sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

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Facebook é acusado de inflar números de alcance de propagandas

Posted: 18 Feb 2021 04:25 PM PST

Foto de Solen Feyissa no Unsplash

Executivos sêniores do Facebook, como a COO Sheryl Sandberg, sabiam que as estatísticas de público alcançado na plataforma estavam acima da realidade, mas optaram por não corrigir os números pois isso poderia impactar de forma significativa na receita total da empresa. As informações constam em documentos de uma ação coletiva iniciada em 2018, de acordo com uma reportagem do Financial Times.

Nos documentos, é possível ver uma conversa entre o funcionário e os responsáveis pelas métricas de alcance potencial dos anúncios. Ele aponta para o uso de contas falsas e duplicadas, além do acréscimo de pessoas em determinadas regiões em que o número populacional não coincidia.

Esta não foi a primeira vez que houve este tipo de situação grave, já que em 2016, conforme relatado pelo Wall Street Journal, as estatísticas do consumo de vídeos de anunciantes foram alteradas durante dois anos, pois houve um erro no cálculo do tempo médio de visualizações. Na época, o Facebook reconheceu a falha, mas deixou uma pulga atrás da orelha sobre os procedimentos usados para lidar com os dados.

Por conta das novas diretrizes de transparência e combate a conteúdos ilícitos, como ligados a questões políticas, o seu sistema de Gerenciador de Anúncios está sendo reformulado.

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A empresa afirma que os números são apenas estimativas que podem não garantir resultados efetivos e que os anunciantes pagam somente as impressões e cliques nos anúncios. Em um comunicado enviado ao The Verge, a empresa se defende:

“Esses documentos estão sendo escolhidos a dedo para se encaixar na narrativa do autor da ação. ‘Alcance potencial’ é uma ferramenta útil de planejamento de campanha que não gera nenhuma cobrança para os anunciantes. É uma estimativa e deixamos claro como ela é calculada em nossa interface de anúncios e na Central de Ajuda.”

No entanto, o documento diz que os números de alcance são usados ​​pelos anunciantes para pôr em prática as suas estratégias de orçamento. O próprio Facebook admite isso em um documento interno, que indicava que esta métrica era a “mais importante nas interfaces de criação de anúncios”.

[Engadget]

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Mineradores de bitcoin fazem “gato” e deixam de pagar US$ 2 milhões em eletricidade na Malásia

Posted: 18 Feb 2021 02:30 PM PST

Mineradores de bitcoins da Malásia roubaram o equivalente a US$ 2 milhões em energia elétrica desde o final de 2020, diz a polícia do estado de Johor Bahru, segundo uma reportagem do Malay Mail. As autoridades apreenderam 1.746 máquinas de mineração de bitcoin esta semana e prendeu sete homens que as autoridades alegaram fazer parte de um “sindicato” do crime da atividade.

Eles teriam alterado o equipamento de monitoramento elétrico para parecer que estavam usando muito menos eletricidade.

"A polícia está conduzindo novas investigações para rastrear o cérebro do sindicato e outros membros que ainda estão foragidos", disse o chefe da polícia de Johor, Datuk Ayob Khan Mydin Pitchay, em uma entrevista coletiva na quarta-feira (17).

"Os investigadores não estão descartando a possibilidade de que o sindicato também tenha ligações com sindicatos em outros estados que realizam o mesmo modus operandi usado em suas atividades de mineração de bitcoin", disse Ayob Khan, de acordo com o Mail.

A polícia estima que eles roubaram cerca de US$ 22 milhões em eletricidade na área somente durante o ano de 2020. E embora o roubo seja obviamente um problema, ele não é o único. Se não houver uma repressão ao consumo de energia para mineração de criptomoedas, existem problemas muito reais pela frente.

A mineração de criptomoedas é um processo computacional bastante complexo que requer enormes quantidades de energia. Uma pesquisa recente estima que a mineração de bitcoin consome mais eletricidade do que a Argentina inteira. E enquanto as pessoas gastarem milhões de dólares em eletricidade — pagando por ela ou não — para produzir o que é essencialmente uma moeda virtual, o planeta inteiro sofrerá.

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Enquanto isso, milhões de pessoas no Texas estão sem luz. Os habitantes de Austin receberam recomendações para ferver água antes de consumir. Hospitais estão sendo evacuados em meio a uma crise que não tem previsão para acabar.

O futuro está aí, mas a humanidade não está pronta para ele.

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Rover Perseverance pousa com sucesso em Marte

Posted: 18 Feb 2021 01:00 PM PST

Foram sete meses de viagem e muitos dias de altas expectativas para a chegada do rover Perseverance em Marte. Agora, é oficial: o rover da Nasa conseguiu pousar com segurança no Planeta Vermelho e passa bem.

A agência espacial norte-americana começou a transmitir o evento de descida do rover por volta das 16h15 (horário de Brasília) desta quinta-feira (18). O pouso foi confirmado às 17h55, mas o evento real deve ter acontecido um pouco antes, já que os sinais de rádio levam aproximadamente 11 minutos para chegar até à Terra.

A Perseverance penetrou a atmosfera de Marte a uma velocidade de cerca de 19.500 km/h, sendo que o escudo térmico da espaçonave precisou suportar temperaturas de até 1.300 graus Celsius. Felizmente, o paraquedas de 21,5 metros também conseguiu se desenrolar sem problemas, permitindo que a rover desacelerasse abruptamente para 1.600 km/h durante o estágio de descida.

Por fim, a fase final foi o pouso na cratera Jezero. Com 45 quilômetros de largura, a cratera apresenta colinas, campos rochosos, dunas, entre outros riscos que poderiam ameaçar o sucesso da missão. Graças à ferramenta Terrain-Relative Navigation, no entanto, o rover conseguiu calcular com precisão o local exato do pouso em relação ao solo.

