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- Nova ferramenta do YouTube detecta violações de direitos autorais durante o upload
- Mudanças climáticas estão criando cada vez mais florestas “fantasmas” nos EUA
- Lembra quando hackearam o Twitter do Obama? O autor foi condenado a três anos de prisão
- Professor universitário lança primeiro álbum de hip-hop revisado por pares
- Samsung deve atrasar novo Galaxy Note para 2022 por escassez de chips
- Serviço EA Play chega no PC para assinantes do Xbox Game Pass nesta quinta (18)
- Videogame independente é videogame da quebrada
- Intel anuncia oficialmente 11ª geração de processadores Rocket Lake-S para desktops
- A corrida espacial agora é privada; e as startups brasileiras lutam para o Brasil não ficar para trás
- Fungo que já matou milhares de pessoas agora também é resistente a diversos medicamentos
- Samsung anuncia Galaxy A52 e Galaxy A72, intermediários com tela grande e resistência à água
- [Review] Amazon Echo Show 10: a Alexa vidrada em você
- Russos farão filme no espaço e, por isso, astronauta terá que ficar um ano em estação espacial
- Prime Video também está testando modo aleatório em sua plataforma
- Pandemia de Covid-19 teve menos casos de gripe e outros vírus, mas isso não é um bom sinal
Nova ferramenta do YouTube detecta violações de direitos autorais durante o upload Posted: 17 Mar 2021 06:33 PM PDT ![]() Se você já levou uma reclamação de direitos autorais no YouTube, sabe que isso envolve um processo complicado, confuso e demorado. A plataforma vai tentar facilitar a vida de quem produz conteúdo com uma ferramenta que avisa possíveis problemas do tipo antes de publicar um vídeo. Nesta quarta-feira (17), o analista de mídia social Matt Navarra tuitou uma captura de tela do recurso, que começou a ser liberado em fevereiro. A novidade avisa “quaisquer problemas de direitos autorais que possam restringir a visibilidade” de um vídeo, e a notificação já aparece durante o upload.
A imagem compartilhada não mostra muito sobre como essa ferramenta, apelidada de Checks, funcionará, mas outras reportagens especulam que ela é baseada na tecnologia de Content ID do YouTube. Atualmente, o Content ID é usado por detentores de direitos autorais para vasculhar o mar de conteúdo da plataforma de vídeos e encontrar vídeos ou músicas. Se um vídeo que viola seus direitos for enviado, eles têm permissão para bloquear a reprodução do vídeo inteiro ou podem exibir anúncios no clipe para obter receita com o canal do infrator. Em um e-mail, um porta-voz do YouTube confirmou o novo recurso e disse que ele pode ser acessado através do YouTube Studio. O porta-voz acrescentou que o objetivo do recurso é ajudar os criadores a cumprir as regras ao enviar vídeos. A empresa também publicou detalhes sobre as novas ferramentas de pré-publicação em um post em seu site da comunidade. O canal “informal” Creators Insider, que é feito por pessoas que trabalham no YouTube, tem mais alguns detalhes sobre o sistema de verificação no vídeo abaixo. Embora todos os criadores possam usar esse tipo de varredura para evitar possíveis problemas de direitos autorais, quem tem propagandas em seus canais pode ver também se o YouTube considera aquele conteúdo adequado para anunciantes antes do upload. Se funcionasse bem, o Content ID seria um sistema fantástico — mas, como a Electronic Frontier Foundation mostrou em um relatório sobre a tecnologia do YouTube em dezembro passado, é um sistema que historicamente permitiu que criadores de conteúdo fossem notificados incorretamente ou tomassem vários avisos por causa de um único vídeo. Mesmo que o Checks não use o Content ID, ele ainda não é à prova de falhas. Como observa a captura de tela de Navarra, os resultados da varredura “não são finais”. Ainda que um criador tenha permissão para postar um vídeo, ele pode ser atingido com uma reivindicação de direitos autorais mais tarde. The post Nova ferramenta do YouTube detecta violações de direitos autorais durante o upload appeared first on Gizmodo Brasil. |
Mudanças climáticas estão criando cada vez mais florestas “fantasmas” nos EUA Posted: 17 Mar 2021 04:36 PM PDT ![]() Os impactos das mudanças climáticas estão cada vez mais assustadores. Florestas fantasmas estão surgindo ao longo da costa leste dos EUA, à medida que o aumento do nível do mar torna os solos salgados e inunda terras antes secas. Já sabemos que a crise climática está elevando os níveis dos mares e aumentando as enchentes causadas pelas marés altas e ondas. Isso está colocando pessoas, infraestruturas e ecossistemas em risco. É tudo muito preocupante, mas um resultado particularmente assustador de tudo isso são as florestas fantasmas, que estão se expandindo, como mostra um novo relatório. As florestas fantasmas são regiões onde os solos ficam inundados com água salgada, matando as árvores que dependem da água doce e deixando para trás troncos que podem ficar descoloridos ou pretos à medida que se deterioram. Os ventos geralmente carregam os galhos e a folhagem das árvores, mas uma vez que os troncos secam, eles podem durar décadas. Eventualmente, folhagens de pântanos de águas salgadas, que podem tolerar a salinidade, crescem ao redor das árvores. "[As florestas fantasmas] têm uma aparência fantasmagórica, sobrenatural", escreveu por e-mail Richard Lathrop Jr., que dirige o Centro de Sensoriamento Remoto e Análise Espacial da Universidade Rutgers e foi coautor da nova pesquisa. O relatório, apoiado pelo Departamento de Agricultura e publicado pela Rutgers University na terça-feira, investigou o que exatamente está fazendo com que essas florestas fantasmas se formem e se tornem mais comuns. Para o estudo, os autores analisaram a literatura científica existente, entrevistaram especialistas em silvicultura e biologia e também realizaram uma reunião de cientistas em janeiro passado. ![]() Eles descobriram que os principais culpados são os efeitos da crise climática, incluindo o aumento das marés salgadas em meio a tempestades e fortes chuvas, que inundam os solos. À medida que ambos pioram ao longo da costa leste, mais áreas florestais costeiras da Virgínia a Massachusetts estão assumindo essas características fantasmagóricas. As descobertas mostram que a linha onde o pântano encontra a floresta está avançando para o interior. Na região da Baía de Chesapeake, isso tem acontecido a cerca de meio metro por ano nos últimos 100 anos, embora algumas áreas tenham visto a transição acontecer a velocidades de até 6 metros por ano. Mas dificilmente este é um problema isolado daquela região. "Isso está acontecendo por toda a parte das costas Leste e do Golfo, especialmente nas áreas costeiras onde há terras baixas e suavemente inclinadas nas baías costeiras adjacentes", disse Lathrop. As florestas fantasmas não estão se expandindo apenas devido aos efeitos da crise climática; elas também podem estar piorando a situação, criando um ciclo vicioso. As florestas do Médio Atlântico e da Nova Inglaterra são atualmente importantes dissipadoras de carbono, especialmente porque são o lar de muitas árvores perenes que fotossintetizam — isto é, absorvem dióxido de carbono e exalam oxigênio — por mais meses do ano do que outras árvores. Os solos das florestas também absorvem carbono, mas esse efeito é reduzido quando eles são inundados. "Um benefício ecológico das florestas costeiras saudáveis é o sequestro e armazenamento de carbono na superfície e no solo", disse Lindsey Smart, pesquisadora associada da Universidade Estadual da Carolina do Norte que estuda florestas fantasmas, mas não trabalhou no novo relatório, em um email. "À medida que as florestas costeiras fazem a transição para pântanos, perdemos carbono acima do solo. Parte é liberada na atmosfera e parte muda para outros reservatórios de carbono." A expansão das florestas fantasmas também tem outros efeitos ecológicos preocupantes. As florestas costeiras que o estudo examinou são lar para uma vasta gama de vegetais e animais selvagens incomuns, incluindo pássaros raros e as plantas de pântano Helonias bullata e Carex joorii. Como os solos dessas florestas também são capazes de absorver as chuvas, eles protegem as pessoas que vivem no interior das enchentes causadas por tempestades costeiras. Para interromper essa degradação dos ecossistemas florestais costeiros, os autores pedem que os Estados Unidos planejem com mais cuidado o uso da terra. Isso inclui proteger a floresta costeira do desenvolvimento urbano — provavelmente uma má ideia de qualquer maneira, considerando a ameaça de inundações — colocando uma parte maior dela sob proteções federais. As autoridades também poderiam ir ainda mais longe, facilitando a expansão das florestas em áreas mais distantes da costa, plantando mais árvores onde o solo é menos encharcado e a ameaça de marés e tempestades é menor. Eles também poderiam plantar mais vegetação florestal que tolere melhor as condições de mudança de salinidade e umidade do solo. Smart observou que, ao empreender essas estratégias de conservação, o governo também precisará trabalhar com os proprietários de terras, "visto que grande parte da paisagem costeira está em mãos privadas". Na verdade, 77% das áreas florestais privadas dos EUA estão na região leste do país. Promover essas estratégias pode ser uma forma útil de adaptação ao clima para muitos locais que estão vendo suas florestas se tornarem mais fantasmagóricas. "Este estudo acrescenta evidências crescentes de que este não é um fenômeno localizado, considerando outros relatórios ao longo da costa leste", disse Smart. "Embora a velocidade e a extensão variem com base nas características específicas de cada local, está claro que o aumento do nível do mar e as pressões sinérgicas entre o aumento do nível do mar e a modificação do uso da terra […] estão mudando nossas costas, impactando nossas florestas costeiras." The post Mudanças climáticas estão criando cada vez mais florestas "fantasmas" nos EUA appeared first on Gizmodo Brasil. |
