quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Gizmodo Brasil

Gizmodo Brasil


Satélite da Nasa identifica quase 1,4 milhão de anomalias causadas por incêndios na Amazônia

Posted: 23 Feb 2021 01:50 PM PST

Novos recordes de incêndios na Amazônia. Crédito: Carl De Souza (Getty Images)

Em 2020, a Amazônia sofreu um desmatamento recorde. Foram mais de 8 mil quilômetros quadrados de destruição, o que representa um aumento de 30% em relação a 2019. Os incêndios e suas consequências puderam ser vistos até mesmo do espaço, conforme mostram as imagens de satélite obtidas pela Nasa.

A agência espacial norte-americana desenvolveu uma nova ferramenta para monitorar incêndios após as queimadas de 2019 na Amazônia brasileira. Para determinar anomalias térmicas causadas pelo fogo, são utilizados sensores especializados em satélites que coletam imagens visíveis e em infravermelho. No caso da região sul da Amazônia no ano passado, foram encontradas 1,4 milhão de anomalias, enquanto que em 2019 a ferramenta identificou 1,1 milhão.

Os dados de satélite mostram que houve um aumento de 60% no tipo mais destrutivo de incêndio, que são aqueles que se espalham de forma descontrolada a partir da queima da serrapilheira (camada de material orgânico ou em decomposição presente na superfície do solo de florestas). O fogo é geralmente iniciado de forma intencional a fim de limpar o terreno para atividades pecuárias e agrícolas. Apesar do clima úmido da floresta Amazônica, as condições mais secas dos últimos anos facilitaram o alastramento dos incêndios.

O mapa representa as quatro classificações de incêndio feitas pela Nasa: incêndios causados ​​por desmatamento para abrir caminho para a indústria (vermelho), incêndios não controlados que queimam a serrapilheira da floresta (verde), incêndios em savanas (azul) e pequenos fogos feitos por agricultores de subsistência para limpar a terra (roxo). Imagem: Nasa

Os números são ainda mais preocupantes considerando que as queimadas continuam aumentando a cada ano e que os impactos serão observados por muito tempo. No início deste ano, nove ex-ministros do meio ambiente assinaram uma carta pedindo ajuda à Alemanha, França e Noruega.

Assine a newsletter do Gizmodo

O documento fala sobre a urgência de conter as crises de saúde e ambientais decorrentes das queimadas, citando o colapso do sistema hospitalar de Manaus. "Incêndios criminosos, em larga escala, durante o período de estiagem, agravaram enormemente os problemas respiratórios causados pela pandemia da covid-19, contribuindo para a elevada taxa de óbitos na Amazônia.”

[The Verge, CNN]

The post Satélite da Nasa identifica quase 1,4 milhão de anomalias causadas por incêndios na Amazônia appeared first on Gizmodo Brasil.

Esta imagem não é um céu estrelado, mas 25 mil buracos negros supermassivos e ativos

Posted: 23 Feb 2021 01:30 PM PST

Os buracos negros continuam sendo um dos objetos mais misteriosos do universo, levando cientistas do mundo todo a dedicarem seus trabalhos de pesquisa para estudá-los. Um desses estudos recentes resultou na imagem acima. Apesar de parecer um céu estrelado, cada ponto branco representa um buraco negro supermassivo ativo.

Eles puderam ser identificados exatamente pelo fato de estarem em atividade. Afinal, é muito difícil localizar buracos negros quando eles estão apenas parados no centro de uma galáxia, sem fazer nada, já que não emitem nenhuma radiação detectável. No entanto, quando eles começam a consumir algum material, é como abrir o ralo de uma pia com água, e as forças intensas envolvidas nesse processo acabam gerando radiação em diversos comprimentos de onda que, dessa forma, pode ser detectada no espaço.

A imagem concentra um total de 25 mil pontos e representa o mapa mais detalhado já feito de buracos negros a baixas frequências de rádio. Para isso, os pesquisadores utilizaram o radiotelescópio LOw Frequency ARray (LOFAR) na Europa, que conta com cerca de 20 mil rádio antenas distribuídas por 52 locais do continente. Os resultados do estudo foram publicados no Astronomy & Astrophysics.

Crédito: LOFAR/LOL Survey

O LOFAR é o único radiotelescópio capaz de gerar imagens em alta resolução a frequências abaixo de 100 megahertz. Pelo fato de estar baseado na Terra, um dos grandes desafios é a ionosfera, já que ondas de rádio a frequências muito baixas podem ser refletidas de volta ao espaço. Já aquelas que conseguem penetrar a ionosfera ainda podem variar de acordo com as condições atmosféricas.

Uma das soluções desenvolvidas pela equipe para contornar esse problema foi utilizar um supercomputador de modo que os algoritmos corrigissem a interferência ionosférica a cada quatro segundos. O LOFAR coletou dados para o estudo durante 256 horas, ou seja, o supercomputador teve bastante trabalho.

Assine a newsletter do Gizmodo

O estudo faz parte do LOFAR LBA Sky Survey (LoLSS), um projeto que pretende mapear todo o céu do hemisfério Norte. Após anos trabalhando no desenvolvimento do software de correção, os pesquisadores pretendem utilizar o mesmo método com dados do LoLSS para estudar a ionosfera em si. A expectativa é que esse projeto de pesquisa forneça informações sobre objetos que ainda não foram descobertos ou explorados em regiões abaixo de 50 megahertz.

“[Isso] permitirá o estudo de mais de 1 milhão de espectros de rádio de baixa frequência, fornecendo insights únicos sobre modelos físicos para galáxias, núcleos ativos, aglomerados de galáxias e outros campos de pesquisa. Este experimento representa uma tentativa única de explorar o céu de frequência ultrabaixa em alta resolução e profundidade angular", escreveram os pesquisadores no artigo.

[Science Alert]

The post Esta imagem não é um céu estrelado, mas 25 mil buracos negros supermassivos e ativos appeared first on Gizmodo Brasil.

Quem se vacina pode ter menos chances de espalhar Covid-19 para outras pessoas

Posted: 23 Feb 2021 12:32 PM PST

Imagem: Steven Cornfield (Unsplash)

Com milhões de pessoas sendo vacinadas em vários países do mundo, os cientistas agora começam a ter dados do impacto dos imunizantes no dia a dia real. E os resultados trazem muita esperança, já que as vacinas de mRNA, como as da Pfizer/BioNTech e da Moderna, têm se mostrado altamente eficazes em limitar a infecção e, ao que tudo indica, impedir a transmissão do novo coronavírus, bem como seus sintomas.

As descobertas são baseadas a partir de locais onde um percentual significativo da população já recebeu pelo menos a primeira dose de uma vacina, como é o caso de Israel. Por lá, um estudo publicado na revista Lancet na semana passada analisou profissionais de saúde que atuam no Centro Médico Sheba. O relatório comparou as taxas de Covid-19 — com e sem sintomas — entre os trabalhadores que receberam ou não a vacina Pfizer/BioNTech. Ao final da pesquisa, foi constatado que as pessoas eram significativamente menos propensas a contrair Covid-19 depois de receber a primeira das duas doses programadas do imunizante.

Duas a três semanas após a primeira dose, o risco de ter covid-19 sintomático foi reduzido em 85%. É importante ressaltar que as chances de contrair a doença, incluindo a infecção assintomática (quando pessoa tem o vírus, mas não se sente doente), também foram reduzidas em 75% no mesmo período, com base em testes regulares de PCR. Isso é crucial, porque mesmo quem não apresenta sintomas ainda pode transmitir o vírus para outras pessoas. No entanto, se uma vacina evita que elas fiquem doentes e carreguem o vírus, isso significa que também está reduzindo o risco de transmissão de uma pessoa vacinada para outras.

