segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

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Facebook proíbe criação de eventos próximos a câmaras federais e estaduais nos EUA

Posted: 17 Jan 2021 12:30 PM PST

Para evitar uma potencial repetição do violento ataque ao Capitólio dos EUA, o Facebook vai impedir os usuários de criarem novos eventos nas proximidades da Casa Branca, do Capitólio dos Estados Unidos e de quaisquer edifícios do Capitólio do estado durante a posse do presidente eleito Joe Biden em 20 de janeiro. A rede social também vai restringir recursos para usuários dos EUA com base em certos indicadores, como violações repetidas de políticas.

Essas medidas têm o objetivo de impedir que as pessoas usem a plataforma para incitar a violência, disse o Facebook na sexta-feira em um post atualizado no blog da empresa. As redes sociais desempenharam um papel fundamental na organização do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio, com os insurgentes pró-Trump utilizando a rede social Parler, centrada na “liberdade de expressão”, o aplicativo de bate-papo Telegram, o aplicativo de walkie-talkie Zello, entre outras plataformas online para coordenar o cerco.

O Facebook diz que vai impedir contas e páginas localizadas fora dos EUA de criar eventos dentro do país também, como fez antes e depois da eleição presidencial. Alguns usuários dos Estados Unidos também podem ser proibidos de criar vídeos ou eventos ao vivo, grupos ou páginas "com base em sinais como violações repetidas de nossas políticas", acrescentou a empresa.

"Continuaremos monitorando e implementando medidas adicionais conforme necessário", disse o Facebook.

Deve-se notar que esses conspiradores de extrema direita não estavam exatamente escondendo seus esforços da primeira vez, postando abertamente em cantos pró-Trump da internet e plataformas convencionais nas semanas que antecederam a insurreição. Como observa o Washington Post, mais de 100.000 usuários do Facebook e Instagram postaram hashtags afiliadas ao movimento para anular a vitória de Biden, como ” FightForTrump” e “StopTheSteal”, uma referência a alegações completamente infundadas de fraude eleitoral promovidas pelo presidente e seus apoiadores.

Portanto, as medidas de segurança mais recentes do Facebook infelizmente estão de acordo com o modus operandi da empresa de implementar políticas de moderação bem-vindas, mas extremamente atrasadas. A saber, o Facebook finalmente começou a combater qualquer conteúdo que contenha a frase "stop the steal" no início desta semana.

O Facebook, junto com quase todas as outras plataformas de mídia social flagradas hospedando extremistas de direita antes do ataque, em grande parte tentou minimizar seu papel na história. Na segunda-feira, a COO Sheryl Sandberg afirmou que a insurreição foi, "em grande parte", organizada em outros serviços de internet, como Parler e Gab, sendo que ambos também têm jogado a culpa em outras plataformas.

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Anvisa aprova autorização de uso emergencial das vacinas CoronaVac e de Oxford

Posted: 17 Jan 2021 09:57 AM PST

Vacina CoronaVac. Imagem: Divulgação/Instituto Butantan

Durante reunião realizada neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a autorização de uso emergencial da vacina de Oxford e da CoronaVac no Brasil. A decisão foi tomada por meio de votação dos cinco diretores da agência, que se manifestaram a favor da medida. Com isso, o governador de São Paulo, João Dória Júnior, pode iniciar a vacinação ainda hoje no Hospital das Clínicas.

Após apresentar uma série de dados analisados sobre as duas vacinas, Gustavo Lima Santos, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, recomendou a aprovação do uso emergencial. “Tendo em vista o cenário de pandemia, tendo em vista o aumento de número de casos e tendo em vista a ausência de alternativas terapêuticas. A situação que estamos vivendo é uma situação de muita preocupação e muita tensão por conta dos insumos necessários, a gerência-geral recomenda a aprovação do uso emergencial”, afirmou ele.

Santos ressaltou, no entanto, que a aprovação deve ser condicionada por um monitoramento e reavaliação periódica de algumas questões que ainda ficaram em aberto. No caso da CoronaVac, por exemplo, os dados só mostram se houve a produção de anticorpos após a vacina ou não, mas a Anvisa exige que seja detalhada a quantidade desses anticorpos produzidos. Além disso, o número de casos analisados foi muito baixo, impedindo uma conclusão sobre o efeito da vacina em formas moderadas e graves da doença.