Já no momento de pouso, a Perseverance divulgou as primeiras imagens de Marte. Confira:

Os "sete minutos de terror" foram assim batizados devido à quantidade de coisas que poderiam dar errado durante o pouso. Afinal, cerca de 60% de todas as missões ao nosso planeta vizinho já haviam falhado.

Durante a transmissão, a equipe envolvida da Perseverance falou sobre como a rover acabou recebendo um nome tão apropriado, visto que eles tiveram que "perseverar" para continuar trabalhando na missão mesmo com a pandemia de Covid-19.

Com a mais recente conquista da Nasa, a Perseverance se tornou a quinta a chegar ao Planeta Vermelho, junto com Sojourner, Spirit, Opportunity e Curiosity. Em relação aos seus predecessores, a Perseverance recebeu alguns upgrades. Além de ser três vezes mais rápido que a Curiosity, os algoritmos do software da nova sonda também foram otimizados e ela conta com braços robóticos capazes de, não apenas manusear as amostras coletadas em Marte, como também inseri-las em tubos, selar esses tubos e armazená-los para a viagem de volta à Terra.

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De acordo com a equipe, as amostras serão deixadas pela Perseverance na superfície de Marte para que uma outra sonda da Agência Espacial Europeia (ESA) colete e transporte as rochas para a Terra por volta de 2026. Um dos principais objetivos da equipe é encontrar sinais de vida extraterrestre.

O cronograma parece longe, mas nos próximos dias, já podemos esperar uma série de atualizações e imagens fornecidas pela Perseverance. Além disso, enquanto esperamos as novidades, uma das promessas para nós aqui na Terra é de ouvirmos pela primeira vez os sons do Planeta Vermelho. Quem sabe algum dia poderemos ouvir isso ao vivo.

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Aplicativo da Apple TV chega ao Chromecast com Google TV

Posted: 18 Feb 2021 12:41 PM PST

Google Chromecast com Google TV. Crédito: Google

O aplicativo da Apple TV agora está disponível para o Chromecast com Google TV. Com isso, ficou bem mais fácil ver os filmes e as séries do Apple TV+. Além disso, o novo app promete se integrar a vários serviços do Google, como as listas do Google TV e o Google Assistente.

O anúncio já havia sido feito em dezembro do ano passado, mas agora o app chegou para valer. Com ele, é possível ver os programas do catálogo do Apple TV+, que custa R$ 9,90 por mês, e também ver títulos comprados na loja da Apple, algo que não é muito popular aqui no Brasil. Mais do que isso, os títulos do serviço aparecem na lista do Google TV e é possível fazer pedidos por voz ao Google Assistente para tocar filmes e séries.

Toda essa integração é bastante surpreendente. O Android, por exemplo, nem tem aplicativo da Apple TV. Os apps para iOS, iPadOS e macOS não oferecem a opção de transmitir as imagens para o Chromecast. O único jeito era fazer uma gambiarra pelo navegador.

Infelizmente, o Chromecast com Google TV ainda não foi lançado no Brasil de maneira oficial. O aparelho tem como grandes novidades um controle remoto e o sistema operacional Android TV, que permitem que ele funcione de maneira independente — os modelos anteriores só exibiam o que era selecionado em um smartphone ou um computador.

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Outro diferencial é o Google TV, que é uma espécie de catálogo universal de vários serviços de streaming. Quer dizer, quase universal, já que a Netflix decidiu não aderir a estes recursos. Segundo o Gizmodo US, o aplicativo da Apple TV também deve chegar em breve a smart TVs com Google TV, como modelos da Sony e da TCL.

Atualmente, o app da Apple TV já está disponível em outros aparelhos de streaming disponíveis no mercado brasileiro, como o Fire TV Stick Lite e o Roku Express — além, é claro, da própria Apple TV.

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O Gizmodo Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.

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A gigantesca cratera na Sibéria pode ter surgido graças ao aumento das temperaturas na região

Posted: 18 Feb 2021 11:42 AM PST

Pela primeira vez, geólogos usaram um drone aéreo para mapear o interior de uma cratera gigante, do tipo que apareceu com regularidade crescente na Sibéria. O modelo 3D resultante, junto com outros dados coletados durante a pesquisa, está reforçando a teoria predominante que liga esses buracos bizarros na tundra ao aumento das temperaturas.

"Ao longo dos anos, ganhamos muita experiência com drones de vigilância, mas esta pesquisa aérea subterrânea da cratera C17 foi a tarefa mais difícil que já enfrentei, tendo que me deitar na borda de uma cratera de 10 andares de profundidade e balançar meus braços para controlar o drone", disse Igor Bogoyavlensky, geólogo do Instituto de Pesquisa de Petróleo e Gás da Academia Russa de Ciências, em um comunicado.

Bogoyavlensky disse que esteve perto de perder o drone em três ocasiões, mas “conseguiu obter os dados para o modelo 3D”, cujos detalhes foram publicados na revista Geosciences.

Uma foto da cratera C17 no dia em que foi descoberta, 16 de julho de 2020. Imagem: Andrey Umnikov

Andrey Umnikov, coautor do estudo e diretor do Centro Russo de Desenvolvimento do Ártico, foi o primeiro a localizar o C17 de um helicóptero em julho de 2020. O buraco de 30 metros de profundidade está localizado na Península Yamal, no noroeste da Sibéria, e está situado perto de três outras crateras, incluindo a cratera Yamal, cujo aparecimento repentino alertou o mundo para este estranho fenômeno em 2014. O buraco que os pesquisadores estudam surgiu no ano passado em meio a um calor recorde na região.

