sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Gizmodo Brasil

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Google Fotos tem novos recursos de edição de imagens, mas só para quem assina o One

Posted: 11 Feb 2021 03:21 PM PST

Google Fotos

O Google Fotos ganhou novos recursos de edição de fotos que antes eram exclusivos da linha Pixel. As novidades, porém, só estão disponíveis para quem assina o Google One.

O aplicativo ganhou os recursos Portrait Blur, Portrait Light e sugestão Dinâmica. O Portrait Blur borra o fundo do retrato para deixar com aquele ar de foto tirada com câmera profissional. O Portrait Light permite aplicar diversos efeitos de iluminação nos rostos de uma fotografia. Já a sugestão Dinâmica corrige automaticamente o brilho e as cores de uma imagem, além de sugerir novas combinações para valorizar aquele clique bonitão de paisagem com o pôr do sol ao fundo.

O Google Fotos já oferecia recursos parecidos para desfocar fundos e destacar cores, mas eles estavam limitados a fotos capturadas com profundidade, no chamado modo retrato. A novidade é que assinantes do Google One poderão usar esses novos recursos também em fotos capturadas do jeito tradicional, além de imagens escaneadas, bem como aquelas capturadas com câmeras profissionais e importadas para o app. Os recursos funcionam com qualquer smartphone Android rodando a versão 8.0 ou superior do sistema e com 3 GB de RAM ou mais.

Essas ferramentas já estavam disponíveis para a linha Pixel, da própria empresa, e continuarão disponíveis para ele mesmo sem assinatura.

Caso você não saiba, o Google One é o programa de assinatura de espaço na nuvem do Google. O plano mais barato sai por R$ 6,99 por mês ou R$ 69,99 e oferece 100 GB. Há ainda opções de 200 GB (R$ 9,99 por mês ou R$ 99,99 por ano) ou 2 TB (R$ 34,99 por mês ou R$ 349,99 por ano). O espaço é compartilhado por Fotos, Drive e Gmail. Nas contas gratuitas, o Google oferece 15 GB.

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A novidade parece ser mais uma iniciativa para empurrar seus planos pagos para usuários. No fim do ano passado, a empresa deixou de oferecer armazenamento ilimitado para backup de imagens compactadas no Google Fotos, deixando de lado uma oferta que estava em vigor desde que o app foi lançado, lá em 2015, e que era um dos principais diferenciais do serviço. Para quem está disposto a gastar um pouco mais pelo espaço de armazenamento, os novos recursos de edição são um agrado extra.

[Google, The Verge]

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Esta imagem de flor recebe 90 milhões de visitas por dia e ninguém sabe o porquê

Posted: 11 Feb 2021 02:14 PM PST

Imagem: Wikimedia Commons

Uma imagem de uma margarida roxa foi responsável por 20% do tráfego dos data centers da Wikimedia, responsável pela Wikipedia. Ela recebia mais de 90 milhões de visitas diárias. Por quê? Ninguém sabe ainda.

Chris Albon, diretor de Machine Learning da Wikimedia, chamou a atenção para o fato no Twitter, e logo surgiu a especulação de que teria relação com o banimento do TikTok na Índia.

E, de fato, um cluster de dados da Wikimedia em Cingapura indicou que os acessos à imagem começaram a subir muito mais depois que o TikTok foi banido, em julho de 2020. A principal hipótese é de que a imagem esteja relacionada a algum aplicativo indiano que tenha ganho força no lugar do TikTok.

A Wikimedia passou a investigar o que estava acontecendo e encontrou um aplicativo que estava fazendo as solicitações de acesso para as imagens. O nome do app, no entanto, ainda não foi divulgado, apesar de terem cogitado o Mitron e o Say Namaste, que são versões indianas substitutas do TikTok. Houve um acordo entre o Wikimedia e os desenvolvedores do programa, que se comprometeram o solucionar este problema com uma nova atualização.

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Casos como este lembram diversas tentativas da técnica esteganografia, que esconde um arquivo dentro do outro, de forma criptografada. Em 2011, uma montagem de fotos em que aparecia uma senhora, um prato de ervas medicinais da China e o ator Tom Cruise foi utilizada para armazenar instruções sobre uma nova versão do vírus conhecido como "Alureon", que permitia ao hacker o controle absoluto do sistema operacional do computador infectado.

[Vice]

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Google testa modo escuro em seu buscador para desktop

Posted: 11 Feb 2021 01:25 PM PST

Imagem: 9to5google

O Google está testando o modo escuro nos seus buscadores para PC, de acordo com o The Verge. Ele será útil para usuários do Windows 10 e macOS, que possuem temas em todo os sistemas compatíveis com o Chrome, Safari, Edge, entre outros. A novidade vai na aplicação integral desta função no mecanismo de pesquisa padrão, bem diferente do que estamos acostumados ao usar a janela anônima.

Como seria a tela de pesquisa do Google com esta opção. Captura de tela: 9to5google.

O 9to5google já testou duas vezes – ano passado e este – e na primeira ocasião, apresentou alguns bugs na sa aparência. Mesmo assim, ele se assemelha à versão móvel e funciona conforme o esperado, além de não ter um interruptor para desligá-lo. Como visto na imagem acima, o fundo se torna um cinza escuro com o logo da empresa em branco, diferente da atual versão multicolorida. Os ícones que representam os diferentes filtros (Todos, Imagens, Notícias, etc.) são azuis. O texto em preto agora é cinza, enquanto um tom que parece um roxo azulado é usado para nomes/links de página.

Apesar destes testes e de alguns comentários feitos por internautas, as informações sobre esta nova função ainda são incertas. Em nota ao The Verge, o Google afirma que tais mudanças são para “testar novas maneiras de melhorar a experiência para nossos usuários, mas ainda não existe específico para anunciar agora".

