sábado, 6 de fevereiro de 2021

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Parler, rede social usada por extremistas de direita, demite o próprio CEO

Posted: 05 Feb 2021 01:33 PM PST

Olivier Douliery/AFP (Getty Images)

A rede social Parler, que ganhou projeção há algumas semanas por ter sido usada por extremistas de direita, demitiu o seu CEO, John Matze.

Em carta obtida pela Fox Business, o agora ex-comandante do aplicativo afirmou que o conselho da empresa é controlado pela conservadora Rebekah Mercer, que por sua vez é uma das maiores financiadoras da ferramenta. No entanto, ela não teria participado da decisão que acarretou no desligamento do executivo. Matze ainda disse que sua saída acontece no momento em que a plataforma se prepara para voltar à internet.

"Eu entendo que aqueles que agora controlam a companhia fizeram algumas comunicações aos funcionários e outros terceiros que, infelizmente, criaram confusão e me levaram a fazer esta declaração pública. Encontrei resistência constante à minha visão de produto, minha forte crença na liberdade de expressão e minha opinião de como o Parler deve ser gerenciado", escreveu Matze.

Durante o mandato de Matze, o Parler aumentou o número de membros conservadores obcecados com a ideia de que uma conspiração encabeçada por empresas de tecnologia, como Twitter e Facebook, queria censurá-los. Depois que o app foi inundado com posts de ameaças de morte contra legisladores democratas e apontado como um dos principais canais usados por extremistas que invadiram o Capitólio dos EUA, em 6 de janeiro, o Parler foi banido das lojas de aplicativos da Apple e Google. Além disso, Amazon removeu sua hospedagem na web.

Embora o Parler se vendesse como uma plataforma focada 100% na liberdade de expressão dos usuários, havia algumas regras, mas elas pareciam se aplicar somente a publicações de cunho político de esquerda. O serviço tinha um sistema de moderação bizarro e opaco em que as postagens relatadas eram examinadas por um júri de outros membros que não eram funcionários do Parler.

Matze disse ao New York Times no início deste mês ter informado Rebekah Mercer que o site nunca voltaria a ficar online se eles não incluíssem novas ferramentas para banir terroristas domésticos, supremacistas brancos e teóricos da conspiração QAnon. O executivo afirma que obteve um “silêncio mortal como resposta”.

Um dos maiores investidores de Parler, o politico Dan Bongino deu a entender que o site nunca vai banir usuários, mesmo que o conteúdo seja considerado sensível, extremista ou ofensivo. De acordo com a CNN, Bongino disse em um vídeo no Facebook que “a visão do CEO não era nossa", e que Matze estava sendo mentiroso. "Apenas um imbecil acreditaria nele", declarou.

"Não queremos lixo em nosso site e tomamos as medidas adequadas para fazer isso, mas somos um site de liberdade de expressão e assim permaneceremos", acrescentou Bongino.

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Pesquisa sugere que mudanças climáticas levaram à pandemia; mas há controvérsias

Posted: 05 Feb 2021 11:55 AM PST

As mudanças climáticas estão basicamente bagunçando tudo em nossas vidas. É tentador encontrar uma maneira de associá-las à pandemia de coronavírus, e um novo estudo divulgado na sexta-feira (5) faz exatamente isso, afirmando que as mudanças climáticas "podem ter impulsionado o surgimento" do coronavírus. Mas isso pode ser mais complicado do que parece.

Os cientistas já sabem há algum tempo que as alterações no habitat, incluindo aquelas causadas pelas mudanças climáticas, podem fazer com que os humanos tenham um contato mais próximo com animais selvagens que podem carregar vírus perigosos. O novo estudo, divulgado na sexta-feira (5) na Science of the Total Environment, examina com mais detalhes como as mudanças climáticas podem ter alterado a composição dos habitats dos morcegos. As transformações nos ecossistemas ao longo da fronteira entre a China e Laos, diz o estudo, aumentaram o número de espécies de morcegos que vivem lá e as chances de uma doença ser transmitida aos humanos.