A teoria por trás dessas crateras, das quais 20 são conhecidas, é que elas são o resultado do derretimento do permafrost (também chamado de pergelissolo). Conforme o Ártico se aquece, o gás, principalmente o metano, se acumula dentro das cavidades localizadas na camada superior do permafrost. Eventualmente, o solo não é mais capaz de conter essa pressão e emite um poderoso arroto na forma de uma explosão de gás, jogando fora o material (ejetado) e formando uma cratera, conforme visto nas imagens. Os orifícios de explosão não duram muito, pois rapidamente se enchem de água e se transformam em lagos.

Fotos do interior da cratera tiradas da superfície. Imagem: V. Bogoyavlensky et al., 2021/Geociências

Daí a urgência de se organizar uma expedição para estudar detalhadamente o C17 o mais rápido possível após sua descoberta. A equipe, que incluía especialistas do Instituto de Ciência e Tecnologia Skolkovo, visitou o buraco em 26 de agosto de 2020 – aproximadamente 40 dias depois de ter sido localizado pela primeira vez.

Ao chegar, a equipe percebeu que o buraco havia aumentado ligeiramente de tamanho, resultado do derretimento e colapso da rocha. As medições mostraram que a profundidade da cratera não era uniforme, variando entre 29 a 33 metros.

Uma visão da cratera diretamente de cima, conforme capturada pelo drone aéreo. Imagem: V. Bogoyavlensky et al., 2021/Geociências

"A nova cratera é impressionante em seu estado ideal de preservação, principalmente o topo em forma de cone de onde o material ejetado foi lançado, as partes externas do monte que precipitou a cratera, as paredes da própria cratera que estão incrivelmente bem preservadas e, é claro, a cavidade de gás no fundo de gelo da cratera", disse Evgeny Chuvilin, coautor do estudo e cientista do Skoltech Center for Hydrocarbon Recovery.

Pedaços de material ejetado foram vistos a até 220 metros da cratera, destacando a força da explosão.

É importante ressaltar que a equipe chegou a tempo de encontrar o buraco em "estado quase puro" e "sem água para enchê-lo", disse o coautor do estudo, Vasily Bogoyavlensky. Ao mesmo tempo, a cúpula gelada permaneceu praticamente intacta. Antes da explosão, a cavidade continha uma cúpula circular com fundo elíptico, explicou Bogoyavlensky, ao qual acrescentou: "Pelo que sabemos, podemos dizer que a cratera C17 está ligada a…falha profunda [tectônica] e um fluxo anômalo de calor terrestre."

O fundo da cratera, conforme capturado pelo drone. Imagem: V. Bogoyavlensky et al., 2021/Geociências

Igor Bogoyavlensky pilotou o drone aéreo, marcando a primeira vez que um drone foi usado para estudar uma cratera do tipo. Foi também a primeira oportunidade para os cientistas estudarem uma cratera relativamente nova que não entrou em colapso ou se encheu de água. (Cientistas já escalaram dentro dessas coisas antes, mas só depois de estarem cheias de água.) O drone, que atingiu a profundidade de 15 metros, coletou dados valiosos, permitindo à equipe construir um modelo 3D do interior da cratera. Os pesquisadores também documentaram características não visíveis da superfície, como grutas e uma suspeita caverna no fundo.

De acordo com o modelo 3D, a cratera tem um diâmetro de cerca de 25 metros, enquanto a cavidade de gás na parte inferior mede entre 13 a 15 metros de largura. O pedaço gigantesco do solo de gelo na cratera mede 23 metros de espessura em alguns lugares. O volume total do espaço subterrâneo é estimado em 9.910 metros cúbicos, incluindo cerca de 7.500 metros cúbicos de gelo.

Modelo 3D construído mostrando a cratera e a cavidade subterrânea, a última das quais se estende em duas direções diferentes. Imagem: V. Bogoyavlensky et al., 2021/Geociências

A equipe também analisou dados de sensoriamento remoto coletados por helicópteros e satélites, os últimos dos quais mostraram que o buraco C17 se formou em algum momento entre 15 de maio e 9 de junho do ano passado. Uma pesquisa publicada no início deste mês usou satélites para descobrir ainda mais buracos na tundra.

Juntas, essas observações fortalecem a teoria sobre como esses buracos são criados: O acúmulo constante de gás dentro de uma cavidade subterrânea leva a pressões tremendas, resultando na formação de um “monte de elevação perene”, ou PHM, de acordo com o estudo. Se o crescimento de um PHM atingir um limite crítico, ocorre uma explosão semelhante a uma vulcânica, formando uma grande cratera.

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"A forma específica da cavidade subterrânea no gelo maciço, cuja estrutura é representada por um modelo digital 3D, é de grande importância para a confirmação factual do modelo de formação da cavidade", escreveram os autores no artigo. "Isso prova o modelo de sua formação no solo de gelo massivo, o mecanismo gás-dinâmico da formação do PHM e a poderosa explosão de gás com a destruição da parte do arco da cavidade subterrânea e do próprio PHM."

No futuro, os cientistas esperam aprender mais sobre o gás e de onde ele vem, como ele se acumula nas cavidades e como isso pode resultar em uma explosão tão poderosa. A equipe espera revisitar a cratera C17 no final deste ano para continuar a investigação deste curioso fenômeno natural com um pouco de interferência humana.

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China e Rússia vão construir base de pesquisa e lançar missões tripuladas à Lua

Posted: 18 Feb 2021 10:59 AM PST

Lua

Em um anúncio nesta quarta-feira (17), China e Rússia fecharam um acordo de cooperação para a construção de várias bases de pesquisa na Lua, criando assim uma estação lunar internacional de estudo espacial e científico.

