sexta-feira, 12 de março de 2021

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Novo estudo sugere que terapia genética poderá oferecer tratamento para dor crônica

Posted: 11 Mar 2021 04:37 PM PST

Um grupo de cientistas diz que está prestes a desenvolver um tratamento promissor para dor crônica. Ele funciona diminuindo, mas não alterando permanentemente, um gene que nos faz sentir o incômodo. A pesquisa com ratos sugere que este tratamento pode oferecer meses de alívio de uma só vez, sem grandes riscos à saúde. Ainda assim, mais trabalho precisa ser feito antes que possamos ver testes em humanos.

A dor crônica continua sendo uma das doenças mais comuns e desafiadoras de tratar. As estimativas variam, mas um estudo de 2018 descobriu que 20% dos adultos norte-americanos sofrem com o problema, enquanto 8% têm dores graves o suficiente para impactar fortemente seu dia a dia. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED) encontrados em um levantamento realizado em 2018, pelo menos 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões de pessoas, relataram sentir dor de forma crônica.

Embora existam muitos tratamentos por analgésicos disponíveis, a maioria fornece apenas um alívio leve e/ou de curta duração. Drogas mais poderosas, como certos opioides, podem oferecer um resultado significativo, mas nem todos respondem bem a elas, e as substâncias apresentam risco de dependência e outros efeitos adversos mais sérios. Mesmo quando os opioides funcionam como planejado, o corpo gradualmente se acostuma e eles podem perder a potência com o tempo.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego estavam investigando as possíveis aplicações da engenharia genética quando Ana Moreno, um dos membros da equipe, encontrou um artigo intrigante envolvendo um gene chamado SCN9A. O gene é comumente expresso (o que significa que está trabalhando ativamente) nas células nervosas fora do cérebro e da medula espinhal, também chamadas de sistema nervoso periférico. O artigo ainda detalhou como as mutações que o tornavam não funcional também deixavam as pessoas com a incapacidade de registrar e sentir dor. Outra pesquisa mostrou que as mutações que aumentam a expressão de SCN9A nessas células deixam as pessoas com maior sensibilidade à dor.

O SCN9A controla uma parte da maquinaria de nossas células chamada de canal de sódio, especificamente um subtipo conhecido como Nav1.7. Nas células nervosas onde é encontrado, o Nav1.7 parece ser crucial para sua capacidade de reconhecer possíveis sinais de dor que são enviados ao cérebro, o que deixou Moreno e seus colegas curiosos. Se eles pudessem encontrar uma maneira de amortecer o Nav1.7 com segurança por meio da terapia genética, conforme raciocinaram, eles deveriam ser capazes de ajudar as pessoas com dor crônica. E como o gene tem uma função simples que parece afetar apenas o Nav1.7, qualquer terapia provavelmente teria baixo risco para as pessoas.

"O que é muito empolgante sobre esta abordagem é que ela tem como alvo um gene que tem um fenótipo muito limpo", disse Moreno, recém-graduada em bioengenharia e engenharia biomédica pela UCSD, por e-mail ao Gizmodo. "Como sabemos que este gene está diretamente envolvido na dor, é um alvo perfeito, que não vicia, para fornecer alívio para pacientes com dor crônica.”

Uma ilustração visual de como a terapia genética da equipe supostamente ajuda a suprimir a dor crônica. Ilustração: Moreno, et al/Science Translational Medicine.

Seu novo trabalho, publicado na Science Translational Medicine nesta quarta-feira (10), testou dois métodos comuns de engenharia genética em camundongos: o mais recentemente desenvolvido CRISPR/Cas-9 e uma técnica mais antiga que se baseia em proteínas de dedo de zinco. Embora o CRISPR seja mais comumente conhecido por editar genes permanentemente, a equipe decidiu usar uma versão modificada de cada método (entregue às células por meio de um vírus castrado) que bloquearia apenas a expressão de SCN9A/Nav1.7 temporariamente, não precisando desligar para sempre.

Os ratos que usados como cobaia foram concebidos para desenvolver diferentes tipos de dor crônica, como a inflamatória, comumente associada à quimioterapia ou dor nos nervos. Para medir suas respostas, os pesquisadores analisaram, entre outras coisas, por quanto tempo eles poderiam tolerar estímulos como calor e toque. Em seus experimentos, os animais que receberam a terapia gênica pareceram ter uma maior tolerância à dor e experimentaram um alívio duradouro da dor em geral (provavelmente o equivalente a semanas ou meses nas pessoas). Algo bem importante que ficou perceptível é que o tratamento parecia não ter efeitos adversos perceptíveis.

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"Nossos estudos demonstraram eficácia, segurança e longevidade", disse Moreno. "Isso tem um grande potencial para ajudar os pacientes que têm dores intratáveis."

Claro, esses resultados são apenas o começo de algo ainda não testado. Os ratos não são pessoas e, possivelmente, existem diferenças importantes na forma como a sua versão do Nav1.7 funciona em relação à nossa. Embora o tratamento da equipe pareça temporário e seguro no papel, eles ainda não podem descartar quaisquer efeitos indesejáveis ​​prejudiciais. Moreno observou que em pessoas incapazes de sentir dor devido ao gene SCN9A disfuncional, elas também experimentam anosmia, que é a incapacidade de sentir cheiro. Nos ratos, a equipe não encontrou nenhuma redução na percepção do olfato, mas é um risco que eles terão que ficar de olho. "Conforme avançamos, precisaremos realizar estudos mais robustos de toxicidade para determinar o perfil de segurança em modelos animais maiores", disse ela.

Para ajudar a tornar seu tratamento experimental uma realidade, Moreno fundou a empresa Navega junto com o coautor do estudo Prashant Mali, com quem ela estudou durante seu tempo na UCSD, e com o também coautor Tony Yaksh, um anestesiologista da UCSD, pesquisador da dor e agora consultor científico da Navega. Juntos, planejam ajustar seu método para uso em humanos, enquanto passam por testes com primatas. Se as coisas continuarem indo bem, pode não demorar muito para que eles possam começar a testá-lo nas pessoas. "Acreditamos que chegaremos aos ensaios clínicos em dois anos", afirmou Moreno.

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Este vídeo de um drone em uma pista de boliche é a melhor coisa que você verá nesta semana

Posted: 11 Mar 2021 02:53 PM PST

Por acaso, você ama assistir vídeos de coreografias de drones? Se sim, então está com sorte, porque nós vamos te apresentar o vídeo mais legal que você verá nesta semana. No caso, ele foi gravado, pilotado e dirigido de maneira impressionante na famosa pista de boliche Bryant-Lake Bowl em Minneapolis.

