petição. Gebru é conhecida por seu trabalho com inteligência artificial e o uso de algoritmos nessa tecnologia, especialmente em recursos de reconhecimento facial. Também é fundadora da organização sem fins lucrativos Black in AI e coautora de um importante artigo de 2018 que encontrou taxas de erro mais altas em tecnologias de análise facial para mulheres com pele escura. Em seu perfil no Twitter, Gebru afirma ter sido demitida na última quarta-feira (2) depois de expressar frustração em um e-mail enviado a um grupo interno de mulheres e aliadas que trabalham na unidade de IA. Esse grupo se mostrou insatisfeito com as iniciativas de diversidade do Google. Gebru escreveu que a empresa promove uma cultura de “responsabilidade zero”, onde não há incentivo real para que a liderança seja mais diversificada.
"Sua vida piora quando você começa a advogar por pessoas sub-representadas, quando incomoda outros líderes. Não há mais como documentos ou conversas chegarem a algum lugar", escreveu Gebru em um e-mail interno que acabou vazando na internet (via Platformer). Sem respostaO caso teria se agravado em novembro, quando um gerente sênior do Google disse para Gebru que ela teria que se retratar ou remover seu nome de um artigo de sua coautoria. De acordo com a Reuters, o documento em questão concluiu que empresas de tecnologia não estão fazendo o suficiente para garantir que sistemas de IA, projetados para copiar a fala e padrões de escrita dos seres humanos, não estejam sendo desenvolvidos de uma maneira que evite que eles reproduzam preconceitos. Ao contrário: estão mantendo os mesmos preconceitos, além de conterem termos ofensivos. Em entrevista à Wired, Gebru disse que tentou negociar com o Google, oferecendo-se para retirar seu nome do artigo em troca de a empresa fornecer uma explicação completa de suas objeções e traçar uma lista de práticas recomendadas para lidar com tais incidentes no futuro. "Senti que estávamos sendo censurados e pensei que isso tinha implicações para todas as pesquisas éticas de IA. Não tem como ter apenas artigos que deixem a empresa feliz o tempo todo e não apontem problemas. Isso é a antítese do que significa ser esse tipo de pesquisador", contou Gebru. Em uma mensagem no Twitter escrita uma semana antes de sua partida e supostamente relacionada ao assunto, Gebru disse: "Nada como um bando de homens brancos privilegiados tentando esmagar a pesquisa de comunidades marginalizadas para comunidades marginalizadas ordenando que PAREM com ZERO diálogo. A quantidade de desrespeito é incrível."
Após rejeitar seu acordo de compromisso, o Google cortou acesso de Gebru ao seu e-mail e escreveu à equipe de inteligência artificial para dizer que havia aceitado sua demissão. Nessa mensagem, obtida pela Reuters, Jeff Dean, chefe da unidade de IA do Google, alegou que Gebru ameaçou sair do cargo caso suas exigências destacadas no artigo não fossem atendidas. O Google rejeitou. "Aceitamos e respeitamos sua decisão de deixar o Google. Todos nós genuinamente compartilhamos a paixão de Timnit em tornar a IA mais justa e inclusiva", escreveu Dean no e-mail enviado à equipe de inteligência artificial. RepercussãoJeff Dean alega que houve "muita especulação e mal entendido" sobre a demissão de Gebru. O chefe de inteligência artificial do Google confirmou que Timnit escreveu um e-mail exigindo uma série de condições para que incluísse o próprio nome no artigo escrito por ela mesma, “incluindo a revelação das identidades de cada pessoa com quem conversamos e consultamos