Lembra quando hackearam o Twitter do Obama? O autor foi condenado a três anos de prisão Posted: 17 Mar 2021 03:14 PM PDT ![]() Graham Ivan Clark, um adolescente que planejou um amplo ataque ao Twitter no ano passado envolvendo a invasão de contas de dezenas de usuários importantes para promover um golpe de bitcoin, se declarou culpado em um tribunal da Flórida nesta terça-feira (16). De acordo com o Tampa Bay Times, o jovem, que tinha apenas 17 anos quando deu início ao ataque, foi condenado a três anos de prisão como parte de um acordo judicial, que será seguido por mais três anos de liberdade condicional. Como parte de sua punição, Clark também será proibido de usar computadores sem permissão expressa e supervisão direta das autoridades policiais. Preso em julho de 2020, Clark recebeu o crédito de 229 dias de pena cumprida, e seu acordo judicial também incluiu a estipulação de que ele seria sentenciado como um “jovem infrator”, o que provavelmente diminuirá seu tempo de prisão e aumentará as chances de que ele tenha permissão para cumprir pelo menos parte de sua sentença em um campo de treinamento militar. "Graham Clark precisa ser responsabilizado por esse crime, e outros golpistas em potencial precisam ver as consequências", disse Andrew Warren, procurador do 13º Circuito Judicial da Flórida, em um comunicado. "Neste caso, fomos capazes de entregar essas consequências ao reconhecer que nosso objetivo com qualquer criança, sempre que possível, é fazer com que aprendam a lição sem destruir seu futuro." Em 15 de julho de 2020, várias contas do Twitter de figurões como o ex-presidente Barack Obama, Joe Biden, Elon Musk, Bill Gates, Kanye West, Michael Bloomberg e a Apple foram subitamente sequestradas de forma sequencial. Em cada caso, a conta hackeada anunciava uma proposta especial: qualquer usuário do Twitter que desembolsasse uma determinada quantia da popular criptomoeda bitcoin receberia o dobro desse valor de volta. As autoridades dizem que o golpe rendeu cerca de US$ 117.000 em bitcoin antes de ser encerrado. Na execução do golpe, Clark trabalhou ao lado de dois conspiradores que ele teria conhecido em um fórum online chamado OGusers, que negocia a aquisição e venda de nomes de usuário antigos. Esses parceiros, identificados como Nima Fazeli, de Orlando, e Mason Sheppard do Reino Unido, também foram acusados de crimes federais. De acordo com várias reportagens, o trio conseguiu fazer o ataque explorando uma vulnerabilidade nos sistemas do Twitter: determinados funcionários de nível médio tinham acesso a poderosas ferramentas de administração em todo o site, que podiam ser usadas para redefinir endereços de e-mail de contas. O hack — que gerou várias investigações, incluindo uma do FBI — expôs graves ameaças à segurança nacional e internacional, e levou o Twitter a tomar a medida sem precedentes de desabilitar tuítes de contas verificadas enquanto os programadores lutavam para encontrar uma solução. "Dia difícil para nós no Twitter", escreveu o CEO Jack Dorsey na época. "Todos nós nos sentimos terríveis quando isso aconteceu. Estamos diagnosticando e compartilharemos tudo o que pudermos quando tivermos uma compreensão mais completa do que aconteceu exatamente". The post Lembra quando hackearam o Twitter do Obama? O autor foi condenado a três anos de prisão appeared first on Gizmodo Brasil. |
Professor universitário lança primeiro álbum de hip-hop revisado por pares Posted: 17 Mar 2021 01:56 PM PDT ![]() Um professor de Hip-Hop e doutor em retórica, comunicação e design de informação pela Clemson University chamado A.D. Carson, viralizou na internet ao lançar o seu álbum ” i used to love to dream” pela Michigan Publishing, uma editora acadêmica. Tido como a primeira publicação do gênero a ser revisada por pares, a “mixtape/ensaio” ainda acompanha um encarte com explicações sobre cada uma de suas oito músicas inspiradas na vida e formação acadêmica do artista. Sara Jo Cohen, editora sênior de aquisições da University of Michigan Press, e que trabalhou com A.D. Carson neste álbum, afirma que este trabalho vai trazer mudanças significativas para a maneira com que os estudos das artes cênicas e da música serão compartilhados, especialmente diante da bancada. “Acho que, como editores, muitas vezes pensamos em nossas questões de revisão por pares como definidas, mas este exercício de trabalhar com Carson para repensar nossas questões foi realmente instrutivo para mim, e acho que nossa colaboração nessas questões foi muito no espírito de fazer música”. Já Loren Kajikawa, outro colaborador de Carson e editor da série interdisciplinar Tracking Pop na University of Michigan Press, diz que “os revisores notaram que este é um projeto com potencial para abrir espaço na publicação acadêmica para novas formas de arte e novas formas de bolsa de estudos”. O feito de Carson é algo a ser visto com mais ênfase, uma vez que vai proporcionar a mais acadêmicos negros a possibilidade de explorar de forma mais desafiadora e menos tradicional as suas pesquisas. Toda esta história se iniciou quando Carson produziu um álbum de rap com mais de 30 músicas em formato de dissertação, na qual defendeu em 24 de fevereiro de 2017 do mesmo ano para o comitê responsável. Intitulado na época como "Owning My Masters: The Rhetorics of Rhymes and Revolutions", a obra explora temas que fazem parte do ativismo do artista, como identidade, justiça, economia, cidadania e linguagem. Com dezenas de visualizações em seu canal do Youtube e uma repercussão impressionante no Facebook, Carson foi considerado a primeira pessoa na história da Clemson University a não entregar uma dissertação por escrito, como é feito tradicionalmente. "Algumas pessoas me perguntam: ‘Você está fazendo isso apenas para ser provocativo? Isso é um truque?’. Minha resposta é ‘absolutamente não’. Esta é a minha maneira de estar no mundo", disse Carson em um artigo publicado no site da universidade na época da entrega da dissertação. Uma das suas principais inspirações para prosseguir com o projeto veio do seu mentor, o professor Chenjerai Kumanyika, um ex-integrante do grupo de Hip-Hop "The Spooks", que tinha em sua coleção de conquistas vários discos de ouro e platina do final dos anos 1990 e início dos anos 2000, épocas que garantiram a ascensão de grandes nomes deste cenário, como Shaggy, Kanye West, Snoop Dogg e Ja Rule.
O disco foi gravado em um pequeno estúdio improvisado por Carson, montado em seu apartamento que fica próximo do campus que frequentava. Com o uso de softwares que foram oferecidos pela própria universidade, contou com a ajuda de mais dois amigos de infância para a produção do álbum. Dentre as referências que podem ser notadas em sua composição, então os samples de algumas músicas de Aretha Franklin e da trilha sonora do filme Django Livre, de Quentin Tarantino, bem como inspirações de artistas mais contemporâneos como Jay Z e Common. Quebrando recordes a cada realização, Carson foi o primeiro de sua família a ser formar em uma universidade. Para ele, os aprendizados vindos não somente de sua vida pessoal, mas também da vivência acadêmica estarão refletidos nas letras de sua música. E se vale a pena lecionar sobre Hip-Hop na universidade? Para ele a resposta é ‘com certeza’, de acordo com sua entrevista ao The Conversation. “A razão pela qual lemos e nos envolvemos com a literatura com a qual nos envolvemos é, esperançosamente, por empatia — para que tenhamos caminhos para entrar em mundos que não entendemos completamente”. The post Professor universitário lança primeiro álbum de hip-hop revisado por pares appeared first on Gizmodo Brasil. |
Samsung deve atrasar novo Galaxy Note para 2022 por escassez de chips Posted: 17 Mar 2021 01:46 PM PDT ![]() Há meses aparecem rumores de que a Samsung vai encerrar de vez a linha Galaxy Note, principalmente agora que o Galaxy S21 Ultra ganhou suporte à S-Pen — o que também deve acontecer com a próxima geração do Galaxy Fold. Recentemente, um porta-voz da Samsung negou os boatos, mas ainda assim a família Note virá com erto atraso. Essa é a informação sugerida por DJ Koh, co-CEO da Samsung Mobile. Em uma conferência com analistas realizada esta semana na Coreia do Sul, o executivo reforçou o compromisso da marca com a linha Galaxy Note, tranquilizando os consumidores que optam por esse modelo ao Galaxy S. A questão é que talvez não seja possível lançar um novo Note em 2021 pela escassez de chips que não apenas a Samsung, mas toda a indústria está enfrentando devido à pandemia de Covid-19 e os estragos econômicos causados por ela. "A categoria Note está posicionada como um modelo chave em nosso portfólio de negócios. Pode ser uma tarefa difícil revelar dois dispositivos emblemáticos em um ano, então pode ser complicado lançar um modelo Note no segundo semestre [de 2021]. O momento de lançamento do modelo Note pode ser alterado, mas buscamos lançar um modelo Note no próximo ano", declarou DJ Koh, segundo informa a Bloomberg. Outro problema que justifica esse atraso é que uma das fábricas da Samsung, localizada em Austin, no Texas (EUA), ainda não retomou a produção de novos dispositivos, comprometendo, assim, os planos da empresa. Mesmo que o Galaxy Note ainda tenha uma próxima geração confirmada até então — agora possivelmente apenas para 2022 —, isso não significa que a Samsung descartou a ideia de descontinuar a linha. Os rumores de antes indicavam que essa transição aconteceria gradativamente, quando os principais smartphones premium da sul-coreana tivessem as mesmas funções do Note. O Galaxy S21 Ultra já está nessa lista, e a previsão é que o sucessor do Galaxy Z Fold 2 tenha o mesmo recurso. Por falar no Z Fold 2, este seria mais um motivo que teria levado a Samsung a bater o martelo pelo vindouro fim da linha Galaxy Note. Ao encerrar a marca, toda a produção deve se voltar para a divisão de celulares dobráveis da companhia. Agora é esperar para ver se o próximo Galaxy Fold chega ainda este ano. The post Samsung deve atrasar novo Galaxy Note para 2022 por escassez de chips appeared first on Gizmodo Brasil. |