A Estação de Pesquisa Lunar Internacional (ILRS, na sigla em inglês) vai erguer uma base robótica no pólo sul da Lua.Os primeiros investimentos serão as próximas missões da Chang'e – a Chang'e 6, 7 e 8 -, além de missões da própria Rússia, como a Luna 27. A ideia é que, no início de 2030, o projeto envolva missões robóticas de longo prazo, e mais adiante missões potencialmente de curto prazo envolvendo astronautas humanos. A expectativa é que a primeira missão tripulada na região aconteça em algum momento entre os anos de 2036 e 2045.

De acordo com a agência espacial russa Roscosmos, já foram realizados procedimentos internos para “harmonizar o Memorando de Entendimento entre o Governo da Federação Russa e o Governo da República Popular da China sobre a cooperação para criar a Estação de Pesquisa Lunar Internacional", como informa o site SpaceNews.

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Ainda não há uma data oficial para a assinatura do tratado entre os dois países. Sabe-se apenas que deverá coincidir com algum evento espacial internacional. Lembrando que, em junho, será realizada a Conferência de Exploração Espacial Global, em São Petesburgo.

A parceria entre Rússia e China também marca uma disputa geopolítica entre as agências espaciais dos dois países e a NASA. Até então conhecida pela liderança no lançamento de missões e programas espaciais, a agência estadunidense vem enfrentando forte concorrência de governos que buscam iniciativas próprias de exploração espacial. Prova disso é que apenas oito nações toparam ingressar nos Acordos Artemis, que visam levar seres humanos para a Lua na próxima década. Além disso, a Agência Espacial Europeia flerta com a possibilidade de ingressar no projeto da ILRS, o que poderia causar um desfalque nos planos futuros da NASA.

[SpaceNews]

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Google Meet ganhará transição de áudio e mais ferramentas para professores

Posted: 18 Feb 2021 10:43 AM PST

O Google Meet, ferramenta do Google para videoconferências, ganhará novidades em breve. Pensados principalmente para usuários professores que lecionam aulas e escolas, os recursos vão desde uma opção para transcrever áudios inteiros de aulas já ministradas a mais controles para os profissionais que lecionam as matérias.

Começando justamente por esse segundo tópico, os professores também ganharão mais controle sobre as salas de aula virtuais. Durante a chamada, será possível silenciar todos os participantes de uma vez; outros professores convidados poderão definir quando um estudante poderá falar, do mesmo jeito que o educador anfitrião da chamada o fará.

Ao finalizar um conteúdo, os mestres poderão encerrar a chamada para todos os alunos presentes, evitando que eles permaneçam no chat mesmo após o professor ter saído. Além disso, os alunos só poderão ingressar em uma nova conversa após o professor iniciar a videochamada.

Outra função é que os professores poderão transcrever o áudio das chamadas automaticamente para então enviar os dados para alunos que não estiveram presentes em uma aula. Os educadores terão a opção de transcrever o áudio inteiro ou apenas frações da chamada que considerarem mais importantes.

Os emojis também fazem parte do pacote de atualizações futuras do Google Meet. Durante uma aula ou palestra, os alunos poderão reagir ao conteúdo das reuniões usando carinhas engraçadas, de joinha, festa, coração e aplauso. Os emojis poderão ser acessados pelo mesmo botão para levantar a mão, usado quando alguém quer fazer alguma pergunta. E os usuários ainda poderão escolher entre seis tonalidades diferentes para atribuir à cor de pele.

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O Google ainda confirmou que alunos que fazem uso de Chromebooks ou tablets equipados com Chrome OS vão notar uma melhoria significativa na performance desses dispositivos.

Todas essas novidades são válidas tanto para a versão web do Google Meet quanto no mobile – as ferramentas de controle serão as mesmas. No entanto, o lançamento de cada uma delas será gradual, e está previsto para acontecer ao longo de todo o ano de 2021.

[Google]

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Mulheres são capazes de “ler mentes” melhor do que homens

Posted: 18 Feb 2021 10:15 AM PST

Mulheres sabem “ler pensamentos” melhor do que os homens. É o que indica pesquisa publicada no Psychological Assessment. Para chegar a tais resultados foi feito um questionário com 4 mil britânicos e estadunidenses para tentar entender como eles decifram os pensamentos alheios.

Em entrevista ao The Conversation, o Dr. Punit Shah, um dos autores do estudo e principal especialista em processamento cognitivo social do Departamento de Psicologia da Universidade de Bath, explica que é preciso sempre distinguir a leitura de mentes (pensar) da empatia (sentir).

A diferença [entre leitura de mentes e empatia] pode parecer sutil, mas é extremamente importante e envolve redes cerebrais muito diferentes. Todos nós, sem dúvida, tivemos experiências em que sentimos que não nos conectamos com outras pessoas com quem estamos falando, onde percebemos que eles não conseguiram nos entender ou onde as coisas que dissemos foram interpretadas da maneira errada. Muito de como nos comunicamos depende de nossa compreensão do que os outros estão pensando, o que torna o processo bem complexo.

Foram feitas quatro perguntas cruciais para entender o nível do quão fácil ou difícil você acha que é ver as coisas da perspectiva de outras pessoas. O teste obteve respostas confiáveis e interpretações das perguntas semelhantes entre os grupos analisados.

O fato de as mulheres desenvolveram uma melhor leitura de mente do que os homens pode estar ligado à própria criação estabelecida por nossa sociedade, que vai se adaptando a partir do lugar, cultura e contexto que estão inseridas.

No levante deste assunto, um estudo divulgado na Royal Society, propõe que nosso cérebro age como um mosaico que não deve ser determinado pelos seus aspectos biológicos (feminino ou masculino), mesmo que existam diferenças anatômicas. Depois de analisar 1.400 cérebros de homens e mulheres com idade entre 13 e 85 anos, ficou claro que são os fatores externos que determinam a dinâmica da estrutura cerebral.