"Entender como a distribuição global de espécies de morcegos mudou como resultado das mudanças climáticas pode ser um passo importante na reconstrução da origem do surto de Covid-19", disse o autor principal Robert Beyer, pesquisador do departamento de zoologia da Universidade de Cambridge, em um comunicado à imprensa.

Alguns animais selvagens são transmissores comuns de doenças que podem ser prejudiciais aos humanos, como coronavírus, ebola e raiva. Os morcegos, em particular, parecem ser um sinal de alerta para os humanos quando se trata de vírus: esses animais carregam cerca de 3.000 tipos diferentes de coronavírus, e pesquisas mostraram que há uma correlação positiva entre o número de tipos de espécies de morcegos que vivem em uma determinada área e a transmissão de doenças de morcegos para humanos.

Provavelmente, essa não é uma característica maligna exclusiva dos morcegos: pesquisadores descobriram que quanto mais espécies um grupo de animais tem, mais vírus diferentes eles podem hospedar. E, no caso, os morcegos têm muitas espécies diferentes.

As mudanças climáticas alteraram os ecossistemas em todo o mundo, à medida que o aumento das temperaturas e a mudança dos padrões de precipitação criam diferentes conjuntos de plantas e animais. O que era uma floresta tropical exuberante em 1800, agora pode estar repleta de tipos muito diferentes de flora e fauna. Esse é o caso, diz o estudo, de florestas no sul da China e ao longo da fronteira com Mianmar e Laos.

Os pesquisadores criaram um mapa de como a vegetação do mundo pode ter sido 100 anos atrás usando registros de temperatura, precipitação e cobertura de nuvens, e preencheram este mapa com as necessidades de habitat de diferentes espécies de morcegos. Eles então compararam essas informações com a vegetação atual e os dados sobre as populações de morcegos, concluindo que as mudanças no habitat podem ter levado cerca de 40 espécies diferentes a migrar para a área ao longo da fronteira entre a China e Laos.

Cada morcego carrega, em média, 2,7 tipos diferentes de coronavírus, diz o estudo. A pesquisa continua postulando que quando essas 40 espécies migraram para além de seu habitat original nos últimos 100 anos, eles totalizaram cerca de 100 versões diferentes de coronavírus, aumentando a chance de infecção entre espécies.

Essa teoria é interessante. Está claro que a crise climática está tendo um impacto massivo no mundo. E parece uma explicação bastante direta de como nosso planeta em aquecimento pode ter deslocado um vírus mortal para mais perto do contato humano. Mas só porque parece simples, isso não significa que é totalmente correto.

"É inegável que as mudanças globais, incluindo mudanças climáticas, alterações no uso da terra e mudanças demográficas, afetarão o risco emergente de patógenos", disse Rachel Baker, pesquisadora do Instituto Ambiental da Universidade de Princeton que não estava envolvida no estudo, por e-mail. " No entanto, encontrar uma relação causal entre essas mudanças e o surgimento de um patógeno específico, como SARS-CoV-2, é uma coisa complicada de se fazer.”

Ela observou que, embora as mudanças climáticas possam tornar os eventos como furacões ou incêndios florestais mais comuns ou extremos, não é a única coisa que os causa. Assim é com o vírus. Relacioná-lo às mudanças climáticas "é muito mais difícil de fazer com surgimento viral, já que você tem que levar em conta muitos outros fatores."

Baker apontou que o estudo também não apresenta explicações claras sobre como exatamente mais espécies de morcegos em uma área realmente afetam a transmissão de doenças de morcegos para humanos. A metodologia não utilizou quaisquer observações de campo específicas sobre populações de morcegos, apenas dados de habitat e distribuição de espécies. Isso significa que falta uma peça-chave do quebra-cabeça científico que é necessária para apoiar suas fortes alegações.

"Embora as mudanças climáticas sejam uma peça do quebra-cabeça, houve muitas mudanças na sociedade humana nos últimos 100 anos que provavelmente aumentaram o risco de patógenos emergentes", disse Baker.