Os resultados de outro estudo recente, mas que ainda não publicado, parecem mostrar uma vantagem ainda maior para pessoas totalmente vacinadas em Israel. Com base em dados analisados ​​pelo Ministério da Saúde israelense, o risco de infecção foi reduzido em 89% nas pessoas que receberam duas doses da vacina Pfizer/BioNTech, segundo informações publicadas na Reuters na última quinta-feira (18).

Nos Estados Unidos, um estudo preliminar divulgado na semana passada por pesquisadores da Clínica Mayo aponta benefícios semelhantes para a vacina da farmacêutica Moderna. Eles examinaram os funcionários da clínica e centros de saúde associados que haviam recebido a primeira dose do imunizante pelo menos 36 dias antes do estudo. Em comparação com seus colegas não vacinados, os trabalhadores tiveram 89% menos probabilidade de testar positivo para Covid-19 depois de receberem ambas as doses.

Assine a newsletter do Gizmodo

Mais pesquisas continuarão a ser feitas para entender o quão eficazes podem ser as vacinas de mRNA na prevenção da transmissão do novo coronavírus. Outras vacinas são baseadas em tecnologias diferentes e algumas são menos eficazes na prevenção de doenças. Portanto, também precisarão ser estudadas de perto. E a disseminação de novas variantes do vírus pode complicar as coisas, já que pelo menos algumas vacinas se mostraram menos eficazes contra algumas dessas variantes.

Dito isso, esta é, sem dúvida, uma boa notícia se você quer que a pandemia acabe o rápido possível. As vacinas que previnem a doença e a transmissão do Covid-19 dificultarão a propagação do coronavírus conforme mais pessoas forem vacinadas, e devem diminuir o intervalo de tempo até o retorno para uma certa normalidade.

The post Quem se vacina pode ter menos chances de espalhar Covid-19 para outras pessoas appeared first on Gizmodo Brasil.

Por que o 5G está atrasado e como isso irá prejudicar o Brasil

Posted: 23 Feb 2021 12:26 PM PST

Imagem: Frederik Lipfert (Unsplash)

As janelas do seu quarto se abrem automaticamente com o nascer do sol, você acorda, a Alexa diz as principais notícias do dia anterior. Simultaneamente, sua torradeira começa a esquentar o pão, a cafeteira prepara o café e uma agenda completa de tarefas pipoca na tela do seu celular até você pegar um Uber e chegar no trabalho. Esse é o cenário prometido pela Internet das Coisas, e que só é viável pelo 5G, em que absolutamente tudo o que você for fazer estará conectado à web.

Seria ótimo, se não fosse trágico. Ao menos aqui no Brasil, onde a tecnologia deve patinar por alguns anos até transformar, de fato, tantos conceitos tecnológicos em algo palpável para o nosso cotidiano.

Muito tem se falado sobre o leilão do 5G no País, mas a verdade é que pouca coisa saiu do papel. Sim, vale salientar que o leilão das frequências, agendado até então para 2020, acabou sofrendo atrasos por conta da pandemia de Covid-19. Agora, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), assim como a maioria das operadoras e empresas de telecomunicações, dão como certa “alguma data em 2021” para que o leilão aconteça.

Não há outro caminho para se seguir: o 5G é uma evolução natural e esperada. Contudo, o que esse atraso na implementação da tecnologia pode custar ao Brasil? Tem tudo a ver com a Anatel? Quais leis têm atrapalhado? E quais as consequências de um possível banimento de companhias asiáticas?

Para responder essas e outras perguntas, eu conversei com José Otero, vice-presidente da 5G Americas para América Latina e Caribe; Hélio Oyama, diretor de gerenciamento de produtos da Qualcomm para América Latina; Atilio Rulli, diretor sênior de relações governamentais e assuntos públicos da Huawei Brasil; Fabro Steibel, diretor executivo do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) do Rio de Janeiro; e Arthur Barrionuevo, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Antes de tudo: entendendo o 5G

Como todas as demais tecnologias, o 5G é a evolução natural das gerações anteriores (3G e 4G) de rede de internet móvel. Além de garantir até 20 vezes mais velocidade de download e upload, a tecnologia se destaca por ter uma cobertura mais ampla e conexões que não são instáveis e menor tempo de latência. Dessa forma, vários dispositivos podem se conectar na mesma rede, que por sua vez manterá a mesma estabilidade e velocidade para cada um desses aparelhos.

Imagem: Frederik Lipfert (Unsplash)

Imagem: Frederik Lipfert (Unsplash)

Tecnicamente, podemos dizer que atualmente existem duas "versões” do 5G: a real, considerada como um "5G puro"; e o 5G que já está disponível em algumas regiões do Brasil sob o codinome DSS (Dynamic Spectrum Sharing), ou Compartilhamento Dinâmico de Espectro, na tradução livre. Pois é, já existe 5G por aqui, mesmo que de um jeito bastante limitado.

O 5G DSS nada mais é do que a tecnologia de quinta geração, mas compartilhada na mesma rede usada para o 4G. Daí vem o "dinâmico", uma vez que as operadoras podem utilizar uma única rede para suportar tecnologias diferentes. Qualquer dispositivo, seja um tablet ou smartphone, que tenha compatibilidade com 5G já pode acessar a rede. Aqui no Brasil, a lista vem aumentando pouco a pouco, e inclui modelos como toda a linha iPhone 12, da Apple, e alguns celulares da Motorola e Samsung.

O que torna o 5G diferente das gerações anteriores é que o alcance das ondas milimétricas é mais curto, e são justamente essas ondas as responsáveis por garantir maior velocidade, estabilidade e capacidade de conexão com milhares de dispositivos.

A questão é que, por essas ondas milimétricas serem menores, qualquer objeto físico no caminho — e isso vai desde um prédio até um carro ou uma pessoa — pode bloquear facilmente o sinal. O 5G no Brasil usará faixas de frequência de 3,5 GHz (Gigahertz) a pelo menos 26 GHz. Por isso, a ideia é que antenas menores sejam instaladas para atuar em conjunto com as antenas já existentes, ampliando o alcance e penetração do sinal de 5G.

Isso nos leva para o primeiro ponto envolvendo o atraso do 5G no Brasil: as leis.

Lei Geral das Antenas: melhorou, mas nem tanto assim

Muito além das notícias falsas e das questões políticas que envolvem o 5G no Brasil está toda a parte burocrática de leis antigas que ainda  estão em vigor por aqui. Uma das queixas principais feitas pelos especialistas ouvidos diz respeito a leis municipais que atrasam a instalação e uso de telecomunicações, e isso muito antes do 5G.

Na prática, cada município tem autonomia para definir as próprias leis para uso de equipamentos, instalação e distribuição de serviços ligados a telecomunicações. Agora, imagine o trabalho que isso pode gerar quando lembramos que o Brasil tem mais de 5.500 cidades. Se cada um deles tivesse uma diretriz específica a ser seguida, é bem provável que ainda estivéssemos navegando na internet 2G.

Imagem: Richard Burlton (Unsplash)

Imagem: Richard Burlton (Unsplash)

Em setembro de 2020, um decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diminuiu uma parte dessa burocracia ao autorizar a chamada Lei Geral das Antenas. O documento oficializa o princípio do silêncio positivo, que permite às operadoras instalarem suas infraestruturas de telecomunicações em até 60 dias caso os órgãos municipais não se manifestem sobre esse processo. Isso, claro, baseado em contratos anteriores que já liberavam o uso e instalação de novos equipamentos.

"Eu acho que um dos grandes desafios do 5G é a questão das frequências mais altas. E quanto mais subimos essas faixas, mais estações de radiobases são necessárias. Em linha com essa exigência, é muito importante que os órgãos reguladores estejam conscientes do desafio [de implementar o 5G]. Cada município tem sua particularidade legal, e uma mudança importante aconteceu graças à Lei Geral das Antenas. Ainda não está totalmente resolvido, mas estamos no caminho certo", declara Hélio Oyama, diretor de gerenciamento de produtos da Qualcomm para a América Latina, em entrevista ao Gizmodo Brasil.