Serviço EA Play chega no PC para assinantes do Xbox Game Pass nesta quinta (18) Posted: 17 Mar 2021 01:33 PM PDT ![]() A Microsoft anunciou o lançamento do EA Play como parte integral do Xbox Game Pass para PC. A partir das 18h (horário de Brasília) desta quinta-feira (18), quem tem uma assinatura no serviço da Microsoft poderá jogar games inclusos no EA Play sem custo adicional no Windows 10. Ao todo, mais de 60 títulos de franquias da EA estarão disponíveis no PC, incluindo Star Wars Jedi: Fallen Order, Star Wars: Squadrons, FIFA 20, Titanfall 2 e Need for Speed Heat. Séries como Battlefield, Madden NFL, Command & Conquer e The Sims também terão alguns de seus jogos incluídos no catálogo. Além disso, a Microsoft promete recompensas mensais para games que fazem parte do EA Play. Para março, elas incluem pacotes Gold Team Fantasy MUT e um EA Play Celebration Pack para Madden 21, um N7 Weapon Charm para Apex Legends, entre outras vantagens. Para começar a jogar com o EA Play no PC através do Game Pass, basta seguir as instruções abaixo:
O EA Play chegou ao Game Pass em novembro de 2020 nos consoles Xbox. Separadamente, o serviço custa R$ 19,90 mensais. Já o Game Pass tem valor fixo de R$ 30 por mês — novos assinantes pagam apenas R$ 1 na primeira cobrança. [Xbox] The post Serviço EA Play chega no PC para assinantes do Xbox Game Pass nesta quinta (18) appeared first on Gizmodo Brasil. |
Videogame independente é videogame da quebrada Posted: 17 Mar 2021 12:50 PM PDT ![]() Pega as notas de 2 reais aqui e ali. Dois contos no bolso da calça da escola, mais quatro na mochila. Firmeza! Abre a gaveta dos CDs de PlayStation 2 e … opa! Mais dois dinheiros. Mas ainda falta um pouco. Que tal revirar o guarda-roupas à procura daquela sorte marota? Bota a mão no bolso de uma calça, nada. No fundo da gaveta de meias jaz um sabonete velho. É pra deixar as roupas com cheiro bom. Opa! Achei cincão no shorts do futebol. Alegria tão grande quanto fazer um gol com o Allejo! Aquele dinheiro amassado era a pura alegria do milho verde. É dia de comprar jogo na banca! Se você viveu a era dos games nos anos 1990, certamente vai se lembrar disso. Lembra dos jogos que comprávamos nas bancas de jornal? Aqueles que vinham com encartes de papelão e um ou dois CD-Roms? Era sensacional. Lembro-me não somente dos jogos, mas tenho flashes de memória sobre vários acontecimentos. O caminho lúdico até a banca, no qual havia tempo suficiente pra pensar em qual jogo comprar. O papo furado com o tio da banca, que quase sempre me dava corda. Melhor mesmo eram os encontros com amigos pra jogar jogos dificílimos, como os adventures Myst e Frankenstein. Fala sério, eles eram difíceis pra valer. As anotações no caderninho corriam soltas, enquanto o uso do teclado era de revezamento obrigatório. Estamos falando de uma dimensão antropológica da cultura dos videogames. Em palavras menos rebuscadas, trata-se de daquelas culturas produzidas por nossa interação social, nossas amizades, nossas idas à banca de jornal. Nestes espaços, construímos boa parte dos nossos valores, identidades, modos de fazer e pensar. Tudo estava indo muito bem. Até que um dia, tudo mudou. E mudou pra melhor. Calma. A internet ainda não tinha chegado na quebrada. Até tinha, mas naquele esquema de conectar depois da meia-noite pra gastar um pulso só. Pra quem não sabe, a internet usava uma espécie de linha discada, que o computador ligava como se fosse um número de telefone qualquer. Pra isso, haviam os discadores. Coisa bem moderna. Seu modem fazia uns barulhos como se estivesse com fome, e já era. Com um pouco de sorte, você estava pronto pra entrar no bate papo do UOL. Mas o que mudou para melhor foi a chegada do CD-Rom na parada. Além de uma centena de demos, como já era de praxe, o CD trazia uma ferramenta chamada RPG Maker pra criar meus próprios jogos! Como assim, criar um jogo? Aquela ideia era muito nova. Ora, se pudesse criar um jogo – e agora podia – como ele poderia ser? As fases seriam grandes? Mapas de cidade, ou de natureza? E as personagens? Vou colocar meu amigo Douglas, meus primos Íkaro, Rafael 1 e Rafael 2. Calma, também vou recriar aquele amor platônico da escola no game! Aquela ferramenta era poderosa. E ela me tornava poderoso. O poder de contar histórias era meu. Aquela sensação de aptidão só aumentava cada vez que conseguia fazer algo novo. Os gráficos já vinham prontos e eram bem legais. Os mapas foram se tornando maiores, com mais detalhes. Os puzzles que jogávamos nos outros games também não podiam ficar de fora. Inclusive, um dos dias mais divertidos foi quando consegui, pela primeira vez, criar uma passagem secreta atrás de uma cachoeira. Acho que se você fosse jogar aquele game, nunca descobriria. E foi assim que comecei a me aproximar da dimensão sociológica da cultura. Calma, mais um termo que pode ser difícil, né? Vou explicar. Quando olhamos pra cultura no sentido de elaborar algo, construir sentidos e significados, e ter a intenção de que as pessoas vejam aquilo, estamos falando da dimensão sociológica. Na ocasião, esse "algo” estava ligado a pensamentos do dia a dia de um moleque de pouco mais de 15 anos. Mesmo naquele fazer completamente sem jeito, sem técnica, mas com vontade de representar algo, penso que a dimensão sociológica estava lá, de maneira embrionária. Mesmo na quebrada, fiz o colégio sem precisar trampar. Metade na escola pública, metade na particular. Privilégio que chama, né? Já que foi assim, tive tempo pra experimentar coisas novas. Com os amigos David, Diogo, Fernando e Luigi, fazíamos experimentos de distribuição dos jogos através de disquetes. Até porque queimar CDs era algo muito caro. Distribuição digital? Nunca ouvimos falar. Naquela época, eu achava o máximo poder representar meus amigos num videogame. Contar minhas próprias histórias. Histórias lá da Vila Zilda, Zona Norte de São Paulo. Amigos da escola, cuja parceria de vida continua até hoje. Hoje, a brincadeira da banca de jornal virou profissão. Não que toda brincadeira precise virar algo do tipo. Assim, nasceu pra mim o universo do videogame independente. Alguns anos depois vejo muita gente criando videogames nas quebradas. Numa dessas, fizemos uma ação com a galera do PAC (Projeto Amigos das Crianças), em Pirituba. E com a mesma ferramenta de anos atrás. Dentro de três meses, a galera conseguiu construir 14 protótipos jogáveis, em 2019. Mais à frente, os games vieram a compor um pacote chamado Videogames da Quebrada, revertendo o valor em cestas básicas para 112 famílias da comunidade. Tudo isso não seria possível sem a participação de mais pessoas. Guilherme Meneses, da Associação Povos da Terra; Filipe Pereira, da Aoca Game Lab; Marcos Vinícius e Raquel Motta, da Sue The Real; e lógico, minha companheira de vida e de profissão, a Tainá Felix. Agradeço aos meus pais por me darem um computador naquela época. E também o dinheirinho do CD-Rom. Aos tios e tias das bancas de jornais. Acreditem, pequenos incentivos podem significar muito na formação das pessoas. Videogame independente é videogame da quebrada! Vejo você no futuro. Abraços! Referências e indicações
* Jaderson Souza é doutorando em Humanidades, Direitos e outras Legitimidades pela FFLCH, na USP e Também é mestre em Tecnologias da Inteligência e Design Digital pela PUC-SP. É presidente da Game e Arte, que desenvolve jogos e facilita processos educacionais por meio deles. Escreve no Gizmodo nas terceiras quartas-feiras do mês. The post Videogame independente é videogame da quebrada appeared first on Gizmodo Brasil. |
Intel anuncia oficialmente 11ª geração de processadores Rocket Lake-S para desktops Posted: 17 Mar 2021 10:53 AM PDT ![]() Nesta terça-feira (16), a Intel finalmente desvendou todos os detalhes sobre os processadores Rocket Lake de 11ª geração. Embora o anúncio não tenha sido uma surpresa – tanta informação já havia sido divulgada e alguns consumidores e revisores até mesmo colocaram as mãos em um ou dois chips bem antes da data de lançamento oficial –, agora soubemos detalhes importantes: velocidades de clock, SKUs, preços, desempenho e recursos extras. Vamos começar com o que provavelmente sempre será a maior parte controversa: os processadores de 11ª geração da Intel estão em um modo de 14 nm. Mas mesmo sem mudar para um novo transistor, a Intel diz que ainda foi capaz de aumentar o desempenho, com algumas mudanças significativas na arquitetura. As CPUs Rocket Lake são baseadas na arquitetura Cypress Cove da Intel, que consiste no 10 nm do Ice Lake portado de volta para 14 nm, combinado com gráficos Tiger Lake. Basicamente, as CPUs de 11ª geração possuem alguns recursos de seus processadores móveis de 11ª geração, tornando esta a primeira vez que a empresa refaz sua arquitetura de desktop em cinco anos. Portar a arquitetura de 10nm de volta para 14nm também significa que a fabricante só poderia encaixar um total de 8 núcleos e 16 threads em suas CPUs de 11ª geração, mas a nova arquitetura representa um aumento em quantas instruções são completamente executadas em um ciclo de clock. A Intel disse que foi capaz de aumentá-las em 19% por ciclo, mas usar a nova arquitetura também significa um aumento de 50% no desempenho gráfico integrado. Quando se trata de jogos, isso se traduz em cerca de 8-14% de aumento de quadros por segundo ao comparar o novo Core i9-11900K com o Core i9-10900K, e um ganho de 7-16% fps do Core i5-10600K para o Core i5-11600K. A Intel disse que seu carro-chefe, o i9-11900K, tem cerca de 3-11% de vantagem sobre o Ryzen 5900X da AMD em alguns jogos. A Intel também aumentou o tempo de processamento em várias tarefas criativas, como marcação de fotos, criação de vídeo e outras tarefas de produtividade com programas do Microsoft Office. Em comparação com os processadores de 10ª geração, a Intel disse que seu Core i9 de 11ª geração é até 88% mais rápido em fluxos de trabalho de criação de vídeo, e 35% mais rápido em comparação com o Ryzen 9 5900X da AMD. Abaixo, listamos alguns detalhes de cada processador. Core i9 de 11ª geraçãoA Intel fez algumas alterações em seus processadores de nível básico, mas as velocidades de clock não são uma delas: 5,3 GHz ainda é o clock mais alto que você pode obter de qualquer um dos processadores, e o Core i9 topo de linha 11900K e o Core i9-11900KF ainda precisam de 125 Watts de potência. Todos os processadores K são desbloqueados, e todos os chips F vêm sem gráficos integrados Intel UHD 750. Como mencionamos anteriormente, a Intel trocou seus Core i9s de 10 núcleos e 20 threads por 8 núcleos e 16 threads, mas os Core i9s agora suportam RAM DDR4-2933 e DDR4-3200. A outra desvantagem é que os preços iniciais dessas CPUs são mais caros do que a geração anterior – mais de US$ 500 para i9-11900K, em comparação com os US$ 488 para i9-10900K.