Os desafios de inserir autistas socialmente

A pesquisa da Psychological Assessment  teve um olhar especial para a população dentro do espectro autista. A pontuação média deste grupo, na habilidade de ler os outro, foi 25% a menos quando comparada as pessoas não autistas. Isso não quer dizer que não exista uma participação social por parte de pessoas com autismo, mas que eles têm menos habilidades sociais.

Uma recente pesquisa mostra que vários pacientes relataram o uso de “compensações” para conseguirem se encaixar na sociedade. Estas formas de inserção são feitas por meio da replicação de movimentos, como gestos com as mãos e expressões faciais de outras pessoas.

Os estudos abrem uma discussão mais ampla para a importância do diagnóstico precoce do autismo e da importância de criar estratégias que possam minimizar as consequências das dificuldades em se comunicar.

Assim, os responsáveis pelo questionário acreditam que ele possa contribuir com a medição mais rápida da leitura de mentes por parte dos médicos, pesquisadores, empresas e até mesmo do público em geral, como adaptar a conduta de análise para pessoas que precisam de uma atenção especial ou até mesmo indicar determinadas funções para indivíduos que requerem um bom entendimento das pessoas, como cargos de liderança.

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Futuramente, também existe o plano de aplicar este questionário em inteligências artificiais para que possam ajudar nos afazeres diários.

[The Conversation]

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Facebook decide remover compartilhamento de notícias na Austrália

Posted: 18 Feb 2021 09:16 AM PST

Brendan Smialowski (Getty Images)

Autoridades da Austrália continuam insistindo em leis para forçar o Facebook a pagar sites de jornalismo pelo direito de colocar links para suas matérias. E agora a rede social fez seu contra-ataque: impediu que os usuários do país compartilhem ou vejam artigos na plataforma.

Na última quarta-feira (17), o Facebook explicou em um post que, em sua opinião, a proposta de lei da Austrália "interpreta mal a relação entre nossa plataforma e os editores que a usam para compartilhar conteúdo de notícias". A origem do mal-entendido? Os legisladores australianos acham que o Facebook não se importa com notícias publicadas diretamente no serviço.

De acordo com o comunicado, as notícias respondem por "menos de 4% do conteúdo" que as pessoas visualizam no feed do Facebook, e a lei que exige pagamentos aos editores "visa penalizar o Facebook por conteúdo que não pediu autorização" para ser publicado.

Para a companhia de Mark Zuckerberg, são os editores que deveriam ser gratos pelas “aproximadamente 5,1 bilhões de referências gratuitas” que o Facebook direcionou no ano passado — um serviço que a rede social estima “em um valor de 407 milhões de dólares australianos”.

A legislação proposta pelo governo da Austrália ainda está em processo de avaliação — em parte porque Facebook e Google estiveram em discussões diretas com autoridades nas últimas semanas. A decisão dos legisladores foi a de que ambas as empresas engoliram a receita de anúncios que teria ido para jornais e agências de notícias. Além disso, há o entendimento de que o público passou a confiar nessas plataformas como portais de notícias, e não somente como serviços ou redes sociais. A resistência do Google à legislação atraiu mais atenção pois a companhia ameaçou encerrar suas atividades na Austrália.

No entanto, o Google parece ter voltado atrás. A empresa anunciou ter feito um acordo com seu inimigo de longa data, Rupert Murdoch, garantindo ao editor do Wall Street Journal, do New York Post e outros veículos de comunicação “pagamentos significativos” pelo direito de compartilhar suas notícias. No início deste mês, o Google também fez acordos com pelo menos sete dos principais jornais da Austrália para incluir seu conteúdo na plataforma de notícias.

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É impossível dizer se é bom ou ruim o Facebook proibir o compartilhamento de conteúdo de notícias na Austrália. Tal como acontece com todas as coisas relacionadas à empresa de Zuckerberg, as consequências não intencionais são inevitáveis. É provável que a perda do Facebook como recurso de notícias incentive os usuários a sair de sua bolha e procurar notícias em outro lugar.

Mas as consequências no mundo real que se seguiram ao compartilhamento generalizado de desinformação no Facebook podem ter tornado o conteúdo de notícias menos desejável para os executivos da empresa. E agora, aparentemente, vamos ter a chance de ver como é a plataforma social sem nenhum tipo de notícia.

A Austrália tem uma população de 26 milhões de pessoas, enquanto o Facebook tem cerca de 1,85 bilhão de usuários ativos diários em todo o mundo. Lamento que os australianos tenham de ser as cobaias deste experimento, mas parece que esse vai ser o cenário de testes para descobrir quais serão os efeitos do Facebook não ter notícias no feed principal.

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App de troca de arquivos com mais de 1 bilhão de downloads tem falha grave de segurança

Posted: 18 Feb 2021 07:34 AM PST

Imagem: Sam Rutherford/Gizmodo

Um aplicativo Android usado por milhares de usuários possui falhas de segurança que permitiriam a um hacker experiente roubar dados ou até mesmo sequestrar as operações do app usando código arbitrário. A ferramenta em questão é o SHAREit, que permite compartilhar arquivos de ponto a ponto, como fotos, músicas, vídeos e GIFs.

O serviço, controlado pela desenvolvedora Smart Media4U, com sede em Cingapura, afirma ter sido baixado em mais de 1 bilhão de dispositivos. Em pouco tempo na Play Store, ele se tornou uma das plataformas mais populares para a troca de conteúdos entre smartphones Android.

Só que tanta popularidade parece ter atraído os olhares de hackers mal intencionados, que desenvolveram ataques que exploram vulnerabilidades no SHAREit. Uma delas, segundo um novo relatório da empresa de segurança Trend Micro, é relacionada a como o app compartilha informações e permissões com outros serviços.

