quinta-feira, 11 de março de 2021

Gizmodo Brasil

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Novos vírus e bactérias são encontrados a 450 metros de profundidade

Posted: 10 Mar 2021 05:26 PM PST

CDC/Unsplash

A existência de vírus desconhecidos congelados ou em locais onde eles ainda não conseguiram alcançar os humanos não é coisa de filme de ficção científica. E uma descoberta recente só reforça essa afirmação, já que pesquisadores identificaram novos vírus e comunidades de bactérias em rachaduras cheias de água a 448 metros de profundidade da superfície.

As descobertas fazem parte de um relatório conduzido por cientistas da Universidade Linnaeus, do Instituto Real de Tecnologia de Estocolmo, Universidade Uppsala, Universidade de Ciências Agrárias da Suécia, da Alemanha e dos Estados Unidos. O local exato da detecção foi nos lençóis freáticos nos arredores de Oskarshamn, na Suécia.

De acordo com os pesquisadores, mesmo sob condições extremas, os vírus encontrados estão ativos nas águas subterrâneas e possuem ciclos de vida e taxas de crescimento mais rápidos do que se pensava.

"Por meio de um sequenciamento em larga escala, descobrimos tipos completamente novos de vírus que podem infectar muitos tipos de bactérias. Foi interessante descobrir alguns vírus capazes até mesmo de infectar o recém-descoberto grupo Patescibacteria. E esses vírus e bactérias estão ativos, pois quando os vírus matam suas hospedeiras, elas liberam carbono e nutrientes, o que significa que outras bactérias podem nascer e crescer", disse Karin Holmfeldt, professora associada de ecologia da Universidade Linnaeus e líder do estudo.

As investigações aconteceram no laboratório subterrâneo de Äspö, ao norte de Oskarshamn, no sudeste da Suécia. Os pesquisadores estudaram a comunidade do vírus em três rachaduras cobertas de água no leito rochoso a 171, 415 e 448 metros abaixo do nível do mar. Foi constatado que as amostras coletadas a 415 metros compartilhavam toda a sua comunidade de vírus com as amostras a 448 metros, e não tantas semelhanças entre as comunidades encontradas nas profundidades de 171 e 415 metros, como pensavam os cientistas.

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A pesquisa também mostrou que os vírus, quando estão nesses ambientes, podem transmitir material genético entre bactérias, o que inclui propriedades que as tornam resistentes aos antibióticos. Isso significa que a resistência natural aos antibióticos pode se espalhar de maneira profunda, mesmo dentro da rocha. Na prática, a resistência a medicamentos pode surgir dentro da própria natureza, e não apenas por meio de mutações quando o vírus já estiver circulando entre seres humanos.

O estudo completo foi publicado na revista Communications Biology na última segunda-feira (8).

[Phys.org]

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Estudo aponta que tiranossauros jovens não tinham a mesma força de mordida dos adultos

Posted: 10 Mar 2021 04:23 PM PST

Dentes do espécime de T. rex "Stan". Imagem: Mary Altaffer (AP)

Os tiranossauros adultos eram basicamente máquinas de esmagar ossos que andavam sobre duas patas. Mas, de acordo com uma nova pesquisa, os mais jovens de sua espécie não atingiam o mesmo nível de brutalidade, resultando em uma mordida que os diferenciava de seus colegas adultos.

Felizmente estes animais não existem nos dias atuais. Predadores alfa por excelência do Mesozoico, esses megaterópodes apresentavam uma força de mordida descomunal. Um comparativo: o leão moderno exerce respeitáveis 1.300 newtons (N) de força ao morder a presa, mas o T. rex — com sua mandíbula larga e profundamente inserida — exercia incríveis 60.000 newtons de força a cada abocanhada.

"Estima-se que o T. rex adulto possuía algumas das maiores forças de mordida de impacto registradas em qualquer animal, com potência suficiente para esmagar um carro com base em estudos anteriores", escreveu Andre Rowe, estudante de doutorado em geologia na Universidade de Bristol, por email ao Gizmodo. “Embora o tamanho maciço e os músculos enormes do animal tenham sido fundamentais para a entrega de sua mordida impressionante, a forma também é importante, pois descobrimos que a mandíbula delgada das formas mais jovens era menos capaz de suportar o estresse de uma mordida de alto impacto.”

Deste modo, essa é a principal descoberta de um novo estudo liderado por Rowe, publicado nesta terça-feira (09) na revista científica Anatomical Record. O documento fornece mais evidências mostrando que os tiranossauros juvenis eram notavelmente diferentes de suas versões adultas e que ocupavam — e provavelmente dominavam — um nicho ecológico separado.

O objetivo do novo estudo era explorar como as técnicas de alimentação de grandes dinossauros predadores mudaram durante seus vários estágios de crescimento. Pesquisas anteriores mostraram que o T. rex jovem tinha uma mandíbula delgada, que acabou se transformando naquele modelo que é visto em adultos. Rowe e seus colegas "queriam testar o significado funcional dessa mudança", disse ele.

Para fazer isso, os pesquisadores rodaram modelos biomecânicos 3D baseados em tomografias computadorizadas feitas de esqueletos completos de T. rex e inferências sobre o tamanho, forma e posicionamento dos músculos. Para o seu modelo juvenil, os pesquisadores testaram um jovem tiranossauro da Mongólia chamado Raptorex kriegsteini.

"O principal método que usamos em nosso estudo foi uma técnica de engenharia chamada análise por elementos finitos, que revela tensões e deformações em estruturas sólidas", explicou Rowe. "As áreas das estruturas testadas que estão em alto risco de quebra exibirão cores ‘quentes’ como vermelho e branco, enquanto as cores ‘frias’ como verde e azul indicam pontos onde os riscos de quebra são mínimos."

Mandíbula do T. rex adulto com pressão de mordida indicada pela cor. Imagem: Andre Rowe.

Testes com tiranossauros juvenis e adultos com mandíbulas de comprimentos iguais mostraram que os mais novos tinham que lidar com tensões maiores, indicando a necessidade de uma mandíbula larga e profunda em adultos. A chave para esse achado foi uma análise dos músculos pterigoideos do T. rex, que estão localizados na extremidade posterior inferior de sua mandíbula.

"Como estávamos aplicando músculos virtuais a esses dinossauros para obter resultados precisos de mordidas, tivemos a oportunidade de testar a importância de músculos individuais durante a alimentação", disse Rowe. "Descobriu-se que os músculos pterigoides diminuem as tensões de flexão perto da parte frontal da mandíbula, onde o T. rex podia aplicar suas mordidas de maior impacto usando seus dentes cônicos maciços." Como um aparte interessante, os crocodilos modernos exercem suas forças de mordida mais altas na parte de trás de suas mandíbulas, enquanto nos tiranossauros, elas se concentravam na frente.

Esqueletos de espécimes de tiranossauros testados no estudo. Imagem: No sentido horário, acima da esquerda: Tyrannosaurus rex adulto "Sue" (FMNH PR 2081) (Field Museum of Natural History, Chicago, IL; Foto do Field Museum); Tyrannosaurus rex juvenil "Jane" (BMRP 2002.4.1) (Burpee Museum of Natural History; Foto de A. Rowe); Tarbosaurus bataar adulto (Exibição no Dinosaurium, Praga, República Tcheca; foto de R. Holiš) e reconstrução do esqueleto de Raptorex kriegsteini (LH PV18) (Instituto Long Hao de Geologia e Paleontologia, Hohhot, Mongólia Interior, China; foto de P. Sereno). Imagem final de Andre Rowe.

O novo artigo de Rowe sugere que a mandíbula delgada dos tiranossauros adolescentes poderia ter sido suscetível a sérios danos se sua forma tivesse permanecido a mesma até a idade adulta. Contudo, não era o que acontecia: a mandíbula mais larga do T. rex adulto era capaz de reter a força necessária para esmagar um osso. Em termos de especificidades, um T. rex juvenil com uma mandíbula delgada — mas com o comprimento de uma mandíbula de adulto — teria que suportar 3,3 vezes mais tensão, o que não teria dado certo. Daí surgem as principais diferenças físicas observadas em tiranossauros juvenis e adultos.