como parte da revisão do artigo e do feedback". No entanto, Dean não especificou nada além disso. Na quarta-feira passada, mesmo dia em que Gebru alega ter sido demitida, o National Labor Relations Board, agência governamental que fiscaliza relações trabalhistas nos EUA, emitiu uma queixa contra o Google, acusando a companhia de monitorar ilegalmente, questionar e eventualmente demitir vários trabalhadores que protestaram publicamente contra as políticas da empresa e tentaram formar um sindicato. Colaborou Caio Carvalho The post Petição reúne milhares em apoio a Timnit Gebru, demitida do Google após cobrar diversidade appeared first on Gizmodo Brasil. |
Cabo submarino do Google que conecta Brasil e Uruguai ganha extensão até a Argentina Posted: 07 Dec 2020 09:49 AM PST Lançado em junho de 2019, o cabo submarino Tannat é um projeto do Google que liga as cidades de Santos (SP) e Maldonado, no Uruguai, para melhorar a qualidade de conexão à internet nessas regiões. Agora, a empresa anunciou que a extensão dessa estrutura foi finalizada, e ela vai passar a conectar também a Argentina na cidade de Las Torinas. São seis pares de fibra com velocidades de até 90 Tb/s. A empresa Alcatel-Lucent Submarine Networks ficou responsável pela fabricação, enquanto a instalação foi feita em parceria com a empresa uruguaia de telecomunicações Antel. No início da construção do cabo Tannat, o Google havia anunciado que a vida útil da estrutura é de 25 anos. O propósito do conjunto de cabos é, segundo o Google, "melhorar a conectividade para usuários do Google e clientes do Google Cloud". Além do Tannat, há mais três na região da América Latina que são financiados pela gigante da tecnologia. O Curie, em funcionamento desde 2019, liga o Chile à costa oeste dos EUA, com planos de extensão para o Panamá. Já o Monet, de 2018, conecta as cidades de Boca Ratón (Flórida, EUA), Fortaleza (CE) e Santos (SP). Por fim, também lançado em 2018, o cabo Júnior liga o Rio de Janeiro (RJ) a Santos (SP). Lembrando que esses são apenas os cabos submarinos do Google. No Brasil, várias dessas infraestruturas já conectam diferentes regiões. A TeleGeography reúne em um mapa interativo todos os cabos ativos ou em construção do mundo. Ao clicar em um deles, é possível visualizar os detalhes da estrutura, como o comprimento, os responsáveis pela construção e os locais de ligação. No caso do Tannat, são 2 mil quilômetros que ligam Brasil, Uruguai e, agora, Argentina. The post Cabo submarino do Google que conecta Brasil e Uruguai ganha extensão até a Argentina appeared first on Gizmodo Brasil. |
[Review] Amazon Fire TV Stick Lite: Prime Video de mais, outros serviços de menos Posted: 07 Dec 2020 07:22 AM PST Há algumas semanas eu testei o Roku Express, uma caixinha que leva os principais serviços de streaming direto para sua TV. Agora, chegou a vez de contar minha experiência com o Amazon Fire TV Stick Lite. Você pode ler meu review do Roku aqui, porque desde já quero deixar avisado que posso soar meio repetitivo nesta análise. Tem uma coisa e outra de diferente, mas, no geral, os dois acessórios são muito parecidos. Esta também é a versão mais básica da caixa de streaming da Amazon. Portanto, não espere reproduzir conteúdos em 4K — a resolução máxima é Full HD. Ele também não tem uma lista tão completa de serviços, e o controle remoto poderia ser mais intuitivo. Contudo, o dispositivo é uma boa opção para quem tem um televisor comum e deseja usar recursos de Smart TV. No Brasil, o Fire TV Stick Lite é vendido a R$ 349.