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O modo escuro vem sendo usado por muitas em celulares e diversas plataformas, como a rede social Twitter e até o WhatsApp, especialmente pelo bônus da economia de bateria em dispositivos com telas OLED e similares. Ele também pode contribuir com pessoas que sofrem de fotofobia, que causa enxaqueca por conta da sensibilidade à exposição de luzes brilhantes.

A Microsoft também entrou na brincadeira e está testando no Word, como afirma a gerente de programa da equipe. “Conforme registramos longas horas com nossas telas, torna-se cada vez mais importante reduzir o cansaço visual. Portanto, estendemos o tema Black Office para incluir também a tela do seu documento. Este tem sido um recurso muito solicitado e estamos ansiosos para que isso aconteça”.

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Emissões de substância química que ameaça a camada de ozônio voltam a cair

Posted: 11 Feb 2021 12:53 PM PST

Um novo estudo revelou que, após um aumento misterioso na década de 2010, um produto químico destruidor da camada de ozônio está mais uma vez em declínio. É uma rara notícia boa, mostrando que pesquisas anteriores que acompanharam o aumento provavelmente tiveram um impacto.

O artigo, publicado na revista Nature nesta quarta-feira (10), foca no CFC-11, uma substância química que esgota o ozônio e aquece o planeta. Ele mostra que depois de um pico de meia década em que a poluição por CFC-11 aumentou, a produção mundial do composto caiu em 2019 para níveis próximos à média observada entre 2008 e 2012.

Essa é uma ótima notícia para o buraco na camada de ozônio e as temperaturas globais. O CFC-11 é um tipo de clorofluorocarbono, uma classe de gases que já foi amplamente utilizada para refrigeração e ar condicionado e como solventes químicos. Mas o uso desses produtos químicos reduziu a camada de ozônio que protege a Terra dos nocivos raios ultravioleta do sol, além de serem gases de efeito estufa muito potentes. (O CFC-11 tem, especificamente, 5.000 vezes o potencial de aquecimento global do carbono no curto prazo.)

Em 1987, os líderes mundiais se reuniram para assinar o Protocolo de Montreal, um acordo para reduzir o uso de CFC. O tratado funcionou – uma vez que os líderes prometeram parar de usar CFCs, os fabricantes pararam de usá-los principalmente na produção e o ozônio está se recuperando. Mas, há alguns anos, os cientistas descobriram que, entre 2013 e 2018, as emissões de um tipo de CFC, o CFC-11, aumentaram, apesar dos relatórios globais de produção quase zero desde 2010. Isso sugere que as emissões de uma fonte não relatada estavam aumentando.

"Não sabemos ao certo o que causou o aumento das emissões de CFC-11 após 2013, mas muitos especialistas acreditam que foi provavelmente devido à nova produção de CFC-11 para fazer nova espuma [de isolamento] após a eliminação gradual obrigatória da produção de CFC em 2010 pelo Protocolo de Montreal", disse Stephen Montzka, cientista atmosférico da National Oceanic and Atmospheric Administration com sede em Boulder, Colorado, que liderou o estudo, por e-mail.

Para determinar como o progresso na eliminação do CFC-11 está indo desde então, Montzka e seus coautores analisaram dados dos laboratórios de monitoramento da NOAA, que medem as concentrações de CFC coletando amostras de ar de 13 locais ao redor do mundo usando frascos.

"Os frascos são enviados de volta ao meu laboratório em Boulder e analisados ​​em instrumentação de laboratório customizada para determinar a concentração de CFC-11 e outros gases", disse Montzka.

Os autores descobriram que os níveis atmosféricos de CFC-11 estão diminuindo novamente. Especificamente, eles descobriram que em 2019, o mundo emitiu 57.320 toneladas do gás nos Estados Unidos em 2019, o que é quase 20.000 toneladas a menos que a produção de 2018. Simplificando, estamos de volta aos trilhos.

Outro novo estudo publicado na mesma edição da Nature analisou os mesmos dados dos locais de monitoramento da NOAA e descobriu que cerca de 60% dessa redução foi o resultado de cortes de emissões especificamente no leste da China – provavelmente devido a repressões locais nas fábricas em meados de 2019.

"Foi relatado que as autoridades chinesas reagiram, apreendendo CFCs, prendendo e destruindo instalações de produção", escreveu por e-mail Luke Western, cientista atmosférico da Universidade de Bristol e principal autor do segundo estudo.

Essas repressões vieram em resposta à pesquisa de 2019 também liderada por Western que mostrou que entre 40% e 60% do aumento inesperado nas emissões na década de 2010 foi causado provavelmente pelo uso ilícito de CFC-11 em fábricas na província costeira de Shandong e na província do interior de Hebei, que produziam espuma para geladeiras e isolamento de edifícios.

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Para ver se essas ações fizeram alguma diferença, os pesquisadores examinaram especificamente os dados sobre as concentrações de CFC-11 de duas estações de medição no Leste Asiático. Usando modelos de computador que simulam os padrões de transmissão atmosférica de gases, eles foram capazes de determinar onde exatamente as emissões estavam ocorrendo. Eles determinaram que, no leste da China, a produção de CFC-11 em 2019 era cerca de 10.000 toneladas menos do que em 2018, o que significa que praticamente toda a nova poluição ilícita da região foi eliminada.

Os pesquisadores ainda não sabem de onde vieram os 40% restantes ou mais do misterioso aumento nas emissões de CFC-11 entre 2013 e 2018, mas, felizmente, parece que também foi eliminado entre 2018 e 2019. Western disse que pesquisas futuras podem ajudá-los a determinar o culpado, mas que sua prioridade – e a prioridade dos signatários do Protocolo de Montreal – é localizar a fonte de todas as emissões de CFC restantes para erradicá-las.