Core i7 de 11ª geraçãoÉ uma história semelhante com os processadores Core-i7 de última geração da Intel. Os preços começam um pouco mais altos do que a geração anterior, os processadores K são desbloqueados e os chips F não têm gráficos integrados. O suporte de RAM é o mesmo, mas essas CPUs só podem obter um clock de aumento de 5,0 GHz em comparação com 5,1 GHz do i7-10700K. Os i7s de ponta também consomem 125W de potência. Todos são 8 núcleos e 16 threads.
Core i5 de 11ª geraçãoOs Core i5s são os processadores mais “rentáveis”. Eles são intermediários, os preços iniciais não mudaram em relação à geração anterior e a Intel aumentou só um pouco o clock do boost. A companhia também está oferecendo mais configurações de Core i5 do que no ano passado, e todas são 6-core/12-thread com uma potência térmica máxima de 125 W para i5-11600K e i5-11600KF. Todos eles também suportam RAM DDR4-2933 e DDR4-3200.
Atualização do Core i3 de 10ª geraçãoA Intel não está incluindo uma linha de Core i3 em sua linha de 11ª geração. Em vez disso, a fabricante de chips optou por atualizar sua linha de 10ª geração, adicionando seis novas opções. Todos são 4-core/8-threads, 65 W TDP (exceto para o i3-10105T, que é 35 W), suportam dual channel DDR4-2666 RAM e são bloqueados para não fazer overclock.
Outros recursosUm dos recursos mais solicitados para as placas-mãe das séries H e B da Intel é o overclock de memória. No passado, apenas as placas-mãe Intel série Z tinham perfis XMP (o termo chique para overclock de memória) pré-carregados no BIOS. O Z490 e o Z590, por exemplo, permitem que você faça overlocdk da RAM com alguns cliques simples, e agora os chipsets H570 e B560 da Intel permitem que você faça o mesmo. Todos os processadores da série 500 também são compatíveis com os processadores de 10ª geração. Os usuários também não precisarão mais entrar na BIOS para fazer overclock de sua RAM. A Intel habilitou esse recurso em seu programa Extreme Tuning Utility, de forma que qualquer pessoa pode alterar a velocidade da RAM em seu desktop com o apertar de um botão. Parece uma boa opção para quem não quer necessariamente mexer na BIOS, mas quer o benefício de uma RAM um pouco mais rápida. No entanto, isso só funcionará com placas-mãe da série 500. Por último, as CPUs de 11ª geração da Intel finalmente recebem o tratamento PCIe 4.0. Se você tem uma placa-mãe da série 400, é provável que já seja compatível com PCIe 4.0; Anteriormente, a Intel tinha problemas para fazer o novo padrão funcionar em conjunto com o chip, mas se você estava esperando para lançar um novo SSD PCIe 4.0, agora pode ser um bom momento para começar a pesquisar. O suporte PCIe 4.0 significa que a Intel está finalmente no mesmo padrão que a AMD — sem mencionar que todos os processadores de 11ª geração suportam BAR redimensionável. Então, assim que a NVIDIA lançar o recurso para todas as suas placas RTX série 30, qualquer combinação Intel/NVIDIA será capaz de competir com a memória de acesso inteligente da AMD. Ambos os recursos podem ajudar a aumentar as taxas de quadros em jogos, às vezes até 30 quadros por segundo, como vimos anteriormente quando testamos as placas gráficas RX 6800 XT e RX 6800 da AMD. The post Intel anuncia oficialmente 11ª geração de processadores Rocket Lake-S para desktops appeared first on Gizmodo Brasil. |
Posted: 17 Mar 2021 10:42 AM PDT ![]() No último dia de fevereiro, o Brasil lançou o satélite Amazônia-1 do Centro Espacial Satish Dhawan, na Índia, inaugurando um marco importante na história espacial do país. O objetivo é monitorar o desmatamento na Amazônia, bem como a região costeira, reservatórios de água, desastres ambientais, entre outras aplicações, conforme descreve o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A previsão é que mais dois satélites sejam lançados como parte da missão. O projeto foi concebido lá no início dos anos 2000 e foram necessários mais de R$ 300 milhões para desenvolver o satélite e mais R$ 20 milhões para contratar o veículo indiano que o colocou em órbita. Apesar de contarmos com a base de Alcântara, que economizaria até 30% de combustível devido à sua localização privilegiada na região do Equador, o satélite é grande e pesado demais para decolar do centro de lançamentos no Maranhão — o Brasil não tem um foguete capaz de colocar o Amazônia-1 em órbita. As informações refletem a principal crítica feita pelos empreendedores do setor espacial: o Brasil está atrasado e utiliza um modelo de negócios custoso, pouco eficiente e ultrapassado. O que as startups defendem é uma revolução nesse campo, liderada por um movimento conhecido como "new space". O Gizmodo Brasil conversou com empreendedores e investidores para entender como está o ecossistema espacial no país e quais os principais desafios para fazer esse novo modelo de negócios, inaugurado por Elon Musk, decolar por aqui. Como Elon Musk inaugurou a era do "new space"Para entender os conceitos de "old space" e "new space", Lucas Fonseca, CEO da Airvantis, diz que é preciso olhar para a história.
Isso mudou quando Elon Musk decidiu utilizar o dinheiro da venda do PayPal para investir no setor espacial. Oswaldo Loureda, fundador da Acrux, diz que "a SpaceX não foi só inovadora na tecnologia em si, mas ela está criando um ambiente novo que permite pequenas empresas a entrarem nesse mercado ao provocar uma transparência maior no setor". Ele lembra das audiências realizadas nos Estados Unidos, quando Musk denunciou empresas como Boeing e Lockhead, que financiavam políticos em troca de apoio em projetos na área espacial. Fonseca explica que apesar do termo "new space", as empresas que participam dessa economia são startups, já que elas "continuam seguindo os mantras principais do Vale do Silicio que é ter uma solução baseada em tecnologia, um modelo de negócio que busca uma resposta exponencial de crescimento, e uma gestão enxuta de poucas pessoas que trabalham no fundo da garagem criando uma ideia e colocando ela pra rodar". O fundador da Airvantis diz que a economia do old space ainda é muito forte, mas que o mundo já está passando pela transição para o new space. O Brasil, no entanto, parece não acompanhar o movimento na mesma velocidade que outros países. Falamos muito do "boom" das startups, como fintechs e outros aplicativos que se tornaram bilionários em pouco tempo, mas quantas startups espaciais brasileiras você conhece? O new space ainda engatinha por aqui e parte disso se deve à força que o old space ainda mantém. O problema é que virar as costas para as mudanças do setor espacial pode custar caro para o país. Por que o old space é nocivo ao paísA Acrux foi a primeira startup espacial que surgiu por aqui. Quando fundou a empresa lá em 2008, Oswaldo Loureda conta que encontrou os mesmos problemas que Elon Musk viu nos Estados Unidos. Segundo ele, "existem muitas atividades espaciais no Brasil hoje, mas elas não correspondem à grandeza do nosso país". O lançamento do satélite Amazônia-1 e de outros projetos que já foram feitos são exemplos de como o old space pode prejudicar o ecossistema espacial. Os satélites CBERS, por exemplo, que foram desenvolvidos em parceria com a China e que já estão em órbita, poderiam ser substituídos por satélites menores, mais baratos e com melhor resolução, explica Loureda. Além do produto não ser o mais eficiente, ele ainda ressalta que toda a estrutura das empresas do old space torna os projetos desnecessariamente caros.