A recomendação de Santos para aprovar o uso emergencial foi confirmada pelos cinco diretores que votaram a favor da medida: Meiruze Freitas (Diretora e relatora dos pedidos), Romison Mota (Diretor substituto), Alex Campos (Diretor), Cristiane Jourdan (Diretora) e Antonio Barra (Diretor-presidente).

O pedido do Instituto Butantan foi apresentado em 8 de janeiro e refere-se às 6 milhões de doses da CoronaVac, que já haviam recebido a autorização de importação. A eficácia confirmada pela Anvisa é de 50,4%.

No caso do pedido da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), também apresentado no dia 8 de janeiro, a solicitação refere-se a 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, importadas do laboratório Serum, na Índia. A eficácia é de 70,42%, de acordo com a Anvisa.

Essa foi a primeira vez que uma reunião pública da Diretoria Colegiada da Anvisa foi realizada num domingo. De acordo com a agência, a data foi escolhida por ser o penúltimo dia do prazo estabelecido pela própria Anvisa para apresentar uma decisão.

No sábado (16), a Anvisa havia divulgado uma nota informando que a vacina Sputnik V, da Rússia, não havia cumprido os requisitos mínimos para conseguir uma autorização de uso emergencial. Para que isso ocorra, os estudos clínicos de fase 3 devem estar em andamento, o que não se aplica neste caso. Na manhã deste domingo (17), a Rússia negou que o pedido tenha sido recusado, esclarecendo que a Anvisa "requisitou informações adicionais, que serão enviadas rapidamente".

Como funciona o uso emergencial

Regulamentado pela Anvisa no dia 10 de dezembro, a aprovação do uso emergencial de vacinas contra Covid-19 significa que elas poderão ser distribuídas antes que os estudos sejam completamente finalizados. Por ser considerada uma prática experimental, o uso emergencial tem valor temporário até que as vacinas sejam registradas oficialmente.

A decisão dos diretores da Anvisa foi feita com base na avaliação de três áreas da agência: uma responsável pelo registro de medicamentos; outra, pela certificação de Boas Práticas de Fabricação; e uma terceira, pelo monitoramento do produto no mercado. No total, essa análise envolveu 50 profissionais.

Próximos passos

O governador de São Paulo, João Doria Júnior, acompanhou a reunião da Anvisa no Hospital das Clínicas (HC), junto ao diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas, e o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn. Com a aprovação da CoronaVac, a vacinação de profissionais de saúde pode ter início ainda hoje, de forma simbólica.

A previsão é que a vacina comece a ser aplicada oficialmente na segunda-feira (18). Doria planejou uma coletiva de imprensa após o evento da Anvisa para anunciar os próximos passos da vacinação e da quarentena em São Paulo. O governador já adiantou, no entanto, que vai entregar as doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde, conforme solicitado, assim que a Anvisa aprovar o uso emergencial.

A primeira pessoa escolhida para receber a CoronaVac é uma mulher negra de 54 anos. Mônica Calazans é enfermeira da UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, e faz parte do grupo de risco.

[Anvisa, G1, Exame, Folha de S.Paulo]

*Texto atualizado em 17 de janeiro, às 15h17, para incluir os dois últimos votos de diretores da Anvisa a favor da autorização de uso emergencial das duas vacinas.

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Um resumão sobre a treta de privacidade do WhatsApp

Posted: 17 Jan 2021 07:32 AM PST

Foto: Ada Hoglund (Shutterstock)

Mesmo que você não seja o tipo de pessoa que usa o WhatsApp regularmente, é provável que tenha tentado ler a sua nova política de privacidade. E enfatizamos a palavra "tentado".

O material de aproximadamente 4.000 palavras foi criticado por incontáveis usuários do​​WhatsApp em todo o mundo depois que a empresa disse que eles seriam excluídos da plataforma a menos que cumprissem esses novos termos. Alguns críticos mais atentos rapidamente notaram que, bem ali no meio das políticas de privacidade, as novas condições impostas exigiam que o aplicativo tivesse o direito de compartilhar dados supostamente pessoais, como números de telefone ou informações de pagamento, junto de sua empresa-mãe, Facebook, que também tem como subsidiária o Instagram.

