sábado, 20 de março de 2021

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Apple adverte aplicativos chineses que usavam identificador próprio para rastrear usuários

Posted: 19 Mar 2021 06:11 PM PDT

Apple. Imagem: Eric Thayer/Stringer (Getty Images)

No início desta semana, surgiram informações de que algumas empresas chinesas de tecnologia estariam criando suas próprias soluções para driblar a nova tecnologia antirrastreamento que a Apple vai incluir nas próximas versões do iOS 14. Mas, ao que parece, a companhia está começando a reagir para coibir tais ações.

Nesta quinta-feira (18), o Financial Times relatou que a empresa enviou avisos para dois aplicativos chineses que foram pegos tentando criar seus próprios identificadores exclusivos para um determinado aplicativo — algo que a atualização da Apple proíbe explicitamente.

Os dois aplicativos em questão foram pegos usando o China Advertising Association ID (CAID), que foi desenvolvido pela associação comercial de mesmo nome no final de 2020 como uma forma de manter o rastreamento e segmentação de usuários do iPhone depois que as atualizações da Apple entrarem em vigor.

O Financial Times primeiro publicou que algumas das maiores empresas de tecnologia da China, como Baidu, Tencent e Bytedance, estavam supostamente executando testes para implementar o identificador. Juntas, essas três gigantes digitais são responsáveis por controlar cerca de 54% dos gastos totais em anúncios da China.

Não está claro ainda como as atualizações da Apple vão afetar os bilhões de dólares gastos em publicidade direcionada. Nos EUA, sabe-se que vários dos principais players do mercado de veiculação de anúncios — em especial, o Facebookpreviram algum tipo de queda significativa na receita com a atualização do iOS e por isso, fizeram campanhas publicitárias que incentivavam a importância dos anúncios em suas plataformas, como forma de defender seu negócio das garras da Apple.

falamos um pouco sobre o significado destas atualizações e por que o Facebook está na ofensiva. Mas, em resumo, a atualização simplesmente exigiria que os aplicativos pedissem o consentimento do usuário antes de usar um identificador específico (IDFA), que está embutido em seu telefone. Sem acesso a este IDFA, esses desenvolvedores de aplicativos não têm como rastrear usuários fora de seu próprio aplicativo.

Como você pode imaginar, é uma notícia muito ruim para as empresas que lucram com isso. Embora algumas delas tenham tentado encontrar suas próprias maneiras de subverter as novas regras da Apple, existem algumas diretrizes bastante rígidas que proíbem quase todas elas: nada de fingerprinting, função hash e criação de identificadores próprios.

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Acontece que é exatamente isso que algumas dessas empresas chinesas estavam tentando fazer. Por exemplo, a empresa-mãe do TikTok, a ByteDance, usa uma plataforma de adtech chamada Ocean Engine, que busca identificadores como o IMEI de um telefone e especificações de hardware, sendo que ambos são usados ​​para atribuir um CAID exclusivo ao telefone. Se você olhar os termos de privacidade do CAID, verá que esse identificador é projetado para ser armazenado em um servidor alojado dentro da própria China Advertising Association, o que significa que qualquer aplicativo que use este código integrado poderia recuperar esse ID para exibir propagandas para quem está um aplicativo específico.

E isso não é uma violação das rígidas diretrizes da Apple? Sim, com certeza. Mas, como o Financial Times inicialmente aponta, a Apple inexplicavelmente ainda não havia reprimido o CAID ou quaisquer aplicativos que o implementassem. Bom, pelo menos até agora. Um desenvolvedor pego inserindo este código foi informado de que a Apple descobriu que seu aplicativo “coleta informações do usuário e do dispositivo para criar um identificador exclusivo para o aparelho”. O responsável pelo app teve duas semanas para colocar uma atualização e ficar "em conformidade com as Diretrizes da App Store", segundo o Times.

No momento, não está claro se os principais gigantes do meio de aplicativos móveis vão recuar. Embora não possamos confirmar a situação em que se encontram a Tencent ou o Baidu, no momento da publicação deste texto, os documentos para desenvolvedores do Bytedance ainda listam o CAID como um identificador opcional se o IDFA de um usuário não estiver disponível.

Entramos em contato com a Apple para comentar sobre sua aplicação e atualizaremos se houver uma resposta.

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Assiste aí: Menina de Ouro, Falcão e o Soldado Invernal, Reino Perdido dos Piratas e Os Maias (19/03/21)

Posted: 19 Mar 2021 05:06 PM PDT

A cada semana chegam mais e mais novidades nos catálogos dos serviços de streaming de Netflix, Prime Vídeo, Disney+ e Globoplay. Por isso, o Gizmodo Brasil separou alguns títulos que você pode se interessar, como a nova série da Marvel e um dos grandes sucessos do ator e diretor Clint Eastwood. Confira:

Disney+  

Falcão e o Soldado Invernal (1 temporada) (2021)

Juntando a dupla Falcão (Anthony Mackie) e Soldado Invernal (Sebastian Stan), a nova série da Marvel traz um mundo que lida com as consequências dos eventos de Vingadores: Ultimato. O primeiro dos seis episódios estreou nesta sexta-feira (19), mostrando que cada um dos personagens terá o seu momento e desenvolvimento ao longo da trama, com motivações pessoais e políticas entrelaçadas, especialmente com toda a simbologia envolvendo o Capitão América, os seus feitos e a importância de seu escudo.

Com o retorno de Sharon Carter (Emily VanCamp), Barão Zemo (Daniel Brühl), Máquina de Combate (Don Cheadle), Batroc (Georges St-Pierre) e o acréscimo do novo vilão, John Walker (Wyatt Russell), a obra promete ser um sucesso garantido e duradouro, mesmo com o ritmo controlado e os episódios semanais, assim como sua antecessora, WandaVision. Caso queira se preparar para assistir, montamos um pequeno guia com os filmes que mais irão te ajudar a entender a história e suas referências aos acontecimentos passados.