Primeiros passosA primeira característica de destaque do Fire TV Stick Lite é a facilidade de instalação. Na caixa vem o stick que você pluga na entrada HDMI, um cabo extensor de HDMI (caso você não queira conectar o acessório direto na TV), um cabo USB e um adaptador de energia de 9 watts. Também inclui um controle remoto Bluetooth, que é alimentado por duas pilhas palito e tem suporte para comandos de voz via Alexa. Não tem segredo: depois de plugar o dispositivo na TV, é só selecionar a entrada HDMI e iniciar a configuração, que também é simples. Na real, achei todo o processo mais rápido e menos complicado do que no Roku Express, que tomou pouco mais de 10 minutos do meu tempo até que eu conseguisse usá-lo. A parte mais demorada é selecionar o que você já quer deixar pré-instalado, porém é possível pular toda essa etapa e configurá-la posteriormente. O controle remoto é um pouco maior do que a geração anterior e conta com os botões básicos para comandar o Fire TV Stick Lite. A grande adição e o botão da Alexa, que enfim chegou ao acessório. Mas ok, é compreensível a demora porque até uns anos atrás as assistentes de voz não eram tão populares assim. As duas maiores ausências, e isso também está em falta no Roku Express, são os botões de volume e de liga/desliga. Além disso, nenhum dos dois controles permite ligar ou desligar a TV usando diretamente o controle, o que tira a praticidade que esses dispositivos deveriam oferecer. Essas opções estão no aplicativo de celular do Fire TV Stick Lite, mas obviamente seria mais fácil se elas estivessem no controle que acompanha o produto. E ah, o controle da Amazon não vem com botões de acesso rápido a alguns serviços de streaming; o da Roku, por sua vez, tem essa característica. Usando o Fire TV Stick LiteO stick da Amazon roda o Fire OS, mas pode-se dizer que o sistema compartilha a mesma interface do Prime Video. No topo da tela ficam as categorias principais (página inicial, ao vivo, filmes etc), além de uma aba para buscar por conteúdos. Abaixo, são exibidos os aplicativos abertos recentemente e os que foram baixados, e por fim os carrosséis de atrações que você pode assistir usando o Fire TV Stick Lite. Também é possível acessar um navegador de internet e alguns games para jogar pelo acessório. Por se tratar de um aparelho da Amazon, você pode esperar bastante promoção de conteúdos proprietários da empresa, ainda mais se você for assinante do Prime Video. A questão é que a caixa de streaming parece mais uma extensão do Prime Video do que um agregador de outras plataformas, pois em quase todas as janelas aparecem produções que você só encontra no serviço da companhia. Falando nos serviços, o Fire TV Stick Lite traz uma gama considerável de plataformas compatíveis, entre elas Vivo Play, Apple TV, Netflix, Looke, Vivo Play, Telecine Play, YouTube e o recém lançado Disney+. Para músicas, há os apps do Spotify e Deezer. Contudo, não estão disponíveis o Globoplay e HBO GO. A navegação é fácil, e fica ainda melhor com o uso da Alexa. A assistente elimina a necessidade de digitar manualmente por conteúdos, uma vez que basta dizer um comando específico para que os resultados apareçam na tela. Aliás, a interface faz sugestões bem úteis do que você pode pesquisar usando o software de voz — por exemplo, "Alexa, pesquise por filmes de aventura", ou "Alexa, abra vídeos da Lady Gaga no YouTube". Vale lembrar que a Alexa também pode ser usada para perguntar a hora, saber como está a temperatura na sua cidade ou abrir uma playlist no Spotify. Mas, de novo, eu vou bater na tecla da quantidade excessiva de produções da Amazon em toda a interface do Fire TV Stick Lite, que tornou o uso um tanto sem graça. O Roku Express me pareceu mais simples e agradável porque mostra uma variedade de seriados e filmes disponíveis em várias plataformas, dando a opção de onde quero assisti-los. Só isso já seria suficiente para abrir mão da Alexa — eu prefiro uma lista mais personalizada das coisas que posso assistir. Falando da performance, não passei por nenhum travamento durante o uso do Fire TV Stick Lite. Ele possui um processador quad-core de 1,7 GHz. Ele é 50% mais potente e usa 50% menos energia do