"O foco principal é expandir a cobertura de medição atual para garantir que quaisquer desafios futuros possam ser resolvidos", disse Western.

Montzka disse que o fim rápido das emissões de CFC-11 “garantirá que a camada de ozônio se recupere o mais rápido possível”. Isso é importante, pois a camada bloqueia a radiação ultravioleta prejudicial que pode afetar a vida das plantas e animais, além de causar queimaduras de sol e doenças oculares em humanos. Menos CFC-11 também significa menos aquecimento.

Mas, ao mesmo tempo, Montzka observou que o composto não é o principal contribuinte para a crise climática – embora seja potente, as emissões estão longe da escala de outros gases de efeito estufa, como dióxido de carbono, metano e óxido nitroso. Também precisamos reduzir as emissões de outros gases de efeito estufa, incluindo aqueles emitidos por substitutos de produtos químicos que destroem a camada de ozônio, para garantir um futuro habitável.

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Facebook já desenvolve clone do Clubhouse e não choca ninguém

Posted: 11 Feb 2021 10:40 AM PST

Imagem: William Krause (Unsplash)

Confesso que escrevo esta notícia sem um pingo de surpresa, mas vamos lá: o Facebook, assim como fez com as funções do Snapchat e TikTok no Instagram, estaria desenvolvendo uma plataforma concorrente ao Clubhouse, a rede social de mensagens de áudio que é a queridinha do momento entre muitos usuários.

Duas fontes familiarizadas com o assunto disseram ao jornal The New York Times que o Facebook gostou da ideia do aplicativo e que já teria solicitado aos funcionários uma ferramenta similar. Só que o lançamento desse novo serviço (ou recurso) ainda deve demorar um tempo para acontecer, já que a ideia estaria em fase inicial de desenvolvimento — mais uma prova que o projeto quer aproveitar a popularidade do Clubhouse.

O jornal não cita se foi Mark Zuckerberg quem deu o pontapé inicial na criação desse novo produto. Mas o próprio CEO já aderiu ao Clubhouse e até participou de conversas sobre realidade aumentada e virtual. Logo, não é estranho imaginar que o executivo queira implementar uma opção idêntica ao rival dentro do Facebook.

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E esse seria um diferencial em comparação ao Clubhouse. Além de ter milhões de usuários a mais, o Facebook pode ser acessado em múltiplos dispositivos e sistemas operacionais. O Clubhouse, em contrapartida, só está disponível para iOS e mediante convite de quem já participa do serviço. Além disso, o Facebook pode explorar a possível nova funcionalidade com outros apps que ficam sob o guarda-chuva da empresa, como o Instagram, Messenger e WhatsApp.

Menos surpreendente ainda seria se o Clubhouse fosse adquirido pelo Facebook, que tem o histórico de comprar concorrentes — como foi o caso do Instagram e do WhatsApp.

[The New York Times]

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Megavazamento de dados de janeiro expôs mais de 500 mil celulares corporativos

Posted: 11 Feb 2021 09:01 AM PST

Celular. Imagem: freestock (Unsplash)

Lembra do megavazamento de dados noticiado no final de janeiro e que colocou dados de 223 milhões de brasileiros (vivos e mortos) na internet? Pois bem, eis que, nesse bolo de informações, estão mais de 500 mil celulares corporativos pertencentes a 40 milhões de CNPJs que estavam no arquivo vazado. E os números ainda circulam livremente em fóruns da web para quem quiser ver.

Essa é a constatação de uma análise da empresa de segurança Syhunt a pedido do Estadão. De acordo com o relatório, dos 40 milhões de CNPJs listados, 28 milhões incluem números de celulares corporativos dos funcionários. Estima-se que o hacker tenha em mãos um arquivo de 200 GB de informações referentes a pessoas jurídicas.

Vale destacar que essa base é diferente da divulgada pela PSafe em outro megavazamento com mais de 100 milhões de telefones na última quarta-feira (12)

Os dados hackeados fazem parte de um pacote com 17 categorias que atingem somente pessoas jurídicas. Ao analisar a parte referente aos números telefônicos – todos vinculados aos CNPJs de empresas -, foram identificados 532.696 celulares corporativos, dos quais 366.770 são números da operadora Vivo, 12.123 da TIM e o restante sem classificação. Para efeito de comparação, o hacker também possui um pacote com dados de pessoas físicas e, apesar do número de categorias ser maior (37 no total), o número de celulares é bem inferior (6.945).

A Syhunt acredita que esse compilado de dados sensíveis não diz respeito apenas ao megavazamento de janeiro, mas sim um compilado de vários outros casos de exposição. Um fato isolado reforça essa teoria: algumas informações datam de 2019, mesmo ano em que uma falha no site da Vivo expôs dados de 24 milhões de clientes. Isso talvez explique o motivo da operadora responder por mais da metade dos números corporativos vazados.

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Além disso, os celulares corporativos estão registrados em pelo menos 11 estados brasileiros. O Paraná foi o mais atingido, com 205.640 números, seguido por São Paulo (202.829), Minas Gerais (19.801), Rio Grande do Sul (17.802), Rio de Janeiro (14.721), Distrito Federal (6.513), Santa Catarina (5.134), Espírito Santo (4.080), Mato Grosso (836) e Tocantins (439). O DDD 11, atribuído à cidade de São Paulo, foi o que mais teve números vazados (179.172). A região Nordeste é a única que aparentemente passou ilesa pelo vazamento.

Em comunicado ao Estadão, a Vivo diz que "reitera a transparência na relação com os seus clientes e ressalta que não teve incidente de vazamento de dados", além de destacar que “possui os mais rígidos controles nos acessos aos dados dos seus consumidores e no combate à práticas que possam ameaçar a sua privacidade".