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Posted: 05 Feb 2021 11:16 AM PST

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Laboratório que fabrica a ivermectina diz não haver eficácia comprovada contra COVID-19

Posted: 05 Feb 2021 10:24 AM PST

Imagem: Governo do Japão

O laboratório farmacêutico Merck (MSD no Brasil), responsável pela fabricação da ivermectina, divulgou um comunicado nesta quinta-feira (4) informando que não há evidências que sustentem a eficácia da droga no combate à COVID-19.

Os cientistas da farmacêutica destacam que, apesar de continuarem examinando cuidadosamente todos os dados disponíveis sobre eficácia e segurança no uso do medicamento contra o novo coronavírus, análises mais recentes apontam que "não há evidência de eficácia clínica em pacientes" infectados com COVID-19.

A ivermectina é um vermífugo usado para promover a eliminação de parasitas do organismo, e tem sido amplamente veiculado a expressões como "Kit Covid" e "tratamento precoce" – ambas sem nenhuma base ou comprovação científica e, portanto, sem eficácia. O remédio também aparece nas falas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que defendem o uso desses medicamentos sem comprovação por estudos científicos. Em janeiro, o próprio Ministério da Saúde lançou um aplicativo que recomendava o uso da droga. O app saiu do ar um dia depois.

Segundo a MSD, a análise identificou três pontos principais que mostram ineficácia do uso da ivermectina para combater a COVID-19. São eles:

  • Não há nenhuma base científica para um potencial efeito terapêutico contra COVID-19 em estudos pré-clínicos;
  • Não há nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes com a doença;
  • Faltam dados sobre segurança da substância na maioria dos estudos.

A companhia ainda declara o seguinte: “Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora".

Como dito anteriormente, o medicamento é usado para tratar doenças causadas por parasitas, mas não para COVID-19. Além disso, a MSD lista possíveis efeitos adversos e limitações de uso para pacientes específicos, como gestantes, crianças com menos de 15 kg e pessoas a partir dos 65 anos de idade.

De acordo com um levantamento do G1, a venda da ivermectina aumentou 557% entre 2019, antes da pandemia, e 2020, quando a quarentena começou. Em julho do ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já tinha alertado que o vermífugo não tinha eficácia comprovada cientificamente.

[Merck, G1, Folha de S. Paulo]

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Headset de realidade mista da Apple deve custar US$ 3 mil e ser lançado só em 2023

Posted: 05 Feb 2021 09:56 AM PST

Imagem: Reprodução/Yan Iogan via 9To5Mac

No mês passado, surgiu o boato de que os supostos óculos de realidade mista da Apple seria alimentado pelo novo chip M1. E sem nenhuma surpresa, que ele teria um preço exorbitante. Agora, um novo relatório do Information reforça esse rumores, incluindo o valor salgado do acessório: US$ 3 mil (R$ 16 mil na conversão atual). Especula-se também que o acessório reproduza conteúdos em 8K e venha com mais de doze câmeras para rastreamento.

Citando uma fonte não identificada que trabalha no projeto, o Information dá crédito a um relatório anterior da Bloomberg, que diz que headset terá supostamente uma "viseira curva e elegante" e um tipo de tecido de malha. Outro boato interessante é que ele pode ter tiaras trocáveis semelhantes ao arco removível dos AirPods Max.

De acordo com o relatório, a Pegatron, empresa taiwanesa que também fabrica iPads e iPhones, foi contratada para construir o produto.

A Apple supostamente usará um “dispositivo semelhante a um dedal” no dedo do usuário para interagir e controlar o aparelho, mas não está claro se esse acessório virá incluído com o headset ou precisará ser adquirido separadamente. As câmeras do produto devem “exibir vídeo do mundo real pelo visor e exibi-lo nas telas”, bem como rastrear os movimentos dos olhos e das mãos. O relatório também afirma que haverá uma “tela voltada para o mundo exterior", para que os usuários possam mostrar o que estão vendo para outras pessoas.