"Os tiranossauros adultos são conhecidos por sua mordida de quebrar ossos, que eles usavam para engolir pedaços de carne e ossos inteiros. Mas os juvenis não estavam equipados para tal mordida e, portanto, podem ter usufruído de uma mordida que, mais tarde, acabaria evoluindo", explicou Rowe.

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Portanto, em vez de caçar herbívoros massivos como o Triceratops e o Edmontosaurus, o T. rex juvenil possivelmente caçava dinossauros menores, até mesmo as pequenas espécies de mamíferos que existiam durante o Cretáceo Superior, um período que terminou há cerca de 66 milhões de anos. "Embora o T. rex adulto continue sendo um matador lendário, é bastante notável pensar que ele começou como um animal de corpo esguio que perseguia mamíferos velozes", disse Rowe.

Kat Schroeder, doutoranda na Universidade do México que não estava envolvida com o novo estudo, disse que a nova pesquisa dá embasamento a uma ideia apresentada em seu artigo mais recente, de que que “os tiranossauros juvenis eram fisicamente diferentes de seus pais para agirem como suas próprias ‘morfoespécies’ e podem ter competido com outros terópodes de tamanho médio”.

Schroeder disse ainda que o tamanho da amostra relativamente pequena usada para o novo estudo foi “limitante”, mas que o “trabalho científico foi bem feito” e “se encaixa na hipótese de que os tiranossauros mudavam seu estilo de caça drasticamente à medida que cresciam”. Olhando para o futuro, Rowe gostaria de ver mais trabalhos tendo que lidar com dinossauros e outros animais extintos e como os seus estilos de alimentação mudaram com o tempo.

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Hackers invadem mais de 150 mil câmeras de segurança da startup Verkada

Posted: 10 Mar 2021 03:17 PM PST

Foto: Martin Bureau (Getty Images)

Um grupo de hackers afirma ter invadido a plataforma de serviços de vigilância baseada na nuvem Verkada, uma startup do Vale do Silício que vende e gerencia sistemas de segurança para milhares de organizações em todo o país.

Uma vez ultrapassadas as barreiras da empresa, os hackers foram capazes de acessar suas 150.000 imagens de câmeras ao vivo para examinar o funcionamento interno de inúmeras organizações, incluindo instalações médicas, hospitais psiquiátricos, prisões, escolas, departamentos de polícia e até mesmo grandes empresas como Tesla, Equinox e Cloudflare, de acordo com uma reportagem da Bloomberg. Ou seja, o escopo do ataque foi enorme.

Segundo as afirmações dos hackers, eles baixaram grandes quantidades de dados, além de terem testemunhado incidentes privados e confidenciais que ocorreram "a portas fechadas" nas muitas instituições que foram espionadas. O hack chamou a atenção do público na tarde desta terça-feira (9), quando um usuário do Twitter que atende pelo nome de "Tillie" começou a vazar supostas imagens do hack para a internet. "Já se perguntou como é um armazém da @Tesla?", escreveu em seu perfil, exibindo uma imagem do que parecia ser uma instalação industrial.

Tillie, que atende pelo nome completo de Tillie Kottmann, disse a vários meios de comunicação que faz parte de um coletivo internacional de hackers responsável por violar o Verkada. O grupo parece ter o apelido de "Arson Cats" e também se autodenomina "APT", em referência ao rótulo de "ameaças persistentes avançadas" dado a grupos de hackers por pesquisadores de segurança.

Ainda segundo a Bloomberg, o "Arson Cats" conseguiu entrar no Verkada por meio de um erro de segurança bem tosco: os hackers descobriram uma senha e um nome de usuário para uma conta administrativa de alto acesso que havia sido deixada publicamente exposta na Internet. Em uma mensagem no Twitter, Tillie reiterou isso ao Gizmodo, alegando que depois de terem as credenciais de alto acesso (que desbloquearam uma conta de “superadministrador”), eles puderam se conectar a qualquer um dos milhares de feeds de vídeo na biblioteca do Verkada.

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"O acesso que tínhamos nos permitiu personificar qualquer usuário do sistema e acessar sua visão da plataforma", disse. Tillie ainda explicou que os "direitos de ‘superadmin’ também nos concederam acesso ao shell root com o clique de um botão".

Kottmann, que se apresenta como desenvolvedor Android em seu site, relata ter participado de alguns hacks de alto perfil — incluindo alguns envolvendo gigantes como Intel e Nissan. Este caso recente pode superá-los, no entanto. Entre outras coisas, Kottmann afirmou na terça-feira que o grupo de hackers poderia ter usado o acesso para se infiltrar no laptop do CEO da Cloudflare, Matthew Prince, e mais tarde se gabou de que, se quisesse, o grupo poderia “tomar o controle de metade da Internet”.

Em um comunicado enviado ao Gizmodo na terça-feira, um porta-voz da Verkada disse que a empresa havia notificado os clientes sobre a situação e que estava trabalhando para entender a extensão do hack. "Desativamos todas as contas de administrador interno para evitar qualquer acesso não autorizado. Nossa equipe de segurança interna e [uma] empresa de segurança externa estão investigando a escala e o escopo desse problema e notificamos as autoridades ", disse o porta-voz. Os emails enviados para Tesla e Equinox ainda não foram respondidos. Um representante da Cloudflare enviou a seguinte mensagem:

Esta tarde, fomos alertados de que o sistema de câmeras de segurança Verkada, que monitora os principais pontos de entrada e vias principais em alguns escritórios da Cloudflare, pode ter sido comprometido. As câmeras estavam localizadas em um punhado de escritórios que estão oficialmente fechados há vários meses. Assim que tomamos conhecimento do comprometimento, desativamos as câmeras e as desconectamos das redes do escritório. Para deixar claro, este incidente não afeta os produtos Cloudflare e não temos razão para acreditar que um incidente envolvendo câmeras de segurança de escritório afetaria os clientes.

O mais interessante sobre esse hack até agora tem sido o tom de "hacktivista" sobre seus posicionamentos. Os autointitulados “Arson Cats" chamaram a atenção do público de forma notável, especialmente com sua campanha de intrusão "Operação Panóptico". Eles alegam que querem "acabar com o capitalismo de vigilância", chamando a atenção para as formas como esta observação onipresente domina a vida das pessoas. Eles também parecem se identificar como anarquistas. Kottmann alega não ter nenhuma afiliação com “nação ou corporação”.

Quando questionado sobre a intenção política do hack, Tillie disse que parte disso era o fato de que eles odiavam o capitalismo de vigilância: "Sim, acho que odeio o capitalismo em geral, sendo o capitalismo de vigilância uma parte especialmente horrível e nojenta dele", disse ao Gizmodo via Twitter. "No entanto, a percepção de ter acesso a esses feeds de câmera também nos deu uma maneira muito interessante de ver coisas que todos sabemos que acontecem a portas fechadas, mas geralmente nunca chegamos a ver".

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Por que o cultivo de maconha em ambientes fechados prejudica o planeta

Posted: 10 Mar 2021 01:49 PM PST

À medida que mais estados norte-americanos legalizam a maconha, a produção comercial dela está crescendo. O problema é que essas operações estão aumentando a temperatura do planeta.

Um novo estudo, publicado na Nature Sustainability na segunda-feira (8), visa quantificar o impacto climático do cultivo de cannabis em ambientes fechados nos Estados Unidos. Os autores, que são pesquisadores da Universidade Estadual do Colorado, queriam rastrear quão intensas em gases de efeito estufa seriam essas operações se fossem instaladas em qualquer parte do país.