Ainda deve levar um tempo até que essa lei se reflita na construção e adaptação das redes que serão usadas para o 5G, mas certamente já é um avanço. Dados divulgados em setembro pela Agência Nacional de Telecomunicações apontam que, naquela época, havia uma fila de mais de cinco mil pedidos para instalação de novas antenas. Com o decreto assinado em setembro, a tendência é que a burocracia por trás da instalação de novas antenas fique menor, possibilitando uma adesão muito mais rápida e ampla do 5G.

"O governo federal já sancionou a Lei Geral das Antenas. Mas como toda lei, ela tem muitas facetas. Hoje, a condução legal é baseada em leis municipais, e atualmente temos cinco mil legislações diferentes de antenas no Brasil. Nos últimos 12 a 18 meses, acompanhamos diversas ações, e os gestores tomaram boas iniciativas por mudanças nas gestões municipais. Em Campinas, por exemplo, o prefeito derrubou um decreto que, como resultado, flexibiliza a instalação durante a pandemia", diz Atilio Rulli, diretor sênior de relações governamentais e assuntos públicos da Huawei Brasil, em entrevista ao Gizmodo Brasil.

José Otero, vice-presidente da 5G Americas para América Latina e Caribe diz que, hoje, o Brasil é o único país da América Latina com mais espectro alocado às operadoras, mas que ainda faltam antenas para suportar o tráfego futuro das redes 5G. "Quanto mais antenas, mais bankrolls (o canal que circula o trafego de dados da antena) ficam disponíveis. O melhor canal para isso é a fibra óptica, mas ela não existe fora das grandes cidades", afirma.

Leilão do 5G na Anatel: atraso em cima de atraso

Apesar de o 5G já estar disponível na forma do 5G DSS, as faixas voltadas para uso exclusivo da nova tecnologia ainda dependem do tão comentado leilão de frequências que será realizado pela Anatel. Inicialmente, ele aconteceria em 2020, mas por conta da pandemia de Covid-19 a venda das faixas teve que ser adiada. O governo federal agora trabalha com uma data para 2021, embora não tenha divulgado nenhuma janela muito específica.

Imagem: James Yarema (Unsplash)

Imagem: James Yarema (Unsplash)

"Certamente estamos atrasados, uma vez que alguns países lançaram o 5G lá atrás, em 2019. No entanto, pelo o que temos visto, a Anatel já esta tomando as providências e o leilão deve ocorrer o quanto antes. Pela sinalização [da agência], vai acontecer", diz Oyama.

"O que mais temos ouvido é que existe um esforço de todos os envolvidos, tanto dos governos municipais quanto do Ministério das Comunicações, para manter o leilão entre o fim de abril e começo de maio de 2021. Existe até uma pressão para que isso não seja adiado. O que temos acompanhado é que o leilão em si está bastante técnico e as definições de frequência estão muito aderentes. O pessoal da Anatel e das Comunicações cita o leilão como algo emblemático mundialmente por ser um dos maiores no que diz respeito à venda de espectros", explica Rulli.

De fato, o leilão do 5G promete ser o maior de radiofrequências em toda a história das telecomunicações no Brasil e o leilão com a maior oferta pública de capacidade para 5G no mundo. Para começo de conversa, serão leiloadas quatro bandas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Como dito anteriormente, as duas principais devem ser as de 3,5 GHz e 26 GHz (esta última a de faixa milimétrica).

Em segundo lugar, o leilão das faixas será dividido em dois blocos de operação: nacional e regional. E as operadoras que adquirirem as frequências ficarão encarregadas de prestar serviços em áreas com grande quantidade de oferta e também em locais considerados pouco atraentes. Pegando como exemplo a faixa dos 3,5 GHz, que será leiloada de forma nacional e regional: a empresa que levar o direito de operar em um estado mais rico, como São Paulo, será obrigada a implementar a tecnologia também em um estado carente de recursos. No geral, a divisão de blocos será feita por região (Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste), mas haverá casos, como o estado de São Paulo e algumas cidades do interior paulista e de Minas Gerais, em que a oferta acontecerá de maneira separada para cada uma dessas áreas.

Entrave com fabricantes asiáticas

Além da burocracia nas leis e atraso para o leilão das frequências, outra questão que tem influenciado os planos de expansão do 5G no Brasil é a guerra comercial envolvendo os Estados Unidos e empresas da China – algo que se intensificou durante a administração do ex-presidente Donald Trump, que incentivou os países a não fecharem negócios com tais companhias. A Huawei foi uma das mais afetadas, e viu parte de suas economias ser duramente afetada em alguns segmentos. A fabricante foi impedida de vender novos smartphones nos EUA e precisou criar um sistema operacional próprio para contornar a ausência do Android em aparelhos mais recentes. No Reino Unido, Austrália e Suécia, as restrições afetaram a parte de infraestrutura: nesses países, a companhia foi banida das redes 5G.

É justamente esse segundo caso o que temos visto no Brasil desde o ano passado. O impasse com a Huawei, que tem sede em Shenzhen, na China, é de que a companhia integra um complô encabeçado pelo governo chinês e que tem o objetivo de espionar autoridades e usuários através das redes móveis de quinta geração. Durante 2020, o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), se declararam abertamente contra o uso das tecnologias da Huawei sob o mesmo discurso ideológico: de que a infraestrutura será usada para monitorar governos e usuários.

Huawei. Imagem: Kārlis Dambrāns (Flickr)

Imagem: Kārlis Dambrāns (Flickr)

O problema é que impedir a Huawei de participar do leilão do 5G no Brasil causaria um rombo bilionário para o governo e empresas de telefonia, já que mais da metade de toda a rede de infraestrutura no Brasil, que é da Huawei, precisaria ser trocada.

"A Huawei quer participar [do leilão]. Se o governo brasileiro boicotar a empresa, vai causar uma confusão enorme, além de prejudicar as relações com a China, que já estão fragilizadas", diz Arthur Barrionuevo Filho, professor da FGV EAESP, em entrevista ao Gizmodo Brasil. "Na época do Barack Obama, que usava equipamentos da Huawei, já se falava dessa possibilidade, mas os aparelhos foram auditados e nada foi encontrado. Então tudo não passa de mera especulação", completa.

Fabro Steibel, do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS) do Rio de Janeiro, explica em entrevista ao Gizmodo Brasil que, por se tratar de uma tecnologia nova, é natural que o 5G gere diversos debates que envolvem segurança e privacidade. O especialista defende que as telecomunicações precisam ser tratadas como um assunto de defesa nacional.

“O 5G é seguro. Mas como é uma tecnologia nova, com o uso intenso podem aparecer as falhas. É igual a um carro que dirige sozinho: não é que seja inseguro, mas muita coisa pode dar errada. Por se tratar de uma novidade e existir dados criptografados ali, existe mais margem para a insegurança. Nesse cenário, a gente deve agir com cautela", diz.

A Huawei é hoje a maior fornecedora de tecnologia de infraestrutura para empresas de telefonia no Brasil. Dados do site Poder 360 apontam que os equipamentos da companhia são compõem mais de metade dos dispositivos das operadoras. Substituir todos esses equipamentos custaria bilhões de reais não somente às empresas, mas também ao próprio governo.

Rulli afirma que a fabricante possui mais de 120 contratos de 5G com operadoras em todo o mundo, e que o objetivo atual da companhia é continuar aumentando sua base de clientes. "Há 11 anos começamos a desenvolver o 5G. Ao longo de 2018 e 2019, fizemos testes com todas as grandes operadoras brasileiras, além de testes solicitados pela Anatel. Nossa infraestrutura de 4G é facilmente migrável para o 5G. Temos ampliado e feito diversas instalações junto a todas as operadoras. Em paralelo, algumas delas já lançaram o 5G comercialmente, e a Huawei é uma das fornecedoras dessa infraestrutura", destaca.