Falando nas telas, o headset supostamente incluirá não um, mas dois displays com resolução 8K. Uma informação intrigante no relatório observa que é possível que a Apple utilize o rastreamento ocular para renderizar apenas as partes da tela que o usuário está olhando no momento. As áreas na visão periférica, por sua vez, seriam renderizadas em resoluções mais baixas.

A combinação do chip M1, dois painéis 8K e mais de uma dúzia de câmeras poderia justificar o preço de US$ 3 mil, tornando o headset em um produto inacessível para a maioria dos consumidores. Ainda mais levando em consideração que outros headsets, como o Oculus Quest 2, custam na faixa dos US$ 300. Dispositivos de realidade virtual mais caros são vendidos entre US$ 900 e US$ 1 mil, que é um terço do que os fones da Apple podem custar.

Um preço de US$ 3 mil também colocaria o headset da Apple em combate com o HoloLens 2 da Microsoft, que não está à venda para o público em geral e tem foco no mercado corporativo. Também contradiz a afirmação da Bloomberg de que o objetivo da Apple com o produto parece ser preparar os consumidores (e desenvolvedores) para um eventual par de óculos inteligentes. Embora seja provável que a companhia não se importe com sucesso comercial a esse preço, é provável que mesmo aqueles que tenham acesso ao dispositivo se limitem a pouquíssimos conteúdos compatíveis com a tecnologia.

A previsão, segundo os rumores, é que o tal headset chegue ao mercado somente em 2023.

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Alimentar cães com comida humana fresca pode fazer com que eles façam menos cocô

Posted: 05 Feb 2021 08:35 AM PST

Um novo estudo sugere que alimentar seu filhote de quatro patas com alimentos frescos próprios para humanos pode ter um efeito positivo adicional: cocôs menores. As descobertas sugerem que uma dieta de qualidade humana é mais facilmente digerível por cães do que dietas padrão feitas de alimentos processados ​​secos, e também pode satisfazer o apetite de um cachorro com menos calorias por refeição.

Kelly Swanson, um cientista de nutrição da Universidade de Illinois, em Urbana-Champaign, estuda nutrição de cães e gatos há cerca de duas décadas. Mais recentemente, ele e sua equipe têm pesquisado dietas para animais de estimação baseadas principalmente em carnes frescas e minimamente processadas e outros alimentos. Às vezes, essas dietas são compostas de ingredientes certificados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e feitos para consumo humano, que são chamadas de "dietas de qualidade humana" quando aplicadas a animais de estimação.

Embora as empresas de alimentos para pets estejam começando a desenvolver opções de "qualidade humana", o termo não tem significado oficial e há poucas evidências de que essas dietas sejam saudáveis ​​para o consumo dos animais. Nem tudo que as pessoas podem comer é necessariamente bom para os animais de estimação, e nossos bichinhos podem ter necessidades nutricionais diferentes das nossas. Mas o estudo recente de Swanson, publicado no Journal of Animal Science no mês passado, sugere que dietas frescas e de qualidade humana ainda são capazes de fornecer aos cães nutrição suficiente e podem ser ainda melhores do que outros tipos de dieta.

Eles recrutaram 12 cães para seus experimentos. Esses cães foram cuidadosamente observados por um período de vários meses, enquanto cada um experimentava uma das quatro dietas diferentes. Uma dieta era feita de ração seca; outra era feita de alimentos frescos minimamente processados ​​(principalmente frango); e duas eram feitas de ingredientes de qualidade humana (frango e carne, respectivamente, junto com alguns vegetais e carboidratos como arroz ou batata). Todos os produtos estavam disponíveis comercialmente.

No final, a equipe descobriu que os cães tinham os maiores cocôs quando comiam comida seca e os menores quando comiam comida de qualidade humana (o cocô de comida fresca também era menor do que o de comida seca). A principal razão para essa assinatura fecal menor é provavelmente porque essas dietas são cheias de ingredientes que são amplamente digeridos pelos cães, com menos desperdício. Estudos anteriores feitos pelos pesquisadores, em que eles deram comida de qualidade humana para galos, mostraram um efeito semelhante na digestão.