Naturalmente, as pessoas ficaram furiosas. Na semana passada, dezenas de milhões de pessoas aparentemente saíram do WhatsApp e foram para plataformas concorrentes, como Signal e Telegram, recomendadas por Elon Musk e Edward Snowden. As autoridades turcas abriram uma investigação sobre as práticas de compartilhamento de dados do WhatsApp, seguida pela autoridade regional de dados da Itália. Na quinta-feira, as autoridades da Índia, o maior mercado do WhatsApp, entraram com uma petição alegando que os novos termos não eram apenas uma ameaça à privacidade pessoal, mas também à segurança nacional.

O que ficou muito claro rapidamente foi que embora todo mundo tenha concordado em ficar indignado, houve um certo questionamento sobre a causa deles se sentirem assim.

Em resumo, toda a confusão foi resultado da implementação desastrosa dessas novas políticas pelo WhatsApp. Ao lançar um ultimato assustador a incontáveis ​​usuários e ao vincular essa exigência a uma política de privacidade que (acho que todos podemos concordar) é quase impossível de compreender, a maior parte dos seus clientes supôs o pior: que o Facebook agora poderia ler suas mensagens do WhatsApp, bisbilhotar toda a sua lista de contatos e saber todas as suas atividades no aplicativo.

Esses rumores acabaram chegando ao chefe do WhatsApp, Will Cathcart, que publicou uma longa explicação no Twitter esclarecendo a maior parte dessas alegações, antes que a própria empresa refutasse cada suposta desinformação em uma página de perguntas frequentes.

Em uma reviravolta chocante de eventos, a tentativa do WhatsApp de reverter toda a situação foi considerada um fracasso por seus críticos mais vocais. E, honestamente, eles tinham razão: é do WhatsApp que estamos falando. Quando uma plataforma de bate-papo criptografada que tem sido amplamente elogiada por pessoas no espaço de privacidade e segurança anuncia abruptamente que compartilhará seus dados – quaisquer dados – com uma empresa como o Facebook, você pode entender por que isso geraria alguns problemas.

A questão é que, desde que os cofundadores do WhatsApp, Jan Koum e Brian Acton, cortaram os laços com o Facebook (após todo o seu histórico de polêmicas), a empresa lentamente se transformou em algo mais parecido com o esperado do Facebook: um aplicativo que tem um pouco do elemento de socialização, mas o foco é principalmente em compras. Essas novas políticas de privacidade são apenas a maneira do WhatsApp – e do Facebook – finalmente admitir isso.

Um resumo das mudanças na política de privacidade

Se você também é o tipo de pessoa que usa o WhatsApp exclusivamente para enviar mensagens para amigos e familiares, nada mudará em termos de privacidade. Na verdade, o que pensamos quando falamos sobre nossa "privacidade" no WhatsApp não mudou muito desde meados de 2016, quando a empresa anunciou que o aplicativo iria começar a compartilhar alguns de seus metadados básicos, como seu número de telefone e uma série de identificadores "anônimos", a menos que você tenha desativado manualmente (o Facebook acabou colocando a função para cancelamento logo em seguida, mas isso é outra história).

Não muito tempo atrás, um desenvolvedor anônimo fez a engenharia reversa de todo o aplicativo do WhatsApp Web, e suas descobertas podem ser encontradas gratuitamente por meio do GitHub. Em suma, se eu enviasse uma mensagem após as atualizações de 2016, o Facebook poderia ser capaz de descobrir a marca e o modelo do meu telefone, além da porcentagem da bateria do aparelho – mas essas conversas seriam totalmente criptografadas. Nada disso está mudando agora.

Dito isso, se você mora em um país como a Índia ou o Brasil, onde o WhatsApp não é apenas um aplicativo de bate-papo, mas também um meio para marcas e empresas se conectarem com seus clientes, as coisas são um pouco diferentes. Ao contrário dos contatos pessoais mencionados anteriormente, é provável que qualquer conversa que você possa ter com uma determinada empresa não seja apenas não criptografada, como também compartilhada com muito mais pessoas do que você imagina.

A política de privacidade do WhatsApp pode ser nova para a maioria de nós, mas essa prática em específico já tem sido utilizada pela plataforma há anos.

O WhatsApp que você conhece vs WhatsApp que você não conhece

A história que levou aos infelizes anúncios do WhatsApp, na verdade, começou na mesma época em que Koum pulou fora da empresa que estava lhe rendendo quantias absurdas de dinheiro. Alguns meses depois, o WhatsApp lançou sem qualquer aviso um novo produto voltado para negócios que prometia contribuir ainda mais para a receita da plataforma multibilionária: a "API de negócios do WhatsApp".