O vídeo, intitulado "Right Up Our Alley", foi criado pela Sky Candy Studios e dirigido por Anthony Jaska, cofundador da produtora independente Rally Studios, bem conhecida por materiais realizados na natureza ou em situações que demandam muita adrenalina. O piloto do drone para o vídeo foi Jay Byrd Christensen, chefe de operações da Sky Candy.

Sim, o vídeo foi realmente criado a partir de um drone em uma pista de boliche real e não incorpora nenhuma computação gráfica, segundo os criadores. Mas há um elemento que recebeu um retoque: o áudio foi feito na pós-produção, conforme o piloto do drone explicou em uma postagem no seu perfil do Instagram.

Infelizmente, a única informação que temos sobre o vídeo é o que foi publicado no Instagram, YouTube, Twitter e Facebook. A Sky Candy Studios ainda não respondeu ao e-mail do Gizmodo até o fechamento deste texto, incluindo perguntas sobre o tipo de drone que foi utilizado, uma vez que já despertou a curiosidade de muitas pessoas que curtem ou não este tipo de entretenimento. Mas, de qualquer forma, avisaremos se houver novos esclarecimentos.

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Contudo, pelo menos uma coisa nós sabemos: aparentemente, o drone sobreviveu ao acidente no final dos pinos de boliche, de acordo com o piloto, que contou isso no YouTube, mesmo que seja difícil de acreditar. Inclusive, existem outros vídeos com esta mesma produção feita no boliche, como este que você confere logo abaixo, filmado em um cinema em Minnesota.

Há também este de uma motocicleta no Rosedale Mall em Roseville, Minnesota.

Realmente é um trabalho simplesmente incrível, tanto que impressionou e chamou a atenção de James Gunn, diretor conhecido de Hollywood e responsável por grandes produções como Guardiões da Galáxia e o aguardado Esquadrão Suicida 2.

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Físicos medem o menor campo gravitacional já detectado

Posted: 11 Mar 2021 02:14 PM PST

Durante a temporada de Natal de 2019, quatro físicos observaram duas minúsculas esferas de ouro, cada uma do tamanho de uma joaninha, em um laboratório de Viena, na Áustria. Estava tudo silencioso, de todas as maneiras que você pode imaginar: audivelmente, sismicamente, até eletromagneticamente. Tinha que ser, já que os pesquisadores estavam tentando detectar a influência da gravidade de uma esfera sobre a outra.

De fato, eles conseguiram detectar pela primeira vez um campo gravitacional em escala tão pequena. Uma das bolas douradas (a "massa fonte") foi vista balançando a outra esfera, muito levemente. Os resultados da equipe foram publicados na quarta-feira (10) na Nature.

"Se você pegar nosso pequeno planeta de ouro, um objeto na superfície do planeta cairia a uma velocidade 30 bilhões de vezes mais lenta em comparação com a velocidade com que os objetos caem na Terra", Markus Aspelmeyer, físico quântico da Universidade de Viena e coautor do artigo, disse em uma chamada de vídeo. "Esta é a magnitude da qual estamos falando".

Investigações sobre a gravidade, uma das forças fundamentais da natureza e talvez a mais perceptível, tendem a acontecer nas escalas mais massivas e em miniatura. Estudar grandes gravidades significa lidar com massas distantes, como análises de buracos negros e estrelas de nêutrons espalhados pelo cosmos. Mas a melhor compreensão das menores forças acontece aqui na Terra, onde os pesquisadores podem controlar o ambiente de seus experimentos com uma facilidade infinitamente maior do que no espaço.

Para a equipe de Aspelmeyer, esse controle significava abafar variáveis ​​que poderiam atrapalhar os resultados da equipe, desde um pesquisador se aproximando muito das orbes de ouro durante o teste até o tráfego externo. Os físicos intencionalmente conduziram os experimentos durante as férias, quando menos veículos estariam circulando do lado de fora e a movimentação dos negócios vienenses diminuiria, pois as pessoas estariam em casa com suas famílias.

"Você precisa fazer alguns truques", disse Aspelmeyer, "para distinguir a aceleração da massa fonte das acelerações de todas as outras massas."

O ouro foi escolhido para a massa fonte porque é pesado, denso, pode ser bastante puro e os físicos conseguem facilmente compreender todas as propriedades da massa. Eles compraram o ouro destinado à pesquisa de física fundamental em um ourives local em Viena, que o fabricou especificamente de acordo com a escala.

No experimento, as pequenas esferas de ouro foram separadas por um escudo de Faraday, para evitar qualquer interferência eletromagnética. Uma das esferas foi presa a uma barra horizontal pendurada no teto com um espelho nela, e a outra — a massa que exercia um campo gravitacional — foi movida intermitentemente. Um laser foi apontado para o espelho, e os movimentos incrementais da esfera na extremidade receptora desse minúsculo campo de força foram registrados nos movimentos do laser com precisão.

O campo foi medido detectando o efeito do movimento de uma esfera de ouro em outra. Imagem: Tobias Westphal, Universidade de Viena

"A detecção de um sinal gravitacional tão minúsculo é em si um resultado empolgante, mas os autores foram ainda mais longe ao determinar um valor para G [gravidade] a partir de seu experimento", disse Christian Rothleitner, físico do Physikalisch-Technische Bundesanstalt na Alemanha e que não estava afiliado ao estudo, em um artigo comentando o trabalho. "O experimento é, portanto, o primeiro a mostrar que a lei da gravidade de Newton é válida mesmo para massas fonte tão pequenas quanto essas."

Este não é o fim dessas pesquisas gravitacionais minúsculas. Eventualmente, os físicos esperam medir os campos gravitacionais em um estado quântico, reconciliando assim o fato de que a relatividade geral, a teoria que melhor explica a gravidade, não pode ser explicada em termos da mecânica quântica. Quanto mais minuciosas as medições dos campos, mais perto os pesquisadores chegam de responder às grandes questões, como por que a matéria escura é invisível, mas ainda contribui para a massa do universo.

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Bem antes desses experimentos em pequena escala acontecerem, a equipe trabalhará com massas não quânticas menores.

"O principal fator limitante no momento ainda é o ruído ambiental, o que não significa necessariamente uma configuração experimental diferente", disse o coautor Hans Hepach, físico da Universidade de Viena, na mesma chamada de vídeo. "O fator fundamentalmente limitante do experimento atual é o ruído térmico da suspensão do pêndulo. Assim, eliminar a suspensão e levitar a massa de teste (por exemplo, magneticamente) permitiria massas menores."

Os experimentos gravitacionais revelaram uma nova pequena escala para a força mais fraca do universo. Para detectá-la, foi necessário um ambiente de laboratório muito controlado e matemática diligente. Da próxima vez que você estiver em Viena, lembre-se de ficar em silêncio. Os físicos estão trabalhando.