A TIM, por sua vez, afirmou que “não sofreu nenhum ataque ou vazamento que colocasse em vulnerabilidade os dados de clientes e ou dados próprios", reforçando que preza “pela segurança de dados, com as melhores práticas em cibersegurança".

[Estadão]

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HBO Max chega ao Brasil em junho

Posted: 11 Feb 2021 08:22 AM PST

Divulgação

A WarnerMedia confirmou nesta quinta-feira (11) que o serviço de streaming HBO Max será lançado no Brasil. Embora não tenha cravado uma data específica, a plataforma estará disponível a partir de junho deste ano. Outros países da América Latina também receberão a novidade ainda este ano. Preços e pacotes de assinatura também não foram revelados.

Entre os canais confirmados estão Cartoon Network e Looney Tunes Cartoons, além de conteúdos da HBO, Warner Bros, New Line, DC, CNN, TNT, TBS, truTV e Adult Swim. Haverá ainda uma gama de conteúdos originais sob a marca Max Originals, que são produções feitas exclusivamente para a plataforma. Das que já temos conhecimento estão o especial não-roteirizado de Friends e um especial da série Um Maluco no Pedaço – ambas com a participação do elenco original de cada atração.

Filmes lançados simultaneamente nos cinemas e no streaming, como já vem acontecendo nos EUA desde Mulher-Maravilha 1984, também devem estar presentes no modelo nacional do serviço. Além disso, do mesmo jeito que aconteceu quando a Disney lançou o Disney+, é possível que filmes e séries do grupo WarnerMedia que hoje estão em plataformas concorrentes (Netflix, Amazon Prime), sejam disponibilizados somente no HBO Max.

De acordo com o anúncio, o HBO Max poderá ser adquirido em diferentes modalidades de assinatura e funcionará em múltiplos dispositivos, como smartphones, tablets, Smart TVs e outros gadgets de entretenimento. Mais detalhes serão revelados nos próximos meses.

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“Estamos muito entusiasmados com o lançamento da HBO Max na América Latina e no Caribe. Este é o primeiro passo para levar nossos serviços para consumidores fora dos Estados Unidos e para o mundo todo. Combinando a HBO com o melhor do catálogo de séries e filmes da WarnerMedia, bem como com produções locais dos principais criadores da América Latina, a HBO Max oferecerá aos fãs da região uma experiência de entretenimento rica e inesquecível", destacou Johannes Larcher, líder da HBO Max International.

Usuários que já forem assinantes da plataforma HBO Go poderão acessar ao HBO Max gratuitamente – essa foi a mesma estratégia quando o serviço mais recente foi lançado em outros países. Não está claro se essa medida valerá também para quem tem o serviço através da TV a cabo, mas é provável que haja sim uma parceria junto às operadoras de televisão por assinatura. A longo prazo, o HBO Go será descontinuado.

Atualmente, a assinatura individual do HBO Go custa R$ 34,90 no Brasil.

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Porcos conseguem jogar videogame e isso muda tudo o que sabemos sobre inteligência animal

Posted: 11 Feb 2021 08:06 AM PST

Pesquisas colocando porcos em tarefas computadorizadas não são novas — começaram lá na década de 1990. E, embora os resultados desses estudos tenham recebido cobertura ocasional da imprensa ao longo dos anos, nenhuma pesquisa revisada por pares sobre os experimentos tinha sido publicada até hoje. Isso mudou graças a um novo estudo, divulgado no jornal Frontiers in Psychology: os cientistas descobriram que, apesar das restrições visuais dos animais, os porcos foram capazes de entender e atingir objetivos em jogos simples.

"O que eles conseguiram fazer é ter um desempenho bem acima das chances de atingir esses alvos. Contudo, está muito claro que eles tinham algum entendimento conceitual do que estavam sendo solicitados a fazer", disse por telefone Candace Croney, diretora do Centro de Ciência do Bem-Estar Animal da Universidade de Purdue, nos EUA, e principal autora do artigo.

A pesquisa publicada é fruto de cerca de 20 anos de trabalho, que começou quando Croney ainda era uma estudante trabalhando com o pesquisador de porcos Stanley Curtis. O projeto seguiu Hamlet e Omelete, dois porcos machos da raça Yorkshire, e Ebony e Ivory, dois mini porcos Panepinto, enquanto tentavam mover um cursor para uma área iluminada na tela do computador.

A pesquisadora Candace Croney com o porco Omelet, em 1997. Imagem: Eston Martz/Pennsylvania State University

O estímulo para que os animais continuassem é o mesmo usado para ensinar comandos aos cachorros: usando doces (no caso dos porcos) como recompensa. Através desses estímulos, os porcos eram condicionados a mover um controle usando seus focinhos e bocas enquanto assistiam o jogo na tela do computador. O objetivo era fazer com que os porcos usassem o joystick para mover um cursor na tela até colidir com uma parede e finalizar o jogo.

Todos os quatro porcos tinham visão de longo prazo e, por esse motivo, as telas tiveram que ser colocadas a uma distância ideal para que os porcos conseguissem visualizar os alvos. Havia limitações adicionais para os porcos Yorkshire, já que os animais dessa raça são mais pesados e ​​não conseguiam ficar em pé por muito tempo.

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Os porcos ainda aprenderam uma série de comandos para facilitar suas vidas, incluindo instruções semelhantes ao que você ensina a um cachorro – sentar, vir até o dono, esperar -, bem como buscar seus brinquedos quando o trabalho de jogar videogame acabasse.

"Apesar de algumas limitações físicas, os porcos entenderam claramente a conexão entre o próprio comportamento, o joystick e o que estava acontecendo na tela, tornando esta uma prova de sua flexibilidade cognitiva", conta a neurocientista Lori Marino, que não está afiliada ao estudo recente. Marino, que dirige o Projeto Santuário de Baleias, há anos estuda a cognição, inteligência e autoconsciência dos mamíferos, inclusive em porcos.