que a segunda geração do Fire TV Stick, além de suportar conexões Wi-Fi nas bandas 2,4 GHz e 5 GHz. A memória interna é de 8 GB, porém pouco mais de 4 GB estão disponíveis para uso; o restante é só para armazenar o sistema operacional. Assim como o Roku Express, o Fire TV Stick Lite reproduz imagens com resolução máxima em Full HD (1080p), a 60 frames por segundo. Curiosamente, há suporte para HDR, mas eu não notei nada muito contrastado ou com cores mais brilhantes, mesmo tendo uma TV 4K com essa tecnologia. Então, se você preza pela maior qualidade possível, talvez seja melhor esperar até que a Amazon traga a versão 4K ao Brasil, ou procurar caixas de streaming de outras marcas. Caso o contrário, o acessório deve atender bem um público menos exigente. Vale a pena?O Amazon Fire TV Stick Lite é um dispositivo de entrada para quem quer levar alguns dos principais serviços de streaming para uma interface única no televisor. É exatamente o mesmo apelo do Roku Express: atender uma parcela de consumidores que não possuem uma Smart TV, que desejam funções desse tipo de aparelho, mas sem precisar gastar milhares de reais. Na televisão que fica na sala aqui de casa, que não é inteligente, deu super certo. Meu irmão mais novo, que é viciado em filmes, aprovou. O que nem ele e eu gostamos é que não dá para ligar/desligar a TV ou aumentar o volume usando só o controle do Stick Lite, nem acessar rapidamente Netflix e outros serviços diretamente pelo mesmo controle. A interface é fluída e sem travamentos, mas se perde na quantidade de conteúdo próprio da Amazon. Eu gostaria de ter visto mais sugestões personalizadas do que assistir em várias plataformas, e não só o que está disponível no Prime Video. Portanto, é aquela coisa: o Fire TV Stick Lite é uma boa caixa de streaming, principalmente se você não tem uma Smart TV ou se o seu televisor está sem receber atualizações– e desde que você saiba que só poderá usá-lo para o básico do básico. Esta página contém links de afiliados. Ao comprar por elas, você não paga nada a mais e o Gizmodo Brasil pode ganhar uma comissão. The post [Review] Amazon Fire TV Stick Lite: Prime Video de mais, outros serviços de menos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Algoritmo do Facebook vai ser mais rigoroso com discurso de ódio contra grupos minorizados Posted: 07 Dec 2020 05:54 AM PST Documentos revelados pelo Washington Post indicam que o Facebook está mudando seu algoritmo para detectar e banir mais discursos de ódio direcionados a populações minorizadas, como negros, judeus, muçulmanos e LGBTQ+s. O projeto, batizado de WoW, foca em banir o “pior do pior” (que é, aliás, o significado da sigla WoW, “worst of the worst”). Ele ainda está em estágios iniciais e, por enquanto, só foca em comentários em inglês. Embora o Facebook sempre tenha banido conteúdo de ódio, nunca fez distinção entre populações que tendem a ser mais atacadas. Agora, a rede social dará uma nota para cada comentário e levará em conta a opressão que cada grupo sofre. Por isso, frases como “gays são nojentos” serão consideradas mais ofensivas do que “homens são porcos”, de acordo com o Washington Post. A rede social ainda tratará publicações contra qualquer grupo como discurso de ódio. Porém, o algoritmo considerará que ataques a homens brancos, por exemplo, têm menos chances de serem prejudiciais e, portanto, não serão deletados automaticamente. O movimento é uma resposta a anos de reivindicações de movimentos civis, que alegam que o Facebook não leva em conta o contexto histórico e social em que vivemos — tratando populações minorizadas da mesma forma que grupos com privilégios sociais. Muitas vezes, ao escrever sobre o preconceito que vivem, as pessoas criticam grupos de poder, como os homens, brancos e héteros. Sem levar o contexto em conta, o Facebook considerava tal conteúdo como discurso de ódio e o deletava. Por conta da demora ou da negligência em remover tais discursos de ódio, o Facebook tem sido criticado por ativistas e por empresas. Em julho, mais de 900 anunciantes promoveram boicote à empresa por conta das medidas ineficazes da plataforma em relação ao discurso de ódio. “Nós sabemos que o discurso de ódio