"De todos os formatos de dieta que testamos ao longo dos anos, esses alimentos de qualidade humana foram os mais digeríveis", disse Swanson em um e-mail para o Gizmodo. "Mais de 90% do que foi consumido foi digerido e absorvido."

Os cães também comiam mais quando recebiam ração seca do que os outros tipos de comida. É possível que alimentos frescos saciem a fome de um cão mais do que uma dieta processada – um efeito que também foi visto em pessoas. As dietas de qualidade humana também parecem mudar a composição do microbioma intestinal dos cães, a comunidade de bactérias que vivem dentro de animais como humanos e cães. Acredita-se que esses microbiomas são importantes para a manutenção de uma boa saúde geral.

Embora essas descobertas sejam certamente intrigantes e possam apontar para os benefícios adicionais de dietas frescas e de qualidade humana, Swanson não quer assustar os donos cujos cães parecem estar perfeitamente bem comendo ração.

"Como a maioria dos alimentos comerciais existentes no mercado são de alta qualidade e nossos animais de estimação estão vivendo mais e com mais saúde do que no passado, não quero soar um alarme e sugerir que todos precisam mudar a dieta de seus animais imediatamente”, disse ele. "Eu acho que vale a pena, no entanto, continuar testando os vários formatos de dieta para determinar se eles podem ou não impactar a saúde a longo prazo."

Ele ressalta que há muitos fatores envolvidos na escolha de uma boa alimentação para nossos cães, e todas as dietas terão suas vantagens e desvantagens, como custo e equilíbrio nutricional. Em última análise, os donos devem examinar cuidadosamente qualquer dieta que decidam dar aos seus cães, incluindo as de empresas que pretendem vender ração de qualidade humana.

"Para donos de cães que estão felizes com sua alimentação atual e o animal é saudável, pode não haver razão para mudar", disse ele. "No entanto, para aqueles que não estão felizes com sua dieta atual, acho que a comida fresca de qualidade humana é algo a se considerar. Este tipo de dieta não é barata, mas oferece muitos benefícios potenciais para o animal de estimação e seu dono."

Swanson e sua equipe planejam continuar a estudar como essas várias dietas afetam a digestão, os microbiomas e outros resultados de saúde de um cão.

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Arqueólogos encontram múmias com línguas de ouro em tumba no Egito

Posted: 05 Feb 2021 06:36 AM PST

Arqueólogos investigavam covas funerárias perto de Alexandria, no Egito, quando descobriram mais de uma dúzia de indivíduos enterrados, dois dos quais ainda apresentam línguas de ouro que foram cuidadosamente colocadas dentro de suas bocas.

As tumbas escavadas na rocha, encontradas no sítio arqueológico Taposiris Magna, na Alexandria ocidental, perto da costa do Mediterrâneo, datam do período Greco-romano (332 a.C. a 395 d.C.). A expedição para investigar esses túmulos é liderada pela arqueóloga Kathleen Martinez, da Universidade de Santo Domingo, no que é uma missão conjunta egípcio-dominicana, segundo nota divulgada no Facebook pelo Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades.

A equipe descobriu 16 sepultamentos dentro do Taposiris Magna, cada um deles em avançado estado de degradação e praticamente sem nenhum tecido mole restante. Duas múmias traziam amuletos de folha de ouro na boca, como se para imitar suas línguas, relata o New York Times. Isso provavelmente fazia parte de um ritual funerário especial para garantir que os indivíduos falecidos pudessem "falar na vida após a morte" e se juntar a Osíris – o deus da vida após a morte – em seu reino, de acordo com o ministério.

Em declarações ao New York Times, Jennifer Houser Wegner, curadora de artefatos egípcios do Museu Penn, na Filadélfia, disse que línguas de ouro semelhantes já foram encontradas antes. Para os antigos egípcios, esse metal precioso "era um material com qualidades de perenidade", pois o ouro "nunca ficava manchado" e "sempre brilhava intensamente", disse ela.

Uma máscara funerária encontrada na tumba. Imagem: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades

É importante ressaltar que essas línguas de ouro não devem ser confundidas com a prática de colocar moedas na boca dos mortos. Nessa tradição, que durou séculos, as moedas serviam como um pagamento a Caronte, o barqueiro que leva os mortos ao mundo subterrâneo ao cruzar o rio Styx.