Netflix

O Reino Perdido dos Piratas (1 temporada) (2021) 

Se tem algo que a Netflix consegue acertar são seus documentários, especialmente nas produções originais. Com mais um título curioso em seu catálogo, O Reino Perdido dos Piratas conta as histórias dos verdadeiros piratas do Caribe durante o século 18, como o infame Charles Vane, a irlandesa Anne Bonny e o famoso Barba Negra, que se tornou um personagem de obras como o anime One Piece e das adaptações de Peter Pan.

Contendo reencenações dramáticas e depoimentos de acadêmicos, o documentário apresenta a formação de uma nova "república pirata" que, de forma surpreendente, era a favor dos direitos igualitários — o que nos faz pensar no pouco (ou nada) que conhecemos sobre eles. Com seis episódios de até 45 minutos, é uma sugestão que dá pra conferir em apenas um dia de maratona. E se você curtir a temática, ainda pode conferir a série ficcional Black Sails, que acompanha as aventuras do Capitão Flint e seus homens, 20 anos antes dos acontecimentos do clássico A Ilha do Tesouro de Robert Louis Stevenson.

Prime Vídeo

Menina de Ouro (2004)

Clint Eastwood pode até ser conhecido pelos filmes em que interpreta personagens durões e anti-heróis, mas enquanto diretor, ele também tem seus grandes feitos. Dentre eles, está a obra Menina de Ouro, o grande vencedor do Oscar de 2005. Com nomes grandes da indústria como Morgan Freeman e Hillary Swank, o filme conta a história de Frankie (Eastwood), um treinador de boxe que possui uma relação conturbada com sua filha, por ter problemas em se relacionar com as pessoas. Por isso, seu único amigo é Scrap (Freeman), um ex-boxeador e aluno.

Contudo, tudo muda quando conhece Maggie Fitzgerald (Swank), uma garçonete que sonha em ser uma lutadora profissional, especialmente por encontrar na atividade uma forma de ganhar dinheiro e ajudar sua família. É um drama na medida certa, que deixa claro a sua real mensagem com a dinâmica entre o trio principal. Com diversas cenas lembradas até hoje, trouxe um debate importante sobre eutanásia, um assunto que ainda hoje é delicado de ser retratado. Mas, pelas ótimas atuações e a jornada de Fitzgerald, vale a pena dar uma chance.

Cena do filme “Menina de ouro”. Imagem: Warner Bros. Entertainment Inc.

Globoplay

Os Maias (2001)

Muitas produções nacionais homenageiam grandes nomes da literatura, como O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, ou Ciranda de Pedra, de Lygia Fagundes Telles. Mas, nesta indicação, temos a minissérie clássica  , baseada no romance homônimo do escritor português Eça de Queiroz. Dividida em duas partes, a história traz um quê de Tristão e Isolda e Romeu e Julieta: Pedro da Maia (Leonardo Vieira) se apaixona por Maria Monforte (Simone Spoladore), mas por conta do passado do pai da moça, o patriarca da família Maia não aceita o relacionamento.

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Mesmo assim, o casamento entre eles ocorre, e o casal tem dois filhos. Mas um infeliz acidente traz uma reviravolta inesperada neste relacionamento, e a partir dele toda a dinâmica da história muda, criando momentos que a tornaram um sucesso que ultrapassou fronteiras e gerações. Escrita por Maria Adelaide Amaral e narrada por Raul Cortez, é uma das produções televisivas brasileiras mais aclamada por parte da crítica e do público, junto de outras como Amazônia, Hoje é dia de Maria e A Casa das Sete Mulheres. Vale a pena conferir, além de prestigiar a um conteúdo nacional de qualidade.

Esquenta para o Oscar 

Com a divulgação dos concorrentes ao Oscar 2021, recomendamos o filme Rosa e Momo, que recebeu uma indicação por sua música-tema. Com produção italiana, traz a lendária atriz e cantora italiana Sophia Loren em uma atuação marcante. Baseado no romance La Vie devant soi do francês Romain Gary, publicado no Brasil com o título A vida pela frente, é considerada uma das obras francesas de maior sucesso do século 20.

Na história, uma sobrevivente do Holocausto (Loren) abre as portas de sua casa, onde cuida de várias outras crianças, para um jovem chamado Momo (Ibrahima Gueye), que vive nas ruas à base de pequenos roubos. A partir deste acolhimento, uma amizade improvável se inicia. Tanto a história de Momo quanto a de Rosa são fortes e carregadas de simbolismos. Com seus noventa e quatro minutos de duração, é uma obra impactante e memorável, especialmente pela presença e atuação irretocável de Sophia Loren.

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Facebook muda o tom contra a Apple e agora é favorável às medidas de privacidade no iOS

Posted: 19 Mar 2021 04:05 PM PDT

Imagem: Joshua Hoehne/Unsplash

O Facebook resistiu até onde conseguiu ao lançamento planejado de ferramentas anti-rastreamento da Apple, mas agora não tem mais como escapar: na última quinta-feira (18), o CEO Mark Zuckerberg disse que a rede social pode estar em uma “posição mais forte” após as atualizações de privacidade para o iOS, e está otimista sobre como a empresa vai enfrentar essa mudança.

"A realidade é que estou confiante de que seremos capazes de administrar bem essa situação e estaremos em uma boa posição", disse Zuckerberg em uma sala do Clubhouse. As informações são dos sites CNBC e CNET.

Com os updates de privacidade programados pela Apple para o iOS 14, que devem ser lançados em meados deste ano, a empresa pretende ser mais transparente com os usuários e permitir que eles tenham mais controle sobre seus dados. Uma das novidades é que, com essas mudanças, o sistema vai solicitar permissão antes que qualquer aplicativo — incluindo o Facebook — possa rastrear o usuário, tanto localmente quanto na web.

O Facebook não gostou muito dessa ideia, visto que cerca de 98% de seu fluxo de receita depende de anúncios direcionados, que são construídos em torno do monitoramento dos hábitos de navegação de cada pessoa. A empresa lançou uma campanha para convencer os usuários de que os anúncios personalizados são bons, inclusive condenando a Apple sob a justificativa de que as atualizações de privacidade propostas pela companhia estão matando as pequenas empresas por não darem ao Facebook e a outros aplicativos carta branca para coletar seus dados.

Em agosto de 2020, o Facebook alertou que as atualizações da Apple poderiam levar a uma queda de mais de 50% em seu negócio de publicidade da Audience Network, que permite aos desenvolvedores de software móvel personalizar os anúncios com base nos dados da rede social. O diretor financeiro do Facebook, David Wehner, também expressou preocupação com a possibilidade de prejudicar a capacidade da rede social de direcionar anúncios aos usuários de maneira eficaz.

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Como já era de se esperar, as afirmações do Facebook foram consideradas enganosas. Embora a publicidade possa se tornar um pouco mais difícil para os pequenos negócios e desenvolvedores com as novas atualizações da Apple, o Facebook é quem leva a maior parte das receitas, e não os microempreendedores.

Só que, agora que os updates previstos pela Apple estão mais próximos de serem implementados, o Facebook parece ter adotado uma estratégia mais branda. Na quinta (18), Zuckerberg reiterou as preocupações de que a decisão da Apple ainda possa prejudicar pequenas empresas e desenvolvedores, mas também expressou esperança de que a rede social possa se beneficiar com a situação.

"É possível que possamos estar em uma posição mais forte se as mudanças da Apple encorajarem mais empresas a realizar mais comércio em nossas plataformas ao dificultar o uso de seus dados para encontrar clientes que gostariam de usar seus produtos", declarou o executivo.

Procuradas pelo Gizmodo US, as duas companhias ainda não se pronunciaram sobre o assunto. Contudo, por várias vezes, a Apple já havia defendido suas novas medidas, argumentando que, no caso do Facebook, elas não eliminariam totalmente os anúncios direcionados. Em vez disso, apenas permitiria que o usuário cancelasse o recurso por conta própria, caso assim o desejasse.

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Governo assina compra de 138 milhões de doses de vacinas da Pfizer e da Janssen

Posted: 19 Mar 2021 03:25 PM PDT

O governo brasileiro assinou nesta sexta-feira (19) os contratos para as compras das vacinas contra Covid-19 da Pfizer e da Janssen. Serão 100 milhões de doses da Pfizer e 38 milhões da Janssen. As entregas começam em abril, mas grande parte chegará mesmo só no segundo semestre.

O cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde e repercutido pelo UOL prevê a entrega da seguinte maneira:

Pfizer

  • 1 milhão de doses em abril;
  • 2,5 milhões de doses em maio;
  • 10 milhões de doses em junho;
  • 10 milhões de doses em julho;
  • 30 milhões de doses em agosto;
  • 46,5 milhões de doses em setembro.

Janssen

  • 16,9 milhões de doses entre julho e setembro;
  • 21,1 milhões de doses entre outubro e dezembro.

A vacina da Pfizer já conta com registro definitivo no Brasil desde fevereiro. Ela foi a primeira vacina contra Covid-19 a passar por esse procedimento no Brasil. Já a Janssen ainda não foi analisada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) — a farmacêutica e a agência vêm discutindo o assunto.

Das vacinas já em uso no País, a da AstraZeneca/Oxford foi registrada na semana passada, enquanto a CoronaVac conta com autorização de uso emergencial, mas o pedido de registro definitivo já foi feito pelo Instituto Butantan.

A decisão de comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen foi divulgada há duas semanas, no dia 3 de março. Na ocasião, o Senado havia acabado de aprovar uma lei que permite que a União, os Estados e os municípios arquem com as consequências jurídicas de eventuais danos causados pelas vacinas. O imbróglio em torno da responsabilidade legal das vacinas foi uma das alegações do governo federal para justificar o fato de não ter comprado 70 milhões de doses da vacina da Pfizer já em 2020, com entrega das primeiras doses prevista para dezembro daquele ano.

Além das vacinas da Pfizer e da Janssen, o governo federal anunciou nas últimas semanas acordos para comprar 20 milhões de doses da vacina Covaxin, do grupo indiano Bharat Biotech, e 10 milhões da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Moscou, na Rússia. Ambas ainda não contam com registro definitivo nem com autorização de uso emergencial no Brasil.

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A lentidão na campanha de vacinação contra a Covid-19 vem sendo bastante criticada por especialistas — e vale dizer que o País já foi referência em imunização da população. Até esta quinta-feira (18), 10,9 milhões de brasileiros haviam recebido ao menos uma dose. O Brasil passa pelo pior momento da pandemia de Covid-19, com o número de mortes diárias acima de 2.000 e praticamente todo o território com números críticos de ocupação de UTI, à beira de um colapso hospitalar.

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Estes lêmures não conseguiam hibernar… até agora

Posted: 19 Mar 2021 12:57 PM PDT

Um dos lêmures anões de cauda gorda do Duke Lemur Center. Foto: David Haring, Duke Lemur Center

Cientistas do Duke Lemur Center na Carolina do Norte dizem que seus lêmure-anão-de-cauda-grossa entraram em hibernação pela primeira vez durante o cativeiro, imitando o processo que seus homólogos na natureza sofrem regularmente. Ao estudar esse processo de perto em nosso parente primata, os pesquisadores também esperam entender melhor o corpo humano e como ele pode ser desacelerado com segurança em momentos de necessidade, como durante certos procedimentos médicos.

Os lêmure-anão-de-cauda-grossa (Cheirogaleus medius), assim como todas as outras espécies de lêmures, são nativos de Madagascar. Na natureza, eles estocam uma quantidade de comida durante o verão e hibernam em qualquer lugar de três a sete meses. Isso significa que sua temperatura corporal cai drasticamente, assim como seu metabolismo, algo que ocorre a outros hibernadores. Contudo, eles podem ter breves períodos de atividade e até mesmo dormir. Isso faz com que esses primatas, que são distintos dos macacos e símios, sejam nossos parentes mais próximos de hibernação.

Entretanto, durante um cativeiro, os lêmures são muito mais ativos em todas as épocas do ano. Durante o inverno, eles podem experimentar torpor – um período de dormência de curto prazo – por um dia de cada vez, mas nada parecido com a longa hibernação pela qual passam na selva. A população de lêmures no Duke Lemur Center está cativa há pelo menos quatro gerações, ou seja, desde 1960, e parecia possível que eles tivessem perdido a capacidade de hibernar. Mas, os pesquisadores teorizaram que seus lêmures ainda poderiam por este estado de adormecimento, desde que suas condições de vida fossem feitas para se parecer mais com o que experimentariam na natureza.

Suas descobertas, publicadas na Scientific Reports na semana passada, parecem mostrar que eles estavam certos. A equipe incluiu oito lêmures em seu experimento, a maior parte dos quais ocorreu entre outubro de 2019 e fevereiro de 2020. Ao longo deste período, eles ajustaram lentamente as luzes em seu espaço de vida para imitar os dias mais longos de verão e os alimentaram de forma mais generosa.

Assim que o outono chegou, os lêmures foram movidos para cavidades de árvores falsas dentro de um espaço com temperatura controlada, onde eles podiam ver e cheirar uns aos outros, mas estavam fisicamente isolados. Em seguida, eles diminuíram as luzes e a temperatura ao longo do tempo. Isso significou 9,5 horas de luz durante os dias mais curtos, em vez das 14,5 horas vistas no pico do verão, enquanto a temperatura caiu de 25°C para uma faixa de 10°C a 15°C. No início, foi oferecida aos lêmures uma dieta típica de zoológico, mas quando os quartos ficavam mais frios, eles recebiam comida apenas a cada 24 horas de atividade durante a vigília.

Em fevereiro, os animais passaram cerca de 70% de seu tempo, em média, em torpor. No pico da hibernação, eles passavam até 11 dias quase imóveis. Ao contrário de suas contrapartes selvagens, às vezes ainda se moviam e comiam ocasionalmente. Após o término do experimento, os lêmures perderam cerca de 22% a 35% do peso corporal, mas, fora isso, pareciam saudáveis.

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"Eles não decepcionaram", disse a autora principal, Marina Blanco, em um comunicado divulgado pelo Centro. "De fato, nossos lêmures anões hibernaram assim como seus parentes selvagens fazem no oeste de Madagascar."

É possível que despertar o poder de hibernação desses lêmures seja melhor para eles no longo prazo. Os autores observam que a hibernação pode muito bem ser responsável por sua expectativa de vida relativamente mais longa em comparação com outros animais de tamanho semelhante (o lêmure mais antigo conhecido, também do Duke Lemur Center, morreu aos 29 anos). Embora os lêmures no centro pareçam ser saudáveis ​​em sua maioria, os autores especulam que a falta de hibernação pôde contribuir para problemas de saúde como excesso de peso, diabetes e catarata em alguns de seus lêmures mais antigos. Permitir que os animais hibernem regularmente pode "ajudar a manter uma população saudável de lêmures anões em cativeiro, se a hibernação for expressa com moderação", escreveu a equipe.

Estudar os meandros da hibernação dos lêmures em um ambiente controlado também pode beneficiar os humanos. Os cientistas há muito querem entender melhor a hibernação e como ela pode ser replicada com segurança nas pessoas. Tudo, desde cirurgias de emergência a viagens espaciais, poderia ser facilitado se as pessoas pudessem hibernar a qualquer momento e acordar mais tarde sem quaisquer danos. E, como esse processo envolve profundamente nosso metabolismo, descobri-lo também pode nos fornecer informações sobre distúrbios metabólicos como diabetes ou até mesmo sobre a própria natureza do envelhecimento.

Os pesquisadores planejam continuar estudando a hibernação em seus lêmures usando métodos de monitoramento mais extensos, mas não invasivos, incluindo aprender como seus corpos podem suportar picos no metabolismo de açúcar e gordura sem danos.

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10 cursos de certificação em TI disponíveis na Udemy

Posted: 19 Mar 2021 12:23 PM PDT

O mercado de Tecnologia da Informação tem sido um dos mais rentáveis e requisitados. E, mesmo assim, sofre com a falta de profissionais qualificados.

Por isso, hoje selecionamos cursos online da Udemy para você obter certificações em TI. Essa é uma excelente oportunidade para incrementar o currículo e engajar em carreiras com muito futuro.

Programação em Python do básico ao avançado por R$ 449,90

Python está entre as principais linguagens de programação, essencial para todo profissional de TI. Neste curso, você aprenderá do básico ao avançado.

Fundamentos de Ethical Hacking: curso prático por R$ 159,90

Para se defender de invasores maliciosos, a solução é ser um hacker ético: tendo o mesmo conhecimento, mas usando-o para o bem. É por isso que, neste curso, você aprende os fundamentos do Ethical Hacking, entendendo mais sobre segurança a partir de exemplos práticos.

Algoritmos e Lógica de Programação do básico ao avançado por R$ 449,90

Entender sobre algoritmos e lógica de programação é crucial para os profissionais de Tecnologia da Informação.

Neste curso, você aprenderá sobre as linguagens de programação C, Python, Potigol e Java, dominando a ferramenta Scratch.

Arquitetura de Redes por R$ 39,90

Neste curso, você terá aprenderá o que há por trás das redes: dos princípios que regem seu funcionamento até as formas de segurança destas.

Aprenderá sobre transmissão, codificação e modulação de dados, passando por conhecimento teórico e prático sobre números binários e protocolos de rede.

Curso de Manutenção de Celular do Básico ao Avançado por R$ 349,90

Na era dos smartphones e tablets este é um conhecimento muito valioso. Neste curso, você aprenderá a fazer manutenção de celulares e tablets: trocar telas e conectores, tendo noções básicas e avançadas sobre o hardware dos aparelhos.

Isso será o suficiente para ter um laboratório técnico de celulares.

Zabbix: construindo um ambiente de monitoramento por R$ 39,90

Zabbix é um software de monitoramento de código aberto para redes, serviços em nuvem, máquinas virtuais e diversos componentes de TI. Neste curso, você aprenderá a construir do zero um ambiente de monitoramento.

Microsoft Azure: Aprenda do Zero por R$ 349,90

Você sabe o que é cloud computing? Hoje, os serviços em nuvem são cada vez mais utilizados para armazenar dados e informações por sua segurança e capacidade de processamento.

É por isso que, com o Microsoft Azure, você é capaz de criar do zero um Data Center em nuvem. E é esse conhecimento que este curso te oferece.

Programação Shell Script – Automatizando Rotinas no Linux por R$ 159,90

Esse curso de programação em Shell Script é voltado para a prática. Com ele, você aprenderá a automatizar soluções de tarefas do dia a dia no Linux.

PFSense: Solução completa de firewall por R$ 39,90

A PFSense é uma das melhores soluções de firewall do mundo. E, neste curso, você aprende o necessário para proteger usuários de vírus e ameaças virtuais.

O programa oferece um passo a passo para configurar essa solução de segurança; ensinando até mesmo a abrir pacotes HTTPS e inspecionar seu conteúdo para bloquear proxies HTTPS.

Redes Neurais Artificiais em Python por R$ 39,90

Você sabe o que é deep learning? É uma forma profunda de aprendizado de máquinas, que treina computadores para agir como humanos. Neste curso, você aprenderá a criar redes neurais em Python, entrando para esse mundo.

Preços conferidos na tarde do dia 19 de março. Comprando pelos links acima, você não paga nada a mais e o Gizmodo Brasil ganha uma comissão.

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WhatsApp e Instagram ficaram fora do ar na tarde desta sexta [atualizado]

Posted: 19 Mar 2021 10:49 AM PDT

WhatsApp. Imagem: Christoph Scholz (Flickr)

Atualização [18h01]: Por e-mail, a assessoria do WhatsApp enviou o seguinte posicionamento de um porta-voz do Facebook, sem entrar em detalhes técnicos: “Hoje, mais cedo, tivemos uma instabilidade técnica que fez com que as pessoas tivessem dificuldade para acessar alguns serviços do Facebook. Essa questão já está resolvida.”

Atualização [15h11]: Nos nossos testes, WhatsApp e Instagram voltaram a funcionar por volta das 15h05.

Abaixo, o texto originalmente publicado às 14h49.

Se você tentou entrar no WhatsApp ou no Instagram nessa tarde de sexta-feira (19) e não conseguiu, saiba que o problema não é só com você. Os dois serviços estão fora do ar no momento em que escrevo este artigo (14h38, horário de Brasília).

Apesar de os dois produtos serem de propriedade do Facebook, a rede social criada por Mark Zuckerberg parece não ter sido afetada e continua funcionando normalmente.

Os dois serviços tiveram um pico de relatos de problemas no site DownDetector por volta das 14h dessa sexta. Veja os gráficos:

Entramos em contato com as assessorias de WhatsApp e Instagram e atualizaremos este post quando houver mais detalhes sobre o que aconteceu.

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Se voltássemos no tempo cem vezes, não haveria pandemia em dois terços delas

Posted: 19 Mar 2021 10:25 AM PDT

Foto: Reprodução/Visual Science

Antes de ganhar o nome que vemos diariamente nas manchetes, a Covid-19 era apenas conhecida como o "novo coronavírus" quando foi descoberta em dezembro de 2019 em Wuhan, na China. Para descobrir quando o vírus surgiu exatamente, pesquisadores realizaram simulações e descobriram que, além de ele já circular quase dois meses antes do primeiro caso ser relatado, a chance de ele causar uma pandemia era, na verdade, de menos de 30%.

Publicado na revista Science, o artigo foi escrito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, da Universidade do Arizona e da Illumina, Inc. Por meio de ferramentas de datação molecular e simulações epidemiológicas, eles descobriram que o vírus morreria naturalmente mais de três quartos das vezes sem causar sequer uma epidemia.

O objetivo do estudo era descobrir por quanto tempo o SARS-CoV-2 estava circulando na China antes de ser descoberto. Para isso, os pesquisadores combinaram três tipos de informação, conforme eles explicam em um comunicado da Universidade da Califórnia. A primeira delas refere-se a uma compreensão detalhada de como o vírus se espalhou em Wuhan antes do lockdown. A segunda é a diversidade genética do vírus na China. Por fim, a terceira corresponde aos relatos dos primeiros casos de Covid-19 no país asiático.

A partir da combinação desses dados, eles determinaram que o SARS-CoV-2 começou a circular na província de Hubei por volta de outubro de 2019. Quando os primeiros casos foram relatados em dezembro, as autoridades chinesas isolaram a região e implementaram medidas de restrição em todo o país. Em abril de 2020, a transmissão local da doença já estava sob controle; o problema é que, nessa época, a Covid-19 já havia atingido mais de 100 países.

Para entender a origem do vírus, os pesquisadores do novo estudo adotaram uma técnica chamada "relógio molecular", que se baseia na taxa de mutação de genes para deduzir quando duas ou mais formas de vida divergiram. No caso do coronavírus, a análise estima que o ancestral comum de todas as variantes do SARS-CoV-2 já existia em novembro de 2019.

De acordo com o artigo, os dados sugerem que o número médio de pessoas infectadas na China era menos de um até o dia 4 de novembro de 2019. Após treze dias, essa taxa teria aumentado para quatro e, em 1º de dezembro de 2019, para nove. O primeiro caso de internação em Wuhan ocorreu apenas em meados de dezembro.

Se considerarmos a proporção da pandemia atualmente, esse ritmo de contaminação em 2019 era extremamente baixo. Por isso, para entender o comportamento do vírus no estágio inicial do surto, os pesquisadores utilizaram uma série de ferramentas de análise, incluindo simulações epidêmicas com base na biologia conhecida do vírus.

O resultado foi que em apenas 29,7% das simulações o vírus foi capaz de criar epidemias. Em todas as outras 70,3% das vezes, ele infectou poucas pessoas antes de morrer naturalmente. Nesses casos em que a doença não prosperou, o vírus foi extinto em apenas oito dias desde a primeira infecção.

Para deixar ainda mais claro, o autor do estudo Joel O. Wertheim, professor associado da Universidade da Califórnia, em San Diego, explica o significado desses números da seguinte forma: "Vimos que mais de dois terços das epidemias que tentamos simular foram extintas. Isso significa que se pudéssemos voltar no tempo e repetir 2019 cem vezes, duas em três delas, a Covid-19 teria fracassado por conta própria sem criar uma pandemia".

Ele ainda acrescenta que a descoberta é mais uma evidência de que "os humanos são constantemente bombardeados com patógenos zoonóticos". Outra questão importante levantada no artigo é que essa taxa de transmissão extremamente baixa na China em 2019 sugere que é pouco provável que o vírus já estivesse circulando na Europa e nos EUA nessa mesma época.

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Mas se, biologicamente, o SARS-CoV-2 não apresenta uma alta capacidade de causar uma pandemia como aconteceu, por que estamos vendo esses números de casos e mortes assustadores? De acordo com os pesquisadores, a doença acabou se tornando uma epidemia por estar amplamente dispersa e por ter prosperado em regiões urbanas, onde a transmissão é mais fácil. Nas simulações envolvendo comunidades rurais menos densas, o vírus foi extinto em 94,5% a 99,6% das vezes.

Conforme apontado por Wertheim no comunicado da universidade, não estávamos preparados para um vírus como o SARS-CoV-2. “Estávamos procurando o próximo SARS ou MERS, algo que matasse pessoas em uma taxa alta, mas só agora percebemos que um vírus altamente transmissível com uma taxa de mortalidade modesta também pode causar um grande estrago no mundo.”

[EurekAlert]

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YouTube Shorts, clone do TikTok, é lançado para usuários nos EUA

Posted: 19 Mar 2021 09:13 AM PDT

Imagem: Robyn Beck (Getty Images)

Após meses de testes na Índia, o YouTube lançou seu clone do TikTok para usuários dos Estados Unidos. Desde a última quarta-feira (17), é possível utilizar o YouTube Shorts no continente, e o objetivo é exatamente o mesmo do rival: criar vídeos curtos na tentativa de viralizar dentro da plataforma.

Desde que começou a ser testado, o Shorts parecia literalmente uma cópia do TikTok: os usuários podiam gravar seus clipes sobre música, aumentar ou diminuir a velocidade dos segmentos e juntar clipes mais curtos graças ao recurso de "câmera multissegmento".

Com a ampliação do testes para um número maior de pessoas, o YouTube apresenta uma amostra de novos recursos que podem chegar na versão final da ferramenta. Usuários agora estão livres para coletar trechos de áudio de outros curtas para usar em conteúdos autorais. Nos próximos meses, também será possível usar áudio do arquivo infinito de clipes do YouTube.

Imagem: Google

Criadores dos vídeos originais também terão a opção de definir se outras pessoas poderão usar esses trechos de áudio — possivelmente uma forma das empresas evitarem que os usuários burlem direitos autorais. No entanto, o YouTube parece que não quer que isso aconteça, já que firmou licenças de uso das músicas de centenas de gravadoras e editoras, incluindo Sony, Universal e Warner Music Group. É bem provável que qualquer música que você pensar poderá ser usada na criação de vídeos curtos do YouTube Shorts.

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Embora o Shorts esteja oficialmente nos EUA desde ontem, o blog do YouTube observa que esse será um lançamento “gradual” nas próximas semanas. Para destacar a chegada do recurso, o site já começou a exibir na página inicial um anúncio do Shorts, junto com uma nova "experiência de assistir", que permite aos usuários deslizar verticalmente entre um vídeo e outro. Bom, não é lá muito diferente do que já existe no TikTok e em todos os outros concorrentes, não é mesmo?

Falando nisso, ainda é cedo para prever se o YouTube Shorts terá o mesmo sucesso da maioria dos apps rivais. Quando o Instagram Reels foi lançado, ele não foi tão bem aceito por ser uma imitação barata do TikTok. A investida do Snapchat com o Spotlight, por sua vez, foi chamada de "grotesca” e bagunçada. Se o YouTube quiser fazer isso direito, vai precisar de mais do que um enorme catálogo de músicas para alcançar esse objetivo.

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Nasa divulga mais 16 minutos de sons gravados pela Perseverance em Marte

Posted: 19 Mar 2021 08:28 AM PDT

Três semanas atrás, os terráqueos ficaram fascinados diante de seus computadores enquanto ouviam os primeiros sons gravados pelo rover Perseverance da Nasa na superfície marciana. Agora, a agência espacial norte-americana acaba de lançar outra sinfonia produzida pelo nosso novo robô favorito.

Na semana passada, ouvimos a Perseverance atirando nas pedras com um laser. Ok, nem todas as gravações de áudio serão tão legais assim. A mais recente é um pouco mais…estridente.

Se isso é longo demais para você, a Nasa também teve a gentileza de compartilhar uma versão com os melhores 90 segundos do áudio, que você pode conferir aqui:

A Perseverance tem uma agenda extremamente ocupada durante sua turnê de dois anos pelo Planeta Vermelho. Enquanto desliza pela cratera de Jezero em busca de sinais de vida antiga, o robô deve produzir alguns sons. Mas, durante a maior parte da história da humanidade em Marte, o avanço da ciência tem sido uma experiência silenciosa; vimos fotos dos céus sépia e das dunas vermelhas solitárias, mas nunca ouvimos o solo sendo triturado sob as rodas de um veículo espacial e/ou o tilintar metálico de seus movimentos.

Mas isso mudou. Os microfones da Perseverance estão adicionando uma dimensão totalmente nova à nossa experiência de Marte. O microfone que fez a gravação recente deveria originalmente registrar a entrada, a descida e o pouso do rover, mas acabou se tornando operacional apenas após o pouso.

"Muitas pessoas, quando veem as imagens, não apreciam o fato de as rodas serem de metal", disse Vandi Verma, engenheira sênior e motorista de rover do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa no sul da Califórnia, em um comunicado à imprensa. "Quando você está dirigindo com essas rodas sobre pedras, é realmente muito barulhento."

Na semana passada, a Perseverance fez uma viagem de 30 metros pelo planeta, uma de suas primeiras incursões enquanto a Nasa continua a verificar os sistemas do veículo espacial após sua dramática chegada a Marte, um mês atrás.

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"Se eu ouvisse esses sons dirigindo meu carro, encostaria e pediria um reboque", disse Dave Gruel, engenheiro-chefe do subsistema de Câmera e Microfone EDL da Mars 2020, no comunicado da Nasa. "Mas se você parar um minuto para considerar o que está ouvindo e onde foi gravado, faz todo o sentido."

A trilha sonora marciana está repleta do que você esperaria de um mundo estranho. Uma frequência bizarra e aguda permeia o áudio; a Nasa ainda está tentando descobrir o que está causando isso, embora suspeite que pode ser interferência eletromagnética ou algo a ver com a forma como o sistema de mobilidade do rover interage com a superfície de Marte.

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Suspeito de vazar dados de 223 milhões de brasileiros é preso em Uberlândia (MG)

Posted: 19 Mar 2021 06:04 AM PDT

Imagem: Mika Baumeister (Unsplash)

Quase dois meses após a denúncia do megavazamento de dados que expôs informações de mais de 223 milhões de brasileiros, a Polícia Federal prendeu na manhã desta sexta-feira (19) um hacker suspeito de ser responsável pela violação histórica.

Conhecido como Vandathegod, Marcos Roberto Correia da Silva foi preso em Uberlândia, em Minas Gerais. A ação faz parte da operação Deepwater, que inclui mais um mandado de busca e apreensão na mesma cidade mineira, além de 4 outros mandados também de busca e apreensão em Petrolina, Pernambuco. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A investigação foi iniciada quase uma semana após a notícia sobre o vazamento, quando a polícia recebeu o pedido da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para abrir um inquérito sobre o caso em 28 de janeiro. Na sexta-feira, também foram apreendidos equipamentos eletrônicos, como dispositivos de armazenamento e um computador, segundo reportagem do G1.

O hacker Vandathegod já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão na operação Exploit, que investiga uma invasão que expôs informações de ex-servidores e ex-ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no primeiro turno das eleições municipais de 2020. Silva também é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por invasão de dispositivo e estelionato.

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O megavazamento de janeiro incluía dados como nome, CPF, endereço, foto, score de crédito, entre outros, de mais de 223 milhões de brasileiros, incluindo pessoas já falecidas. Desde então, outros vazamentos foram denunciados, mas seguem sem respostas. Enquanto isso, o Senado se prepara para discutir um projeto de lei que visa tornar crime a compra e venda de dados sensíveis na internet. O problema é que isso pode prejudicar denúncias sobre tais violações, já que o projeto não especifica exatamente quem seria responsabilizado pela divulgação dos conteúdos.

[G1, Exame]

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Estudos sugerem que anquilossauros cavavam trincheiras para se proteger

Posted: 19 Mar 2021 05:00 AM PDT

Um anquilossauro vai escavando uma depressão defensiva . Ilustração: Yusik Choi

Uma equipe internacional de pesquisadores descreveu os restos pós-cranianos de um anquilossauro encontrado no deserto de Gobi, na Mongólia, expandindo o conhecimento dos paleontólogos sobre a diversidade e evolução desta família. A equipe sugere que estes dinossauros podem ter usado a escavação para fins defensivos ou estratégicos. A pesquisa deles sobre um anquilossauro do Cretáceo — ainda não associado a uma espécie particular, já que eles são descritos com base em seus crânios, e este esqueleto foi encontrado sem cabeça — foi publicada nesta quinta (18) na Scientific Reports.

Este fóssil de anquilossauro está incrustado em um molde em forma de nugget de frango. Está morto há cerca de 70 milhões de anos e, embora tenha sido descoberto há cerca de 50 anos, só em 2008 uma equipe de escavação teve recursos e tempo suficientes para analisá-lo. Ele foi transportado para um laboratório sul-coreano em 2012 para ser preparado e devolvido à Mongólia quatro anos depois.

Os restos mortais articulados do anquilossauro. Imagem: Yuong-Nam Lee.

"Esqueletos de corpo articulado de dinossauros blindados são bastante raros", disse Yuong-Nam Lee, paleontólogo da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul, e coautor do artigo, por e-mail. "O esqueleto quase completo que estudamos recentemente forneceu informações valiosas sobre sua evolução e comportamento. Ao comparar nosso espécime com outros dinossauros relacionados, agora sabemos que os dinossauros blindados da Ásia desenvolveram corpos rígidos e diminuíram o número de falanges pedais [dedos] ao longo do tempo."

Você pode pensar que um anquilossauro com corpo rígido não é novidade. Contudo, a equipe de Lee descobriu que esse dinossauro mongol tem ainda menos flexibilidade do que seus primos anquilossaurídeos da América do Norte, talvez para suportar suas caudas mais longas ou devido as suas vértebras fundidas. O número reduzido de dedos do pé, escreveram os autores, provavelmente surgiu como uma adaptação para suportar seu peso. Isso também teria diminuído a mobilidade dos animais, tornando-os ainda mais parecidos com tanques do que se acreditava anteriormente.

O local da escavação no sul de Gobi. Imagem: Yuong-Nam Lee.

A parte mais significativa talvez seja que a equipe paleontológica argumenta que os anquilossauros podem ter sido “feitos” para escavar. Essa rigidez esquelética teria estabilizado o animal quando ele estava cavando com as patas dianteiras, escreveram os autores, e a ligeira curva dos dedos dos pés teria dado as patas dianteiras um formato semelhante a uma espátula de pedreiro. Os autores não apenas sugerem que os anquilossauros eram animais escavadores, mas vão além disso: ao se defrontar com um terópode feroz, esses dinossauros podiam cavar trincheiras e se agachar, deixando apenas a pele óssea exposta à superfície. Lee compara esse comportamento aos lagartos do gênero Phrynosoma.