Huawei P30 Pro. Imagem: Unsplash

Imagem: Unsplash

A verdade é que o posicionamento do governo parece ter mudado do discurso ideológico, principalmente agora com o fim do mandato de Donald Trump nos EUA. Antes mesmo de isso acontecer, integrantes do próprio governo já haviam se mostrado contrários ao banimento da Huawei no leilão. No início de dezembro, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu a participação da empresa chinesa na venda das frequências de 5G no País.

Na mesma época, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara, concordou com a fala do vice-presidente da República ao compartilhar uma postagem em que Mourão descrevia os custos para substituição dos equipamentos da Huawei no Brasil.

Mais recentemente, no final de janeiro, a governo atendeu aos pedidos da China e não impedirá a participação de empresas do país asiático nas redes de internet móvel da próxima geração.

Segundo um estudo da Oxford Economics encomendado pela própria Huawei em dezembro de 2019, restringir uma companhia responsável pelo fornecimento de tecnologia 5G poderia reduzir o PIB per capita em US$ 100 por pessoa até 2035 em países como Japão, Alemanha e Estados Unidos, três dos oito países que participaram do relatório. Além disso, excluir um fornecedor que já participa do mercado pode aumentar em até 29% o custo de implantação ou substituição de infraestrutura voltada para as redes de quinta geração.

Atraso para todos, na economia e sociedade

Independentemente de disputas políticas, atrasos no leilão, leis e outros pormenores, o 5G é uma evolução natural ao 4G e, portanto, um caminho inevitável. Mais do que melhorar a qualidade e velocidade das conexões móveis, a tecnologia provocará um salto na economia global nas próximas décadas. Não apenas do ponto de vista governamental e social, mas também por parte das empresas que forem atuar e fornecer recursos para a implementação, adesão e expansão das novas redes. Nesse cenário, se destacam três gigantes: Ericsson, Huawei e Nokia, sendo que a chinesa leva uma certa vantagem contra suas rivais.

Do ponto de vista econômico, o impacto será grande. "As pessoas tendem a superestimar o impacto da mudança tecnológica a curto prazo e subestimá-lo a longo prazo. O 5G, tendo em vista o enorme aumento de velocidade e a baixa latência de resposta, vai acabar com as superstições envolvendo esses dois cenários. Imagine a potencialidade do processo produtivo em tempo real – é um negócio enorme. Com o decorrer do tempo, o 5G trará uma mudança significativa de hábito. É só olhar outras revoluções: quando veio o rádio e a TV, mudou muito o comportamento das pessoas, hábitos de consumo, publicidade e lazer. Com o 5G, vamos acompanhar essa mesma transformação", diz o professor da FGV.

Em um estudo divulgado em agosto de 2020, a Ericsson estima que, até 2025, as empresas vão investir R$ 9,2 bilhões nas redes de quinta geração no Brasil, gerando cerca de 205 mil empregos diretos e o recolhimento de R$ 70 bilhões em impostos e contribuições. O relatório vai além e prevê que, nos próximos dez anos, o 5G responda por um aumento de 2,4% no PIB brasileiro.

Imagem: Macau Photo Agency (Unsplash)

Imagem: Macau Photo Agency (Unsplash)

A Qualcomm afirma que pretende investir 20% da receita bruta com o 5G. "Temos mais de 140 mil patentes relacionadas à tecnologia de quinta geração. Também temos um papel fundamental na padronização, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias voltadas para o 5G", destaca Oyama.

Além de mudanças na economia, o 5G chega com a promessa de revolucionar todas as esferas da sociedade. Entre os especialistas e executivos, há o consenso que, para o consumidor final, o impacto mais perceptível será na velocidade, mas o usuário poderá notar uma conectividade muito maior entre múltiplos dispositivos. "As pessoas ainda não se deram conta do impacto que o 5G trará às nossas vidas. Com o 4G, essencialmente, conectamos as pessoas. No 5G, vamos conectar tudo. E quando digo tudo, é tudo mesmo: seres humanos, carros, relógios, fábricas. É a Internet das Coisas em sua completa definição", completa Oyama.

Steibel acredita que o mais provável é que haja uma segregação dos usuários – o que já é esperado sempre que uma tecnologia nova é disponibilizada. "Em um país com 30% de desconectados, onde o custo é muito sensível, o 5G vai excluir, e não incluir, pelo menos neste início  Somente depois, quando os preços ficarem mais convidativos e as redes de quinta geração tiverem um alcance superior ao 4G, é que as coisas podem começar a inverter", afirma Steibel.

Outro fator que nos últimos meses vem contribuindo para deslegitimar o 5G são campanhas com todo o tipo de desinformação: que a tecnologia causa câncer, que ela mata pássaros e até que as recém-lançadas vacinas contra Covid-19 vão implantar um chip 5G na sua mente. Aqui nós reiteramos o que os executivos e especialistas já dizem: o 5G não é prejudicial à saúde, nem vai transformar ninguém em jacaré.

"Já está mais do que provado cientificamente que o 5G não causa malefícios. Existem muitas inverdades sendo ditas, mas isso infelizmente ainda faz parte do nosso novo modelo de informações, que hoje é composto por muito canais. E agora temos que ter o cuidado de saber filtrar essa quantidade de dados. Todas as entidades que testaram e usam o 5G já se posicionaram e elas são unânimes: o 5G não faz mal à saúde", declara o executivo da Huawei.

Imagem: Qualcomm

“Essa onda de desinformação foi num período inicial. Sempre quando tem uma mudança tecnologia, essa pauta sempre volta. Só que, no caso do 5G, inicialmente tivemos essa discussão. Acredito que, agora, esse assunto em particular praticamente desapareceu e não vai atrasar os planos de implementação da tecnologia. Existem órgãos nacionais e internacionais que tratam da regulamentação para que não haja nenhum impacto", diz Hélio Oyama, da Qualcomm.

"Veja o exemplo da Organização Mundial da Saúde: no topo da sede da entidade, em Genebra (Suíça), existem tantas antenas, muitas delas do 4G e agora do 5G, que praticamente não cabe mais nenhuma. Você acha que se causasse um problema à saúde haveria dezenas dessas antenas na região do prédio?", questiona José Otero, da 5G Americas.

O que já temos de 5G no Brasil

Como dissemos anteriormente, o 5G que existe hoje no Brasil é do tipo DSS, que mais parece um aprimoramento do 4G já existente (as redes usadas são as mesmas). Procuramos as principais operadoras para saber o que cada uma delas já preparou e tem planejado de investimentos na tecnologia.

Claro

A Claro respondeu nossa solicitação, mas não enviou um posicionamento até a publicação deste artigo. Caso isso aconteça, atualizaremos a reportagem.

TIM

Anunciamos em outubro a ativação do 5G DSS nas cidades de Bento Gonçalves (RS), Itajubá (MG) e Três Lagoas (MS). Fomos pioneiros na ativação da rede de quinta geração no País com a criação dos Living Labs 5G TIM, inaugurados em 2019 e focados no estudo e desenvolvimento da tecnologia. Anunciamos em 16 de dezembro a expansão do projeto 5G DSS para 12 cidades: clientes TIM em São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba terão acesso à experiência 5G DSS, que evoluirá com a chegada do 5G após a realização do leilão de frequências em 2021. Na segunda parte deste projeto, ainda no início de 2021, a tecnologia 5G DSS estará disponível em Salvador, Fortaleza, Recife, Belém, Campinas, Santos e Florianópolis.