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Proteína produzida por células humanas pode tratar alergias e doenças autoimunes

Posted: 11 Mar 2021 12:56 PM PST

Alergias e outras doenças autoimunes são causadas por problemas em nosso sistema de defesa, que não nos protegem como deveriam. Embora algumas condições causem apenas um certo desconforto, outras são extremamente graves, colocando a própria vida da pessoa em risco. Para solucionar isso, um grupo de pesquisadores da Universidade Nacional da Austrália realizou experimentos com camundongos e células de amígdalas humanas.

Os resultados, publicados na revista científica Cell, indicam que uma proteína chamada "neuritina", produzida pelas células do sistema imunológico, é capaz de atuar como uma espécie de antialérgico. Para chegar a essa conclusão, os cientistas dedicaram cinco anos de estudo para entender como as células T reguladoras do nosso sistema imune suprimem os anticorpos que liberam as histaminas em resposta a alergias.

A equipe descobriu que um tipo específico de células, chamado Tfr, produz a neuritina. Essa proteína, por sua vez, é capaz de reduzir a produção de imunoglobulinas E (IgE) e suprimir outros processos que inibiriam a ação do nosso sistema imunológico.

Essa análise foi feita a partir do que os pesquisadores conseguiram observar nos experimentos com camundongos. Os roedores foram geneticamente modificados para apresentarem uma deficiência de Tfr. Assim, eles não eram capazes de produzir a neuritina e tinham uma maior chance de morrer por anafilaxia (uma reação alérgica aguda). Porém, quando os cientistas injetaram neuritina nessa população, eles se mostraram saudáveis.

Para entender como a proteína agiria no corpo humano, a equipe analisou leucócitos do sangue e de amígdalas humanas na presença da neuritina. Assim, eles conseguiram obter algumas informações sobre como ela pode atuar internamente em nosso sistema e, futuramente, ajudar no tratamento de alergias e doenças autoimunes.

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Apesar dos resultados promissores, os cientistas ressaltam que ainda é preciso entender melhor esses mecanismos imunológicos assim como os efeitos da neuritina em outros processos celulares. A proteína já vem sendo estudada no sistema nervoso humano, mas ainda não há evidências científicas suficientes sobre como ela age nas células.

Ainda assim, a equipe se mantém otimista e afirma que estudos futuros podem ajudar no desenvolvimento de tratamentos que utilizam uma proteína natural, produzida pelo nosso próprio corpo. Isso seria especialmente útil para tratar doenças como alergias a alimentos, asma e lúpus.

[Science Alert]

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Pesquisa revela que eram as mulheres que lideravam a política na Idade do Bronze

Posted: 11 Mar 2021 12:06 PM PST

Apesar de, historicamente, haver uma predominância de homens em cargos de liderança, esse cenário pode ter sido diferente em um determinado período da Idade do Bronze na península Ibérica.

Pelo menos é isso que indica um novo estudo, publicado na Antiquity, que detalha novas descobertas feitas em um sítio arqueológico no sudeste da Espanha. Desde 2013, arqueólogos vêm explorando o sítio El Argar, em La Almoyola, já que ele contém uma série de objetos primitivos que foram enterrados juntos com seus proprietários.

Em um dos túmulos explorados, os pesquisadores encontraram os restos de um homem e uma mulher que não eram relacionados biologicamente, conforme mostrou uma análise de DNA, mas que haviam gerado filhos. A datação por radiocarbono revelou que eles morreram juntos por volta do século 17 a.C.

O que chama a atenção é que havia uma coroa de prata colocada sobre o crânio da mulher, além de outros 29 objetos de valor, como pulseiras, anéis e outros adereços femininos que foram enterrados juntos com o casal, indicando que ela poderia pertencer à elite. Já os outros objetos, que não eram de prata, foram associados ao homem.

De acordo com os pesquisadores, o túmulo seria um dos mais luxuosos do início da Idade do Bronze Europeia, e o local em que o casal estava enterrado poderia ser classificado como um palácio. Inclusive, uma das salas desse palácio corresponderia a uma espécie de "parlamento". Assim, a presença dos diademas indicaria que o alto cargo da mulher estaria ligado à política.

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Outros objetos similares também foram encontrados em quatro outros túmulos de indivíduos fêmeas. Os arqueólogos descobriram que esses locais de sepultamento de mulheres foram utilizados posteriormente para enterrar guerreiros de elite, sugerindo que eles eram considerados terrenos de grande importância.

Os assentamentos em El Argar foram abandonados no final do século 16 a.C., e acredita-se que eles foram destruídos por rebeliões internas. O principal questionamento levantado por essas novas descobertas é em relação ao tipo de poder que as mulheres podem ter exercido nessas sociedades tão antigas.

[Independent]

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Oppo anuncia Find X3 Pro, um smartphone com lente microscópica e zoom de 60x

Posted: 11 Mar 2021 11:35 AM PST

A fabricante chinesa Oppo anunciou nesta quinta-feira (11) o Oppo Find X3 Pro, seu principal smartphone premium para 2021. Além das especificações de ponta, como o processador Snapdragon 888 e 12 GB de memória RAM, o grande destaque do aparelho é uma câmera de microscópio para capturar objetos minúsculos.

Para abrigar esse sensor, o design do módulo de câmeras na parte traseira do Find X3 Pro também é um tanto incomum. O componente tem uma protuberância significativa e foi moldado como uma peça única junto com toda a tampa traseira. De acordo com a Oppo, a microlente possui 3 MP de resolução, zoom de 60 vezes e um anel LED para iluminar o objeto fotografado.

Talvez você pense que se trate de uma câmera macro, que muitos celulares têm tentado tornar um diferencial, mas a grande maioria acaba sendo uma opção quase inútil. Para mostrar a potência do sensor, o The Verge, que está com uma unidade de testes do Find X3 Pro, constatou que é possível tirar fotos da subestrutura de subpixels coloridos que formam a imagem de um monitor. Veja:

Imagem: Sam Byford/The Verge

O site ainda afirma que a cena pode não ficar totalmente em foco porque a profundidade de campo é bastante rasa quando se aproxima o sensor tão de perto. Isso talvez aconteça porque a microlente precisa ser de fato colocada a milímetros de distância do objeto. No mais, as outras câmeras do dispositivo possuem 50 MP (principal e de profundidade) e 13 MP (telefoto e ultra-angular) e 50 MP.

Outra especificação de destaque do Find X3 Pro é sua tela. São 3.216 x 1.440 pixels em um painel OLED de 6,7 polegadas com atualização a 120 Hz e pico de brilho de 1.300 nits. A Oppo diz o display suporta 10 bits de cor e tem gerenciamento de cores integrado ao ColorOS (sistema operacional usado pela companhia), o que, na prática, exibe as fotos e vídeos capturados pelas câmeras com mais de um bilhão de cores. Para efeito de comparação, os smartphones tradicionais alcançam até 16,7 milhões de cores.