Como o nome sugere, a API Business é voltada para empresas: companhias aéreas que desejam usar o WhatsApp para enviar cartões de embarque, por exemplo, ou uma rede de supermercados que deseja usar o aplicativo para avisar a alguém que seu pedido está para ser entregue. Essas mensagens não tinham o objetivo de serem promocionais como, digamos, um anúncio no Instagram; elas foram feitas para serem transacionais – como uma conversa que você tem com o vendedor de uma loja ao procurar sapatos para seu tamanho. Se a empresa em questão respondesse a uma determinada solicitação no prazo de um dia, o Facebook permitiria que ela enviasse sua resposta gratuitamente.

Qualquer mensagem enviada após as 24 horas iniciais vem com uma pequena taxa – com variações no valor dependendo da mensagem, de quais terceiros possam estar envolvidos e do país que uma determinada marca tem como alvo. Essa taxa é dividida entre essas partes e, claro, com o WhatsApp.

Muitos veículos de imprensa viram a API como uma mais uma estratégia de publicidade digital. As marcas, por outro lado, não poderiam estar mais animadas com a ideia, e continuaram empolgadas à medida que o WhatsApp adotava novos recursos para tornar o aplicativo mais amigável ao comércio.

Em 2020, os usuários do WhatsApp na Índia passaram a não somente usar o app para conversar com seus contatos pessoais – eles estavam navegando por catálogos criados no aplicativo em busca de sapatos novos, colocando o par selecionado em um carrinho e, em seguida, usando um recurso de pagamento digital para finalizar a compra e acompanhar o pedido via WhatApp para garantir que ele chegasse a tempo.

Novos recursos voltados a negócios significam que mais marcas estão se conectando à API. Em 2018, o WhatsApp inicialmente abriu acesso à nova plataforma para cerca de 100 parceiros escolhidos a dedo, como Netflix, Uber e alguns hotéis e bancos em regiões onde o WhatsApp é a plataforma de envio de mensagens preferida. Alguns analistas estimam que, um ano depois, o número de empresas conectadas à API passou de 100 para cerca de 1.000. Em seu ritmo atual, disse a equipe, o WhatsApp está a caminho de chegar perto de 55.000 empresas usando esta API até o final de 2024, todas acumulando coletivamente US$ 3,6 bilhões em taxas de mensagens.

A questão é que existe uma dificuldade em convencer uma marca a gastar tanto dinheiro no seu produto quando eles nem conseguem ler o que os clientes estão dizendo porque, novamente, os bate-papos do WhatsApp são criptografados por padrão. Este foi um dos pontos cruciais que levaram à saída de Koum, de acordo com o Washington Post: o Facebook queria transformar o WhatsApp em uma plataforma amigável para os negócios, e a equipe do aplicativo respondeu que não poderia construir essa plataforma sem enfraquecer a criptografia nativa do WhatsApp de algum modo.

Em resposta a uma solicitação de comentário, um porta-voz do Facebook enviou um e-mail, apontando para uma publicação no blog da empresa, que anunciava o adiamento da implementação de sua nova política de privacidade até meados de maio devido à "confusão existente em torno de nossa atualização recente".

O que a criptografia significa

A repercussão de toda essa história na Internet chegou ao Twitter, o que levou o CEO do Instagram, Adam Mosseri, a tuitar que estava vendo "muita desinformação" sobre os novos termos de serviço do WhatsApp. Segundo ele, as mudanças são estritamente relacionadas às mensagens enviadas a empresas pelo WhatsApp, que, como ele lembrou, são algo opcional. Ele até compartilhou algumas das páginas de perguntas frequentes do WhatsApp sobre o assunto, que incluía outra explicação simplória de como as empresas usam seus dados. Na realidade, a publicação não diz muita coisa: não menciona os dados exatos que esses parceiros vão buscar na plataforma (supostamente) criptografada, nem mesmo discute quais “mudanças” na política de privacidade se aplicam especificamente a mensagens enviadas a empresas.