Em relação a outras descobertas, Martinez e seus colegas encontraram uma máscara funerária adornada com flocos dourados em forma de coroa de flores. Outra máscara funerária cobria o rosto e o corpo de uma mulher e incluía seios esculpidos. Os restos de pergaminhos, bustos e partes da cartonagem (um material usado para formar máscaras funerárias) também foram encontrados, junto com decorações douradas de Osíris. Uma múmia estava usando uma coroa adornada com Uraeus, a icônica serpente, e um colar dourado com o deus Hórus, que aparece como a cabeça de um falcão.

Um busto esculpido encontrado na tumba. Imagem: Ministério Egípcio de Turismo e Antiguidades

No comunicado do ministério, Khaled Abo El Hamd, diretor geral das Antiguidades de Alexandria, disse que as máscaras exibiam um alto grau de habilidade, como evidenciado pelas representações dos falecidos. Escavações feitas em Taposiris Magna nos últimos 10 anos "mudaram nossa percepção" do templo, disse a declaração do ministério, incluindo evidências de que a estrutura foi construída pelo rei Ptolomeu IV.

Para Martinez, seu objetivo final é encontrar o local de enterro de Cleópatra; ela dedicou o trabalho de sua vida à essa busca e sua equipe passou os últimos 14 anos caçando. Acredita-se que a famosa rainha, que governou o Egito antigo de seu trono em Alexandria, morreu por suicídio e foi enterrada em Taposiris Magna. A busca pelos restos mortais de Cleópatra continua.

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Cientistas estudam spray nasal que pode evitar infecções respiratórias, como gripe e COVID-19

Posted: 05 Feb 2021 05:17 AM PST

A possibilidade de se criar um tratamento genuíno para o resfriado comum tem frustrado os cientistas por décadas. Mas pesquisas recentes com animais, feita por uma equipe da Austrália, sugerem que uma droga experimental aplicada por meio de spray nasal pode ajudar o sistema imunológico a evitar todos os tipos de infecções respiratórias. O tratamento agora será testado em um ensaio clínico com humanos dentro de algumas semanas.

O tratamento se chama INNA-X e está sendo desenvolvido pela Ena Respiratory, empresa de biotecnologia da Austrália. A terapia tem como objetivo fortalecer o sistema imunológico por meio da ativação de uma classe de proteínas denominadas receptores Toll-like (TLRs). As TLRs desempenham um papel fundamental no sistema imunológico inato, que é a primeira linha de defesa contra patógenos estranhos. Essa resposta imune inata não apenas ataca os germes, mas também faz com que o restante do sistema imunológico entre em ação.

"Nós descobrimos que o INNA-X prepara o sistema imunológico inato nas vias respiratórias para que quando um vírus entra em seu corpo (nariz ou garganta) e inicia a infecção, seu sistema imunológico seja capaz de responder muito mais rapidamente e controlar o vírus nos primeiros dias, que são cruciais, após a exposição ao vírus", disse Nathan Bartlett, um virologista da Universidade de Newcastle e do Hunter Medical Research Institute que está trabalhando com a Ena para estudar o medicamento, ao Gizmodo por e-mail.

Embora o desenvolvimento do INNA-X tenha começado antes da pandemia, o tratamento idealmente deve oferecer ampla proteção contra o SARS-CoV-2, o coronavírus que causa Covid-19, bem como os muitos vírus que causam o resfriado comum, como os rinovírus. Em dois estudos recentes com animais publicados no mês passado, isso parece ter funcionado.

Um estudo realizado com furões – animais muito vulneráveis ​​ao SARS-CoV-2 – descobriu que a droga poderia reduzir a replicação do coronavírus em até 96% quando comparada à infecção natural. Outro estudo em ratos descobriu que o INNA-X pode aumentar a resposta imune inata contra o rinovírus, levando a cargas virais mais baixas e inflamação diminuída causada por infecção viral. Esse último experimento revelou que a droga ainda pode afetar as células das vias aéreas retiradas de pessoas com asma, uma condição conhecida por diminuir a resposta imunológica natural das pessoas aos vírus respiratórios.