Imagem: Oppo

Quanto a outras características, o Oppo Find X3 Pro tem o que você espera de um smartphone premium: chipset Qualcomm Snapdragon 888, 12 GB de RAM, 256 GB de armazenamento interno e bateria de 4.500 mAh compatível com recarga rápida de 65 watts por cabo e 30 W via carregamento sem fio.

A Oppo promete anunciar a data de lançamento e o preço do Find X3 Pro na próxima semana. O dispositivo deve chegar apenas no continente asiático, pelo menos num primeiro momento.

[The Verge, GSMArena]

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Senado aprova lei que transforma stalking em crime com pena de até dois anos e multa

Posted: 11 Mar 2021 11:21 AM PST

Imagem: Robin Worrall/Unsplash

O Senado aprovou na última terça-feira (9) o projeto de lei que inclui no Código Penal o crime de perseguição, que também é conhecido popularmente como "stalking", tanto na internet quanto em qualquer outro meio. A votação foi unânime, com 74 votos favoráveis e nenhum contrário, e agora segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O texto do PL 1.369/2019 é de autoria da senadora Leila Barros (PSB-DF) e chega como um substitutivo da Câmara dos Deputados, que agravou a punição para o crime. Agora, a pena será de seis meses a dois anos de prisão com a permissão para cumprimento em regime fechado, além do pagamento de multa. De acordo com o projeto, "a perseguição é definida como aquela praticada por meios físicos ou virtuais que interfere na liberdade e na privacidade da vítima".

As penas podem ser aumentadas em até 50% se o crime for cometido contra criança, adolescente, idoso ou mulher por razões da condição de sexo feminino. Também está prevista uma punição maior se o ato for praticado por duas ou mais pessoas ou se houver uso de arma. Se houver outro tipo de violência, a pena de perseguição será somada à correspondente ao ato violento.

O relator do texto, senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL), destacou a importância da nova tipificação ao citar um dado da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2017, que apontava o Brasil como o país com a quinta maior taxa de feminicídios por 100 mil mulheres em todo o mundo. Ainda segundo Rodrigo, 76% dos feminicídios do país são cometidos por pessoas próximas à vitima. Esse número, de 2019, foi corroborado pela Comissão de Direitos Humanos do Senado (CDH).

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“O novo tipo penal proposto supre uma lacuna em nossa legislação penal, que, embora criminalize o constrangimento ilegal e preveja como contravenção penal as condutas de perturbação do sossego alheio e perturbação da tranquilidade, não trata da perseguição reiterada. A repressão ao ‘stalking’ praticado com violência de gênero é essencial diante da grande probabilidade de as condutas perpetradas pelo agente perseguidor tornarem-se, posteriormente, paulatina ou subitamente mais graves, evoluindo para agressões severas e, até mesmo, para o feminicídio”, disse o senador.

Cunha ainda fez uma mudança de redação no texto. Tanto a versão do Senado quanto o substitutivo da Câmara usavam o termo "perseguição obsessiva". O relator removeu o adjetivo. A mudança decorre de sugestão da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), segundo a qual a utilização de termos próprios da psicologia na descrição do tipo penal (como "obsessão") pode levar a imprecisões terminológicas e limitar o alcance da norma aos casos em que for, de fato, verificada a existência da neurose no comportamento do agente.

[Agência Senado]

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Um megavazamento atrás do outro: como chegamos até aqui?

Posted: 11 Mar 2021 09:03 AM PST

Estamos no terceiro mês do ano e já tivemos ao menos três grandes vazamentos de dados no Brasil. Os números assustam: foram mais de 223 milhões de vítimas no primeiro (isso é maior que a população do país porque incluiu dados de indivíduos já falecidos), mais de 100 milhões de celulares no segundo, e cartões de crédito de mais de 12 milhões de contas no terceiro. Incidentes como esses não são exclusivos do ano de 2021 e, com certeza, não serão os últimos que veremos.

Mas como o Brasil se tornou tão vulnerável a esses ataques? E o que o governo, as empresas e os próprios indivíduos estão fazendo para se proteger?

Por que os ataques cresceram no Brasil

Embora as discussões sobre cibercrime sejam renovadas de tempos em tempos para abordar diferentes tipos de vírus, a verdade é que eles já circulam em computadores desde o início da década de 90, quando o malware espanhol Barrotes infectava sistemas por meio de disquetes. Os ataques em si não necessariamente são inovadores, mas são os avanços da tecnologia que permitem que eles obtenham um sucesso cada vez maior.

Fábio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky, explica que um dos fatores que contribuíram para o aumento da atividade criminosa digital foram as criptomoedas.

Um tipo de ataque que hoje está muito forte nas empresas e que causa um impacto disruptivo são os de ransomware, que criptografa dados importantes enquanto o criminoso pede um resgate em dinheiro para liberá-los. Esse ataque já existia, mas o resgate era por transferência bancária internacional. Não dava muito certo porque a polícia rastreava o dinheiro e logo encontrava o criminoso. Com o aparecimento do bitcoin e de outras moedas virtuais, ficou mais fácil receber o pagamento de forma quase 100% anônima.

Aliado a essa facilidade de transações proporcionada pelas criptomoedas, o uso crescente da internet e dispositivos aumentou também o número de potenciais vítimas. Um exemplo claro disso é o que temos visto com a pandemia de Covid-19. As medidas de isolamento social empurraram quase toda a população para o ambiente online. Isso significou mais gente trabalhando de casa, fazendo compras online e utilizando redes sociais, aplicativos e outras plataformas digitais. Estava montado o cenário ideal para os cibercriminosos.

Com a necessidade de se estabelecer o trabalho remoto, por exemplo, muitas empresas tiveram que se adaptar às pressas, sendo que muitas delas não ofereceram a infraestrutura necessária para que os funcionários se protegessem de potenciais ataques. Dados de abril de 2020 da empresa de segurança BitSight mostraram que as redes domésticas são 3,5 vezes mais propensas a terem um malware em comparação com as redes corporativas.

Porém, não foi apenas o trabalho que passou a ser feito de casa. Com lojas e shoppings fechados, além do medo de se expor ao vírus, o e-commerce ganhou novos clientes, assim como os cibercriminosos ganharam novas possibilidades. De acordo com um relatório da Axur, houve um aumento de 99,2% nos casos de phishing de 2019 para 2020, sendo que 41,4% deles foram voltados ao comércio eletrônico.