direcionado a grupos sub-representados pode ser mais prejudicial — e é por isso que focamos nossa tecnologia em encontrar o discurso de ódio que nossos especialistas consideram mais sério”, disse Sally Aldous, porta-voz do Facebook em nota à imprensa. “No último ano, nós também atualizamos nossas políticas para detectar mais discurso de ódio implícito, como conteúdos mostrando Blackface, estereótipos sobre judeus controlando o mundo, e banimos a negação do Holocausto. Graças a investimentos significativos em nossas tecnologias, detectamos de forma proativa 95% do conteúdo que removemos e vamos continuar a melhorar a maneira como aplicamos nossas regras na medida em que o discurso de ódio evolui no decorrer do tempo”, disse Aldous. The post Algoritmo do Facebook vai ser mais rigoroso com discurso de ódio contra grupos minorizados appeared first on Gizmodo Brasil. |
Sonda Hayabusa2 envia amostras do asteroide Ryugu à Terra e faz história Posted: 07 Dec 2020 05:42 AM PST Depois de seis anos viajando e explorando, a sonda Hayabusa2 da Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA) enviou, no sábado (5), uma cápsula de volta à Terra cheia do que os cientistas esperam ser uma amostra de pelo menos 100 miligramas do asteroide Ryugu, que está localizado a cerca de 300 milhões de quilômetros da Terra. Assim, a Hayabusa2 fez história ao trazer de volta a primeira amostra de asteroide de subsuperfície do mundo. A cápsula separou-se da espaçonave Hayabusa2 principal às 00h30 ET (2h30, no horário de Brasília) no sábado, de acordo com a JAXA, e foi vista entrando novamente na atmosfera da Terra por volta das 12h29 ET (14h29, em Brasília). Na reentrada, a cápsula brevemente se transformou em uma bola de fogo, deixando uma trilha em seu rastro, que também orientou a equipe de recuperação JAXA. Além da trilha, a própria cápsula continha um radiofarol, que emitia um sinal detectado pelos gestores da missão, para ajudar a equipe a rastrear sua localização, de acordo com o The New York Times. Imagem da bola de fogo tirada de Coober Pedy. Imagem: JAXA Antes de pousar, a cápsula lançou um paraquedas para diminuir a velocidade do veículo e permitir que ele pousasse suavemente na Área Proibida de Woomera, no sul da Austrália. A aterrissagem era apenas uma parte da tarefa; a outra era encontrar a pequena cápsula, que media cerca de 15 polegadas (aproximadamente 40 centímetros) de diâmetro. Se você está pensando que isso não é tão pequeno assim, veja bem: ela pousou em uma área que se estende por 38 milhas quadradas (cerca de 100 quilômetros quadrados). Mas a boa notícia é que ela desembarcou na área de pouso esperada, que estava equipada com cinco antenas para ajudar os cientistas encontrarem sinais de rádio da cápsula, segundo o The Verge. A agência espacial também tinha um helicóptero em mãos com um receptor de farol para busca e um drone que estava tirando fotos. Não se preocupe, eles a encontraram. Coleta da cápsula de reentrada. Foto: JAXA Yuichi Tsuda, gerente de projeto da Hayabusa2 na JAXA, disse que a agência encontrou a cápsula conforme planejado e que estava em perfeitas condições, de acordo com a Associated Press. "Conseguimos pousar o baú do tesouro", disse Tsuda. "Estou realmente ansioso para abri-lo e olhar o que tem dentro." De fato, para os cientistas, a amostra do asteroide Ryugu realmente é como um baú do tesouro. Conforme explicado pelo The Verge, asteroides fornecem as primeiras imagens do nosso Sistema Solar. Eles existem há bilhões de anos, e os cientistas não acham que eles mudaram muito. Alguns acreditam que é possível que asteroides como Ryugu trouxeram água para a Terra quando a atingiram, tornando o planeta habitável. Amostras podem ajudar a esclarecer essa hipótese. Depois de chegar ao Ryugu em junho de 2018, a Hayabusa2 trabalhou muito e de maneiras criativas para obter suas amostras. Primeiro, ela disparou um projétil sobre a superfície de Ryugu para movimentar o material da superfície e, em seguida, com sucesso, pegou os detritos usando seu instrumento de coleta de amostra, que tem o formato de um chifre. Para a segunda tentativa, o objetivo era coletar material de sub-superfície do Ryugu disparando uma