É claro que estudos bem-sucedidos em animais ou células humanas nem sempre se traduzem em um medicamento que funciona para as pessoas. E mesmo que o INNA-X tenha sucesso, ele não será a cura perfeita que estamos esperando para o resfriado comum. Acredita-se que o efeito de reforço imunológico da droga dure cerca de uma semana, então uma dose não protegeria as pessoas durante toda a temporada de gripes e resfriados (dito isso, outras pesquisas pré-clínicas sugeriram que ela pode ser tomada repetidamente com segurança).

No entanto, o INNA-X ainda pode ser um tratamento útil para pessoas com alto risco de exposição ou se tomado logo após uma exposição confirmada. No contexto da Covid-19 ou de futuras pandemias causadas por vírus semelhantes, a empresa espera que ele possa ser usado como profilático para contribuir com o controle das infecções antes que uma vacina eficaz esteja disponível.

A próxima etapa da pesquisa da Ena será testar um medicamento candidato para uso humano chamado INNA-05. Este pequeno ensaio clínico de Fase I examinará apenas a segurança do tratamento em voluntários saudáveis ​​recrutados na Austrália, não sua eficácia. Mas a empresa disse que a droga pode estar disponível para uso em até 18 meses se continuar a se mostrar promissora em testes com humanos.

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Google Pay já mostra termos de uso do Nubank mas ainda não libera pagamentos pelo celular

Posted: 05 Feb 2021 04:00 AM PST

Fachada da entrada do prédio do Nubank em São Paulo. Crédito: Nubank

No fim do ano passado, o Nubank gerou o maior burburinho quando colocou o Apple Pay no meio de uma brincadeira do Twitter. E parece que a carteira digital da maçã não é a única que deve receber novidades do roxinho: um novo formulário de cadastro já aparece no Google Pay.

A novidade parece ser um teste e foi encontrada primeiro pelo jornalista Cadu Silva e pelo Twitter @PayNewsBR e repercutida pelo Tecnoblog. É possível começar o cadastro de um cartão do Nubank no Google Pay e os termos de uso do emissor são exibidos, mas a operação não pode ser concluída.

Como alguns comentaristas do site notaram, isso também aconteceu com outros bancos antes de eles serem incluídos na plataforma, o que reforça a impressão de que vem alguma coisa por aí. Oficialmente, porém, o Nubank nega: em comunicado ao Tecnoblog, o banco diz que “a integração realizada recentemente permite que pagamentos pelo Google Pay sejam oferecidos no futuro, mas não significa que haja qualquer previsão de lançamento no momento”.

Não é a primeira vez que o Nubank deixa clientes animados com a possibilidade de integração com as carteiras digitais que permitem pagamentos com o celular. Em dezembro, a conta do banco no Twitter postou um caça-palavras com desejos para 2021 e, entre os termos escondidos, estava “Apple Pay”. Assim como fez no caso mais recente, a empresa desconversou. Nos dois episódios, ela disse que está focada em resolver problemas mais urgentes.

Os pagamentos digitais são uma demanda de anos dos clientes do Nubank e também uma contradição aparente da empresa, que sempre se gaba de ser digital e descomplicada mas não embarca nessa novidade. A explicação pode ser mesmo financeira: o sistema usado por Google Pay, Apple Pay e similares, a chamada tokenização, envolve custos para ser implementada. Enquanto isso, bancos mais tradicionais, como Banco do Brasil, Itaú e Bradesco, já oferecem integração com esse método de pagamento — você pode ver as listas completas de cartões aceitos nos sites do Google Pay, Apple Pay e Samsung Pay.