Captura de tela: Lucas Ropek: Google Play Store/SHAREit

Essencialmente, o SHAREit é configurado para abrir as portas para outros aplicativos quando se trata de troca de dados por meio de sua interface de provedor de conteúdo. De acordo com os pesquisadores, essas vulnerabilidades podem permitir que qualquer pessoa “obtenha acesso temporário de leitura ou gravação aos dados do provedor de conteúdo [do aplicativo]”. Na prática, como observa o ZDNet, isso permitiria um sequestro da ferramenta para executar “código personalizado, sobrescrever os arquivos locais do aplicativo ou instalar plataformas de terceiros sem o conhecimento do usuário”.

Os pesquisadores da Trend Micro descobriram essa vulnerabilidade testando eles mesmos a brecha de segurança. Ao manipular como os aplicativos no ecossistema Android se comunicam, eles verificaram que o SHAREit compartilhava muitas informações, revelando as “atividades arbitrárias de um usuário, incluindo ações internas (não públicas) e externas”. De várias maneiras, essas falhas de segurança podem ser “exploradas para vazar dados confidenciais de um usuário e executar código arbitrário com permissões do SHAREit".

O detalhe que mais chama atenção é o fato de que a Trend Micro diz ter compartilhado esses problemas de segurança com a Smart Media4U há cerca de três meses, e que a empresa, aparentemente, não fez nada a respeito. O relatório conclui:

Relatamos essas vulnerabilidades ao fornecedor, que ainda não nos respondeu. Decidimos divulgar nossa pesquisa três meses após esse relato, pois muitos usuários podem ser afetados por este ataque, uma vez que o invasor pode roubar dados confidenciais e fazer qualquer coisa com a permissão dos aplicativos.

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Essa não é a primeira vez que o SHAREit é sinalizado como um risco à segurança. O app foi colocado em uma lista cinza pelos EUA em janeiro, quando uma ordem executiva redigida da Casa Branca, época em que Donald Trump ainda era presidente, listou o serviço como um dos aplicativos “conectados aos chineses” dos quais os americanos deveriam ficar longe por medo de onde seus dados poderiam ser destinados.

A maior parte dos usuários do SHAREit está espalhada no Oriente Médio, África e Ásia. Na Índia, a ferramenta foi banida recentemente devido a questões de compartilhamento de dados sensíveis que poderiam estar circulando entre integrantes do serviço militar.

Entramos em contato com a Smart Media4U, mas a companhia ainda não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, se você baixou o aplicativo e o está usando por algum motivo, talvez seja melhor repensar essa decisão.

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Já existe um malware atacando processadores M1 da Apple

Posted: 18 Feb 2021 06:39 AM PST

Agora que a Apple iniciou oficialmente a transição para o Apple Silicon, o malware também fez o mesmo.

O pesquisador de segurança Patrick Wardle publicou um post em um blog detalhando que ele encontrou um programa malicioso chamado GoSearch22, uma extensão do navegador Safari que foi retrabalhada para o processador M1 da Apple. (A extensão é uma variante da família de adware Pirrit, já conhecida em Macs.) Enquanto isso, uma reportagem da Wired também cita que outros pesquisadores de segurança encontraram outras instâncias distintas de malware M1 nativo a partir das descobertas de Wardle.

O malware GoSearch22 foi assinado com uma ID de desenvolvedor da Apple em 23 de novembro de 2020 — não muito depois que os primeiros laptops M1 foram revelados. Ter um ID de desenvolvedor significa que um usuário baixando o malware não acionaria o Gatekeeper no macOS, que notifica os usuários quando um aplicativo que estão prestes a baixar é suspeito.

Os desenvolvedores podem dar um passo adicional ao enviar aplicativos à Apple para serem autenticados para confirmação extra. No entanto, Wardle observa em seu artigo que não está claro se a Apple registrou o código, já que o certificado para o GoSearch22 já foi revogado. Infelizmente, ele também escreve que, como esse malware foi detectado solto por aí, independentemente de a Apple tê-lo registrado ou não, "usuários do macOS foram infectados".

O próprio programa parece se comportar de maneira semelhante ao seu adware padrão. Por exemplo, se você estiver infectado, estará sujeito a ver coisas como cupons, banners, anúncios pop-up, pesquisas e outros tipos de anúncios que promovem sites obscuros e downloads. Esses tipos de malware também tendem a coletar seus dados de navegação, como endereços IP, sites que você visitou, consultas de pesquisa, etc.

Isso era de se esperar, e não, se você tem um computador que roda o M1, não precisa entrar em pânico ainda. Para ajudar um pouco, o problema com o processador M1 é que a arquitetura do chip é baseada em ARM, enquanto anteriormente a Apple confiava na arquitetura Intel x86. Ao fazer a mudança, a Apple prometeu desempenho super rápido e segurança integrada. E apesar de termos comprovado que os chips M1 entregam resultados impressionantes em nossos testes de benchmark, também está claro que o chip é prejudicado por compatibilidade limitada de software.

A maioria dos aplicativos disponíveis agora não foi desenvolvida para rodar nativamente no M1 e requer o Rosetta 2 da Apple, que converte automaticamente software escrito para chips Intel em algo que o M1 pode entender. Para obter o melhor desempenho que a Apple prometeu, o software precisa ser otimizado para o chip M1. É por isso que os desenvolvedores estão trabalhando na criação de versões M1 nativas de seu software. Naturalmente, os desenvolvedores de malware também desejam que seu software opere em capacidade máxima em dispositivos M1.

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A boa notícia é que os pesquisadores e as empresas de segurança também estão trabalhando para desenvolver métodos de detecção de malware M1. De acordo com a Wired, no entanto, haverá um pouco de atraso nas taxas de detecção ao tentar encontrar novos tipos de malware. Dado esse atraso inevitável, é preocupante que os desenvolvedores tenham conseguido fazer uma transição tão rápida da Intel para a Apple Silicon.