"O que torna essas descobertas ainda mais importantes é que os porcos neste estudo demonstraram reconhecer que estavam recebendo ordens", acrescentou Marino.

O porquinho Ebony brincando com o joystick. Imagem: Candace Croney

Quando a pesquisa foi concluída, os porcos Hamlet e Omelete foram adotados pelos donos de uma pousada, onde viveram suas vidas em uma fazenda. Ebony e Ivory, por sua vez, foram levados para um zoológico infantil. Croney disse que, mesmo tendo se passado anos após os experimentos, ela foi visitar Hamlet, que ouviu sua voz e "veio galopando" pelo pasto para dizer olá.

Os suínos podem não ter os dedos hábeis de um primata ou a aparência de um cachorrinho. No entanto, cognitivamente falando, competem quase de igual para igual com essas espécies.

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SpaceX vai lançar os primeiros elementos da estação espacial da Nasa que vai orbitar a Lua

Posted: 11 Feb 2021 06:26 AM PST

A Nasa escolheu a SpaceX na quarta-feira (10) para entregar os dois primeiros segmentos da estação espacial que vai orbitar a Lua, o Lunar Gateway. Esse é o segundo contrato de alto nível que a agência governamental concedeu ao fabricante aeroespacial privado nesta semana.

Durante o voo recém-anunciado, que está programado para ocorrer “não antes de” maio de 2024, um foguete SpaceX Falcon Heavy lançará os primeiros dois elementos do posto avançado planejado como uma carga útil integrada que incluirá o elemento de energia e propulsão do Gateway (PPE) e seu Posto Avançado de Habitação e Logística (HALO).

A estação espacial Gateway, que terá cerca de um sexto do tamanho da Estação Espacial Internacional (ISS), está sendo planejada como uma extensão do programa Artemis da Nasa, que visa "apoiar investigações de pesquisa, tripulação e expedições à superfície lunar".

Apesar de a Nasa ter planejado originalmente lançar os segmentos PPE e HALO separadamente no topo de dois foguetes distintos, o inspetor geral da agência escreveu em um relatório divulgado no ano passado que havia decidido lançar os dois segmentos juntos em um esforço para cortar custos.

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Embora inicialmente houvesse uma preocupação de que a carga combinada pudesse ser muito pesada para os foguetes disponíveis comercialmente, uma porta-voz da Nasa confirmou ao The Verge que o Falcon Heavy havia atendido a todos os requisitos de desempenho da agência.

A missão está programada para custar à Nasa US$ 331,8 milhões – mais de três vezes o preço de um contrato separado que a agência concedeu à SpaceX no início desta semana para lançar sua missão astrofísica SPHEREx.

Assim que o Gateway for estabelecido, um módulo de serviço com elementos essenciais de suporte à vida – incluindo oxigênio, água, eletricidade e controles de temperatura – será lançado durante o segundo voo planejado da NASA de seu novo mega foguete, o Space Launch System (SLS). Essa missão, conhecida como Artemis 2, será a primeira missão tripulada entre os programas Artemis.

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Como proteger seus dados e o que dá para fazer quando eles vazam

Posted: 11 Feb 2021 05:24 AM PST

O megavazamento de dados que expôs as informações de 223 milhões de CPFs deixou muita gente assustada e com medo. Ele não foi o primeiro e não será o último do tipo. Na última quarta-feira, por exemplo, vazaram mais de 100 milhões de contas telefônicas. Com tantos vazamentos, é comum se sentir de mãos atadas. Mas, você pode fazer algo para minimizar os danos e evitar problemas futuros. Como? Com as dicas abaixo, de especialistas ouvidos pelo Gizmodo Brasil.

Como (tentar) proteger melhor seus dados

Ative a autenticação em dois fatores

Com ela, não basta um atacante ter somente o usuário e a senha — é preciso um código ou uma autorização para liberar o acesso. Bruno Telles, COO da plataforma de caça de vulnerabilidades BugHunt, destaca que e-mails e contas de serviços financeiros deve estar protegidos com o recurso.

Algumas plataformas oferecem mais de uma opção para a autenticação em dois fatores, como aplicativos de tokens, chaves físicas, autorizações em dispositivos conhecidos e confirmação por SMS. Telles comenta que esta última opção é a menos segura de todas, mas ainda é melhor do que não ter nenhuma proteção extra.

Não use a mesma senha em todo lugar

“Se suas credenciais vazam, podem tentar usar em outro lugar”, explica Telles. Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, diz que mesmo que um vazamento não inclua senhas, outros dados pessoais podem ser usados nos chamados ataques de força bruta: como muita gente usa nomes de familiares, datas de nascimento e números de telefone como senhas, essas informações podem ser usadas para tentar adivinhar as senhas e invadir as contas.

Telles diz que, como hoje todo mundo tem muitas contas online, a melhor solução é um cofre de senhas para armazenar tudo com segurança. Isso, porém, não basta: é preciso trocá-las periodicamente. Ele sugere que o usuário desenvolva esse hábito e troque suas senhas a cada três meses.

Seja discreto

Assolini recomenda ainda rever atitudes como dar o CPF em lojas para ter descontos em compras ou preencher cadastros que pedem muitas informações pessoais para consultas básicas. “Precisamos nos educar para sermos mais rigorosos com o compartilhamento das informações.”

O especialista também alerta para o compartilhamento de informações pessoais em redes sociais. “Quando você divide informações demais com pessoas das quais você não tem o controle, você oferece munições para que o cibercrime aja contra você”, explica o especialista em segurança.

Ele menciona golpes de clonagem de WhatsApp que usavam informações compartilhadas pelas próprias vítimas nas redes sociais para dar mais veracidade aos relatos. “Um controle sobre as funções de privacidade das suas redes, e até um questionamento sobre o conteúdo que publica, tudo isso é fundamental para uma vida segura na internet”, recomenda.