A Acrux, especializada em foguetes, também luta para conseguir investimentos e apoio do governo. Loureda diz que a empresa já propôs um cronograma de 17 lançamentos da base de Alcântara, no Maranhão, e agora "está na mão da Força Aérea aprovar ou não". Uma das missões da empresa, e que não contou com nenhum investimento do governo, está programada para o fim deste ano. A ideia é voar experimentos de diversas instituições, como a Universidade Federal do Maranhão, uma universidade do Chile, a University College of London, entre outras. As oportunidades do new space no BrasilSidney Nakahodo, fundador da New York Space Alliance e professor de Relações Internacionais na Universidade de Columbia, afirma que é preciso pensar em como o espaço se integra em uma estratégia de desenvolvimento do país. No caso do Brasil, ele acredita que o new space é fundamental, podendo criar uma série de soluções com impacto imediato.
Segundo o professor da Columbia, outra área que o Brasil apresenta potencial é a de conservação e desenvolvimento sustentável. Colocar pontos de internet espalhados pela floresta Amazônica poderia permitir o uso de sensores para identificar espécies nativas por meio de ruídos, além monitorar tudo o que acontece dentro da floresta em áreas que são de pouco acesso e auxiliando, inclusive, no patrulhamento das fronteiras por meio de câmeras e microfones de alta sensibilidade. "É importante ressaltar que o espaço não vai ser um setor que vai resolver todos os problemas do país, mas ele pode oferecer uma série de soluções que se integram a uma estratégia em áreas específicas", conclui Nakahodo. De olho no futuro, Lucas Fonseca, da Airvantis, descreve oito verticais em que as startups espaciais podem atuar nessa economia de new space: Oswaldo Loureda, da Acrux, afirma que investir em startups espaciais têm alto retorno público. "Dentro da área espacial, a gente tem uma conta que diz que a cada R$ 1 investido, a gente retorna entre R$ 10 a R$ 20 reais para a economia do país, seja na forma de salários, de impostos, de faturamento, ou de crescimento de valor agregado das empresas". Outro benefício citado por Sidney Nakahodo, da Universidade de Columbia, é a inspiração. Afinal, quem não acompanhou com entusiasmo o pouso da Perseverance em Marte? "Espaço é um tema que atrai muito a juventude e esse jovens que veem a SpaceX, os astronautas voltando à Lua, vão se sentir inspirados a seguir nessas áreas de engenharia e matemática". Mas se existem tantas oportunidades assim, por que o setor espacial não consegue decolar no Brasil? A explicação, de acordo com os nossos entrevistados, é falta de investimentos, negligência do governo e uma falta de coordenação do próprio mercado. Os desafios das startups espaciais brasileirasUm dos principais desafios das startups espaciais é convencer investidores. "Quando um investidor recebe uma proposta para montar uma padaria ou uma sorveteria, é muito difícil que ele não tenha algum retorno. E mesmo que não dê lucro, se você colocou R$ 1 milhão de reais numa padaria, por exemplo, você vai ter o imóvel, o equipamento, então você dificilmente perde esse dinheiro. Mas o setor espacial é uma área em que o risco é muito grande", explica Loureda, da Acrux. Fonseca, da Airvantis, também ressalta que os investidores não devem ter a mesma mentalidade de quando apostam em um aplicativo de entrega de comida, por exemplo. "É muito difícil ter um retorno em três anos na área espacial. […] A própria SpaceX deu prejuízo por bastante tempo, mas hoje é a empresa que mais lança foguetes no mundo, com um misto de atividades puramente privadas e outras em conjunto com o governo". Não é à toa que Elon Musk chegou a ser o homem mais rico do mundo. Raphael Roettgen, fundador da empresa de investimentos E2MC, com foco no setor espacial, conta que quase nenhum investidor da área viu retorno ainda porque é cedo demais. "Uma pergunta muito frequente que ouvimos dos nossos potenciais investidores é: onde estão as histórias de sucesso, onde estão as pessoas que ganharam, 30, 50, 100 vezes o investimento? Eu sempre dou a resposta: é cedo demais." Segundo ele, existem as exceções, como é o caso da SpaceX, na qual ele próprio já teve a oportunidade de investir, mas a maioria das empresas não têm idade suficiente para gerar um retorno. Por enquanto, a E2MC ainda não investiu em nenhuma startup brasileira, mas Roettgen afirma que nosso ecossistema espacial tem grande potencial. Ele cita que a principal vantagem de apostar no Brasil é o custo. "É possível conseguir mão de obra qualificada custando quase o décimo de um engenheiro do Vale do Silício. É realmente muito barato e eu espero que no futuro a gente possa aproveitar o fato de o Brasil ter provavelmente o melhor centro de lançamentos do mundo em termos de localização". Um desafio para investidores estrangeiros, como é o caso de Roettgen, que é alemão, é a incerteza. De acordo com o fundador da E2MC, uma venture capital do exterior se sente mais confortável em apostar em uma empresa sabendo que há investidores locais apoiando também. Para Oswaldo Loureda, da Acrux, o governo é essencial para impulsionar os aportes privados. Segundo ele, é o dinheiro de subvenção, ou "capital semente", oferecido pelo governo sem nenhuma contrapartida envolvida que permite que as startups deem o passo inicial para provar o seu potencial e, assim, atraírem as empresas de capital de risco.
Roettgen afirma que, além de reduzir as burocracias, o governo brasileiro deveria implementar medidas de fomento às startups espaciais, da mesma forma que já ocorre em outros países. Ele sugere olhar para exemplos como Luxemburgo e Emirados Árabes Unidos, que desenvolveram leis para regular o setor, além de oferecer bolsas e criar incubadoras focadas em startups espaciais. Diante dessa falta de apoio e de coordenação do setor espacial, as empresas decidiram se juntar para criar a Aliança das Startups Espaciais Brasileiras (ASB). No total, são 13 associados, com Loureda, da Acrux, ocupando o cargo de vice-presidente e Fonseca, da Airvantis, o cargo de conselheiro financeiro. O objetivo da associação é representar as startups do setor, conectando empresários, governo e investidores, além de promover a cultura espacial no Brasil. Por que investir no espaçoSidney Nakahodo, da Universidade de Columbia, fala da necessidade de a sociedade entender que investir no espaço não é uma extravagância. "A gente sempre ouve essa questão de por que investir no espaço se já temos tantos problemas no dia a dia, como a pobreza, o desemprego? É muito importante salientar que o espaço não está desconectado da nossa realidade. Pelo contrário, a gente só vai conseguir dar respostas para esses problemas de curto, médio e longo prazo se a gente investir em espaço e pensar no setor da mesma forma que a gente pensa em educação, ciência e tecnologia." O fundador da E2MC, Raphael Roettgen, diz que vem tentando fazer a sua parte e que esse desafio de educação não é exclusivo do Brasil. Ele já publicou um livro na Alemanha, seu país de origem, falando sobre as tendências do setor espacial, além de oferecer um curso de empreendedorismo espacial e manter um podcast quinzenal sobre o assunto. Apesar de nenhuma dessas atividades gerar um retorno financeiro, o investidor ressalta a importância de promover as oportunidades desse mercado. "Eu acho que o Brasil tem muitos dos ingredientes que você precisa ter para fazer do setor espacial uma história de sucesso. Agora, cabe a nós, todas as pessoas envolvidas e que gostam do setor, se juntar e promover isso". Para Lucas Fonseca, a hora de o Brasil acordar para o movimento do new space é agora, já que essa não é apenas uma tendência passageira; ele será crucial para a economia dos países que saírem na frente:
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Fungo que já matou milhares de pessoas agora também é resistente a diversos medicamentos Posted: 17 Mar 2021 09:52 AM PDT ![]() Uma assustadora levedura que está matando pessoas em hospitais também pode sobreviver muito bem fora deles, de acordo com um novo estudo divulgado na terça-feira (16). Pela primeira vez, os pesquisadores afirmam ter descoberto cepas multirresistentes do fungo Candida auris em um ambiente natural, nos remotos pântanos da Índia. As descobertas indicam que esse tipo de ambiente pode ser o lar nativo da levedura, ao mesmo tempo que fornece evidências de que o aumento das temperaturas devido às mudanças climáticas recentemente tornou o fungo perigoso para os humanos, como alguns cientistas teorizaram. O C. auris foi descoberto pela primeira vez em 2009 por médicos no Japão, que o isolaram da infecção de ouvido de um paciente (os primeiros casos conhecidos datam de meados da década de 1990, no entanto). Desde então, a levedura foi encontrada em mais de uma dúzia de países, incluindo o Brasil. Ela pode causar infecções potencialmente fatais, especialmente em pacientes hospitalizados e que já estão debilitados. Mas o que torna a levedura especialmente assustadora é que muitas vezes ela é resistente a vários medicamentos antifúngicos ao mesmo tempo, tornando essas infecções difíceis de tratar e frequentemente fatais. O fungo também sobrevive fora do corpo humano, então, uma vez estabelecido em algum lugar, é incrivelmente difícil removê-lo do meio ambiente. Como se isso não bastasse, o C. auris não pode ser identificado facilmente por meio de testes convencionais, o que pode atrasar o atendimento e aumentar o risco de morte. Houve apenas cerca de 1.600 casos de infecção por esse fungos identificados nos Estados Unidos desde 2009, mas ele é considerado uma das ameaças germinativas emergentes mais sérias que enfrentamos hoje. No Brasil, o primeiro caso foi notificado pela Anvisa em dezembro do ano passado. O novo estudo, publicado na mBio na terça-feira, parece fornecer as primeiras pistas reais sobre esse fungo misterioso. Pesquisadores na Índia e no Canadá procuraram nichos ambientais da Índia amplamente isolados de humanos que poderiam ser habitáveis para a levedura, com base em sua biologia conhecida e de espécies relacionadas. Eles coletaram amostras de solo e água dos pântanos costeiros das Ilhas Andaman, um arquipélago não muito longe do continente. Em dois dos oito locais que eles pesquisaram – um pântano salgado e uma praia arenosa – eles encontraram o fungo. A equipe encontrou cepas de C. auris que eram suscetíveis e resistentes a antifúngicos, e elas tinham uma grande semelhança genética com cepas coletadas de pacientes na Índia. No geral, o artigo sobre o C. auris sugere que "antes de seu reconhecimento como um patógeno humano, ele existia como um fungo ambiental", escreveram os autores. Em comparação com outras espécies de Candida, o C. auris é conhecido por se desenvolver especialmente bem em temperaturas mais quentes. Isso fez alguns pesquisadores se perguntarem se as mudanças climáticas desempenharam um papel em seu surgimento como um germe humano. A teoria argumenta que as alterações no clima em seu ambiente natural levaram a levedura a se adaptar ligeiramente e a se tornar ainda mais tolerante a temperaturas mais altas – o tipo exato de temperatura que tornaria os humanos e outros mamíferos um lar confortável, uma vez que a levedura começasse a entrar em contato regularmente conosco. As novas descobertas parecem adicionar mais peso a essa teoria. Além de mostrar que esses fungos podem e vivem fora das pessoas, a equipe identificou diferenças sutis entre as amostras que encontraram. Uma cepa de levedura do pântano salgado mais remoto demorou mais para crescer sob temperaturas mais quentes do que as encontradas na praia arenosa e em outro pântano salgado; essa cepa também foi a única suscetível a antifúngicos comuns e menos relacionada às variantes vistas em humanos. Enquanto isso, as outras cepas eram todas resistentes a antifúngicos e mais adaptadas ao calor. As variantes encontradas na praia, que é frequentada por pessoas, podem ter sido reintroduzidas no ambiente por humanos, o que poderia explicar por que estavam mais relacionadas às cepas encontradas nos pacientes. É possível que os pesquisadores tenham essencialmente coletado retratos da jornada evolutiva da levedura, antes e depois que as mudanças climáticas começaram a alterar sua biologia e elas infectaram pessoas pela primeira vez. Em um comentário complementar escrito por alguns dos pesquisadores que propuseram esta teoria pela primeira vez — Arturo Casadevall da Johns Hopkins, Dimitrios Kontoyiannis do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas e Vincent Robert do Westerdijk Fungal Biodiversity Institute na Holanda –, eles concordaram com essas conclusões. "Esta descoberta marcante é crucial para a compreensão da epidemiologia, ecologia e surgimento do C. auris como um patógeno humano", escreveram eles. Em um comunicado divulgado pela American Society For Microbiology, que publica a mBio, a autora principal Anuradha Chowdhary, uma micobiologista médica da Universidade de Delhi, na Índia, disse: "Este estudo é o primeiro passo para entender como esse patógeno sobrevive nas zonas úmidas, mas este é apenas um nicho." As descobertas ainda se limitam a um estudo, portanto, por si só, não provam que as mudanças climáticas introduziram esse pesadelo mais recente em nossas vidas, conforme apontado pelos próprios autores. E ainda há muito a ser estudado sobre como e de onde o C. auris saiu da natureza para entrar em nossos hospitais, sem falar na questão principal: há algo que possa ser feito para impedir sua disseminação? The post Fungo que já matou milhares de pessoas agora também é resistente a diversos medicamentos appeared first on Gizmodo Brasil. |
Samsung anuncia Galaxy A52 e Galaxy A72, intermediários com tela grande e resistência à água Posted: 17 Mar 2021 08:13 AM PDT ![]() A Samsung anunciou nesta quarta-feira (17) a chegada dos novos integrantes linha Galaxy A no Brasil. Com foco no segmento intermediário, o Galaxy A52 e o Galaxy A72 se inspiram na família Galaxy S21, com câmeras traseiras posicionadas na vertical e no mesmo estilo dos modelos mais caros, além de trazer processadores Snapdragon, tela de até 120 Hz e bateria de até 5.000 mAh. As vendas devem começar em breve. Começando pelo Galaxy A52, talvez o principal destaque é que o aparelho ganhará duas versões: uma 4G e a outra com suporte às redes de quinta geração. Ele também é sucessor do Galaxy A51, que foi um dos maiores sucessos de vendas da Samsung em 2020. Por isso a importância da linha intermediária, já que é a primeira vez que a marca realiza um evento dedicado para essa categoria de smartphone. A tela de 6,5 polegadas é um Super AMOLED com 2.220 x 1.080 pixels de resolução (Full HD+) e taxa de atualização de 90 Hz, para o modelo LTE, e 120 Hz, para a versão 5G. Já o processador é um Snapdragon 720 e Snapdragon 750, respectivamente. Ambos possuem bateria de 4.500 mAh, memória RAM de até 8 GB e armazenamento interno de 128 GB, podendo ser expandido para até 1 TB via cartão microSD. Uma novidade presente nos dispositivos é que agora eles contam com certificação IP67 de resistência à água e poeira, permitindo que eles fiquem embaixo d'água em até um metro e por 30 minutos — embora esse tipo de característica sempre levante uma pulga atrás da orelha e não seja recomendada por nenhuma fabricante. A traseira dos smartphones é feita em plástico e estará disponível nas cores preto, branco, violeta e azul. Nas câmeras, o Galaxy A52 oferece um sistema quádruplo na parte traseira, sendo o sensor principal de 64 MP (contra 48 MP do A51), ultra-angular de 12 MP, macro de 5 MP e profundidade de 5 MP. Para selfies, a câmera frontal tem 32 MP. Por sua vez, o Galaxy A72 tem uma tela Super AMOLED de 6,6 polegadas com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 90 Hz, chipset Snapdragon 720, RAM de até 8 GB e até 256 GB de armazenamento interno, bateria de 5.000 mAh. Ele também possui quatro câmeras traseiras, incluindo a principal de 64 MP, ultra-angular de 12 MP, teleobjetiva de 8 MP e macro de 5 MP. A certificação IP67 e as cores disponíveis na traseira são as mesmas do Galaxy A52. Curiosamente, o A72 não é compatível com as redes 5G. Ao que tudo indica, a Samsung preferiu focar os esforços no modelo A52, para tentar manter a popularidade da geração anterior. Preço e disponibilidadeO Galaxy A52 (LTE e 5G) e o Galaxy A72 ainda não possuem data de lançamento ou preços confirmados no Brasil. Sabe-se apenas que eles chegarão por aqui ainda este ano. Além disso, eles virão com carregador na caixa, mas não terão mais o fone de ouvido incluso no pacote. Galaxy A52 – Ficha técnica:
Galaxy A52 5G – Ficha técnica:
Galaxy A72 – Ficha técnica:
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[Review] Amazon Echo Show 10: a Alexa vidrada em você Posted: 17 Mar 2021 07:01 AM PDT ![]() Desde que apresentou a Alexa em 2014, a Amazon segue na tentativa de torná-la uma assistente pessoal mais… pessoal de verdade, colocando-a em vários dispositivos para nos ouvir em praticamente todos os cômodos da casa. De lá para cá, a Alexa foi ganhando novos "corpos” através da linha Echo, e agora ela chega junto com o Echo Show 10, que foi lançado esta semana aqui no Brasil. Na prática, a Alexa é a mesma: você fala um comando, ela responde, e esse ciclo se repete quando você quiser. O diferencial está no fato que o aparelho pode "te acompanhar" no ambiente, girando a tela para a direção em que você for, seja preparando uma receita, assistindo uma série no Prime Video ou conversando com algum contato por chamada de vídeo. Então, se a Alexa não muda entre os dispositivos Echo, será que vale a pena tirar o escorpião do bolso pelo Echo Show 10? Afinal, é o modelo mais caro da família, custando R$ 1.899. A seguir eu te conto minha experiência com o produto nos últimos dias.