Até agora, as instâncias nativas de malware M1 que foram encontradas não são ameaças significativas. Mas! O M1 existe há apenas alguns meses e é provável que mais tipos de variantes maliciosas estejam a caminho. Claro, eventualmente, as empresas de segurança irão se atualizar e atualizar as ferramentas de detecção para manter os consumidores seguros. Mas, enquanto isso, se você tem um laptop com motor M1, é uma boa ideia reforçar sua segurança e pensar duas vezes antes de clicar em alguma coisa.

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Como acompanhar ao vivo a chegada do rover Perseverance a Marte

Posted: 18 Feb 2021 04:39 AM PST

Depois de uma viagem de sete meses com destino ao Planeta Vermelho, o rover Perseverance está finalmente pronto para pousar em Marte. E para acompanhar a histórica descida, você pode assistir aos temidos “sete minutos de terror” ao vivo aqui.

"Nenhum pouso em Marte é garantido, mas estamos nos preparando há uma década para colocar as rodas deste rover na superfície do planeta e começar a trabalhar", disse Jennifer Trosper, vice-gerente de projeto da missão Marte 2020 no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, em um comunicado.

O espaço é bastante complicado. Marte, batizado em homenagem ao deus romano da guerra, sempre representa um desafio a seus visitantes. Aproximadamente 60% de todas as missões ao planeta falharam, então é possível imaginar como esta é uma tarefa complexa. A próxima tentativa não será exceção. A Nasa descreve o pouso desta quinta-feira como o mais preciso até agora. O rover terá de contar com ajudas de navegação não comprovadas para tentar evitar perigos como campos rochosos, colinas e paredes íngremes da cratera de Jezero.

Mas as luzes já estão acesas e o palco está preparado. O rover Perseverance, que custou US$ 2,7 bilhões, está programado para chegar à superfície às 17h55 (horário de Brasília) na quinta-feira, 18 de fevereiro. A cobertura ao vivo da Nasa, que você pode ver no player abaixo, começa às 16h15.

Além do YouTube, outros canais também vão transmitir o pouso, incluindo Twitter, Facebook, LinkedIn, Twitch, Daily Motion, Theta.TV e o app da Nasa. Se você prefere acompanhar a missão com narração em espanhol, tem esse link. Há ainda outras opções interessantes, como um vídeo ao vivo do controle de missão da Nasa e um em 360 graus via YouTube. Uma coletiva após o pouso está marcada para 19h30, e você pode assistir a ela neste link.

Os sinais de rádio levam aproximadamente 11 minutos para viajar de Marte até a Terra, o que significa que a Perseverance vai ter que se virar. Isso também quer dizer que estaremos vendo o pouso com atraso. Os controladores da missão “podem não ser capazes de confirmar os horários listados por causa da complexidade da comunicação no espaço profundo”, de acordo com a Nasa.

A Perseverance penetrará na atmosfera marciana a velocidades que chegam a 19.500 km/h às 17h48. Logo depois, começam os sete minutos de terror, que envolvem calor extremo, o lançamento de um paraquedas supersônico e a separação do rover de seu escudo térmico e da sua concha traseira. Ao tocar o solo, a Perseverance terá desacelerado para uma velocidade de caminhada, com a ajuda de retrofoguetes e amarras.

Assim que a poeira vermelha baixar, o Perseverance tirará fotos de seus arredores e as mandará de volta à Terra. Os controladores da missão também avaliarão a saúde do rover, em um processo que deve durar mais de um mês. Durante esse tempo, ele implantará seu mastro, o que resultará em ainda mais imagens e possivelmente até em uma selfie. Os controladores da missão também terão tempo para avaliar o status da Ingenuity — um pequeno helicóptero trazido para a viagem.

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Se tudo estiver em boas condições, o Perseverance entrará formalmente no estágio de ciência da missão e procurará por sinais de vida microbiana ancestral. O novo lar do rover, a cratera Jezero, já foi coberto de água e alimentado por um rio caudaloso, o que faz dela um cenário ideal para este astrobiólogo robótico.

Se tudo correr bem, o rover será o quinto a alcançar o Planeta Vermelho — seus predecessores foram o Sojourner, o Spirit, o Opportunity e o Curiosity. Estamos na torcida para testemunhar mais um capítulo histórico da exploração de Marte.

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Análise de múmia revela que faraó egípcio sofreu uma morte violenta

Posted: 18 Feb 2021 03:00 AM PST

A análise forense de uma múmia de 3.600 anos está fornecendo novas e fascinantes descobertas sobre um importante faraó egípcio e as circunstâncias de sua morte excepcionalmente violenta.

Seqenenre-Taa-II foi provavelmente executado por vários agressores após ser capturado no campo de batalha, de acordo com uma nova pesquisa publicada na revista científica Frontiers in Medicine. O novo estudo também mostra que o corpo do faraó já havia entrado em um estado de decomposição antes da mumificação, e seus embalsamadores fizeram o melhor que puderam para esconder seus ferimentos faciais muito graves.

Seqenenre governou o sul do Egito durante o Segundo Período Intermediário (c. 1650 a 1550 a.C.) — uma época tumultuada em que os hicsos, uma potência estrangeira, governaram os territórios do norte do Egito. Os hicsos assumiram o controle de Avaris, a capital, mas permitiram que os governantes egípcios mantivessem o controle sobre o sul, desde que prestassem homenagem a seu rei. Hoje, Avaris é conhecida como o sítio arqueológico de Tell-el-Dabbaa.

Conhecido como "O Bravo", Seqenenre tentou expulsar os hicsos, mas como a nova pesquisa afirma, ele provavelmente foi morto na tentativa — e de forma brutal.