[Tecnoblog]

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Estudo analisa proteínas que conseguem mudar de forma conforme a necessidade

Posted: 05 Feb 2021 03:00 AM PST

Na escola, costumamos aprender que as proteínas são basicamente uma cadeia de aminoácidos que se organizam de forma a criar uma configuração estável para exercer uma determinada função. Porém, nos últimos anos, os biofísicos vêm encontrando cada vez mais evidências de proteínas que conseguem se "reconfigurar" em apenas alguns instantes para atender a diferentes necessidades do organismo.

Atualmente, existem cerca de 100 proteínas conhecidas que possuem essa habilidade, sendo que elas são capazes de exercer mais de 30 funções biológicas. Essas proteínas metamórficas foram descobertas graças aos avanços da tecnologia, à medida que a microscopia crioeletrônica e a ressonância magnética nuclear de estado sólido, por exemplo, tornaram-se disponíveis.

Um dos estudos mais recentes sobre o assunto foi publicado na Science e conduzido por pesquisadores da Medical College of Winsconsin, que analisaram a evolução histórica da proteína metamórfica humana XCL1. Em uma de suas formas, ela funciona como uma quimiocina, ou seja, uma molécula sinalizadora que recruta os leucócitos para combaterem infecções. Sua habilidade, no entanto, não se limita apenas a isso — ela também consegue mudar de forma e matar bactérias invasoras, agindo como antibiótico.

De acordo com o novo estudo, dentre as 46 quimiocinas presentes no corpo humano, a XCL1 é a única capaz de mudar de forma. O objetivo dos pesquisadores, portanto, era entender o motivo disso e como essa evolução ocorreu.

Para isso, a estudante de graduação Acacia Dishman realizou uma série de procedimentos para identificar as "impressões digitais" das formas da proteína. Os resultados mostraram que o ancestral mais antigo tinha uma única forma estável e que é comum a todas as quimiocinas. Já em uma proteína seguinte na sequência evolucionária reconstruída foram identificadas duas configurações — a mesma da anterior e mais uma nova, mas que parecia ser rara.

Em seguida, uma proteína mais recente na sequência evolucionária mostrou um resultado oposto à anterior: a nova configuração era mais predominantes que a ancestral. Por fim, a XCL 1 moderna exibiu uma proporção igual dos dois tipos de configuração. Diante disso, o biofísico e autor do estudo Brian Volkman afirmou à Quanta Magazine que essas diferenças nas proporções indica que essas propriedades metamórficas "não são um acidente ou defeito. É algo que deve ter sido benéfico e aprimorou a saúde do organismo, porque parece ser algo selecionado."

No artigo, os pesquisadores ainda citam algumas teorias que podem explicar por que essas proteínas metamórficas podem ser vantajosas. Para começar, isso reduz o trabalho da célula de transcrever, traduzir e manter mais de um gene já que uma única proteína é capaz de exercer duas funções diferentes.

Outro benefício importante é que essa capacidade de transformação da proteína permite que o corpo tenha uma resposta mais dinâmica ao se defender de bactérias. Considerando que a XCL1 consegue transitar entre suas duas formas com uma probabilidade igual, ela é capaz de se transformar mais de uma vez por segundo.

As mudanças vão depender da situação, conforme explicam os autores do estudo. Na presença de patógenos microbianos, por exemplo, a proteína pode alterar o seu equilíbrio e ficar presa na forma necessária para lidar com o invasor, enquanto em outras partes do corpo ela adota a configuração para mobilizar os leucócitos.

Conforme Dishman explicou à Quanta Magazine, isso é algo vantajoso "porque a proteína é capaz de maximizar a função certa no lugar certo e no momento certo". Ela ainda afirma que "essa regulação espacial e temporal de funções com base em uma mudança na estrutura pode ser uma razão para que as proteínas metamórficas possam evoluir."

A partir dessa análise, os pesquisadores estudam a possibilidade de criar proteínas metamórficas que não existem na natureza. Esse tipo de trabalho, no entanto, não será fácil, visto que criar sequências de aminoácidos que adotam uma única forma já é difícil. Aumentar isso para duas configurações com probabilidades iguais será ainda mais desafiador. Porém, diante das vantagens oferecidas por essas proteínas metamórficas, o esforço pode valer a pena.

[Quanta Magazine]

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