Dentro do rollout de investimentos da operadora, planejamos investir cerca de R$ 12,5 bilhões para ampliação e modernização de infraestrutura de rede especialmente para 4G, 5G e fibra óptica. Aguardamos a divulgação das regras do leilão de radiofrequência e das condições definidas pela Anatel para planejar o rollout da rede e o alcance da cobertura 5G no país. Seguimos trabalhando na evolução de um ecossistema favorável ao desenvolvimento da rede 5G no Brasil com o engajamento da academia, empreendedores, indústria e desenvolvedores de soluções.

O nível de investimento no Brasil é bem elevado em relação a outros países. É preciso dar a importância necessária para os incentivos à infraestrutura que viabilizam a competitividade. Acreditamos que é preciso pensar no desenvolvimento tecnológico do Brasil. Trabalhamos com um pool de fornecedores, além da Huawei, que atendem não só à demanda por serviços de comunicação mais eficientes, mas que pensam, junto a nós, no futuro das redes móveis e de sua evolução para 5G.

Vivo

A Vivo tem se alavancado na experiência internacional do Grupo Telefonica para, quando possível, oferecer aos brasileiros o melhor da tecnologia 5G. Até lá, seguiremos com nosso foco em levar as melhores tecnologias disponíveis de conexão, como fibra e 4,5G, para mais lugares do País.

No Brasil, a real experiência de 5G virá com o leilão de 3,5 Ghz, com largura de banda de pelo menos 100 MHz. Enquanto isso, ativamos em nossas redes a capacidades 5G com as frequências existentes, baseadas na tecnologia DSS. A partir desta tecnologia é possível compartilhar, de forma dinâmica, o espectro 3G e 4G não utilizado para prestar o serviço 5G. Contudo, como este espectro não possui uma banda contínua e dedicada, a experiência do 5G ainda não poderá ser sentida em sua totalidade. A empresa teve funcionalidade ativada em sua rede para algumas regiões de 8 cidades brasileiras no final de julho: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba e Porto Alegre.

Fomos a primeira operadora a fazer testes, trials e demos na tecnologia 5G. Iniciamos em  2018  com as frequências de 3,5 GHz e 28 GHz (ondas milimétricas). O primeiro teste foi realizado com aplicações de realidade virtual, em um jogo de vôlei, na cidade do Rio de Janeiro, na frequência de 3,5 GHz. A outra aplicação foi na cidade de São Paulo, na faixa de 28 GHz, com simulações de cirurgia remota. Com o objetivo de avaliar o desempenho da tecnologia já dispõem de 100 sites em caráter experimental implantados em São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso estamos testando em parceria com outras operadoras, Anatel e Sinditelebrasil soluções que permitam a convivência do 5G na frequência de 3,5GHz com a TVRO.

The post Por que o 5G está atrasado e como isso irá prejudicar o Brasil appeared first on Gizmodo Brasil.

Novo recurso da Netflix baixa automaticamente séries e filmes com base no que você gosta

Posted: 23 Feb 2021 12:14 PM PST

Logotipo da Netflix

A Netflix acaba de facilitar os downloads e a vida de quem não quer gastar 4G. De acordo com o anúncio feita pela empresa, o novo recurso chamado Downloads for You (“downloads para você”, em tradução livre), ao ser habilitado, possibilita o download automático de programas e filmes em seu telefone com base em suas preferências. Para que não haja problemas com o armazenamento disponível, você consegue controlar o quanto de espaço deseja alocar para esses títulos.

Depois de ativada, a ferramenta baixa as suas escolhas a partir da conexão ao Wi-Fi. Isso significa que da próxima vez que você estiver em uma situação de tédio, como no meio de um congestionamento, pode sacar seu telefone e já ter os títulos prontos para ver sem gastar internet. Imagino que esta ferramenta também será imensamente útil para viagens mais longas ou que vão te manter longe de uma boa conexão com a internet, já que você não terá que se preocupar em baixar o conteúdo com antecedência.

Imagem: Netflix.

O recurso se baseia no Smart Downloads que a empresa lançou há alguns anos, que exclui episódios já vistos e baixa automaticamente novos lançamentos de uma série em seu dispositivo. A funcionalidade está atualmente limitada ao Android, mas a Netflix diz que “em breve irá iniciar a fase dos testes no iOS”.

Assine a newsletter do Gizmodo

Para habilitá-lo, acesse o menu de configurações, clique em Downloads e ative a função Downloads para Você. Nessa tela, você também poderá organizar o armazenamento para 1 GB, 3 GB ou 5 GB. A Netflix observa que esse espaço é usado para os títulos baixados automaticamente e não inclui programas ou filmes baixados manualmente.

Estamos no aguardo da ferramenta para o iOS, Netflix!

The post Novo recurso da Netflix baixa automaticamente séries e filmes com base no que você gosta appeared first on Gizmodo Brasil.

Uber começa a testar recurso de gravação de vídeo com motoristas de Aracaju

Posted: 23 Feb 2021 10:27 AM PST

Ícone do app da Uber

A Uber anunciou nesta terça-feira (23) que vai começar a testar um recurso de gravação de vídeo durante viagens em Aracaju. Segundo comunicado da empresa, a nova funcionalidade será disponibilizada por meio de um aplicativo parceiro, que permite que os motoristas utilizem a câmera do próprio celular.

Os testes iniciais serão limitados a um grupo reduzido de motoristas e expandidos com o tempo. Ainda de acordo com a Uber, o recurso de gravação de vídeo será oferecido como uma opção, sendo que os participantes podem sair do programa de testes quando quiserem.

Já em relação aos passageiros, a Uber diz que eles serão informados de que a viagem poderá ser gravada. Assim, o usuário também pode escolher cancelar a corrida e buscar outro motorista que não utilize o recurso.

Assim como qualquer recurso de gravação, seja de áudio ou de vídeo, uma das principais preocupações é em relação à privacidade. A empresa afirma que a gravação será criptografada e, portanto, não poderá ser acessada nem mesmo pelo próprio motorista.

As gravações enviadas pelos motoristas serão armazenadas pela empresa parceira, que, segundo a Uber, receberá apenas informações básicas do motorista, assim como a data e hora da gravação. Nenhum dado sobre o passageiro ou ponto de embarque e desembarque poderá ser acessado pela companhia.

Assine a newsletter do Gizmodo

No caso de algum incidente de segurança, o motorista pode abrir uma reclamação e adicionar o vídeo. Só assim a Uber poderá acessar as imagens. De acordo com a empresa, apenas as autoridades competentes poderão solicitar o acesso à gravação por meio da lei diante da necessidade de alguma investigação.

Por enquanto, o recurso será testado apenas na capital do Sergipe. O Gizmodo Brasil questionou a assessoria da Uber se há uma previsão para levar a funcionalidade a outros locais do país e atualizaremos a nota assim que recebermos uma resposta.

The post Uber começa a testar recurso de gravação de vídeo com motoristas de Aracaju appeared first on Gizmodo Brasil.

Itens essenciais para sua cozinha disponíveis na Amazon

Posted: 23 Feb 2021 09:54 AM PST

Existem inúmeros itens de cozinha que facilitam nossa vida. Por isso, neste post compilamos algumas ofertas que tornaram sua vida mais fácil — pela utilidade de cada item e pela praticidade de comprar online via Amazon.

Separamos as ofertas nas seguintes categorias: panelas, eletrodomésticos, cafés, utensílios e outros.

A maioria dos produtos pode ser comprada com frete grátis, se você for assinante Prime. Se você quiser saber mais sobre o programa de assinaturas da Amazon, clique aqui.

Panelas

Eletrodomésticos

Cafés

Utensílios e outros

Preços conferidos na manhã do dia 23 de fevereiro – pode haver alterações. Comprando pelos links acima, você não paga nada a mais e o Gizmodo Brasil ganha uma comissão.