Os Jetsons vêm aíSe você analisar a linha Echo anunciada em 2020, com exceção do Echo Show 8 (que tem uma tela sensível ao toque), todos os aparelhos possuem quase o mesmo design — um gadget circular ou mais oval, às vezes maior, às vezes menor. O Echo Show 10, por sua vez, é como se fosse a unificação de todos os modelos: na parte de trás fica o alto-falante, uma base cilíndrica idêntica ao Echo Studio; na frente, um display touchscreen de 10,1 polegadas HD com 1.280 x 800 pixels de resolução. Ambas as partes estão ligadas como uma peça única. Você pode ajustar manualmente o ângulo da tela "flutuante" para cima ou para baixo, enquanto que a base circular pode girar sozinha por completo em 360 graus enquanto o painel estiver desbloqueado. Confesso que achei mágico, mas ao mesmo tempo tenebroso, o Echo Show virar automaticamente para minha direção toda vez que eu mudava de lugar. E o fato desse mecanismo giratório ser silencioso, sem emitir ruído algum, só aumentou essas sensações. Mas sim, nos primeiros minutos, foi legal essa coisa meio Os Jetsons. Ainda falando na tela, pode ser que 1.280 x 800 pixels seja algo bem menor que a resolução da TV da sua sala. De fato, não chega a ter a mesma qualidade do que um monitor ou tablet do mesmo tamanho. Contudo, nem por isso o novo Echo Show deixa de fazer bonito. O produto ficou posicionado alguns dias em um cômodo que uso para o meu home office, mas na maior parte do tempo deixei ele na cozinha. Os dois ambientes são bem iluminados, e nem assim foi difícil visualizar os conteúdos no display que, inclusive, tem ajuste automático de brilho. Mesmo à distância, a visualização não ficou comprometida. Para a Alexa ouvir sua voz, a base cilíndrica conta com três alto-falantes, sendo um woofer virado mais para baixo e dois tweeters posicionados logo abaixo da tela. Na parte superior, fica o botão de liga/desliga, de volume e um switch para bloquear ou liberar a visão da câmera de 13 MP (que vamos falar mais abaixo) usada para acompanhar seu movimento e realizar videoconferências. A experiência AlexaPartindo para o "coração” do Echo Show 10, quero esclarecer já de início: a Alexa tem a mesmíssima performance que você encontra em qualquer outro dispositivo Echo, com exceção de que você pode visualizar no display de 10,1 polegadas as coisas que está dizendo. Lembre-se que, apesar da tela touchscreen, a maior parte do tempo você vai comandar a assistente usando sua voz. Mas te digo que foi um teste de resistência usar somente minha voz, e não navegar com os dedos pelos menus do Echo Show. Se você usa ou já utilizou a Alexa, não tem segredo: basta falar "Alexa", perguntar por alguma coisa e esperar ela responder. Não tem nenhuma melhoria significativa no software, porém as respostas fornecidas pela Alexa ainda são as mais naturais que eu já vi em uma assistente de voz, sem parecer tão robótica. Eu só achei que ela ainda não consegue cavucar mais fundo para abrir menus bem específicos ou as próprias configurações do Echo Show. Não que eu fique horas conversando com a Alexa, mas tirando situações fechadas (procurar a receita de um bolo, abrir um vídeo na Netflix), meu uso diário se limita a pedir para a Alexa abrir as notícias do dia, falar a previsão do tempo e vez e outra definir um alarme. Quem tem múltiplos dispositivos inteligentes em casa, como lâmpadas e outros alto-falantes Echo, certamente vai ter uma experiência mais completa, uma vez que você pode centralizar toda essa automação para o Echo Show. Na práticaEmbora eu já tenha citado isso nos parágrafos anteriores, quero reforçar o quanto fiquei impressionado no motor silenciosos o Echo Show 10. Minha cozinha não é grande, mas andando de um canto ao outro, a tela se voltou para mim rapidamente e de um jeito bem "natural", apesar de essa talvez não ser a palavra mais adequada para descrever um (quase) robô. A Amazon te dá a opção para quando o display pode te acompanhar, então no meu caso eu só habilitei esse recurso enquanto preparava alguma receita na cozinha ou me movimentava no escritório. Por falar no cilindro giratório, a Amazon permite configurar em qual ponto do cômodo o Echo Show 10 ficará posicionado. Pode ser em uma superfície sem nada em volta, no canto de uma parede, com uma parede atrás e as laterais livres. Enfim, são opções bem calcadas no mundo real. Só que aí tem um problema: o melhor lugar para deixar o alto-falante é em uma superfície que ele consiga fazer uma volta completa 360 graus, porque mesmo a uma certa distância da parede, a configuração sugere mais de uma vez que o Echo Show tenha todo o seu entorno livre de obstáculos. Saber que o dispositivo desenvolvido por uma companhia gigantesca está te olhando o tempo inteiro pode não ser o incentivo necessário para utilizar o Echo Show 10. Talvez seja por isso que a Amazon incluiu um botão para bloquear/liberar o sensor a qualquer momento — algo que todo mundo deveria fazer com as webcams e câmeras dos notebooks. Não que isso seja necessário: a varejista diz que a câmera processa a captura das imagens localmente e não envia nada para os servidores da empresa, nem armazena o conteúdo no alto-falante. Além disso, ao ativar o switch a tela do Echo Show para de girar. E lembrando mais uma vez: o movimento giratório só acontece enquanto você utiliza o aparelho; ao deixá-lo no stand-by, ele fica totalmente parado. Uma coisa que eu gostei muito durante o uso do Echo Show 10 é a parte das chamadas de vídeo. Além do vídeo ser em uma boa resolução, o dispositivo, graças à sua capacidade de acompanhar seu movimento, sempre vai tentar enquadrar você no centro da tela e mantê-lo no mesmo ângulo (da cabeça até um pouco acima da cintura). Foi bem divertido ligar para minha vó e minhas tias, que moram na Bahia, e conversar com elas por vídeo enquanto eu lavava a louça. A parte chata é que só dá para fazer chamadas de vídeo pelo aplicativo da Alexa, e tanto quem faz a ligação quanto quem a recebe precisam ter o app instalado no smartphone. Eu não tenho nenhum sistema de segurança em casa, mas você pode usar o Echo Show como uma câmera de vigilância e acompanhar as gravações remotamente pelo app da Alexa para celular. Tem até como controlar a base cilíndrica usando o mesmo aplicativo. Por alguns momentos, eu fiz esse teste estando alguns metros de distância no meu quarto, e funcionou muito bem. Pode ser particularmente útil para famílias com crianças recém-nascidas e substituir as babás eletrônicas. Se você tiver lâmpadas compatíveis com a Alexa, também pode sincronizá-las com o alto-falante. O Echo Show 10 tem uma oferta limitada de serviços, mas os principais e que todo mundo usa estão aqui. Para plataformas de streaming, você pode pedir para a Alexa abrir o Prime Video e Netflix; são apenas essas duas aqui no Brasil. Para músicas, há suporte ao Spotify, Apple Music, Podcasts da Apple, Deezer e Amazon Music, além da possibilidade de parear o Echo Show com seu smartphone e reproduzir músicas armazenadas localmente no aparelho. Também há os navegadores Silk e Firefox, para pesquisas na internet. No quesito qualidade de som, o alto-falante mantém o padrão de qualidade dos dispositivos Echo mais caros. Os graves são bem intensos r mesmo no volume máximo eles não ficam distorcidos. Ainda é possível ajustar os níveis de intensidade usando o equalizador do dispositivo. Para quem não for muito exigente e só quer ouvir músicas, eu diria que pode substituir tranquilamente uma caixinha de som. Para reprodução de filmes e séries, o Echo Show 10 também entrega bons resultados. Só não espere a mesma experiência que você teria ao assistir um vídeo em uma TV. Como a ideia é deixar os vídeos rolando em segundo plano enquanto você realiza outra tarefa, a qualidade de imagem está mais do que satisfatória. Também gostaria que houvesse mais opções para usar fotos da minha família como plano de fundo na tela de descanso do Echo Show. Até o momento, só é possível importar álbuns do Facebook. Vale a pena?Sendo o mais caro da família Echo atualmente, o Echo Show 10 é mais uma alternativa oferecida pela Amazon para quem faz questão de duas coisas: uma tela touchscreen e um mecanismo giratório que, admito, tem o seu charme. Mesmo que cause um certo estranhamento em quem se preocupa com algo te olhando quase o tempo inteiro. O mais importante é saber que este ainda é um alto-falante, e não um gadget que visa substituir outros aparelhos, como tablets e notebooks. Esse não é o foco do produto. Não posso dizer que desgostei do Echo Show 10 porque até então não tinha utilizado nenhum dispositivo Echo com uma tela sensível ao toque. É verdade que essa característica não chega a ser uma mandatária — e definitivamente não é uma mandatária —, mas meu tempo com o dispositivo tem sido bastante agradável. Eu recomendaria para quem já tem um Echo? Só se você quer usufruir do display e da base cilíndrica, que “dança” junto com o seu movimento para lá e para cá. No mais, todo o restante não é muito diferente das funções que você encontra nos modelos mais baratos da linha Echo. The post [Review] Amazon Echo Show 10: a Alexa vidrada em você appeared first on Gizmodo Brasil. |
Russos farão filme no espaço e, por isso, astronauta terá que ficar um ano em estação espacial Posted: 17 Mar 2021 06:44 AM PDT ![]() Mark Vande Hei vai passar seis meses a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), mas a possível chegada de uma equipe de filmagem russa significa que ele terá que desistir de seu assento de volta para casa, exigindo que o astronauta veterano da Nasa passe um ano inteiro no espaço. Vande Hei ficou sabendo apenas recentemente que ele se juntará oficialmente à missão Soyuz MS-18, e agora foi informado de que a sua permanência a bordo da ISS pode durar até o primeiro semestre de 2022, em vez de terminar em outubro deste ano. Ele e os cosmonautas russos Oleg Novitskiy e Pyotr Dubrov devem ser lançados em 9 de abril no Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. O cosmonauta Sergey Korsakov deveria ter um assento no MS-18, mas um acordo incomum envolvendo a Nasa, a agência espacial russa Roscosmos e a empresa privada americana Axiom Space tornou o voo possível para Vande Hei. Em troca, o Axiom Space fornecerá um assento para um cosmonauta em 2023. Isso está sendo feito para garantir uma presença americana ininterrupta na ISS – uma tradição que remonta a mais de 20 anos. Vande Hei, que vem se preparando há meses, fará parte da tripulação da Expedição 64/65 a bordo da ISS. Se o plano recém-anunciado de gravar um filme a bordo da estação for aprovado, ele ficará no espaço o dobro do planejado originalmente.