"Os formuladores de políticas públicas e os consumidores não estão prestando muita atenção aos impactos ambientais da indústria de cannabis", Jason Quinn, professor associado do Departamento de Engenharia Mecânica da universidade e principal autor do estudo, escreveu em um e-mail. "Há pouca ou nenhuma regulamentação sobre as emissões do cultivo de cannabis em ambientes fechados. Os usuários também não estão considerando o efeito ambiental. Esta indústria está se desenvolvendo e se expandindo muito rapidamente, sem consideração pelo meio ambiente."

Muitos produtores de cannabis preferem o cultivo dentro de casa ao exterior porque isso oferece maior controle sobre os habitats das plantas e mais segurança. Mas essas operações internas têm um custo para o clima, uma vez que requerem aquecimento, ventilação e ar condicionado para manter os níveis ideais de temperatura e umidade, além de luzes artificiais de alta intensidade que permanecem acesas o tempo todo. Também é uma prática comum injetar um suprimento regular de dióxido de carbono para acelerar o crescimento das plantas e aumentar os lucros.

Para descobrir o quão intensivo em carbono é o cultivo de maconha, a equipe de pesquisadores desenvolveu um modelo para rastrear a energia e os materiais usados ​​para o tipo de operação de cultivo em ambientes fechados que 41% dos produtores norte-americanos adotam. O modelo foi projetado para simular um armazém típico real, com HVAC, luzes artificiais, pesticidas e fungicidas, água aplicada por meio de irrigação por gotejamento "a uma taxa média de 3,8 litros por planta por dia" e muito mais.

Como as temperaturas e a umidade nos EUA variam amplamente, o modelo dos autores calculou a energia necessária para manter essas condições climáticas internas usando dados meteorológicos por hora de um ano de mais de 1.000 locais em todo o país. Usando dados da rede elétrica de todo o país, o modelo mostrou as emissões de gases de efeito estufa que toda a energia necessária produziria.

Além disso, o modelo levou em consideração as emissões da produção e transporte de água, fertilizantes, fungicidas e garrafas de dióxido de carbono para o cultivo, e também rastreou a poluição de gases de efeito estufa de todos os resíduos que essas operações enviam para aterros sanitários.

Ao todo, os autores descobriram que as emissões cumulativas de gases de efeito estufa criadas por um desses armazéns de cultivo interno foram entre 2.283 quilogramas e 5.184 quilogramas do equivalente de carbono para cada 1 quilograma de flor seca. Dito de outra forma, um oitavo da maconha que você compra (legalmente, é claro) vem com uma pegada de carbono de até 19 quilos.

Os autores dizem que isso não deve estragar a diversão dos norte-americanos, no entanto. Não é preciso desistir de cultivar maconha. Basta mudar a indústria em direção a mais operações de cultivo ao ar livre.

"Se o cultivo de maconha em ambientes internos fosse totalmente convertido para produção ao ar livre, essas estimativas preliminares mostram que o estado do Colorado, por exemplo, teria uma redução de mais de 1,3% nas emissões anuais [de gases de efeito estufa] do estado", diz o estudo. Isso significa que o Colorado sozinho veria uma redução de 2,3 milhões de toneladas do equivalente de carbono a cada ano, o que o estudo observa que é quase igual às emissões de todo o setor de mineração de carvão do estado.

Os resultados da pesquisa sugerem que 80% das emissões de gases de efeito estufa geradas pelo cultivo de cannabis são causadas por "práticas diretamente ligadas aos métodos de cultivo em ambientes fechados, especificamente o controle do ambiente interno, luzes de cultivo de alta intensidade e o fornecimento de dióxido de carbono para o crescimento das plantas."

Sim, o cultivo ao ar livre ainda requer o transporte de materiais e equipamentos e ainda resulta no envio de resíduos para aterros sanitários – problemas nos quais devemos continuar a trabalhar. Mas é muito menos intensivo em energia, descobriram os autores.

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Claro, o cultivo ao ar livre pode não ser possível em todas as partes dos EUA. Portanto, dentro dos estados, os autores também identificaram locais onde o cultivo interno é comparativamente menos intensivo em energia. No Colorado, por exemplo, "a prática do cultivo de cannabis em Leadville leva a 19% mais emissões de GEE do que em Pueblo", porque a primeira tende a ser mais fria.

Em climas onde o cultivo ao ar livre pode funcionar, os formuladores de políticas públicas devem tomar medidas para iniciar a transição. Isso inclui a mudança de regulamentos e códigos de zoneamento para permitir mais dessas operações ao ar livre.

Mas tudo isso é apenas um primeiro passo, dizem os autores. É preciso haver muito mais pesquisas sobre como tornar esta indústria crescente mais sustentável.

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Este meteorito encontrado na Argélia é um pedaço de protoplaneta mais antigo que a Terra

Posted: 10 Mar 2021 01:28 PM PST

Em maio do ano passado, cientistas encontraram um meteorito no deserto da Argélia. Agora, uma análise recente da composição e idade da rocha sugere que ela pode ser um pedaço de "protoplaneta" (uma matéria que constituiu a fase inicial de um planeta) mais antigo que a própria Terra.

Conhecido como "Erg Chech 002", ou "EC 002", o meteorito pesa 32 quilos e é uma rocha vulcânica com cristais de piroxênio, ao contrário da composição condrítica — formada a partir de poeira e pedaços de rochas — observada na maioria dos meteoritos encontrados na Terra.

O novo estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences revelou que o EC 002 é feito de material vulcânico que, por sua vez, se originou de um corpo que passou por derretimento interno para diferenciar o núcleo da crosta. Isso corresponde a um protoplaneta, que é uma das fases de transição para a formação de um planeta.

De acordo com o Meteoritical Bulletin Database, 3.179 meteoritos similares (com características vulcânicas) foram identificados na Terra, sendo que a maioria deles apresenta uma composição basáltica.

O EC 002 se destaca por não ser uma rocha basáltica, mas um andesito, de acordo com a equipe de pesquisadores da University of Western Brittany, na França. As análises radioativas de isótopos de alumínio e magnésio sugeriram que os dois minerais cristalizaram há cerca de 4,565 bilhões de anos em um corpo que se formou há 4ñ566 bilhões de anos. Isso torna o meteorito a rocha mais antiga já vista até agora.

Ao contrário do basalto, que se forma a partir do resfriamento rápido de lava rica em magnésio e ferro, o andesito é composto principalmente de silicatos ricos em sódio e, na Terra, se forma em regiões em que as bordas de uma placa tectônica são empurradas por baixo de outra.

Quando os cientistas compararam a maneira como o EC 002 interage com a luz, eles não encontraram nada parecido no Sistema Solar que pudesse corresponder ao meteorito. Esses tipos de rochas são raros, mas os processos de formação que as originaram eram comuns.

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Uma das explicações de não encontrarmos muitas evidências de protoplanetas é que a maioria deles foi pulverizada ou acabou sendo incorporada em outros corpos rochosos maiores. Considerando que o EC 002 é mais velho que a Terra, é possível que suas rochas irmãs tenham ajudado a formar o nosso planeta.

Ainda há muito a ser estudado sobre esse tipo de meteorito, e a descoberta recente do EC 002 representa um passo importante para entendermos a origem do próprio Sistema Solar.

[Science Alert]

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iPhone 12 mini vende pouco e Apple deve cortar produção em 70%

Posted: 10 Mar 2021 12:41 PM PST

Thai Nguyen/Unsplash

Não tem muito tempo que surgiu o rumor de que a Apple não estaria satisfeita com as vendas do iPhone 12 mini — um acerto para quem estava com saudades de iPhones pequenos, mas algo oposto à aposta da companhia de investir em dispositivos cada vez maiores. E a insatisfação da empresa seria tanta que o aparelho pode estar com os dias contatados.

Segundo uma reportagem do jornal asiático Nikkei, a produção do iPhone 12 mini será cortada em 70% ou mais a partir da segunda metade de 2021. Algumas linhas de fabricação já teriam sido informadas para interromper temporariamente componentes específicos do celular. Em seu lugar, as fábricas foram orientadas a realocar a produção para peças dos iPhones Pro e Pro Max.