bala de cobre, produzindo uma cratera artificial cercada por material de asteroide subterrâneo. Os cientistas ficaram especialmente entusiasmados com essa tentativa, uma vez que o material do subsolo é protegido dos efeitos do intemperismo espacial, como os efeitos dos raios cósmicos ou partículas carregadas do Sol. Imagem da bola de fogo tirada de Coober Pedy. Imagem: JAXA Os cientistas da JAXA não têm certeza do tamanho da amostra coletada pela Hayabusa2, mas eles esperam que seja de pelo menos 100 miligramas, o que eles dizem ser o suficiente para realizar a pesquisa planejada. A primeira missão Hayabusa em 2010 não foi capaz de obter uma amostra substancial do asteroide Itokawa devido a uma falha no dispositivo de amostragem da nave. Como resultado, os cientistas só conseguiram recuperar microgramas de poeira do Itokawa. Já em relação à Hayabusa2, os cientistas não saberão o que os espera até abrirem a cápsula. Ela será aberta no Japão e um anúncio sobre a quantidade de material coletado será feito posteriormente, disseram autoridades da JAXA, de acordo com a CNN. A Hayabusa2 ainda não se aposentou. Depois de deixar a cápsula, ela irá explorar outro asteroide, 1998KY26, para responder mais questões de pesquisa, incluindo como encontrar maneiras de evitar que meteoritos atinjam a Terra. The post Sonda Hayabusa2 envia amostras do asteroide Ryugu à Terra e faz história appeared first on Gizmodo Brasil. |
Micróbios “mineradores” poderão um dia extrair elementos raros de rochas no espaço Posted: 07 Dec 2020 04:48 AM PST Experimentos recentes na Estação Espacial Internacional (ISS) mostraram que alguns micróbios podem extrair elementos de terras raras presentes nas rochas, mesmo quando estão expostos a condições de microgravidade. A descoberta inesperada sugere como esses seres microscópicos podem aumentar nossa capacidade de viver e trabalhar no espaço. Na Terra, alguns organismos microscópicos se confirmaram verdadeiros mineradores, extraindo elementos de terras raras (REEs, na sigla em inglês) das rochas. As terras raras são conhecidas por conter grupos abundantes de vários elementos químicos. Novas evidências experimentais publicadas recentemente na Nature Communications mostram que, quando se trata de extrair REEs de rochas, pelo menos uma linhagem de bactéria não é afetada pela microgravidade e pelas condições de baixa gravidade. Esta é uma notícia potencialmente boa para futuros exploradores espaciais, uma vez que micróbios biomineradores podem fornecer um meio de obter REEs no espaço, na Lua ou em Marte. REEs são de vital importância para a fabricação de componentes eletrônicos comerciais (como os encontrados no seu smartphone) e a produção de ligas. O problema com REEs — além dos nomes complicados dos elementos presentes em sua composição, como lantânio, cério, neodímio, ítrio, praseodímio, entre outros — é que eles são muito difíceis de serem minerados e extraídos das rochas. Além dos altos custos de mineração e refinação, a coleta desses elementos é prejudicial ao meio ambiente. E para piorar, os materiais, com suas propriedades magnéticas e catalíticas, não têm substitutos viáveis. É por isso que os micróbios estão sendo recrutados para ajudar, em uma técnica conhecida como biomineração. "Os micróbios podem se ligar a elementos específicos e nos permitem eliminar grandes quantidades de produtos químicos ambientalmente destrutivos — como os cianetos, tradicionalmente usados para extrair elementos das rochas. Hoje em dia, podemos até projetar os micróbios para aperfeiçoar suas habilidades", explicou por e-mail Charles Cockell, principal autor do novo estudo e astrobiólogo da Universidade de Edimburgo, na Escócia. Esses micróbios realizam sua mágica por meio de produção de açúcares, que se ligam aos REEs. Isso faz com que os elementos se concentrem juntos, facilitando a extração. Mas e lá no espaço?Para determinar se a biomineração é possível fora da Terra, um experimento foi montado na Estação Espacial Internacional: um laboratório único no qual micróbios podem ser expostos a condições de microgravidade e baixa gravidade. De acordo com o estudo, essa gravidade alterada pode afetar a capacidade dos micróbios de