Tomografia computadorizada da múmia. Imagem: Sahar Saleem

A múmia do faraó, descoberta na década de 1880, foi analisada com raios X na década de 1960, revelando uma série de ferimentos graves na cabeça. Isso levou a todo tipo de especulação sobre as circunstâncias de sua morte, deixando historiadores se perguntando se ele morreu no campo de batalha ou nas mãos de conspiradores assassinos. Também não estava claro por que Seqenenre — um faraó de alta posição — tinha uma mumificação tão ruim.

Em um esforço para responder a essas perguntas, uma equipe de arqueólogos liderada por Sahar Saleem, professora de radiologia da Universidade do Cairo, usou a tomografia computadorizada (TC) para reanalisar a múmia, que é mantida no Museu Egípcio do Cairo. A equipe de pesquisa, que incluía Zahi Hawass, um arqueólogo do Ministério de Antiguidades do Egito, também revisou a literatura arqueológica e avaliou cinco armas asiáticas anteriormente descobertas em Tell-el-Dabaa. Essas armas — três adagas, um machado de batalha e uma ponta de lança – datam da Cultura II da Idade do Bronze na Ásia, que coincide com o reinado e a morte de Seqenenre.

A nova análise mostrou que a múmia está em um estado muito ruim. A cabeça não está mais conectada ao corpo, muitas vértebras e costelas estão soltas e sobra muito pouco tecido mole ou músculos nos ossos.

A investigação mostrou que Seqenenre tinha cerca de 40 anos quando morreu e que media 1,67 metro de altura.

Um cérebro ressequido e encolhido foi encontrado no lado esquerdo do crânio e não parece que qualquer tentativa foi feita por seus embalsamadores para removê-lo, ao contrário de seus outros órgãos. Na verdade, nenhuma evidência de materiais de embalsamamento foi encontrada.

Além disso, o corpo já estava se decompondo no momento da mumificação e parece que os embalsamadores “esconderam deliberadamente” os ferimentos do faraó, “provavelmente como uma tentativa desesperada de embelezar o cadáver ferido do rei”, escreveram os autores do estudo. Em conjunto, isso sugere que o faraó não morreu em seu palácio, pois ele teria sido preservado de acordo com as tradições da época.

Coautora do estudo, Sahar Saleem, colocando a múmia no tomógrafo. Imagem: Sahar Saleem

Seqenenre não tinha fraturas corporais, mas sua cabeça e rosto estavam gravemente feridos. A grande fratura em sua testa foi atribuída a um "objeto pesado e pontiagudo como uma espada ou um machado", segundo o artigo. A localização do ferimento sugere que um agressor desferiu o golpe mortal de uma posição acima do faraó. Uma arma de dois gumes, como um machado de batalha de bronze, provavelmente causou a “fratura aberta” acima da sobrancelha direita de Seqenenre, e algum tipo de objeto de força bruta, como um cabo de machado, foi responsável por vários golpes no rosto do faraó, de acordo com o estudo. Um ferimento penetrante abaixo da orelha esquerda da múmia e na base de seu crânio foi provavelmente causado por uma ponta de lança.

Os pesquisadores disseram que qualquer um desses ferimentos teria sido mortal; tal "trauma craniofacial grave pode ter causado choque fatal, perda de sangue e/ou trauma intracraniano", escreveram eles. A tomografia computadorizada confirmou que todos os ferimentos no crânio e no rosto foram infligidos no momento da morte, pois não havia evidências de cura.

A condição das mãos e pulsos do faraó aponta para uma condição conhecida como “espasmo cadavérico”, que “normalmente afeta as mãos e os membros de indivíduos que foram submetidos a mortes violentas e cujos sistemas nervosos foram perturbados no momento da morte”, escreveram os autores. Nesse caso, o posicionamento peculiar e não ortodoxo das mãos sugere que os pulsos do faraó foram amarrados, provavelmente atrás de seu corpo, quando ele foi morto. Isso também poderia explicar porque Seqenenre não tinha feridas defensivas em suas mãos ou braços.

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Dadas essas descobertas, parece provável que o faraó foi executado no campo de batalha. Conforme os autores do estudo escrevem:

O golpe forte deve ter feito o rei cair, possivelmente de costas. O rei pode ter recebido vários ataques do agressor com o machado de batalha hicso, possivelmente usando sua lâmina para infligir a fratura acima da sobrancelha direita. Em seguida, um pedaço de pau (possivelmente o cabo do machado) foi usado para esmagar o nariz e o olho direito do rei. O agressor atingiu o lado esquerdo do rosto do rei com o machado. Outro agressor no lado esquerdo usou uma lança horizontalmente para furar profundamente a parte inferior da orelha esquerda […] e atingiu o forame magno [a parte do crânio que se liga à coluna vertebral]. Presumimos que o rei estava morto neste ponto, e que seu corpo foi rolado para ficar apoiado no lado esquerdo, onde recebeu vários golpes no lado direito do crânio, possivelmente por uma adaga.

Caramba.

Também faz sentido que o corpo do faraó não tenha sido retirado imediatamente do campo de batalha, já que o acesso ao local provavelmente era limitado, devido ao conflito. Seus embalsamadores tiveram que trabalhar com um corpo mutilado que já havia começado a definhar e devem ter feito o melhor que podiam em uma situação ruim.

Claro, tudo isso é especulação, mas especulação baseada em evidências científicas. Provavelmente nunca saberemos as circunstâncias exatas da morte de Seqenenre, mas este artigo, por mais sombrio que seja, sugere que seus momentos finais foram bem desagradáveis.

Dito isso, a morte do faraó não foi em vão, pois levou à eventual unificação do Egito. A morte de Seqenenre "motivou seus sucessores a continuar a luta para unificar o Egito e iniciar o Novo Reino", explicou Saleem em um comunicado.

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