Se for verdade, isso representaria um corte de cerca de 20% na produção de todos os modelos de iPhone 12. O jornal indica que esse movimento era esperado agora no primeiro semestre de 2021, principalmente por conta da desaceleração no mercado de smartphones no ano passado por conta da pandemia de covid-19. Das 96 milhões de unidades previstas anteriormente entre janeiro e junho deste ano, agora a Apple estaria trabalhando com um total de 75 milhões.

Apesar da redução, a Apple espera produzir 230 milhões de iPhones em todo o ano de 2021. A companhia teria estocado uma grande quantidade de componentes antes da falta de chips e peças de montagem que tem atingido outras empresas.

E claro, vamos recordar que o fato de as vendas de um aparelho não terem se saído muito bem em comparação com outros modelos — apenas 5% dos iPhones vendidos até a primeira metade de janeiro deste ano foram do iPhone 12 mini –, não quer dizer que a Apple tenha desistido por completo de uma versão mini do iPhone. Pode ser que, no segundo semestre, a companhia apresente um sucessor do dispositivo, mantendo, assim, o mesmo número de opções que a Apple trouxe em 2020.

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O Nikkei também afirma brevemente que a Apple teria adiado para o segundo semestre a produção em massa de dois novos modelos de MacBooks. Ambos viriam com processador Apple Silicon, nos tamanhos de 14 e 16 polegadas. Contudo, atraso pode jogar o lançamento dos aparelhos para 2022.

[Nikkei, The Verge]

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Desinformação, discurso de ódio e a quebra do pacto social implícito

Posted: 10 Mar 2021 12:09 PM PST

Tais Oliveira

Muniz Sodré tem uma passagem em seu livro Claros e Escuros que diz o seguinte: "O que de fato parece chocar a consciência pública é a quebra do pacto social implícito de invisibilização dos mecanismos discriminatórios. Na realidade, a discriminação […] em todas as suas formas é fenômeno constante e socialmente problemático".

Em nossa conversa anterior comentei que falaria por aqui sobre alguns sistemas de opressão relacionados à tecnologia, como a discriminação algorítmica, vazamento de dados, manipulação e clonagem de informações, entre outros. Hoje, especificamente, gostaria de chamar atenção para o problema da desinformação e do discurso de ódio.

A desinformação é o espalhamento de ideias falsas ou manipuladas que tem como objetivo causar uma confusão na sociedade. A partir principalmente de mediações tecnológicas como o computador ou o celular, a indústria da desinformação se aproveita da intolerância causada pela polarização política para invalidar a pluralidade de opiniões, reforçar concepções de determinados grupos sociais, disseminar violência discursiva e que as vezes até gera violência física.

Geralmente, junto com a desinformação, vem o discurso de ódio. A respeito desse tema o pesquisador Luiz Valério de Paula Trindade estudou 506 matérias jornalísticas que continham o termo "discurso de ódio". Seu recorte temporal está entre os anos 1993 e 2018 e seu estudo aponta que é a partir de 2012 em que o termo aparece com maior frequência nos veículos analisados, com 92,6% de citações até 2018. Para o pesquisador, o fato está relacionado à expansão das plataformas de mídias sociais e revela uma urgente necessidade de debater o discurso de ódio no contexto digital global.

Um exemplo recente destes problemas é apresentado no estudo A violência política contra mulheres negras do Instituto Marielle Franco. A pesquisa indica quais as violências sofridas por mulheres negras no período pré-eleitoral, de campanha e pós-eleitoral de 2020. A partir do apontamento das participantes, 78% relatam ter sofrido algum tipo de violência virtual, o maior índice entre práticas mencionadas.

Fonte: Pesquisa A violência política contra mulheres negras | Instituto Marielle Franco

Dentre as variações destas violências virtuais estão o recebimento de mensagens racistas, machistas, misóginas ou LGBTQI+fóbicas nas redes sociais e por e-mail, invasão e ofensas em reuniões virtuais ou lives, estas mulheres foram alvos de desinformação, hackeadas em perfis pessoais nas redes sociais ou em seus dispositivos eletrônicos. Como dito anteriormente, certos sistemas de opressão são intensificados com o uso de ferramentas tecnológicas. As mulheres negras, foco da pesquisa do Instituto Marielle, já são cotidianamente atingidas por discriminações de gênero, raça, classe, orientação sexual entre outros aspectos. A intermediação, o alcance e as consequências destas violências por meio da tecnologia reforçam a importância e a urgência de tratar do tema desinformação e discurso de ódio com uma seriedade interdisciplinar.

Fonte: Pesquisa A violência política contra mulheres negras | Instituto Marielle Franco

O problema é complexo e perpassa por diversos setores da sociedade que necessitam de conscientização e responsabilização como os setores governamentais, de comunicação, educacionais, da indústria de desinformação e dos usuários que colaboram com a disseminação.

Além destes, também é responsabilidade dos setores econômicos, como as grandes corporações e plataformas de mídias sociais, estas com grande poder de intervenção para, ao menos, reduzir os danos causados pela desinformação e discurso de ódio. É mais que urgente quebrar o pacto social implícito de invisibilização dos mecanismos discriminatórios, sobretudo daqueles que detém poder e informação, mas optam por amenizar ou esconder os impactos de fenômenos avassaladores como este.

Tais Oliveira é mestre e doutoranda em Ciências Humanas e Sociais na UFABC e pesquisa sobre tecnologia, sociedade e relações étnico-raciais. Escreve sempre na segunda quarta-feira do mes no Gizmodo Brasil.

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Google traz para smartphones Android e Chromebooks recurso similar ao Handoff da Apple

Posted: 10 Mar 2021 09:30 AM PST

É difícil acreditar que o Chrome OS existe há uma década. E para comemorar o 10º aniversário do Chromebook, o Google anunciou novos recursos para melhorar a produtividade, conectividade e muito mais no sistema operacional de notebooks de entrada da empresa.

Semelhante à maneira como o Handoff funciona no macOS, o Google está atualizando a sinergia entre os Chromebooks e os telefones Android com o novo Phone Hub. Com essa função, será possível emparelhar um smartphone Android com um Chromebook para criar uma nova janela com vários atalhos úteis que permitem controlar o celular remotamente. Isso significa que você poderá fazer coisas como ligar seu ponto de acesso, silenciar a campainha do seu telefone ou ligar o recurso localizar telefone sem precisar se levantar.

Além disso, será possível responder às mensagens do hub do telefone, verificar a vida útil da bateria e o sinal do celular, e abrir as duas últimas guias do Chrome abertas anteriormente no smartphone, permitindo uma escolha mais fácil de onde você parou ao alternar entre os dispositivos.

Outra novidade é uma ferramenta de captura de tela, dentro do menu de configurações rápidas do Chrome OS, que pode fazer screenshots ou gravações de tela ao selecionar um determinado conteúdo. As configurações rápidas agora possuem controles de mídia integrados e, para tornar as capturas de tela e arquivos fixados mais fáceis de acessar, o Google criou uma seção chamada Tote, que está disponível na gaveta de apps do Chrome OS. Até a área de transferência do Chrome OS agora pode salvar os últimos cinco itens que você copiou.

O recurso Desk também foi reformulado, permitindo reorganizar guias e janelas em vários espaços de trabalho para ajudar a manter as informações de diferentes projetos classificados de uma maneira mais organizada. E agora há uma nova seção de respostas rápidas para qualquer clique com o botão direito do navegador, que então exibe pequenas definições ou conversões de unidades.

Para os pais que estão tentando gerenciar melhor os dispositivos dos filhos, o Google também reformulou o Family Link, para que seja mais fácil aos adultos checar as permissões e contas pessoais e escolares nos mesmos dispositivos.

O Google também atualizou o recurso de sincronização de Wi-Fi, para que Chromebooks possam fazer login automaticamente em redes sem fio nas quais você já tenha feito login em seu telefone Android ou outros dispositivos Chrome OS. Nos próximos meses, a empresa também vai lançar a função Nearby Share, para que você possa transferir arquivos por Bluetooth ou Wi-Fi mais facilmente entre aparelhos compatíveis.

Por fim, além de novos ícones para aplicativos como Canvas e Explorar, o Google também reduziu a quantidade de cliques necessários para compartilhar conteúdo e adicionou novos controles ao recurso Selecionar para falar, permitindo aos usuários diminuir a velocidade, acelerar ou pausar reprodução de texto para fala.

A maioria dos novos recursos do Chromebook deve ser disponibilizada a partir desta semana.

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7 documentários incríveis da National Geographic para assistir no Disney+

Posted: 10 Mar 2021 09:27 AM PST

Para quem adora os documentários bem elaborados da National Geographic, o serviço de streaming Disney+ reúne em seu catálogo vários títulos que trazem as melhores produções, como a história por trás da cidade Petra, local histórico na Jordânia, até uma expedição importante feita por cientistas para o Morte Everest.

Por isso, separamos algumas indicações para você assistir no conforto de sua casa. Confira:

Destinos Inesperados

Bob Woodruff, um ex-correspondente de guerra, e seu filho Mack Woodruff, de 28 anos, levam os espectadores em uma aventura dose dupla de pai e filho a alguns dos lugares mais interessantes de conhecer, especialmente pelo conteúdo histórico e sociocultural. São nações e territórios conhecidos principalmente por conflitos: Colômbia, Papua Nova Guiné, Etiópia, Paquistão, Líbano e Ucrânia. Ao todo são seis episódios da docussérie, que já estão disponíveis no serviço.

Free Solo

Ganhador do Oscar de Melhor Documentário de Longa-Metragem, este documentário apresenta a história de Alex Honnold, escalador livre que se preparou para seu maior desafio: escalar a rocha El Capitan, uma das mais famosas do mundo com seus 975 metros, sem nenhum equipamento. A partir do belo trabalho de Jimmy Chin e Elizabeth Chai Vasarhelyi, será possível acompanhar e até sentir, pela perspectiva de Honnold, todos os seus esforços em garantir a conclusão de um sonho. Se ele conseguiu? Só assistindo para saber. Mas, aqui vai um aviso: algumas cenas podem causar uma pequena sensação de vertigem, então esteja preparado!

Petra: Cidade das Riquezas

Petra é um famoso sítio arqueológico situado no deserto do sudoeste da Jordânia. Até hoje, é um local que esconde muitos segredos de seus antepassados, especialmente nas construções, que passam dos 2.000 anos. Desde 1985 é reconhecida como Patrimônio da Humanidade pela Unesco e já foi palco do filme Indiana Jones e a Última Cruzada, de Steven Spielberg. Ao longo de seus 44 minutos de duração, somos levados ao passado para que o presente seja compreendido. Uma ótima sugestão para quem curte saber mais sobre a história de outras civilizações.

Lady Di: Suas Últimas Palavras

Baseado em uma série de entrevistas feitas em 1991 pela então Princesa de Gales para um livro biográfico que seria lançado sobre ela, o documentário apresenta os pensamentos de Diana em momentos específicos de sua vida, como o antes e depois do seu casamento com o Príncipe Charles. Com arquivos pessoais expostos, é possível entender o lado de uma das mulheres mais marcantes da história da Inglaterra.

Foto: Anwar Hussein/National Geographic.

Expedição Amelia: A Busca Pelo Corpo

Sob o comando de Bob Ballard, oceanógrafo responsável pela descoberta dos destroços do Titanic em 1985, este documentário busca sanar o desaparecimento de Amelia Earhart. Conhecida por ser uma das primeiras mulheres a se tornar aviadora, ela colecionou diversos recordes, incluindo ter sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o Oceano Atlântico, até o dia em que desapareceu misteriosamente, em 1937. Assim, Ballard irá em busca de respostas, bem como responder a um questionamento que ultrapassou décadas: será que é possível encontrar o avião perdido?

Expedição no Everest

Como forma de compreender os impactos das mudanças climáticas nos sistemas montanhosos, de abril a junho de 2019, a National Geographic conduziu a expedição científica mais abrangente da história ao Monte Everest (conhecido localmente como Sagarmatha ou Chomolungma). Trabalhando em estreita colaboração com a Tribhuvan University, o governo nepalês, as principais universidades americanas e internacionais e as comunidades locais da região de Khumbu no Nepal, a expedição teve equipes focadas em biologia, geologia, glaciologia, meteorologia e mapeamento. A expedição foi apoiada pela Rolex como parte de sua Iniciativa Planeta Perpétuo. Assim como em Free Solo, é um documentário que fisga algum fôlego, seja pelas situações apresentadas ou belas belíssimas paisagens.

Foto: National Geographic/Reprodução.

Pompeia: Revelações Inéditas 

No passado, durante o apogeu do Império Romano, uma erupção do Vesúvio cobre a cidade de Pompeia de cinza vulcânica, matando milhares de pessoas. Agora, no presente, especialistas forenses investigam pela primeira vez um grupo de vítimas chamado de “fugitivos”. Os raios-X revelam as idades, as lesões sofridas e até mesmo artefatos como sandálias ou joias. Para além disso, a investigação também aponta razões para não terem conseguido escapar ao desastre natural mais famoso da Antiguidade.

Para assistir todos esses e muito mais conteúdos da National Geographic, clique neste link e assine o Disney+ hoje mesmo!

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Nuvem alongada de Marte aparece e desaparece diariamente durante o solstício

Posted: 10 Mar 2021 08:59 AM PST

Uma nuvem alongada tem aparecido repetidamente no céu de Marte há anos. Formada por água congelada, a “Arsia Mons Elongated Cloud” (ou “Nuvem Alongada de Arsia Mons”, em tradução livre) está localizada acima do vulcão Arsia Mons, como sugere o próprio nome, e se estende até o Olympus Mons, a montanha mais alta do sistema solar. O que é curioso é que ela aparece e desaparece diariamente por cerca de 80 dias durante o solstício na região sul do Planeta Vermelho.

Até então, era um desafio para os cientistas estudar o fenômeno devido à atmosfera inconstante de Marte e as dificuldades de observá-lo da órbita. A boa notícia é que o orbitador Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), finalmente conseguiu um olhar mais detalhado dessa nuvem misteriosa utilizando sua Câmera de Monitoramento Visual (VMC).

O objetivo original da VMC não era monitorar nuvens marcianas, mas tentar encontrar o lander Beagle 2. Recentemente, a ferramenta ganhou um novo propósito: rastrear nuvens, tempestades de poeira, mudanças nas calotas polares de gelo e outros fenômenos no Planeta Vermelho.

A partir das observações da VMC e dados de outras missões anteriores, os pesquisadores publicaram suas descobertas em um artigo no Journal of Geophysical Research. De acordo com o estudo, a nuvem mede cerca de 1.800 quilômetros de comprimento e 150 quilômetros de largura. Ela é classificada como uma nuvem "orográfica" — ou seja, ela se forma quando uma corrente de ar é empurrada para cima ao passar por elevações na superfície, como o Arsia Mons.

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Um fato impressionante é a rapidez com que ela consegue aumentar de tamanho. A nuvem se forma antes do nascer do Sol e se expande por duas horas e meia a uma velocidade de 600 quilômetros por hora. Ao atingir sua dimensão máxima, ela se desprende do local de formação, se estica um pouco mais e, enfim, evapora no fim da manhã.

A “Nuvem Alongada de Arsia Mons”. Crédito: DSA/GCP/UPV/EHU Bilboa CC BY-SA 3.0 IGO

Os detalhes recém-descobertos sobre o ciclo de vida e padrões desse fenômeno vão ajudar os cientistas a estudar melhor a nuvem alongada.

[Space.com]

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Microsoft confirma que alguns jogos da Bethesda serão exclusivos de Xbox e PC

Posted: 10 Mar 2021 07:47 AM PST

Em setembro de 2020, a Microsoft anunciou a aquisição da ZeniMax Media, dona de alguns dos maiores estúdios que desenvolvem jogos — entre elas a Bethesda —, por US$ 7,5 bilhões. O acordo foi aprovado agora em março, e com ele uma informação que alguns já esperavam: muitos games, para não dizer todos, serão exclusivos dos consoles Xbox e PC por meio do programa Game Pass.

Na prática, PlayStation 4, PS5 e Nintendo Switch talvez não recebam jogos já anunciados pela Bethesda antes do acordo com a Microsoft, o que inclui The Elder Scrolls VI e Starfield. Isso ainda não foi confirmado, mas sabe-se que alguns títulos do conglomerado farão parte do Game Pass, como foi o caso com Doom Eternal e The Elder Scrolls V: Skyrim, que já estão no catálogo.

“Esta é a próxima etapa na construção de uma equipe de estúdios líderes do setor – um compromisso que firmamos com nossa comunidade Xbox. Com a adição dessas equipes criativas, os jogadores precisam saber que os consoles Xbox, os PCs e o Game Pass serão o melhor lugar para experimentar os novos jogos Bethesda, incluindo alguns títulos que, no futuro, serão exclusivos para jogadores de Xbox e PC", contou Phil Spencer, chefe da divisão Xbox.

Também é válido relembrar que a Microsoft se comprometeu em manter o contrato de exclusividade de Deathloop e GhostWire: Tokyo, que estão previstos para saírem apenas no PlayStation 5. No entanto, isso pode mudar no futuro, já que a companhia vai analisar "caso a caso" na decisão de levar esses e outros games para outras plataformas.

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Além disso, Spencer confirmou anteriormente que os próximos games da Bethesda chegarão ao Xbox Game Pass no mesmo dia em que forem lançados.

Com o acordo, a Microsoft passará a controlar os estúdios Bethesda Softworks, Bethesda Game Studios, id Software, ZeniMax Online Studios, Arkane, MachineGames, Tango Gameworks, Alpha Dog e Roundhouse Studios. Juntos, eles empregam 2,3 mil pessoas ao redor do mundo. A partir de agora, a empresa tem um total de 23 estúdios desenvolvendo jogos para PC e Xbox.

[Xbox Wire]

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Cientistas apontam que a difteria, uma doença transmissível, pode se tornar uma ameaça global

Posted: 10 Mar 2021 07:12 AM PST

Foto: Munir Uz Zaman/AFP (Getty Images)

Ao que parece, uma doença infecciosa que parecia estar sob controle, voltou a estar com tudo. Em um novo artigo publicado nesta semana, os cientistas alertam que os casos de difteria aumentaram gradualmente nos últimos anos, embora haja sinais de que os antibióticos e as vacinas contra a bactéria possam correr o risco de perder sua potência à medida que o germe continue a evoluir.

Para quem desconhece, a difteria é causada por determinadas cepas da bactéria Corynebacterium diphtheriae. É transmissível através de gotículas respiratórias e, mais raramente, através do contato da pele com feridas infectadas. O dano que essas bactérias causam geralmente não vem da infecção em si, mas da toxina que elas podem produzir. Os primeiros sintomas incluem dor de garganta e febre baixa. Em poucos dias, a toxina pode matar células suficientes ao longo da garganta e causar um acúmulo de detritos mortos que torna difícil para as vítimas respirarem.

Quem se infecta também pode desenvolver um inchaço no pescoço, também chamado de "pescoço de touro", causado por gânglios linfáticos aumentados. Se não for tratada, a toxina pode infiltrar-se na corrente sanguínea e em outros órgãos, causando danos internos massivos que matam cerca de metade de suas vítimas.

Embora a difteria tenha matado pessoas por séculos, o surgimento de antitoxinas, antibióticos e uma vacina altamente eficaz na primeira metade do século 20, a neutralizou de forma considerável. Assim, de 1980 a 2000, segundo este relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a vacinação infantil universal na década de 1970, a incidência de novos casos anuais de difteria caiu para mais de 90%. Hoje, cerca de 85% da população mundial está vacinada contra a doença, que aparenta estar extinta em muitos países, incluindo os EUA.

No entanto, ainda existem locais no mundo onde o acesso a tratamentos e vacinas eficazes é mais limitado. A incidência de difteria também começou a aumentar gradualmente recentemente. Em um novo estudo publicado nesta segunda-feira (08) na Nature Communications, os cientistas dizem que há evidências de que as bactérias da difteria correm o risco de mudar geneticamente o suficiente para enfraquecer a eficácia dos antibióticos e vacinas usados contra elas.

O estudo, que envolveu pesquisadores do Reino Unido, Índia e da OMS, analisou a diversidade genética dessas bactérias (cepas produtoras de toxinas e não-toxinas) ao longo do século passado, estudando amostras coletadas em pacientes de 16 países. Isso incluiu o próprio país do mausoléu Taj Mahal, onde a maioria dos casos anuais de difteria acontecem agora. Eles usaram esses dados para traçar a evolução dessas bactérias ao longo do tempo.

Segundos pesquisadores, existem sinais de que as bactérias estão começando a se adaptar às nossas armas. Eles descobriram um aumento substancial no número médio de genes de resistência antimicrobiana carregados pela bactéria difteria na última década, em comparação com as anteriores. A diversidade de seu gene "tox", responsável pela produção da toxina mortal, também aumentou recentemente. Eles identificaram 18 variantes diferentes do gene tox, algumas das quais poderiam alterar a estrutura básica da toxina, o que poderia tornar os tratamentos existentes menos eficazes.

Cepas de bactérias da difteria resistentes a antibióticos também podem dificultar o tratamento de infecções pelos médicos. Enquanto isso, a vacina contra a difteria funciona como um treinamento para o corpo reconhecer a toxina específica. Qualquer mudança significativa em sua estrutura pode enfraquecer o quão bem o nosso sistema imunológico irá defendê-la, bem como a força das drogas antitoxinas. Dito isso, vale frisar que essas descobertas não mostram que a difteria agora é imune a antibióticos ou vacinas. As mutações encontradas em seu gene tox não parecem afetar a eficácia da nossa vacina atual, embora não haja evidências de resistência substancial aos antibióticos mais comuns usados ​​para tratar a infecção.

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A crescente diversidade dessas bactérias sugere que um dia ela poderia "aprender" como escapar melhor de nossas vacinas, antitoxinas e antibióticos. E no contexto das tendências atuais, isso é extremamente preocupante. Em 2018, havia mais de 16.000 casos de difteria relatados em todo o mundo – o maior número anual de vítimas em 22 anos – e 2019 foi ainda pior. No ano passado, com a explosão da pandemia por conta da Covid-19, os esforços de vacinação para doenças como a difteria foram interrompidos.

Mesmo no pior cenário, vacinas e antitoxinas podem ser modificadas se necessário e há outros antibióticos que os médicos podem usar no caso destes medicamentos de primeira linha também começarem a falhar. Entretanto, os pesquisadores alertam que temos que continuar estudando e começar a nos preparar para essas possibilidades agora, antes que seja tarde demais e a difteria siga os passos de outras doenças evitáveis por vacinas, como o sarampo, que ressurgiu de forma assustadora recentemente.

"É mais importante do que nunca entender esta doença historicamente importante, para evitar que se torne uma grande ameaça global novamente em sua forma original ou modificada", escreveram os autores.

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Elon Musk explica por que o protótipo do foguete SN10 explodiu depois de pousar

Posted: 10 Mar 2021 05:58 AM PST

O terceiro teste em alta altitude de um protótipo da SpaceX Starship terminou com um pouso bem-sucedido em 3 de março – e então, momentos depois, explodiu.

Embora o SN10, como o protótipo era conhecido, tenha se juntado a seus dois predecessores mais recentes no grande além, ele ainda foi celebrado como um sucesso por se tornar o primeiro dos protótipos da Starship, de Elon Musk, com destino a Marte, a conseguir pousar. Na terça-feira (9), Musk foi ao Twitter para explicar por que o SN10 nos deu falsas esperanças temporariamente e esclareceu que uma série de correções já está em andamento para o próximo protótipo da série, o SN11.

"O motor do SN10 estava com baixo empuxo devido (provavelmente) à ingestão parcial de hélio do tanque coletor de combustível", tuitou Musk. "Impacto de 10m/s esmagou as pernas e parte da base."

Em tuítes subsequentes, Musk confirmou que a ingestão de hélio foi provavelmente o resultado de um sistema de pressurização que foi adicionado ao tanque CH4 para corrigir um erro que havia ocorrido anteriormente com o SN8.

"Se a pressurização autógena tivesse sido usada, as bolhas de CH4 provavelmente teriam se revertido em líquido", escreveu Musk . "O hélio na plataforma foi usado para evitar a perda do líquido devido à movimentação, o que aconteceu no voo anterior. Minha culpa por aprovar. Parecia uma boa ideia na época."

Um vídeo do lançamento do SN10 e o subsequente pouso suave na instalação de teste da SpaceX em Boca Chica, no Texas, mostra o foguete se aproximando para um pouso rápido antes de se estabelecer em um ângulo inclinado, ligeiramente em chamas. Quase um minuto após completar com sucesso o voo de teste, o foguete explode em uma enorme bola de fogo.

O tuíte de Musk veio como uma resposta a uma série de imagens compartilhadas por um fotógrafo que parecem capturar funcionários da SpaceX testando as pernas de pouso do SN11 para garantir que elas serão implantadas adequadamente enquanto o foguete se prepara para seu voo de teste iminente.

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Embora o SN11 já esteja a postos na plataforma de lançamento em Boca Chica, a SpaceX ainda não confirmou quando o próximo teste está programado para ocorrer – embora alguns especialistas do setor estimam que o novo protótipo poderia estar pronto para ser lançado já na próxima semana.

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Tratamento com anel vaginal pode prevenir HIV por até três meses, sugere estudo

Posted: 10 Mar 2021 05:36 AM PST

A próxima geração de medicamentos e tratamentos preventivos para HIV/AIDS continua parecendo promissora. Uma nova pesquisa divulgada na terça-feira (9) sugere que as pessoas podem usar com segurança um tratamento com anel vaginal destinado a prevenir a infecção pelo HIV por até três meses. Uma versão mensal do mesmo dispositivo já está sendo avaliada para aprovação em países africanos e em outros lugares.

O tratamento é denominado dapivirina. Como outros antirretrovirais, ele age inibindo a capacidade do HIV de se replicar no interior das células. Desde 2014, a Parceria Internacional para Microbicidas (IPM) — uma organização sem fins lucrativos focada no desenvolvimento de profiláticos de HIV para mulheres em países de baixa renda — detém os direitos da dapivirina e tem tentado garantir a aprovação do medicamento como o primeiro anel intravaginal capaz de reduzir o risco de infecção. Ele seria uma forma de profilaxia pré-exposição, ou (PrEP). Atualmente, a única forma de PrEP disponível é uma pílula que deve ser tomada diariamente.

No final de 2019, após a conclusão de dois ensaios de Fase III na África, uma formulação mensal de dapivirina foi submetida à aprovação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA). No ano passado, a EMA fez uma revisão positiva dos dados do ensaio clínico, que descobriu que as mulheres que tomavam dapivirina tinham cerca de 27% a 35% menos probabilidade de contrair o HIV do que as do grupo de controle.

No início de janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a dapivirina como um tratamento que deve ser incluído como uma das várias opções para a prevenção do HIV. O IPM disse que solicitou a aprovação do medicamento em vários países da África Subsaariana, onde as taxas de HIV entre as mulheres continuam muito altas. Na semana passada, eles também solicitaram a aprovação à Food and Drug Administration, órgão regulador dos EUA.

Enquanto esse processo está em andamento, o IPM, em parceria com os Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, testou se uma versão mais duradoura do anel seria melhor para mulheres usarem, uma vez que provavelmente seria disponibilizado ao público. Seus resultados preliminares, detalhados na terça-feira na Conferência (virtual) sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas, parecem apontar nessa direção.

O estudo de Fase I envolveu 49 mulheres HIV-negativas saudáveis ​​e cisgênero nos EUA. Dois grupos de voluntárias usaram um anel contendo 100 miligramas ou 200 miligramas de dapivirina por 90 dias, enquanto um terceiro usou a forma mensal do anel, que continha 25 miligramas de dapivirina, pelo mesmo período de tempo. Em seguida, elas foram observadas por 13 semanas.

Todos os três grupos parecem tolerar bem seus anéis, sem riscos graves para a saúde encontrados durante o estudo. Mas aquelas que usaram a versão de 90 dias apresentaram níveis mais elevados de dapivirina no sangue e no tecido cervical. Isso indica que o medicamento poderia ser mais potente e eficaz na prevenção do HIV quando usada dessa forma mais duradoura.

Os resultados ainda são preliminares, no entanto. E os testes de Fase I são expressamente projetados para testar a segurança de um tratamento experimental, não sua eficácia. Mas se a forma mensal do anel de dapivirina for aprovada conforme o esperado no final deste ano, não seria um grande obstáculo trazer uma versão de 90 dias ao público eventualmente, assumindo que esta pesquisa continue a se mostrar promissora. O IPM também está testando uma versão do anel que conteria dapivirina e um anticoncepcional de longa duração.

"A aprovação regulatória do anel mensal seria um marco incrível para as mulheres, que têm enfrentado a epidemia de HIV em grande parte do mundo e precisam e merecem ter uma variedade de métodos seguros e eficazes. Esperançosamente, um anel de dapivirina de duração estendida que as mulheres substituem a cada três meses pode ser mais uma opção disponível para elas em um futuro não muito distante", disse o autor do estudo Albert Liu, diretor de pesquisa clínica do Departamento de Saúde Pública de San Francisco, em um comunicado divulgado pela Microbicide Trials Network, um projeto financiado pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos para estudar e ajudar a desenvolver tratamentos preventivos para doenças sexualmente transmissíveis como o HIV.

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Recentemente, surgiram muitas notícias encorajadoras no mundo da pesquisa sobre HIV. Além do estudo do anel vaginal, há um trabalho em andamento para desenvolver outras versões mais duradouras de PrEP, administradas na forma de injeção ou pílula, para pessoas com maior risco de infecção. E em fevereiro, o primeiro tratamento de longa duração para o HIV — uma série de duas injeções, tomadas mensalmente – foi aprovado pela FDA, chamado Cabenuva. Uma pesquisa recente sugeriu que a Cabenuva pode ser tomada apenas seis vezes por ano, e o fabricante do medicamento, ViiV Healthcare, agora pediu uma aprovação atualizada para a versão bimestral.

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Novo logo da MGM tem versão em computação gráfica de seu famoso leão

Posted: 10 Mar 2021 03:00 AM PST

Gif: YouTube - MGM

Por mais de 100 anos, o leão Leo, mascote da Metro-Goldwyn-Mayer, fazia a abertura dos filmes do estúdio com seu rugido triunfante. Mas esta semana a MGM revelou a primeira atualização de sua marca desde 2012, com um acabamento em ouro metálico altamente polido e, pela primeira vez, uma cópia digital substituiu a imagem do leão vivo.

O advento da computação gráfica fotorrealística, inaugurada por sucessos de bilheteria como O Exterminador do Futuro 2 e Jurassic Park décadas atrás, finalmente resolveu um problema de Hollywood: as estrelas de cinema lucrativas são meros seres humanos que, eventualmente, envelhecem e param de fazer filmes. Os efeitos visuais modernos podem, pelo menos em teoria, estender suas carreira por décadas, mesmo depois de mortas.

Por mais que criar seres humanos realistas com uma atuação crível e emotiva em um computador seja um problema técnico, colocar uma cópia digital de uma celebridade falecida em um filme já atinge a esfera moral. As famílias e os herdeiros de estrelas famosas de Hollywood não querem que os estúdios possam decidir onde esses artistas aparecem após sua partida. Por exemplo, se o ator Christopher Plummer aparecer em um anúncio do restaurante mexicano Taco Bell daqui a alguns anos, não seria exatamente um acréscimo ao seu legado.

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Até agora, vimos principalmente a computação gráfica usada como uma forma de rejuvenescer celebridades para sequências de flashback, como uma versão mais jovem de Kurt Russell em Guardiões da Galáxia Vol.2 ou um Michael Douglas sem rugas em Homem Formiga e a Vespa. Também é uma maneira para os atores realizarem acrobacias perigosas sem a necessidade de muitos equipamentos de segurança no set.

Poucos percebem que o animal que ruge com o logotipo atual da MGM tem esse emprego desde 1957, um total de 64 anos, o que passa dos mais de 49 anos da vida média de um leão. E antes da versão de 1957, houve outros sete leões diferentes que atuaram no papel de Leo. Aliás, distinguir um leão do outro não é uma tarefa fácil para quem não conhece tão bem os animais. Por isso, trocar os felinos tem sido um grande problema para a MGM. Contudo, as filmagens de 1957 estavam começando a parecer antigas, e tentar torná-las nítidas e modernas para serem aplicadas na transição de HD para 4K e depois para 8K se tornou cada vez mais desafiador. Deste modo, o futuro Leo foi substituído por um leão de computação gráfica, como você confere no vídeo abaixo:

O novo logotipo animado ia estrear originalmente no filme do James Bond, 007 – Sem Tempo para Morrer, mas, como seu lançamento foi adiado várias vezes por causa da pandemia de Covid-19 (de novembro de 2019 para o final de 2021), o Leo 9.0 dará as caras em Dog, uma comédia com o ator Channing Tatum, que será lançada em julho, e em Respect, um filme biográfico de Aretha Franklin que será lançado em agosto.

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Limpeza dos danos causados pelo desabamento de Arecibo pode custar US$ 50 milhões

Posted: 10 Mar 2021 02:00 AM PST

Uma nova estimativa sugere que serão necessários algo entre US$ 30 milhões e US$ 50 milhões para limpar a bagunça causada pelo colapso da icônica antena do Observatório de Arecibo no final do ano passado, de acordo com um relatório da National Science Foundation (NSF) detalhando as consequências do desastre e possíveis próximos passos.

A investigação sobre a causa do colapso do Observatório de Arecibo, em Porto Rico, ainda está em andamento, mas a National Science Foundation, por meio da Lei de Apropriações Consolidadas de 2021, foi solicitada a fornecer um relatório ao Congresso dos EUA descrevendo as "causas e extensão dos danos, o plano para remover entulhos de uma forma segura e ambientalmente correta, a preservação das instalações associadas [do Observatório de Arecibo] e áreas circundantes, e o processo para determinar se deve estabelecer tecnologia comparável no local, juntamente com quaisquer estimativas de custo relacionados".

A NSF teve apenas 60 dias para produzir o relatório depois a promulgação da lei, o que pode explicar por que ele é tão escasso em detalhes. O documento tem apenas sete páginas e está repleto de informações que já conhecíamos. Dito isso, a NSF forneceu alguns detalhes novos, como a estimativa de custos de limpeza, uma visão geral dos danos causados ​​à instalação e uma atualização sobre a limpeza, entre outros assuntos.

Para recapitular, um cabo auxiliar de uma torre de suporte se soltou de seu soquete em 10 de agosto de 2020, resultando em grandes danos aos painéis refletores abaixo. Um cabo principal na mesma torre se partiu vários meses depois, resultando em ainda mais danos à antena, que vinha sendo usada para radar e radioastronomia desde 1963. A segunda falha do cabo foi especialmente preocupante, pois "este cabo quebrou em condições que deveriam estar dentro de suas capacidades de suporte, indicando que ele, junto com os cabos principais restantes, poderia estar mais fraco do que o esperado", de acordo com o novo relatório.

As empresas de engenharia contratadas para avaliar a estrutura disseram que uma falha subsequente do cabo seria catastrófica, resultando na decisão de desativar o prato de 305 metros. Enquanto os planos estavam sendo feitos para demolir o célebre radiotelescópio, a plataforma de 900 toneladas cedeu, desabando em 1º de dezembro de 2020.

As inspeções feitas após o colapso mostraram que a plataforma e a cúpula gregoriana tiveram “perda total para fins científicos”, de acordo com o relatório. As torres de suporte de 18 metros da plataforma 12 e 4 quebraram durante o colapso e a torre de suporte de 37 metros da plataforma 8 também se soltou. Como afirma o documento, "as avaliações adicionais da integridade estrutural das torres continuam".

O telhado do Centro de Aprendizagem sofreu danos significativos, mas a NSF disse que ele pode ser reparado. Um trailer usado pela equipe educacional e de divulgação pública foi completamente "demolido", enquanto o Centro de Visitantes saiu ileso, exceto por alguns danos menores causados ​​pela queda de pedaços de concreto, disse o novo relatório.

Uma empresa privada que foi contratada e especialistas do Kennedy Space Center da Nasa estão atualmente conduzindo uma análise forense para determinar a causa da falha do soquete do cabo auxiliar original. Um outro contratante separado está realizando a investigação forense em Arecibo, e a expectativa é que sejam gerados relatórios finais de ambos os contratantes em dezembro de 2021. Além desses esforços, a NSF pediu que um “estudo independente acelerado” sobre a causa das falhas dos cabos seja concluído pelas Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina.

Uma empresa especializada em limpeza de desastres e remediação ambiental foi contratada para ajudar. Solos contaminados com óleos hidráulicos, que foram liberados durante o colapso, estão sendo amostrados e removidos. A equipe de limpeza também está testando as águas subterrâneas e superficiais próximas às instalações. Um "Plano de Prevenção da Poluição de Águas Pluviais" está em andamento para "evitar que sedimentos e poluentes migrem para fora do local", assim como levantamentos de fauna e vegetação para ajudar na proteção de espécies vulneráveis, de acordo com o relatório.

O documento lista as estimativas preliminares de custos para a limpeza entre US$ 30 milhões e US$ 50 milhões a partir de agora até o final de 2022.

A NSF está trabalhando com o Escritório de Preservação Histórica do Estado de Porto Rico e o Conselho Consultivo Federal sobre Preservação Histórica na "proteção e preservação de elementos historicamente importantes das estruturas e do local". Objetos valiosos ou relevantes encontrados durante o processo de limpeza podem ser exibidos no observatório ou enviados a museus.

O futuro da instalação permanece incerto. A NSF diz que ainda é muito cedo para saber como ela pode ser reparada ou reconstruída para permitir diferentes tipos de esforços científicos, acrescentando que a restauração “exigirá diferentes níveis de esforço e financiamento”. Os autores disseram que “muitas tecnologias e mais de uma dezena de recursos distintos” ainda estão em vigor no local, incluindo um radiotelescópio menor de 12 metros e uma instalação LIDAR usada para estudar a composição e o movimento da ionosfera.

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Quanto a reparar ou reinventar o prato grande, a NSF disse que seu “processo para estabelecer qualquer nova instalação científica significativa depende de prioridades estabelecidas pela comunidade científica e de uma revisão rigorosa por pares do mérito intelectual e dos impactos mais amplos da atividade proposta.”

Um workshop comunitário planejado para abril deve fornecer mais informações sobre o Observatório de Arecibo e seu futuro.

Não está fora de questão reconstruir uma antena parabólica nas instalações. Uma proposta para um "Telescópio Arecibo de última geração" de US$ 450 milhões foi apresentada pelo observatório no mês passado. Os dias têm sido sombrios em Arecibo, mas talvez haja motivos para otimismo.

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