realizar suas funções, uma vez que tais condições “são conhecidas por influenciar o crescimento microbiano e processos metabólicos". "A baixa gravidade é conhecida por reduzir o assentamento de micróbios e, assim, diminuir a mistura e o fluxo de nutrientes para eles. Portanto, é possível que isso influencie indiretamente o crescimento dos micróbios e como eles interagem com as rochas, incluindo sua capacidade de mineração biológica", disse Cockell. O astronauta Luca Parmitano instalando o experimento BioRock na Estação Espacial Internacional. Imagem: ESA Três bactérias diferentes foram utilizadas no experimento: Sphingomonas desiccabilis, Bacillus subtilis e Cupriavidus metallidurans. Esses testes foram encomendados pela Agência Espacial Europeia como parte de um experimento chamado BioRock, que foi conduzido na ISS em 2019. O objetivo do projeto era ver se os micróbios poderiam extrair uma variedade de REEs do basalto — um bom análogo para os materiais encontrados na Lua e em Marte. Os autores mediram a eficiência de extração dos micróbios quando expostos a três condições diferentes: microgravidade, gravidade de Marte e gravidade da Terra. Para fazer isso, os astronautas da ISS colocaram os micróbios em um reator de biomineração miniaturizado conhecido como KUBIK. "[O KUBIK] É uma incubadora que controla a temperatura, mas também contém um anel que gira, como se fosse uma centrífuga. Colocamos nossos reatores de biomineração no anel e os giramos exatamente na velocidade certa para simular a gravidade de Marte e da Terra, sendo que a gravidade da Terra foi um experimento de ‘controle’ para fazer comparações", afirmou Cockell. Das três espécies bacterianas, apenas a S. desiccabilis mostrou capacidade de extrair REEs da rocha basáltica em todas as condições. Esta bactéria não pareceu sofrer interferência por nenhum dos três ambientes gravitacionais, exibindo 70% de eficiência de extração dos REEs cério e neodímio. As outras duas bactérias mostraram um desempenho muito fraco ou nenhuma habilidade quando expostas a qualquer uma das condições experimentais. Por que a S. desiccabilis se saiu tão bem em comparação a seus camaradas microbianos? Cockell disse que sua equipe pensa que é porque essa bactéria produz “muitos açúcares de cadeia longa que têm muitos sítios de ligação que unem os elementos de terras raras”. Os outros micróbios, por sua vez, não fizeram isso. O que vem por aíA nova pesquisa mostra que micróbios específicos provavelmente funcionarão como extratores de REEs no espaço. No entanto, eles morreriam se expostos às gravidades reais da Lua e Marte, então esse processo imaginário de refino vai exigir algumas tecnologias inteligentes. Cockell imagina biorreatores cheios de gás e fluido perto de habitats lunares, em Marte e até mesmo em asteroides. Rochas promissoras seriam colocadas no reator junto com os micróbios necessários, a câmara selada e pressurizada. Feito isso, pronto: você iniciou o processo de biomineração. Cockell disse que é importante ressaltar que sua equipe não pretende fazer mineração no espaço e trazer os materiais de volta à Terra. "No momento, isso não é economicamente viável. Contudo, a biomineração e suas variantes podem ser usadas para fornecer elementos necessários para uma presença humana de longo prazo. Nosso experimento estudou e demonstrou o papel potencialmente importante dos micróbios em facilitar a expansão humana no espaço", completou Cockell. Os autores agora voltaram sua atenção para o experimento BioAsteroid, que entrou em operação na ISS no início deste mês. Os testes usam material de meteorito como um substituto para rochas de asteroide, bem como fungos com tendência para minerar rochas. O BioAsteroid também envolve a exposição a condições de microgravidade, para avaliar a viabilidade do uso de fungos para a biomineração de asteroides. The post Micróbios “mineradores” poderão um dia extrair elementos raros de rochas no espaço appeared first on Gizmodo Brasil. |