O crescimento no número de ataques, portanto, pode ser explicado por essa combinação de fatores, que ofereceu mais oportunidades e menos riscos aos criminosos. Fábio Ramos, CEO da Axur, afirma que isso soa um alerta para o futuro da cibersegurança. "Se o criminoso começar a entender que, com o crime digital, ele não precisa correr da polícia, pular o muro, e que o retorno é muito mais alto que explodir um caixa, a gente vai ver esse número [de ataques] crescer exponencialmente nos próximos anos."

De fato, uma pesquisa da Cybercrime Magazine revelou que os custos do cibercrime no mundo devem atingir US$ 10,5 trilhões anualmente até 2025. Para colocar isso em perspectiva, se fosse considerado um país, o cibercrime seria a terceira maior economia do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e China. Mas esse crescimento exponencial não significa que os ataques estão se tornando mais sofisticados necessariamente, conforme explica Ramos. Pelo contrário:

O que a gente observou em nosso relatório é que os casos de malware, que é um programa espião e é mais sofisticado, estão caindo no Brasil, trimestre após trimestre. A explicação para isso é que está tão fácil roubar as pessoas nas redes sociais, mandando e-mail, SMS, que o criminoso não precisa nem gastar tanto tempo fazendo um malware.

De fato, os golpes envolvendo engenharia social tornaram-se cada vez mais comuns e se aproveitam de datas e situações oportunas para atingir o maior número de pessoas possível. Vimos isso ocorrer com as ofertas de álcool gel no início da pandemia, com as fraudes no período da Black Friday anualmente e, mais recentemente, com a estreia do Pix no Brasil.

Um dos principais problemas desse tipo de golpe é que ele depende quase que exclusivamente do fator humano. Cabe à vítima saber identificar as tentativas de fraude e avaliar os riscos e benefícios de determinadas ações. A má notícia é que uma pesquisa realizada pela Kaspersky revelou que 80% dos brasileiros aceitariam expor seus dados pessoais em troca de benefícios. Essas recompensas incluem descontos (70%), experiências exclusivas (65%) e até mesmo encontrar amigos de longa data (80%).

Existe solução?

É difícil apontar um único responsável pelo aumento no número de ataques cibernéticos. Porém, cada um é capaz de fazer a sua parte para evitar incidentes futuros, seja o governo, as empresas ou os próprios indivíduos. Assolini, da Kaspersky, garante que já existem tecnologias oferecidas no mercado capazes de bloquear esses ataques. O problema é o quão conscientes e dispostos em investir em segurança estão as pessoas e as instituições.

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ainda é extremamente recente e conta com uma agência reguladora, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que só poderá começar a multar a partir de agosto deste ano. Uma das regras estabelecidas pela nova legislação é que as empresas informem aos órgãos fiscalizadores e à imprensa sobre qualquer incidente de segurança. No entanto, os vazamentos recentes mostram como isso ainda não está sendo colocado em prática, já que, até o momento, o que impera é uma falta de transparência e investigações não concluídas. Assolini afirma que é imprescindível que a lei seja aplicada de forma severa para que as empresas comecem a levar a cibersegurança a sério:

No Brasil, a lei foi aprovada, mas ainda não entrou em vigor. Qual é a reação da maioria das empresas? Houve o incidente, mas elas juram de pé junto que não houve nada. E aqui nós temos um fator ainda pior: boa parte dos incidentes de vazamento de dados são provenientes do governo. E aí? Você vai botar o governo para multar o governo? É uma situação complicada. Há muitos anos eu ouço que em Uruguaiana, no Rio de Janeiro, ou na Santa Ifigênia, em São Paulo, você vai lá e compra um CD com dados da Receita Federal, da empresa de telefonia. Isso circula há muito tempo e só vai mudar quando houver uma penalização dos responsáveis.

O analista da Kaspersky ainda afirma que os órgãos são "bombeiros", pois "só vão agir depois que o fogo começou". Ele alerta que essa abordagem é extremamente prejudicial, principalmente no caso de vazamentos. "O dado vazado é como a pena que você solta de cima de uma montanha; já era, está solto, não tem como você recuperá-lo. Isso vai ficar circulando na mão de fraudadores por anos."

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Fábio Ramos, da Axur, concorda que a LGPD pode ser crucial para mudar a cultura digital do Brasil, e também reforça que tudo vai depender de como a lei será aplicada. "Se forem punições exemplares, eu acho que tem um poder de mudar o mercado, e isso, para as próximas gerações, é importantíssimo. Se não for assim, nós vamos continuar vendo coisas como o Ministério da Saúde expondo dados, e ninguém dizendo nada; as empresas que têm vazamentos fazem pronunciamentos superficiais, sem dizer o que aconteceu de verdade, e nem comunicam os consumidores."

Já a nível individual, Assolini e Ramos citam uma série de medidas que podem contribuir para a segurança no ambiente digital. Para o analista da Kaspersky, não existe uma proteção que garanta 100% que os dados nunca serão vazados, mas as pessoas podem adotar algumas boas práticas. A primeira delas é evitar compartilhar informações desnecessárias.

Se você se cadastrar em um site que não envolve dinheiro, não há compra ou venda, minta. Para que eles precisam saber o seu endereço? Para que eu preciso dar o meu CPF na farmácia se eu só quero comprar um remédio? Eles oferecem desconto, mas vão registrar todas as compras que você fez, quais doenças você tem e vão vender esses dados para um plano de saúde. O brasileiro precisa começar a se questionar mais. Para que se expor tanto em redes sociais?

Ramos, da Axur, conta que um problema antigo e que ainda causa muitas dores de cabeça são as senhas. Por incrível que pareça, a sequência "123456" continua sendo campeã de vazamentos, segundo o relatório da empresa. "Senha é algo totalmente contraintuitivo, o ser humano não foi feito para memorizar senhas e combinações", conta ele. Por isso, a recomendação para o usuário é utilizar softwares gerenciadores de senhas, enquanto que as empresas também poderiam facilitar esse processo por meio de outras tecnologias de autenticação.

 

De acordo com Assolini, os ataques mais simples, como o golpe do WhatsApp, acontecem porque as pessoas ainda não estão bem informadas. "Nós deveríamos ter disciplinas na escola para ensinar as pessoas a lidar com o mundo digital. Infelizmente, a maioria da população brasileira não teve isso."

Ramos concorda que a educação é a chave para combater esses tipos de ataques, mas ressalta que os resultados podem não ser imediatos:

A única forma de proteger alguém é ensinando a pessoa a se defender, mais do que tentando prever os ataques. Mas a educação é uma meta de longo prazo, é uma coisa que acredito até ser meio que geracional. A gente vai ter que ensinar os nossos filhos. Assim como os nossos avós nos disseram para não aceitar bala de estranho, talvez a gente vá dizer para os nossos filhos não clicarem em link de estranho.