Telles destaca que contas de e-mail, que podem ser usadas para invadir outros serviços, e bancárias são as que merecem mais atenção na hora de se proteger. Assolini vai além e inclui nessa lista também contas corporativas, que podem servir de porta para ataques de ransomware, e redes sociais, que podem ser usadas em golpes contra outras pessoas.

Bruno Bioni, diretor-fundador da Data Privacy Brasil, também recomenda fazer um “detox” no smartphone, para desinstalar aqueles apps que foram baixados e usados apenas uma vez. “Hoje, o smartphone é uma das maiores fontes de coleta de dados”, ele explica

O que fazer quando dados vazam

O megavazamento de janeiro, aparentemente, não envolvia senhas, mas sim informações pessoais, de documentos a score de crédito. Dados desse tipo podem ser usados nos golpes que usam a chamada engenharia social. “De posse desses dados, eles tentam explorar a vulnerabilidade do ser humano”, explica Telles.

Segundo o engenheiro de software, é comum esse tipo de ataque tentar instigar a curiosidade da vítima. Por isso, é preciso prestar atenção e ter calma ao receber uma mensagem que induza a alguma ação. “Processe aquela informação, veja se ela faz sentido, cheque direto com a empresa”, aconselha. Também é importante notar que esse tipo de ataque pode acontecer por vários meios, de telefone a até mensagens diretas no Instagram.

Assolini também alerta para os boletos falsos, que podem ser criados a partir de dados obtidos de maneira não autorizada e enviados por correio ou e-mail para a vítima. “Você precisa ficar atento no momento da transação, e conferir se os dados da conta destinatária condizem com o da organização verdadeira”, recomenda o especialista em segurança. Caso haja dúvidas, é melhor entrar em contato com a empresa ou acessar o site e baixar novamente o boleto.

Com relação a outras fraudes, como contas “laranjas” e empréstimos com seus dados, Assolini recomenda o uso da ferramenta Registrato, do Banco Central. Com ela, é possível ver transações financeiras associadas ao seu CPF. “Caso alguém tenha feito alguma movimentação ilegítima, a recomendação é entrar em contato com a instituição bancária imediatamente”, diz o especialista em segurança.

Proteger os dados é um dever da empresa

A preocupação com vazamentos de dados se intensificou nas últimas semanas de janeiro, quando surgiram notícias que informações de mais de 223 milhões de brasileiros estavam sendo vendidas. Mas, como comenta Caio Telles, CEO da BugHunt, quando um vazamento vira notícia, é sinal de que ele já aconteceu há muito tempo, o que significa que os dados já podiam estar sendo usados em golpes.

E, mesmo com medidas como trocar senhas e consultar se os dados não estão sendo usados em fraudes, praticamente todos os especialistas ouvidos pela reportagem concordam: o usuário não tem muito o que fazer depois que um vazamento acontece. “Uma vez que acontece o dano, é difícil voltar ao estado anterior”, comenta Bioni.

Além disso, esse não foi o primeiro vazamento e não deve ser o último. “Considerando o cenário de hoje, é muito provável que todos já tenham tido algum tipo de dado vazado”, diz Assolini. Para Bioni, não é questão de “se” os dados vão vazar, e sim “quando” eles vão vazar. “As organizações que têm padrões de segurança mais fortes do mundo também têm incidentes de segurança de vazamentos.”

O diretor da Data Privacy Brasil destaca que a própria organização fonte dos vazamentos deve ter um plano de contingência para mitigar os danos causados aos titulares do dados, incluindo ferramentas de consulta para que eles possam saber quais foram as informações afetadas. “É como quando estoura uma barragem: o dano está feito, e a empresa precisa amparar aquelas pessoas que tiveram perdas.”

Bioni também diz que uma solução para as empresas diminuírem o risco de vazamentos é descentralizar as bases de dados em vez de concentrar todas as informações em um só banco. Assim, com bases específicas para cada produto ou serviço, no caso de uma empresa, ou para cada política pública, no caso de uma entidade estatal, caso haja alguma vulnerabilidade, o dano é menor. Essas bases podem ser interoperáveis, e cada órgão ou setor poderia acessar dados de outro quando necessário.

Até o momento, ainda não se sabe qual foi a fonte do vazamento. “Dados como esses podem vir de diferentes organizações, então, pode ser precipitado querer sugerir uma origem sem que isso tenha sido provado”, explica Assolini.

As investigações podem revelar de onde saíram os dados e como eles vazaram, mas até agosto deste ano, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados não poderá aplicar multas. “Muito provavelmente, o que a gente vai ver em violações muito robustas, talvez outros órgãos reguladores possam aplicar punições se valendo de outras legislações, como o Código de Defesa do Consumidor ou o Marco Civil da Internet”, explica Bioni.

Outro desdobramento possível é o de órgãos ligados ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, como os Procons, processarem a organização responsável pelo vazamento em nome dos direitos coletivos e difusos.

Ele também lembra que o decreto de regulamentação do Marco Civil da Internet, de 2016, “disciplina minimamente essas questões de segurança da informação e atinge uma gama de organizações enorme”.

Apesar de falarmos de punição e incidentes, Bioni ressalta que a segurança de dados é uma janela de oportunidade para as empresas. “Proteger os dados dos cidadãos é uma coisa que volta, é boa para o próprio negócio. Você tem menos dano reputacional e a sua organização vai ser olhada com esse diferencial competitivo. Isso é uma janela de oportunidade para as próprias organizações. Se eu sinto que meu dado não está sendo bem protegido, eu posso mudar para outro que tem um histórico melhor ou práticas melhores.”