O diretor russo Klim Shipenko e uma atriz que será escolhida mais tarde podem se juntar à missão Soyuz MS-19, que está programada para ser lançada em outubro, conforme relata a AP. O título provisório do filme é Vyzov, que significa "desafio", e tem como objetivo "destacar as atividades espaciais russas e glorificar a profissão de cosmonauta", de acordo com um comunicado à imprensa. O filme está sendo produzido pelo Channel One da Rússia e um estúdio de televisão, segundo a AP. Assim que as atividades de filmagem forem concluídas, Shipenko e seu parceiro, junto com Novitskiy, voltariam para casa no MS-18, provavelmente dentro de uma semana. Os dois assentos foram destinados a Vande Hei e Dubrov, o que significa que a dupla pode ter que ficar na ISS até a próxima viagem de volta para casa, provavelmente no primeiro semestre de 2022. Vande Hei, que passou 168 dias no espaço de setembro de 2017 a fevereiro de 2018, parece imperturbável com a situação toda. "Honestamente, para mim é apenas uma oportunidade para uma nova experiência de vida", disse ele a repórteres ontem em entrevista coletiva. "Nunca estive no espaço por mais de seis meses", disse ele. "Estou muito entusiasmado com isso." Mandar "turistas" ao espaço não é novidade para a Roscosmos. A agência espacial russa começou a fazê-lo em 2001, por uma taxa de US$ 20 milhões por assento, de acordo com rumores relatados pela Space Policy Online. Um total de sete turistas fizeram a jornada ao espaço, mas essas missões foram interrompidas há cerca de 10 anos, quando a Nasa, incapaz de lançar seus próprios astronautas ao espaço, começou a pegar os assentos extras da Soyuz. Como aponta o Space Policy Online, o desenvolvimento bem-sucedido do CrewDragon da SpaceX significa que a Nasa não depende mais da Rússia, liberando a Roscosmos para vender assentos a turistas espaciais ou, neste caso, cineastas. A especulação sobre a ida do ator Tom Cruise à ISS para filmar ainda não foi confirmada, mas tal empreendimento, se acontecer, provavelmente envolveria a Axiom Space. A estadia prolongada daria aos cientistas mais oportunidades de investigar os efeitos de longo prazo da microgravidade no corpo humano, algo sobre o qual precisamos saber mais antes que os humanos possam visitar Marte. Aqui está outra coisa a considerar: Kate Rubins é a astronauta reserva da Nasa para o MS-18. Se Vande Hei não puder se juntar à missão no mês que vem, e se o plano russo de gravar um filme prosseguir, isso significa que Rubins também permanecerá no espaço por mais de um ano. Isso lhe daria a oportunidade de quebrar o recorde feminino de voos espaciais prolongados, atualmente detido por Christina Koch, que recentemente passou 328 dias no espaço. O astronauta da Nasa Scott Kelly, com seu tripulante russo Mikhail Kornienko, passou 340 dias a bordo da ISS como parte de uma missão que terminou há cinco anos. O recorde geral pertence ao cosmonauta Valeriy Polyakov, que passou 437 dias a bordo da estação espacial Mir, seguido por Sergei Avdeyev, que passou 380 dias consecutivos em órbita. The post Russos farão filme no espaço e, por isso, astronauta terá que ficar um ano em estação espacial appeared first on Gizmodo Brasil. |
Prime Video também está testando modo aleatório em sua plataforma Posted: 17 Mar 2021 05:00 AM PDT ![]() O serviço de streaming da Amazon está atualmente testando uma ferramenta de reprodução aleatória que pode ajudar na sua mudança de rotina ao maratonar séries. Agora, com a ferramenta shuffle (embaralhar, em tradução livre) do Prime Vídeo você vai poder assistir a episódios aleatórios, segundo informações que a empresa confirmou ao Gizmodo. Isso pode se tornar um recurso útil para séries mais extensas e antigas como, por exemplo, Friends ou Seinfeld, mas pode não ser tão interessante para outras com episódios que precisam ser vistos em sequência. No momento, a ferramenta está limitada a apenas alguns títulos em dispositivos Android, o que significa que os usuários iOS vão precisar esperar por mais algum tempo. Embora a empresa tenha confirmado o teste e também como funciona o recurso, não está claro se a Amazon planeja lançar a ferramenta de forma permanente. O recurso aleatório está sendo introduzido nos serviços de streaming de forma lenta. Ele pode, pelo menos até certo ponto, ajudar com a superabundância de opções em muitas plataformas. Depois de executar seus próprios experimentos com a funcionalidade por anos, a Netflix se programou para lançar formalmente um recurso que apresentará títulos com base nas preferências individuais do usuário. Espera-se que a ferramenta chegue à plataforma ainda neste primeiro semestre de 2021. O recurso da Amazon claramente atende a um conjunto muito mais específico de conteúdo, limitando o modo aleatório a episódios dentro de uma série específica. Contudo, se a função chegar a um lançamento amplo para todos os usuários do Prime Vídeo, faria muito sentido para séries mais antigas, que tendem a ter melhor desempenho em serviços de streaming. Isso também ajudaria no problema de indecisão sobre qual temporada de uma série episódica começar, especialmente quando você está apenas procurando algo para dar uma olhadinha. Eu, por exemplo, adoraria aplicar esta ferramenta na clássica Unsolved Mysteries com Robert Stack, que está disponível na Netflix. The post Prime Video também está testando modo aleatório em sua plataforma appeared first on Gizmodo Brasil. |
Pandemia de Covid-19 teve menos casos de gripe e outros vírus, mas isso não é um bom sinal Posted: 17 Mar 2021 04:00 AM PDT ![]() Desde o ano passado até agora, os esforços de saúde têm se concentrado na pandemia de Covid-19. Mas o que aconteceu com as outras doenças que já enfrentávamos anualmente, como a gripe comum? Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) descobriram que poucas pessoas foram afetadas pela gripe sazonal nesta temporada. E isso não é necessariamente um bom sinal, conforme aponta uma reportagem da Wired. Durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro de 2019-2020, cerca de 18 milhões de pessoas buscaram assistência médica nos EUA devido a sintomas da gripe sazonal, sendo que 400 mil foram hospitalizadas e 32 mil morreram. Já na temporada atual, os números se limitam a algumas centenas. Outras doenças causadas por vírus como o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e o enterovírus D68 (EV-D68) também apresentaram uma queda no número de casos. Por um lado, isso é algo positivo, visto que um maior número de doentes sobrecarregaria ainda mais os sistemas de saúde já saturados pela Covid-19. Mas o que exatamente explica essas alterações? Por enquanto, os cientistas ainda não têm nenhuma certeza, mas já discutem algumas teorias plausíveis. A primeira delas é que as medidas de distanciamento social, como o nome já diz, fez com que as pessoas permanecessem distantes umas das outras, evitando o contato entres elas e também com superfícies. O simples fato de utilizar máscaras em locais públicos, evitar o contato físico e higienizar as mãos constantemente resultou em uma prevenção maior contra outras doenças também. Outra hipótese, apesar de menos provável, é a chamada "interferência viral". Ou seja, um patógeno — no caso, o SARS-CoV-2 — seria tão poderoso a ponto de dominar toda uma população de forma a suplantar outros vírus mais fracos. Talvez o sistema imunológico das pessoas esteja reagindo de forma tão intensa para combater a Covid-19 que acabe eliminando outras doenças nesse processo. Seja qual for a explicação, essas mudanças preocupam os cientistas em relação ao que esperar das próximas temporadas dessas doenças. O que os modelos epidemiológicos indicam é que quando, em uma temporada, as pessoas suscetíveis não são infectadas, a temporada seguinte será muito pior. Afinal, se a maioria da população não foi exposta ao vírus e, portanto, não teve a chance de aprimorar seu sistema imunológico, o número de indivíduos vulneráveis será ainda maior no próximo ano. Por outro lado, se menos pessoas foram infectadas este ano, isso também significa que os vírus tiveram menos oportunidades de sofrer mutações. Ou seja, a boa notícia é que a vacina do ano passado pode ainda ser eficaz na próxima temporada. Mas isso não é uma certeza, pelo menos por enquanto. Caso a próxima cepa da influenza seja muito diferente a ponto de tornar as vacinas inúteis, no entanto, a má notícia é que a comunidade científica provavelmente não estará pronta para lidar com isso na velocidade necessária. Afinal, os pesquisadores costumam estudar como a doença afeta uma região para prever o que está por vir e preparar outros países para a chegada da doença. Se quase ninguém foi infectado, como é o caso atualmente, há poucos dados para auxiliar a comunidade médica a se preparar. Isso tudo também levanta uma questão interessante. Mesmo que não tenhamos vacinas disponíveis ou que esses vírus nos atinjam com mais força, a queda nos números mostra que existem maneiras de evitá-las por meio da mudança de comportamento das pessoas. Diante disso, será que vamos continuar encarando doenças como a gripe sazonal da mesma forma que antes da pandemia de Covid-19? Somente a influenza é responsável por algo entre 12 mil e 60 mil mortes anualmente, custando cerca de US$ 11 bilhões à economia dos EUA todos os anos. Ainda assim, apenas 48,4% dos jovens se vacinaram contra a gripe na temporada 2019-2020 nos EUA. A doença se tornou algo tão comum que a maioria das pessoas não enxerga como um verdadeiro problema de saúde. Se você é jovem e saudável sabe que é muito improvável morrer por causa de uma gripe e, portanto, imagina que não precisa se vacinar. Ninguém deixa de abrir seu comércio, ir à escola ou ao escritório por causa de um resfriado. Os custos e mortes são encarados como algo normal e quase inevitável. Porém, todos os cuidados que tomamos devido à Covid-19 mostraram que isso poderia ser evitado, sim. Se as próximas temporadas de gripe e outras doenças respiratórias vierem com mais força, a melhor forma de combatê-las será mantendo os cuidados que passamos a valorizar com a pandemia de Covid-19. De acordo com os pesquisadores ouvidos pela Wired, as pessoas se tornaram "insensíveis" à gripe. O que eles esperam é que sejamos mais conscientes e possamos reconhecer que tais doenças podem ser evitadas. [Wired] The post Pandemia de Covid-19 teve menos casos de gripe e outros vírus, mas isso não é um bom sinal appeared first on Gizmodo Brasil. |
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