"Estamos curiosos para saber se os jovens anquilossauros também eram capazes de cavar", disse Lee. "Os bebês anquilossauros não têm uma armadura corporal extensa em seus corpos, e isso devia torná-los vulneráveis ​​a predadores. Se os bebês pudessem cavar, então morar em espaços subterrâneos parece possível, como os tatus fazem hoje."

Isso é especulativo, mas ter um esqueleto bem articulado dá aos futuros paleontólogos algo mais para olhar do que uma cabeça dura — geralmente, são encontrados apenas os crânios destes animais, sem o corpo. Os autores do estudo encontraram orifícios perfurados no esqueleto, evidências de besouros dermestídeos, que são conhecidos por seu apetite por carne podre. Isso sugere que o animal ficou deitado por algum tempo após sua morte.

“Ao pesquisar como os elefantes obtêm minerais, comida ou água, pude perceber que esse comportamento foi sugerido para saurópodes também”, disse ReBecca Hunt-Foster, paleontóloga do Monumento Nacional dos Dinossauros em Utah. "Eles também podem ter usado sua escavação para escavar ninhos. O comportamento pode ser difícil de inferir apenas com base nos fósseis do corpo."

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Os pesquisadores também encontraram cinco falanges terópodes embutidas nas costelas do anquilossauro. Claramente, ele tinha um bom motivo para se proteger tanto assim.

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Cientistas conseguem desenvolver embriões de camundongo fora do útero

Posted: 19 Mar 2021 04:00 AM PDT

Trêmulos no início de sua vida, os camundongos em desenvolvimento se moviam levemente em seus frascos. Poucos dias depois de serem fertilizados, os embriões de roedores eram minúsculos — menores do que um comprimido de aspirina — mas sua existência é um feito monumental: eles se desenvolveram em um útero artificial, uma inovação na ciência dos primeiros mamíferos e um grande passo para os cientistas no aprimoramento da compreensão do desenvolvimento embrionário.

A pesquisa, publicada nesta quarta (17) na revista Nature, descreve como os pesquisadores pegaram novos embriões e os desenvolveram ao longo de seis dias, cerca de um terço do período total de gestação, fora do útero de um roedor.

“Se você der a um embrião as condições certas, seu código genético funcionará como uma fila predefinida de dominós, dispostos para cair um após o outro”, disse o coautor Jacob Hanna, biólogo de desenvolvimento do Instituto Weizmann de Ciência em Israel, em um comunicado do instituto. "Nosso objetivo era recriar essas condições e agora podemos assistir, em tempo real, como cada dominó atinge o próximo da fila."

Por quase um século, os cientistas trabalharam com a ideia de levar o desenvolvimento embrionário dos mamíferos para fora do útero, a fim de entender melhor como nossas células se unem e rapidamente se transformam em organismos. Por muito tempo, entretanto, mergulhar nos primeiros estágios desse desenvolvimento foi um mistério; estágios posteriores podem ser simulados com mais facilidade, como em 2017, quando um grupo usou um dispositivo semelhante a uma bolsa para incubar cordeiros até o parto na Filadélfia.

Dois anos depois, a mesma equipe anunciou que poderia manter os cordeiros fetais prematuros vivos em um útero artificial. Após o parto, os mamíferos prematuros pareciam tão saudáveis ​​quanto os que nasceram no tempo certo. "No mundo da tecnologia da placenta artificial", disse um dos autores do estudo na época, "nós efetivamente ultrapassamos uma barreira".

Esses cordeiros eram muito mais desenvolvidos do que os ratos recém-observados. Os estágios germinativos de toda a vida dos mamíferos são difíceis de observar no útero, então biólogos e geneticistas já haviam reunido uma ideia do que acontece combinando observações, como olhar para ovos externos de anfíbios e compará-los com imagens de embriões de camundongos dissecados. O trabalho recente muda isso.

Os embriões iniciais de camundongos consistiam em apenas algumas centenas de células e foram colocados em pratos de laboratório que imitavam a parede uterina. Depois de alguns dias, a equipe colocou os embriões em béqueres cheios de uma solução nutritiva e regulou as quantidades de oxigênio e dióxido de carbono e a pressão do novo ambiente dos embriões. Após cerca de seis dias, o crescimento do embrião era insustentável e eles foram destruídos antes de nascer.

Há alguns obstáculos que Hanna espera enfrentar a seguir: os embriões precisavam de um suprimento de sangue e ainda tinham que ser fertilizados e inicialmente cultivados em um útero de roedor. Em experimentos futuros, Hanna espera incorporar de alguma forma sangue artificial e sintetizar embriões a partir de células-tronco para evitar a necessidade de um útero totalmente biológico.

iBlastoides coloridos, as estruturas sintéticas que imitam os blastocistos humanos. Imagem: Monash University

A nova pesquisa foi publicada em conjunto com outro artigo na Nature na quarta-feira (17); esse trabalho descreve um modelo de embrião humano primitivo gerado a partir de células da pele. A equipe de pesquisa foi capaz de reprogramar as células da pele humana em estruturas semelhantes aos blastocistos, o estágio embrionário que ocorre cerca de cinco dias após a fertilização do óvulo.

As estruturas sintéticas, chamadas de iBlastoides (como se fosse alguma colaboração bizarra entre Apple e Pokémon), têm implicações significativas para a compreensão da infertilidade, das condições que causam abortos espontâneos e outros aspectos do desenvolvimento humano inicial.

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"Os iBlastoides permitirão aos cientistas estudar as primeiras etapas do desenvolvimento humano e algumas das causas da infertilidade, doenças congênitas e o impacto de toxinas e vírus em embriões em estágio inicial", disse o coautor Jose Polo, biólogo de desenvolvimento da Monash University, na Austrália, em um comunicado à imprensa, "sem o uso de blastocistos humanos e, mais importante, em uma escala sem precedentes, acelerando nossa compreensão e o desenvolvimento de novas terapias".

Assim como assistir a replays de corridas mostra ao corredor como melhorar sua técnica, ser capaz de replicar e observar diversas vezes os estágios primários da vida dos mamíferos ajudará os cientistas a entender como melhorar as condições para a vida em seu início.

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