The post Itens essenciais para sua cozinha disponíveis na Amazon appeared first on Gizmodo Brasil.

Google Pay chega ao Nubank para suporte a pagamentos via NFC no Android

Posted: 23 Feb 2021 09:32 AM PST

Há algumas semanas, usuários descobriram que o Nubank poderia trazer suporte ao Google Pay. E agora isso finalmente aconteceu: nesta terça-feira (23), a fintech confirmou a chegada do sistema de pagamentos do Google aos clientes da companhia, que poderão completar transações financeiras e efetuar compras por aproximação via NFC em terminais compatíveis.

“Clientes do Nubank com celulares Android poderão utilizar o próprio aparelho para realizar compras na função débito ou crédito em qualquer estabelecimento que aceite pagamentos por aproximação, além de sites e aplicativos que ofereçam a opção. A integração entre Nubank e Google Pay acontece num momento de grande aceleração na digitalização da vida financeira dos brasileiros, e de um aumento expressivo na utilização de métodos de pagamento sem contato e compras online", destaca a empresa em um comunicado oficial.

De acordo com o Nubank, o lançamento da integração com o Google Pay vem após a empresa identificar um crescimento de mais de 114% na realização de compras por aproximação até o início de dezembro de 2020. No período, foram cerca de 90 milhões de transações sem contato entre o cartão Nubank e o terminal de compra.

Assine a newsletter do Gizmodo

A novidade vale para as funções débito e crédito, e ainda não está disponível de imediato para toda a base de usuários cadastrados no banco. Para começar a usar, basta abrir o app do Nubank no seu Android – bem no topo da tela haverá um card indicando a compatibilidade com o Google Pay. Depois é só seguir as instruções de registro para completar a inclusão. Não é necessário ter o aplicativo do Google Pay instalado para completar o cadastro.

Lembrando: tenha em mãos seu cartão Nubank, pois é necessário inserir o CVC (código de três dígitos na parte traseira do cartão). Além disso, vale reforçar que seu smartphones Android precisa ser compatível com a NFC, caso o contrário não será possível usar o Google Pay no celular. E a maquininha que você for tentar aproximar o aparelho também precisa ter suporte à tecnologia.

Este é o procedimento para autorizar o Google Pay no app do Nubank para Android. GIF: Nubank

Alguns usuários disseram no Twitter (via @interfacesnews) que não estão conseguindo liberar a função em seus aparelhos. Por se tratar de algo recém-lançado, e que a própria empresa declarou que será disponibilizado gradativamente a todos os clientes, é esperado que esse tipo de problema aconteça. Em todo o caso, quem quiser continuar tentando, é só repetir o passo a passo descrito anteriormente.

Agora falta só o Nubank ser compatível com o Apple Pay, né?

The post Google Pay chega ao Nubank para suporte a pagamentos via NFC no Android appeared first on Gizmodo Brasil.

Signify, dona da Philips Hue, lança lâmpadas inteligentes WiZ no Brasil a partir de R$ 140

Posted: 23 Feb 2021 07:50 AM PST

A Signify, empresa especializada em serviços de iluminação inteligente e dona de outras marcas (entre elas a Philips Hue), anunciou nesta terça-feira (23) o lançamento das lâmpadas WiZ no Brasil. Inicialmente, são três produtos – duas lâmpadas smart e um painel para embutir em tetos e superfícies – que podem ser controlados por um aplicativo de smartphone, bem como assistentes de voz. Os preços começam em R$ 140.

No geral, as lâmpadas WiZ seguem o padrão da maioria das lâmpadas inteligentes que você encontra no mercado. Logo, elas vão concorrer diretamente com acessórios da i2Go e Positivo Casa Inteligente.

O diferencial destacado pela companhia é a customização de luzes e sua intensidade por um aplicativo para Android e iOS. Além da possibilidade de mudar a cor da lâmpada manualmente, o usuário encontra alguns modos pré-configurados que aplicam filtros de maneira automática. Isso pode ser de acordo com o cômodo da casa, como também baseado em uma época ou período do ano. Por exemplo, um dos cenários, chamado "Natal", alterna a luz da lâmpada para tons de verde e vermelho – cores características da data comemorativa.

Pelo app, também é possível controlar uma ou mais lâmpadas simultaneamente. Basta tocar e arrastar uma lâmpada a outra para que elas se agrupem e o usuário altere os tons de todas ao mesmo tempo. E o aplicativo oferece ainda uma opção para controlar as lâmpadas via comandos de voz por Alexa, Google Assistente ou Siri. A empresa ainda destaca que nenhuma informação pessoal do usuário fica armazenada no app. Tanto é que não é necessário inserir nomes ou e-mails para completar a configuração dos produtos.

Assine a newsletter do Gizmodo

As lâmpadas

O modelo de entrada é linha bulbo A60 E27, que nada mais é do que a lâmpada tradicional que usamos em luminárias e abajures. O fluxo luminoso possui 800 lúmens e potência de 8,8 Watts, o que, segundo a fabricante, equivale a 60 W. A temperatura de cor varia entre 2.200 e 6.500 K e conta com RGB, permitindo ao usuário selecionar uma opção entre 16 milhões de tons diferentes. O valor sugerido é de R$ 140.

A segunda alternativa é a lâmpada GU10, voltada para espaços de trabalho ou salas de estar. Ela tem 400 lúmens de luminosidade e potência de 4,9 Watts (equivalente a 35 Watts). O preço de lançamento é de R$ 176.

Por fim, a marca traz o painel de embutir, que a WiZ descreve ser "ideal para projetos de iluminação que preveem a instalação de diferentes focos de luz em forro, gesso e outras superfícies". No Brasil, o acessório custa R$ 310.

Todos os produtos contam com dois anos de garantia, operam nas redes Wi-Fi de 2,4 GHz e funcionam apenas na versão 127 Volts. Em um evento à imprensa, a Signify confirmou que está nos planos lançar modelos com voltagem 220 V, mas que isso deve demorar alguns meses para acontecer. Além disso, as vendas neste primeiro momento acontecem somente na internet, porém futuramente a ideia é levar os produtos da marca para o varejo físico.

The post Signify, dona da Philips Hue, lança lâmpadas inteligentes WiZ no Brasil a partir de R$ 140 appeared first on Gizmodo Brasil.

Hackers chineses teriam roubado ferramenta cibernética da NSA e ninguém sabia

Posted: 23 Feb 2021 06:46 AM PST

Imagem: NSA (Getty Images)

Uma nova pesquisa sugere que uma ferramenta de hacking desenvolvida pela Agência de Segurança Nacional (NSA) foi roubada anos atrás por um grupo de hackers chineses que, posteriormente, usaram a tal ferramenta contra vários alvos dentro dos Estados Unidos.

O grupo em questão é conhecido como APT 31 e seria patrocinado pelo próprio governo da China. Segundo evidências encontradas por pesquisadores da empresa israelense de segurança Check Point Research, os hackers conseguiram extrair o código de uma ferramenta da NSA em 2014, para então estudá-lo e adaptar a plataforma para operações próprias de hacking.

Os pesquisadores apelidaram a ferramenta de "Jian" que, entre os feitos alcançados, ajudou os hackers a avançar ainda mais dentro da rede ou sistema comprometido da vítima (no caso a NSA). A Check Point diz que o APT 31 usou o Jian por um período de pelo menos três anos, de 2014 a 2017, até que a Microsoft corrigisse a vulnerabilidade. Um dos alvos principais dos hackers seria a empresa de defesa Lockheed Martin, que também é a maior produtora de peças militares do mundo. Para se ter uma ideia, 95% de seu orçamento anual vem de contratos de compra realizados com o Departamento de Defesa dos EUA e agências governamentais.