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Cloreto de hidrogênio em Marte sugere reação química nunca observada antes no planeta

Posted: 11 Feb 2021 05:03 AM PST

Pela primeira vez, os cientistas encontraram cloreto de hidrogênio em Marte. A fonte deste gás incolor permanece desconhecida, mas as teorias atuais incluem a atividade vulcânica ou um ciclo químico não detectado anteriormente, ligado às épicas tempestades de poeira do Planeta Vermelho.

Uma nova pesquisa publicada na quarta-feira (10) na Science Advances é a primeira a documentar o cloreto de hidrogênio (HCl) e sua química associada ao cloro na atmosfera marciana. Esta é a primeira detecção de uma nova classe de molécula em Marte desde que o metano — uma bioassinatura potencial — foi descoberto em 2004. O cloreto de hidrogênio não está associado à vida (muito pelo contrário, na verdade), mas, como o metano, sua presença em Marte é agora uma pergunta que precisa de uma resposta.

Kevin Olsen, coautor do estudo e cientista pesquisador do Departamento de Física da Universidade de Oxford, afirma que há duas possibilidades: ou o gás está sendo produzido por atividade magmática abaixo da superfície ou por meio de complexas interações químicas envolvendo a poeira da superfície e gases atmosféricos. Qualquer que seja a explicação correta, será um resultado emocionante.

"Se houver mais evidências para o ciclo químico proposto, ligando os minerais da poeira superficial aos gases da atmosfera, esta será a primeira ligação direta conhecida entre a superfície e a atmosfera, além da formação de gelo", explicou Olsen por e-mail. "Por outro lado, se algum tipo de ventilação for determinada como sendo a fonte de HCl – como vulcões ou outra liberação de gás magmática – então esta é uma das primeiras evidências de processos geológicos ativos que foram encontrados."

A sonda InSight da NASA, por meio de sua descoberta de terremotos marcianos, já havia sugerido a presença de processos geológicos desconhecidos em Marte. A descoberta acima mencionada de metano também aponta para processos geológicos – ou possivelmente biológicos – desconhecidos. Se um ciclo químico envolvendo materiais de superfície e gases atmosféricos estiver envolvido com HCl, no entanto, isso ainda representaria uma grande vitória para a ciência e o ExoMars Trace Gas Orbiter (TCO), já que esse é precisamente o tipo de coisa que ele foi projetado para detectar.

O TCO, que foi usado para detectar HCl em Marte, é uma missão conjunta da Agência Espacial Europeia e Roscosmos da Rússia, e está em órbita ao redor de Marte desde 2016. O objetivo principal do projeto ExoMars é catalogar gases raros na baixa atmosfera de Marte – coisas como vapor d’água, dióxido de nitrogênio, acetileno e metano. A descoberta e a interação potencial desses e de outros compostos podem fornecer evidências de processos químicos não detectados anteriormente que acontecem em Marte. A descoberta relatada de HCl, portanto, representa um grande golpe para o Trace Gas Orbiter.

Os dados coletados pelo espectrômetro Atmospheric Chemistry Suite da TCO revelaram uma sequência espectral consistente com HCl. A equipe detectou “múltiplas características espectrais, um padrão de forças e posições características” que lhes permitiu “identificar o HCl inequivocamente”, disse Oleg Korablev, cientista planetário do Instituto de Pesquisa Espacial em Moscou e primeiro autor do estudo, por e-mail . "Até reconhecemos dois isótopos com diferentes pesos atômicos de Cl, 35Cl e 37Cl", acrescentou.

O HCl – um gás muito importante na atmosfera terrestre – é invisível à temperatura ambiente, mas produz gases brancos de ácido clorídrico quando em contato com o vapor de água atmosférico.

"Perto da superfície, ele é formado a partir da evaporação da água do mar e está ligado à formação de ácido, e na alta atmosfera desempenha um papel na destruição do ozônio", disse Olsen. "Ele também é emitido por vulcões, e é por isso que o procuramos em Marte – um sinal de que há atividade vulcânica ativa. Mas não achamos que os vulcões sejam a causa do que vimos. Achamos que há outra química atmosférica em jogo."

Olsen e seus colegas suspeitam disso porque o comportamento do HCl e do vapor de água parecem estar relacionados. Esse vapor de água vem da calota polar sul, que, durante o verão marciano no hemisfério sul, vaza água evaporada para a atmosfera. E, de fato, o HCl foi detectado em abril de 2019, que é o final do verão no hemisfério sul marciano.

"Nossas observações são sobre os efeitos do ciclo sazonal de congelamento-degelo das calotas polares sobre a atmosfera e o clima de Marte", disse Olsen.

É importante ressaltar que as assinaturas de HCl também foram detectadas durante uma tempestade de poeira épica que envolveu o planeta em 2018 – a mesma tempestade que acontecia uma vez em uma década que derrubou permanentemente o rover Opportunity da NASA. A tempestade de poeira global resultou em um efeito estufa temporário, puxando água de perto da superfície para altitudes mais elevadas. Essas foram as condições, "uma atmosfera quente, empoeirada e úmida", que pode ter levado à formação de HCl em Marte, disse Olsen. Mas, como os cientistas observaram durante o ano seguinte, a formação de HCl "pode ocorrer em condições de poeira regulares e sazonais", observou ele.

Ao mesmo tempo, as evidências de origem vulcânica do HCl permanecem fracas. Outros gases vulcânicos “que espera-se que sejam mais abundantes”, como o dióxido de enxofre , “não são detectados em Marte”, disse Korablev. "A distribuição de nossas detecções pelo planeta não suporta nenhuma fonte local em torno da qual o HCl se concentre", embora a sonda InSight da NASA "descobriu que a atividade sísmica em Marte é baixa". Todos esses fatos, disse ele, “estão em desacordo com a origem vulcânica do HCl”.