Então, em vez de analisar separadamente isso tudo, vamos direto à fonte. O código-fonte da API Business pode ser facilmente encontrada no site voltado para desenvolvedores do Facebook, o que significa que você também pode encontrar facilmente os tipos de dados que essa API obtém do WhatsApp e como ela poderia – pelo menos potencialmente – contornar a criptografia do aplicativo para fazer isso. Ou, se quiser, pode apenas visitar este FAQ surpreendentemente convincente que literalmente pergunta "A criptografia de ponta a ponta é mantida na API do WhatsApp Business? ". A resposta do WhatsApp, que enfatizamos abaixo, é algo que você deve ler por si mesmo (leia a parte em negrito):

O WhatsApp considera as comunicações com usuários da API de negócios, que gerenciam a ponta final da API em servidores que controlam, como criptografadas de ponta a ponta, pois não há acesso de terceiros ao conteúdo trocado entre as duas pontas.

Algumas organizações podem optar por delegar o gerenciamento de seu terminal de API do WhatsApp Business a um provedor terceirizado. Nesses casos, a comunicação ainda usa a mesma criptografia do protocolo Signal. No entanto, como o usuário do WhatsApp Business API escolheu um terceiro para gerenciar seu endpoint, o WhatsApp não considera essas mensagens criptografadas de ponta a ponta. No futuro, em 2021, isso também se aplicará a empresas que optam por aproveitar a versão baseada em nuvem da API hospedada pelo Facebook.

Além disso, se você estiver usando HTTPS ao fazer chamadas para o cliente da API do WhatsApp Business, esses dados serão criptografados com SSL (do seu cliente final para o cliente da API do WhatsApp Business).

Ou seja, o WhatsApp está nos dizendo que quando conversamos com uma empresa ou marca pela plataforma – e essa empresa ou marca está trabalhando com um determinado número de terceiros – o WhatsApp criptografado ao qual estamos acostumados não existe mais.

Provavelmente, devo esclarecer quem são esses terceiros. O Facebook os chama de Provedores de Soluções de Negócios (ou BSPs, para abreviar), e eles são essencialmente um conjunto aprovado de fornecedores AdTech cuja única responsabilidade é tornar a experiência com o  marketing no Facebook o mais fácil possível. Por exemplo, se você está anunciando uma nova linha de produtos e só quer alcançar jovens no Instagram entre 18 e 21 anos que moram nos EUA, existem algumas dezenas de BSPs que o Facebook pode indicar para você.

Se você quiser alcançá-las em outras propriedades do Facebook, como, digamos, o Whatsapp, existem 66 parceiros que a empresa lista como tendo a chave para sua API de negócios. Mesmo que você não consiga ter contato com eles, o Facebook promete que seus anúncios estarão seguros nas mãos desses profissionais terceirizados em troca de uma quantia em dinheiro.

A manobra de quebra de criptografia que esses BSPs estão autorizados a fazer está, como sempre, abertamente disponível, cortesia do Facebook. Se seu cérebro ainda não captou muito sobre esta API, recomendo dar uma olhada nesses documentos. Quando um BSP ou qualquer parceiro aprovado pelo Facebook baixa a API Business, ela vem com uma porta que direciona os dados das conversas do WhatsApp para um banco de dados externo controlado por este parceiro. Quando esse parceiro faz amizade com, digamos, uma pizzaria que deseja usar o WhatsApp para suporte ao cliente, cada mensagem que ele recebe perguntando sobre o status de seu pedido acaba nesta gaveta de dados não criptografado, junto com uma série de informações de contato sobre a pessoa que fez a solicitação.

Uma amostra de alguns dos dados que esses parceiros podem obter, de acordo com a documentação do Facebook. Captura de tela: Facebook (Gizmodo).

Uma vez que os dados estão sob a alçada de terceiros, em última análise, não é mais responsabilidade do Facebook, mesmo que eles sejam usados para direcionar anúncios em uma das próprias plataformas da empresa. O WhatsApp explicou isso em outra FAQ (observe o destaque em negrito):

Algumas empresas e provedores de soluções usarão a empresa-mãe do WhatsApp, o Facebook, para armazenar mensagens com segurança e responder aos clientes. Embora o Facebook não use automaticamente suas mensagens para informar os anúncios que você vê, as empresas poderão usar as conversas que recebem para seus próprios fins de marketing, o que pode incluir publicidade no Facebook. Você pode entrar em contato com essas empresas a qualquer momento para saber mais sobre suas práticas de privacidade.

