segunda-feira, 1 de março de 2021

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Amazonia-1, satélite 100% brasileiro, é lançado com sucesso na Índia

Posted: 28 Feb 2021 04:25 PM PST

Amazonia 1

Neste domingo (28) o Brasil se tornou um dos 20 países a lançar um satélite brasileiro. Quem esteve acordado na madrugada pode acompanhar o lançamento do Amazonia-1 a partir do Centro de Lançamento Satish Dhawan Space Centre, em Sriharikota, na Índia sem nenhum imprevisto.

O satélite ficara ficará 752 km acima da superfície terrestre para monitorar desastres ambientais, reservatórios de água e regiões costeiras do Brasil. Foram 13 anos de desenvolvimento para o lançamento do satélite de 640 quilos, 2,5 metros de altura, seis quilômetros de fios e 14 mil conexões elétricas. Ele possui um imageador óptico de visada larga capaz de observar uma faixa de aproximadamente 850 km com 64 metros de resolução.

O Amazonia-1 é um satélite de órbita Sol síncrona (polar) e gerará imagens a cada cinco dias. Em situações específicas, ele pode fornecer dados de um ponto específico ainda mais rápido em apenas dois dias — útil para capturar imagens em locais cobertos por nuvens.

O projeto foi executado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). "O satélite será fundamental para o monitoramento da Amazônia e outros biomas no Brasil, além de inaugurar uma nova era para a indústria brasileira de satélites", ressaltou Marco Pontes, ministro do MCTI.

Embora seja o primeiro completamente nacional, ele é o terceiro criado para o sensoriamento remoto do Brasil, junto com o CBERS-4 e o CBERS-4A. O equipamento integra a Missão Amazônia, que busca fornecer dados de sensoriamento remoto para monitorar especialmente a região amazônica. Segundo o MCTI, a Missão Amazônia ainda pretende lançar mais dois satélites, mas sem data definida.

Embora o Brasil tenha a base de Alcântara, no Maranhão, não tem um foguete capaz de lançar um satélite de tais dimensões. Por isso, o lançamento precisou ser feito em parceria com a Índia.

Veja no vídeo abaixo a transmissão completa do lançamento:

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Estagiário pode ser responsável por uma das maiores brechas de segurança dos EUA

Posted: 28 Feb 2021 12:01 PM PST

O drama da SolarWinds está longe de acabar. A história sobre como hackers russos — e possivelmente chineses também — conseguiram espiar e encontrar vulnerabilidades na segurança de centenas empresas estadunidenses parece ter ficado pior: uma das senhas que permitiu a invasão era “solarwinds123” e, ao que tudo indica, ela foi realmente criada por um estagiário.

Em fevereiro, a conselheira de segurança nacional da Casa Branca, Anne Neuberger, afirmou que ao menos 100 diferentes empresas, incluindo nove agências federais (uma delas é responsável pela administração de armas nucleares), foram comprometidas pela invasão da SolarWinds.

Agora, em uma audiência conjunta na sexta-feira (26), o ex-CEO da SolarWinds , Kevin Thompson, disse a representantes do Comitê de Supervisão da Câmara e da Segurança Interna que a senha “solarwinds123”, que protegia um dos servidores da empresa, estava “relacionada a um erro cometido por um estagiário, que violou nossas políticas de senha”.

Thompson explicou aos legisladores que o estagiário postou a senha em sua conta particular do GitHub. “Assim que foi identificado e chamou a atenção de mim e do meu time de segurança, nós derrubamos”, disse.

Em dezembro, o pesquisador de segurança Vinoth Kumar disse à Reuters que ele avisou a SolarWinds que qualquer um poderia acessar seus servidores usando a senha “solarwinds123”. A CNN noticiou que a senha estava disponível online ao menos desde junho de 2018.

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No entanto, o depoimento da SolarWinds sugere que a brecha pode ser ainda mais antiga. Sudhakar Ramakrishma, o atual CEO, disse aos legisladores que a senha “solarwinds123” já estava em uso em servidores internos desde 2017.