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Asus anuncia ROG Phone 5, smartphone gamer com até 18 GB de RAM e bateria de 6.000 mAh

Posted: 11 Mar 2021 08:59 AM PST

A última onda de lançamentos de smartphones gamers já começou. Na semana passada, a Nubia anunciou o Red Magic 6, e agora a Asus chega com o ROG Phone 5, que é uma versão um pouco diferente do rival, porém mais sofisticado e com especificações para jogador nenhum botar defeito.

A primeira coisa a notar no ROG Phone 5 é o próprio nome — a Asus pulou o número 4 para evitar azar, devido a uma superstição asiática. Depois, vem o design atualizado: a fabricante abandonou o canal ativo de ventilação do modelo anterior para uma traseira mais elegante, embora ainda tenha uma certa inspiração em temática cyberpunk. E enquanto a Asus aumentou a quantidade de iluminação RGB, o uso de uma grade perfurada para ocultar os LEDs resulta em uma aparência um pouco mais adulta.

Por dentro, o ROG Phone 5 apresenta especificações semelhantes à geração anterior, incluindo uma tela AMOLED de 6,78 polegadas e 2.448 x 1.080 pixels de resolução, com taxa de atualização de 144 Hz, que é ligeiramente menor do que os 165 Hz usados no Red Magic 6. Há ainda o o processador Snapdragon 888, 8 GB de memória RAM, 128 GB de armazenamento interno, bateria de 6.000 mAh e câmeras triplas traseiras (principal de 64 MP principal, ultra-angular de 13 MP e macro de 5 MP).

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Só que essas características correspondem ao modelo mais básico, uma vez que a Asus anunciou outras duas versões. A Pro traz 16 GB de RAM e 512 GB de espaço. Contudo, a variante do ROG Phone 5 que mais chama atenção é a Ultimate, que oferece 18 GB de RAM e um painel traseiro integrado que pode ser programado para exibir o que o usuário quiser.

Eu realmente aprecio todos os pequenos ajustes que a Asus fez no ROG Phone 5 desta geração, incluindo o display com brilho de até 800 nits, que é 200 nits mais brilhante do que antes, os alto-falantes estéreo frontais ainda melhores e amostragem de toque de 300 Hz para reduzir a latência de entrada durante os jogos. Tem até a volta da entrada P2 para fones de ouvido, algo que a companhia removeu em versões anteriores da linha ROG.

Outra novidade é que a Asus trabalhou com a Sentons para otimizar os AirTriggers no ROG Phone 5, que agora inclui nove sensores minúsculos em ambos os gatilhos sensíveis ao toque. Isso, segundo a marca, fornece os controles mais responsivos que você encontra em um smartphone do tipo gamer. E a bateria de 6.000 mAh foi dividida em duas seções distintas, permitindo melhor gerenciamento de calor e suporte para recarga rápida de até 65 Watts.

Por enquanto, o ROG Phone 5 só estará disponível na Europa com preços equivalentes a US$ 950 (versão padrão), US$ 1.430 (Pro) e US$ 1.550 (Ultimate) — o que, convertendo diretamente em reais, ficam em torno dos R$ 5.325, R$ 8.015 e R$ 8.670, respectivamente —, com lançamentos programados para março, abril e maio. Em comunicado à imprensa a Asus afirma que ainda não há previsão para trazer o aparelho ao Brasil.

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Astronauta da Nasa vai pegar carona em foguete russo até a ISS de graça

Posted: 11 Mar 2021 07:19 AM PST

Um acordo incomum envolvendo a Nasa, a agência espacial russa e um intermediário comercial fará com que um astronauta norte-americano voe até a Estação Espacial Internacional (ISS) em uma troca, sem dinheiro envolvido, para preservar uma tradição de mais de 20 anos.

A Nasa normalmente paga cerca de US$ 90,25 milhões por um assento a bordo de uma espaçonave russa Soyuz, mas a agência está se tornando cada vez mais relutante em entregar essas grandes quantias de dinheiro agora que seu programa de tripulação comercial foi oficialmente lançado.

Dito isso, a Nasa pagou aquela taxa exorbitante em outubro passado para transportar a astronauta norte-americana Kate Rubins para a estação espacial, no que se especulou ser a última vez que os contribuintes americanos pagariam à Rússia por viagens ao espaço.

Mas, agora, a Nasa mais uma vez precisa enviar um astronauta ao espaço para “garantir que a agência mantenha seu compromisso com as operações seguras por meio de uma presença contínua dos EUA a bordo da Estação Espacial Internacional até que as capacidades da tripulação comercial estejam rotineiramente disponíveis”, explica a agência espacial.

Desde novembro de 2000, a ISS hospedou pelo menos um estadunidense e um russo ao mesmo tempo. Não querendo quebrar essa tradição e para evitar pagar à Roscosmos a taxa de voo usual, a Nasa firmou um acordo com a agência espacial russa e a Axiom space, uma empresa comercial com sede em Houston, Texas.

Astronauta da Nasa Mark Vande Hei. Imagem: Nasa

Sob o novo acordo, o astronauta da Nasa Mark Vande Hei se juntará à missão Soyuz MS-18, com lançamento programado para 9 de abril no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Vande Hei, junto com os cosmonautas Oleg Novitskiy e Pyotr Dubrov se juntarão à tripulação da Expedição 64/65 a bordo da ISS. Em troca, a Axiom Space retribuirá o favor, fornecendo um assento para um cosmonauta russo em algum momento de 2023.

A atual tripulação da ISS retornará à Terra em abril e maio, e a missão SpaceX Crew-2 está programada para ser lançada em 22 de abril. Ao lançar Vande Hei um pouco antes, a Nasa irá "garantir a presença contínua na estação se o lançamento da missão Crew-2 atrasar ou ocorrer um evento enquanto a Crew-2 estiver em órbita que necessite de um retorno prematuro", de acordo com a agência espacial.

A Nasa tem dependido da Rússia para enviar seus astronautas ao espaço desde que o ônibus espacial foi aposentado em 2011. O programa de tripulação comercial da agência busca recuperar essa capacidade; a SpaceX, com seu CrewDragon, já conseguiu entregar, mas o Starliner da Boeing está terrivelmente atrasado e cheio de problemas.

O Soyuz MS-18 era para ser um evento totalmente russo. Esse pedido tardio e as mudanças resultantes significaram uma interrupção na missão russa, o que significa que o cosmonauta Sergey Korsakov se tornou o estranho.