Em outras palavras, se estou usando o WhatsApp para perguntar a uma pizzaria por que minha comida ainda não chegou ao meu apartamento, quaisquer dados que saiam dessa conversa poderiam ser usados ​​para me direcionar a anúncios de produtos relacionados ao meu pedido em qualquer lugar. É apenas uma feliz coincidência se isso significa publicidade no Facebook.

Então, apenas para recapitular, o que o WhatsApp (ok, principalmente o Facebook) está dizendo sobre a questão:

  • Há toneladas de dados interessantes de consumidores no WhatsApp que os profissionais de marketing não estão explorando, mas acessá-los pode significar pagar uma taxa não muito barata para o Facebook e a um desses terceiros confiáveis ​​(que, sim, também pagam o Facebook).
  • Assim que tiverem dados suficientes em mãos, eles poderão pagar ao Facebook novamente pelo privilégio de anunciar para esses mesmos usuários. Se você ler nas entrelinhas, no entanto, a decisão de anunciar ou não no Facebook já é tomada por eles antes mesmo de eles pedirem.
  • Este ciclo se repete provavelmente milhares de vezes por semana.

Por um lado, eu realmente não culpo o WhatsApp por errar neste anúncio. Como todas as coisas em tecnologia voltada à publicidade, explicar os detalhes da API de negócios do WhatsApp – ou qualquer uma de suas práticas específicas de compartilhamento de dados – é um exercício cansativo e enfadonho que quase certamente não caberia nas pequenas telas dos telefones das pessoas. Mas, ao ignorar muitas dessas nuances, a empresa atraiu uma multidão de pessoas que interpretaram esta atualização de acordo com suas próprias teorias sobre o que essas mudanças de privacidade, aparentemente radicais, realmente significam.

Deve haver um meio termo em algum lugar. Até que os executivos do Facebook descubram qual é, eles ficarão postando vídeos no Twitter, citando as mesmas promessas de privacidade insípidas que vimos da empresa até agora.

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iPhone 13 pode ter sensor de impressão digital sob a tela

Posted: 17 Jan 2021 05:00 AM PST

A Apple está testando um leitor de impressão digital na tela, uma das principais atualizações que a empresa planejou para os iPhones deste ano, de acordo com a Bloomberg.

Atualmente, os usuários do iPhone podem desbloquear seus aparelhos com uma senha ou ID facial. (O iPhone SE de segunda geração, que é o telefone mais barato da Apple, é o último da linha com um botão físico de Touch ID em vez de Face ID.) A maioria dos celulares Android permite que os usuários desbloqueiem seus aparelhos com as mesmas ferramentas, além de um leitor de impressão digital ou um padrão de furto, mas a Apple descontinuou seus sensores de impressão digital em 2017, quando lançou o iPhone X – o que torna bastante importante que ele possa estar voltando.

Como a Bloomberg aponta, um leitor de impressão digital na tela seria mais prático do que o Face ID em meio à pandemia em curso, porque você não teria que puxar sua máscara para baixo para permitir que a câmera identificasse você corretamente (ou deixar o iPhone tentar escanear seu rosto com máscara apenas para exibir a opção de senha).

A Apple não tem planos de remover seu scanner de reconhecimento facial, já que ele está vinculado a diversos aplicativos de realidade aumentada e câmera.

A empresa também está testando a ideia de remover a porta Lightning e substituí-la por carregamento sem fio, dependendo do modelo do iPhone. Tal movimento não seria totalmente inesperado, agora que o mais recente iPhone oferece a nova tecnologia de carregamento sem fio MagSafe da Apple.

E, é claro, não seria um ciclo de boatos do iPhone sem dicas sobre o que a Apple planeja fazer em relação à última tendência dos smartphones: telas dobráveis. De acordo com o mesmo relato da Bloomberg, um iPhone dobrável pode realmente se tornar realidade. A Apple supostamente desenvolveu um protótipo para testes internos com uma dobradiça invisível em vez de uma mais óbvia separando os dois lados da tela. Ainda não há informações sobre as dimensões do suposto aparelho.

Rumores anteriores sugeriam que a Apple havia desenvolvido um protótipo completo de dobrável, mas não parece ser o caso. Este rumor mais recente acompanha o último grande em setembro, segundo o qual a Apple teria encomendado amostras de telas dobráveis ​​da Samsung – que também fabrica seus próprios telefones do tipo.

Provavelmente não veremos um iPhone dobrável por algum tempo, mas um iPhone 13 com sensor de impressão digital no display pode ser lançado no fim deste ano.

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