De acordo com a CNN, Kumar mostrou que a brecha o permitia entrar e inserir arquivos no servidor da empresa. Essa era uma das formas que permitia qualquer hacker subir arquivos maliciosos dentro da SolarWinds.

“Eu tenho senhas mais seguras do que ‘solarwinds123’ para impedir meus filhos de assistirem muito YouTube no seu iPad”, ironizou Katie Porter, membro da Câmara dos Representantes da Califórnia na audiência.

A CNN ressalta, no entanto, que não é possível provar que o vazamento da senha seja o único responsável pela maior invasão estrangeira a um sistema de segurança dos EUA na história.

O governo estadunidense ainda está investigando o hack e não está claro quais dados os invasores conseguiram obter. Espera-se que a apuração leve meses. Kevin Mandia, CEO da FireEye, a companhia que descobriu o hack, disse que talvez nunca saibamos o tamanho do estrago.

Mas uma coisa sabemos: um pobre estagiário vai sofrer.

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Se nada mudar, mudanças climáticas a partir de 2030 serão catastróficas, diz novo estudo da ONU

Posted: 28 Feb 2021 11:11 AM PST

Os principais estudiosos do clima estão enlouquecendo por conta do último relatório da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Clima (UNFCCC, na sigla em inglês), um corpo internacional que representa os 197 signatários do Acordo de Paris.

O estudo foi lançado na última sexta (26) e se chama Relatório de Síntese Inicial das Contribuições Nacionalmente Determinadas e mede as promessas dos países para atingir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura global “bem abaixo” de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais. As promessas, dizem os autores, são muito menos do que o necessário para evitar os piores impactos da crise climática.

As nações atualizaram suas promessas no final de 2020. A maioria dos países, no entanto, perdeu o prazo, incluindo os principais poluidores como China, EUA e Índia. Mas, ao menos 75 signatários, que representam 30% das emissões globais, apresentaram novos planos e atualizaram suas metas para incrementar seus compromissos com a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Há algumas coisas boas relacionadas às atualizações, dizem os autores. Todas elas refletem compromissos mais ambiciosos do que antes e incrementaram suas medidas de adaptação. Além disso, muitos se empenharam em destacar a importância da proteção das comunidades indígenas na luta contra as mudanças climáticas. Mas, mesmo essas propostas ambiciosas, diz o relatório, são insuficientes.

Combinadas, as 75 propostas reduziriam apenas 1% das emissões de gases de efeito estufa até 2030. E para manter o mundo abaixo de 1,5ºC nós precisamos de uma redução de 45%. Para chegar lá, mais países precisam apresentar seus compromissos, especialmente as nações ricas que são as principais responsáveis pelo aquecimento global.

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Os cientistas da ONU já fizeram muitos outros relatórios de clima com urgência. Mas, no último, eles elevam muito o tom. “O relatório interino da UNFCCC é uma bandeira vermelha para nosso planeta”, disse o Secretário Geral Antonio Guterres em um comunicado. Segundo ele, se o mundo ainda tem alguma chance de evitar o caos, 2021 é o ano do “ou vai ou racha”.

Embora melhorar as promessas aos níveis necessários para atingir os objetivos do Acordo de Paris seja um desafio histórico, também é uma oportunidade importante. Em dezembro o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas avisou que, se as emissões de carbono continuarem a crescer, as temperaturas globais podem subir muito mais do que 3ªC até o final do século. Eles também sugeriram que os planos de recuperação econômica verde que alguns países apresentaram para o pós-pandemia de Covid-19 são uma boa oportunidade para acelerar os compromissos climáticos, Se líderes mundiais usarem os incentivos de forma correta eles podem acelerar o processo de descarbonizar a economia global.

Em novembro de 2021 os signatários dos Acordo de Paris irão se encontrar em Glasgow para a COP26, onde espera-se que eles atualizem seus planos. O relatório deixa claro que as propostas dos líderes precisam ser muito mais ambiciosas ou iremos direto para uma catástrofe.

Antes que a COP26 comece a UNFCCC ainda lançará outro relatório, na esperança de que mais países apresentem seus planos. Os autores torcem para que, até lá, eles tenham alguma boa notícia

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