Arquipélago no Alasca pode ser, na verdade, um sistema de seis vulcões interconectados Posted: 07 Dec 2020 03:12 AM PST Como se já não tivéssemos notícias perturbadoras o suficiente em 2020, aí vem mais uma: geólogos agora têm motivos para suspeitar que um aglomerado de ilhas do Alasca é, na verdade, parte de um gigantesco sistema vulcânico interconectado, do mesmo tipo visto no Parque Nacional de Yellowstone. Chamado de Ilhas das Quatro Montanhas (IFM), o arquipélago vulcânico está localizado ao longo da cadeia de ilhas Aleutas. Uma nova pesquisa liderada por John Power do U.S. Geological Survey no Alaska Volcano Observatory apresenta evidências de “uma grande caldeira não reconhecida anteriormente” no IFM, em pesquisa que será apresentada nesta segunda-feira (7) durante o Encontro de Outono de 2020 da União de Geofísica dos Estados Unidos (AGU). O aglomerado consiste em seis estratovulcões bem espaçados, chamados Cleveland, Carlisle, Herbert, Kagamil, Tana e Uliaga. Estratovulcões são exatamente aquilo que você está pensando: vulcões enormes em montanhas altas e íngremes cobertas por um cone fumegante. A região também é intercalada com um monte de cones menores e fissuras. Das seis montanhas, Cleveland foi a mais ativa nas últimas duas décadas, criando nuvens de cinzas que atingem entre 4,5 e 9 metros. A cratera do Monte Cleveland. Imagem: Cindy Werner/USGS A suposta caldeira não foi detectada por muito tempo porque está escondida por depósitos recentes e pelo oceano. E, de fato, não foi fácil para esses geólogos reunir suas evidências. Elas só foram possíveis por meio da análise de depósitos geológicos, mudanças na região ao longo do tempo, emissões de gases e medições de gravidade (que indicam a densidade das rochas enterradas), entre outras pistas. O IFM, ao que parece, está sendo influenciado por esta caldeira previamente não detectada. Para ser claro, não está provado que as ilhas IFM fazem parte de uma caldeira. É um palpite forte que agora precisa ser reforçado por outras observações. "Nossa esperança é voltar às Ilhas das Quatro Montanhas e olhar mais de perto o fundo do mar, estudar as rochas vulcânicas com mais detalhes, coletar mais dados sísmicos e gravitacionais e amostrar muito mais áreas geotérmicas", explicou Diana Roman, coautora do estudo e geóloga do Carnegie Institution for Science em Washington. Caldeiras são câmaras subterrâneas enormes cheias de magma e são conhecidas por produzirem algumas das erupções mais catastróficas da história do nosso planeta. Em comparação, estratovulcões são acompanhados por bolsões minúsculos de magma. E, de fato, eles são frequentemente chamados de supervulcões por esse motivo. Cada ponto em vermelho representa uma caldeira no arquipélago de Aleutas. Imagem: John Power/USGS Yellowstone é provavelmente a caldeira mais reconhecível da Terra, devido ao seu tamanho e potencial ameaça. Não se espera que entre em erupção tão cedo, mas se acontecer, a caldeira derramará lava sobre uma região que se estende por 48 a 64 km. Essas erupções também podem produzir grandes quantidades de cinzas, o que pode alterar o clima no planeta como um todo. Carregado pelo vento, o aerossol de enxofre e as partículas de cinzas leves causariam “uma diminuição notável nas temperaturas ao redor do globo”, de acordo com o U.S. Geological Survey. A possível caldeira no IFM provavelmente não se iguala ao Parque de Yellowstone em termos de tamanho ou ameaça, e muitas outras caldeiras já foram confirmadas nas Aleutas. Contudo, isso não é motivo para subestimar o perigo representado por essas características geológicas. Essa é uma descoberta muito séria e, eventualmente, os geólogos podem ter que reclassificar os vulcões IFM. O gigantesco sistema vulcânico interconectado pode explodir no futuro e com “graves consequências globais", segundo a AGU. Além de alterar o clima, grandes erupções também podem resultar em mudanças sociais significativas. Como, por exemplo, em 43 aC, quando o vulcão Okmok do Alasca, que é alimentado por uma caldeira, explodiu. Pesquisas recentes sugerem que essa erupção foi uma das principais causas que levou à queda da República Romana e do Reino Ptolomaico no que hoje é o Egito. Então, não é brincadeira mesmo. The post Arquipélago no Alasca pode ser, na verdade, um sistema de seis vulcões interconectados appeared first on Gizmodo Brasil. |
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