Acredita-se que as armas cibernéticas da NSA tenham sido roubadas por grupos de hackers estrangeiros várias vezes antes e que, de alguma forma, esteja relacionada com o exploit recém-descoberto. O incidente mais infame ocorreu em 2017, quando algumas das plataformas mais espantosas da agência foram espalhadas na internet por um grupo que se autodenomina "Shadow Brokers" (algo como "Agentes Sombrios", na tradução livre). Usando meios ainda desconhecidos, os invasores colocaram as mãos nas ferramentas usadas pela unidade Tailored Access Operations (também chamada de “Equation Group”), a célula hacker sofisticada da NSA responsável pelo desenvolvimento de armas cibernéticas altamente avançadas.

Assine a newsletter do Gizmodo

De acordo com os especialistas da Check Point, o Jian também é um produto do Equation Group. No entanto, há "fortes evidências" de que a ferramenta foi roubada antes do vazamento do Shadow Brokers em 2017. Isso porque os pesquisadores acreditam que a China pode ter sido capaz de interceptar ferramentas da NSA se tivesse flagrado a agência dos Estados Unidos hackeando os sistemas e máquinas chinesas.

Os pesquisadores escrevem:

“Tendo datado as amostras do APT31 para três anos antes do [vazamento] Shadow Broker, nossa estimativa é que essas amostras de exploit do Equation Group (ou seja, uma das ferramentas cibernéticas da NSA) poderiam ter sido adquiridas pelo grupo chinês APT 31 de uma destas maneiras:

  • Capturadas durante uma operação de rede do Equation Group em um alvo chinês;
  • Capturadas durante uma operação do Equation Group em uma rede de terceiros que também foi monitorada pelo grupo APT 31;
  • Capturadas pelo APT 31 durante um ataque à infraestrutura do Equation Group.”

O suposto grupo de hackers por trás do Jian é conhecido por se especializar em roubo de propriedade intelectual. O grupo também usa apelidos coloridos, como "Zircônio" e "Panda do Julgamento", talvez para despistar investigações mais robustas. A companhia de segurança FireEye afirma que os hackers possuem uma ampla gama de alvos, incluindo "governos, organizações financeiras internacionais e organizações aeroespaciais e de defesa" e "alta tecnologia, construção e engenharia, telecomunicações, mídia e seguros". O grupo também já foi vinculado a invasões de campanhas eleitorais dos EUA, incluindo a do recém-presidente eleito, Joe Biden.

The post Hackers chineses teriam roubado ferramenta cibernética da NSA e ninguém sabia appeared first on Gizmodo Brasil.

Anvisa aprova registro definitivo da Pfizer; agora falta comprar a vacina

Posted: 23 Feb 2021 06:22 AM PST

A vacina contra Covid-19 produzida pela Pfizer e pela BioNTech recebeu nesta terça-feira (23) a aprovação para registro definitivo no Brasil. Essa foi a primeira autorização do tipo concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a um imunizante contra o coronavírus.

Com o registro, a farmacêutica poderá comercializar doses para serem aplicadas em massa para a população, mas ainda não foi assinado um contrato de venda com o Ministério da Saúde. A diferença da aprovação de uso emergencial, criada pela Anvisa no final do ano passado, é que ela tem como objetivo acelerar o processo de análise dos imunizantes para aplicá-los em grupos específicos. Além da Pfizer/BioNTech, a vacina de Oxford/AstraZeneca também está pendente de aprovação para registro definitivo.

Conforme apontado pelo Uol, essa é a primeira vacina a receber esse tipo de autorização na América Latina. O anúncio foi feito pelo presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, durante a 3ª reunião ordinária da agência.

Como Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, informo com grande satisfação que, após um período de análise de dezessete dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a covid-19, para uso amplo, nas Américas.

Torres ainda afirmou que a equipe técnica de servidores da Anvisa comprovou a segurança, qualidade e eficácia da vacina para autorizar o registro definitivo e que espera que "outras vacinas estejam, em breve, sendo avaliadas e aprovadas".

Assine a newsletter do Gizmodo

Ao contrário da Coronavac e da vacina de Oxford, que serão produzidas pelo Butantan e pela Fiocruz, respectivamente, devido aos acordos de transferência de tecnologia, as doses da Pfizer não serão produzidas no Brasil e, por isso, precisam ser importadas. No início deste ano, a farmacêutica afirmou que havia oferecido 70 milhões de doses ao governo brasileiro, mas que a oferta foi recusada.

Por enquanto, o Brasil ainda enfrenta dificuldades em negociar a compra das vacinas da Pfizer. De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, isso se deve às exigências impostas pelo laboratório. Uma das condições que a farmacêutica se recusa a abrir mão é a de que o governo brasileiro se responsabilize por quaisquer demandas judiciais que surjam em decorrência de reações adversas do imunizante.

[Uol, G1]

The post Anvisa aprova registro definitivo da Pfizer; agora falta comprar a vacina appeared first on Gizmodo Brasil.

Nasa divulga vídeo impressionante da descida do rover Perseverance em Marte

Posted: 23 Feb 2021 04:51 AM PST

A Nasa divulgou imagens impressionantes do rover Perseverance pousando em Marte.

No final da semana passada, uma imagem inacreditável mostrou o veículo chegando ao Planeta Vermelho. Ela foi tirada de uma câmera a bordo do estágio de descida. Nesta segunda-feira (22), a Nasa foi além e publicou imagens de vídeo — da perspectiva de várias câmeras — do pouso histórico, que aconteceu em 18 de fevereiro.

Dave Gruel, líder de câmera de entrada, descida e pouso do Perseverance no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, supervisionou o desenvolvimento desta “função agradável”, disse ele em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira. Sua equipe precisava se certificar de que as câmeras "não causariam danos" ao rover ou ao veículo de descida, mas seriam capazes de capturar imagens valiosas. O sistema EDL (Entry, Descent, and Landing, ou “entrada, descida e pouso”, em tradução livre) conseguiu capturar 30 gigabytes de dados e 23.000 imagens enquanto o rover descia em direção à superfície do Planeta Vermelho.

Três câmeras estavam localizadas no estágio de descida. Uma delas apagou quando o paraquedas se abriu, disse Gruel. As duas restantes continuaram trabalhando. Duas outras câmeras foram fixadas no veículo espacial, uma virada para cima e a outra para baixo.

O microfone conectado não conseguiu gravar áudio durante a descida, mas, felizmente, conseguiu capturar áudio do solo. Estes são os primeiros sons já gravados em Marte por um microfone apropriado.

O vídeo começa com o lançamento de um paraquedas supersônico, que desacelerou a descida do veículo para cerca de 1.609 km/h. Assistindo ao vídeo, "você pode realmente ver o quão violento foi o lançamento do paraquedas", explicou Al Chen, líder de entrada, pouso e descida do Perseverance no JPL, durante a coletiva de imprensa. Demorou apenas sete décimos de segundo para o paraquedas abrir, sem nenhuma evidência de emaranhamento, disse Chen.

A filmagem também mostra a ejeção do escudo térmico, que protegia o rover durante a entrada atmosférica. Chen disse que uma mola responsável por empurrar o escudo térmico para longe parece ter se soltado, o que não representou perigo para a espaçonave, mas era algo que a equipe de Mars 2020 não esperava.

Imagem do Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) mostrando a localização do rover, o paraquedas e a concha traseira, o estágio de descida e o escudo térmico. Imagem: Nasa/JPL

O rover pode ser visto balançando para frente e para trás sob o paraquedas enquanto desce. A manobra "skycrane" começa quando o rover está cerca 20 metros acima da superfície. Nenhuma nuvem ou fumaça visível pode ser vista saindo dos foguetes porque o sistema funciona com propelente de hidrazina, que emite nitrogênio e hidrogênio, ambos gases claros, explicou Chen.