Estranhamente, porém, o HCl desaparece rapidamente. Foi detectado durante e após a tempestade de poeira global e também durante a estação empoeirada, mas depois ele desapareceu e os pesquisadores não sabem por quê.

"Nossa compreensão de como o HCl se comporta não explica isso", disse Olsen. "Não vai condensar e congelar como dióxido de carbono ou água, não deve quebrar tão rápido e há muita quantidade dele para se mover para algum lugar onde nossos instrumentos não possam medir. Esperamos que haja interações com poeira sólida e partículas de gelo, mas como o HCl pode ser removido da atmosfera tão rápido quanto o vemos, é um mistério ", disse ele.

O fato de o HCl existir em Marte não é uma grande surpresa, já que os percloratos (um composto de cloro diferente), encontrados em 2008, já haviam sugerido a presença desse gás. Se os pesquisadores estiverem corretos sobre uma fonte química de HCl, e se o cloro estiver circulando entre as fases mineral e gasosa, "isso terá um impacto na formação de perclorato, mas ainda não sabemos quanto", disse Olsen. Ao que ele acrescentou: "O HCl também é muito reativo e desempenha papéis importantes na atmosfera da Terra, e o estamos observando em níveis muito mais elevados do que o previsto, portanto, terá um impacto sobre como vemos e modelamos a química da atmosfera marciana".

A equipe agora está ansiosa para examinar os dados do TCO coletados durante o ano marciano seguinte, quando nenhuma tempestade de poeira global apareceu. A equipe estudará como o aparecimento e o desaparecimento do HCl estão relacionados à poeira e ao vapor atmosférico e os ingredientes potenciais envolvidos na reação gás-minerais proposta. Ao mesmo tempo, a equipe também espera "novos desenvolvimentos em modelagem química atmosférica e estudos de laboratório relacionados à química do cloro em Marte", disse Korablev.

Gostamos de pensar em Marte como a segunda melhor coisa para a Terra, mas estudos como este são um lembrete de quão inóspito e alienígena este lugar realmente é. Alguma química realmente engraçada está acontecendo lá fora, sem análogos claros para processos vistos na Terra. Marte, sem água fluindo na superfície, uma atmosfera dolorosamente fina, cheia de dióxido de carbono e temperaturas altamente flutuantes, é o lar de processos exóticos que estamos lutando para entender. Parece que não vamos morar lá tão cedo.

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Órgão dos EUA recomenda usar uma máscara de tecido e uma cirúrgica ao mesmo tempo

Posted: 11 Feb 2021 04:04 AM PST

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) divulgaram novas orientações sobre as melhores maneiras de usar máscaras para ajudar a prevenir a transmissão de Covid-19. Uma recomendação importante destaca os benefícios adicionais de usar uma máscara mais ajustada ou juntar uma máscara de tecido com uma máscara cirúrgica. Dados experimentais coletados pela agência sugerem que qualquer dessas opções deve reduzir muito o risco de transmissão entre as pessoas.

Rochelle Walensky, a recém-nomeada diretora do CDC, discutiu as novas recomendações durante uma reunião sobre coronavírus na Casa Branca na quarta-feira (10). Walensky primeiro reiterou o consenso atual de que máscaras podem ajudar a limitar a disseminação do coronavírus, desde que usadas adequadamente. Algumas máscaras protegem melhor o usuário contra infecções (máscaras N95 e KN95 em particular), mas todas limitam a transmissão de gotículas e aerossóis potencialmente infecciosos para outras pessoas. Uma nova pesquisa do CDC, no entanto, examinou a eficácia relativa de diferentes métodos usando máscaras cirúrgicas e de pano e como isso poderia ser melhorado.

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No estudo, mesmo as máscaras de pano mostraram alguma eficácia para limitar a disseminação de partículas de aerossol e gotículas na comparação com uma pessoa sem máscara. Mas as máscaras cirúrgicas com um ajuste melhor ou com uma máscara de pano por cima foram as mais eficazes para proteger o usuário e outras pessoas. Em um experimento que simulou a exposição a uma pessoa infectada, o fato de as duas (a pessoa infectada e a exposta a ela) usarem máscaras mais bem ajustadas ou de camada dupla reduziu o nível de exposição em mais de 95%, disse Walensky, em comparação com a situação em que nenhuma das duas usava máscara.

"Quero deixar claro que esses novos dados científicos divulgados hoje não alteram as recomendações específicas sobre quem deve usar uma máscara ou quando deve usá-la, mas fornecem novas informações sobre por que usar uma máscara bem ajustada é tão importante para proteger você e os outros", acrescentou ela.

O CDC agora atualizou seu site com informações para melhorar a eficácia das máscaras com base nesses novos dados. Para tornar as máscaras cirúrgicas mais ajustadas, por exemplo, o CDC recomenda primeiro dar um nó nas alças e prender a camada externa do tecido da máscara — o CDC tem um guia útil e visual que explica melhor.

Também há outros produtos, como fixadores e braçadeiras, que ajudam a ajustar a máscara. Algumas também têm uma haste fixa no nariz para melhorar a vedação. Em qualquer um dos casos, você pode conferir se o ajuste é correto se dá para sentir o ar quente sair pela parte da frente da máscara e se ela se mexe a cada inspiração e expiração.

Quanto à máscara dupla, o CDC recomenda o uso de uma máscara de tecido com várias camadas ou o uso de uma máscara de tecido sobre uma máscara cirúrgica. No entanto, o órgão não recomenda o uso de duas máscaras cirúrgicas ao mesmo tempo nem a combinação de uma N95 com qualquer outra — as N95 já dão uma proteção muito boa quando usadas corretamente.

Além de usar máscaras em lugares públicos, as recomendações continuam as mesmas: pratique o distanciamento físico sempre que possível, evite lugares fechados com muita gente e lave as mãos regularmente.

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