"A mudança na composição da tripulação veio como resultado de um pedido sincero dos EUA", de acordo com a Roscosmos. "A Nasa expressou seu pedido apenas no final de 2020, o que significa que o lado russo teve que mudar o programa de lançamento já confirmado e aprovado." Ao que a agência acrescentou: "A Roscosmos tomou esta decisão confirmando a sua adesão aos acordos conjuntos e o espírito de utilização conjunta da Estação Espacial Internacional."

Em fevereiro, a Nasa anunciou publicamente seu desejo de pegar uma carona a bordo da missão e fornecer “serviços semelhantes”, em vez de realizar o pagamento usual para a Roscosmos.

Não é uma grande surpresa que uma negociação estava em andamento, já que as fotos de treinamento de Novitsky e Dubrov mostraram os dois usando um emblema da missão com o nome de Vande Hei, como relata o Space Policy Online. A astronauta Anne McClain, da Nasa, substituirá subsequentemente o cosmonauta Dmitry Petelin como reserva caso Vande Hei não consiga se juntar ao MS-18 por qualquer motivo.

Conforme observado, a negociação está sendo feita por um intermediário, a Axiom Space. A empresa privada norte-americana está atualmente construindo um módulo tripulado para a ISS, com planos de lançar astronautas privados ao espaço. Detalhes do acordo da empresa com a Nasa e a Roscosmos não foram divulgados.

Assim como a Roscosmos, a Axiom deverá providenciar o transporte para a ISS e retornar à Terra, além de fornecer serviços de suporte de missão essenciais, como treinamento, preparação de lançamento, operações de voo e serviços de resgate de pouso. Uma vez que esses serviços foram considerados de "valor comparável para ambas as partes", o contrato "não contempla troca de fundos", de acordo com a Nasa. A Axiom provavelmente usará um SpaceX CrewDragon para a missão de 2023 (a empresa assinou recentemente um acordo com a SpaceX para quatro lançamentos em 2022).

Esta é uma situação definitivamente estranha, com a Nasa obtendo um assento na Soyuz por um intermediário, e com o anúncio vindo logo antes do lançamento. A agência norte-americana não quer pagar a Roscosmos por este serviço, mas ela claramente não está pronta para depender exclusivamente de um único parceiro privado. É uma situação complicada.

Diante de tudo isso, o acordo incomum provavelmente não indica como as coisas ficarão no futuro. Na verdade, a Rússia não tem nenhum incentivo real para lançar astronautas americanos a custo zero, mesmo que isso signifique uma viagem "gratuita" a bordo de um veículo dos EUA.

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Quanto à missão MS-18, a nova tripulação substituirá a astronauta americana Kate Rubins e dois cosmonautas russos. Vande Hei passará seis meses a bordo da ISS, onde fará experimentos sobre o sistema radicular do algodão, a doença de Alzheimer e uma demonstração tecnológica de um aparelho de ultrassom portátil, além de contribuir para a compreensão de como as condições de microgravidade de longo prazo afetam o corpo humano.

Essa não é a primeira vez que Vande Hei vai ao espaço; ele já passou 168 dias fora do nosso planeta como parte da tripulação da Expedição 53/54, da qual participou de setembro de 2017 a fevereiro de 2018.

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Lou Ottens, inventor da fita cassete, morre aos 94 anos; conheça seu legado

Posted: 11 Mar 2021 07:09 AM PST

Jerry Lampen/EPA

O engenheiro holandês Lodewijk Frederik Ottens, conhecido como Lou Ottens, faleceu aos 94 anos no último dia 6 de março, segundo informações da agência de notícias NRC Handelsblad. Ottens foi responsável por comandar o time que inventou a fita cassete — a famosa K-7 —, além de integrar as equipes que criaram o Compact Disc (CD) e o Video 2000, formato de fita de vídeo que serviu de alternativa ao clássico VHS.

Nascido em 1926, pode-se dizer que Ottens ingressou no mundo tecnológico no período da Segunda Guerra Mundial, quando construiu um rádio para sua família. Anos depois, ele desenvolveria um produto que revolucionaria a música, tornando-a mais acessível e democrática.

A fita cassete, primeira grande tecnologia criada por Ottens, surgiu no início da década de 1960, quando o engenheiro era chefe de desenvolvimento de produtos na filial belga da empresa Philips. De acordo com o NPR, Ottens queria produzir uma maneira mais compacta e acessível para as pessoas ouvirem música, em vez de recorrerem a equipamentos pesados que usavam grandes fitas de cartucho ou discos de vinil naquela época.

Imagem: Everyday Basics/Unsplash

O primeiro protótipo foi um compartimento de madeira que caberia dentro do bolso, mas o primeiro cassete realmente portátil surgiu apenas em 1963. Ottens também convenceu a Philips a não guardar o projeto apenas para si, permitindo que outras fabricantes usassem gratuitamente a tecnologia licenciada pela empresa belga. Daquele ano até agora, foram vendidas mais de 100 bilhões de unidades da fita K-7.

A fita cassete também pavimentou o caminho para o icônico walkman, que permitia ouvir músicas em qualquer lugar ao colocar o formato dentro de uma caixinha que reproduzia os discos.

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Nos anos 1970, Ottens fez parte de outra revolução no formato musical: a criação do CD. Com a ajuda da Sony, ele ajudou a estabelecer um padrão que é usado até hoje na indústria, mesmo com o avanço dos serviços de streaming. A própria fita cassete voltou a ganhar espaço no mercado, embora não tão expressivo quanto há quase 60 anos, uma vez que artistas estão apostando no formato pela nostalgia. Em 2016, as vendas de fitas K-7 aumentaram 74%; dois anos depois, mais um crescimento, de 23%.

Como destaca o repórter Igor Bonifacic, do Engadget: "É difícil não exagerar a importância das fitas cassete para a cultura musical. Não teríamos mixtapes e playlists sem elas. Além do mais, elas permitiam que as pessoas ouvissem músicas e álbuns favoritos em qualquer lugar. Sem anúncios e sem que um DJ de rádio estivesse no lugar. Isso definiu como as pessoas gostam de ouvir músicas desde então".

[NRC Handelsblad, NPR, Engadget]

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Twitter tenta melhorar algoritmo racista que prioriza imagens de brancos

Posted: 11 Mar 2021 05:33 AM PST

Imagem: Matt Rourke (AP)

O Twitter anunciou um novo teste envolvendo as imagens que aparecem. Com o experimento, o preview vai aparecer na timeline do mesmo jeito que aparece na tela de escrever um novo tuíte. Além disso, o espaço que elas vão ocupar na interface será maior e mais vertical.

Até o momento, posts com uma única imagem mostravam apenas um pedacinho recortado na horizontal, e o usuário precisava tocar na foto para vê-la por inteiro. De acordo com o chefe de design do Twitter, imagens muito altas ou muito largas serão recortadas automaticamente no centro. A empresa não divulgou nenhum cronograma para o teste ou para o lançamento do recurso.

A rede social se limitou a dizer que a mudança vai deixar as imagens “maiores e melhores” nos apps para Android e iOS, mas o contexto é um pouco mais complexo do que isso. O teste vem após uma série de críticas feitas ano passado, quando usuários perceberam que o recorte do preview, que é feito automaticamente pelo algoritmo da plataforma, quase sempre foca na pessoa branca da imagem e dificilmente destaca pessoas negras.

Na ocasião, o Twitter disse ter testado seu código e não encontrado nenhum viés racial. Mesmo assim, a companhia prometeu que ia usar menos a ferramenta de recortar imagens automaticamente.

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Além disso, a plataforma divulgou que está realizando testes para permitir o upload de imagens com resolução de 4K no Android e no iOS.

[The Verge]

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Inpe divulga primeiras imagens capturadas pelo satélite brasileiro Amazônia-1

Posted: 11 Mar 2021 05:27 AM PST

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelou nesta quarta-feira (10) as primeiras imagens capturadas pelo satélite Amazônia-1, lançado no final de fevereiro. Em seu site, o órgão divulgou cinco imagens e dois vídeos de processamento.

As cinco imagens estáticas mostram as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro, o município de Ibotirama e o reservatório de Sobradinho, ao longo do rio São Francisco, na Bahia, e uma reserva legal da floresta amazônica na Bolívia. Três delas mostram cores verdadeiras, e duas, composições coloridas.

Vale dizer que estas ainda são imagens de testes. Segundo o site do Inpe, ainda é necessário terminar a fase de colocação do satélite em sua órbita nominal, o que deve ocorrer até o dia 15 de março, e realizar a fase de comissionamento da câmera WFI do equipamento, o que deve levar dois meses. Só então o Amazônia-1 será considerado operacional e compartilhará as imagens que capturar com a comunidade de usuários.

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O Amazônia-1 foi lançado da Índia em 28 de fevereiro. Ele é o primeiro satélite desenvolvido totalmente no Brasil — dois modelos anteriores foram feitos em parceria com a China. Logo após o lançamento, dois rastreadores, um dos EUA e outro da Itália, avisaram que o satélite estava fora de controle dias depois, mas o Inpe diz que a situação já foi resolvida. Quando estiver operacional, o equipamento ajudará a rastrear o desmatamento na Amazônia.

[Inpe via Folha]

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Fragmento raro de meteorito de 4,5 bilhões de anos é encontrado no Reino Unido

Posted: 11 Mar 2021 03:01 AM PST

O raro meteorito, que caiu na Terra em 28 de fevereiro de 2021. Imagem: Universidade de Manchester

Um pedaço de rocha negra que data os primeiros dias do Sistema Solar caiu no final do mês passado em uma entrada de garagem residencial no Reino Unido. Pesando cerca de 300 gramas, o fragmento de corpo celeste foi encontrado pelo casal Rob e Cathryn Wilcock, que vive na pequena cidade de Winchcombe, que tem origem medieval.

"Quando ouvi cair, levantei e olhei pela janela para ver o que estava lá. Mas, como estava escuro, não consegui enxergar nada", disse Hannah, a filha do casal, à BBC. "Foi apenas na manhã seguinte, quando saímos, que o vimos no caminho — como se alguém tivesse jogado lá. E, para ser sincera, meu primeiro pensamento foi: ‘alguém está jogando pedaços de carvão nos jardins das pessoas?’".

Contudo, o que eles não esperavam era que o “pedaço de carvão” fosse um meteorito. E não qualquer tipo de meteorito: ele é uma pequena parcela de condrito carbonáceo, com uma idade estimada de 4,5 bilhões de anos, data da formação do Sistema Solar, de acordo com um comunicado da Universidade de Manchester.

"Quase todos os meteoritos vêm de asteroides, os blocos de construção remanescentes do Sistema Solar que podem nos dizer como os planetas, incluindo a Terra, se formaram", afirma Ashley King, pesquisadora do UK Future Leaders Fellowships no Departamento de Ciências da Terra do Museu de História Natural, em comunicado. "A oportunidade de ser uma das primeiras pessoas a ver e estudar um meteorito que foi recuperado quase imediatamente após a queda é um sonho que se tornou realidade!"

A bola de fogo, vista sobre o Reino Unido e o norte da Europa, em 28 de fevereiro de 2021. Imagem: Ben Stanley/Markus Kempf/rede AllSky7 via Universidade de Manchester.

A chegada da rara amostra foi acompanhada por um clarão, como você confere na foto acima, iluminando os céus do Reino Unido e do norte da Europa em 28 de fevereiro de 2021. A bola de fogo, que entrou na atmosfera da Terra a uma velocidade que atinge os 14 quilômetros por segundo, foi avistada por milhares de testemunhas, muitas das quais relataram o espetáculo à Rede de Observação de Meteoros do Reino Unido.

Outras imagens tiradas de diferentes ângulos permitiram aos cientistas triangular um local de pouso e também recriar sua trajetória de voo através do Sistema Solar, segundo o comunicado da Universidade de Manchester. Acredita-se que outros restos do asteroide destruído tenham caído na região conhecida como Cotswold, e a busca por esses valiosos fragmentos ainda continua. Junto com a peça principal, outros fragmentos menores do meteorito também atingiram a garagem. Apesar de ser uma bagunça composta por pó e estilhaços, as amostras estão em excelentes condições, sendo até mesmo comparadas a amostras imaculadas retornadas de missões espaciais.

"Fiquei em choque quando o vi e imediatamente soube que era um meteorito raro e um evento totalmente único", disse Richard Greenwood, pesquisador da Open University, no comunicado. "É emocionante ser o primeiro a confirmar para as pessoas que estão diante de você que o baque que ouviram na garagem durante a noite é uma coisa tão importante."

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Os condritos carbonáceos são formados a partir de uma combinação de minerais e compostos orgânicos, como aminoácidos. Ao estudar esses objetos antigos, os cientistas podem remontar aos primeiros dias do Sistema Solar, permitindo compreender melhor a origem dos planetas e da água, além de como os elementos que deram origem à vida chegaram à Terra.

"Estamos absolutamente entusiasmados com isso, porque é muito valioso para a ciência e para a compreensão humana do mundo e do Sistema Solar. Também estamos felizes que possamos ser uma pequena parte disso", disse Rob Wilcock à BBC.

O meteorito será transferido para o Museu de História Natural, permitindo uma investigação formal do objeto. Das dezenas de milhares de meteoritos conhecidos na Terra, apenas 51 são condritos carbonáceos. O meteorito de 28 de fevereiro é o primeiro a ser encontrado no Reino Unido e a primeira amostra a ser recuperada no condado desde 1991.

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