Os momentos finais do vídeo mostram os cabos baixando o rover para a superfície. Dá para ver as pernas e rodas do Percy, o apelido do rover, se posicionando na posição de pouso. Uma vez plantado na superfície, os cabos são soltos e o estágio de descida voa e se espatifa ao longe.

Vista da Navcam do convés do rover. Imagem: Nasa/JPL

"Sinto arrepios toda vez que vejo", disse Gruel.

Ken Williford, cientista adjunto do projeto Perseverance, disse que estava muito animado com as imagens de uma perspectiva científica, dizendo que as imagens das câmeras de EDL mostraram uma "bela estratigrafia" perto do local de pouso.

Justin Maki, cientista de imagens do Perseverance e chefe da equipe de operações de instrumentos, deu uma atualização sobre o rover e sua implantação. A equipe conseguiu implantar o mastro de sensoriamento remoto do Percy, que é equipado com uma série de instrumentos, incluindo as câmeras de navegação esquerda e direita do rover, também chamadas de navcams.

Panorama de 360 ​​graus da Navcam do Perseverance. Imagem: Nasa/JPL

A equipe tirou algumas fotos com as navcams recém-implantadas, mostrando o extraordinário poder dessas câmeras coloridas de alta resolução. As imagens divulgadas mostraram o local de pouso, o convés (que pegou um pouco de sujeira durante o pouso) e as rodas do rover. A Mastcam-Z do rover — um novo instrumento para esta missão — também foi testada, fornecendo uma visão clara do convés do rover e do alvo de calibração.

A Nasa agora está divulgando imagens brutas da missão Mars 2020, que podem ser vistas aqui.

Mastcam-Z tirando uma foto de seu alvo de calibração no convés do rover. Imagem: Nasa/ JPL

Jessica Samuels, gerente da missão de superfície do Perseverance, disse que o rover está “saudável”, e a equipe da missão Mars 2020 está “continuando com as atividades conforme as planejamos nos primeiros sóis”, ou dias marcianos. Eles conseguiram executar 5.000 comandos, enviando instruções para o veículo, disse ela. É importante ressaltar que a antena de alto ganho do rover foi implantada, permitindo que a equipe envie um volume maior de instruções.

Assine a newsletter do Gizmodo

O helicóptero Ingenuity — atualmente preso à barriga do rover — também fez check-in e conseguiu recarregar as baterias com sucesso. A implantação do helicóptero estará entre as primeiras tarefas do Perseverance e deve acontecer em alguns meses.

São só quatro dias de missão, e ela já serviu algumas das melhores imagens que já vimos. Vem mais por aí!

The post Nasa divulga vídeo impressionante da descida do rover Perseverance em Marte appeared first on Gizmodo Brasil.

Usuários do TikTok tentam “provar” que a neve não é real e vídeos viralizam nas redes sociais

Posted: 23 Feb 2021 03:00 AM PST

Screenshot: TikTok

Se você utiliza o TikTok ou alguma outra rede social, já deve ter visto os vídeos virais em que alguns indivíduos queimam neve para “provar” que é realmente falsa, certo? Por mais que seja evidente, vale deixar bem claro que a neve é verdadeira, nada cenográfica. O mais engraçado de tudo é perceber que estas filmagens trazem zero surpresas quando as pessoas colocam a chama de um isqueiro ou fósforo contra uma bola de neve. Mesmo assim, esses vídeos conseguem atingir milhões de visualizações.

De acordo com os teóricos da conspiração, o responsável pela criação desta “neve falsa” que está caindo do céu é ninguém menos que Bill Gates. Sim, ele mesmo, o mestre das marionetes do mal por trás de tanta coisa ruim do mundo atual — desde a pandemia gerada pela Covid-19 até os chips de rastreamento secretos supostamente implantados dentro de todos os imunizantes contra o vírus.

Pois é, agora os teóricos da conspiração que vivem com seus smartphones em mãos estão realmente preocupados em serem constantemente rastreados por meio das vacinas. Porém, Bill Gates não é o único alvo na mira. Algumas pessoas acreditam que a China está envolvida em todo o plano conspiratório, enviando a tal neve falsa para os EUA em um esforço para convencer os americanos que a mudança climática é real.

"Sem água, sem gotejamento, sem nada", explica uma mulher em um vídeo recente do TikTok que se tornou viral depois de ser reenviado para o Twitter por alguém zombando das teorias da conspiração.

"Se eu colocar isso no micro-ondas, vai começar a soltar faíscas porque tem metal misturado", a mulher insiste. "De jeito nenhum, ficou mais dura", diz um homem no vídeo depois que ela tira o isqueiro. "Não está derretendo, está apenas queimando", continua a mulher.

Mas a neve é real e o segredo por trás do fenômeno descrito acima é chamado de sublimação. Quando a chama atinge a bola de neve, ela está transformando a neve de um estado sólido para gasoso, em vez de líquido. Ou seja, a neve está se transforma em vapor em vez de uma poça d’água a seus pés. Existem vários vídeos no YouTube sobre o processo, como o exemplo abaixo.

Essa ideia de que a neve pode ser falsa já existe há algum tempo, como você pode ver em diversos conteúdos espalhados pela internet. O vídeo acima é de 2014, uma das muitas vezes em que a teoria ganhou força. No vídeo citado anteriormente, a mulher havia colocado um pouco da neve que coletou no micro-ondas, para provar que era cheia de metal e, deste modo, uma farsa. Porém, a neve não começou a faiscar, uma vez que não havia metal nela.

Assine a newsletter do Gizmodo

Então por que essa teoria da conspiração está ganhando força novamente? Parece haver dois fatores principais: o primeiro está relaciona ao fato do estado do Texas ser atingido por uma tempestade de inverno devastadora, que levou o fenômeno meteorológico para áreas que quase nunca tinham atingidas por alguma nevasca. Assim, muitas pessoas nestas regiões estão vendo neve pela primeira vez em suas vidas e isso naturalmente leva a muitas perguntas.

Em segundo lugar, há o fato de que Bill Gates realmente lançou a ideia de usar o controle das condições climáticas para combater o aquecimento global. A ideia é despejar carbonato de cálcio na atmosfera para que ele possa refletir alguns dos raios do sol de volta e, com sorte, resfriar a Terra, como explicado neste artigo da Forbes.

O verdadeiro controle do clima tem sido um sonho dos cientistas há décadas. A capa de 28 de maio de 1954 da revista Collier’s, ilustrou o sentimento de controle do clima em um aspecto muito literal, onde você puxaria uma alavanca para fazer chover, por exemplo.

Imagem: Novak Archive.

Obviamente, o controle real do clima no século 20 não funcionava assim, apesar da semeadura de nuvens durante a Guerra do Vietnã. Os militares dos Estados Unidos gastaram cerca de US$ 3 milhões por ano de 1967 a 1972 tentando mudar o clima no Vietnã em ambientes de combate. Quando a existência do programa, chamado Operação Popeye, vazou para o Washington Post em 1971, a administração Nixon negou categoricamente que existisse. Mas não adiantava mais negar, uma vez que foram pegos no pulo.

E isso pode ser parte do problema hoje, quando sites como o Gizmodo tentam desmascarar essa história neve cheia de metal caindo no Texas. Você pode conduzir seus próprios experimentos e descobrir por si mesmo que a neve é apenas neve, mas isso não resolve o problema, mesmo porque o governo americano mentiu repetidamente sobre seus próprios planos, desde a conspiração para invasão de Cuba até notório programa da CIA, MKUltra, que drogava pessoas sem seu consentimento.

A propósito, Bill Gates não está fazendo neve falsa no Texas. Pelo menos ainda não.

The post Usuários do TikTok tentam “provar” que a neve não é real e vídeos viralizam nas redes sociais appeared first on Gizmodo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário